Вы находитесь на странице: 1из 78

INSTRUÇÕES PARA

REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E
MEDIÇÕES DE QEE
RELACIONADOS AOS
ACESSOS À REDE BÁSICA OU
NOS BARRAMENTOS DE
FRONTEIRA COM A REDE
BÁSICA PARA PARQUES
EÓLICOS, SOLARES,
CONSUMIDORES LIVRES E
DISTRIBUIDORAS

Operador Nacional do Sistema Elétrico


Rua Júlio do Carmo, 251 - Cidade Nova
20211-160 – Rio de Janeiro – RJ
Tel (+21) 3444-9400 Fax (+21) 3444-9444
© 2018/ONS
Todos os direitos reservados.
Qualquer alteração é proibida sem autorização.

ONS NT 009/2016 – REV.02

INSTRUÇÕES PARA
REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E
MEDIÇÕES DE QEE
RELACIONADOS AOS
ACESSOS À REDE BÁSICA OU
NOS BARRAMENTOS DE
FRONTEIRA COM A REDE
BÁSICA PARA PARQUES
EÓLICOS, SOLARES,
CONSUMIDORES LIVRES E
DISTRIBUIDORAS

Março de 2018
Sumário

1 Introdução 5
2 Objetivo 6
3 Principais Alterações – Motivo de Revisão 7
4 Estudos para avaliação de desempenho 8
4.1 Considerações iniciais 8
4.2 Modelo geral 9
4.2.1 Estudo de distorção harmônica 9
4.2.2 Determinação do “Equivalente Norton” 11
4.2.3 Determinação do “Lugar Geométrico” 14
4.2.3.1 Lugar Geométrico do Polígono de “n” Lados 15
4.2.3.2 Estabelecimento do intervalo e passo de interharmônicos para
o LG 16
4.2.3.3 Observações importantes na aplicação do Método do Polígono
de “n” Lados 17
5 Considerações sobre a representação da Rede Básica e Rede Interna
18
5.1 Rede Externa 18
5.1.1 Arquivos de Fluxo de Potência e Transitórios Eletromecânicos
18
5.1.1.1 Modelos de Representação de Cargas Terminais (Cargas
Lineares) para determinação da Impedância Harmônica da
Rede 18
6 Cálculo do número máximo de aerogeradores/inversores 20
7 Diretrizes para a realização e apresentação dos estudos de
desempenho harmônico 31
7.1 Conteúdo básico do relatório de estudo a ser fornecido ao
ONS 31
7.2 Considerações Adicionais 33
7.2.1 Linhas de Transmissão 33
7.2.2 Transformadores 34
7.2.3 Geradores 35
7.2.4 Bancos de Capacitores e Filtros de Correntes Harmônicas
representados pelo programa ANAREDE 35
7.2.5 Critérios de avaliação de desempenho harmônico 38
7.3 Estudo de flutuação de tensão (cintilação) 38
7.3.1 Método simplificado de avaliação (Consumidor Livre) 38
7.3.1.1 Fornos a arco (Consumidor Livre) 39
7.3.1.2 Centrais Geradoras Eólicas 40
7.3.1.2.1 Critérios de avaliação de desempenho 41
7.3.1.3 Centrais Geradoras Solares 42

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 3 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
7.3.2 Conteúdo básico do relatório de estudo 42
7.4 Regras de instalação de filtros no SIN 43
7.4.1 Filtros de ordem par e superiores à 13ª ordem harmônica
(complexos eólicos/fotovoltaicos) 43
7.4.2 Filtros de baixa potência (complexos eólicos/fotovoltaicos) 44
7.4.3 Monitoramento Contínuo 44
8 Medições 45
8.1 Considerações iniciais 45
8.1.1 Considerações – Distribuidoras/Consumidores Livres 48
8.2 Práticas recomendadas pelo ONS para as Campanhas de
Medição 49
8.2.1 Processo atual das Campanhas de Medição 49
8.2.2 Critérios de avaliação das campanhas de medição – Distorção
harmônica de tensão 53
8.2.3 Critérios de avaliação das campanhas de medição – Flutuação
de Tensão 54
8.3 Instrumentos de Medição 54
8.4 Transdutores de Tensão 55
8.4.1 Requisitos relacionados a transdutores de tensão para a
realização de campanhas de QEE 56
8.4.2 Transformadores de potencial indutivos (TPI) 57
8.4.3 Transformadores de potencial capacitivos (TPC) 58
8.4.4 Divisor de Potencial Capacitivo (DPC) 60
8.4.5 Transformadores de Potencial Capacitivo-Resistivo (DPCR)
61
8.4.6 Taps Capacitivos de Buchas de Transformadores de Potência
ou de Reatores em Derivação (TCB) 62
8.4.7 Transformadores de Corrente 63
8.4.8 Comentários e conclusões gerais 64
8.5 Local de Medição 65
8.6 Recomendações Práticas 66
8.7 Realização de Testes Mínimos no Campo 68
8.8 Ruídos e Interferência 69
8.9 Relatório e Arquivos de Dados 69
9 Novas Tecnologias Aplicadas em Parques Eólicos 70
9.1 Precauções na Utilização de Filtros Ativos na Baixa Tensão
71
8) Referências 74
10 Créditos 75
11 Anexo - Tecnologia dos Aerogeradores 76

Lista de figuras e tabelas 77

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 4 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
1 Introdução
Cabe ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, dentre suas atribuições,
realizar o gerenciamento do desempenho da Rede Básica do Sistema Interligado
Nacional (SIN), no que se refere à qualidade de energia elétrica (QEE). De acordo
com o submódulo 2.8 [1] dos Procedimentos de Rede, quando ocorrem
solicitações de acesso de consumidores livres, Agentes de geração, Agentes de
distribuição, Agentes de importação e de exportação, cujas instalações não
lineares possam comprometer o desempenho da Rede Básica, devem ser
realizadas análises fundamentadas em indicadores de qualidade de energia
elétrica. O mesmo tratamento deve ser dado às integrações de novas instalações
da Rede Básica que apresentem característica não linear, sendo os fenômenos de
flutuação de tensão, distorção harmônica e desequilíbrio de tensão os de maior
interesse.
O gerenciamento do desempenho da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional
(SIN) no tocante à qualidade de energia elétrica (QEE) vem sendo fórum de
discussões para o aprimoramento dos procedimentos existentes. Em virtude de
dúvidas frequentes de Agentes com cargas não lineares, principalmente no caso
de parques eólicos e, atualmente, de parques fotovoltaicos, em relação à forma
de avaliação quanto às condições necessárias para acesso à Rede Básica, o ONS
disponibilizou nesse documento uma metodologia de trabalho proveniente de
discussões com diversos Agentes do setor elétrico brasileiro, com ênfase em
questões relevantes de gerenciamento de harmônicas injetadas na rede elétrica.
Os limites individuais de desempenho relativos aos mencionados indicadores de
QEE devem ser respeitados em todos os modos de operação possíveis, ou seja,
tanto em operação normal como degradada da instalação do Agente e da Rede
Básica. Como exemplo de operação degradada, pode-se citar, no caso de
instalações conversoras, a situação em que alguma ponte conversora de um
determinado conjunto esteja fora de serviço, seja por manutenção seja por defeito.
Nesse caso, via de regra, perde-se a compensação entre harmônicos resultantes
de pontes alimentadas por tensões com diferentes ângulos de defasamento. No
caso da Rede Básica é importante considerar condições de emergência (N-1), tais
como a saída de linha de transmissão, transformador, etc., no entorno do ponto
de acoplamento comum (PAC).
Cabe aos Agentes que se conectam a responsabilidade de realizar medições e
estudos específicos, relacionados ao desempenho de sua instalação quanto a
QEE. Sendo assim, o presente documento está dividido basicamente em uma
parte referente aos Estudos e outra às Campanhas de Medição.
As medições oferecem uma avaliação do impacto da nova instalação
considerando as condições sistêmicas no momento da sua conexão. As
informações obtidas pela medição permitem verificar o desempenho real, sem a
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 5 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
necessidade da utilização de recursos de modelagem da rede elétrica que, como
se sabe, retratam o efeito da instalação no PAC de forma aproximada e, tanto
quanto possível, conservadora. Por outro lado, a realização dos estudos possibilita
uma avaliação prospectiva do efeito da nova instalação no sistema, considerando
diversas configurações sistêmicas no horizonte de operação disponível, incluindo
condições de emergência (N-1), que poderão não ocorrer, necessariamente,
durante as campanhas de medição. Assim sendo, ambos os procedimentos,
estudo e medição, têm caráter complementar, pois se referem a momentos e
situações diversas. Vale ressaltar, portanto, que a realização de Estudos tem uma
grande abrangência, no tocante às mais diversas condições de horizontes de
carga e contingências sujeitas a Rede Básica, enquanto que, as Campanhas de
Medição retratam uma condição momentânea de operação. Dessa forma, as
condições adotadas para Estudos e Campanhas de Medição são distintas, sendo
que os resultados encontrados nos Estudos não podem ser comparados às
situações momentâneas que caracterizam as Medições.

2 Objetivo
Este documento tem por objetivo apresentar aos futuros Agentes acessantes da
Rede Básica ou àqueles que já acessam a rede, mas estejam buscando um novo
ponto de conexão ou ampliando suas instalações em conexões pré-existentes,
informações que possam apoiá-los quanto à realização de estudos e campanhas
de medição relacionados à avaliação do impacto das novas condições de conexão
na Rede Básica no que diz respeito aos indicadores de conformidade de tensão,
quais sejam, distorção harmônica, desequilíbrio e flutuação de tensão.
Neste sentido serão explorados os aspectos relativos aos estudos para avaliação
do impacto da nova condição de conexão no que se refere aos efeitos de distorção
harmônica e flutuação de tensão, bem como os aspectos relacionados com a
realização de campanhas de medição para aquisição de dados que permita
determinar os valores dos indicadores correspondentes à distorção harmônica,
desequilíbrio e flutuação de tensão.
Deve-se mencionar que as recomendações estabelecidas neste documento
poderão sofrer alterações em função dos avanços observados no estado da arte,
que estarão sendo continuamente observados e perseguidos pelo ONS.
Em caso de dúvida quanto à aplicação do estabelecido neste documento, o Agente
deverá buscar a orientação do ONS, de forma a esclarecer tais aspectos antes da
realização dos estudos e/ou medições requisitados pelo submódulo 2.8 [1] dos
Procedimentos de Rede.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 6 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
3 Principais Alterações – Motivo de Revisão
Dentre as principais alterações dessa revisão relacionadas ao processo de
gerenciamento do conteúdo harmônico causado por cargas não lineares,
principalmente de parques eólicos, empreendimentos de geração fotovoltaica,
consumidores livres e distribuidoras, destacam-se:
- Atualização do novo endereço eletrônico na nova página da Internet do ONS,
dos seguintes documentos:
 “Caderno de Ensaios”;
 “Instrumentos de Medição”;
 “Definição das Metodologias e Procedimentos Necessários às
Campanhas de Medição dos Indicadores de Desempenho”.
- Necessidade do fornecimento dos dados técnicos garantidos pelos fabricantes
com respeito aos aerogeradores e inversores das células fotovoltaicas,
incluindo a tabela de correntes harmônicas, conforme item [7.1] injetadas pelos
aerogeradores (AEGs), inversores de células fotovoltaicas (INFVs) e
realizadas conforme IEC61400-21 [10];
- Necessidade de se avaliar o impacto dos bancos de capacitores indicados nos
estudos de regime permanente para correção de fator de potência nos estudos
de desempenho harmônico, conforme detalhado no item [7.1];
- Observações quanto à implementação de filtros de correntes harmônicas:
 de ordem harmônica par e superiores à 13ª ordens harmônicas;

 de baixas potências;
- Envio dos arquivos de banco de bados do HarmZs (de extensões “*.hzs”,
“*.prx”, “*.mbt”), utilizados nos estudos de desempenho harmônico, juntamente
com o envio do relatório de QEE de acordo com o item [7.1]
- Realização do Monitoramento Contínuo a partir da entrada em operação de
qualquer parque eólico/fotovoltaico que solicita conexão no SIN, conforme SM
2.8 (itens 13.2.2.2 e 14.8) e item 7.4.3 deste documento.
- Aplicação de técnicas alternativas de correção da resposta em frequência para
transdutores (tipo TP ou TPC) durante a realização das campanhas de
medições de tensões harmônicas, conforme item 8.4.1
- Reformulação do cálculo do número máximo de AEGs/INFVs sem a
implementação de filtros – situação específica a ser realizada nos estudos de
desempenho harmônico de acordo com o item 6.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 7 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
4 Estudos para avaliação de desempenho
4.1 Considerações iniciais
Basicamente, os estudos tratam das avaliações de desempenho quanto à
distorção harmônica e flutuação de tensão. Em casos como instalações com
fornos a arco será necessário avaliar também o aspecto do desequilíbrio de
tensão.

Observa-se que, em função dos resultados obtidos pelos estudos, poderão ser
solicitados procedimentos complementares de mediçãodurante as campanhas de
medição tratadas no item 8 destas instruções.
O Agente deve submeter à apreciação do ONS, dentro do prazo estabelecido no
Submódulo 3.3 [2] dos Procedimentos de Rede, sob a forma de relatório, os
estudos realizados, incluindo informações detalhadas quanto aos dados, modelos
e metodologia utilizados, bem como os resultados obtidos e as eventuais ações a
serem desenvolvidas no sentido de adequar o desempenho da instalação aos
padrões estabelecidos.
Neste item, tais orientações são complementadas e detalhadas, de forma a buscar
um melhor nivelamento quanto aos requisitos dos estudos a serem encaminhados
para apreciação do ONS.
NOTA 1:
 Para os casos em que uma conexão à Rede Básica se realiza a partir de
um sistema compartilhado, a avaliação do desempenho individual da
conexão deve considerar o conjunto de empreendimentos que se utilizam
deste sistema, ou seja, os limites individuais de desempenho que constam
dos Procedimentos de Rede deverão ser atendidos pelo conjunto destas
instalações. Como exemplo, pode-se citar o caso de um complexo eólico
formado por várias centrais de geração eólicas (CGE) que se conectam à
Rede Básica, a partir de uma mesma linha de transmissão.

O ONS poderá apresentar comentários e sugestões relacionados com os


resultados das análises efetuadas pelo Agente, o qual tem inteira responsabilidade
pelos dados, modelos e metodologia utilizados nos estudos e recomendados
nesse documento, bem como pelos resultados obtidos.
O estudo deve considerar configurações da Rede Externa, para cada cenário e
patamar de carga, em operação normal e degradada (N-1).
Na nova página da Internet do ONS são disponibilizados todos os documentos e
informações referentes aos estudos de desempenho harmônico e campanhas de
medição:
https://agentes.ons.org.br/administracao_transmissao/qualidadeenergia.aspx

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 8 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
4.2 Modelo geral
4.2.1 Estudo de distorção harmônica
Considerando que o objetivo do estudo de desempenho harmônico restringe-se a
avaliar o impacto da nova instalação no PAC, e considerando as limitações ainda
presentes nos estudos do tipo “fluxo de harmônicos”, quer seja do ponto de vista
da validade dos modelos adotados para toda faixa de freqüência de interesse, quer
seja pela disponibilidade de dados, principalmente no que diz respeito à
modelagem das cargas lineares, o método do “lugar geométrico” (LG) da
impedância harmônica da Rede Básica no plano complexo X versus R, descrito
neste documento, constitui-se no procedimento recomendado pelo ONS. Neste
caso, a expressão Rede Básica, inclui também as outras redes interligadas com a
Rede Básica, as quais já estão incluídas nos arquivos de dados disponibilizados
na página da Internet do ONS (item 7.1)
Assim sendo, espera-se que o relatório de estudo, a ser submetido pelo Agente
acessante ao ONS, inclua, pelo menos, dentre suas avaliações e análises,
resultados decorrentes da aplicação deste método.
Para calcular os piores valores de tensão harmônica no PAC não é prático efetuar
um cálculo de fluxo harmônico para cada ponto do LG, visando escolher valores
máximos. A forma tradicional de avaliação é determinar o “equivalentes Norton”
(Ih, Żih) da Rede Interna do Agente acessante vistos do PAC (instalação
desconectada da Rede Básica) para cada harmônica significativa, considerando
as condições operativas possíveis desta instalação.
Como exemplo, pode-se citar o caso de um conversor ligado diretamente ao PAC,
com seus filtros instalados nesse ponto. Nesta condição, o valor de Ih corresponde
à corrente harmônica injetada pelo conversor e Żih corresponde à impedância
equivalente dos filtros, incluindo eventuais capacitores, etc.
Note-se que um LG de impedância (Żih) pode ser convertido a LG de admitância
(Ỳih), no plano complexo B versus G, mediante inversão matemática do LG de
impedância entre planos complexos.
O valor da impedância representativa da Rede Básica pertencente ao LG que
maximiza o valor da tensão harmônica no PAC, para cada ordem harmônica (h), é
obtido por cálculo geométrico no plano complexo de admitâncias, sendo a tensão
harmônica máxima: Vhmax = Ih/Yhmin. O denominador Yhmin é o módulo da
soma vetorial em paralelo da admitância Norton equivalente da rede do Agente
(Ỳih =1/Żih) com a admitância correspondente ao ponto do envelope do LG de
admitância da Rede Básica (Ỳbh) que minimiza Yhmin. O ponto no envelope que
corresponde a esse menor módulo é encontrado geometricamente como a menor
distância do extremo do vetor -Ỳih ao LG de admitância harmônica da Rede
Básica.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 9 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Independentemente da metodologia adotada para o LG que representa a Rede
Externa, a Rede Interna é representada por um equivalente de Norton (Ih e Ỳih) e
a Rede Externa por um LG representativo das admitâncias harmônicas da Rede
Básica (Ỳbh) vistas do PAC (Ponto de Acoplamento Comum) de acordo com a
Figura 4-1.
A Figura 4-1 ilustra o circuito equivalente, incluindo a admitância representativa do
circuito Norton da instalação, com os filtros considerados como parte desta
instalação, a admitância representativa da rede elétrica externa à instalação, a
partir do PAC, e a fonte de corrente harmônica equivalente, resultante da
combinação das correntes Ihi (Norton) devido a cada uma das principais fontes
harmônicas (i) presentes na instalação.

Figura 4-1: Representação do “Equivalente Norton” com o LG da Rede Básica

A Figura 4-2 ilustra de forma gráfica a utilização de uma particular


representação de “lugar geométrico” para obtenção do ponto do envelope do
LG de admitância da Rede Básica (Ỳbh) que minimiza Yhmin = |Ỳih + Ỳbh|.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 10 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 4-2: Ilustração gráfica de uma particular representação de “Lugar Geométrico– Setor
Anular

4.2.2 Determinação do “Equivalente Norton”


As correntes harmônicas (Ih) utilizadas no cálculo de Vhmax podem ser
determinadas a partir dos valores de correntes harmônicas geradas por cada um
dos equipamentos não lineares presentes na instalação. Em geral tais valores
deverão ser informados/fornecidos pelo fabricante dos equipamentos não lineares
da instalação (pontes conversoras a tiristores de 6, 12 ou mais pulsos,
cicloconversores, inversores tipo VSC – voltage source converter – utilizados em
parques eólicos, conversores CC-CA utilizados em parques fotovoltaicos, etc.)

• Caso de conversores do tipo VSC, com lógica de chaveamento PWM utilizados


em parques eólicos e fotovoltaicos:
Em geral, devido às características de chaveamento tipo PWM (pulse with
modulation), as fontes de correntes harmônicas injetadas pelos conversores tipo
VSC e utilizados em empreendimentos de geração eólico/fotovoltaico são
informadas/fornecidas por meio de medição. Em alguns casos, porém, fabricantes
de aerogeradores buscam fornecer tais correntes por meio de um modelo
matemático representativo de um determinado aerogerador. Todavia, um modelo
matemático é dependente do tipo do aerogerador utilizado [11], e principalmente
das particularidades e inovações tecnológicas de cada fabricante. Até o presente
momento, devido à falta de um modelo fiel, confiável e realmente representativo
de cada tipo de aerogrerador, ou até mesmo ancorado por normas, as correntes
harmônicas são, via de regra, informadas/fornecidas pelo fabricante por meio de
campanha de medição realizada de acordo com as recomendações da IEC 61400-
21. Embora a IEC 61400-21 possa futuramente apresentar uma proposta de
representação matemática de um aerogerador (ou conhecido por Modelo
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 11 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Matemático) sob a forma de um equivalente Norton (fonte de corrente em paralelo
com uma admitância), ainda não se tem, até o momento, nada disponibilizado e
oficialmente entregue à comunidade do setor elétrico que possa alterar o tipo de
representação de um aerogerador. Acredita-se que, uma normalização
internacional de validação dos vários modelos de máquinas existentes e de
diferentes fabricantes necessita, todavia, de muitas discussões que envolvam
pesquisadores, fabricantes e órgãos reguladores do sistema elétrico para sua
validação e futura aceitação final pelos operadores de cada país. Cada Operador,
tem por sua vez, responsabilidades e obrigações diferentes, além de
características elétricas e específicas de seus respectivos sistemas elétricos.
Dessa forma, até que a revisão da IEC 61400-21 com respeito às propostas de
modelagem ou representação matemática de um aerogerador sejam aprovadas, o
ONS não aceitará as correntes oriundas de um modelo informado pelo fabricante
e, uma campanha de medição de corrente na saída dos aerogeradores deverá ser
realizada após a entrada em operação do empreendimento de geração eólica e o
estudo, obrigatoriamente, revisado com essas correntes medidas. As observações
descritas anteriormente para aerogeradores também são válidas para os
inversores de parques fotovoltaicos que utilizam correntes provenientes de uma
representação matemática.

• Caso de conversores do tipo pontes de 6, 12 ou mais pulsos ou ciclo


conversores utilizados em instalações consumidoras livres:
Destaca-se que os valores das correntes harmônicas geradas por equipamento
tipo pontes conversoras a tiristores, quando obtidos por simulação, devem
corresponder aos máximos individuais por harmônico, considerando tanto sua
faixa de potência como seus modos de operação (normal ou degradada), bem
como eventuais desequilíbrios de impedâncias e relações de transformação dos
transformadores conversores, erros relacionados com os ângulos de disparo e/ou
extinção do processo de conversão, assim como máximo desequilíbrio de tensão
(seqüência negativa). Tais valores são, normalmente, informados pelo fabricante
do equipamento.
Caso o equipamento não linear corresponda a uma ponte conversora de 36 pulsos,
por exemplo, deve-se considerar a possibilidade de operação desbalanceada, ou
seja, sem a presença de uma de suas pontes de 6 pulsos. Tal condição, contudo,
poderá ser menos crítica, caso o conversor disponha de mecanismo de proteção
que retire de operação a ponte de 6 pulsos remanescente, responsável pelas
correntes harmônicas 6*n ±1 (n inteiro), ficando assim somente correntes
harmônicas 12n±1 (n par), além das não características. Assim sendo, cada caso
deverá ser tratado segundo suas características de operação.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 12 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Observa-se que valores medidos, quando disponíveis, são os mais
recomendados, refletindo as correntes realmente geradas pelas cargas não
lineares com seus módulos e ângulos, respectivamente.
• Determinação da combinação das contribuições das correntes de Norton de
cada fonte à corrente total a ser utilizada no modelo da Figura 4.1

Considerando a dificuldade decorrente do estabelecimento dos ângulos entre as


correntes geradas pelas diferentes fontes independentemente controladas para
uma mesma harmônica, a corrente resultante deverá ser obtida através da
formulação proposta pela IEC 61000-3-6, reproduzida abaixo.

௠ ሺଵ/௔ሻ

‫ܫ‬௡,௧௢௧௔௟ = ൭෍ ‫ܫ‬௡,௜


௜ୀଵ

Onde,
n - ordem harmônica
m - número total de fontes

a - fator de agregação

a Ordem da harmônica
1 n<5
1,4 5 ≤ n ≤ 10
2 n > 10

NOTA 2:
 Essa formulação proposta pela IEC61000-3-6 considera que os valores
estabelecidos para o fator de agregação associados a determinadas ordens
harmônicas são estabelecidos para a pior condição, ou seja, correntes
harmônicas em fase. Entretanto, em determinadas situações, em que as
harmônicas não características de baixa ordem (por exemplo, de 3ª ordem)
que, por diferentes causas, podem comprovadamente resultar em harmônicas
defasadas, o fator de agregação a ser utilizado para essas condições é igual a
1,2. Tal comprovação deverá ser realizada por meio de medições sincronizadas
das correntes harmônicas injetadas pelas diferentes fontes da instalação. A
observação descrita anteriormente é aplicável a qualquer metodologia de lugar
geométrico que se é adotado.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 13 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
• Efeito da dessintonia na determinação das características dos filtros da
instalação
Para a determinação de Ỳih deve ser considerada, quando da presença de filtros,
sua possível dessintonia, de acordo com a variação de capacitância por
temperatura, falha de elementos internos de unidades capacitivas até o nível de
trip, desajustes por passo de tapes de reatores para ajuste de sintonia, desvio de
freqüência, etc. Tais valores de dessintonia poderão ser adotados de dados típicos
de fabricação utilizados pelos fabricantes de filtros. Na falta desses valores
deverão ser consideradas as variações de ± 2% nos elementos capacitivos e ± 1%
nos elementos indutivos dos filtros. Os valores de dessintonia utilizados para os
filtros deverão ser informados nos relatórios de estudos de desempenho
harmônico.

4.2.3 Determinação do “Lugar Geométrico”


De uma forma geral, o LG de Żbh pode ser representado tradicionalmente por
círculos, setores anulares, polígonos, áreas limitadas por retas e arcos de
circunferências etc, que envolvem com certa folga todos os pontos de
impedância/admitância calculados para cada harmônica ou conjuntos de
harmônicas vizinhas. Dentre os tipos de LG utilizados para representação da Rede
Básica nos pontos de acoplamento comum em estudos de desempenho
harmônico, o ONS recomenda o LG do Setor Anular ou, alternativamente, o do
tipo Polígono de “n” Lados [19].
Para o estabelecimento do LG representativo da Rede Básica, deve-se determinar
primeiramente as impedâncias/admitâncias harmônicas vistas do PAC, para cada
harmônica, supondo sua conexão desligada, ou seja, desconsiderando o efeito do
circuito interno da instalação, pois tal efeito já se encontra representado no
“Equivalente Norton”.
O conjunto de impedâncias/admitâncias determinado, considerando diferentes
cenários para a Rede Básica, presente e futuros, para estados diferentes quanto
a níveis de carga (leve, média e pesada), bem como situações de operação
degradada (N-1), irá compor os lugares geométricos no plano complexo da
impedância harmônica da Rede Básica (Żbh/Ýbh) vista do PAC.
A justificativa para considerar a impedância/admitância harmônica da Rede Básica
vista do PAC sob a forma de LG é o fato desta impedância/admitância ser variável
ao longo do tempo, formando nuvens de pontos no plano complexo durante a vida
útil da instalação. Ao considerar somente um ou poucos pontos desta
impedância/admitância, dificilmente serão encontradas as condições de
ressonância mais críticas que produzem maior distorção da tensão do PAC. Outro
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 14 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
motivo para considerar o LG é a imprecisão inerente dos cálculos de
impedâncias/admitâncias harmônicas em função dos dados, modelos e
metodologias de cálculo.
Além das justificativas indicadas no parágrafo anterior também ressalta-se o fato
de que o desempenho da instalação não linear deve ser adequado ao longo de
todo o seu período de operação. Efetivamente, as campanhas de medição,
necessárias para verificação do desempenho da instalação, no momento de sua
entrada em operação, captura somente um ou poucos cenários da Rede Externa,
enquanto que através do estudo, considerando a metodologia aqui descrita, é
possível representar múltiplos cenários que poderão ocorrer ao longo do período
operacional da instalação.
Os requisitos de distorção harmônica de tensão devem ser atendidos para
qualquer ponto no interior do LG para cada harmônica. Pode ser demonstrado que
só interessam os pontos limítrofes do LG, ou seja, os pontos do envelope.

4.2.3.1 Lugar Geométrico do Polígono de “n” Lados


Dentre os diversos tipos de LG encontrados na literatura para a representação da
Rede Externa, o LG do tipo Polígono de “n” lados é uma das alternativas que
apresentam resultados menos conservadores, em estudos de desempenho
harmônico quanto à distorção harmônica. Apesar disso, o ONS considera que tal
LG apresenta margens de segurança consideradas adequadas, visando,
sobretudo, garantir a integridade e proteção do sistema elétrico quando da
conexão de novos acessos à Rede Básica.
Quando da utilização do LG tipo Polígono de “n” Lados deve-se adotar a mesma
metodologia descrita anteriormente para a obtenção de Yhmin em função de Ýih
e Ýbh, conforme indicado na Figura 4-3.
O LG do tipo Polígono de “n” Lados já convertido para o plano de admitâncias é
ilustrado na Figura 4-3.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 15 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 4-3: Ilustração gráfica do método do LG Alternativo ONS – Polígono de “n” Lados

4.2.3.2 Estabelecimento do intervalo e passo de interharmônicos para o LG


Para a determinação do conjunto de admitâncias (“nuvem de pontos”) que irão dar
origem ao LG, tanto sob a forma de Setor Anular, quanto sob a forma de Polígono
de ¨n¨ Lados, deverá ser utilizado um intervalo e passo harmônicos bem definidos
para cada tipo de Lugar Geométrico. O LG tipo Setor Anular utiliza um intervalo de
(h-1, h, h+1) sem passo harmônico, ao passo que o LG tipo Polígono de ¨n¨ Lados
utiliza o intervalo (h-0,5, h, h+0,5), porém com passo harmônico de ±0,1 (ou ±6 Hz
com respeito à frequência), conforme indicado na Figura 4-4.
Os resultados de vários casos analisados pelo ONS e CEPEL e apoiados
atualmente pelo grupo 38 B4/C4 do Cigré – “Network Modelling for Harmonic
Studies” - confirmam que é razoável e bastante satisfatório o intervalo e passo
harmônico recomendados.

Figura 4-4: Ordem harmônica superior e inferior

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 16 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
A utilização desse incremento para as interharmônicas posteriores e anteriores
garantirá uma varredura dos pontos de impedância harmônica, possivelmente não
detectados ao se considerar degraus de valores unitários para as harmônicas
adjacentes.
A Figura 4-4 ilustra a forma de apresentação na obtenção do LG Alternativo para
cada ordem harmônica, a fim de se obter a respectiva distorção harmônica
individual e, por sua vez, a distorção total de tensão.

Figura 4-4: Ilustração gráfica do método do “LG Alternativo ONS para a faixa de variação da
ordem harmônica”

4.2.3.3 Observações importantes na aplicação do Método do Polígono de “n”


Lados
Como o LG tipo Polígono de “n” Lados é uma alternativa de representação da
Rede Externa menos conservadora, algumas observações importantes devem ser
levadas em consideração para que sua aplicação não venha a comprometer o
resultado dos estudos de desempenho da instalação. Ressalta-se que é de
responsabilidade do ONS em assegurar os cumprimentos dos requisitos técnicos
mínimos para a conexão de novos usuários e o gerenciamento dos indicadores de
desempenho da Rede Básica. A seguir destacam-se os principais desvios, não
aceitáveis, relacionados à obtenção do LG:
a. Realizar Cortes ou atalhos (“entradas”) e até mesmo acréscimo de retas (“de
lados”) na formação do polígono com o objetivo de se eliminar regiões sem
impedâncias;
b. Deixar de incluir os interharmônicos adjacentes anteriores e posteriores para
todas as ordens harmônicas, visto que, essa consideração garante prever as

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 17 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
constantes alterações do sistema elétrico devido ao seu dinamismo e com uma
margem de segurança aceitável na prevenção das diversas condições operativas
e incertezas impostas à Rede Básica.
c. Aplicar de forma inconsistente o fator de agregação α para as ordens
harmônicas no cálculo das correntes harmônicas equivalentes de Norton,
conforme definido no item [4.2.2]

5 Considerações sobre a representação da Rede Básica e Rede


Interna

5.1 Rede Externa


Os dados e os modelos adotados para os componentes elétricos que compõem a
Rede Básica (SIN) são descritos nesse item.

5.1.1 Arquivos de Fluxo de Potência e Transitórios Eletromecânicos


Para os estudos de desempenho harmônico, o ONS recomenda o programa
HarmZs do CEPEL. Para tanto, os arquivos de Fluxo de Potência e Transitórios
Eletromecânicos provenientes do programa ANAREDE [5] e ANATEM [6],
respectivamente do CEPEL são utilizados no programa HarmZs [7] também
desenvolvido pelo CEPEL para a determinação das impedâncias harmônicas, bem
como das principais contingências a serem consideradas. O programa HarmZs
utiliza os dados de redes (linhas de transmissão, banco de capacitores e indutores,
transformadores, cargas, etc.) provenientes de arquivos de dados de fluxo de
potência e os dados de máquinas (resistência de armadura e reatância
subtransitória) provenientes de arquivos de estabilidade eletromecânica. A leitura
de ambos os arquivos é utilizada pelo programa HarmZs para montar o arquivo de
rede em formato próprio.

5.1.1.1 Modelos de Representação de Cargas Terminais (Cargas Lineares) para


determinação da Impedância Harmônica da Rede
Quanto à modelagem da carga linear vale salientar que o modelo utilizado para
sua representação é fator significativo na determinação de Żbh e, por conseguinte,
das distorções harmônicas de tensão. De uma maneira geral, a modelagem das
cargas terminais, conforme as referências (Revista Électra 167 [20] e Power
System harmonics - Arrilaga [21]) apresentam várias incertezas quanto aos
aspectos relativos à sua representação.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 18 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Além do modelo para a representação das cargas lineares do sistema, outros
fatores, tais como a representação da Rede Externa por meio de LG e o
comportamento da Rede Interna por meio do equivalente Norton, poderão,
dependendo dos modelos utilizados, resultar em níveis de distorção harmônica de
tensão, determinados pelo estudo, maiores ou menores que os limites
estabelecidos pelo SM 2.8 dos Procedimentos de Rede.
Ressalta-se que, quanto ao modelo para representação de cargas terminais
lineares, não há uma unanimidade em nível internacional. Em virtude disso, o ONS
propõe duas alternativas para esta representação:

a) Alternativa 1: não representar a carga, ou seja, sistema elétrico sem carga;


Dessa forma, nos dados de entrada do programa HARMZs, a carga terminal linear
deverá ser desligada através:
 Da retirada do cartão de carga ou
 Da alteração do status da carga de “1” (ligada) para “0” (desligada).

b) Alternativa 2: representar a carga, seguindo as diretrizes descritas abaixo:


− Substituir as cargas, representadas no arquivo Anarede, em barras até a
terceira vizinhança do PAC, por suas redes elétricas correspondentes, pelo
menos até a primeira barra em nível de 13,8 kV;
− Verificar com a Distribuidora o percentual de cargas lineares (passivas,
motores, etc) e não lineares presentes na rede representativa de cada carga. A
partir daí, poderá ser utilizado como referência, a modelagem de cargas
terminais apresentada no programa HarmZs desenvolvido pelo CEPEL, com as
devidas particularidades relacionadas a cada carga a ser modelada.
− Incluir na rede elétrica representativa de cada carga as linhas de transmissão,
transformadores e equipamentos de compensação de reativos até a 1ª barra de
13,8 kV. Deve-se observar que, se houver uma barra de transformação
diretamente do PAC para 13,8 kV, a representação do sistema elétrico estará
limitada até primeira vizinhança dessa barra de 13,8 kV. Somente após essa
barra de 13,8 kV que a carga P+jQ concentrada poderá ser representada como
indicado no modelo de ramais do programa HarmZs.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 19 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
OBSERVAÇÕES GERAIS:
 A utilização dos ramais típicos para representação de carga, até então
incorporados no programa HarmZs, não será mais aceita até que seus
parâmetros (linhas de transmissão, transformadores, equipamentos de
compensação de reativa) para as tensões de 345kV, 230 kV, 138 kV e 69 kV
na barra do PAC até a tensão de 13,8 kV sejam consistentemente validados.

 Caso a Distribuidora não informe qual percentual da carga, em cada barra, é


não linear, pode-se adotar um único fator k1 (estimado) para correção do valor
da potência ativa indicada no arquivo do programa Anarede.
Assim, por exemplo, as potências ativas das cargas terminais podem ser
consideradas compostas de 70% do tipo linear e o restante (30%) do tipo não
linear (k=0,3), sem influências para o amortecimento das impedâncias
harmônicas.
A parcela da carga do tipo linear pode ainda ser subdividida em duas parcelas,
quais sejam: parcela resistiva (RL), tais como caldeiras, chuveiros elétricos, etc,
que poderão ser determinadas, na ausência de dados fornecidos pela
Distribuidora, por meio de percentual, por exemplo 40%, enquanto que, o
restante 60% das potências ativas dessas cargas (Rm) é representado por
motores industriais, convencionalmente encontrados em sistemas de
distribuição. Esses motores consomem potência ativa apenas na frequência
fundamental do sistema e, para outras frequências diferentes da fundamental,
são representados pelas indutâncias “L” dos correspondentes circuitos “Rm e
XL ” em paralelo com as cargas terminais RL.
Com respeito às potências reativas de cada uma das cargas terminais, estas
deveão ser 100% compensadas por meio de um banco de capacitor localizado
na baixa tensão (13,8 kV).

6 Cálculo do número máximo de aerogeradores/inversores


A Campanha de Monitoramento deve ser realizada todas as vezes que a solução
de filtragem não for implantada simultaneamente à entrada em operação dos
aerogeradores (AG) em sistemas de geração eólico, ou dos inversores (INFV) em
sistemas de geração fotovoltaico.
Caso durante o monitoramento seja constatada a violação do limite global inferior
em uma das ordens harmônicas, devido a não instalação de filtro, o parque gerador

1 O fator k (fator percentual adotado para cargas lineares e não lineares em função da potência aparente
proveniente do fluxo de potência SFlow da carga em pu, ou seja, k = SFlow/100). Desta forma, para cada uma
das cargas modeladas, as resistências e indutâncias das linhas de transmissão e dos transformadores são
divididas pelo fator k, ao passo que as capacitâncias são multiplicadas por esse mesmo fator k.
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 20 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
deverá operar com o número máximo de AGs ou INFVs até que o(s) referido(s)
filtro(s) seja(m) instalado(s), considerando os prazos estabelecidos pelo ONS.
O número máximo (Nmáx) de AG/INFV é calculado, nessa nova proposta
durante a fase de estudo e deve ser automaticamente aplicado ao parque
eólico/fotovoltaico pelo Agente/ONS que apresentar violações de ordens
harmônicas para as quais filtros foram dimensionados.
Para tanto, os seguintes critérios devem ser levados em consideração:

(1) REPRESENTAÇÃO DA REDE EXTERNA:


 Utilizar, para determinação do LG, o caso do PAR relativo ao patamar de carga
média considerando o ano de entrada mais próximo da operação do parque
eólico/fotovoltaico;
 Considerar as cargas desligadas, ou seja, seu efeito deve ser desconsiderado;
 Considerar contingências (N-1) para os elementos da rede localizados até a
3ª vizinhança, obtidas na configuração estudada (carga média e ano de entrada
mais próximo da operação do parque eólico/fotovoltaico).

(2) REPRESENTAÇÃO DA REDE INTERNA:


• 1º caso: Único parque eólico/fotovoltaico na SE Coletora
Empreendimento não compartilha a instalação de acesso com parque(s) pré-
existente(s). Neste caso será utilizada a Rede Interna do empreendimento, sem
filtros, incluindo as fontes de injeção de correntes harmônicas do parque
eólico/fotovoltaico. Essa situação pode ser verificada na Figura 6-1.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 21 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-1: Único parque eólico/fotovoltaico na SE Coletora

230,0 kV PAC

69,0 kV 69,0 kV

34,5 kV 34,5 kV

0,6 kV 0,6 kV

.. . .. . .. . .. .

Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS

ÚNICO PARQUE EÓLICO/SOLAR

• 2º caso: Vários parques eólicos/fotovoltaicos em uma mesma SE Coletora


Empreendimento compartilha a instalação de acesso com outro(s)
empreendimento(s) pré-existente(s). Neste caso, a Rede Interna do conjunto de
parques será subdividida em duas sub-redes. A primeira (RI1) composta de todos
os parques pré-existentes e a segunda (RI2) correspondente ao novo parque. Essa
situação pode ser verificada na Figura 6-2.

Observação:
Todos os empreendimentos que estejam conectados ao PAC, e que não compartilhem do acesso do
empreendimento sob avaliação, deverão ser representados na Rede Externa.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 22 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-2: Vários parques eólicos/fotovoltaicos na SE Coletora

230,0 kV PAC

69,0 kV 69,0 kV

34,5 kV 34,5 kV

RI1 - REDE INTERNA - RI2 - REDE INTERNA - NOVO


PARQUES EXISTENTES PARQUE EÓLICO/SOLAR

0,6 kV 0,6 kV 0,6 kV 0,6 kV


1 N
.. . .. . .. . .. .. . .. . .. .
.. .

Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS

PARQUE EÓLICO/SOLAR 1 PARQUE EÓLICO/SOLAR N NOVO PARQUE EÓLICO/SOLAR

(3) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO


• 1º caso:
Neste caso, o Nmáx de AG/INFV será determinado com base no Limite individual
da ordem harmônica violada para a qual existe a necessidade de instalação
de filtro.

• 2º caso:
O Nmáx de AG/INFV será determinado com base no “Limite Individual Modificado”
para o novo empreendimento, cujos filtros recomendados para determinadas
ordens harmônicas “n”, ainda não se encontram em operação, conforme a
expressão (1) definida no item (4), a seguir.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 23 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
(4) PARA A DETERMINAÇÃO DE NMÁX DE AGS/INFVS, DEVERÃO SER
ADOTADOS OS SEGUINTES PASSOS

Os passos comuns para o 1ª e 2ª casos são os seguintes:

 Determinação dos Novos LGs para as premissas consideradas de


representação da Rede Externa, conforme item (1) anterior;
 Determinação da distorção harmônica de tensão para cada uma das ordens
harmônicas “h”, que tiveram seus limites individuais violados no cálculo original,
ou seja, no estudo de qualidade de energia, considerando para essa condição os
Novos LGs, e tendo como referência para essa etapa os limites da submódulo 2.8
– Tabela 7 para ambos os casos definidos no item (3). Essas distorções são
calculadas mediante o programa HarmZs;
• A Rede Interna a ser utilizada deverá ser determinada para os dois casos de
representação tratados anteriormente, cuja rede elétrica propriamente dita
inclui todos os elementos de circuito (cabos, LT, transformadores, filtros) que
derivam do PAC e compartilham do mesmo acesso.
• Nessa fase comum, os conjuntos de filtros dos empreendimentos pré-
existentes serão representados, enquanto que o novo empreendimento não
terá seu conjunto de filtros representado. As Figuras 6-3 e 6-4 ilustram as duas
situações para a determinação da distorção harmônica para essa fase comum,
respectivamente.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 24 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-3: Representação do 1º caso para a determinação das distorções considerando o
Novo LG para um único parque eólico/fotovoltaico na SE Coletora

NOVO LUGAR GEOMÉTRICO 230,0 kV PAC

FASE ÚNICA - NOVOS VALORES


DIST. INDIV. TENSÃO
69,0 kV 69,0 kV

LIMITE INDIVIDUAL - TABELA 7 - SM 2.8


34,5 kV 34,5 kV

0,6 kV

.. .. .

Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS

NOVO PARQUE EÓLICO/SOLAR

Figura 6-4: Representação do 2º caso para a determinação das distorções considerando o


Novo LG para vários parques eólicos/fotovoltaicos na mesma SE Coletora.

NOVO LUGAR GEOMÉTRICO 230,0 kV PAC

FASE 1 - NOVOS VALORES DIST.


INDIV. TENSÃO - CONJUNTO
69,0 kV 69,0 kV

LIMITE INDIVIDUAL - TABELA 7 - SM 2.8


34,5 kV 34,5 kV

0,6 kV 0,6 kV

... .. . .. ..

Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS

N PARQUES EÓLICOS/SOLARES EXISTENTES NOVO N PARQUE EÓLICO/SOLAR

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 25 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Para a fase seguinte, deverá ser determinado o número máximo (Nmáx) de
AGs/INFVs para cada harmônica de ordem h, conforme os dois casos descritos
anteriormente, que tenha seu limite individual violado nesta nova condição de
cálculo.
Vale salientar que, a partir da determinação do critério de avaliação de
desempenho, quais sejam, limite individual (1º caso) e limite individual modificado
(2º caso), o cálculo do Nmáx de AGs/INFVs deverá ser realizado, de uma forma
geral, conforme as seguintes etapas:
a) Iniciar com todas as unidades AGs/INFVs do parque em estudo verificando os
valores de distorção de cada ordem harmônica h;
b) Reduzir sequencialmente as unidades Eólicas/Inversores até atender os
limites de distorção (individual ou individual modificado) e, por sua vez, informando
sobre a quantidade de AGs/INFVs que poderão operar sem a utilização de filtros;
A diferença básica entre os casos (1º e 2º) citados anteriormente, se restringe ao
limite individual a ser considerado, ou seja:

 No 1º caso, em que o empreendimento é único, será considerado, para cada


ordem harmônica h, o limite individual estabelecido no submódulo 2.8 – Tabela 7
- Limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95%.
A Figura 6-5 descreve essa situação a ser considerada para o 1º caso:

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 26 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-5: Representação do 1º caso para a determinação do Nmáx de AGs/INFVs para um
único parque eólico/fotovoltaico na SE Coletora

NOVO LUGAR GEOMÉTRICO 230,0 kV PAC

FASE ÚNICA - NOVOS VALORES


DIST. INDIV. TENSÃO
69,0 kV 69,0 kV

LIMITE INDIVIDUAL - TABELA 7 - SM 2.8


34,5 kV 34,5 kV

CÁLCULO DO Nmáx de AGs/INFVs

0,6 kV

.. .. .

Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS

NOVO PARQUE EÓLICO/SOLAR

 No 2º caso, onde o empreendimento compartilha o acesso com outros


empreendimentos pré-existentes, será realizado um cálculo intermediário para a
determinação do LImodh (limite individual modificado para a ordem harmônica h),
conforme definido abaixo e, finalmente, em uma outra fase, o cálculo do Nmáx de
AGs/INFVs:

L୍୫୭ୢ୦ =ඥLଶ୍୬୦ − Dଶ୲୭୲ୟ୪୦ (1)


onde,
LImodh – limite individual modificado para a ordem harmônica h;
LInh – limite individual da ordem harmônica “h” em avaliação, de acordo com
submódulo 2.8 – Tabela 7 - Limites individuais para os indicadores DTHI e
DTHTS95%;

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 27 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
DTotalh = Distorção harmônica total calculada mediante programa HarmZs,
considerando:
- A injeção de correntes harmônicas apenas pelos AGs/INFVs localizados
na Rede Interna (RI1) (parques pré-existentes) com seus filtros instalados;
- A Rede Interna (RI2) (novo parque) será representada apenas por seus
elementos passivos, com exceção de seus filtros, uma vez que não foram
instalados.

Observações:
1) As informações quanto às redes internas dos parques pré-existentes, bem como os
valores das correntes harmônicas correspondentes, devem ser solicitadas ao ONS
pelos Agentes.
2) Tanto no 1º como no 2º caso, em função da mudança de representação da Rede
Externa, quando da reavaliação do desempenho da(s) instalação(ões) que
compartilhem do mesmo ponto de acesso, o limite individual poderá não ser violado
em determinada ordem harmônica h. Neste caso, tal ordem harmônica não será
considerada no cálculo de Nmáx de AGs/INFVs .

A Figura 6-6 representa a situação intermediária do 2º caso na determinação do


Limite Individual Modificado.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 28 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-6: Representação da situação intermediária do 2º caso na determinação do Limite
Individual Modificado

NOVO LUGAR GEOMÉTRICO


230,0 kV PAC

FASE 2 - DISTORÇÃO TOTAL


69,0 kV 69,0 kV

LIMITE INDIVIDUAL MODIFICADO

34,5 kV 34,5 kV

0,6 kV 0,6 kV

.. . .. . .. ..

Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS

N PARQUES EÓLICOS/SOLARES EXISTENTES NOVO PARQUE EÓLICO/SOLAR

Uma vez determinado o Limite Individual Modificado, o número máximo (Nmáx) de


AGs/INFVs deverá ser determinado, para cada harmônica de ordem h, conforme
os casos descritos anteriormente, considerando o desempenho de cada harmônica
que tenha seu limite individual violado.
O cálculo do Nmáx de AGs/INFVs para essa fase segue, então, as mesmas etapas
descritas anteriormente, ou seja:
c) Iniciar com todas as unidades AGs/INFVs do parque em estudo verificando os
valores de distorção de cada ordem harmônica h;
d) Reduzir sequencialmente as unidades Eólicas/Inversores até atender os
limites de distorção (individual ou individual modificado) e, por sua vez, informando
sobre a quantidade de AGs/INFVs que poderão operar sem a utilização de filtros;

A Figura 6-7 descreve a última fase do 2º caso, representando, por sua vez, a
configuração dos empreendimentos para o cálculo do número máximo (Nmáx) de
AGs/INFVs.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 29 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 6-7: Representação da última fase do 2º caso para o cálculo do número máximo
(Nmáx) de AGs/INFVs.

NOVO LUGAR GEOMÉTRICO 230,0 kV PAC

LIMITE INDIVIDUAL MODIFICADO


69,0 kV 69,0 kV

Nmáx DE AGs/INFVs

34,5 kV 34,5 kV

0,6 kV 0,6 kV

. .. . .. .. ..

Ihn Ihn Filtro Ihn Ihn Filtro

N CENTRAIS GERADORAS N CENTRAIS GERADORAS

N PARQUES EÓLICOS/SOLARES EXISTENTES NOVO PARQUE EÓLICO/SOLAR

Assim, caso o limite global inferior de determinada ordem harmônica h seja violado
durante a campanha de monitoramento, será aplicada a restrição de Nmáx
correspondente a tal ordem harmônica.
No caso da não instalação de filtros para mais de uma ordem harmônica e que
apresentem seus limites globais inferiores violados, será adotado o menor valor
calculado para o Nmáx de AGs/INFVs dentre aqueles determinados.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 30 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
7 Diretrizes para a realização e apresentação dos estudos de
desempenho harmônico

7.1 Conteúdo básico do relatório de estudo a ser fornecido ao ONS


Para que o ONS possa avaliar o resultado do estudo de desempenho harmônico
de forma unívoca, o Agente deve incluir no relatório, no mínimo, as seguintes
informações:
• Diagrama Unifilar de conexão da instalação não linear à Rede Básica com
a identificação das contingências consideradas aproximadamente até a
terceira vizinhança da barra do PAC;
• Lista das contingências (critério N-1) para as linhas de transmissão
(circuitos) e equipamentos (transformadores, bancos de capacitores série
e paralelo, reatores, filtros, compensadores estáticos, etc) consideradas
até a terceira vizinhança da barra do PAC e que devem constar no
diagrama uniflar que identifica a carga especial na Rede Básica.
• Cenários da Rede Básica utilizados no estudo para todos os anos do PAR
(Plano de Ampliações e Reforços) mais recente e considerando os Casos
de Referência nas configurações de carga leve, média e pesada obtidos
pelo link:
https://agentes.ons.org.br/plano_ampliacao/plano_ampliacao.aspx da
nova página eletrônica do ONS;
• Resistências dos transformadores e geradores da Rede Básica (SIN) sem
modelos oriundos dos arquivos no formato Anarede e Anatem
representadas respectivamente, por valores típicos correspondendo a 2%
e 1% das correspondentes reatâncias;
• Resistência dos geradores em que são conhecidos os valores das
reatâncias subtransitórias de eixo direto X”d e da constante de tempo
subtransitória de circuito aberto (T”d0) que compõem a expressão da
resistência [18], a seguinte expressão poderá ser utilizada:

• Indicação de que a variação da resistência com a frequência (efeito


pelicular) nas linhas de transmissão, transformadores e máquinas
síncronas são consideradas, conforme estabelecido no aplicativo HarmZs.
• Indicação do tipo de LG considerado, ou seja, Setor Anular e/ou Polígono
de “n” Lados para a definição das envoltórias das “nuvens de pontos” de
admitâncias vistas do PAC da Rede Básica, observando-se as diretrizes

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 31 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
definidas no item 4.2.3, levando em consideração, para cada ordem
harmônica, o intervalo de freqüências e os incrementos correspondentes,
conforme item 4.2.3.2;
• Valores das impedâncias “vistas” do PAC para cada condição de Rede
Básica considerada (rede completa e N-1) até a 3ª vizinhança, indicando o
ano de estudo e as condições de carga (leve, média e pesada);
• Valores dos vértices para o LG tipo Polígno de “n” lados para cada ordem
harmônica, na forma de admitância (condutância (pu) e susceptância
(pu)) ou, caso seja adotado o LG tipo Setor Anular, os parâmetros
relacionados com os raios (mínimo e máximo) e ângulos (mínimos e
máximos);
• Diagrama Unifilar simplificado da Rede Interna da instalação, quer seja um
consumidor livre ou parques eólicos/solares, identificando sua conexão a
Rede Básica. No caso de complexo eólico/solar, deve-se identificar os
diversos ramais da instalação e a quantidade de aerogeradores/inversores
de cada parque com as suas respectivas interligações;
• Dados da Rede Interna da instalação, incluindo sua topologia e parâmetros
elétricos dos cabos, transformadores, filtros, banco de capacitores, etc;
• Valores das impedâncias/admitâncias harmônicas da Rede Interna (Zih/Yih)
consideradas na simulação do circuito;
• Valores das correntes harmônicas consideradas para cada fonte de
corrente harmônica da instalação, valores estes fornecidos pelo
fabricante ou aquelas obtidas por meio de medição seguindo as
instruções da IEC61400-21 para aerogeradores ou inversores dos
conjuntos de painéis fotovoltaicos.
• Valores resultantes das correntes harmônicas (Ih) do equivalente de Norton
da Rede Interna;
• Tabela com os parâmetros do filtro, bem como das variações consideradas
para seus componentes (capacitivos, indutivos, resisitivos) e da própria
rede, bem como o fator de qualidade proposto, de forma a considerar o
efeito da dessintonia nos cálculos da distorção harmônica de tensão;
• Tabelas de distorção harmônica máxima de tensão no PAC para os
casos sem e com filtro(s), caso tenha sido necessário a sua aplicação.
Para os casos com filtro deverão ser apresentadas as tabelas com
dessintonia positiva, negativa e sintonizados;
• Informação dos dados técnicos garantidos dos fabricantes com respeito aos
aerogeradores, inversores das células fotovoltaicas, além da inclusão do
documento referente às correntes harmônicas certificadas pelos
fabricantes no relatório de estudo de desempenho harmônico [7.1]

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 32 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
injetadas pelos aerogeradores (AEGs), inversores de células fotovoltaicas
(INFVs) e realizadas conforme IEC61400-21;
• Avaliação do impacto dos bancos de capacitores, indicados no estudo de
regime permanente para correção de fator de potência, nos estudos de
desempenho harmônico;
• Inclusão dos arquivos de banco de bados do HarmZs (de extensões “*.hzs”,
“*.prx”, “*.mbt”) utilizados nos estudos de desempenho harmônico,
juntamente com o envio do relatório de QEE para o ONS;
• A informação quanto ao número máximo de aerogeradores/inversores que
poderão operar na ausência de filtro(s) e sem violar os limites individuais e
totais de distorção de tensão, confome o submódulo 2.8 dos Procedimentos
de Rede e que passou a fazer parte novamente do item de estudos,
conforme o item 6 – ´Cálculo do número máximo de
aerogeradores/inversores.

7.2 Considerações Adicionais


Algumas considerações adicionais da Rede Externa referente a linhas de
transmissão, transformadores, geradores, filtros de harmônicos e bancos de
capacitores são descritas a seguir.

7.2.1 Linhas de Transmissão


Considerando que os valores dos parâmetros das linhas de transmissão provêm
de arquivos de fluxo de potência fornecidos com correção hiperbólica para a
frequência de 60 Hz, os estudos de desempenho harmônico necessitam dos
valores nominais destes parâmetros corrigidos hiperbolicamente para cada uma
das frequências de interesse. Para tanto, é possível modelar adequadamente a
característica distribuída dos parâmetros elétricos nominais das linhas de
transmissão com o modelo para correção hiperbólica para cada frequência,
selecionando a opção “Utilizar parâmetros nominais” no programa HARMZs no
item Linhas de Transmissão, conforme a indicado na Figura 7-1 a seguir:

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 33 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 7-1: Utilização dos parâmetros nominais das linhas de transmissão para correção
hiperbólica de linhas de transmissão.

A correção da resistência com a frequência deve ser considerada em todas as


linhas de transmissão. Os valores utilizados de correção com a frequência têm
valores padrão provenientes do programa HarmZs.

7.2.2 Transformadores
Como as linhas de transmissão, a correção da resistência com a frequência
também deve ser considerada para todos os transformadores. Os valores
utilizados para a correção com a frequência são os valores padrão do programa
HarmZs.
O número reduzido de resistências de transformadores sem especificação do SIN
e que são provenientes dos arquivos de fluxo de potência (ANAREDE) motivou a
utilização de valores típicos. Para tanto, um fator de qualidade típico de cinquenta
(Q=50) é aplicado para estes transformadores sem alguma especificação.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 34 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
7.2.3 Geradores
A correção da resistência de armadura com a frequência deve ser feita para todos
os geradores. Os valores utilizados para a correção com a frequência são os
valores padrão do programa HarmZs.
Nos arquivos de formato ANATEM são poucas as resistências de armadura
especificadas para os geradores. Portanto, se utiliza de valores típicos de 1% da
reatância subtransitória para todas as resistências dos geradores sem
especificação.

7.2.4 Bancos de Capacitores e Filtros de Correntes Harmônicas representados


pelo programa ANAREDE
Os bancos de capacitores e filtros de correntes harmônicas estão representados
atualmente pelo seu equivalente no programa ANAREDE através do cartão DBSH
e identificados pelos grupos 10 (20, 30, ...) e 90, respectivamente, conforme Figura
7-2
Os bancos de capacitores, grupo 10 (20, 30, ...), representam uma susceptância
capacitiva equivalente resultante de outros bancos de capacitores que se
encontram à jusante e em barras vizinhas ao PAC.
Esses equipamentos de compensação reativa quando presentes na Rede
Interna/instalações do Agente ou na Rede Básica (representados pelas
susceptância capacitivas equivalentes) podem alterar, significativamente, a
resposta em frequência e, portanto, os resultados das simulações de desempenho
harmônico com o programa HarmZs. Para sua utilização no programa HARMZs
seu “status” prévio (ligado) deve ser alterado para desligado, conforme sejam
pertencentes à Rede Básica ou às instalações do Agente para as seguintes
condições:
a) Caso os bancos de capacitores estejam representados na Rede Básica
pelas suas susceptâncias capacitivas equivalentes, o Agente deverá
verificar com o ONS o local onde está instalado e o valor da susceptância
capacitiva de cada um destes bancos, e fazer as alterações necessárias no
arquivo de dados do HarmZs, a fim de representá-los individualmente;
b) Se os bancos de capacitores fazem parte das instalações do Agente, uma
análise quanto à presença ou não destes equipamentos deve ser realizada.

Os filtros de correntes harmônicas pertencentes ao grupo 90 também tem sua


representação somente pela susceptância capacitiva equivalente resultante de
outros filtros que estão à jusante e nas barras vizinhas. Essa representação para
os filtros (equivalente sob a forma de susceptância capacitiva) no PAC, deverá ser

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 35 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
alterada, uma vez que não considera os demais parâmetros do filtro como a
reatância indutiva, resistores, etc.
Com respeito aos filtros de correntes harmônicas, deve-se considerar as seguintes
situações:
a) Filtros de parques eólicos, solares ou consumidores livres que compartilham
de um ponto comum de conexão;

b) Filtros de parques eólicos, solares ou consumidores livres que NÂO


compartilham de um ponto comum de conexão.

a) Filtros de parques eólicos, solares ou consumidores livres que


compartilham de um ponto comum de conexão
Este caso é o exemplo típico, que novos parques eólicos/solares ou consumidor
livre são considerados como uma ampliação de uma instalação já existente. Assim
sendo, a Figura 7-2(1a) mostra um novo parque e/ou consumidor livre
representado por sua fonte de corrente e seu respectivo filtro e a Figura 7-2(1b)
com um parque e/ou consumidor livre já existente e sua fonte de corrente
conectado no mesmo ponto de conexão.
O Agente, por sua vez, deverá mudar o status de identificação do filtro
equivalente de “1” para “zero” no cartão DBSH do programa HARMZs e realizar
um levantamento com os demais Agentes de parques eólicos/solares e/ou
consumidores livres, que compartilham do mesmo ponto comum de conexão, os
dados dos parâmetros do(s) filtro(s) (reatores, capacitores, resistores, conforme
tipo de filtro). Na falta de alguma informação com respeito aos parâmetros do(s)
filtro(s), o Agente deve consultar o ONS. Outras informações pertinentes à Rede
Interna também devem ser verificadas como os dados relativos à linha de
transmissão, transformadores, cabos e as fontes de injeção de correntes
harmônicas para a devida implementação no HARMZs.
Os dados do(s) filtro(s), com seus parâmetros RLC, devem ser representados no
cartão “DEQP” (Dados de Equipamentos) do programa HARMZs.

b) Filtros de parques eólicos, solares ou consumidores livres que NÂO


compartilham de um ponto comum de conexão
Para este caso, conforme mostra a Figura 7-2(2a), a Rede Interna do novo parque
eólico/solar ou consumidor livre será representada até o ponto onde se encontra
o seu conjunto de filtros/banco de capacitor. Para filtros de outros pontos de
conexão já existentes de acordo com a Figura 7-2(2.b), não há necessidade de
representação dos demais elementos da sua Rede Interna, porém seus
componentes RLC deverão estar representados na Rede Externa.
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 36 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Nessa situação, o Agente deve verificar se no PAC há a representação do grupo
90 (representação de filtros através de suas susceptâncias capacitivas
equivalentes) e caso positivo, deve-se mudar o status de identificação do filtro
equivalente de “1” para “zero” evitando-se assim, qualquer influência desse
equipamento nos resultados da montagem dos dados da Rede Externa (Rede
Básica) e um possível problema de ressonância paralela no sistema elétrico.
Além disso, cada filtro deve ser representado no programa HARMZs por um
circuito RLC, através do uso do cartão "DEQP", para verificar a influência desse
filtro, agora representado de forma correta no PAC.
Em nenhuma hipótese, um filtro (identificado pelo grupo 90 no programa
HARMZs) deve ser representado apenas pelo seu componente "C" equivalente.
Como na condição anterior, o Agente deve consultar o ONS quanto à
disponibilidade dos parâmetros do(s) filtro(s) para sua correta utilização no
programa HARMZs.
Os dados adicionais e necessários para realizar a representação completa das
instalações (linha de transmissão, transformadores, cabos e as fontes de injeção
de correntes harmônicas) poderão ser conseguidas junto aos Agentes
proprietários das instalações ou com o ONS.

Figura 7-2: Representação de Bancos e Filtros de Correntes Harmônicas pelos seus


Equivalentes.

230,0 kV PAC

Banco Equivalente Filtro Equivalente


Grupo 10 Grupo 90

69,0 kV 69,0 kV

Banco 1

34,5 kV 34,5 kV 34,5 kV Ponto Comum de Conexão de Ih1 e Ih2

Banco 2 Banco 3

0,6 kV 0,6 kV 0,6 kV 0,6 kV

1B
1A

Ih3 2A Filtro 1 Ih3 2B Filtro 1 Ih1 Filtro 2 Filtro 3 Ih2

NOVA INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO EXISTENTE


NOVA INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO EXISTENTE

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 37 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
7.2.5 Critérios de avaliação de desempenho harmônico
Os critérios de aceitação da nova instalação quanto aos limites individuais
relacionados à distorção harmônica para o estudo de desempenho harmônico são
apresentados na tabela abaixo:

Tabela 7-1: Limites individuais de distorção harmônica

Caso o estudo resulte em valores de distorção harmônica superiores aos


estabelecidos acima, o Agente deverá apresentar solução, normalmente
relacionada com a instalação de filtragem, que levem ao adequado desempenho
da instalação no PAC.

7.3 Estudo de flutuação de tensão (cintilação)


Usualmente, a flutuação de tensão é avaliada a partir do nível de Pst - Indicador
de Severidade de Cintilação de Curta Duração - (valor médio medido em um
intervalo de 10 minutos) definido nas normas IEC 61000-4-15 [16] e nos
Procedimentos de Rede do ONS e também pelo Plt - Indicador de Severidade de
Cintilação de Longa Duração - verificado num período contínuo de 2 (duas) horas
e calculado a partir dos valores de Pst.
As expressões para o cálculo de Pst e Plt estão definidas nos itens 9.3.2.2 2
9.3.2.3 do submódulo 2.8 [1], respectivamente.

7.3.1 Método simplificado de avaliação (Consumidor Livre)


Um estudo detalhado para avaliação da flutuação de tensão, realizado a partir da
adequada modelagem da fonte de distúrbio, bem como dos equipamentos
instalados para seu controle, tal como um compensador estático, normalmente
demanda um tempo razoável para o seu desenvolvimento e seu sucesso está
condicionado a fatores que, por exemplo, no caso de fornos a arco, corresponde
à modelagem do arco, modelagem dos equipamentos e estratégia de controle.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 38 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Observa-se, contudo, que uma metodologia mais simples poderá ser utilizada para
a realização de uma avaliação expedita do comportamento da instalação em
relação à flutuação de tensão.

7.3.1.1 Fornos a arco (Consumidor Livre)


No caso de fornos a arco em etapa de projeto, normalmente é feita uma avaliação
simplificada do Pst95%PACcalc no PAC com a equação descrita a seguir.
Normalmente, o indicador PstD95% é obtido de uma série de valores de Pst
medidos em um período de 7 (sete) dias consecutivos, conforme estabelecido no
submódulo 2.8 [1], e que guarda uma correlação típica com o indicador PstD99%
de 1,25.
Pst95%PACcalc = Pst99%PACcalc / 1,25
Onde:
Pst99%PACcalc = Kst * (SccFA / SccPAC) = Kst *Xpac/(Xpac+Xf)

• Kst = fator de severidade, que corresponde a um coeficiente experimental,


cujo valor fica entre 45 e 75. Este valor poderá ser determinado,
posteriormente, através de campanha de medição;
• SccFA = potência de curto-circuito do forno, supondo os eletrodos tocando
a massa fundida;
• SccPAC = potência de curto-circuito no PAC;
• Xpac = reatância de curto-circuito da rede de alimentação vista do PAC,
em pu base 100 MVA;
• Xf = reatância do circuito interno da usina siderúrgica entre o PAC e a ponta
dos eletrodos, em pu base 100 MVA.
O valor de SccPAC deve considerar a operação do sistema degradado a partir do
critério N-1, incluindo um número mínimo de unidades geradoras despachadas, de
forma a minimizar a potência de curto-circuito do PAC. Quando parte do valor de
SccPAC é devido a existência de usinas, principalmente térmicas, próximas a
carga, deve-se avaliar o efeito da sua ausência no sistema, fato bastante provável,
desde que algumas máquinas da usina não sejam programadas a operar como
síncronos, quando não estiverem gerando potência ativa.
O cálculo do nível de curto-circuito no forno, ou da reatância Xf do circuito
interno, pode ser feito considerando a reatância de projeto da transformação
principal da usina siderúrgica (Xtr), dos cabos de ligação (Xca) ao primário
do transformador do forno e do circuito restante até a ponta dos eletrodos
(Xr).
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 39 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Esta última reatância, Xr, em vez de ser determinada calculando-se
detalhadamente a reatância do transformador do forno, a reatância dos cabos de
alimentação dos eletrodos e a reatância dos próprios eletrodos, considerando o
tape de operação (nem sempre conhecido), pode ser determinada de forma mais
simples. Este cálculo se faz a partir da potência máxima de fusão (Sfusão) e do
correspondente fator de potência (FP) visto do primário do transformador do forno.
Efetivamente, se sabe que o ângulo da potência total deve ser igual ao ângulo da
impedância do circuito, portanto podemos estabelecer a equação seguinte:
Xreff = sen(arccos(FP))*100/Stf, em pu na base 100 MVA
Sendo:
• Xreff = reatância efetiva de operação do forno em fusão, em pu base 100 MVA
• Stf = potencia nominal do transformador do forno, suposta igual à máxima
potência de fusão, em MVA

A reatância de curto-circuito Xr do circuito restante guarda a seguinte relação


empírica (conhecida na indústria siderúrgica) com a reatância efetiva Xreff,
considerando que não deve ser incluída a reatância de arco:
Xr = Xreff / 1,15
Finalmente, podemos aplicar a seguinte relação:
Xf = Xtr + Xca + Xr, em pu na base 100 MVA
O valor resultante da aplicação da expressão acima ainda poderá ser atenuado
por fatores relacionados ao emprego de equipamentos de controle (compensador
estático). Quando existe mais do que uma fonte emissora de “flicker” conectadas
em um mesmo PAC e relacionadas a um mesmo acessante, o efeito da operação
simultânea destas fontes é determinado pela expressão abaixo, onde o fator “m”
é igual a 3 e “n” é o número de fontes emissoras.

௡ ቀ ቁ

ܲ‫ܥܣܲݐݏ‬௖௔௟௖,௧௢௧௔௟ = ൭෍ ܲ‫ܥܣܲݐݏ‬௖௔௟௖,௜


௜ୀଵ

7.3.1.2 Centrais Geradoras Eólicas


No caso de parques eólicos deve ser utilizada a metodologia recomendada pela
IEC 61400-21 / ABNT NBR IEC 61400-21 [10]. Neste caso os indicadores Plt e
Pst, definidos nesta referência, são determinados a partir de dados fornecidos pelo
fabricante e consideram a operação contínua nas condições de velocidade média
do vento e para conexão da máquina com velocidade mínima (“cut in”) e
velocidade nominal.
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 40 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
A Tabela 7-2 indica os principais fatores a serem considerados.
Tabela 7-2: Dados para avaliação dos níveis de flicker

PARÂMETRO UNIDADE DESCRIÇÃO


SN MVA Potência Nominal do aerogerador
ΨK Grau Ângulo da Potência de curto circuito
SK MVA Potencia curto circuito Trifásico
va m/s Velocidade nominal média do vento
C(Ψk,va) - Coeficiente de flicker
Fator de flicker em face de uma variação em degrau, com va=”cut in”
Kf(Ψk) -
Fator de flicker em face de uma variação em degrau, com va nominal
Fator de tensão em face de uma variação em degrau com va=”cut in”
KU(Ψk) -
Fator de tensão face a uma variação em degrau com va nominal
N10 - Máximo chaveamento em 10 minutos
N120 - Máximo chaveamento em 120 minutos

7.3.1.2.1 Critérios de avaliação de desempenho


Os limites individuais de flutuação de tensão descritos na Tabela 7-3 que devem
ser atendidos por uma instalação não linear durante sua operação são
apresentados a seguir.

Tabela 7-3: Limites individuais de flutuação de tensão

PstD95% PltS95%
0,8 pu 0,6 pu
FT FT

Esses valores são expressos em função dos limites individuais para tensão
secundária de distribuição 220 V e da atenuação esperada quando a flutuação de
tensão se propaga dos barramentos da Rede Básica para os barramentos da rede
secundária de distribuição.
O fator de transferência FT, conforme Tabela 7-4, é aplicável entre o barramento
da Rede Básica sob avaliação e o barramento da tensão secundária de
distribuição, eletricamente mais próximo. O fator de transferência FT é calculado
pela relação entre o valor do PltS95% do barramento da Rede Básica sob
avaliação e o valor do PltS95% do barramento da rede de distribuição. No caso de
os FT entre os barramentos envolvidos não terem sido medidos, os FT
apresentados na tabela abaixo podem, em princípio, ser aplicados para a
avaliação da flutuação de tensão nos barramentos da Rede Básica.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 41 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Tabela 7-4: Fatores de Transferência

Barramento de tensão nominal ≥ 230 kV FT = 0,65


69 kV ≤ barramento de tensão nominal < 230 kV FT = 0,80
Barramento de tensão nominal < 69 kV FT = 1,00

7.3.1.3 Centrais Geradoras Solares


Quanto ao impacto das centrais geradoras fotovoltáicas para a Qualidade de
Energia, mais especificamente com respeito à flutuação de tensão, ainda não se
tem uma normalização e consenso internacional que se possa quantificar a
influência dessas cargas para se determinar sua relevância para o efeito Flicker
(cintilação). Enquanto não se tem um equacionamento real e aprovado por
entidades competentes de estudos, seja nacional/internacional, o acessante
poderá omitir a informação da flutuação de tensão em seus relatórios de
desempenho harmônico e da Planilha de Resultados (item 8.9) ocasionada pelas
centrais fotovoltáicas até sua divulgação oficial e aprovação consensual de
resultados pelo ONS.

7.3.2 Conteúdo básico do relatório de estudo


Para que o ONS possa avaliar o resultado do estudo no tocante à flutuação de
tensão, o Agente deve incluir, no mínimo, as informações descritas a seguir. Do
ponto de vista da avaliação do desempenho da instalação, o valor de Pst95% no
PAC deve resultar menor ou igual ao limite individual estabelecido para o indicador
PstD95%, conforme apresentado no item 7.3.1.2.1 acima.
a) Valores de potência de curto-circuito “vista” do PAC, indicando o ano
correspondente ao horizonte do estudo, patamar de carga (leve ou pesada) e a
condição N-1 considerada;
b) Valor do fator de severidade adotado no estudo;
c) Valor da potência de curto-circuito do forno, incluindo memória de cálculo para
sua determinação;
d) Valores de Pst95% e de PltS95% no PAC, para cada condição das
configurações do sistema consideradas no estudo;
e) Tabela de dados para avaliação dos níveis de Flicker, no caso do tipo de
aerogerador utilizado, conforme Tabela 7-2: item 7.3.1.2;
f) Tabela de comparação dos valores encontrados de Pst e Plt da norma
IEC61000-3-7 [12] com os limites individuais de flutuação de tensão descritos

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 42 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
na tabela 4 – Limites individuais de flutuação de tensão do Submódulo 2.8 [1]
dos Procedimentos de Rede.

7.4 Regras de instalação de filtros no SIN


Uma vez identificado nos estudos de desempenho harmônico a necessidade de se instalar
filtros, alguns procedimentos foram estabelecidos pelo ONS, de forma que, com
documentos do Parecer de Acesso e dos Contratos assinados para solicitação de conexão
de novos empreendimentos no SIN, os Agentes ficam encarregados de:
a) Instalar os filtros em até um ano a partir da campanha de medição das correntes
harmônicas da entrada em operação da última central geradora eólica (CGE) /
fotovoltaica (CFV) incluindo nesse prazo a revisão, caso necessário, do projeto dos
filtros e da aprovação do ONS;
b) Monitorar as distorções harmônicas no PAC permanentemente, mesmo após a
instalação dos filtros e realização das campanhas de medição, conforme itens
13.2.2.2 e 14.8 do SM 2.8, a partir da entrada em operação de qualquer parque
eólico/fotovoltaico. Para mais detalhes sobre o monitoramento contínuo, verificar
item 7.4.3;
c) Em caso de descumprimento dos documentos mencionados acima, os Agentes serão
notificados pelo SM 19, conforme determinação da ANEEL.

7.4.1 Filtros de ordem par e superiores à 13ª ordem harmônica (complexos


eólicos/fotovoltaicos)
Os filtros de ordem harmônica par (2ª, 4ª, 6ª, etc), como também de ordens superiores
à 13ª que foram indicados nos estudos de desempenho harmônico, a priori, não devem
ser implementados no sistema para complexos eólicos/fotovoltaicos.
Por outro lado, o Agente deverá implementar os filtros para as sintonias de ordem par e
ordens superiores à 13ª, caso os valores medidos durante as campanhas (pré-tensão
e/ou monitoramento contínuo (item 7.4.3)) forem violados. Para tanto, o subitem (a) do
item 7.4 deverá ser cumprido, a partir da violação identificada nas campanhas, e o ONS
notificará o Agente formalmente através de carta quanto à necessidade do fornecimento
dos filtros. Entretanto, para essa situação em particular, o prazo de um ano será
contabilizado a partir da data da emissão da carta.
Deve-se ressaltar, no entanto, que o desempenho de todas as ordens harmônicas, com
exceção daquelas em que os filtros foram postergados, não poderão ser violados,
considerando ambos os cenários, quais sejam, com e sem a presença dos filtros
postergados. Para tanto, o(s) projeto(s) do(s) filtro(s) remanescente(s) deverá(ão) ser
ajustado(s) para que esta condição seja atendida. De outro modo, a postergação não
será permitida.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 43 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Tal demonstração deverá constar do relatório de estudo sempre que o agente optar pela
postergação mencionada acima.

7.4.2 Filtros de baixa potência (complexos eólicos/fotovoltaicos)


A partir do conhecimento pelo ONS quanto às dificuldades em se fabricar filtros de
valores baixos de potência (< 0,4 Mvar = 400 kVAr) para certas condições propostas no
estudo de desempenho harmônico para complexos eólicos/fotovoltaicos, o Agente será
dispensado do fornecimento desses filtros para valores dessa potência especificada.
Porém, o Agente deverá redistribuir a totalidade da potência dispensada entre os demais
filtros do empreendimento, de forma que, os Mvars antes negligenciados, continuem
suprindo o sistema elétrico e reduzindo as distorções harmônicas por meio do(s) filtro(s)
remanescente(s), caso existam.
Além disto, deverá ser atendida a condição que, com exceção daquela(s) ordem(ns)
harmônica(s) cujo(s) filtro(s) foi(ram) dispensado(s), os desempenhos em todas as
ordens harmônicas não poderão ser violados. Tal demonstração deverá constar do
relatório de estudo sempre que o agente optar pela dispensa mencionada acima.
Neste caso, para aquela(s) ordem(ns) harmônica(s) cujo(s) filtro(s) foi(ram)
dispensado(s), o Agente não estará sujeito a restrição de operação com número máximo
de aerogeradores ou inversores fotovoltaicos, caso seja violado o limite global inferior
dessa(s) ordem(ns) harmônica(s).

7.4.3 Monitoramento Contínuo


Em atendimento ao SM 2.8 (itens 13.2.2.2 e 14.8) ficou estabelecido que cada
empreendimento que venha a se conectar ao SIN deverá possuir um monitoramento
contínuo dos principais indicadores de qualidade de energia, dentre eles o de distorção
harmônica de tensão. Para tanto, o Agente deverá considerar no seu fornecimento um
equipamento de medição de qualidade de energia dedicado e conectado
permanentemente ao PAC com as características especificadas no item 8.3 - Medições.
As medições de distorção harmônica de tensão provenientes desse monitoramento
contínuo deverão ser enviadas a cada 6 meses para o ONS para verificação e discussão
com o Agente quanto:
• à performance e/ou inadimplência do fornecimento de filtros;
• à necessidade do ONS para identificação de qualquer problema decorrente de
qualidade de energia.
OBS.: Futuramente, com a nova temática de responsabilidades e/ou compartilhamentos
de violações harmônicas de tensão no ponto de acoplamento comum (PAC), será possível

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 44 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
identificar com baixa probalidade de erro, a maior fonte poluidora de harmônicos para o
sistema elétrico.

8 Medições
8.1 Considerações iniciais
Cabe ressaltar que as campanhas de medição têm por finalidade avaliar o impacto
da instalação do acessante na rede à época da sua conexão, ou seja, nas
condições sistêmicas presentes para que, dessa forma, se verifique o
desempenho real da rede sem a necessidade de se utilizar recursos de
modelagem.
Seguem-se algumas considerações a respeito das campanhas de medição para
avaliação de desempenho das instalações com característica não linear, em
conformidade com o submódulo 2.8 [1] dos procedimentos de rede e o relatório
Re.ONS-2.1-028/2008 “Definição das Metologias e Procedimentos Necessários às
Campanhas de Medição dos Indicadores de Desempenho” [4].
Quando da implantação de instalações (geração ou carga) com característica não
linear, são realizadas medições de tensão e corrente, a cargo do Agente, sob a
forma de campanha de medição.
As campanhas para medição de tensão são realizadas, por períodos não inferiores
a 7 (sete) dias consecutivos, considerando os valores dos indicadores
integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos.
De acordo com o submódulo 2.8 [1], os indicadores a serem obtidos a partir das
campanhas de medição de tensão são, pelo menos, os seguintes:
 Flutuação de tensão: PstD95% e PltS95%;
 Desequilíbrio de tensão: KS95%;
 Distorção harmônica de tensão: DTHTS95% e os correspondentes indicadores
relativos aos harmônicos individuais.
As campanhas para medição de corrente são realizadas em períodos variáveis,
dependendo do tipo de instalação. Por exemplo, no caso de fornos a arco,
utilizados em siderúrgicas, as medições devem ser realizadas ao longo de, pelo
menos, um ciclo de operação do forno. Por outro lado, no caso de usinas de
geração eólica ou solar, em que as medições são realizadas, respectivamente,
nos terminais do aerogerador ou do inversor (CC-CA), do lado de baixa ou de alta
do transformador que integra os equipamentos da Rede Interna do parque, as

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 45 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
medições devem ser realizadas pelo tempo necessário para cumprir as
recomendações da IEC61400-212 [10].
A classificação das campanhas de medição é determinada, conforme o estágio de
implantação das cargas/geradores com características não lineares. Os
indicadores de tensão obtidos por medição possuem como referência sempre o
limite global (Tabela 8-1), ou seja, incorporam os efeitos de outras instalações não
lineares já presentes na rede elétrica (background).
Para o caso de instalação do tipo carga com característica não linear, em especial
de Consumidor Livre e de Distribuidora, as campanhas de medição de tensão,
tanto quanto possível, deverão ser realizadas imediatamente antes (campanha
pré) e imediatamente após (campanha pós) à entrada em operação da instalação.
Para as demais instalaçãoes não lineares, como os aerogeradores/inversores,
as campanhas a serem realizadas são as seguintes:
• Campanha pré: medição dos indicadores de tensão antes da entrada em
operação da instalação (comum também para consumidor livre e distribuidora);
• Campanhas de Medição de Corrente: medição de correntes harmônicas na saída
de equipamentos não lineares pertencentes à instalação.
• Campanha de Monitoramento: medição do indicador de tensão, mais
especificamente a distorção harmônica de tensão e realizada todas as vezes que
a solução de filtragem não for implementada com a entrada em operação dos
parques eólicos/fotovoltaicos. Caso a monitoração indique a violação de algum
limite de distorção harmônica de tensão individual e/ou total, o parque
eólico/fotovoltaico deverá operar com um número máximo de
aerogeradores/inversores (CC-CA), conforme nova metodologia estabelecida no
item 6.
• Campanha pós: medição dos indicadores de tensão após a entrada em operação
da instalação (comum também para consumidor livre e distribuidora) e após a
implementação de filtros, caso sejam indicados.
Com respeito aos indicadores de distorção harmônica, os limites globais inferiores
devem ser atendidos, conforme submódulo 2.8 indicado na Tabela 8-1 abaixo.

2
A norma IEC61400-21, no momento, apresenta somente os procedimentos de medição para parques eólicos.
Todavia, pode-se tomar como referência essa mesma norma para os parques solares, inclusive as tabelas de
variação percentuais de potência (corrente) para todo o espectro harmônico (2ª a 50ª ordem harmônica).

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 46 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Tabela 8-1: Limites globais inferiores de tensão em porcentagem da tensão fundamental

A campanha de medição de corrente, realizada nos terminais de um aerogerador


(para qualquer tipo de configuração de máquina) ou de inversor utilizado em
parques de geração fotovoltaica, tem por objetivo comparar seus resultados com
os valores fornecidos (certificados) pelo fabricante na fase de estudo para
obtenção do parecer de acesso. O Agente deverá realizar tal campanha assim que
possível, porém admite-se, em função das condições de vento ou de irradiação
solar local, que tal medição seja realizada após a entrada em operação comercial
da instalação, de maneira a cumprir os requisitos da IEC61400-21.
A campanha de medição de corrente deverá ser realizada em, pelo menos, um
aerogerador/inversor (CC-CA) representativo de cada parque de geração eólica/
fotovoltaica que compões a central de geração. A medição de tais correntes tem
por finalidade reavaliar o estudo de desempenho da instalação quanto à distorção
harmônica de tensão. A reavaliação do estudo de desempenho harmônico será
necessária quando as correntes medidas na saída dos aerogeradores/inversores
(CC-CA) forem superiores àquelas utilizadas no referido estudo. Se na reavaliação
do estudo houver a necessidade do fornecimento de filtro(s) e/ou ajuste do(s)
filtro(s) dimensionados no estudo prévio de qualidade de energia , o Agente deverá
fornecer a solução de filtragem em até (01) ano da realização da campanha de
corrente e da revisão do estudo.
Caso haja a necessidade de esclarecimentos quanto ao local de medção das
campanhas de tensão e corrente, tanto na Rede Básica quanto nos barramentos
dos transformadores de fronteira, demais instalações de transmissão (DIT) e no
sistema de distribuição, sugere-se que o ONS seja contatado com certa
antecedência em relação à entrada em operação da instalação.
Dentre as campanhas descritas anteriormente que devem ser realizadas desde a
a entrada em operação até a implementação final de um complexo
eólico/fotovoltaico, destaca-se a necessidade de se realizar um conjunto de
campanhas de medição intermediárias pré e pós de distorção harmônica de tensão
devido à entrada de parques de menor porte que compartilham do mesmo sistema
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 47 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
de uso exclusivo para conexão com a Rede Básica e que extrapolaram o
cronograma previsto. Para essa situação, recomenda-se que o Agente realize uma
consulta ao ONS de maneira a estabelecer o conjunto de campanhas pré e pós
intermediárias bem como um cronograma correspondente, visando a
racionalização do processo. Ao ONS cabe a prerrogativa de acompanhar, quando
considerado necessário, tais campanhas de medição, como também o Agente de
comunicar ao ONS qualquer alteração no cronograma de entrada em operação
das centrais eólicas/fotovoltaicas.

8.1.1 Considerações – Distribuidoras/Consumidores Livres

No caso das Distribuidoras/Consumidores Livres, as campanhas de medição


somente serão solicitadas quando o acesso for na fronteira (DIT e ICG) com a
Rede Básica, ou diretamente na Rede Básica, destacando-se as seguintes
campanhas a serem realizadas para:
a. Instalações novas: as Campanhas pré e pós entrada em Operação;
b. instalações existentes: apenas as campanhas pós entrada em operação.
A Figura 8-1, a seguir, ilustra de maneira detalhada os pontos de conexão às DIT
e ICG, aos quais as campanhas de medição serão executadas.

Figura 8-1: Pontos de conexão às DIT e ICG, onde as campanhas de medição devem ser
realizadas.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 48 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Dessa forma, deverão ser entregues ao ONS somente as campanhas de medição
para acessos diretos na Rede Básica ou em instalações de fronteira (DIT e ICGs)
com a Rede Básica compreendendo distorção harmônica, desequilíbrio de tensão
e flutuação de tensão. Essas medições deverão utilizar a planilha padrão de
medição do ONS para registrar e verificar os resultados obtidos com os valores
limites dos indicadores estabelecidos pelo SM 2.8.
O estudo de desempenho harmônico (QEE) deverá ser enviado pelas
Distribuidoras ao ONS, somente em situações específicas e que justifiquem sua
interferência na Rede Básica no tocante à qualidade do fornecimento de energia
elétrica. Esse estudo de QEE deverá ser de responsabilidade da Distribuidora que
solicitou acesso ao ONS. Essas situações são identificadas através de campanhas
de medição dos principais indicadores de qualidade (desequilíbrio, distorção e
flutuação de tensão) que devem ser realizadas utilizando a planilha padrão de
medição do ONS e obedecendo os valores limites desses indicadores, conforme
SM 2.8. O estudo de QEE somente deverá ser realizado quando for identificado
violação dos indicadores de QEE e com atendimento dos requisitos estabelecidos
pela NT 009/2016.

8.2 Práticas recomendadas pelo ONS para as Campanhas de Medição


8.2.1 Processo atual das Campanhas de Medição
As campanhas de medição são uma etapa complementar aos estudos de
desempenho harmônico e fazem parte do processo de qualidade de energia.Para
tanto, os fluxogramas ilustrados pelas Figura 8-2 e Figura 8-3 têm com o objetivo
de esclarecer as questões mais frequentes referentes às campanhas, o seu
processo de gerenciamento e controle, além de descrever os passos para a
realização de cada uma delas.
Explorando a Figura 8-2, a campanha pré-tensão pode ser realizada assim que o
documento do Parecer de Acesso for emitido pelo ONS. O propósito dessa
campanha é determinar os valores dos indicadores de qualidade de energia
elétrica no PAC antes que o Agente seja conectado. A campanha pré-tensão é
requisito básico para a emissão da DAPR-T (Declação de Atendimento dos
Procedimentos de Rede para Teste). Os valores medidos são armazenados em
uma planilha de fornecimento padrão ONS, enviada ao departamento responsável
para análise por meio do e-mail “qualidade_energia@ons.org.br”, juntamente com
um relatório respectivo, por meio dos quais se verifica a violação dos limites
globais inferiores/superiores no PAC de acordo com o submódulo 2.8 dos
Procedimentos de Rede. Mesmo que algum(ns) destes limites seja(m)
ultrapassado(s), o ONS permite a entrada do Agente emitindo a DAPR-T, cabendo
ao Operador, a tomada de decisões quanto as ações de mellhoria da Rede Básica.
Em uma etapa posterior será realizada uma verificação das pendências da entrada
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 49 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
do empreendimento quanto ao início de sua operação comercial e as principais
observações (como a necessidade ou não de filtros) são descritas na emissão da
DAPR-P (Declação de Atendimento dos Procedimentos de Rede Provisória).
Após a entrada em operação da última central geradora eólica/fotovoltaica, deve-
se realizar a campanha de medição de corrente na saída dos aerogeradores ou
inversores. Essa campanha deve ser realizada em período favorável de vento e/ou
radiação solar, de forma que seja possivel obter as correntes harmônicas para
todo o espectro harmônico (2 a 50) e para cada faixa de potência nominal do
aerogerador (10 a 100%), conforme descrito na IEC 61400-21 [10]. Caso as
correntes medidas sejam maiores que aquelas consideradas no estudo (fornecidas
pelo fabricante), o Agente deverá refazer o estudo de desempenho harmônico com
os valores máximos das correntes medidas para cada ordem harmônica e enviar
o relatório de estudo ao departamento de qualidade de energia do ONS para nova
avaliação. Se com a revisão do estudo houver a necessidade de se redimensionar
os filtros originalmente projetados e/ou mesmo instalar novos filtros, o Agente
deverá enviar um cronograma de implantação dos filtros ao ONS e continuar o
processo de monitoramento até que os filtros sejam implantados.
Entretanto, se as correntes medidas forem menores que aquelas consideradas no
estudo e houve a indicação de filtro(s), o Agente poderá ou não reavaliar seu
estudo e se for o caso, otimizar o dimensionamento do(s) filtro(s). Posteriormente,
deve ser enviado o relatório revisado de estudo de desempenho harmônico ao
ONS para nova avaliação. Com a indicação de filtro(s), o Agente deverá enviar um
cronograma de implantação dos filtros ao ONS e continuar o processo de
monitoramento até que os filtros sejam implantados.Por outro lado, caso as
correntes medidas forem menores que as consideradas no estudo original e não
houve indicação de filtragem, o próximo passo será a campanha de pós tensão.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 50 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-2: Processo Atual – Campanha de Medição

A campanha de monitoramento é a etapa das campanhas de medição em que o


Agente, na indisponibilidade do fornecimento do(s) filtro(s) proposto(s) no
momento da entrada em operação dos parques eólicos/fotovoltaicos, fica
condicionado a um número máximo de aerogeradores/inversores até a
implantação do(s) filtro(s), conforme item 6, a partir do momento em que ocorrer a
primeira violação do indicador de distorção harmônica de tensão. Dessa forma,
embora é permitido ao Agente entrar em operação com todos os
aerogeradores/inversores do complexo em questão, o monitoramento contínuo da
distorção harmônica de tensão individual e total deve ser realizado pelo Agente
para verificação de atendimento aos limites globais inferiores no PAC. A partir
desse momento, somente após a implantação do(s) filtro(s) é que todo o complexo
eólico/fotovoltaico poderá operar nomalmente.
Posteriormente, será realizada a campanha pós tensão encerrando as etapas das
campanhas da medição.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 51 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-3: Processo Atual – Campanha de Medição

Após a realização da campanha pós tensão, são retiradas todas as restrições


impostas ao Agente em virtude de alguma pendência de fornecimento de
equipamento e/ou operação e, por fim, emite-se a DAPR-D (documento de
aprovação defintiva).
No caso do indicador de distorção harmônica de tensão global inferior no PAC
superar os limites estabelecidos no Submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede,
deve-se observar se nessa etapa houve a indicação de filtro. Em caso negativo,
deve-se realizar uma averiguação/investigação do Agente das responsabilidades
de violação em coordenação com o ONS que, somente após a confirmação de que
não houve a continuidade da violação é que a DAPR-D será emitida. Caso a
violação persista, o ONS solicitará a presença de todos os Agentes conectados no
mesmo PAC para que seja proposto uma solução de filtragem compartilhada e que
o indicador de distorção de tensão harmônica seja reavaliado para a emissão
posterior da DAPR-D.
Na situação em que houve a indicação de filtro e mesmo assim, a distorção
harmônica de tensão continua acima do limite global inferior, deve-se realizar uma
averiguação/investigação do Agente das responsabilidades de violação em
coordenação com o ONS para verificar a causa dessa violação. Uma vez
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 52 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
identificado que a causa principal é/são o(s) filtro(s) dimensionados para esse
empreendimento, um novo estudo de desempenho harmônico deverá ser
apresentado ao ONS com a proposta de filtros complementares e/ou de
reavaliação dos filtros originalmente dimensionados. Após reapresentação do
estudo e correção/complementação dos equipamentos de filtragem, o indicador de
distorção de tensão harmônica será reavaliado para a emissão posterior da DAPR-
D finalizando, portanto, todas as etapas das campanhas de medição e as
obrigações do Agente no aspecto da QEE.

8.2.2 Critérios de avaliação das campanhas de medição – Distorção harmônica


de tensão
A avaliação das campanhas de medição de distorção harmônica de tensão é
realizada para as fases pré, monitoramento e pós tensão e são baseadas nos
limites globais inferiores de tensão, conforme Tabela 8-2: a seguir.

Tabela 8-2: Limites globais inferiores de tensão em porcentagen da tensão fundamental

Vale salientar que, conforme item 13.2.3 do submódulo 2.8, para a avaliação do
desempenho global obtido por processo de apuração, por fase, é adotado o
seguinte procedimento:
(a) quando o valor apurado do indicador for menor ou igual ao limite global inferior,
o desempenho é considerado adequado;
(b) quando o valor apurado do indicador se encontra entre os limites globais
inferior e superior, o desempenho é considerado em estado de observação. Caso
se verifiquem reclamações ou evidências de problemas relativos ao desempenho
e/ou à integridade de alguma instalação, o ONS, em conjunto com os agentes
envolvidos, deve buscar alternativas de soluções e atribuir responsabilidades; e

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 53 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
(c) quando o valor apurado do indicador for maior que o limite global superior3, o
desempenho é considerado inadequado. Nesse caso, as ações corretivas ou
mitigadoras devem ser definidas logo após a realização de investigações para a
identificação de causas e responsabilidades.

8.2.3 Critérios de avaliação das campanhas de medição – Flutuação de Tensão


Os limites globais de flutuação de tensão que devem ser atendidos por uma
instalação de carga não linear durante sua operação são apresentados a seguir.

Tabela 8-3: Limites globais de flutuação de tensão

Os fatores de transferência FT, em função da tensão nominal de barramento sob


responsabilidade de concessionária de transmissão são os mesmos já descritos
anteriormente para os limites individuais de acordo com a Tabela 7-4.

8.3 Instrumentos de Medição


Este subitem estabelece algumas recomendações, premissas e requisitos
mínimos que deverão ser observados nas campanhas de medição com respeito
aos instrumentos de medição.
Os itens 13.2.2.5 e 13.2.2.6 do Submódulo 2.8 [1] dos Procedimentos de Rede
estabelecem as condições básicas que os instrumentos de medição deverão
atender para serem considerados adequados a participar de uma campanha de
medição.
A partir da publicação da IEC 61000-4-30 [14], a qual estabelece as condições
para que um instrumento de medição seja considerado do tipo classe A, o
ONS aceitará como adequados os instrumentos de medição que tenham obtido tal
classificação através de laboratório nacional ou internacional credenciado para a
realização dos ensaios necessários e emissão de atestado comprobatório. Caso
contrário ao estabelecido no item 13.2.2.5 do submódulo 2.8 [1], a adequação do

3 Os limites globais superiores são determinados pela multiplicação dos limites globais inferiores
correspondentes pelo fator 4/3. Por exemplo, os limites globais superiores relativos aos indicadores DTHTS95%
para V< 69 kV e V  69 kV são, respectivamente, 8% e 4%.
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 54 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
desempenho dos equipamentos de medição e transdutores pode ser avaliada, a
critério do ONS, por meio de testes em laboratório, de acordo com o caderno de
ensaios elaborado e disponibilizado na página da Internet do ONS no novo
endereço eletrônico:
https://agentes.ons.org.br/download/administracao_transmissao/engenharia_tran
smissao/ONSNT0013-
2016_CadernodeEnsaiosparaCertificacao_Instrumento_campanhasdemedicaode
QEE.pdf
Atualmente, o ONS considera como aptos a participar de uma campanha de
medição os instrumentos de medição encontrados na nova página da Internet do
ONS:
https://agentes.ons.org.br/download/administracao_transmissao/engenharia_tran
smissao/ListadeEquipamentosdeMedicoesdeHarmonicas_ago2017.pdf
Tais medidores, além dos indicadores de tensão, também são aptos a medir
corrente fundamental e harmônica.

8.4 Transdutores de Tensão


Existem disponíveis vários tipos de transdutores de tensão para a realização de
campanhas de medição, cada um com suas características de resposta em
freqüência e com seu conjunto de vantagens e desvantagens para a utilização em
campanhas de medição.
Basicamente, os tipos de transdutores que poderiam ser utilizados em campanhas
de medição são:
 TPI - Transformador de Potencial Indutivo;
 TPC - Transformador de Potencial Capacitivo;
 DPC - Divisor de Potencial Capacitivo;
 DPCR - Divisor de Potencial Capacitivo-Resistivo
 TCB - Tape Capacitivo de Bucha de Transformador de Potência ou de Reator
em Derivação
Para cada uma das perturbações relacionadas com os fenômenos de distorção
harmônica, desequilíbrio e flutuação de tensão, no entanto, os diversos tipos de
transdutores de tensão apresentam características que os diferenciam. Observe-
se ainda que, enquanto os transdutores do tipo TPC e TPI encontram-se,
normalmente, instalados nos barramentos das subestações onde serão realizadas
as medições, os transdutores DPC e TCB necessitam de ações complementares
de instalação, tal como a realização de desligamentos, dificultando a realização
prática da campanha de medição, além de um risco teórico associado para a
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 55 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
operação do sistema decorrente de possíveis falhas nestes equipamentos. Na
sequência serão analisadas as possíveis ações práticas que podem ser
implementadas para garantir a precisão necessária às medições de QEE,
particularmente de distorção harmônica, para cada um dos citados tipos de
transdutores de tensão.

8.4.1 Requisitos relacionados a transdutores de tensão para a realização de


campanhas de QEE
Neste item será informado sobre procedimentos que devem ser realizados em
instalações que possuam diferentes tipos de transdutores de tensão, visando
atingir o necessário nível de precisão para a realização de campanhas de medição
de QEE, conforme preconizado pelo relatório técnico IEC 61869-103 [13], com
ênfase em distorções harmônicas, vide Figura 8-4 abaixo. Dos instrumentos de
medição mais comuns encontrados em subestações, dentre eles o transformador
de potencial capacitivo, faz-se necessário tomar algumas precauções quanto aos
resultados de medições referentes à qualidade de energia, principalmente no
tocante à resposta de frequência para esse tipo de equipamento. Dessa forma, o
ONS solicita ao Agente que adote uma das técnicas alternativas de correção da
resposta em frequência para transdutores tipo TP ou TPC durante a realização
das campanhas de medições, conforme detalhada a seguir. Essas técnicas
alternativas de correção permitirão atenuar a não linearidade da forma de onda de
tensão causada por transdutores tipo TP ou TPC para determinadas faixas de
frequências.
OBS.: A técnica escolhida e/ou documentos complementares deverão
constar no relatório das campanhas de medição a serem enviadas ao ONS.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 56 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-4: Resposta de frequência de diferentes tecnologias de transdutores de tensão de
acordo com a experiência corrente

8.4.2 Transformadores de potencial indutivos (TPI)


Os Transformadores Indutivos de Instrumentos até agora foram concebidos de
forma a ter um comportamento linear principalmente no intervalo de amplitudes de
sinal primário e à frequência industrial.

Figura 8-5: Arquitetura típica de um TPI para níveis de transmissão

Fora destes limites, o seu comportamento não é padronizado, mesmo se as


características de linearidade teoricamente podem se estender para além das
faixas nominais. Os TPIs, devido a aspectos construtivos e de custos, são
geralmente empregados até no máximo 230 kV, para subestações convencionais.
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 57 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Em subestações tipo GIS são adotados até os níveis de UHV por serem mais
econômicos.
Os TPIs na faixa de tensões de transmissão possuem resposta de frequência
muito variável e dependem de uma série de fatores construtivos. A Figura 8-6
exemplifica a resposta de um TPI de 420 kV, onde fica claro um erro acentuado
de amplitude a partir de 150 Hz, ou seja, da 2,5ª harmônica.

Figura 8-6: Resposta de frequência de TPI típico para 420 kV

A conclusão é que a precisa utilização de TPI para fins de medições de QEE


somente é factível se houver possibilidade de determinação da resposta de
frequência do equipamento, antes da realização da campanha. Neste caso, se faz
a correção matemática das medições realizadas no campo de acordo com o
indicado em [4].

8.4.3 Transformadores de potencial capacitivos (TPC)


Os TPCs são constituídos por um divisor capacitivo, que possui acoplado à sua
unidade secundária um transformador indutivo, vide Erro! Fonte de referência
não encontrada.7. Esta característica faz com que o TPC seja naturalmente um
elemento que necessita ser ajustado para responder adequadamente a uma
determinada frequência, que no caso é a frequência industrial, conforme ilustrado
na Figura 8-7a. Atualmente, existem disponíveis no mercado TPCs com os
chamados taps para a medição de harmônicos. Tais taps fazem uso do divisor
capacitivo puro existente na parte ativa do TPC e incluem um tap através do qual
medições de harmônicas até ordens elevadas podem ser realizadas com
segurança de exatidão das medições, conforme ilustrado na Figura 8-7b.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 58 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-7: Arquitetura típica de um TPC para níveis de transmissão (a) e seu circuito
equivalente (b)

(b)

(a)

Figura 8-8: Resposta de frequência de TPCs com e sem tap para medição de harmônicos

Outra solução também disponível no mercado para a linearização da resposta do


TPC para fins de medição de harmônicos é a adoção de equipamento eletrônico
acoplado aos terminais de baixa do TPC que diretamente compensam as
medições, tal como ilustrado na Figura 8-9.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 59 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-9: Aplicação da unidade de medição tipo PQ-Sensor™ para linearização da resposta
de TPC

Este tipo de equipamento de condicionamento de sinal instalado na caixa terminal


do TPC permite a linearização do sinal de tensão medido e possui as seguintes
vantagens:
• pode ser acoplado aos TPCs em serviço ou instalados em novas unidades;
• TPCs podem continuar sua função de alimentação de relés e outros dispositivos
padrões e ao mesmo tempo monitorar a qualidade de energia;
• pode ser utilizado para detectar ferroressonância interna de TPCs;
• atende às medições de altas frequências (até à 50ª ordem harmônica) exigidas
pelas normas IEEE 519 [8], IEC 61000-4-30 [14] e IEC 61000-4-7 [15]. Também
atende para baixas frequências, conforme norma IEC 61000-4-15 [16] - modulação
de frequência entre 0,5 Hz e 33 Hz - para medição de Flicker.
A conclusão é que a utilização de TPC para fins de medições de QEE somente é
factível se o mesmo dispuser de tap específico para este fim, ou caso se adote
uma unidade de medição conectada aos terminais secundários que provenha a
linearização de sua resposta para a faixa de frequências de interesse, isto é, até
a 50ª harmônica (3 KHz).

8.4.4 Divisor de Potencial Capacitivo (DPC)


Os divisores de potencial puramente capacitivos não são normalmente disponíveis
nas subestações de transmissão. Além disso, sua resposta em frequência
geralmente não cobre toda a faixa de interesse com percentuais de erros
aceitáveis para fins de medições para QEE.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 60 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Sua utilização ficaria na dependência da linearização de sua resposta, seja por
meio de cálculo, através do levantamento a priori de sua resposta em frequência,
seja através de uma unidade de correção adicional, do tipo da indicada para TPCs.
A conclusão é que divisores capacitivos não são o tipo de transdutor recomendado
para tal uso e devem ser evitados.

8.4.5 Transformadores de Potencial Capacitivo-Resistivo (DPCR)


Os divisores de potencial capacitivo-resistivo, também denominados divisores
mistos, têm ampla aplicação em laboratórios de alta tensão, pois podem ter uma
faixa de frequência de resposta linear bastante ampla, podendo chegar à faixa de
MHz. Tais divisores laboratoriais podem ser em princípio adotados em campanhas
de medição no campo, mas, neste caso, o transporte dos mesmos e sua instalação
no campo são desvantagens claras para esta solução.
Recentemente, entretanto, pode-se observar que já existem no mercado DPCRs
industriais para fins de uso contínuo em redes de alta tensão. Tais equipamentos
são ideais para utilização em subestações onde se faz com frequência campanhas
de medição, ou para aquelas onde o monitoramento continuo de QEE é
preconizado. Devido ao seu arranjo interno - parte ativa (divisor capacitivo em
paralelo com um divisor resistivo) que se extende ao longo de todo o isolador, há
uma distribuição linear da tensão, o que permite alta precisão (± 2%) nas medições
de harmônicas até 10 kHz, conforme Figura 8-10:. Tal tipo de equipamento, por
exemplo, é fabricado para a faixa de 72,5 - 550 kV e possui as seguintes
vantagens:
• Arranjo otimizado dos divisores R e C ao longo de todo o isolador resulta em
uma excelente distribuição de tensão (linearidade), resultando alta precisão na
medição e estabilidade até a harmônica de ordem 200;
• Medição de harmônicos com precisão de ± 2%;
• Livre de ferroresonância e efeitos de saturação;
• Saída secundária opera sem problemas sob condições de curto-circuito ou sem
carga;
• Classe de precisão AC de ±1%;
• Alta performance sob condições transitórios e altos riscos de poluição;
• Distribuição homogênea do campo prevê a ocorrência de descargas parciais;

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 61 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-10: Resposta de frequência para divisor capacitivo-resistivo.

A conclusão é que a utilização de divisores capacitivo-resistivo em subestações


onde seja necessária a realização frequente de campanhas de QEE ou
monitoração permanente da mesma é uma solução ideal. O custo de tal solução
em relação aos TPCs normalmente adotados em níveis de transmissão necessita
ainda ser verificada.

8.4.6 Taps Capacitivos de Buchas de Transformadores de Potência ou de


Reatores em Derivação (TCB)
Uma solução confiável e precisa para realização de campanhas de QEE em
subestações que não disponham de TPs com a necessária precisão na faixa de
frequências de interesse é a utilização de taps capacitivos de buchas de
transformadores ou reatores existentes na subestação. O tap capacitivo é utilizado
como a unidade primária de um divisor capacitivo, sendo que a unidade secundária
precisa ser especialmente projetada para que o divisor capacitivo assim
estabelecido possua as características de resposta adequadas às medições de
QEE. O CEPEL domina o processo de projeto e construção de tais unidades
secundárias, sendo que a descrição das mesmas e uma aplicação prática desta é
contida em documento elaborado para o ONS especificamente apara este fim e
que consta na referência [4]. Vide Figura 8-11:

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 62 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-11: Resposta de frequência para divisor capacitivo obtido pelo acoplamento de
unidade secundária a tap capacitivo de bucha de transformador ou reator shunt

A experiência do CEPEL com este tipo de solução comprova que a mesma é


precisa, segura, é de baixo custo e apresenta baixos riscos para a instalação e
para a sua implementação.
Portanto, a utilização de taps capacitivos de buchas de transformadores ou
reatores shunt é a solução ideal para fins de realização de campanhas de QEE de
duração limitada em subestações que não disponham de TPs ou divisores de
tensão que provenham a precisão necessária para esses tipos de medições.

8.4.7 Transformadores de Corrente


Quanto aos transformadores de corrente convencionais (TCs) pode-se dizer que,
geralmente, são precisos para medições de harmônicos, apresentando resposta
de freqüência adequada para freqüências até 1500 Hz.
Os TCs de classe de medição para faturamento são preferidos para medições de
harmônicos pelo fato de serem naturalmente mais precisos que os TCs utilizados
nas funções de proteção do sistema elétrico.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 63 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
8.4.8 Comentários e conclusões gerais
Abaixo seguem alguns comentários quanto ao desempenho destes transdutores
em função do fenômeno a ser medido:
• Desequilíbrio de tensão
Enquanto que os fenômenos de flutuação de tensão e distorção harmônica são
medidos em cada fase, a medição do desequilíbrio depende da composição
relativa entre fases. Assim sendo, dependendo da classe de precisão do
transdutor, pode-se introduzir na medição um desequilíbrio adicional devido a
diferença de relação de transformação encontrada em cada fase.
Os transdutores do tipo DPC e TCB apresentam maior possibilidade de introduzir
tal desbalanço adicional no resultado da medição quando comparados com os
transdutores do tipo TPI e TPC. Assim sendo, estes últimos são mais
recomendados para a medição de desequilíbrio.
• Flutuação de tensão
De uma maneira geral todos os transdutores apresentam desempenho adequado
quanto à medição da flutuação de tensão. Tal desempenho decorre do fato de que
o efeito da cintilação, relacionado à flutuação de tensão, é um fenômeno
fundamentalmente associado às freqüências subsíncronas, nas quais os
transdutores apresentam razão de transformação, praticamente, constante com a
freqüência.
• Distorção harmônica de tensão
Os transdutores de tensão existentes nos sistemas elétricos de potência são
projetados para operarem em 60 Hz. Para harmônicos, alguns deles não
apresentam resposta linear ou constante com a freqüência, quais sejam o TPC e
o TPI. Uma possível maneira de compensar os erros dos transdutores às
freqüências harmônicas seria obter sua função de transferência e, através dela,
corrigir os harmônicos medidos. Observa-se, contudo, que além das dificuldades
práticas para se realizar o teste de resposta em freqüência, devido à necessidade
de desligamento de instalações da Rede Básica, também existem dificuldades
técnicas, dado que o transdutor, durante o teste, é alimentado por tensão cuja
amplitude é bastante inferior ao seu valor nominal de operação. Assim sendo, a
medição através de TPC ou TPI acarreta em algum erro de medida, sendo que a
utilização de TPC não é recomendada, mesmo para harmônicas de baixa ordem.
Por outro lado, a utilização de transdutor do tipo TPI, mesmo com as restrições
comentadas anteriormente, apresenta, normalmente, resposta em freqüência
razoavelmente constante até a 15ª harmônica. Não obstante apresentarem uma
característica de resposta em freqüência linear, o que é favorável para a realização
de medições de distorção harmônica, os transdutores do tipo DPC e TCB

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 64 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
apresentam a desvantagem de aumentar o risco de perturbação e ocorrência no
sistema.
As recomendações dos procedimentos realizados em instalações que possuam
diferentes tipos de transdutores de tensão e que visam atingir o nível de precisão
necessário para a realização das campanhas de medição de QEE, devem estar
de acordo com o relatório técnico IEC 61869-103 [13], com ênfase em distorções
harmônicas.
As conclusões deste trabalho podem ser resumidas na Tabela 8-4: abaixo,
considerando-se os diferentes tipos construtivos de transdutores de tensão para
fins de medição de QEE.

Tabela 8-4: Aplicações de diferentes tipos de transdutores de tensão para medições de QEE

Tipo do
Transdutor de Aplicação para QEE
Tensão
TPI A utilização de TPI somente é factível, se houver possibilidade de determinação da
resposta de frequência do equipamento, antes da realização da campanha. Mesmo
assim é baixa a chance de se obter a resposta necessária. NÃO É RECOMENDADO.
TPC Utilização somente é factível se o mesmo dispuser de tap específico para este fim, ou
caso se adote uma unidade de medição conectada aos terminais secundários que
provenha a linearização de sua resposta.
DPC Raramente disponíveis em subestação de Transmissão. Além disso, não são o tipo de
transdutor recomendado para esse fim e devem ser evitados. NÃO É
RECOMENDADO.
DPCR Altamente recomendável para subestações, onde é necessária a realização frequente
de campanhas de QEE ou sua monitoração permanente.
TCB Altamente recomendável para subestações que não dispõe de transdutores de tensão
com adequada resposta em frequência e onde é necessária a realização de eventuais
campanhas de QEE.
Não Essas tecnologias emergentes são altamente promissoras em termos de sua precisão
convencionais para amplas faixas de frequência. Podem ser em um futuro próximo, o tipo ideal de
(Ex: Óticos) transdutores a serem adotados em subestações, onde é necessária a realização
frequente de campanhas de QEE ou sua monitoração permanente.

8.5 Local de Medição


De uma maneira geral, as medições deverão ser realizadas no ponto de
acoplamento comum (PAC), o que corresponde ao barramento de conexão do
Agente à Rede Básica.
No entanto, observa-se que, no caso do transdutor de tensão disponível no PAC
ser do tipo TPC, as medições de distorção harmônica poderão ser prejudicadas,
devido ao reconhecido comportamento não linear da sua relação de transformação
quando da variação da freqüência. Neste sentido, deve-se avaliar a possibilidade
de conjugar os resultados de tal medição realizada no PAC com outros resultados
de medição realizadas em local próximo ao PAC e que disponha de transdutor do

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 65 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
tipo TPI. Tal localização deverá ser definida, caso a caso, em conjunto e seguindo
as orientações do ONS.

8.6 Recomendações Práticas


O objetivo deste item é ressaltar alguns aspectos relacionados à realização prática
das medições, incluindo alguns cuidados que devem ser tomados em favor da
qualidade dos resultados.
• Seleção do período de medição
O período de medição de tensão pré e pós deve ser escolhido de modo a
representar, pelo menos, uma semana típica de operação do Sistema Elétrico e
da instalação que está sendo avaliada. Portanto, deve ser escolhido um período
sem feriados ou desligamentos programados que possam tirar a
representatividade dos dados obtidos. No caso de centrais de geração eólica, em
função da dependência dos resultados da medição, com relação ao regime de
ventos, o período de medição poderá ser postergado após comunicação e
aprovação pelo ONS para atendimento às recomendações estabelecidas no item
8.1.
• Conexão dos medidores aos transdutores de tensão
A conexão dos instrumentos de medição ao lado de baixa dos transdutores de
tensão deve ser efetuada considerando as seguintes recomendações:
 Prever alimentação para os instrumentos eletrônicos de medição
através do banco de baterias, existentes nos serviços auxiliares, ou
através de fonte condicionada de tensão, como “no-breaks”. Tal
procedimento visa evitar que a ocorrência de variações de tensão de
curta duração comprometa os resultados da campanha;
 A conexão dos medidores às três fases e ao neutro do secundário dos
TPCs e TPIs deverá ser feita sempre que possível e disponível dentro
da sala de controle da subestação. Ressalta-se que a conexão deve
ser feita ao neutro do secundário e não a algum ponto qualquer da
malha de terra da subestação; os cabos para ligação entre o
secundário dos TPCs e TPIs e os instrumentos de medição devem ser
dimensionados de acordo com as normas da concessionária e devem
evitar percursos extensos dentro da sala de controle. Em ambas as
situações objetiva-se evitar alterações nos parâmetros dos cabos
devido a correntes induzidas e/ou mesmo ampliações de interferências
externas nos pontos de medição.
 Nos casos em que os sinais secundários de TPCs ou TPIs sofrem um
processo de transdução para corrente contínua no pátio da subestação

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 66 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
e os sinais CC são levados para a sala de controle deve-se buscar
soluções em que os sinais do secundário sejam acessados no pátio da
subestação;
 Os equipamentos de medição devem ser condicionados
preferencialmente em invólucros metálicos de forma a minimizar os
níveis de ruídos eletromagnéticos existentes. O fabricante dos
equipamentos de medição normalmente estabelece em sua
especificação os níveis de interferência a que o equipamento pode ser
submetido e os cuidados no seu condicionamento.
 A temperatura e a umidade no local da medição devem estar dentro da
faixa permitida pelo fabricante do equipamento.
 Os equipamentos de medição deverão ser colocados sobre uma
superfície que não esteja sujeita a choques e vibrações mecânicas
sendo aconselhável que a concessionária e o prestador de serviços
estabeleçam um procedimento de limitar o acesso ao local e informar
estes cuidados a todos operadores da subestação.
• Calibração
Os instrumentos a serem usados na campanha de medição devem ser calibrados
antes de ir ao campo. O período entre a última calibração e a data da campanha
de medição deverá ser inferior a um ano. O certificado de calibração deverá ser
emitido por laboratório credenciado pelo INMETRO. O referido certificado
deverá ser anexado ao relatório da medição.
Cabe ressaltar que após receber este certificado, a empresa proprietária do
instrumento precisa implementar os ajustes necessários ao equipamento. Em
equipamentos analógicos estes ajustes são obtidos através da graduação de
controles de ganho, de nível de sinal, resistência de potenciômetros e outros. Em
modernos equipamentos digitais durante a calibração são automaticamente
gerados arquivos de correção que residem no próprio instrumento e, portanto, não
são necessários ajustes adicionais.
No caso de equipamentos usados nas campanhas de medição do ONS, estes
devem ser calibrados nos requisitos de tensão CA, freqüência elétrica e tempo.
A correta calibração dos instrumentos é imprescindível para a medição do
indicador K que exprime o desequilíbrio de tensão através de percentagem entre
as amplitudes das componentes de seqüência negativa e positiva. Como se sabe
o cálculo das componentes de seqüência positiva e negativa considera as tensões
nas três fases; na eventualidade de uma fase específica estar descalibrada o valor
do indicador K estará comprometido.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 67 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
8.7 Realização de Testes Mínimos no Campo
Após a conexão dos instrumentos de medição aos transdutores de tensão
recomenda-se a realização de alguns testes no ambiente real.
• Teste de amplitude do sinal
Todas as fases do instrumento de medição devem ser conectadas entre uma única
fase e o neutro do transdutor, durante um período correspondente não inferior a
30 minutos.
O objetivo deste teste é verificar se o resultado das amplitudes das tensões nas
três fases é a mesma e conseqüentemente os níveis de flutuação e distorção
harmônica da tensão são os mesmos para as três fases.
Caso o instrumento de medida tenha a disponibilidade de mostrar os níveis de
tensão eficaz que foram aquisitados durante o teste, este valor deve ser
comparado com o de um multímetro digital transportável que também tenha
permanecido conectado aos mesmos bornes.
Na eventualidade dos níveis medidos de amplitude rms, flutuação ou distorção
harmônica de tensão diferir em mais de 5% entre as fases, ou ainda, apresentarem
valores absurdos e incompatíveis, a campanha deve ser suspensa até que se
descubra a causa da discrepância encontrada.
• Teste da seqüência de fases
As fases “A”, “B”, “C” e neutro de todos os instrumentos devem ser conectadas ao
secundário dos transdutores durante um período correspondente não inferior a 30
minutos.
O objetivo deste teste é verificar se a seqüência de fases está correta. Para tanto,
verifica-se o resultado do indicador K, desequilíbrio de tensão, que é obtido pela
percentagem da componente de seqüência negativa com relação à positiva. Se
eventualmente o valor do indicador K, durante os 30 minutos, superar o nível de
10% será um indicativo de que há problemas com os sinais oriundos dos
transdutores, como:
 Inversão da seqüência de fases. Caso seja constatado este problema
é necessário inverter duas fases do secundário do transdutor e repetir
o teste por mais 30 minutos.
 Sinais discrepantes oriundos eventualmente de outras fontes que não
os transdutores de tensão.
Mesmo que algum dos instrumentos de medida tenha a disponibilidade de mostrar
a seqüência de fase em tempo real ainda assim o teste deve ser executado, pois

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 68 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
há o perigo do instrumento que mede o desequilíbrio de tensão estar conectado
com a seqüência inversa.
Na eventualidade de se inverter a seqüência de fases e ainda assim, o valor do
indicador K apresentar valor incompatível, a campanha deve ser suspensa até que
se descubra a causa da discrepância encontrada.

8.8 Ruídos e Interferência


Considera-se que dentro da sala de controle da subestação ou na sala de relés,
os ruídos e interferências que porventura existam sejam compatíveis com os
medidores, analisadores e computadores portáteis a serem utilizados.

8.9 Relatório e Arquivos de Dados


A apresentação dos resultados das medições quer em formato de relatório quer
em formato de planilha de dados constitui-se em etapa importante do processo de
realização das campanhas de medição.
O relatório ONS RE 2.1-028/2005 “Definição das Metodologias e Procedimentos
Necessários às Campanhas de Medição dos Indicadores de Desempenho” [4]
elaborado pelo ONS em conjunto com o CEPEL, apresenta orientações para a
elaboração do Relatório para Leitura bem como a formatação da Planilha de
Resultados. O relatório ONS RE ONS-2.1-028/2005 e Planilha de Resultados são
encontrados nos seguintes endereços disponibilizados na nova página da Internet
do do ONS:
https://agentes.ons.org.br/download/administracao_transmissao/engenharia_tran
smissao/ONSRE028-2005-RelatorioCampanhas_Rev4.pdf
https://agentes.ons.org.br/administracao_transmissao/qualidadeenergia.aspx
O Relatório para Leitura (provenientes das medições) e a Planilha de Resultados
devem, por sua vez, ser enviados ao ONS para análise no seguinte endereço
eletrônico: qualidade_energia@ons.org.br

O nome do arquivo que se deve referenciar à Planilha de Resultados (medições)


deverá ter o seguinte formato:
CAMPQUALYYYYMMDDHHMMSS.xls, onde:
 CAMPQUAL –> nome indentificador do arquivo – não deve ser alterado.
 YYYYMMDD – >data identificadora da campanha.
 HHMMSS –> hora identificadora da campanha

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 69 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Observa-se que, a critério do Agente acessante, o relatório das medições poderá
trazer outros aspectos no sentido de enriquecer seu conteúdo, contudo, o mínimo
que se espera corresponde ao indicado no documento acima referenciado.
Ressalta-se que deve ser anexada ao relatório das medições:
• Cópia do certificado de calibração do(s) instrumento(s) de medição
utilizado(s) na campanha;

• Atestado do prestador de serviço quanto a efetiva realização dos testes


mínimos de campo, quais sejam: Teste de Amplitude do Sinal e Teste da
Seqüência de Fases, conforme indicado no item 8.6.

9 Novas Tecnologias Aplicadas em Parques Eólicos


Em princípio, o ONS entende que novas tecnologias poderão ser utilizadas
visando a limitação das distorções individuais provocados pelas CGEs/CFVs.
Como exemplo, pode-se citar a utilização de filtros ativos no lugar de filtros
passivos.
A experiência atual mostra que a aplicação de filtros ativos tem sido efetiva na
baixa tensão – secundário dos transformadores de parques eólicos. Neste caso,
sua eficácia é avaliada medindo-se os valores de correntes harmônicas à jusante
dos filtros e comparando tais valores com aqueles indicados no estudo como não
causadores de distorções individuais superiores aos limites estabelecidos
Por outro lado, quando aplicados na média tensão, usualmente no primário dos
transformadores (por exemplo em 34,5 kV) ainda não se tem estabelecido
qualquer critério para a verificaçao de sua eficácia.
Assim sendo, ao se recomendar esse tipo de solução para aplicação na média
tensão, deverá haver ações prévias a serem seguidas pelo interessado para a
utilização dessa tecnologia, incluindo:
• Submissão ao ONS de sugestões quanto às formas de se avaliar a eficácia
dessa tecnologia, à luz dos processos em uso pelo ONS no controle das
distorções individuais;
• Implantar um projeto piloto onde as sugestões acima possam ser avaliadas.

Vale ressaltar que, ao se apresentar um estudo de desempenho harmônico


utilizando filtros ativos na média tensão, toda e qualquer responsabilidade da
implantação dessa nova tecnologia, no tocante à ineficiência de filtragem, deverá
ser assumida integralmente pelo acessante. Na comprovação da não
funcionalidade de sua aplicação, o acessante deverá imediatamente apresentar
ao ONS um revisão do estudo de desempenho harmônico com a solução
convencional de filtros passivos e as providências de fornecimento com prazo
máximo de 01 ano para sua total implementação. O acessante ficará sujeito
também às penalidades (restrições) quanto ao número máximo de
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 70 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
aerogeradores/inversores que o empreendimento poderá operar sem filtros até a
instalação da nova solução de filtragem.

9.1 Precauções na Utilização de Filtros Ativos na Baixa Tensão


Considerando que os TCs dos aerogeradores apresentam uma classe de precisão
da ordem, por exemplo de 0,2, os valores de corrente harmônicas abaixo de 0,1%
(considerados muito baixos) geram imprecisões e incerteza das medições, e por
esse motivo, mesmo utilizando transdutores de alta precisão (como 0,1% de
precisão), tem-se verificado que a medição no secundário do TC é bastante
imprecisa. Dessa forma, os Filtros Ativos devem ser especificados ou mesmo
apresentarem uma precisão maior que dos atuais transdutores de alta precisão,
pois caso contrário, não será possível aplicar seu príncípio básico de
funcionamento que é gerar correntes harmônicas de mesma magnitude e em
oposição para cancelar as correntes harmônicas medidas. Uma solução para
contornar essa situação é a implementação de um controle de malha fechada no
filtro, de forma que, a medição de corrente harmônica que flui para o sistema possa
ser medida diretamente, com riscos reduzidos de cálculos incorretos de distorção
harmônica de corrente, da viabilidade de se utilizar TCs de qualquer relação de
transformação e com classes 1, além de garantir a segurança e precisão das
medições. Essas observações são imprescindíveis ao se aplicar Filtros Ativos,
pois a eficiência da filtragem será mantida ao considerar as recomendações
descritas anteriormente.

Outros pontos importantes que devem ser levados em consideração na aplicação


de fitlros ativos na média tensão (12 kV, 34,5 kV, por exemplo) são descritos a
seguir, antes da implementação nesse nível de tensão:

1) Topologia do filtro: O filtro ativo, geralmente segue a topologia de


inversor PWM, produzindo uma tensão na saída do barramento de IGBTs, e
com um reator PWM em série, normalmente projetado para uma capacidade
de injeção de corrente em função da frequência. Dessa forma, para essa
topopogia de filtro, a impedância do reator PWM impacta na capacidade de
injeção de corrente à medida que a ordem harmônica aumenta, fato essse que
deve ser considerado no dimensionamento e desempenho do filtro. Vide Figura
9-1 abaixo.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 71 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 9-1: Representação de um filtro ativo

2) Impedância percentual do transformador elevador: deverá ser a menor


possível para não impactar na limitação da capacidade de injeção de
corrente do filtro ativo, ou seja, reatância indutiva variando com a
frequência;

3) Defasamento angular do transformador elevador: faz-se nessário que as


correntes injetadas na baixa tensão cheguem na média tensão com o
mesmo ângulo de defasagem para compensarem as correntes produzidas
pela Rede Interna dos parques eólicos/fotovoltaicos.

4) Potência nominal do transformador: deve ser especificada levando em


consideração que o transformador deverá “enxergar” apenas correntes
harmônicas e para tanto, possuir uma impedância equivalente entre
secundário e primário baixa com uma consequente potência mais elevada.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 72 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
5) THDv no secundário do transformador: o THDv no secundário do
transformador tende a ser elevado, podendo afetar o funcionamento do filtro
ativo. Para corrigir deve-se garantir uma baixa impedância do transformador
para não produzir THDv que comprometa a correta operação do filtro ativo.

6) Nível de curto-circuito: Quanto menor o nível de curto-ciruito, haverá uma


contribuição para um THDv mais alto. A condição de uma impedância muito
baixa torna a corrente em kA na baixa tensão elevada e pata tanto, deverão
ser considerados equipamentos para proteção/limitação desse nível de
curto-circuito, de modo a proteger corretamente o filtro ativo.

7) Transformadores de corrente: Os TCs deverão ser instalados de modo a


verificarem a maior amplitude de correntes harmônicas possível, tendo-se
em vista que, na média tensão estas correntes apresentam magnitudes
menores devido à relação de transformação entre os secundários e
primários de transformadores. A preocupação que se tem é referente à
corrente primária nominal e à classe de exatidão do TC. Ao se aglomerar
uma grande quantidade de aerogeradores/inversores para fazer a
compensação no secundário do transformador geral do parque
eólico/fotovoltaico, por exemplo, a corrente RMS poderá ser bastante
elevada, e ao se medir correntes harmônicas baixas com TCs de relação de
transformação elevada, isso pode acarretar problemas de precisão da
medição.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 73 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
8) Referências
[1] Submódulo 2.8 - Gerenciamento dos indicadores de desempenho da Rede
Básica e de seus componentes.
[2] Submódulo 3.3 - Solicitação de acesso.
[3] Submódulo 23.3 - Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos.
[4] Relatório ONS RE 2.1-028/2005-Rev.4 - Definição das Metodologias e
Procedimentos Necessários às Campanhas de Medição dos Indicadores de
Desempenho.
[5] Manual do Usuário do programa ANAREDE.
[6] Manual do Usuário do programa ANATEM.
[7] Manual do Usuário do programa HarmZs.
[8] IEEE519 - Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control
in Electrical Power Systems.
[9] IEC PAS 62001 - Guide for the specification and design evaluation of AC filters
for HVDC systems. CIGRÉ Working Group 14-30.
[10] IEC 61400-21, “Wind Turbine Generators Systems – Part 21: Measurements
and Assessment of Power Quality Characteristics of grid Connected Wind
Turbines”.
ABNT NBR IEC 61400-21, Turbinas Eólicas – Parte 21 – “Medição e avaliação
das caracaterísticas da qualdiade da energia de aerogeradores conectados á
rede”.
[11] IEC/TR 61000-3-6 - Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 38: Limits -
Assessment of emission limits for the connection of distorting installations to
MV, HV and EHV power systems, 2008.
[12] IEC/TR 61000-3-7 - Assessment of emission limits for fluctuating loads in MV
and HV power systems – Basic EMC publication.
[13] IEC/TR 61869-103, Instrument Transformers – The use of Transformer
Instruments for Power Quality, edtion 1.0, 05/2015.
[14] IEC 61000-4-30 Testing and measurement techniques – Power quality
measurement methods.
[15] IEC/TR 61000-4-7 Testing and measurement techniques – General guide on
harmonics and interharmonics measurements and instrumentation, for power
supply systems and equipment connected thereto.
[16] IEC/TR 61000-4-15 Testing and measurement techniques – Section 15:
Flickermeter – Functional and design specifications.
[17] Review of Disturbance Emission Assessment Techiniques – Technical
Brochure 468 – Cigré
[18] Guide for Assessing the Network Impedance. Electra, Paris, nº 167.1996

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 74 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
[19] "Metodologia para a Representação de Redes Elétricas por Polígonos de
Admitâncias para Estudos de Impacto Harmônico".- CEPEL
[20] Revista Électra 167
[21] Power System Harmonics – Arrilaga.

10 Créditos

Revisão 02
Fabiano Andrade de Oliveira
José Roberto Medeiros
Antonio de Pádua Guarini
Jaqueline Gomes Pereira

Alécio Barreto Fernandez


O ONS agradece pelas importantes contribuições apresentadas pela ABEeólica e
seus associados.

Revisão 01
Fabiano Andrade de Oliveira
José Roberto Medeiros
Dalton Oliveira Camponês do Brasil
Antonio de Pádua Guarini
Alécio Barreto Fernandez
Antonio Samuel Neto
Fábio da Costa Medeiros
Ary D’Ajuz
O ONS agradece as relevantes contribuições e comentários a este documento
apresentado pela ABEeólica e seus associados.

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 75 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
11 Anexo - Tecnologia dos Aerogeradores

Figura 11-1: Gerador de Indução

Figura 11-2: Gerador de Indução com controle no rotor

Figura 11-3: DFIG – “Double-Fed Asynchronous Inductive Generator

Figura 11-4: “Full Converter”

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 76 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Lista de figuras e tabelas

Figuras
Figura 4-1: Representação do “Equivalente Norton” com o LG da Rede
Básica 10
Figura 4-2: Ilustração gráfica de uma particular representação de “Lugar
Geométrico– Setor Anular 11
Figura 4-3: Ilustração gráfica do método do LG Alternativo ONS – Polígono
de “n” Lados 16
Figura 4-4: Ordem harmônica superior e inferior 16
Figura 4-4: Ilustração gráfica do método do “LG Alternativo ONS para a
faixa de variação da ordem harmônica” 17
Figura 6-1: Único parque eólico/fotovoltaico na SE Coletora 22
Figura 6-2: Vários parques eólicos/fotovoltaicos na SE Coletora 23
Figura 6-3: Representação do 1º caso para a determinação das distorções
considerando o Novo LG para um único parque
eólico/fotovoltaico na SE Coletora 25
Figura 6-4: Representação do 2º caso para a determinação das distorções
considerando o Novo LG para vários parques
eólicos/fotovoltaicos na mesma SE Coletora. 25
Figura 6-5: Representação do 1º caso para a determinação do Nmáx de
AGs/INFVs para um único parque eólico/fotovoltaico na SE
Coletora 27
Figura 6-6: Representação da situação intermediária do 2º caso na
determinação do Limite Individual Modificado 29
Figura 6-7: Representação da última fase do 2º caso para o cálculo do
número máximo (Nmáx) de AGs/INFVs. 30
Figura 7-2: Utilização dos parâmetros nominais das linhas de transmissão
para correção hiperbólica de linhas de transmissão. 34
Figura 7-3: Representação de Bancos e Filtros de Correntes Harmônicas
pelos seus Equivalentes. 37
Figura 8-1: Pontos de conexão às DIT e ICG, onde as campanhas de
medição devem ser realizadas. 48
Figura 8-2: Processo Atual – Campanha de Medição 51
Figura 8-3: Processo Atual – Campanha de Medição 52
Figura 8-4: Resposta de frequência de diferentes tecnologias de
transdutores de tensão de acordo com a experiência
corrente 57
Figura 8-5: Arquitetura típica de um TPI para níveis de transmissão 57
Figura 8-6: Resposta de frequência de TPI típico para 420 kV 58
Figura 8-7: Arquitetura típica de um TPC para níveis de transmissão (a) e
seu circuito equivalente (b) 59
Figura 8-8: Resposta de frequência de TPCs com e sem tap para medição
de harmônicos 59
Figura 8-9: Aplicação da unidade de medição tipo PQ-Sensor™ para
linearização da resposta de TPC 60
ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 77 / 78
AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS
Figura 8-10: Resposta de frequência para divisor capacitivo-resistivo. 62
Figura 8-11: Resposta de frequência para divisor capacitivo obtido pelo
acoplamento de unidade secundária a tap capacitivo de bucha
de transformador ou reator shunt 63
Figura 9-1: Representação de um filtro ativo 72
Figura 11-1: Gerador de Indução 76
Figura 11-2: Gerador de Indução com controle no rotor 76
Figura 11-3: DFIG – “Double-Fed Asynchronous Inductive Generator 76
Figura 11-4: “Full Converter” 76

Tabelas
Tabela 7-1: Limites individuais de distorção harmônica 38
Tabela 7-2: Dados para avaliação dos níveis de flicker 41
Tabela 7-3: Limites individuais de flutuação de tensão 41
Tabela 7-4: Fatores de Transferência 42
Tabela 8-1: Limites globais inferiores de tensão em porcentagem da
tensão fundamental 47
Tabela 8-2: Limites globais inferiores de tensão em porcentagen da tensão
fundamental 53
Tabela 8-3: Limites globais de flutuação de tensão 54
Tabela 8-4: Aplicações de diferentes tipos de transdutores de tensão para
medições de QEE 65

ONS NT 009/2016 - INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E MEDIÇÕES DE QEE RELACIONADOS 78 / 78


AOS ACESSOS À REDE BÁSICA OU NOS BARRAMENTOS DE FRONTEIRA COM A REDE BÁSICA PARA
PARQUES EÓLICOS, SOLARES, CONSUMIDORES LIVRES E DISTRIBUIDORAS

Вам также может понравиться