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ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO - FORD

1. Introdução
O começo do século XX foram desenvolvidos os primeiros trabalhos em busca
da Administração como ciência. Graças a Administração, as empresas experienciaram
por um sistema de rápido e desorganizado crescimento, sendo fundamental, pois, uma
atividade que tratasse as discussões institucionais de forma mais técnica e menos
improvisada, como era realizado até então. Outro fator fundamental é que, com o
crescimento das empresas e, complexidade de seu gerenciamento, bem como o aumento
da concorrência, a busca por meios de aumentar a capacidade das empresas tornou-se
regra no período. A divisão dos cargos e tarefas e a constante necessidade de redução de
custos e desperdícios, fez com que os estudos desenvolvidos por Taylor e Fayol fossem
tão importantes em suas épocas. No primeiro período da obra, Taylor voltou-se para a
racionalização do trabalho dos operários, estendendo-se no segundo período para a
definição de princípios de Administração aplicáveis a todos as situações da empresa.
Essa organização racional do trabalho se fundamenta na análise do trabalho operário, no
estudo dos tempos e movimento, na fragmentação de tarefas e na especialização do
trabalhador. Não bastava somente olhar o chão da fábrica, era importante também se
preocupar com os princípios da administração capazes de balizar gerentes e chefes.
O mais conhecido de todos os precursores da Administração Cientifica foi Henry
Ford. Vanguardista da administração em massa: difundir um produto antes artesanal e
destinado a milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência
técnica garantida. Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante
aperfeiçoamento de seus métodos e processos de trabalho.

1.1 Objetivo geral


Caracterizar o modelo fordista de produção, destacando as ideias principais de
seu criador, Henry Ford.
1.2 Objetivos específicos
Mostrar o modelo fordista no contexto da abordagem da administração
científica;
Identificar a ênfase exagerada colocada na tarefa e nos métodos e processos de
trabalho através do filme Tempos Modernos de Chaplin;
Mostrar como a tecnologia influenciou o pensamento da época em detrimento do
ser humano e a consequente ênfase sobre a tarefa, a partir de uma perspectiva crítica das
consequências do modelo fordista;
Avaliar e comparar os principais resultados alcançados por esse modelo:
sucessos e declínio.

2 Referencial Teórico
Como metodologia o trabalho será de caráter qualitativo, fundamentado a partir
da pesquisa bibliográfica a partir dos referenciais teóricos e de outras fontes que
contenham informações relacionadas ao estudo.
Como referencial teórico para estudarmos o “fordismo” utilizamos os conceitos
de Chiavenato (1983) pp. 57-81, em seu livro Introdução à Teoria Geral da
Administração, uma síntese das teorias abordadas nesta obra, e que servirá de norte para
o nosso trabalho, nos introduz à abordagem científica da Administração sob os aspectos
fordianos:
Talvez o mais conhecido de todos os precursores da moderna
Administração, Henry Ford (1863-1947), iniciou a sua vida como
simples mecânico, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de
uma fábrica. Nessa época, idealizou e projetou um modelo de carro
auto propelido e, em 1899, fundou com alguns colaboradores a sua
primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada.
Continuou seus projetos sem desanimar e conseguiu o financiamento
com o qual fundou a Ford Motor Co., fabricando um modelo de carro
a preços populares dentro de um plano de vendas e de assistência
técnica de grande alcance, revolucionando a estratégia comercial da
época. Em 1913, já fabricava 800 carros por dia (CHIAVENATO,
1993. p. 79).

Henry Ford consolidou e expandiu o modelo de Taylor, por meio de duas ações
adicionais, a saber, através da integração das etapas de trabalho através do deslocamento
por esteiras e a fixação dos trabalhadores em seus postos de trabalho. Fazendo uma das
maiores fortunas com o aperfeiçoamento de seus métodos, processos e produtos. Foi
através da racionalização da produção que Ford, através de uma linha idealizada de
montagem, conseguiu uma produção em série. Método moderno para sua época,
padronizou material, mão-de-obra, e desenho industrial a um custo mínimo.

A condição-chave da produção em massa é a simplicidade. Três


aspectos suportam o sistema:
1. A progressão do produto produzido através do processo produtivo é
planejada, ordenada e contínua.
2. O trabalho é entregue ao trabalhador ao invés de deixá-lo com a
iniciativa de ir buscá-lo.
3. As operações são analisadas e divididas em seus elementos
constituintes (CHIAVENATO, 1993. p. 80).

Essa racionalização da produção proporcionou a linha de montagem que


permitia a produção em série se tornaram possíveis através de três princípios adotados
por Ford:
1. Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de
duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-
prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2. Princípio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o
volume do estoque da matéria-prima em transformação. Por meio
desse princípio, Ford conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel
fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento
da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários. A
velocidade de produção deve ser rápida. Diz Ford, em seu livro: "o
minério sai da mina sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao
consumidor, na terça-feira, à tarde".
3. Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade
de produção do homem no mesmo período (produtividade) através da
especialização e da linha de montagem. Assim, o operário pode ganhar
mais, num mesmo período de tempo, e o empresário ter maior
produção (CHIAVENATO, 1993. p. 80).
GIDDENS(2004), nos diz que os princípios do taylorismo foram adotados pelo
industrial Henry Ford (1863-1947), criador da fábrica de automóveis que carrega até
hoje seu nome. Enquanto Taylor preocupou-se com a melhoria da eficiência industrial,
pouco se importando com as consequências dessa melhoria, foi Henry Ford quem
percebeu que a produção em massa exigia um mercado consumidor em massa.
Ford introduziu a linha de montagem. O carro era montado, parte por parte, ao
longo de uma linha móvel. Cada trabalhador tinha uma tarefa especializada - por
exemplo, encaixar as maçanetas da porta esquerda à medida que os carros andassem na
linha.
Ford entendeu que a produção de massa exige mercados de massa. Para que
mercadorias padronizadas como o automóvel pudessem ser produzidas em escala cada
vez maior, também seria preciso garantir a presença de consumidores que pudessem
comprá-las. Assim, Ford aumentou os salários dos seus empregados.
Esse sistema de produção em massa ligado à criação de mercados de massa
recebeu o nome de Fordismo. O termo também pode se referir ao período de
desenvolvimento do capitalismo do pós-guerra, em que a produção em massa era
associada à estabilidade nas relações de trabalho e à sindicalização dos trabalhadores.
O Fordismo acabou na década de 1970, sendo considerado um sistema de baixa
confiança e insegurança nas condições de trabalho.

As práticas fordistas passaram a ser vistas como limitantes, por serem


mais apropriadas à manufatura de grandes quantidades de mercadorias
padronizadas. Além disso, importantes mudanças ocorriam nos
padrões globais de consumo: os mercados de massa, responsáveis pelo
sucesso do fordismo estavam sendo suplantados por “mercados de
nicho” distintos para mercadorias inovadoras e de alta qualidade. As
técnicas fordistas eram inflexíveis demais para responder à rápida
variação dessas demandas de mercado, e, com o tempo, muitas
companhias tentaram modificar seus rígidos padrões de produção e
operar com maior flexibilidade (GIDDENS, 2007. pp. 312-313).

Alves (2006), em seu livro Trabalho e Cinema O Mundo do Trabalho Através do


Cinema Volume 1, busca, a partir das atividades do projeto de extensão universitária
“tela crítica”, elaborado na UNESP – Campus Marília, analisar algumas séries de
filmes, com a finalidade de utilizar filmes como pré-textos, um bom pretexto, para a
discussão de conteúdos da teoria sociológica e da sociologia do trabalho. Encontramos
no trabalho de Alves (2006), a análise do filme Tempos Modernos, um filme
interessante que aborda o fordismo, produzido e estrelado por Charles Chaplin.

O que apresentamos nesta Introdução são apenas alguns elementos


teórico-analíticos para tornar claro nossa argumentação nas análises
dos filmes que possuem como eixo temático a questão do salariado e
do fordismo-taylorismo (É o caso de Tempos Modernos e À Nós A
Liberdade) (ALVES, 20016. p.13).

O filme faz uma crítica ao sistema de produção em série, além de mostrar a


combalida economia norte-americana após a crise econômica de 1929, uma jornada
exaustiva de trabalho dos operários e os problemas e abusos sofridos por eles podem ser
visualizados no filme. Chaplin apresenta um tipo de fordismo incompleto tendo em
vista que a produção de mercadorias é de massa, mas não se constituiu ainda uma
implicação de consumo de massa, o que ocorreria apenas no pós-guerra nos principais
países capitalistas, sob pressão do movimento sindical e político de classe -o
compromisso fordista, como diria David Harvey. O filme ironiza a prática de uma
gestão na qual se observa a radical separação entre concepção e execução, baseando-se
no trabalho fragmentando e simplificado, com ciclos operatórios muito curtos,
requerendo pouco tempo para formação e treinamento dos trabalhadores. Essa
fragmentação permite, deste modo, a integração na produção capitalista de operários de
massa e pessoas simples da plebe, sem grande formação educacional, como é o caso do
the tramp, personagem clássico de Charles Chaplin). O filme critica em forma de
“comédia pastelão” o processo de produção fordista, que se fundamenta na linha de
montagem acoplada à esteira rolante que evita o deslocamento dos trabalhadores e
mantém um fluxo contínuo e progressivo das peças e partes, permitindo a redução dos
tempos mortos, e, portanto, da “morosidade”.

Em Tempos Modernos a tragédia tende a se inverter em comédia (com


tonalidade de ternura). A tragédia da modernidade capitalista em sua
dimensão fordista-taylorista, nos aparece sob a forma da comicidade...
(ALVES, 2006. p. 63).

Chaplin nos apresenta as formas de controle do capital sobre a força de trabalho.


O capitalista exerce controle total sobre a produção capitalista através do comando da
velocidade da esteira automática, acionada pelo capataz, a partir das suas ordens dadas
através de uma tela imensa. É um controle virtual que atinge o operário não apenas na
linha de produção, mas inclusive nos locais de privacidade no interior da fábrica, tal
como o banheiro, onde o industrial worker esperava encontrar um espaço para si e não
para o capital.

A incapacidade do industrial worker (ou the tramp) em adequar-se à


sociabilidade fetichizada do capital transforma sua saga na odisseia
estranhada de um anti-herói problemático... Pelo contrário, o
industrial worker que aparece em Tempos Modernos busca o
anonimato. Entretanto, sua inserção quase-ingênua na modernidade-
máquina o coloca sempre em situações de apuros. Ele se destaca da
massa proletária, ao transgredir com comicidade, a ordem do capital.
Mas sua transgressão é problemática: ele faz, mas não o sabe. É por
isso, reiterativa, pondo (e repondo) sua incapacidade visceral de se
adaptar à disciplina da ordem fordista-taylorista ( ALVES, 2006. p.66)

Entretanto, o controle capitalista que ocorre através da linha de montagem, a


esteira automática, e as telas imensas que existem na fábrica, não podem ser
consideradas absolutas. O que iremos verificar é que o surto nervoso do industrial
worker aparece como uma dimensão da sua subjetividade insubmissa diante do controle
do capitalista - nem o capitalista controla a disposição intima do industrial worker, nem
o próprio Chaplin, como persona do capital, consegue controlar a si mesmo.

É importante salientar que o fordismo que observamos em Tempos


Modernos de Charles Chaplin é mais um modelo de produção em
massa, que um modo de desenvolvimento, que só tenderia a ocorrer
após a II Grande Guerra Mundial. O que significa que o filme de
Chaplin é, de certo modo, um filme de transição, de uma etapa
histórica do fordismo do histórica fordismo incompleto, ainda não
constituído como modo de vida; o que só ocorreria mais tarde, a partir
das lutas de classe e do sindicalismo organizado. Na verdade, em
Tempos Modernos estão postos alguns elementos que tenderão a
constituir, mais tarde, o denominado compromisso fordista como por
exemplo a ação coletiva dos operários, com passeatas e greves de
massa (ALVES, 2006. p.78).

3 Considerações Finais:
Para Ford a simplicidade seria a chave para a produção em massa. Assim,
seguindo três princípios, o princípio da produtividade em que para aumentar a
produtividade humana seria preciso formar grupos específicos, isto é, diferentes grupos,
onde cada grupo seria responsável por uma parte da linha de montagem. O princípio da
intensificação, isto é, para diminuir o tempo de montagem e a colocação imediata do
produto no mercado. E, por último, mas não menos importante, o princípio da
economicidade que consistia em reduzir os estoques. Podemos dizer que Henry Ford foi
um grande visionário na área de marketing.
Resumindo as características do trabalho desenvolvido por Henry Ford podemos
dizer que para ele o trabalho deveria ser fragmentado - dividido em várias partes - onde
cada trabalhador executa apenas uma etapa ou movimento. O trabalho é exaustivo. Não
é necessária muita qualificação para fazê-lo. O trabalhador é tratado como uma máquina
que quase não precisa pensar. São realizadas tarefas simples e repetitivas, com
movimentos mecânicos que dispensam reflexão e criatividade.
Essa é a forma como a produção se organizou até os anos 70, mas até hoje
continua predominante, contudo, tem sido substituída por formas mais flexíveis de
produção e trabalho.

Referências
ALVES, Giovanni. Trabalho e Cinema O Mundo do Trabalho Através do
Cinema Volume 1. Ed. Praxis, 2006 - 320 pp.
CHIAVENATO, IDALBERTO (1983). Introdução à Teoria Geral da
Administração. 3ª Edição. S. Paulo: McGraw-Hill do Brasil.
GIDDENS, Anthony. Sociologia; tradução Sandra Regina Netz. -4. ed. - Porto
Alegre : Artmed, 2005. 60 p.; 28 cm.

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