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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

ECONOMIA INTERNACIONAL

ECONOMIA INTERNACIONAL
CONCEITOS E APLICAÇÕES

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2018
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
ECONOMIA INTERNACIONAL

ECONOMIA INTERNACIONAL
Professor Raphael Bicudo

Alisson Sales 41525167


Jonathan Bélico 41509102
Thiago Favaretto 41539095

1- Teoria das Vantagens Absolutas e Teoria das Vantagens Comparativas.

A teoria das vantagens absolutas no comércio internacional foi postulada por Adam Smith em
seu livro, mundialmente conhecido como “A Riqueza das Nações” de 1776. Nela, Adam Smith
deixará evidente que uma nação deveria especializar-se em produzir as mercadorias que, seja
pela abundância de fatores produtivos, seja pelo conjunto de técnicas desenvolvidas até
então, fossem menos custosas, em termos de fator trabalho, em comparação com outras
nações. Ou seja, partia-se do pressuposto de que cada nação (país) teria uma vantagem
absoluta na produção de certos bens em termos de produtividade, implicando menores
custos na produção desses bens quando em comparação com as demais nações. Sendo
assim, a melhor receita a se seguir era que cada nação dedicar-se à produção dos bens em que
teriam essas “vantagens absolutas”, vendendo o excedente dessa produção aos demais países
para obter dinheiro suficiente para, na troca com o exterior, desfrutar dos demais produtos
em que outros países detinham suas vantagens absolutas. Como resultado haveria a divisão
internacional do trabalho, em que cada país se especializaria em produzir somente
mercadorias nas quais detinham melhores condições econômicas, trocando no mercado
internacional os excedentes das mesmas.
A teoria das vantagens comparativas foi desenvolvida pelo economista inglês David Ricardo,
publicada em 1817 em uma das suas obras. Ricardo lança uma crítica à teoria de Adam Smith
com relação às Vantagens Absolutas insinuando que independente da estrutura de custos da
sua economia, todas as economias sairiam ganhando com o livre comércio. A teoria das
vantagens comparativas dirá que as nações se especializam na produção de determinados
bens independente de terem ou não a vantagem absoluta, em termos de produtividade do
trabalho, de produzirem tais bens. Em vez disso, cada nação identifica, comparando-os,
qual ou quais bens internos dispõe de melhor produtividade ou menor custo, em termos de
trabalho, para a nação. Ou seja, quais são mais facilmente produzidos. Feito isso, cada nação
especializa-se na produção destes produtos mesmo que outras nações disponham da
possibilidade de produzi-los mais facilmente. Isso porque, fazendo isso, cada nação livraria a
outra de transferir seus fatores pra suas tarefas menos produtivas, gerando a possibilidade de
dedicarem-se especialmente às atividades menos dispendiosas e de trocarem os excedentes
dessa produção no mercado exterior para, com a receita adquirida desse ato, se servirem dos
demais produtos demandados pela nação. Com isso, todas as nações, em tese, estariam
obtendo produtos no exterior ao mais baixo custo possível na medida em que especializavam
sua produção, obtendo-a com as atividades menos dispendiosas possíveis, e trocavam seus
excedentes pelas demais mercadorias do mundo.

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2- Três elementos favoráveis ao livre comércio e três favoráveis ao protecionismo.

Elementos Favoráveis ao Livre Comércio

Tanto Smith quando Ricardo era adepto ao Livre comércio e possuíam obras que apresentam
suas teorias favoráveis às livres inter-relações comerciais.

1- Ricardo expõe que à medida que haja vantagens comparativas (e não necessariamente
absolutas) diferente na produção de dois bens, o livre comercio entre os dois países levaria a
uma queda no custo de produção de ambos, com a especialização de cada país em cada
produto. Isso permitira um aumento da disponibilidade dos dois bens nos dois países, e,
consequentemente, um maior nível de especialização por parte dos agentes econômicos, logo
isso gerará um crescimento da satisfação da população dos dois países.

2- A queda nos custo de unidade de produção também incentivaria a poupança, portanto, a


acumulação de capital, logo = investimento, notando-se um efeito dinâmico da economia -
gerando desenvolvimento do “bolo” econômico.

3- A concorrência, que aumenta com o livre comércio, trará uma maior disciplina aos ofertantes,
pois com a abertura de produtos novos à economia interna ocasionará uma maior
disponibilidade de opções de produtos aos demandantes, logo, haverá uma estabilidade do
preço e maior exigibilidade de investimentos para garantir a sobrevivência desse produtor no
mercado competitivo.

Elementos Favoráveis ao Protecionismo.

1- Para Friederick List, o comércio internacional é considerado uma problemática do


desenvolvimento econômico interno, logo, ações protecionistas seriam benéficas. Por isso, a
participação do Estado deveria ser fundamental para estimular o desenvolvimento industrial e
comercial interno, protegendo a nação de competir com as economias mais avançadas
impedindo o recuo econômico – Proteção do comércio interno.

2- Outro argumento comumente aduzido a favor do protecionismo é direito de qualquer país rea
lizar certas produções estratégicas (mesmoque isso contrarie o princípio das vantagens comp
arativas), com o objetivode garantir um certo grau de independência nacional.

3- Para List, o protecionismo deve ser aplicado quando uma economia industrial está em sua fase
prematura para seu próprio desenvolvimento interno para posteriormente competir com o
mercado externo. Para superação do estado de subdesenvolvimento, as nações devem
adotar um plano político econômico no qual haja implantação de estratégia racional
promovida pelo Estado no sentido de desenvolver seus diversos setores e fortalecer o
mercado interno de modo que esse possa uma vez superado as disparidades lançar-se ao
mercado internacional.

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3- A especialização produtiva é benéfica para todos os países no comércio internacional?


Justifique.

O argumento da especialização trabalha com a vantagem em termos de ganhos de troca para


ambos, portanto, legitimando a tese do livre comércio. Porém a especialização produtiva não é
favorável para todos os países, já que, as trocas entre países são desiguais, uma vez que,
existem diferenças estruturais para cada país, e variáveis como preço e demanda, podem
interferir diretamente na produção de cada bem. Os países com menor poder de
industrialização se tornarão reféns da exportação de bens primários para produção
(manufatura), e da importação de manufaturados. Já que, a indústria interna não irá se
desenvolver. Criando assim, uma troca desigual entre os países. Para que as trocas se tornem
legitimas, se faz necessário que a industrialização nesses países (subdesenvolvidos) aumente,
criando-se uma redefinição das relações comerciais entre os países de centro e periferia.

4- Apresente as diferentes visões acerca da desindustrialização.

O estudo da desindustrialização é algo estudado há tempo por diversos autores. Abaixo alguns
serão denotados à cerca do conceito de desindustrialização. Conceitos retirados do artigo:
Doença Holandesa e Desindustrialização no Brasil: De volta a um país primário-exportador?
MAFRA, Rafael Fernandes; SILVA, José Alderir (2017) :

Clarck (1940): Segundo este autor, à medida que o país se desenvolve ocorre
concomitantemente o aumento da renda per capita. Com efeito, inicialmente a demanda por
bens industriais aumenta em relação a demanda por produtos agrícolas para em seguida
diminuir em relação a demanda por serviços no estagio final do desenvolvimento. Portanto, a
industrialização e a desindustrialização são fases pelas quais todos os países que queriam se
desenvolver tem que passar. Portanto, a perda relativa do emprego industrial para o emprego
no setor de serviços é tido como parte do processo natural do desenvolvimento de econômico
de qualquer país.

Rowthorn e Wells (1987): Ambos passaram a conceituar o processo de desindustrialização


como sendo a queda da participação do emprego industrial no emprego total. Para os autores
o processo pode ocorrer de diversas maneiras, e conceitua as três principais formas de
desindustrialização. A primeira é a positiva, que é um processo natural pelo qual toda
economia desenvolvida deve passar. Isto ocorre devido ao rápido crescimento da
produtividade na indústria de transformação que causa uma queda relativa no emprego neste
setor, mas, que é absorvido pelo setor de serviços. O que eles chamam de sintoma de sucesso
econômico. Outra maneira de ocorrer o processo de desindustrialização é o que chamam de
desindustrialização negativa. Esta é considerada pelos autores como uma patologia que afeta
os países em fase de desenvolvimento. Nesse caso, diferentemente do processo de
desindustrialização positiva, o trabalhadores egressos do setor industrial, por consequência do
aumento da produtividade ou queda na produção, não serão absorvido no setor de serviços. A
terceira forma de desindustrialização é a causada pela mudança na pauta de exportações.
Passa-se de uma pauta predominantemente composta por produtos manufaturados, para
outros bens e serviços.
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Cano (2014): Este autor acredita que a “desindustrialização normal ou positiva”, seria uma
consequência do amadurecimento do processo industrial dos países desenvolvidos entre as
décadas de 1960 e 1970. E que o setor de serviços teve forte expansão proveniente da
maturidade dessas indústrias e das respectivas urbanizações. No entanto, o setor de serviços
passou a crescer mais rápido que a indústria, que aos poucos foi perdendo o peso relativo no
PIB. Porém, a indústria, nos países desenvolvidos, continuou a crescer e a manter sua
competitividade nos mercados internos e externos.

Para Tregenna (2009) o conceito clássico é ampliado, passando a considerar não só a


participação do emprego industrial no emprego total, mas também o valor adicionado da
indústria no PIB como indicador do processo de desindustrialização. Para ela, considerar
apenas a perda relativa do emprego industrial seria um conceito estreito e que poderia dar
origem a interpretações políticas enganosas, uma vez que diante de um aumento da
produtividade do trabalho a produção industrial pode aumentar mesmo com a diminuição do
emprego industrial.

Oreiro e Feijó (2010): Fazem duas observações importantes em relação ao conceito de


desindustrialização colocado por Tregenna (2009). A primeira é que uma economia não está
necessariamente passando por dificuldades quando a participação da produção industrial está
em queda, e sim quando ela perde a capacidade de geração de emprego no setor industrial. A
segunda observação feita pelos autores diz respeito à associação entre desindustrialização e
re-primarização da pauta de exportação, o que segundo o autor pode ocorrer ou não.

5- Estabeleça as relações entre Doença Holandesa e Desindustrialização.

Os argumentos teóricos que explicam os canais pelos quais a Doença Holancesa pode afetar
uma economia se relacionam primordialmente ao encolhimento do setor de bens
comercializáveis. A apreciação cambial decorrente da exportação dos recursos naturais com
base em rendas econômicas dificulta ou, no limite, torna impossível a produção de bens
comercializáveis agrícolas e, especialmente, manufaturados que teriam maior potencial de
inovações tecnológicas e ganhos de produtividade (Bresser-Pereira 2007). O setor de recursos
naturais ocupa o espaço da produção agrícola e de manufaturas num processo de “crowding
out”. Capital e trabalho são deslocados para a extração de recursos naturais e produção de
não comercializáveis. A indústria do país volta-se para dentro, especializando-se na produção
de bens não comercializáveis que apresentam maior rentabilidade por conta da apreciação
cambial. Dependendo da intensidade do processo, a economia se torna excessivamente
“inward-looking”, o que também acaba prejudicando seu nível de eficiência devido à ausência
da competição que seria encontrada no mercado mundial (Bresser-Pereira 2007).
Para Bresser-Pereira (2008) a doença holandesa consiste em uma falha de mercado
proveniente da existência da abundância de recursos naturais que são compatíveis com um
câmbio mais apreciado3 do que aquele necessário para tornar as demais atividades da
economia competitivas. Essa falha de mercado se deve ao setor produtor de bens intensivos
em recursos naturais gerar uma externalidade negativa sobre os demais setores da economia.
Uma vez que a taxa de câmbio que equilibra a conta corrente e a taxa que viabiliza setores
eficientes da economia são diferentes. Se essa falha não for neutralizada, dada a importância
da indústria, pode constituir um grande obstáculo ao crescimento econômico no médio e
longo prazo. Portanto, a ocorrência da doença holandesa é proveniente do setor produtor de
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recursos naturais de um país, ser mais produtivo que os demais países, o que proporciona
rendas ricardianas, ou seja, o preço é determinado no mercado pelo produtor menos eficiente.
Entretanto, a diferença entre o modelo de Ricardo e a doença holandesa é que nas rendas
ricardianas os beneficiados eram apenas os proprietários dos fatores, terras mais produtivas,
já no caso da doença holandesa, no curto prazo, os consumidores são beneficiados por
adquirirem bens comercializáveis a preços menores. Como a intensidade da doença holandesa
pode variar de acordo com o produto que a provoca, o imposto deverá ser proporcional ao
produto. Portanto, seria mais adequado usar a relação preço de mercado e o preço necessário
de cada bem, para estipular o valor do imposto a ser cobrado. Outra questão é quanto às
variações do preço internacional do bem. De acordo com o autor, o imposto sobre o bem
causador da doença holandesa, deve ainda variar no tempo de acordo com a intensidade da
doença. Atingido o objetivo da neutralização através da criação do fundo internacional, a taxa
de câmbio de equilíbrio corrente e de equilíbrio industrial, torna-se aproximadamente as
mesmas. Contudo, apesar da neutralização as rendas ricardianas, estas ainda existem, mas
agora são transformadas em receita do Estado.

6- Explique as trocas desiguais e a restrição externa ao crescimento econômico.

Os produtos industrializados apresentam uma forte rigidez à baixa de preços, isso porque,
esses itens apresentam um maior valor agregado. Porém, a oferta de produtos básicos está
estruturada em um mercado altamente competitivo (commodities), o que explica a maior
flutuação destes preços, sobretudo em períodos de retração econômica e de demanda
internacional (Ex. Crise do café). No LP essa diferença de preços se deteriora, obrigando os
países periféricos a exportar uma quantidade maior de primários para que possam importar a
mesma quantidade de manufaturados. Ou seja, em períodos de crescimento do nível de
atividade econômica, sustentam um forte crescimento na demanda por bens industrializados
(importados dos países centrais). No entanto, este crescimento na demanda por importações
não poderia ser financiado pela entrada de divisas advindas das exportações de produtos
básicos, dada a baixa elasticidade-renda destes últimos. Uma solução de curto prazo seria
financiar o excesso de gastos com o exterior através do endividamento externo, solução que
no longo prazo demonstrava-se insustentável, tendo em vista as pressões que os serviços da
dívida externa geram sobre o BP e que as condições de liquidez internacional para os países
emergentes alteravam-se constantemente. Ou seja, períodos de expansão das economias
periféricas geram desequilíbrios insustentáveis no LP. Para que se supere o
subdesenvolvimento, é necessário que se promova a industrialização, para assim, promover o
desenvolvimento.

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Bibliografia

BRESSER-PEREIRA, L.C MARCONI, N. Existe Doença Holandesa no Brasil?


Revista de Economia política, São Paulo, Março de 2008

Livro Economia Internacional: Teoria e Política; KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice – Edição 8,
Editora Makron Books, 2001.

GALA, Paulo – Doença Holandesa e Desindustrialização: aspectos teóricos – 2016 –


http://www.paulogala.com.br/doenca-holandesa-aspectos-teoricos – 28/03/2018

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