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Anacardium occidentale
Nome Científico: Anacardium occidentale L.
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: caju, cajueiro, acaju, acajaíba, acajuíba, caju-comum,
cajueiro-comum, cajuil, caju-manso, cajuzeiro, ocaju
Sinonímia Botânica: Acajuba occidentalis (L.) Gaertn., Cassuvium
pomiferum Lam., Anacardium amilcarianum Machado, Anacardium
kuhlmannianum Machado, Anacardium othonianum Rizzini, Anacardium
rondonianum Machado
Descrição: Árvore de grande porte, de 8 a 20 m de altura, com copa bastante
variável. O tronco, geralmente curto e tortuoso, de até 50 cm de diâmetro,
possui casca externa acinzentada e deiscente em placas.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, subcoriáceas ou coriáceas,
glabras, concolores, ovaladas ou obovaladas, curto-pecioladas ou sésseis,
róseo-avermelhadas quando jovens e medem de 6 a 12 cm de largura por 10 a
20 cm de comprimento. Apresentam ápice arredondado, base aguda, margem
inteira, nervuras proeminentes na face abaxial e domáceas nas axilas das
nervuras secundárias.
As flores, masculinas ou hermafroditas, apresentam 5 pétalas livres, coloração
rósea ou vinácea e agrupam-se em panículas terminais.
O pseudofruto, suculento e carnoso, geralmente é confundido com o fruto.
Também chamado de pedúnculo ou pedicelo super desenvolvido, varia em
relação ao tamanho (até 18 cm), peso (até 200g), formato (piriforme, cardióide,
etc) e cor (desde amarelo, laranja até vináceo). O fruto verdadeiro, a castanha,
é um aquênio reniforme de até 3 cm.
Lithrea brasiliensis
Nome Científico: Lithrea brasiliensis Marchand
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: bugreiro, chá-de-bugre, erva-de-bugre, pau-de-bugre,
aroeira-brava, aroeira
Sinonímia Botânica: Ehretia venulosaSpreng. Ex Eng. In Mart., Lithraea
australiensis Engl., Lithraea brasiliensis Marchand, Lithraea verrucosa Miers ex
Engl. In DC
Descrição: Árvore inerme de 4 a 20 m de altura, com tronco tortuoso de até 50
cm de diâmetro. A casca externa é áspera, deiscente em placas e a interna
fibrosa de coloração rosada.
Suas folhas são simples, alternas, subcoriáceas a coriáceas, oblongas a
obovadas, de margem inteira e ondulada, ápice agudo e apiculado, glabras em
ambas as faces e medem de 1,5 a 3 cm de largura por 6 a 8 cm de
comprimento.
As flores, actinomorfas, diclamídeas e com ovário súpero, apresentam
coloração amarelo-esverdeada, medem cerca de 3 a 4 mm de diâmetro e
agrupam-se em panículas terminais e axilares de 2 a 4 cm de comprimento.
Os frutos são drupas globosas, de 3 a 5 mm de diâmetro, com epicarpo
papiráceo quebradiço de coloração acastanhada.
Essa espécie é comumente confundida com Lithraea molleoides, da qual
distingue-se por ter folhas simples.
Myracrodruon urundeuva
Nome Científico: Myracrodruon urundeuva Allemão
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: aroeira, aroeira-do-sertão, aroeira-do-campo, urundeúva,
urindeúba, arendiúva, aroeira-preta, aroeira-do-cerrado, aroeira-legítima,
aroeira-d’água, gibatão, gibão
Sinonímia Botânica: Astronium urundeuva (Allemão) Engl., Astronium
urundeuva var. candollei (Engl.) Mattick
Descrição: Árvore com 6 a 20 m de altura na Caatinga e no Cerrado, podendo
chegar até 30 m na Floresta Estacional Semidecidual. Possui tronco de até 1 m
de diâmetro, com casca externa pardo-acinzentada, fissurada e deiscente com
placas nos indivíduos adultos, e quase lisa e lenticelada em indivíduos jovens.
A casca interna é avermelhada.
Suas folhas são alternas, compostas, imparipinadas, de até 25 cm de
comprimento, com 5 a 7 pares de folíolos. Os folíolos são glabros ou pubérulos
em ambas as faces, opostos ou subopostos, membranáceos, concolores,
elípticos a ovados, com base assimétrica a obtusa, ápice agudo a mucronado,
margem inteira a serreada e medem de 1,5 a 3 cm de largura por 4 a 7 cm de
comprimento.
As flores, diclinas, pentâmeras, actinomorfas e de coloração creme, agrupam-
se em panículas com 10 a 18 cm de comprimento.
Os frutos são drupas globosas (aquênios), com sépalas persistentes e
ampliadas de até 7 mm, que os tornam alados.
Fenologia: A floração ocorre de julho a setembro e a frutificação de setembro
a outubro.
Schinus lentiscifolia
Nome Científico: Schinus lentiscifolia Marchand
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: aroeira-mansa, aroeira-do-campo, aroeira-dos-pampas,
aroeirinha-da-campanha, aroeira-preta, aroeira-cinzenta, aroeira-do-rio-grande,
aroeirinha
Sinonímia Botânica: Schinus lentiscifoliusMarchand, Schinus
weinmannifolius Engl.
Descrição: Arbusto ou árvore de até 9 m de altura, com copa globosa. O
tronco é geralmente retorcido, de até 40 cm de diâmetro, com casca externa
lisa, esverdeada, deiscente em lâminas e a interna fibrosa, de coloração
amarelada.
Suas folhas são compostas, geralmente imparipinadas, com 5 a 7 cm de
largura por 5 a 12 cm de comprimento, contendo 6 a 15 folíolos. Os folíolos são
glabros, coriáceos, sésseis, opostos ou subopostos, linear-lanceolados,
geralmente com base assimétrica ou obtusa, ápice agudo-mucronado e
margem inteira.
As flores, unissexuadas, actinomorfas e diclamídeas, são de coloração branco-
amarelada e dispostas em panículas axilares e terminais de até 12 cm de
comprimento.
Os frutos são drupas globosas, lisas, de 4 a 6 mm de diâmetro, com coloração
verde a rosada no início da maturação, mudando para castanho-claro.
Schinus molle
Nome Científico: Schinus
molle L.
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: aroeira-salsa, chorãozinho, aroeirinha, aroeira-mansa,
bugreirinho, bugreiro, aroeira-chorão, aroeira-folha-de-salsa, aroeirinha,
aroeira-piriquita
Sinonímia Botânica: Schinus angustifoliusSessé & Moc., Schinus
areira L., Schinus molle var. areira (L.) DC., Schinus
bituminosus Salisb., Schinus huiganMolina, Schinus molle var. huigan (Molina)
Marchand, Schinus molle var. areira (L.) DC., Schinus
molle var. argentifoliusMarchand, Schinus molle var. huyngan(Molina) March.,
Schinus occidentalisSessé & Moc.
Descrição: Árvore perenifólia de até 20 m de altura. Possui casca externa
rugosa, deiscente em pequenas placas irregulares e casca interna rosada de
textura fibrosa.
Suas folhas são compostas, geralmente imparipinadas, medem de 5 a 12 cm
de largura por até 20 cm de comprimento e possuem de 9 a 25 folíolos. Os
folíolos apresentam limbo linear-lanceolado, com margem serreada, ápice
agudo e medem cerca 0,5 a 1 cm de largura por 3 a 8 cm de comprimento.
As flores, pequenas e amareladas, são unissexuadas, pentâmeras,
actinomorfas e diclamídeas. Agrupam-se em panículas terminais ou axilares de
até 40 cm de comprimento.
Os frutos são drupas globosas, de até 6 mm de diâmetro, com epicarpo
papiráceo-quebradiço, liso e de coloração marron quando maduros.
Schinus terebinthifolia
Nome Científico: Schinus terebinthifolia Raddi
Família: Anacardiaceae
Nomes Populares: aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira, aroeira-pimenta,
aroeira-mansa, aroeira-da-praia, aroeira-da-restinga, aroeira-do-campo,
aroeira-do-paraná, coração-de-bugre, aroeira-do-sertão, aroeira-branca,
aroeira-do-brejo
Sinonímia Botânica: Sarcotheca bahiensisTurcz., Schinus antiarthriticus Mart.
ex Marchand, Schinus mellisi Engl., Schinus mucronulatus Mart., Schinus
terebinthifolius Raddi, Schinus
terebinthifolius var. damazianus Beauverd, Schinus
terebinthifolius var. raddianus Engl.
Descrição: Arbusto ou árvore de até 12 m de altura. Possui tronco geralmente
curto e tortuoso, de até 60 cm de diâmetro, com casca externa de coloração
acinzentada, marcada por fissuras longitudinais estreitas, e casca interna de
coloração rosada e textura fibrosa.
Suas folhas são compostas, alternas, imparipinadas, com ráquis e pecíolo
alado, medem até 18 cm de comprimento e possuem de 7 a 11 folíolos. Os
folíolos são sésseis, oblongo-elípticos a obovalados, com ápice agudo, base
assimétrica, consistência geralmente membranácea, nervura central
proeminente na face abaxial, margem inteira a serreada e medem de 1 a 3 cm
de largura por 2,5 a 6 cm de comprimento.
As flores, pentâmeras e unissexuada, são branco-amareladas, glabras e
reunidas em densas panículas terminais.
Os frutos são drupas globosas, com epicarpo liso, papiráceo-quebradiço e de
coloração vermelho-brilhante na maturação.
Annona coriacea
Nome Científico: Annona
coriacea Mart.
Família: Annonaceae
Nomes Populares: araticum, araticum-liso, ata, fruta-do-conde, cabeça-de-
negro, araticum-do-campo, marolinho, araticum-graúdo, araticum-dos-grandes,
marôlo
Sinonímia Botânica: Annona geraensis Barb. Rodr.
Descrição: Arbusto ou árvore pequena, de até 6 m de altura, com tronco
geralmente curto e tortuoso, de até 25 cm de diâmetro. Possui casca externa
áspera a rugosa, acinzentada e relativamente fina.
Suas folhas são simples, alterno-dísticas, coriáceas, sem estípulas, ovaladas
ou orbiculares, discolores, glabras na face adaxial, pubescentes e com
domácias axilares na face abaxial. Apresentam margem lisa, base e ápice
geralmente tendendo a cordado, pecíolo de até 5 mm e medem de 4 a 12 cm
de largura por até 16 cm de comprimento.
As flores, solitárias, bissexuadas e diclamídeas, possuem 3 sépalas e 6 pétalas
livres, carnosas, de coloração amarela ou amarelo-alaranjado.
Os frutos são compostos, bacáceos, verdes, medem de 8 a 25 cm de
comprimento e contêm em seu interior inúmeras sementes elípticas de até 1,5
cm.
Annona neosalicifolia
Nome Científico: Annona neosalicifolia H.Rainer
Família: Annonaceae
Nomes Populares: ariticum, araticum, ariticum-amarelo, cortiça, cortiça-lisa,
cortiça-amarela, quaresma, ariticum-de-campo, embira, embira-amarela,
embira-vermeha, ariticum-da-folha-estreita, ariticum-folha-de-salgueiro,
ariticum-chorão
Sinonímia Botânica: Rollinia salicifolia Schltdl.
Descrição: Árvore de até 18 m, com copa globosa e tronco com casca pouco
áspera, fibrosa e de coloração acinzentada.
Suas folhas são simples, alterno-dísticas, papiráceas a subcoriáceas e com
pecíolo sulcado de até 1,5 cm. A lâmina foliar, elíptica a oblongo-elíptica, com
base cuneada e ápice agudo a acuminado, mede de 3 a 6 cm de largura por
até 13 cm de comprimento e comumente apresenta galhas alongadas em sua
superfície.
As flores, bissexuadas e diclamídeas, são verde-amareladas, com 3 pétalas
carnosas e medem cerca de 3 cm de diâmetro.
Os frutos são compostos, globosos, com coloração amarela e manchas
escuras, superfície rugosa, aréolas salientes, polpa fortemente presa à
superfície da semente e medem de 3 a 6 cm de diâmetro.
Fenologia: A floração ocorre de outubro a dezembro a frutificação de fevereiro
a abril.
Xylopia aromatica
ome Científico: Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Família: Annonaceae
Nomes Populares: pindaíba, embira, embira-branca, pimenta-de-macaco,
pimenta-de-negro
Sinonímia Botânica: Uvaria aromaticaLam., Xylopia grandiflora A.St.-Hil.
Descrição: Árvore pequena, de até 8 m de altura, geralmente com folhagem
esparsa e pendente. Possui tronco reto, com até 25 cm de diâmetro, casca
externa áspera, fissurada, castanho-acinzentada e deiscente em pequenas
placas irregulares.
As folhas são simples, alterno-dísticas, lanceoladas, cartáceas, pecioladas,
tomentosas em ambas as faces e medem até 18 cm de comprimento.
As flores, monoclinas, bissexuadas, trímeras e subsesséis, possuem 6 pétalas
brancas carnosas e 3 sépalas triangulares vermelhas. São solitárias e
dispostas nas axilas das folhas.
Os frutos são apocárpicos, deiscentes e polifoliculares. Os folículos são
pedicelados, glabros, geralmente polispérmico (com 1 a 9 sementes) e medem
de 8 a 25 mm de comprimento. Quando maduros são fortemente aromáticos e
apresentam endocarpo avermelhado, com epicarpo verde-amarelado.
Aspidosperma australe
Nome Científico: Aspidosperma australe Müll. Arg.
Família: Apocynaceae
Nomes Populares: guatambú, guatambú-amarelo, pequiá, peroba, peroba-
d’água, peroba-amarela, peroba-tambu
Sinonímia Botânica: Aspidosperma argenteum Müll. Arg., Aspidosperma
australe var. erythroxylum Hassl., Aspidosperma
australe var. estrellenseHassl., Aspidosperma
australe var. longepetiolatum Hassl., Aspidosperma
missionum Speg., Aspidosperma occidentale Malme, Aspidosperma
quirandy Hassl., Aspidosperma quirandyvar. campestre Hassl., Aspidosperma
quirandy var. silvaticum Hassl., Macaglia australis (Müll. Arg.) Kuntze
Descrição: Árvore lactescente de até 20 m de altura, com copa alta, globosa e
de coloração verde-escura. Possui tronco geralmente reto, de até 60 cm de
diâmetro, com casca externa acinzentada, áspera em indivíduos mais jovens e
fissurada nos mais velhos.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, subcoriáceas, levemente
discolores, longo-pecioladas (até 4 cm), lanceoladas a elíptico-lanceoladas,
com ápice e base aguda, margem ondulada, glabras em ambas as faces e
medem de 2 a 4 cm de largura por até 12 cm de comprimento. As folhas
freqüentemente apresentam galhas.
As flores, pentâmeras, hermafroditas e verde-amareladas, agrupam-se em
inflorescências corimbosas subapicais.
Os frutos são folículos deiscentes, achatados, lenticelados, de até 6 cm de
comprimento, contendo de 6 a 10 sementes.
Fenologia: Floresce de setembro a dezembro e frutifica de julho a setembro.
Rauvolfia sellowii
Nome Científico: Rauvolfia sellowii Müll. Arg.
Família: Apocynaceae
Nomes Populares: pra-tudo, pau-pra-tudo, casca-d’anta, café-de-anta,
jasmim, jasmim-graúdo, pau-de-anta, marmelinho-de-macaco, pau-de-gancho,
jasmim-leiteiro, quina, mata-olho
Sinonímia Botânica: Aspidosperma pseudoquina Hassl., Aspidosperma
spegazzinii Molfino ex T. Mey., Aspidosperma spegazzinii Molfino ex T.Mey.
Descrição: Árvore lactescente de médio porte, de 5 a 12 m de altura, com
copa globosa ou caliciforme, com folhagem brilhante, de coloração verde-
escura. Possui tronco geralmente reto e cilíndrico, de até 50 cm de diâmetro,
com casca externa pardo-acinzentada e fissurada longitudinalmente.
As folhas são simples, verticiladas (até 4 por nó), glabras em ambas as faces,
membranáceas a cartáceas, oblongo-ovaladas a oblongo-elípticas, pecioladas
(até 2 cm), com ápice agudo a acuminado, base aguda ou atenuada e medem
de 2 a 8 cm de largura por até 34 cm de comprimento.
As flores, hermafroditas e diclamídeas, agrupam-se em umbelas compostas,
axilares ou terminais, de até 20 cm de comprimento. Apresentam cálice
coroado esverdeado, corola branco-amarelada afunilada, de até 5 mm de
comprimento.
Os frutos são drupas elípticas, apocárpicas, lisas, glabras, de cor negra e polpa
oleoso-suculenta quando maduras, medindo de 6 a 8 mm de largura por 1 a 1,4
cm de comprimento, contendo uma única semente achatada e rugosa.
Tabernaemontana catharinensis
Nome Científico: Tabernaemontana catharinensis A. DC.
Família: Apocynaceae
Nomes Populares: jasmim-catavento, cata-vento, jasmim, jasmim-leiteiro,
sapirangui, leiteiro, leiteira, burra-leiteira, cobrina, fruto-de-cobra, jasmim-
pipoca, pau-de-leite
Sinonímia Botânica: Peschiera acuminata(Müll. Arg.) Miers, Peschiera
affinis (Müll. Arg.) Miers, Peschiera albidiflora Miers, Peschiera australis (Müll.
Arg.) Miers, Peschiera catharinensis (A. DC.) Miers, Peschiera hilariana (Müll.
Arg.) Miers, Tabernaemontana acuminata Müll. Arg., Tabernaemontana
affinis Müll. Arg., Tabernaemontana australis Müll. Arg., Tabernaemontana
hilariana Müll. Arg., Tabernaemontana hybrida Hand.-Mazz., Tabernaemontana
salicifolia Hand.-Mazz.
Descrição: Arvoreta ou árvore lactescente, de até 10 m de altura, com tronco
irregular com até 40 cm de diâmetro. A casca externa é acinzentada, pouco
áspera e lenticelada em indivíduos jovens, grossa e rugosa em adultos.
Suas folhas são opostas, congestas no ápice dos ramos ou distribuídas ao
longo, glabras ou pubérulas, cartáceas a coriáceas, elípticas a lanceoladas,
com ápice acuminado a cuspidado, base atenuada, margem inteira, face
adaxial brilhante e pecíolo canaliculado de até 16 mm de comprimento. Medem
geralmente de 1,6 a 4,2 cm de largura por 6,5 a 15 cm de comprimento.
As flores, pentâmeras, actinomorfas e diclamídeas, apresentam pétalas
brancas em formato de hélice e agrupam-se em inflorescências cimosas,
multifloras e terminais.
Os frutos são folículos opostos, amarelo-esverdeados, muricados, levemente
recurvados e medem até 5 cm de comprimento. As sementes são glabras,
estriadas, de coloração preta e envoltas por arilo vermelho-alaranjado.
Ilex brevicuspis
Nome Científico: Ilex brevicuspis Reissek
Família: Aquifoliaceae
Nomes Populares: congonha, voadeira, caúna, caúna-da-serra, caúna-da-
mata, sete-sangrias, mico, orelha-de-mico
Sinonímia Botânica: Ilex caaguazuensisLoes.
Descrição: Árvore de grande porte, de até 25 m de altura, com copa
geralmente alongada, de folhagem rala e coloração verde-escura. Possui
tronco de até 80 cm de diâmetro, normalmente reto e cilíndrico, com casca
externa quase lisa, pulverulenta e com estrias transversais, e casca interna
amarelada, de textura arenosa.
Suas folhas são simples, alternas, membranáceas a cartáceas, elípticas a
ovaladas, raramente obovaladas, com margem inteira ou dentes esparsos no
terço apical, base cuneada a obtusa, ápice agudo, cuspidado ou mucronado,
pecíolo com até 12 mm e lâmina de 1 a 2,5 cm de largura por 2,5 a 7,5 cm de
comprimento.
As flores, brancas ou amareladas, pouco vistosas, actinomorfas e hipóginas,
agrupam-se em fascículos de dicásios ou em dicásios isolados, com pedúnculo
com até 14 mm e pedicelo de até 5 mm.
Os frutos são bagas globosas, glabras, vermelhas quando maduras, medindo
até 5 mm de diâmetro e contendo 2 a 4 sementes estriadas, com cerca de 3
mm.
Schefflera macrocarpa
Nome Científico: Schefflera macrocarpa (Cham. & Schltdl.) Frodin
Família: Araliaceae
Nomes Populares: mandiocão-do-cerrado, mandioquiro-do-cerrado,
mandioca-brava, mandiocão-do-campo, mandioquinha, mandiocão, pau-de-
mandioca, verga-d’anta
Sinonímia Botânica: Panax macrocarpusCham. & Schltdl., Didymopanax
macrocarpum (Cham. & Schltdl.) Seem.
Descrição: Arbusto ou árvore de até 9 m de altura, com copa globosa e
folhagem verde-clara, decumbente na frutificação. Possui tronco de até 40 cm
de diâmentro, geralmente reto e cilíndrico, com casca externa finamente
fissurada e dividida em pequenas placas irregulares.
Suas folhas são compostas, digitadas, coriáceas, longo-pecioladas (até 40 cm)
e com 5 a 9 folíolos. Os folíolos são elípticos a oblongos, com peciólulo de até
4,5 cm, ápice arredondado a obtuso, base obtusa a subcordada, margem
inteira e lâmina geralmente de até 5,5 cm de largura por 13,5 cm de
comprimento, podendo alcançar 9 cm de largura e 22 cm de comprimento. São
nitidamente discolores, verde-brilhantes, glabros ou vilosos próximo a nervura
principal na face adaxial e branco ou pardo-tomentosos na abaxial.
As flores, amareladas, pouco vistosas, diclamídeas, actinomorfas e
bissexuadas, medem cerca de 4 mm de comprimento e agrupam-se em
panículas terminais longo-pedunculadas, de até 25 cm de comprimento.
Os frutos são drupas subglobosas, carnosas, arroxeadas quando maduras,
geralmente bilobadas (raro trilobadas), medindo de 8 a 15 mm de largura por
4,5 a 7,5 mm de comprimento e contendo 1 a 3 sementes.
Araucaria angustifolia
Nome Científico: Araucaria angustifolia (Bertoloni) Otto Kuntze.
Família: Araucariaceae
Nomes Populares: pinheiro-brasileiro, pinheiro-do-paraná, pinheiro-das-
missões, pinheiro-do-brasil, pinheiro-são-josé, curiuva, grimpeiro, pinheiro-de-
grimpa, pinheiro-caiuvá, pinheiro-macaco, pinheiro-araucaria, pinheiro-de-grinfa
Sinonímia Botânica: Araucaria brasilianaA. Rich., Araucaria brasiliensis A.
Rich., Araucaria brasiliensis Lamb. ex Loudon, Araucaria dioica (Vell.)
Stellfeld, Araucaria elegans Carrière, Araucaria ridolfianaPi.Savi, Araucaria
saviana Parl., Columbea brasiliana (A.Rich.) Carrière, Columbea
angustifolia Bertol., Pinus dioicaVell.
Descrição: Árvore dióica, com 15 a 50 m de altura, tronco retilíneo e cilíndrico
de até 250 cm de diâmetro. Possui casca externa grossa, com até 10 cm de
espessura, rugosa e de cor marrom-arroxeada, e casca interna uniforme,
coloração branco-amarelada.
A copa do pinheiro sofre alterações ao longo de sua vida, da forma cônica ou
piramidal na fase juvenil, passa à ter copa umbeliforme na fase adulta. Ainda
na fase adulta, modifica-se para caliciforme, terminando assim na fase senil.
Suas folhas são simples, espiraladas, lanceoladas, coriáceas, agudíssimo-
pungentes e medem de 0,5 a 1 cm de largura por 3 a 6 cm de comprimento.
As plantas femininas produzem cones (pinhas) globosos, de até 30 cm de
diâmetro, que quando maduro chegam a pesar mais de 4 Kg e mais de 150
sementes. As plantas masculinas formam cones cilíndricos, alongados, com
escamas coriáceas e medem 2 a 4 cm de diâmetro por até 22 cm de
comprimento.
Acrocomia aculeata
Nome Científico: Acrocomia aculeata(Jacq.) Lodd. ex Mart.
Família: Arecaceae
Nomes Populares: macaúba, macauveira, bocaiúva, chiclete-de-baiano, coco-
baboso, coco-de-catarro, coco-de-espinho, macacauba, macaiba, macaibeira,
macajuba, macaúva, mucaia, mucaja, mucajaba
Sinonímia Botânica: Acrocomia antiguana L.H. Bailey, Acrocomia
cubensis Lodd. ex H. Wendl., Acrocomia fusiformis (Sw.) Sweet, Acrocomia
glaucophylla Drude, Acrocomia lasiospatha Mart., Acrocomia media O.F.
Cook, Acrocomia mexicanaKarw. ex Mart., Acrocomia microcarpaBarb.
Rodr., Acrocomia minor Lodd. ex G. Don, Acrocomia odorata Barb.
Rodr.,Acrocomia spinosa (Mill.) H.E. Moore, Cocos aculeata Jacq., Cocos
fusiformis Sw., Palma spinosa Mill.
Descrição: Palmeira de 8 a 20 m de altura, com estipe único e cilíndrico, de
até 50 cm de diâmetro, comumente coberto pelas bases dos pecíolos, que
ficam aderidas por vários anos. Pode apresentar acúleos ao longo do estipe,
pecíolo, folhas, folíolos e inflorescência.
Suas folhas são compostas, pinadas, plumosas, espiraladas, medem de 2 a 4
m de comprimento e possuem cerca de 260 folíolos. Os folíolos são estreitos,
linear-lanceolados, verde-escuros na face adaxial e mais pálidos na abaxial,
distribuídos em vários planos.
As flores, de coloração amarelo-claro, agrupam-se em longas inflorescências
interfoliares, com 50 a 130 cm de comprimento, protegidas por espata de
acúleos castanhos. São unissexuadas e ambos os sexos aparecem na mesma
inflorescência, sendo que as femininas nascem na base da raquila e as
masculinas na parte superior.
Os frutos são globosos, lisos, com epicarpo lenhoso marron-amarelado,
mesocarpo fibroso-mucilaginoso amarelado e endocarpo duro, medem de 2,5 a
5 cm de diâmetro.
Cocos nucifera
Nome Científico: Cocos nucifera L.
Família: Arecaceae
Nomes Populares: coco, coqueiro, coqueiro-da-bahia, coco-do-bahia,
coqueiro-da-praia
Sinonímia Botânica: Calappa nucifera (L.) Kuntze, Cocos indica Royle, Cocos
nanaGriff., Palma cocos Mill.
Descrição: Palmeira de até 20 m de altura, com estique único, cilíndrico e
marcado por cicatrizes peciolares transversais.
Suas folhas são compostas, pinadas, de 3 a 5 m de comprimento e possuem
200 a 300 folíolos. Os folíolos são estreitos, linear-lanceolados, distribuídos no
mesmo plano na ráquis e medem de 60 a 130 cm de comprimento
As flores, esbranquiçadas e unissexuadas, agrupam-se em inflorescência
andróginas, do tipo panícula axilar, protegidas por brácteas do tipo espata, que
se abre em aproximadamente 4 meses após seu surgimento.
Os frutos são drupas globosas ou ovóides, com epicarpo liso, fino e cor verde a
amarelo-alaranjado, mesocarpo espesso, seco e fibroso, endocarpo ósseo com
3 poros de germinação e albúmen inicialmente líquido (água-de-coco),
posteriormente branco e endurecido (polpa).
Mauritia flexuosa
Nome Científico: Mauritia flexuosa L.f.
Família: Arecaceae
Nomes Populares: buriti, coqueiro-buriti, palmeira-buriti, buritizeiro, miriti,
muriti, moritio, muritim, muruti, palmeira-do-brejo, carandá-guaçu, carandaí-
guaçu
Sinonímia Botânica: Mauritia minor Burret, Mauritia sagus Schult. f., Mauritia
setigera Griseb. & H. Wendl. ex Griseb., Mauritia sphaerocarpa Burret, Mauritia
viniferaMart., Saguerus americanus H. Wendl., Mauritia
flexuosa var. venezuelanaSteyerm.
Descrição: Palmeira de 3 a 30 m de altura, com estipe único, retilíneo,
marcado por anéis uniformemente espaçados, medindo até 80 cm de diâmetro.
Suas folhas são compostas, espiraladas, costapalmadas, de 2 a 6 m de
comprimento, com pecíolo de até 4 m e lâmina dividida em 50 a 250
segmentos. Cada segmento mede cerca de 5 cm de largura por 1 a 2 m de
comprimento.
As flores, amareladas e aromáticas, surgem em inflorescências interfoliares de
até 2,5 m de comprimento, com ramificações primárias pêndulas e numerosas
raquilas.
Os frutos são elíptico-oblongos e medem 3,5 a 5,5 cm de comprimento.
Apresentam epicarpo formado por escamas rombóides, coloração castanho-
avermelhado, mesocarpo alaranjado ou avermelhado, espesso e oleoso, e
endocarpo esponjoso.
Syagrus coronata
Nome Científico: Syagrus coronata (Mart.) Becc.
Família: Arecaceae
Nomes Populares: licuri, icuri, adicuri, ouricuri, alicuri, aricuí, aricuri, aracuri,
butiá, butiazeiro, coco-cabeçudo, coqueiro-cabeçudo, iricuri, licurizeiro, nicuri,
uricuri, urucuriiba, nicuri-de-caboclo, butiá, butiazeiro, cabeçudo, dicori,
coqueiro-aracuri
Sinonímia Botânica: Arecastrum romanzoffianum var. ensifolium (Drude)
Becc., Cocos botryophora var. ensifoliaDrude, Cocos coronata Mart., Cocos
coronata var. todari Becc., Cocos quinquefaria Barb. Rodr., Glaziova
treubiana Becc., Syagrus coronata var. todari (Becc.) Becc., Syagrus
treubiana (Becc.) Becc.
Descrição: Palmeira monóica de 3 a 10 m de altura, com estipe único e ereto,
de até 30 cm de diâmetro, comumente coberto ou ainda marcado pelas bases
dos pecíolos.
Suas folhas são compostas, pinadas, dispostas em cinco fileiras helicoidais,
medem aproximadamente 3 m de comprimento e possuem até 280 folíolos. Os
folíolos são estreitos, linear-lanceolados, verde-escuros na face adaxial,
esbranquiçados na face abaxial e distribuídos em vários planos ao longo da
ráquis.
As flores, amareladas e unissexuadas, agrupam-se em longas inflorescências
interfoliares e são protegidas por uma bráctea lenhosa (espata) de até 1 m de
comprimento. As flores masculinas possuem 6 estames e as femininas, mais
curtas, apresentam ovário súpero, tricarpelar e trilocular, com um óvulo em
cada lóculo.
Os frutos são drupas globosas ou elíptico-oblongas, lisas, com fino epicarpo
alaranjado e manchas amarronzadas, mesocarpo fibro-carnoso e endocarpo
duro. Medem cerca de 2 cm de comprimento.
Syagrus romanzoffiana
Nome Científico: Syagrus romanzoffiana(Cham.) Glassman
Família: Arecaceae
Nomes Populares: jerivá, jarivá, gerivá, jeribá, coquinho, palmeira, baba-de-
boi, coco-de-babão
Sinonímia Botânica: Arecastrum romanzoffianum (Cham.) Becc., Arecastrum
romanzoffianum subvar. minus Becc., Arecastrum
romanzoffianum var. australe (Mart.) Becc., Arecastrum
romanzoffianum var. genuinum Becc., Arecastrum
romanzoffianum var. micropindo Becc., Cocos acrocomioides Drude, Cocos
arechavaletana Barb. Rodr., Cocos australis Mart., Cocos datil Drude &
Griseb., Cocos geriba Barb. Rodr., Cocos martiana Drude & Glaz. ex
Drude, Cocos romanzoffiana Cham.
Descrição: Árvore monóica de 7 a 18 m de altura, com estipe único,
comumente anelado, de até 60 cm de diâmetro.
Suas folhas são compostas, pinadas, plumosas, espiraladas, medem de 2 a 5
m de comprimento e possuem até 500 folíolos. Os folíolos são estreitos,
pêndulos, linear-lanceolados, verde-escuros na face adaxial, mais pálidos na
abaxial e irregularmente distribuídos em vários planos ao longo da ráquis.
As flores, de coloração creme-amarelada, agrupam-se em longas
inflorescências interfoliares de até 1,8 m de comprimento, protegidas por um
tegumento acanoado.
Os frutos são drupas, globosas, elíptico-oblongas ou ovaladas, lisas, com fino
epicarpo amarelo-alaranjado, mesocarpo fibro-carnoso e endocarpo duro,
medindo de 2 a 4 cm de comprimento.
Fenologia: A floração ocorre quase o ano inteiro, com maior intensidade entre
setembro e março e a frutificação principalmente entre novembro e janeiro.
Utilização: O produto retirado do caule, é moderadamente pesado, resistente e
de longa durabilidade, tem a mesma finalidade da madeira, usada em
construções rurais, como ripas, caibros e assoalhos. A casca é usada para
confecção de calhas e telhados.
As folhas são usadas para cobertura de casebres, estábulos e servem como
alimento para bovinos, eqüinos e caprinos na época da seca. A espécie é
indicada para o paisagismo em geral, arborização urbana e reflorestamentos
em áreas degradadas de preservação permanente.
Os frutos possuem polpa carnosa, adocicada e de sabor agradável, por isso
são muito apreciados in natura. São ricos em carboidratos e avidamente
consumidos por uma grande diversidade de aves e mamíferos. A árvore
também fornece palmito para alimentação humana. Indicada na medicina
popular como diurética, antidiarréica e contra o amarelão.
Moquiniastrum polymorphum
Nome Científico: Moquiniastrum polymorphum (Less.) G. Sancho
Família: Asteraceae
Nomes Populares: cambará, camará, cambará-do-mato, cambará-guaçu,
cambará-pérola candeia, camba-de-folha-grande
Sinonímia Botânica: Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera , Spadonia
polymorpha Less., Moquinia polymorpha(Less.) A. DC., Gochnatia
malmei Cabrera, Baccharis lessingiana DC.
Descrição: Árvore de até 10 m de altura, com copa acinzentada e tronco
tortuoso de até 80 cm de diâmetro. A casca externa grossa, suberosa,
profundamente fissurada e a interna fibrosa, de coloração preta.
Suas folhas são simples, alternas, ovaladas a elíptico-lanceoladas,
subcoriáceas, branco-tomentosas na face abaxial, com ápice agudo, base
aguda a arredondada e medem de 4 a 6 cm de largura por até 18 cm de
comprimento.
As flores, hermafroditas, branco-amareladas e capitulares, agrupam-se em
densas panículas dispostas nas axilas das folhas terminais.
Os frutos são aquênios, do tipo cipsela, com papilho branco-envelhecido e
medem de 6 a 12 mm de comprimento.
Piptocarpha regnellii
Nome Científico: Piptocarpha regnellii (Sch. Bip.) Cabrera
Família: Asteraceae
Nomes Populares: vassourãozinho, vassourão, vassoura, vassourão-preto
Sinonímia Botânica: Carphobolus regnellii Sch. Bip., Carphobolus
regnellii var. subintegrifolia Sch. Bip., Carphobolus semiserrulatus Sch.
Bip., Piptocarpha axillaris var. minor Baker, Piptocarpha graciellae Cabrera
Descrição: Arvoreta ou árvore de 2 a 10 m de altura, com tronco de até 25 cm
de diâmetro, casca externa áspera e lenticelada em indivíduos jovens, e
rugosa e finamente fissurada em adultos. A casca interna apresenta coloração
preta.
Suas folhas são simples, opostas, elíptica a estreito-elípticas, coriáceas,
pecioladas (até 1 cm), com ápice agudo, base cuneada, margem lisa ou
serreada, face adaxial glabra e face abaxial amarelo-ferrugínea ou branco-
tomentosa, medem de 1 a 3 cm de largura por 4,5 a 10 cm de comprimento.
As flores, pequenas e hermafroditas, agrupam-se em capítulos sésseis, sendo
geralmente 4 a 10 capítulos por axila.
Os frutos são cipselas, pubérulas, estriadas, angulosas e paleáceas, com cerca
de 5 mm de comprimento, dotada de papilho branco e persistente, sendo as
cerdas de até 4 mm.
Piptocarpha regnellii pode ser confudida com Piptocarpha axillaris, da qual
difere por possuir folhas opostas a subopostas.
Piptocarpha rotundifolia
Nome Científico: Piptocarpha rotundifolia(Less.) Baker
Família: Asteraceae
Nomes Populares: candeia, paratudo, infalível, cambará, cambará-do-cerrado,
vassourão, cambará-do-campo, vassourão-do-cerrado, coração-de-negro,
canela-podre
Sinonímia Botânica: Carphobolus rotundifolius (Less.) Sch. Bip., Vanillosma
firmum Mart. ex Sch. Bip., Vernonia rotundifolia Less.
Descrição: Arbusto ou árvore de até 8 m de altura, com copa geralmente
paucifoliada e tendendo à globosa. O tronco, curto e tortuoso, de até 25 cm de
diâmetro, apresenta casca externa grossa e fissurada longitudinalmente.
Suas folhas são simples, alternas, coriáceas, pecioladas (até 3 cm), elípticas,
oblongas ou arredondadas, com ápice e base bastante variáveis, margem lisa
e levemente ondulada, face adaxial glabra e face abaxial pardo-tomentosa ou
cinéreo-tomentosa, medem de 2,5 a 7 cm de largura por até 12 cm de
comprimento.
As flores, pequenas, alvacentas, amareladas ou arroxeadas, dispõem-se em
capítulos subsésseis, sendo 3 a 6 capítulos por axila.
Os frutos são cipselas de até 1 cm de comprimento, dotadas de papilho rígido,
cinza-amarelado e persistente, com cerdas de até 5 mm.
Raulinoreitzia leptophlebia
Nome Científico: Raulinoreitzia leptophlebia (B.L.Rob.) R.M.King & H.Rob.
Família: Asteraceae
Nomes Populares: vassourão-de-brinco, vassourão-chorão, vassourão-moúdo
Sinonímia Botânica: Symphyopappus leptophlebius B.L. Rob., Eupatorium
leptophlebium (B. L. Rob.) Steyerm.
Descrição: Arbusto ou pequena árvore, de 3 a 12 m de altura, com copa rala e
ramificação decumbente. Possui tronco de até 25 cm de diâmetro, com casca
externa fissurada, de coloração acinzentada e casca interna preta, de textura
curto-fibrosa.
Suas folhas são simples, opostas, cartáceas, discolores, lanceoladas a falcado-
lanceoladas, com ápice acuminado e base aguda ou assimétrica. Medem de
1,5 a 3 cm de largura por até 10 cm de comprimento e possuem 2 nervuras
secundárias evidentes saindo próximo da base, formando nervuras
subtriplinérvias.
Suas flores agrupam-se em capítulos esbranquiçados, sendo 5 flores por
capítulo, dispostas em longas panículas pendentes, terminais ou axilares, de
até 30 cm de comprimento.
Os frutos são aquênios, do tipo cipsela, com papilho branco e medem
aproximadamente 4 mm de comprimento.
Vernonanthura discolor
Nome Científico: Vernonanthura discolor(Spreng.) H. Rob.
Família: Asteraceae
Nomes Populares: vassourão-preto, vassourão, vassourão-graúdo, cinzeiro,
vassourão-da-folha-graúda, vassourão-do-graúdo, pau-touchinho, vassourão-
da-folha-larga, canela-tatu, vassourão-cambará, cambará-guaçu, assa-peixe-
de-folha-larga
Sinonímia Botânica: Eupatorium discolorSpreng., Vanillosma cinerea Mart. ex
Baker, Vernonia discolor (Spreng.) Less.
Descrição: Árvore de 10 a 20 m de altura e tronco de até 60 cm de diâmetro.
Apresenta casca externa acinzentada, marcada por fissuras longitudinais e
casca interna de coloração preta. Os ramos jovens e as inflorescências são
branco-tomentosas.
Suas folhas são simples, alternas, lanceoladas ou elíptico-lanceoladas,
subcoriáceas, com pecíolo de 1,5 a 3 cm e medem de 3 a 6,5 cm de largura
por 10 a 24 cm de comprimento. Apresentam ápice agudo a acuminado, base
aguda a atenuada, margem inteira e são notavelmente discolores, verde-
escuras na face adaxial e branco-tomentosas na abaxial.
As flores, pequenas e hermafroditas, agrupam-se em capítulos (10 a 12 flores),
dispostos em panículas escorpiódes de até 30 cm de comprimento.
Os frutos são cipselas, pubescentes e estriadas, de até 5 mm, com papilho
branco e persistente.
Vernonanthura divaricata
Nome Científico: Vernonanthura divaricata(Spreng.) H. Rob.
Família: Asteraceae
Nomes Populares: vassourão, vassourão-branco, vassourão-amarelo, casa-
preta, vassourão-da-mata, pau-de-fumo, assapeixe-vermelho, cuvitinga,
cambará-açu
Sinonímia Botânica: Conyza divaricataSpreng., Vernonanthura diffusa (Less.)
H. Rob., Vernonia approximata Less., Vernonia diffusa Less., Vernonia
diffusavar. macrocephala Hieron.
Descrição: Árvore de até 25 m de altura, dotada de copa pouco densa, alta e
tendendo a globosa. Possui tronco de 20 a 50 cm de diâmetro, com casca
externa lisa ou pouco áspera, lenticelada, indeiscente e de coloração cinza-
claro. Os ramos são cilíndricos, levemente estriados e pubérulos.
Suas folhas são simples, alternas, membranáceas, pecioladas (até 2,3 cm),
elípticas, lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, com ápice agudo, base aguda
ou obtusa e medem até 7 cm de largura por 8 a 16 cm de comprimento. São
pouco discolores, ásperas e estrigosas na face adaxial, vilosas e com nervuras
amareladas proeminentes na face abaxial.
As flores, cremes ou alvacentas, pequenas e hermafroditas, agrupam-se em
capítulos curto-pedunculados, que por sua vez, reúnem-se em panículas
terminais.
Os frutos são cipselas, setosas e estriadas, de até 5 mm, com papilho alvo.
Vernonanthura divaricata é comumente é confundida com V. discolor, da qual
se diferencia pela casca externa praticamente lisa e pela ausência de tomento
branco na face abaxial. É erroneamente citada na região sul do Brasil, como
sendo V. petiolaris.
Handroanthus chrysotrichus
Nome Científico: Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A. DC.) Mattos
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: ipê-de-morro, ipê-amarelo, ipê-amarelo-cascudo, aipê, ipê-
tabaco, ipê-de-ouro, pau-d’arco, pau-d’arco-amarelo, pratudo
Sinonímia Botânica: Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.)
Standl., Gelseminum chrysotrichum (Mart. ex A. DC.) Kuntze, Tecoma
chrysotricha Mart. ex A. DC., Tecoma chrysotricha var. obtusata(A. DC.)
Bureau & K. Schum. ex Mart., Tecoma flavescens (Vell.) Mart. ex A.
DC., Tecoma grandis Kraenzl., Tecoma obtusata A. DC., Tecoma ochracea var.
denudata Cham.
Descrição: Árvore com cerca de 10 m de altura quando cultivada (podendo
atingir 20 m na floresta). O tronco, de até 40 cm de diâmetro, possui casca
externa, grossa, pardo-acinzentada e fissurada. Os ramos novos e pecíolos
apresentam densa pilosidade cor de ouro velho.
Suas folhas são opostas, digitadas e com 5 folíolos. Os folíolos são geralmente
obovados, coriáceos, ásperos, pubescentes em ambas as faces e medem de 2
a 4 cm de largura por até 10 cm de comprimento.
As flores, zigomorfas, diclamídeas e hipóginas, apresentam corola amarela,
campanulada com garganta ornada de traços vermelhos e cálice com pêlos
densos. Agrupam-se em panículas terminais.
Os frutos são cápsulas septicidas, ferrugíneas, de 15 a 30 cm de comprimento,
contendo inúmeras sementes aladas.
Handroanthus heptaphyllus
Nome Científico: Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: ipê-roxo, ipê-rosa, ipê-rosa-de-sete-folhas, pau d’arco-
roxo, ipê-roxo-de-sete-folhas, ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto, ipê-uva,
pau-d’arco-rosa
Sinonímia Botânica: Bignonia heptaphylla Vell., Handroanthus eximius (Miq.)
Mattos, Tabebuia eximia (Miq.) Sandwith, Tabebuia heptaphylla (Vell.)
Toledo, Tabebuia ipe (Mart. ex K.Schum.) Standl., Tecoma
curialis Saldanha, Tecoma eximiaMiq., Tecoma ipe Mart. ex K.Schum., Tecoma
ipe var. desinens Sprague
Descrição: Árvore de até 30 m de altura, com copa ampla e tendendo a
globosa. Possui tronco levemente tortuoso e cilíndrico, de até 150 cm de
diâmetro, com casca externa fissurada longitudinalmente, de coloração pardo-
acinzentada e deiscente em placas.
Suas folhas são compostas, opostas, digitadas, longamente pecioladas (até 8
cm) e com 5 ou 7 folíolos. Os folíolos são ovalados, oblongos ou elípticos,
verde-escuros, subcoriáceos, glabros, com base obtusa a cuneada, ápice
agudo a acuminado, margem serreada e medem de 2 a 5 cm de largura por até
12 cm de comprimento.
As flores, zigomorfas, diclamídeas e hipóginas, de até 8 cm de comprimento,
agrupam-se em panículas terminais multifloras. Apresentam cálice de tubo
verde, com indumento amarelado e lóbulos violáceos. A corola é campanulada
com 5 lobos, de coloração rosada ou violácea e garganta amarelada.
O fruto são cápsulas septicidas, semelhantes à legumes, estreitas e compridas,
de até 50 cm de comprimento, contendo inúmeras sementes aladas.
Handroanthus umbellatus
Nome Científico: Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: ipê-do-brejo, ipê-amarelo-do-brejo, ipê-de-várzea, pau-
d’arco-amarelo, ipê-amarelo, ipê-de-rio
Sinonímia Botânica: Tabebuia umbellata(Sond.) Sandwith, Tabebuia
umbellata var. lanceolata (Bureau & K. Schum.) Toledo, Tecoma
umbellata Sond., Tecoma umbellata var. lanceolata Bureau & K. Schum.
Descrição: Árvore de grande porte, de 10 a 20 m de altura, com copa
alargada e na forma de uma pirâmide invertida quando isolada. Possui tronco
de até 40 cm de diâmetro, com casca externa fissurada, pardo-acinzentada,
comumente coberta por líquens.
Suas folhas são compostas, oposto-cruzadas, digitadas, com pecíolo de até 8
cm de comprimento e geralmente com 5 folíolos. Os folíolos são obovalados,
discolores, subcoriáceos, com margem inteira e domácias nas axilas na
inserção das nervuras secundárias.
As flores, zigomorfas, diclamídeas e pentâmeras, possuem corola
campanulada amarela com garganta de traços vermelhos, cálice coroado
pouco pubescente e agrupam-se em panículas tirsóides terminais.
Os frutos são cápsulas septicidas, cilíndricas e muito longas, de até 50 cm de
comprimento e contendo inúmeras sementes com ala transparente, em alguns
casos oriundas de plantas apomíticas.
Fenologia: A floração ocorre de julho a setembro e a frutificação de setembro
a novembro.
Handroanthus albus
Nome Científico: Handroanthus albus (Cham.) Mattos
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: ipê-amarelo, aipê, ipê, ipê-amarelo-de-folha-branca, ipê-
mandioca, ipê-pardo, ipê-mamona, ipê-da-serra, ipê-vacariano, ipezeiro, pau-
d’arco amarelo, ipê-tabaco
Sinonímia Botânica: Tabebuia alba(Cham.) Sandwith, Tecoma alba Cham.
Descrição: Árvore de até 30 m de altura, com copa alongada, de folhagem
prateada. Possui tronco cilíndrico, levemente tortuoso, de até 70 cm de
diâmetro, com casca externa fissurada, de coloração castanho-acinzentada.
Suas folhas são compostas, opostas-cruzadas, de consistência cartácea a
coriácea, com pecíolo de 2,5 a 8 cm de comprimento e 5 a 7 folíolos. Os
folíolos possuem ápice agudo, base arredondada, margem serreada e medem
de 4 a 9 cm de largura por até18 cm de comprimento. Quando jovens são
densamente pilosos em ambas as faces, e quando adultos são glabros na face
adaxial e denso tomentosos, prateados ou esbranquiçados na face abaxial.
As flores, hermafroditas, pentâmeras e diclamídeas, apresentam cálice
densamente piloso e corola campanulada, irregular, amarela, com 8 a 10 cm de
comprimento por até 4 cm diâmetro. Agrupam-se em panículas terminais
amplas, de 10 a 20 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas bivalvares cilíndricas, do tipo síliqua, revestida por
tomento de coloração amarelada, medindo 15 a 35 cm de comprimento e
contendo muitas sementes aladas de até 3 cm de comprimento.
Jacaranda cuspidifolia
Nome Científico: Jacaranda cuspidifolia Mart.
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: caroba, carobão, carobinha, carobeira, jacarandá,
bolacheira, jacarandá-de-minas, jacarandá-roxo, pau-de-colher, jacarandá-
branco, jacarandá-preto
Sinonímia Botânica: Jacaranda chapadensis Barb. Rodr., Jacaranda
cuspidifolia Kuntze, Jacaranda cuspidifoliavar. calycina Bureau
Descrição: Árvore de grande porte, com até 30 m de altura, com copa baixa,
rala e globosa. Apresenta tronco geralmente curto, de até 60 cm de diâmetro,
com casca externa pardo-acinzentada, fissurada e deiscente em placas finas e
irregulares. A casca interna amarelada.
Suas folhas são compostas, opostas, bipinadas, medem de 20 a 50 cm de
comprimento, possuem 8 a 13 pares de pinas de 10 a 20 cm, até 31 foliólulos e
raquíola alada. Os folíolulos são membranáceos, glabros, levemente
discolores, estreito-elípticos a lanceolados, com base assimétrica, ápice agudo
a apiculado e medem cerca de 5 mm de largura por 1,5 cm de comprimento.
As flores, diclamídeas, hermafroditas, pentâmeras, zigomorfas e com ovário
súpero, apresentam corola campanulada, de cor roxa ou roxo-azulado, com
lobos desiguais e medem até 5 cm de comprimento. Agrupam-se em panículas
cimosas, com até 18 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas septicidas, orbiculares, achatadas, lenhosas, com
margem ondulada ou deformada, medindo de 7 a 10 cm de largura por 6 a 9
cm de comprimento e contendo numerosas sementes aladas.
Jacaranda micrantha
Nome Científico: Jacaranda micrantha Cham.
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: carobinha, caroba, carobão, carova
Sinonímia Botânica: Jacaranda intermedia Sond.
Descrição: Árvore de grande porte, com ate 30 m de altura, copa rala e
tendendo a globosa. Possui tronco geralmente tortuoso, de até 80 cm de
diâmetro, casca externa fissurada, acinzentada, deiscente em placas finas e
irregulares e, casca interna de cor amarelada, com estrias marrom, de textura
fibrosa.
Suas folhas são compostas, opostas, bipinadas, imparipinadas, medem de 50 a
80 cm de comprimento, possuem 4 a 10 pares de pinas de 20 a 30 cm de
comprimento e até 21 foliólulos. Os folíolulos são membranáceos, glabros,
elípticos a oblongo-elípticos, com base assimétrica, ápice agudo a acuminado e
medem de 0,7 a 2,5 cm de largura por 4 a 7 cm de comprimento.
As flores, diclamídeas, hermafroditas, pentâmeras e zigomorfas, apresentam
corola campanulada, de coloração lilás-azulada ou arroxeada e medem até 7
cm de comprimento. Agrupam-se em panículas cimosas de até 20 cm de
comprimento.
Os frutos são cápsulas septicidas orbiculares, lenhosas, com margem bastante
ondulada, de até 7 cm de comprimento, contendo numerosas sementes aladas.
É facilmente confundida com Jacaranda puberula, da qual diferencia por ter
maior porte e apresentar fruto com margem ondulada.
Tabebuia cassinoides
Nome Científico: Tabebuia cassinoides (Lam.) DC.
Família: Bignoniaceae
Nomes Populares: caxeta, caixeta, pau-d’arco, pau-caixeta, pau-paraíba, pau-
de-tamanco, tabebuia, tabebuia-do-brejo, tamancão, tamanqueira, pau-de-
viola, malacaxeta, corticeira
Sinonímia Botânica: Bignonia cassinoidesLam., Bignonia
obtusifolia Lam., Bignonia tabebuya Vell., Bignonia uliginosa Gomes, Bignonia
uliginosa Gomes, Catalpa cassinoides (Lam.) Spreng., Spathodea
magnolioides Cham., Tabebuia leucantha Gómez ex Saldanha, Tabebuia
magnolioides (Cham.) Miers, Tabebuia uliginosa (Gomes) A. DC., Tabebuia
uliginosa (Gomes) DC., Tecoma uliginosaMart. ex DC.
Descrição: Árvore de 6 a 18 m de altura, com copa de ramificação esparsa,
irregular e comumente com muitas epífitas. Possui tronco de até 50 cm de
diâmetro, com casca externa acinzentada, áspera e lenticelada em indivíduos
jovens, rugosa e pouco lenticelada em adultos.
Suas folhas são simples, coriáceas, glabras, oblongas a obovadas, com ápice
arredondado, base cuneada e medem 3 a 7 cm de largura por 12 a 22 cm de
comprimento.
As flores, zigomorfas, diclamídeas e hermafroditas, de até 8 cm de
comprimento, agrupam-se em racemos terminais curtos. Apresentam cálice
verde, com lóbulos pardo-esverdeados e corola branca, campanulada e com 5
lobos irregulares.
O fruto são cápsulas septicidas e estriadas, de até 35 cm de comprimento,
contendo inúmeras sementes aladas.
Cordia americana
Nome Científico: Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill.
Família: Boraginaceae
Nomes Populares: guajuvira, guaiuvira, guajuvira-branca, guajuvira-preta,
guiabira, guaiuíra, guarapuvira, guajibira, guarapovira, guativira, guaibi, guaiabi,
guaiabi-branco, guaiaibira, guatuvira
Sinonímia Botânica: Cordia patagonulaAiton, Patagonula
americana L., Patagonula americana var. glabra Cham., Patagonula
americana var. hirsuta Fresen. in Mart., Patagonula
australis Salisb., Patagonula glabra Miers, Patagonula tweediana Miers
Descrição: Árvore de grande porte, de até 25 m de altura, com tronco de até 1
m de diâmetro, geralmente curto, acanelado e com rebrotas ou ramificação
próximas da base quando cresce isolada. Apresenta casca externa pardo-
acinzeantada, finamente fissurada e deiscente em pequenas placas. A casca
interna é amarelada e com estrias mais escuras.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, elípticas a oblongo-elípticas,
subcoriáceas, glabras, pouco discolores, curto-pecioladas, com ápice cuneado
a obtuso, base aguda a atenuada e medem de 1 a 3 cm de largura por 3 a 8
cm de comprimento.
As flores, pentâmeras, hermafroditas, brancas ou amareladas e com cerca de 6
mm de diâmetro, agrupam-se em panículas terminais.
Os frutos são drupas (pseudosâmaras), com cálice persistente e semelhante a
uma hélice, com 4 a 6 mm de comprimento.
Fenologia: A floração ocorre de setembro a novembro e a frutificação de
novembro a dezembro.
Cordia glazioviana
Nome Científico: Cordia glazioviana(Taub.) Gottschling & J.S. Mill.
Família: Boraginaceae
Nomes Populares: pau-branco, pau-branco-louro, louro-branco, frei-jorge,
freijó, pau-de-velha, guiada, pau-guiada
Sinonímia Botânica: Auxemma glazioviana Taub., Cordia crenatifolia Rizzini
Descrição: Árvore com até 16 m de altura, com copa frondosa e tendendo a
globosa. Possui tronco de até 60 cm de diâmetro, com casca externa de
coloração esbranquiçada, áspera e com lenticelas verrucosas.
Suas folhas são simples alterno-espiraladas, obovadas ou oblongas, coriáceas,
ásperas na face adaxial, pubescentes na face abaxial, levemente discolores,
com pecíolo de até 2,5 cm, ápice obtuso a arredondado, base cuneada a
obtusa e medem de 2 a 6 cm de largura por até 15 cm de comprimento.
As flores, pentâmeras, actinomorfas, hermafroditas, alvas e perfumadas,
agrupam-se em densas panículas tirsiformes de até 25 cm de comprimento.
Os frutos são drupas secas, de coloração marrom-clara, com cálice persistente
concrescido, lhe dando aspecto de um balão inflado, medindo de 3 a 5 cm de
comprimento.
Pode ser confundida com Cordia oncocalyx, uma espécie que ocorre no
extremo nordeste do Brasil, da qual se diferencia por apresentar frutos e flores
menores.
Cordia sellowiana
Nome Científico: Cordia sellowiana Cham.
Família: Boraginaceae
Nomes Populares: mata fome, juretê, jureté, capitão-do-mato, chá-de-bugre,
louro-mole, louro, catuteiro-branco, freijó-branco, uruá, grão-de-galo
Sinonímia Botânica: Cordia brachypoda DC., Cordia obscura Cham., Cordia
opacaRusby, Gerascanthus sellowianus (Cham.) Borhidi, Lithocardium
sellowianum(Cham.) Kuntze
Descrição: Árvore de pequeno a médio porte, de 5 a 18 m de altura, com copa
densa, globosa e com as terminações dos ramos decumbentes. Possui tronco
geralmente reto e cilíndrico, com casca externa acinzentada, fissurada e
deiscente em placas estreitas.
Suas folhas são simples, alternas, ásperas, deltóides, ovaladas a ovalado-
lanceoladas, discolores, verde-escuras e brilhantes na face adaxial, mais claras
e velutino-tomentosas na face abaxial. Apresentam ápice acuminado, base
obtusa ou arredondada, pecíolo curto de até 2 cm e lâmina de 4 a 10 cm de
largura por até 16 cm de comprimento.
As flores, amareladas e pouco vistosas, agrupam-se em inflorescências
cimosas de até 15 cm de comprimento, cobertas por tomento esbranquiçado.
Os frutos são drupas globosas, com epicarpo membranáceo, liso, brilhante e
de coloração amarelada a acastanhada, cálice persistente, campanulado e
pentadenteado, e mesocarpo suculento e mucilaginoso.
Cordia superba
Nome Científico: Cordia superba Cham.
Família: Boraginaceae
Nomes Populares: babosa-branca, acoará-muru, árvore-de-ranho, baba-de-
boi, carapiá , grão-de-galo, grão-de-porco, jagoará-muru, jangada-do-campo ,
tajaçu-carapiá, crista-de-galo
Sinonímia Botânica: Gerascanthus superbus (Cham.) Borhidi, Cordia
superba var. cuneata Cham., Cordia superba var. elliptica Cham., Cordia
blanchetti DC., Cordia atrofusca Taub., Cordia ipomoeaeflora Hook.
Descrição: Árvore de até 10 m de altura, com copa densa e frondosa. Possui
tronco de até 40 cm de diâmetro, com casca externa fissurada
longitudinalmente, de cor pardo-acinzentada e deiscência em pequenas placas.
Suas folhas são simples, alternas, coriáceas, elípticas a ovaladas, com pecíolo
de até 2 cm, ápice agudo, base atenuada e medem 4 a 7,5 cm de largura por
até 24 cm de comprimento. Apresentam nervuras impressas na face adaxial e
proeminentes e pilosas na abaxial.
As flores, diclamídeas, bissexuadas e pentâmeras, possuem corola
campanulada, branca e vistosa, cálice pubérulo e esverdeado, e agrupam-se
em cimeiras terminais de até 18 cm.
Os frutos são drupas globosas, medindo de 1 a 2,5 cm de diâmetro, com
epicarpo liso de coloração creme e mesocarpo hialino e mucilaginoso.
Cereus jamacaru
Nome Científico: Cereus jamacaru DC.
Família: Cactaceae
Nomes Populares: mandacaru, jamacurú, jumucurú-tuna, cacto, candelabro,
pytaia-de-árvore, pytaia-arbórea, mandacaru-de-boi, mandacaru-facheiro,
mandacaru-de-faixo, cardeiro
Sinonímia Botânica: Cereus goiasensis(F.Ritter) P.J.Braun, Piptanthocereus
goiasensis F.Ritter
Descrição: Cacto colunar de até 15 m de altura, com copa bastante
ramificada, na forma de um candelabro. Possui tronco geralmente curto e
quase cilíndrico, de 30 a 60 cm de diâmetro, coloração pardo-acinzentada, com
aréolas de até 2,5 cm de diâmetro, contendo inúmeros espinhos divergentes e
aciculares com até 8 cm de comprimento, e que por vezes, se desprendem
naturalmente.
Apresenta ramos verdes, do tipo cladódio, estrelados em corte transversal
(com 4 a 8 costelas), que crescem irregularmente ou de forma ascendente,
medem de 10 a 30 cm de diâmetro por até 4 m de comprimento e apresentam
espinhos aréolares de até 15 cm de comprimento.As flores, brancas e vistosas,
surgem acima das aréolas e medem até 28 cm de diâmetro.
Os frutos são bagas ovóides, vermelhas, carnosas, de polpa branca, contendo
inúmeras sementes pequenas e pretas. Medem de 3 a 12 cm de largura por 5 a
15 cm de comprimento.
Fenologia: A floração ocorre de outubro a janeiro e frutificação de fevereiro a
julho.
Kielmeyera coriacea
Nome Científico: Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc.
Família: Calophyllaceae
Nomes Populares: pau-santo, folha-santa, pau-de-santo, pau-de-são-josé,
saco-de-boi, gordinha, boizinho
Sinonímia Botânica: Kielmeyera amplexicaulis S. Moore, Kielmeyera
falcataCambess., Kielmeyera oblonga Pohl, Martinieria arborea Vell.
Descrição: Arvoreta ou pequena árvore de até 8 m de altura, de copa
alongada, tronco tortuoso e casca externa suberosa acinzentada. Apresenta
látex amarelado abundante.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, coriáceas, glabras, sésseis,
oblanceoladas, obovaladas ou elípticas, com ápice arredondado, base aguda e
medem de 3 a 8 cm de largura por 10 a 16 cm de comprimento.
As flores, actinomorfas e diclamídeas, apresentam 5 pétalas grandes brancas,
numerosos estames amarelos e agrupam-se em panículas ou racemos
terminais curtos.
Os frutos são cápsulas septicidas trivalvares, rugosas, lenhosas, de coloração
castanha e medem até 18 cm de comprimento. As sementes são
membranáceas, planas, aladas, medindo cerca 2,5 cm de largura por 6 cm de
comprimento.
Kielmeyera rubriflora
Nome Científico: Kielmeyera rubriflora Cambess.
Família: Calophyllaceae
Nomes Populares: para-tudo, pra-tudo, rosa-do-campo, rosa-do-cerrado, pau-
santo, pau-santo-rosa, pau-rosado
Descrição: Arbusto ou pequena árvore lactescente, de até 6 metros de altura,
com copa baixa e alargada. Possui tronco curto, tortuoso, comumente
ramificado desde a base, com casca externa suberosa, fissurada e deiscente
em lâminas.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, congestas no ápice dos ramos,
subcoriáceas, glabras, espatuladas, sésseis ou curtamente pecioladas (até 10
mm), com margem lisa, ápice arredondado, base cuneada e medem de 2,5 a 4
cm de largura por até 12 cm de comprimento.
As flores, vistosas, actinomorfas e diclamídeas, apresentam corola pentâmera,
dialipétala e rosada ou avermelhada, numerosos estames amarelos e
agrupam-se em racemos paucifloros terminais ou axilares.
Os frutos são cápsulas septicidas trivalvares, elípticas, ásperas, de coloração
marrom-esverdeada e medem até 12 cm de comprimento. As sementes são
membranáceas, planas, aladas e medem cerca 1,5 cm de largura por 3,5 cm
de comprimento.
Trema micrantha
Nome Científico: Trema micrantha (L.) Blume
Família: Cannabaceae
Nomes Populares: pau-pólvora, grandiúva, crendiúva, crendiúba, candiúba,
grindiúba, orinduíba, piriquiteira, taleira, motamba, mutamba, tamanqueiro,
gurindiva, granjuva, seriúva
Sinonímia Botânica: Celtis canescensDecne., Celtis canescens Kunth, Celtis
lima Sw., Celtis macrophylla Kunth, Celtis micrantha (L.) Sw., Celtis
schiedeanaSchltdl., Rhamnus micrantha L., Sponia canescens (Kunth)
Decne., Sponia chichilea Planch., Sponia crassifoliaLiebm., Sponia
grisea Liebm., Sponia macrophylla (Kunth) Decne., Sponia micrantha (L.)
Decne., Sponia peruvianaKlotzsch, Sponia schiedeana (Schltdl.)
Planch., Trema canescens (Kunth) Blume
Descrição: Árvore de até 15 m de altura, com copa globosa e de coloraçao
verde-clara, muito característica. Possui tronco de até 40 cm de diâmetro, com
casca externa pouco áspera, lenticelada, de coloração castanho-acinzentado e
superficialmente fissurada em indivíduos adultos.
Suas folhas são simples, alternas, cartáceas, trinérvias, lanceoladas, ovaladas
ou oblongo-lanceoladas e extremamente ásperas. Apresentam ápice
acuminado, base assimétrica ou cordada, margem serreada e medem 3 a 6 cm
de largura por até 16 cm de comprimento.
As flores, pentâmeras, hermafroditas ou unissexuadas e verde-amareladas,
medem até 4 mm de diâmetro e agrupam-se em panículas axilares.
Os frutos são drupas globosas, lisas e alaranjadas, de até 3 mm de diâmetro.
Citronella paniculata
Nome Científico: Citronella paniculata(Mart.) R.A. Howard
Família: Cardiopteridaceae
Nomes Populares: congonha, pau-de-corvo, pau-de-sapo, falsa-erva, falsa-
congonheira, congonha-verdadeira
Sinonímia Botânica: Citronella paraguariensis (Hassl.) R.A. Howard, Leonia
paniculata Mart., Leretia paniculata(Mart.) Miq., Villaresia paniculata (Mart.)
Miers, Villaresia ramiflora Miers, Villaresia
virescens Miers, Villaresia paniculata var. intermedia Hassl., Villaresia
paraguariensis Hassl.
Descrição: Árvore de até 16 m de altura, com tronco cilíndrico, de 20 a 50 cm
de diâmetro, casca externa grossa, pardo-acinzentada e com fissuras
longitudinais.
Suas folhas são simples, alterno-dísticas, sem estípulas, cartáceas a coriáceas,
elípticas ou oblongo-elípticas, com domácias dispostas nas axilas das nervuras
secundárias, pecíolo canaliculado de até 1,5 cm, 5 ou 6 pares de nervuras
secundárias, margem inteira e ondulada, proximalmente revoluta, ápice agudo
a arredondado, base atenuada e medem de 3 a 7 cm de largura por 7 a 16 cm
de comprimento.
As flores, brancas ou creme-esverdeadas, actinomorfas, diclamídeas e
pentâmeras, agrupam-se em panículas cimosas axilares, com cerca de 5 cm
de comprimento, dispostas nas extremidades dos ramos.
Os frutos são drupas elípticas, lisas, inicialmente esverdeadas e roxo-
enegrecidas na maturidade, com polpa doce e suculenta, medindo cerca de 18
mm de comprimento.
Pode ser confundida com Citronella gongonha, da qual se diferencia por
apresentar margem inteira, sem ápice espinhoso.
Vasconcellea quercifolia
Nome Científico: Vasconcellea quercifolia A.St.-Hil.
Família: Caricaceae
Nomes Populares: mamão-do-mato, mamoeiro-do-mato, mamãozinho-do-
mato, mamãozinho, momoeirinho, iaracatiá, jaracatiá, jaracatiá-sem-espinho,
mamoeiro-do-campo, mamão-macho
Sinonímia Botânica: Carica quercifolia (St. Hil.) Hieron., Carica
bonplandiana Hort., Papaya quercifolia Baill., Carica bonplandiiHort. ex
Solms, Carica lanceolata (A. DC.) Solms, Papaya lanceolata (A. DC.)
Kuntze, Papaya quercifolia (A. St.-Hil.) Kuntze, Vasconcellea hastata (Brign.)
Caruel, Vasconcellea lanceolata A. DC., Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil.,
Descrição: Arbusto ou pequena árvore inerme, lactescente e dióica, de 3 a 8
m de altura, com copa rala e irregular. Possui tronco engrossado na base, de
até 40 cm de diâmetro, com casca externa acinzentada, bastante lenticelada na
fase juvenil e marcada por cicatrizes foliares.
Suas folhas são simples, alternas, membranáceas, glabras em ambas as faces,
pecioladas (até 12 cm), com margem profundamente lobada ou hastada,
raramente inteira, ápice acuminado, truncado ou arredondado, base auriculada
ou cordada e medem de 6 a 12 cm de largura por até 40 cm de comprimento.
As flores, amarelo-esverdeadas e unissexuadas, medem até 1 cm de
comprimento e surgem em inflorescências distintas. As masculinas agrupam-
se em cimas ou racemos axilares e as femininas são solitárias ou dispostas em
racemos axilares paucifloros.
Os frutos são bagas piriformes, angulosas, glabras, medem de 3 a 8 cm de
comprimento e contêm numerosas sementes tuberculadas. Apresentam listras
esbranquiçadas no sentido longitudinal quando imaturos, ficando de cor
amarelo-alaranjado quando maduros.
Caryocar coriaceum
Nome Científico: Caryocar coriaceum Wittm.
Família: Caryocaraceae
Nomes Populares: pequi, piqui, perequeim, periquim, pequiá, piquiá, pequi-
branco, pequi-liso, piqui-da-serra, piqui-brabo, piqui-do-arrisco
Descrição: Árvore de até 15 m de altura, dotada de copa baixa e alargada.
Apresenta geralmente tronco curto e tortuoso, de até 60 cm de diâmetro, com
casca externa grossa, fissurada, de coloração acinzentada e deiscente em
placas irregulares.
Suas folhas são compostas, trifolioladas, opostas e com pecíolo de
aproximadamente 4 cm. Os folíolos são geralmente obovalados, com ápice
obtuso, base assimétrica, margem crenada, glabros e medem de 3 a 6 cm de
largura por até 12 cm de comprimento.
As flores, hermafroditas, polistêmones, longopediceladas e dispostas em
racemos terminais, possuem sépalas geralmente avermelhadas, corola
composta por cinco pétalas branco-amareladas e numerosos e vistosos
estames.
Os frutos são drupas depresso-globosas, com epicarpo coriáceo esverdeado,
mesocarpo carnoso amarelo e endocarpo menos espinescente que
em Caryocar brasiliense.
Caryocar brasiliense
Nome Científico: Caryocar brasiliense Cambess.
Família: Caryocaraceae
Nomes Populares: pequi, piqui, pequiá, piquiá, piquiá-verdadeiro, piquiá-
bravo, pequiá-pedra, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequerim, suari,
petiá
Descrição: Árvore de até 12 m de altura, dotada de copa baixa, alargada e
com ramos grossos. Possui tronco tortuoso, geralmente curto, de 30 a 80 cm
de diâmetro, com casca externa suberosa, fissurada e de coloração
acinzentada.
Suas folhas são compostas, trifolioladas, opostas e longo-pecioladas (até 20
cm). Os folíolos são obovalados a largamente elípticos, com ápice obtuso, base
variável, margem serreada ou crenada, recobertos por pilosidade alvacenta,
principalmente na face abaxial e sobre as nervuras proeminentes, e medem de
4 a 15 cm de largura por até 20 cm de comprimento.
As flores, hermafroditas, polistêmones, longopediceladas, com cálice
esverdeado, corola branco-amarelada, numerosos e vistosos estames, medem
até 8 cm de diâmetro e são dispostas em racemos terminais.
Os frutos são drupas depresso-globosas, com epicarpo coriáceo marrom-
esverdeado, mesocarpo carnoso amarelo-vivo e endocarpo geralmente
bastante espinescente.
Couepia uiti
Nome Científico: Couepia uiti (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f.
Família: Chrysobalanaceae
Nomes Populares: pateira, pateiro, oiti-do-banhado, oiti-do-mato, oiti-do-brejo,
oiti-do-pantanal, marmelada, marmelo-bravo, angelim-do-brejo
Sinonímia Botânica: Couepia dahlgrenii Standl., Couepia martiana Hook.
f., Couepia paraguariensis Hassl., Moquilea uiti Mart. & Zucc.
Descrição: Arbusto ou pequena árvore de 3 a 6 m de altura, com copa larga e
baixa. Possui tronco normalmente muito ramificada desde a base, com casca
externa de coloração castanho-claro. No Pantanal Mato-Grossense é comum
crescendo em touceiras de aproximadamente 5 m de diâmetro. Apresenta
ramos jovens albo-tomentosos.
Suas folhas são simples, alternas ou alterno-espiraladas, coriáceas, oblongas
ou obovado-oblongas, nitidamente discolores, verde-escuras, brilhantes e
rugosas na face adaxial e albo-tomentosas na abaxial. Possuem estípulas
decíduas, ápice agudo a acuminado, base geralmente obtusa ou subcordada e
medem cerca de 3 cm de largura por 5 cm de comprimento.
As flores, bissexuadas, diclamídeas, dialipétalas e polistêmones, apresentam
cálice verde, corola e estames brancos. Agrupam-se em panículas ou racemos
terminais de até 12 cm de comprimento.
Os frutos são drupas ovóides, com epicarpo verrucoso, verde enegrecido na
maturação e endocarpo fibroso.
Fenologia: A floração ocorre de setembro a dezembro e a frutificação de
março a junho.
Terminalia argentea
Nome Científico: Terminalia argentea Mart
Família: Combretaceae
Nomes Populares: capitão-do-mato, capitão, pau-capitão, capitão-do-campo,
pau-de-bicho
Sinonímia Botânica: Myrobalanus argentea Kuntze, Myrobalanus
biscutella(Eichler) Kuntze, Terminalia biscutellaEichler, Terminalia festinata S.
Moore, Terminalia modesta Eichler, Terminalia sericea Burch. ex
DC., Terminalia sericea Cambess., Terminalia subsericea Eichler
Descrição: Árvore de 5 a 15 m de altura, com tronco reto ou levemente
tortuoso, cilíndrico, de até 50 cm de diâmetro, com casca externa pardo-
enegrecida, moderadamente espessa e deiscente em pequenas placas.
Suas folhas são simples, congestas no ápice dos ramos, subcoriáceas,
elípticas a ovaladas, pecioladas (até 2 cm), com margem inteira e ondulada,
ápice agudo ou acuminado, base cuneada e medem até 16 cm de
comprimento. As folhas novas são avermelhadas e argênteo-tomentosas.
As flores, pequenas, amarelas ou amarelo-esverdeadas e actinomorfas,
agrupam-se em espigas capituliformes axilares de até 4 cm de comprimento,
aglomeradas no ápice dos ramos sem folhas.
Os frutos são sâmaras transversalmente oblongas, de 2 a 6 cm de largura, com
ápice emarginado, base cordada, epicarpo fino de cor castanha e expandido
lateralmente formando alas, endocarpo espesso e lenhoso, contendo uma
única semente fusiforme, marron-clara, de aproximadamente 1 cm de
comprimento.
Lamanonia cuneata
Nome Científico: Lamanonia cuneata (Cambess.) Kuntze
Família: Cunoniaceae
Nomes Populares: guaraperê, guaperê, guaraperê-do-campo, açoita-cavalo-
do-campo, açoita-cavalo-miúdo
Sinonímia Botânica: Belangera cuneataCambess.
Descrição: Arbusto ou pequena árvore, de até 6 m de altura, dotada de copa
baixa e alargada. Possui tronco de até 20 cm de diâmetro, comumente
ramificado, com casca externa pardo-acinzentada, fissurada longitudinalmente,
deiscente em pequenas placas e casca interna curto-fibrosa, de coloração
rosada.
Suas folhas são compostas, trifolioladas, opostas, estipuladas e
longopecioladas (até 5 cm). Os folíolos são subcoriáceos, glabros, geralmente
elípticos, com ápice agudo, base atenuada, margem serreada, domácias
pilosas na inserção de quase todas as nervuras secundárias e medem de 2 a 4
cm de largura por até 12 cm de comprimento.
As flores, branco-amareladas, perfumadas, bissexuadas e monoclamídeas,
dispõem-se em racemos terminais e axilares de até 15 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas, de cor acastanhada, com cerca de 4 mm de largura e 7
mm de comprimento, contendo inúmeras sementes minúsculas.
Curatella americana
Nome Científico: Curatella americana L.
Família: Dilleniaceae
Nomes Populares: lixeira, lixa, cajueiro-brabo, cajueiro-brabo-do-campo,
cajueiro-do-mato, sambaíba, ambaíba-de-minas-gerais, sambaíba-do-rio-são-
francisco, caimbé, cambarba, craibeira, penteeira, marajoara
Sinonímia Botânica: Curatella americanavar. pentagyna Donn. Sm., Curatella
cambaiba A. St.-Hil., Curatella grisebachiana Eichler
Descrição: Arbusto ou árvore de até 10 m de altura, com copa tendendo a
globosa e tronco curto e tortuoso, de até 50 cm de diâmetro, dotado de casca
externa suberosa, acinzentada e deiscente em lâminas.
Suas folhas são simples, alternas, elípticas, oblongas ou largamente ovaladas,
coriáceas, muito ásperas, pouco discolores, curto-pecioladas (até 1,5 cm), com
tricomas de sílica na face adaxial, ápice arredondado ou obtuso, base
geralmente obtusa e decurrente, margem levemente serreada e medem de 3,5
a 12 cm de largura por 10 a 22 cm de comprimento.
As flores, com ovário súpero, 4 ou 5 pétalas alvas e estames muito persistentes
nos frutos, medem cerca de 5 mm e agrupam-se em tirsos curtos ou racemos
axilares.
Os frutos são cápsulas septicidas, com valvas internamente vermelhas,
contendo de 3 a 5 sementes, recobertas por arilo alvo e carnoso.
Fenologia: A floração ocorre de junho a agosto e a frutificação de setembro a
dezembro.
Crinodendron brasiliense
Nome Científico: Crinodendron brasiliense Reitz & L.B.Sm.
Família: Elaeocarpaceae
Nomes Populares: cinzeiro-pataguá, árvore-de-brinco
Descrição: Arbusto ou arvoreta, de 1,5 a 5 m de altura, com tronco de até 15
cm de diâmetro. Apresenta casca externa castanho-escura, com manchas
esbranquiçadas e interna fibrosa, de coloração castanho-amarelada.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, dispostas nas extremidades dos
galhos e medem de 0,7 a 1,5 cm de largura por 2 a 3,5 cm de comprimento.
São discolores, verde-escuras na face adaxial e verde mais claras na abaxial,
obovadas, curto pecioladas, apresentam margem crenada e revoluta, base
cuneada, ápice obtuso e são praticamente glabras, exceto ao longo da
nervação e nas axilas das nervuras laterais.
As flores, pouco vistosas, hermafroditas, com ovário trilocular e pedúnculo de
até 2,2 cm de comprimento, possuem geralmente 6 pétalas brancas de 2 mm
de largura por 5 mm comprimento.
Os frutos são cápsulas tri-aladas, glabras, de coloração marrom, com 1,5 a 2
cm de largura por 1 a 2 cm de comprimento. As sementes são elípticas a
ovaladas e medem cerca de 2 mm de largura por 5 mm de comprimento.
Sapium haematospermum
Nome Científico: Sapium haematospermum Müll. Arg
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: leiteiro, leiteira, pau-leiteiro, toropi, sarã, sarã-de-leite,
leiteiro-chorão, carrapateira, fruto-de-gambá, fruto-de-cachorro, mata-ratos,
curupí, pega-pega, burra-leiteira
Sinonímia Botânica: Excoecaria marginata var. stenophylla (Müll.Arg.)
Müll.Arg., Excoecaria tijucensis Müll.Arg., Sapium
biglandulosum var. longifolium Müll.Arg., Sapium
biglandulosum var. stenophyllumMüll.Arg., Sapium gibertii Hemsl., Sapium
linearifolium Hemsl., Sapium longifolium (Müll.Arg.) Huber, Sapium
marginatum var. stenophyllum Müll.Arg., Sapium rojasii H.Lév., Sapium
squarrosum Klotzsch ex Pax, Sapium stenophyllum (Müll.Arg.) Huber, Sapium
tijucense Huber, Stillingia salicifolia Klotzsch ex Baill., Excoecaria
haematosperma (Müll.Arg.) Müll.Arg.
Descrição: Arvore inerme e lactescente, de 4 a 12 m de altura, com copa
irregular, baixa e ramificações pendentes. Possui tronco cilíndrico, curto e
tortuoso, de até 50 cm de diâmetro, com casca externa grossa, fissurada
longitudinalmente, de coloração cinza-enegrecido e casca interna amarelada.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, glabras, subcoriáceas, estreito-
lanceoladas, com ápice e base agudas, margem crenulada e pecíolo de até 18
mm de comprimento, geralmente com 2 glândulas arredondadas e sésseis no
ápice. Medem de 1 a 2,5 cm de largura por 5 a 20 cm de comprimento.
As flores, pequenas, amarelas, apétalas e perfumadas, são dispostas em
espigas terminais de 8 a 14 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas globosas, de cor verde, aproximadamente 10 mm de
diâmetro e contendo até 4 sementes com arilo vermelho em seu interior.
Mabea fistulifera
Nome Científico: Mabea fistulifera Mart.
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: canudo-de-pito, canudeiro, canudo-de-cachimbo,
mamoninha, mamoninha-do-mato, mamona-do-mato
Sinonímia Botânica: Mabea fistulifera Benth.
Descrição: Árvore monóica e lactescente, de até 15 m de altura, dotada de
copa globosa e ramos pendentes, ocos e com pilosidade ferrugínea na fase
jovem. Possui tronco de até 50 cm de diâmetro, com casca externa pardo-
acinzentada, estriada em indivíduos jovens e fissurada em adultos.
Suas folhas são simples, alternas, elípticas a oblongo-elípticas, estipuladas,
pecioladas (até 2 cm), verde-escuras e brilhantes na face adaxial, verde-
amareladas e com uma faixa ferrugínea junto à nervura central na face abaxial,
margem serreada, ápice acuminado, base aguda a obtusa e medem de 2 a 5
cm de largura por até 16 cm de comprimento.
As flores agrupam-se em inflorescências pendentes, paniculiformes e
terminais, funcionalmente hermafroditas, com flores masculinas apicais, mais
numerosas, e flores femininas na base.
Os frutos são cápsulas tricocas, subglobosas, com epicarpo lenhoso,
ferrugíneo e levemente trisulcado, de 1 a 2 cm de diâmetro, contendo
normalmente 3 sementes oblongas, com carúncula, medindo 4 a 6 mm de
largura por até 9 mm de comprimento.
Croton floribundus
Nome Científico: Croton floribundus Spreng.
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: capixingui, tapixingui, capexingui, velame, capoeira-preta,
lixeira, sangra-d’água, sangue-de-dragão, sangue-de-drago, velame
Sinonímia Botânica: Croton maracayuensis Chodat & Hassl.
Descrição: Árvore lactescente de até 15 m de altura, dotada de copa
normalmente rala e irregular. Apresenta tronco de até 50 cm de diâmentro, com
casca externa acinzentada, áspera ou rugosa, lenticelada e escamosa. A casca
interna é amarelo-esverdeada e quando ferida exsuda pouco látex aquoso,
levemente avermelhado ou incolor, de sabor adstringente.
Suas folhas são simples, alternas, elípticas ou elíptico-lanceoladas,
cartáceas, pecioladas (até 3 cm), densamente pubescente, prateadas e com
nervuras proeminentes na face abaxial, apresentam margem inteira, ápice
agudo, base obtusa ou arredondada e medem de 4 a 7 cm de largura por até
18 cm de comprimento.
As flores, unissexuadas e amareladas, agrupam-se em racemos terminais
pendentes de até 30 cm de comprimento, sendo as flores masculinas apicais e
femininas basais.
Os frutos são cápsulas tricocas, inicialmente esverdeadas e verde-amareladas
quando maduras, contendo sementes lisas, oblongas e com carúnculo.
Croton urucurana
Nome Científico: Croton urucurana Baill.
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: sangra-d’água, sangue-de-drago, urucurana, capixingui,
tapixingui
Sinonímia Botânica: Croton paulinianusMüll.Arg., Oxydectes
pauliniana (Müll.Arg.) Kuntze, Croton draconoides Müll.Arg., Oxydectes
urucurana (Baill.) Kuntze
Descrição: Árvore lactescente de 7 a 14 m de altura, dotada de copa rala e
irregular, tronco cilíndrico de até 40 cm de diâmentro, com casca externa fina,
lenticelada, pouco áspera, de cor acinzentada e casca interna de cor
amarelada, que quando ferida exsuda látex aquoso, claro-avermelhado, de
sabor adstringente.
Suas folhas são simples, alternas, cordadas ou oval-lanceoladas,
membranáceas, longopecioladas (até 12 cm), glandulosas na inserção do
pecíolo, com margem inteira, ápice agudo ou acuminado, base obtusa a
cordada, densamente pubescentes, prateadas e com nervuras proeminentes
na face abaxial e ásperas, com nervuras impressas na face adaxial. Medem de
5 a 12 cm de largura por até 20 cm de comprimento. As folhas velhas são
alaranjadas.
As flores são branco-amareladas e agrupam-se em racemos terminais
pendentes de até 40 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas tricocas, recobertas por pilosidade ferrugínea, contendo
normalmente uma semente, globosa e estriada.
Cnidoscolus bahianus
Nome Científico: Cnidoscolus bahianus (Ule) Pax & K. Hoffm.
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: faveleira, favela, favelinha-branca, favela-branca, favela-
brava, favela-de-galinha, favelo-figo
Sinonímia Botânica: Jatropha bahiana Ule, Jatropha
bahiana var. rupestris Ule
Descrição: Arbusto ou pequena árvore espinhenta e lactescente, de até 7 m
de altura, dotada de copa rala e tendendo a corimbiforme. Possui tronco curto,
de até 25 cm de diâmetro, com casca externa castanho-acinzentada. Os ramos
apresentam tricomas urticantes aculeiformes.
Suas folhas são simples, alterno-espiraladas, palmatilobadas (com 3 a 5 lobos)
ou às vezes inteiras e ovaladas, cartáceas, estipuladas, pecioladas (até 7 cm),
com glândulas dispostas geralmente em dois conjuntos no ápice do pecíolo,
tricomas urticantes aculeiformes em ambas as faces, base cordada, margem
sinuosa e denteada, terminando em pequenos espinhos, e medem de 6 a 16
cm de largura por comprimento semelhante.
As flores, unissexuadas, pentâmeras e de coloração branca, agrupam-se em
dicásios subterminais e terminais, de até 7 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas loculicidas e tricocas, globosas, ovaladas ou elípticas,
geralmente recobertas de tricomas urticantes e quando imaturas comumente
são esbranquiçadas. Medem de 7 a 14 mm de largura por até 18 mm de
comprimento e contêm 3 sementes oblongas, de coloração castanho-claro,
com máculas mais escura e carúncula esbranquiçada.
Alchornea sidifolia
Nome Científico: Alchornea sidifolia Müll. Arg.
Família: Euphorbiaceae
Nomes Populares: tapiá, tapiá-guaçu, tapiá-mirim, tanheiro, tanheiro-de-folha-
redonda, tanheiro-gay, tanheiro-peludo, tamanqueiro, iricurana, canela-raposa
Sinonímia Botânica: Alchornea columnularis Müll. Arg., Alchornea
pycnogyne Müll. Arg., Alchornea sidifolia fo. eusidifolia Pax & K.
Hoffm., Alchornea sidifolia fo. intermedia Pax & K. Hoffm., Alchornea
sidifolia fo. pycnogyne (Müll. Arg.) Pax & K. Hoffm., Alchornea sidifoliaKlotzsch
Descrição: Árvore dióica de grande porte, até 30 m de altura, dotada de copa
densa e larga. Possui tronco de até 1 m de diâmetro, normalmente tortuoso,
com casca externa lenticelada, de coloração acinzentada. Os ramos jovens e
as inflorescências apresentam indumento denso-velutino.
Suas folhas são simples, cartáceas, suborbiculares ou obovadas, longo-
pecioladas (até 14 cm), com glândulas na base, 3 nervuras principais, margem
levemente glandulosa-denteada e revoluta, ápice agudo a obtuso e base
truncada ou levemente cordada. Apresentam indumento denso-velutino na face
abaxial, são glabrescentes na face adaxial e medem de 6 a 12 de largura por 8
a 18 cm de comprimento.
As flores masculinas, com estames de até 2 mm, pedicelos de 0,5 a 1 mm e
indumento denso-velutino, formam glomérulos multiflorais e reúnem-se em
panículas axilares de até 30 cm de comprimento. As flores femininas são
sésseis e agrupam-se em espigas axilares de até 25 cm de comprimento.
Os frutos são cápsulas tricocas, elípticas e pilosas, de até 1 cm de diâmetro,
com sementes ovais a globosas, enegrecidas, rugosas e recobertas por
sarcotesta (arilo) vermelha, levemente muricada.