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Cidade Branca
Tel Aviv torna-se
Potosi. Olfert Dapper, cerca de 1673 patrimônio mundial da
1/10 humanidade
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29/11/2017 arquitextos 050.05: Cidades coloniais americanas | vitruvius
Vittorio Corinaldi
050.01
Homenagem à Oscar
Niemeyer, Doutor
Honoris Causa da
Universidad Central de
O Renascimento correspondeu ao período de expansão européia. Nos séculos Las Villas, Cuba
XV e XVI, a expansão marítima e comercial coube às duas nações ibéricas: Roberto Segre
Espanha e Portugal; a partir do século XVII é que outras nações, banhadas
050.02
pelo Oceano Atlântico, iniciam este processo exploratório. São elas:
O sentido do espaço. Em
França, Inglaterra e Holanda.
que sentido, em que
sentido? – 3ª parte
No ano de 1494, o Papa Alexandre VI, estabeleceu a linha demarcatória
Fernando Freitas Fuão
entre as regiões de colonização espanhola e portuguesa. Linha esta que
corresponde ao meridiano, situado a 270 léguas para além das Ilhas dos 050.03
Açores. Uma peça lógica.
Edifício do Grupo
Cronologicamente, a Espanha foi o segundo país a se lançar em sua Itambé, projeto de
expansão além-mar, já que Portugal havia sido o primeiro país europeu a Vainer e Paoliello
reunir condições sócio-econômicas e políticas favoráveis. Vera Luz
050.04
Os espanhóis financiam a viagem de Colombo, que chega ao continente
Maharishi Tower
americano em 1492. Na América, eles vislumbram vastas terras virgens,
Carlos M. Teixeira
palco propício para as realizações urbanísticas utópicas do Renascimento
europeu – possibilidade real de concretização de modelos e planos de 050.06
cidades ideais quinhentistas. Pode-se dizer que o conjunto das Espaço e cotidiano:
realizações urbanísticas nos territórios conquistados eram superiores em fluxos, redes,
qualidade, do que as existentes no continente europeu. freqüências. 1 grão = 1
ticket
Ao contrário dos portugueses, que se deparam a princípio com inóspitos André Teruya Eichemberg
territórios – como a África Meridional –, os espanhóis encontram e Maria Júlia Barbieri
territórios mais propícios à colonização: os planaltos da América Central
050.07
e Meridional. Territórios que abrigavam os povos indígenas mais ricos e
Arquitectura y
desenvolvidos.
indiferencia. Carlos
González Lobo: búsqueda
Precedendo a chegada dos espanhóis e demais povos europeus, o continente
de una arquitectura
americano era habitado por numerosos povos, desigualmente distribuídos e
apropiada
diferenciados entre si por diferentes estágios culturais. Havia desde as
Humberto González Ortiz
sociedades de baixa cultura, como os tapuias, no Brasil, até as de alta
cultura, como os astecas, maias e incas. 050.08
Arquitetura in fluxus
Considerados como portadores de alta cultura, estavam os incas, O corpo como indutor,
localizados na região andina; os astecas, estabelecidos no planalto contaminador e formador
mexicano; e os maias, instalados na Guatemala e na península mexicana de do grande rizoma
Iucatã. Heloisa Domingues Neves
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Politicamente, os maias organizaram-se em cidades-estados independentes, Energia eólica
enquanto os astecas e os incas estruturaram-se em impérios centralizados, Eliete de Pinho Araujo
sendo a centralização mais rígida entre os incas: o Inca ou Imperador,
050.10
considerado como encarnação viva do Sol, era o chefe militar, religioso e
O projeto como
civil do Estado. A centralização do Império Inca era assegurada por meio
investigação
de aperfeiçoada rede de estradas, emprego de numeroso exército,
científica: educar pela
existência de hierarquizado sistema administrativo e evoluídas técnicas
pesquisa
de produção. O Império Asteca não chegou a completar a sua evolução
José Carlos Campos e
porque foi conquistado pelos espanhóis.
Cairo Albuquerque da
Silva
Estas sociedades eram quantitativamente numerosas e rigidamente
hierarquizadas. Os incas, por exemplo, constituíam a aristocracia
dirigente, cabendo-lhe organizar a produção que era realizada por
populações vencidas e distribuídas em ayllus (comunidades aldeãs) aos
quais se atribuía o cultivo da terra, a criação de animais, a mineração e
obras diversas: terraceamento e canais de irrigação. As aldeias pagavam
tributos e a aristocracia planejava e dirigia a produção.
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a chamada Lei das Índias. Com esta lei, torna-se possível uma associação
entre os princípios idéias renascentistas, as influências do Tratado de
Vitrúvio e as realizações concretizadas na América. Na verdade, a Lei de
Filipe II, não fez mais do que consagrar a planta ortogonal, que na
prática já estava sendo realizada.
A partir dos quatro pontos médios dos lados, que compõe o perímetro
da praça, deveriam sair quatro ruas principais. E os quatro ângulos
da figura geométrica deveriam originar duas ruas cada;
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ficariam expostas aos quatro ventos principais (regra oriunda do
Tratado de Vitrúvio);
As oito ruas que desembocam nos quatro ângulos da praça não poderiam,
de forma alguma, ser obstruídas pelos mencionados pórticos;
As ruas deveriam ser largas nas zonas frias e estritas nas regiões
quentes. Nas áreas que necessitam de defesa, as ruas deveriam ser
largas para permitir o acesso aos cavalos;
A igreja deveria estar situada numa área com topografia elevada, para
que os fiéis tenham que subir bastante para alcançá-la;
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América possui características próprias originais, que Leonardo Benevolo
traduz da seguinte forma:
Observamos que apesar de não ter havido grandes exigências estéticas nas
novas cidades da América Central e Meridional, houve, no entanto, uma
clara definição quanto ao que deveria ser o coração vital da cidade, em
torno da Praça Maior. Esta praça central regular era o interesse
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principal dos traçados urbanísticos. Este centro cívico e os edifícios
monumentais que o rodeiam conferiam identidade a estas cidades e também
causavam – e causam ainda hoje – forte impacto.
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original estilo, substituindo-o por outro desproporcionado, com falta de
encanto, sem unidade nem sentido. As Leis das Índias, de acordo com a
estética do Renascimento, aconselham que todas as casas da cidade sejam
da mesma forma, isto é conservem uma grande unidade. Até há pouco eram
assim as cidades hispano-americanas grandes e pequenas, um legado de
unidade, harmonia e graça que, hoje, só podemos imaginar revendo as
velhas litografias e um ou outro daguerreótipo amarelecido” (4).
notas
1
GOITIA, Fernando Chueca. Breve história do urbanismo. Lisboa. Editoral
Presença. 4ª ed., 1982.
2
BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. São Paulo. Editora Perspectiva. 3ª
edição, 1997.
3
Idem, ibidem.
4
GOITIA, Fernando Chueca. Op. cit.
bibliografia complementar
AQUINO, Rubim Santos Leão; ALVARENGA, Francisco Jacques Moreira; FRANCO, Denize
de Azevedo; LOPES, Oscar G. Pahl Campos. História das sociedades. Rio de
Janeiro. Editora Ao Livro Técnico S/A, 1978.
sobre o autor
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