JOAN AMADES

EL CUENTO
I LA
LITERATURA DE C O R D E L
C O N T R I B U C I O N A L O S ESTUDIÓS UNIVERSALES DEL C U E N T O

Separata de
REVISTA DEL CENTRO DE LECTURA
01
Cuarta època n . 77-101

REUS
1960

Generalitat de Catalunya
D e p a r t a m e n t d e Cultura
1
Ceo·re d e D o c u m e i ' a c i ó R e c e r c a
d e la Cultura Tradicional i Popular
 eL cuenTO
Y LO LIT6RGTURQ D6 CORDCL
(Contribución al estudio universal del Cuento)

La relación del cuento y de la l i t e r a t u r a de cordel, es evidente. E n u n o s

casos la l i t e r a t u r a se h a c e eco del c u e n t o y en otros éste influye a a q u e l l a .
T r a t a r e m o s s o m e r a m e n t e de los dos aspectos l i m i t à n d o n o s c o n c r e t a m e n t e a
los cuentos de a n i m a l e s .
Cicló del grillo y del león
E l cuento de la pelea del león y el grillo, se la h a l l a catalogada en los
registros u n i v e r s a l e s del c u e n t o s e n a l a d o con el n ú m e r o 222 ( l ) . E s bien cono-
cido en la novelística t r a d i c i o n a l c a t a l a n a ; lo publica B e r t i à n y Bros en su
Rondallari, (2) y n o s o t r o s en n u e s t r a Rondallística (3). L a L i t e r a t u r a de cor-
del glosó el t e m a en u n r o m a n c e del que n o s s o n conocidas v a r i a s ediciones
que y a se e s t a m p a b a en el siglo X V I I I . V e a m o s el d o c u m e n t o .

A t i e n d e t o d o el orbe, pisó u n grillo, que c a n t a n d o

sin perder p u n t o n i p a s o , estaba con a r m o n í a ,
escucbando a boca abierta, sirena de aquellos c a m p o s .
y los oídos t a p a d o s . V i é n d o s e el b u e n o del grillo
Q u e con esta calidad, del león t a n l a s t i m a d o ,
A n d r é s de P o r r a s T r e n l l a d o t a n pisado y a b a t i d o ,
les d i r à dos m i l verdades, colérico y e n o j a d o
a u n q u e vestidas de e n s a y o . Le dijo: i c ó m o a t r e v i d o ,
Mil m e n t i r à s afeitadas, t r a i d o r , pérfïdo y v i l l a n o ,
y embelecos e s t r e m a d o s : embustero sodomita,
a l fin c o n t a r é u n a h i s t o r i a p a l a q u i n de oficio bajo,
de p a s a t i e m p o y regalo. A l rey de las s a b a n d i j a s
D e placer y de alegria, t r a t a s c o n tal desacato?
que h a sucedido en el a n o Volvió el león la cabeza,
de cien m i l y nuevecientos, y como n o h a c i e n d o caso,
pasados noventa y tantos. Le dijo: i q u i e n eres tú,
E n la fresca A n d a l u c í a , pobre esguizaro cuitado?
en los a b u n d o s o s c a m p o s bachiller y m a l a n d r i n ,
de la ilustre A r a b i a n a , cascarria de culo canto?
y cristal de G u a d i a t o . Dices q u e de s a b a n d i j a s
U n d o m i n g o de m a n a n a eres rey: d o n o s o caso!
se iba u n león p a s e a n d o , N o te d e s b a g a s por cierto
por u n a c a n a d a a r r i b a , de t a n b o n r a d o s v a s a l l o s .
algo e n f e r m o y m a l t r a t a d o , Y o si que soy rey s u p r e m o
porque u n a gran calentura de los a n i m a l e s b r a v o s ,
le tiene m u y acosado. que en l a tierra l i b r e m e n t e
Y a n d a n d o de aquesta s u e r t e campa mi nombre enzalsado.

(1) A n l t i A a r n e ' s . St. T h o m p s o n . The tipes oi the folk-lalo. H è l s i n k i . 1 9 2 8 . p . 39.

(2) P a u B e r t r a n i B r o s . El Rondallaire Català- B a r c e l o n a , 1909, p . 353.
(3) J o a n A m a d e s . Rondallistica. V o l . I d e « F o l k l o r e d e C a t a l u n y a » . B a r c e l o n a , l 9 5 o , p . 622.

1
 E l grillo con g r a n d e enojo,
r e m o r d i é n d o s e los labios,
le dice: pues eres rey
t a n s u p r e m o y t a n bizarro,
para m a n a na en la t a r d e
convocaràs t u s vasallos,
M i e n t r a s yo b a g o lo m i s m o
con m i s fuertes africanos,
y saldremos a batalla,
cuerpo a cuerpo y brazo a b r a z o .
D i j o el león: soy c o n t e n t o ,
d o y m e por desafiado:
y sin detenerse u n p u n t o ,
parte m a s recio que u n r a y o .
C o r r i d o de ver que u n grillo
a c a m p a n a le h a retado,
fuése a su corte, y allí
que I l a m a s e n , h a m a n d a d o ,
A s u general valiente,
que es u n borrico e s t r e m a d o ,
u n a s n o con m a s orejas
que la torre de s a n P a b l o ,
A b i e r t a s a m b a s narices,
m a s cabeza que u n penasco,
bien f o r n i d o de sus m i e m b r o s ,
g a l a n , discreto y b i z a r r o ,
Y de l i n d o e n t e n d i m i e n t o ,
m u y a m o r o s o en su t r a t o ,
el cual puesto en la presencia
del león, así le h a h a b l a d o :
i Q u é se te ofrece, senor?
que a q u í estoy a t u m a n d a t o .
E l león le dijo: A m i g o
b u e n general a f a m a d o ,
Sabràs que u n mal sabandijo,
que da vergüenza el n o m b r a r l o ,
a t o d o s n o s desafia,
atrevido y d e n o d a d o .
A p e r c í b a s e la guerra,
convóquese todo el c a m p o ,
t r e m o l e n los e s t a n d a r t e s ,
los t a m b o r e s r e s o n a n d o .
Díjole el borrico entonces:
O b e d e z c o tu m a n d a t o ;
despidióse, y luego al p u n t o
m a n d ó tocar los p i f a n o s .
A c u d e n los a n i m a l e s ,
como valientes soldados,
acude el valiente tigre,
el ciervo, el oso, el v e n a d o .
E l j a b a l í , el elefante,
el lobo, el g i m o , el c e n t a u r o ,
2
la corsa, el puerco espin,
el m a s t i n , el d r o m e d a r i o .
L a liebre, el conejo, el m o n o ,
el mico, el t o r o , el caballo,
el camello y la oveja,
el tejon, g u a r d u n o y g a t o ,
E l cerdon, el p o t r o y m u l a ,
el r i n o c e r o n t e y g a m o ,
el grifo y el u n i c o r n i o ,
carnero, borrico y m a c h o .
J u n t o el ejército t o d o ,
puesto en ó r d e n t o d o el c a m p o ,
e n v i a r o n a la diestra z o r r a
por espia del c o n t r a r i o .
Y ella orgullosa en estremo,
fuése a u n cerro, y de lo a l t o
vido como el grillo a n d a b a
su ejército c o n c e r t a n d o .
Vido acudir sabandijas
de t o d o lo c o m a r c a n o ;
la culebra, el s e r p e n t i n ,
la víbora, el l a g a r t o ,
E l l i r o n , la comadreja,
la l a g a r t i j a , y el s a p o ,
la a r a n a y el escorpion,
c u r i a n a y escarabajo.
E l s a p i l l o y el r a t ó n ,
la h o r m i g a y el gigarro,
el ciento pies y a l a c r a n ,
la t a r à n t u l a a caballo.
E l t à b a n o y el m o s c a r d o n ,
y la abeja y el g u s a n o ,
J u n t o el ejército t o d o ,
m a n d ó el grillo echar u n b a n d o
Q u e toda la gente s u y a
se recoja al s a g r a d o
de u n c a n u t o , p o r q u e quiere
dejarlos allí e n c e r r a d o s ,
Q u e como es gente de c h u s m a ,
temé le dejen b u r l a d o :
e n c e r r à r o n s e l a s moscas,
los m o s q u i t o s se e n c e r r a r o n ,
L a s m o s c a r d a s , las a v i s p a s ,
y t o d o el d e m à s g a n a d o ,
y la z o r r a desde el cerro
t o d o lo estaba m i r a n d o .
V i e n d o gente t a n pequena,
dijo en s u pecho b u r l a n d o :
p a r a t a n vil gente y o
solo, sin c o m p a n í a , b a s t o .
 Fuése d o n d e el grillo estaba,
y le dijo: A n d a , m e n g u a d o ,
icon tal vil gente pretendes
competir el fuerte b a n d o
del león, que en fortaleza
excede a l m u n d o abreviado?
A h o r a veràs, dijo el grillo,
si m i s valientes vasallos
p o d t à n con el m u n d o entero
medir s u invencible b r a z o .
D i c i e n d o estos desarranca
de t à b a n o s tres o c u a t r o ,
con o t r a s t a n t a s a v i s p a s ,
y e n d e r e z a n como u n r a y o
C o n la z o r r a , y ella v i e n d o
que n o puede desecbarlos,
parte como u n t o r b e l l i n o ,
dàndose a cuatro mil diablos,
y sindetenerse u n p u n t o ,
se b a l a n z a d o en G u a d i a t o .
Y desque se vido libre
de t a n penosos c o n t r a r i o s ,
se salió l a pobre zorra
con todo el bocico h i n c h a d o .
Y se h a s u b i d o en u n cerro,
e s c a r m e n t a d a del caso,
y desde allí vió que el grillo
con su gente se h a llegado
a d o n d e el león estaba
p o n i e n d o en órden su campo.
V i d o como a la b a t a l l a
del u n o y el otro b a n d o
hacen la sena, y q u e todos,
t a n fuertes como b i z a r r o s ,
se e m b i s t e n u n o s a o t r o s
con coraje e n d e m o n i a d o .
L a s fuertes culebras t i r a n
cruelísimos z a r p a z o s ,
y los tigres u n a r a d a s ,
g r a n d e s bocadas los a s n o s .
M a s como s o n t a n valientes
l o s leones africanos,
de la s a n g r i e n t a b a t a l l a
llevan lo mejor del c a m p o .
3
V i e n d o el grillo q u e su gente
va vencida del c o n t r a r i o ,
con u n a n i m o invencible
fué d o n d e estan encerrados
Los tàbanos y moscardas,
y todo el d e m à s g a n a d o ,
d a n d o a t o d o s puerta franca,
y a n i m à n d o l o s al caso.
F_llos q u e se vieron s u e l t o s ,
como u n o s leones b r a v o s
embisten f u r i o s a m e n t e ,
por t o d a s p a r t e s p i c a n d o .
V i e n d o la n a c i ó n j u m e n t a
que la mosca en t a n t o g r a d o
la persigue, que parece,
que el viento se h a d e s a t a d o .
E,n llover gente m e n u d a ,
se recogen el s a g r a d o
de los pies, que en la ocasión
alas al viento p r e s t a r o n .
Y a g u z a n d o las orejas,
t i r a n d o pedos, y el r a b o
esgrimiendo a t o d a s partes,
v a n que los lleva el d i a b l o .
L·l león con g r a n d e enojo,
iracundo y blasfemando
del i n f a m e de su padre,
les dijo a voces: ivillanos,
i c ó m o u ï s de aquesta suerte,
gente vil de bajo trato?
l·Lstando en estàs p a l a b r a s ,
veinte a v i s p a s h a n llegado,
y cercàndole e n t r e t o d a s ,
la pellica le h a n s o b a d o .
M a s viéndose perseguido,
y que es defenderse en v a n o ,
p a r t e h u y e n d o con s u gente
que se va d e s c u a d r i l l a n d o .
L a z o r r a de u n a l t o cerro,
les dice: A l a g u a , soldados;
t o m a n ellos el consejo,
y en el río se h a n e n t r a d o .
D à n d o l e al grillo la p a l m a :
y A n d r é s de P o r r a s T r e n l l a d o
de este r o m a n c e b u r l e s c o
pide p e r d o n al s e n a d o .
 L a l i t e r a t u r a de cordel reusense ver- L o G r i l l b u t e n t per allí
tió este d o c u m e n t o al c a t a l à n por m e - com u n q u e crida «socorro»
dio de la p l u m a del versista ochocen- de u n brinco li puja al m o r r o
tista J o a n Ferrer, m a s conocido por el dient: « C o m p a n y socb a q u í .
Q u e r i , (5) a u t o r de profusa l i t e r a t u r a V o s a m i me'u trepitjat
de este genero. Dice así la versión de y y o a vos n o ' s feya ré,
Reus. y pochs r u m a n s u s , vull sabé
U n grill q u e era mes b o n i c h p e r q u è me'u e s g a r r u n a t » .
de t r e n t a mil m i l i o n s ,
t o d a s l a s seves c a n s o n s Y com u n q u e res l'arredra,
eran sempre, que era rich. obrí la boca'l Lleó,
Lo G r i l l que s a l t a de pó
C o m t e n i a pó dels gossos y's fica sota u n a pedra.
i t a m b é de la q u i t x a l l a ,
se a m a g a b a per la palla D i u lo Lleó, satisfet,
o be sota dels terrossos. a b u n n a s com u n a p i n y a :
«ola, t a n petit m o u s t i n y a
C u a n n o sentia soroll s u r de a q u í sota x i m p l e t .
n i ' l perseguien xicots,
ne pegaba cuatre bots H a s de saber d o n c b s x a b a l
y se a m a g a b a al rustóll. n i que't veigi t a n tossut,
L o s xicots q u e son travells que jo soch rey a b s o l u t
lo e m p a i t a v e n sens deixarlo per sé'l més fiero a n i m a l .
y ab u n a llosa posarlo Y t o t s me b a u de creure a mi
per pogué agafà als aucells. b a b e u de a b a i x a r l'orgull,
Y al veures t a n perseguit s'ha de fer tot lo que y o vull
sens pogués assosegà y per forsa h e u de cumplí»
escaparse p r o c u r à D i g u é ' l G r i l l : « Q u e la s a b s
al p u n t de la mitja nit. llarga...
P a s s à n boscos y m o n t a n y a s T u que ets rey dels a n i m a l s ;
després parà son camí, J a h o veig, com mes g r a n s , mes a l s
y cansat, se va a d o r m í y sou b o n s per p o r t a r carga.
a u n a s terras m o l t e s t r a n y e s .
U n a volta q u e tu ets rey
A l t e r r e n o que dicb j o de tots els a n i m a l s g r o s s u s ,
poca gent si passejaba, tinch gent per r o m p r e t los ossos
perquè allí sols b i b a b i t a b a y't vull aplicà la lley.
u n h e r m ó s y gros Lleó.
A v u i soch lo F m p a r a d ó
C o m a rey dels a n i m a l s de u n s a n i m a l s que volen
a n a v a tot e n t o n a t , y cregas que no t r e m o l a n
passajava ab m a g e s t a t si'es presenta u n a cuestió.
per aquells e n d u r r i a l s .
S e n s p e n s a r lo que es perill Y si't creus q u e de la t e r r a
va b r a m à alli u n a micota t u h a s estat lo mes v a l e n t ,
y de seguit posà la pota p o r t a r é la meva gent,
a d a m u n t m a t e i x del G r i l l . y tots te farem la g u e r r a » .
L o G r i l l q u e diu: «Ioy! correu...» C u a n lo G r i l l va h a v é a c a b a t
Se a p a r t a u n poc lo Lleó; de u n discurs t a n català,
y'l G r i l l , que a b m a l a i n t e n c i ó lo Lleó va contestà
diu: «mestre i q u e n o b i veyéu?» molt rabiós y enfadat:
L o lleó vinga m i r a r « Q u e poca vergonya tensl
per veure q u i li p a r l a v a Q u e h a s vist pocas a v e n t u r a s l
y veyén que no'l t r o b a v a T o t s sou unas criatures
va t o r n à p r o m t e a b r a m a r . t a m b é t ú com los que t e n s .

(5) Romanso nou. Mes nou que'Is vells, de un combat que varen tenir an Lleó y an Grill. Retis. t. I.

4
 Q u e fareu sis b a r e l l é m
tenit jo g e n t esforsada?
i N o veus que a b u n a x u c l a d a
a tots al h o r a vos menjem?
P e r que te'n vaigis te i n s u l t o :
tots los teus n o valeu ré,
vesten d' aquí, p a t a r r é
que n o u veus que n o fas b u l t o ?
L o G r i l l que pega tres b o t s
y puja d a l t de u n e s p a r t
y diu: ves Lleó covart,
que jo u s desafio a tots.
Demà tornaràs aqui
j u n t a b tots l u s teus p a l l a s s o s ,
y a q u í ens x a f a r e m els n a s s o s :
apa n o y y a pots fugi.
J o cridaré t o t s los m e u s
y a q u í t a m b é f a r e m cap
y a las horas a tot trap,
qui p o d r à g u a n y a r més creus.
T o t e n f a d a t lo L l e ó ,
li va dir b a s t a n furiós:
«Donchs q u e d e m així; adios»
y va tocar p i r a n d ó :
Lo G r i l l es posà a c a n t a r
tot alegre y m o l t c o n t e n t ,
y en aquell m a t e i x m o m e n t
a tots los seus v a cridar.
V a n acudir r a t o l i n s
deixant cada cual se casa:
van a c u d i r moscas d'asa
vespas y t a m b é c o h i n s .
V a n a c u d i r las s i g a l a s ,
també y v a n a n a r t a b a n c h s ,
serps, l l u h e r s y fins lo c r a n c h s ,
y mosquits que p o r t a n a l a s .
Y tres o q u a t r e m i l mes
de tots los de aquesta rassa
y allí a b m o l t a de catxassa
se va r e u n í ' l congrés.
Lo G r i l l va c o m e n s à a dí
tot lo que h a v i a p a s s a t
ab aquell Lleó m a l v a t
y tots li v a n dir q u e sí.
Q u e sols constés a la h i s t o r i a
las desgracias y la sort
que's b a t i r i e n a m o r t
fins a l c a n s a r la victorià.
V a n q u e d a r per l ' e n d e m à
tot aquell m u n t de q u i x a l l a ,
per comensar la b a t a l l a
c o n t a n t molt segú g u a n y à .
A l dia s e g ü e n t de a i x ó .
(com que eren b a s t a n t f o r m a l s ) .
T o t s quells g r a n s a n i m a l s
van tenir reunió.
C o m a presumit y curro
n i h a v i a u n gat m a s q u é ,
j u n t a m b u n gos perdigué,
u n tigre, u n bou y u n b u r r o .
U n a cabra, u n a guineu,
u n llop, y t a m b é u n m o l t ó ,
l u porch, t u s i n o y bacó,
y dels altres n o u u deu.
L o Lleó's posà a b r a m a r
com aquell q u e vol tossir,
y en s e g u i d a ' s posà a di...
Sens saber com c o m e n s a r .
« O l a xich sou p u n t u a l s ;
S a b r e u com en eixa terra
h a n declarat la g r a n g u e r r a
als mes grosos a n i m a l s .
N o h i h a por de cap perill
perquè n o son cassadors,
los q u e ' n s v o l a n se t r a i d o r s ,
tots son q u i t x a l l a y u n G r i l l .
A q u e i x es lo capità
de aquesta revolució,
y us dich a fé de L l e ó
q u e la t i n d r à de p a g à ,
Q u e esteu ben desidits
a embestirlos sens pietat
y acabarlos aviat
o veurels tots d e s t r u i t s .
Y estan ell p a r l à n així
se v a n posà a g r i n y o l a r ,
t i r a n t xiscles y b r a m a r ,
y t o t s volguen dir que si,
V a di: B u e n o d o n c h s a v a n t
t ú que ets v a l e n t g a t m a s q u é
ves al d a v a n t per lluigé
y'ls altres, a n e u m a r t x a n .
C o m q u e desitju s a l v à s
perquè jo s'estimo m a s s a ,
a n i r é a b m o l t a catxassa
q u e d à n t m e sempre al detràs.
Y cuidado a l que t r e m o l i ,
siga'l b o u , siga la m u l a
perque'l p r i m e r q u e recula
ja pot dí q u e h a b e g u t oli.
 L o gat m a s q u é que s ' a v a n s i
a descubrí a l e n e m i c b ;
si sents c a n t a r y s e n t s «rich»
e m b e s t i r l o fins que's cansi.
A p a noys, tots caminant...
U n i t s t o t s q u e ' s m e s segú,
n o deu cuartel a n i n g ú ,
que'lls t a m p o c b n o sent d a r a n .
T e n t la b a n y a p r e p a r a d a
t u b o u q u e vas ben a r m a t ;
al q u e veigis e s p a n t a t
clàvali a l cul la b a n y a d a .
T ú m u l a , qu'ets b o n a mossa
y ets b o n a per j u g à al j u l i ,
al que veigis que reculi,
pégali u n a b o n a cossa.
L o s demés lo q u e p u g u e u
t e n i u de fer sens r e p a r à ,
y si acàs traició b i h a
h o p a g a r à la g u i n e u .
V u l l que tots sigueu v a l e n t s
ja que s o m g r a n s bestiotas,
lo q u e n o p u g u i ab las p o t a s
q u e si giri h a s t a ab les d e n t s .
La esplicació ja u s h à y fet,
a n e m a b u s e a r la glòria,
t o t s h e m de q u e d a r ab victorià
m a r c h e m . . . au, t i r e m a l dret».
A n t e s ells n o b a r e n sé
p r o p del c o m b a t p r e p a r a t ,
ya veihan vení espantat
a t a l v a l e n t gat m a s q u é .
T e n i a tres moscas d'asa
j u n t a s a n o p o g u é mes,
a f e r r a d a s s o t a 1 sés.
F u g i n com q u i sen va a casa.
N o p u g u e n t assosegar
y veyentse a t o r m e n t a t ,
m i t j m o r t y desesperat
d i n t r e u n r i u es v a t i r a r .
6
L o s altres veyen a l l ó
u n s ab altres se m í r a b a n ,
jo n o se si s ' e s p a n t a b a n
o es q u e t e n i a n p ó .
Lo Lleó b a s t a n t c r e m a t ,
m o l t curiós y decidit,
al m o m e n t los pegà u n crit
dientlos: « i Q u i s'ha e s p a n t a t ?
T i r e u e n d e v a n t cobarts:
si h a fuigit lo g a t m a s q u é
v o s a l t r e s q u e ' n h e u de fe?
G a n d u l s , d r o p u s , mes que farts.
L o que h a fet ja h o p a g a r à
o j u r o a fe de L l e ó
si ell se vol fe agafà pó
n o se'l h a v e u de escoltà».
Y v a n t seguir son c a m í
a veure a q u e s t a j o r n a d a
tots ab la boca b a d a d a
y al p u n t de volgué e m b e s t í .
A l moment u n gran bruigit
de moscas y de m o s q u i t s
y a me'l va deixà a t u r d i t s
y se'ls a c a b a b a el pit.
S u r t a n l a s vespas y a b e l l a s
los tabanchs, ratas pinyadas,
s e n s p a r à de d à picadas
als seus m o r r o s , cul y orellas.
A l l i lo g r a n desespero
de cossas, grits y g r i n y o l s ,
allí ab dos m i n u t s t a n sols,
tot deu b a l l a b a el b u l e r o .
U n a vespa de fibló
se va ficà al n a s de u n ruch...
A i x ó , esplicaro n o p u c h ,
p e r q u è n o te esplicasió.
D e cossas n e va tirà...!
D e b r a m s y pets n e v a fé...!
H a s t a ' l s seus va fer m a l b é
n o p u g u e n assosegar.
Los lluners y ratolins,
v a n p e n s à en a q u e l l a ocassió:
«las aurelles del L l e ó ,
s o n b u i d a s , fiquemsi a d i n s » .
 U n a serp de cascavell
que's bèstia que ab la po m a t a
va servirli de corbata
cargolanse pel coll d'ell.
iPobre Leól Jcom plorabal
m e n t r e s b r i n c a b a u n pollí
deya! t r e u m e a i x ó d'aquí
que casi n o p u c b dir fava.»
P e r o ca, tot deu fugia
n i n g ú estaba assossegat
y tots per acabà a v i a t
v a n deixar la c o m p a n y i a .
L o G r i l l que tot satisfet,
de aquell c o m b a t t a n gloriós,
va puijà d a l t d ' u n t u r r ó s
y va dir «Escolta Lleó.
J a b o v e u s , com mes g r a n s mes
ruchs
ja ú p o t s t e n i a la m e m ò r i a
qu b e m a l c a n s a t la v i c t o r i à
los a n i m a l s m e s p e r u c b s .
L o L l e ó ple de fibladas,
ne va tocar p i r a n d ó :
Ves q u i o diria, u n Lleó
n o p u g u e s girà a m u s a d a s .
Y de aquell cas, t a n b o n i c b
que'l G r i l l ja m a y més s ' e s p a n t a ,
Y per a i x ó s e m p r e c a n t a
sens p a r a r «ricb, rich, rich, rich».
E l cuento u n i v e r s a l c u e n t a con otro
curioso d o c u m e n t o de esta p r ò p i a ca-
tegoria de la l u c h a del poderoso contra
el dèbil, r e s u l t a n d o el fuerte b u r d a -
m e n t e vencido a n t e la m a n a del adver-
sario. E s t e d o c u m e n t o es m à s complejo
en su a r g u m e n t o ; los p r o t a g o n i s t a s de
p r i m e r a fila s o n otros y m à s n u m e r o -
sos. E l lobo y el oso i b a n de paseo, el
oso percibió el gorgeo de u n o s r e y e z u e -
los que n o h a b í a n s a l i d o a u n del n i d o ,
l l a m ó l e la a t e n c i ó n el m u r m u l l o y el
lobo le dijo que se t r a t a b a n a d a m e n o s
que de los hijos del rey de los p à j a r o s .
E l oso s i n t i ó s e picado p o r la curiosi-
dad, m a n i f e s t a n d o deseos de c o n t e m -
p l a r el real palacio del r e y de l a s aves.
A I ver aquel m e z q u i n o n i d o p r o r r u m -
pió e n careajadas que i n d i g n a r o n al
reyezuelo q u e se s i n t i ó u l t r a j a d o en s u
h o n o r real y a n t e t a m a n a ofensa reto
al g r a n oso. E s t e l l a m ó en su a y u d a a
todos los c u a d r ú p e d o s , m i e n t r a s el re-
7
y e z u e l o la requeria de t o d o s los a l a d o s ,
aves e insectos. E l oso convoco u n a
m a g n a a s a m b l e a a s i s t i d a por todos los
a n i m a l e s de pelo. U n a n i m e m e n t e fué
considerada la z o r r a como la m à s a s -
t u t a de entre todos los congregados y
fué n o m b r a d a general y confiàndosele
la dirección de la b a t a l l a . H a b l ó la
z o r r a y e x p u s o que s u cola serviria de
b a n d e r a . M i e n t r a s la t u v i e r a en alto
t o d o s d e b í a n l a n z a r s e fieramente al
a t a q u e . Si h u b i e r a peligro, b a j a r í a la
cola y sàlvese quien p u e d a . Llego a
oídos del reyezuelo la r e u n i ó n de los
p e l u d o s y acto seguido m a n d ó a la
curruca, que es el m à s p e q u e n o de los
pajarillos, p a r a q u e espiarà los p l a n e s
t r a z a d o s . U n a vez e n t e r a d o de los
acuerdos de los c u a d r ú p e d o s , el r e y e -
zuelo m a n d ó a l t à b a n o p a r a que sin
pérdida de t i e m p o picarà a la zorra
debajo de la cola en c u a n t o esta la le-
v a n t a r a . E l t à b a n o c u m p l i ó fielmente
la m i s i ó n confiada y la z o r r a al s e n -
tirse h e r i d a en t a n delicada p a r t e , bajó
p r e c i p i t a d a m e n t e la cola p r o v o c a n d o
u n a vergonzosa d e s b a n d a d a de sus
h u e s t e s , con la consecuente victorià de
los volàtides (6).
L o s h e r m a n o s G r i m m (7) a n o t a r o n
este cuento de la t r a d i c i ó n g e r m à n i c a
y figura r e g i s t r a d o en el índice u n i -
versal de c u e n t o s con el n ú m e r o 222(8).
U n c u e n t o etiológico sobre el origen
del m u r c i é l a g o refiere a s i m i s m o u n
episodio de la l u c h a entre los a n i m a l e s
de pelo y los de p l u m a , según el cual
el referido m a m í f e r o era u n precioso
p à j a r o , pero al ver que l a s aves lleva-
b a n l a s de perder p a s ó s e a l b a n d o
enemigo por c u y a traición fué castiga-
do por el S e n o r a n o ser n i de u n o s n i
de otros y h e a h í p o r q u e tiene alas
cual los pàjaros y m a m à s cual los m a -
míferos y n o està cubierto n i de pelo
n i de p l u m a . (9).
(6) Contada por Caterina Cordomí, pasamanera
y eestera, de Barcelona (l92l).
(7) Cuentos completes de los hermanos Grimm.
B a r c e l o n a , 1957, p . 3 6 3 .
(8) Antti Aarne's. St. Thompso,. Obra citada,
p. 39.
(9) Joan Amades. Romdallistica. Y a citada, p.
921.
 Cicló del g a t o y los r a t o n e s A l t e m p s de M a r i a C a s t a n y a ,
que tres cents a n y s a n p a s s a t ,
E s así m i s m o u n i v e r s a l y E s o p o y a l l a v o r a s va neixe u n g a t
los glosa en u n a de s u s f à b u l a s ( í o ) . que el v a a d m i r a r mitja E s p a n y a
E n n u e s t r a s b ú s q u e d a s de l i t e r a t u r a
t r a d i c i o n a l y o r a l n o s h a sido referida S o n p a r e fou gat dels frares
n u m e r o s a s veces la s i m p l e n a r r a c i ó n sa m a r e u n a gata m o i x a
de u n gato q u e a s t u t a m e n t e se h i z o el que a n a v a u n a mica coixa
nauerto con lo que provoco el j u b i l o v e t a q u i q u i e r a n sos pares.
de las r a t a s q u i e n e s o r g a n i z a r o n u n
s o l e m n e e n t i e r r o de su g r a n e n e m i g o , Sa mare quant gatinà
el que en plena ceremonia se l a n z ó s o - ne va fe de sis a set,
bre ellas c a u s a n d o g r a n estrago ( l l ) . i a q u e i x que era t o t negret
L a s i m p l i c i d a d del a r g u m e n t o y el del era el que sol va q u e d à .
c o n j u n t o del d o c u m e n t o es t a n t a que
n o llegamos a c o n s i d e r a r l o como u n A l s altres g e r m a n e t s seus
c u e n t o y n o lo i n c l u í m o s en n u e s t r a s t o t s l o s v a n tirà a la b a s s a ,
colecciones h a s t a a h o r a p u b l i c a d a s , i està clà; com que e r a n m a s s a
pero lo referimos en u n a obra inèdita no van vulgué tans hereus.
sobre c u e n t o s isópicos (l2). D e n u e s t r a
m i s m a o p i n i ó n debieron participar los A n a q u e i x gatet t a n bufó
t r a n s c r i p t o r e s de cuentos en general a sa casa l ' e s t i m a v a n ,
p u e s t o q u e n o lo h a l l a m o s p u b l i c a d o i h a s t a t a n lo c o n t e m p l a v a n
en n i n g u n a colección n i figura regis- que li d a v a n lo m i l i ó .
t r a d o en el índice u n i v e r s a l de c u e n -
t o s , a u n q u e sí en el de m o t i v o s litera- N o es p e n s e u q u e posés greix
rios. m e n j a n fasols n i baijocas;
lo que es feya u n t i p de mocas
P a t e n t i z a la p o p u l a r i d a d del t e m a al dia que t r e y a n peix.
el bajo relieve esculpido en u n capi-
tel del c l a u s t r o de la catedral m e t r o - Estava ys tan lluhén
p o l i t a n a de T a r r a g o n a , que d a t a del tan brillant i tant llustrós,
siglo X I V , en la q u e figura la escena que de veurel t a n h e r m ó s
del e n t i e r r o del gato por p a r t e de las s ' e n a m o r a v a la gent.
r a t a s . E s t a escultura goza de m u c h a
p o p u l a r i d a d e n t r e las gentes h u m i l d e s N o se u n dia com va se
que d a vida al cuento l a s q u e la c o n o - que u n a vella l'espiaba
cen por el n o m b r e de processó de les m e n t r e s lo gatet s'estaba
rates (l3). p r e n e n lo sol a l carré.
D e b i d o al versista r e u s e n s e J o a n
F e r r e r a q u e y a n o s h e m o s referido A l m o m e n t lo v a agafà:
existe u n r o m a n c e ( l 4 ) i n s p i r a d o en el lo gatet y a m i o l a v a
t e m a que n o s ocupa que i n d u d a b l e - ella a b u n d r a p la t a p a v a
m e n t e h a c o n t r i b u í d o a la difusión de n a d a , que s'el va e m p o r t à .
la p a t r a n a . V e a m o s el d o c u m e n t o que P o d e u contà q u i n d i s g u s t
h a c e a l u s i ó n a la e s c u l t u r a de la cate- a la casa del gatet;
dral tarraconense. a l l ó s e m b l a v a u n desfet;
n i n g ú m e n j a v a de gust.

(10) Faules de Isop, filòsof moral preclarissim, C o m que era cosa d i s t r e t a

i de altres famosos autors. Libro V I , Fàbula 8. veurel s e m p r e , cada d i a ,
(11) Contada pot Joan Monner, carpintero, de com tot sol s ' e n t r e t e n i a
Barcelona (l9l8). j u g a n t sempre a b u n a veta.
(12) J o a n A m a d e a . Rondalles Isòpiques. Ma.
(13) Joan Amadea. Costumari Català, vol. I I . P r o m p t e v a n fe u n pregó
Barcelona. l 9 5 l . p. 72. per veure si el t r o b a r i a n ,
(14) Historia de un Gat negre escrit en vers i al q u i el t r o b é s , li d a r i a n
per J. F. (A) Queri. Reus. e. I. u n a gratificació.

8
 P e r o i n ú t i l tot va se; S e m b l a v a que mengés n e u l a s ,
buscarlo fou per demés; t a l com los feya cruxí:
per les plassas i carrés i es clà, com q u e eran allí
10 v a n buscà, pero ré. amagats sota las teulas.

La vella q u e el va r o b à U n gat que s'en va a d u n à

a casa seva el tenia, se va tirà d a m u n t de éll
i del seu pis n o s u r t i a a g a f a n t l o pel clatell
per n o deixarlo escapà. tot p e n s a n «los d e i x a r à » .

Li feya m o l b o n a vida: P e r o ca fillet de D e u ,

11 dava s o p a s a b llet, allí v a n se las t r u m p a d a s
i a voltas u n b u r r a g u e t tot d o n a n t s e e s g a r r a p a d e s
i b a s t a s a r d i n a freigida. i m i a u , m i a u , meu, m a r r a m e u .

Q u a n t feya u n a n y que el tenia, P e r o el gat de que parlem

ya el t e n i a a m a r i n a t , que es lu de la n o s t r a h i s t o r i a ,
i es n a t u r a l , aquell gat allí va a l c a n s à victorià
ya m a y d'alli n o es m o v i a . per ser v a l e n t en extrem.

Los a m o s que el v a n crià U n dia a q u e i x m a t e i x gat,

ya n o el p o d i a n coneixa per u n a gata c l a p a d a ,
de moltissim q u e va creixe a la m a t e i x a t e u l a d a ,
i de gros que es va t o r n à . i va tení u n g r a n c o m b a t .

Ell c o m e n s a v a a s u r t i I c o m p a r a g u é u n gat roig

q u a n t sentia a u l ó de r a t a s , iab u n a cara de t u n o !
pero si acàs veya g a t a s , i al m a t e i x t e m p s u n de b r u n o
tot m i o l à n cap allí. que feya p u s a t de boig.

T a n p r o m t e n ' e r a el corral L a g a t a q u e era mol feya;

com a dal de la t a u l a d a , m i r a v a la g r a n acció
i ab la cua e s t a r r u f a d a , a r r i m a d a en u n reco
i apa, cap a fe el f u r m a l . de p r o p d ' u n a x a m a n e y a .

A la golfa de la vella L ' u n get: « M a u yo la vull»

moltas ratas hi habitaven, L ' a l t r e gat. « M e u yo t e m b é » .
i entre elles, allí a r r e g l a v a n L'eltre: «S'esgerraparé
per posà a l gat u n a esquella. i a perill que es t r e g u i u n ull».

P o s a n t l i l'esquella al coll L ' u n s'acosta a la g a t e ;

v a n p e n s à que es s a l v a r i a n los eltres fen lo m e t e i x ,
i totes s ' e m e g e r i a n le s e r e g e t e y e creix,
al sentir aquell soroll. pero quina seregete.

I el resultet y e se s e p , De merramius, marremeus

n o h i ve evé q u i li pusés, n i h a v i a per p a r e i m e r e ;
i en q u a t r e dias n o mes i d i g u e u m e voseltres are
d'elles n o en va q u e d à cap. q u i a r r e g l e r i a les peusl

U n dia, v o l t à n t a u l a d e s Pero no i va havé r u m a n s o s

i s a l t e n per las c a n a l s , que el n o s t r e g a t en cuestió
tot e m p a i t a n l o s p a r d e l s es qui va g u e n y à l'acció
ne va trobà deu n i u h a d e s . i els altres v a n quedà m a n s u s .

9
 L ' u n g u e r x u va queda;
l'altre en va s u r t i mes f r a n c
los m o r r o s t o t s plens de s a n c
fugin t e u l a d a s e n l l à .
M e n t r e s que el n o s t r u , quietet,
la pota s ' e n s a l i v a v a ,
i a i x í la cara es r e n t a b a
e n t o n a t i satisfet.
I va dir a b veu g e t o s a :
«Yo m a n o i faig lo que vull;
la gata q u e e m cau al u l l
me la fay la meva esposa».
Y o n o se si el v a n casà,
pero aquell gat va di aixó:
mes val creure com fay y o
que n o a n a r u a p r e g u n t à .
A q u e l l a vella p a n s i d a
y a m o l d i s g u s t a d a estaba
perquè q u a n lo gat f a l t a v a
li faltava mitja vida.
C o m que ere el mes de J e n é
q u e en d i h u e n el mes dels gats,
li feyan mil d i s b a r a t s
fugint de nit al carré.
L o s a l t r e s , feyan m a n e r a s
de s u r t i q u a n t lo s e n t i a n ,
i tots de casa fuigian
p a s a n per l a s g a t u n e r a s .
I sent al mitg de la n i t
la funció a l l í c o m e n s a v a n ,
i en m a r r a m a u s , tots f o r m a v a n
u n coro m o l t divertit.
L o s v e h i n s tots e n f a d a t s ,
com n o p o d i a n d u r m í
s'avian de desidí
a tirà pedras als g a t s .
I aixís tots s'esferebian
a b a n d o n a n t lo carré,
i cap a d i n t r e u n sellé,
a m a g a r s e tots fuigian.
L o gat negre: i V a y a u n pasl
i t a n espavilat que era,
pasàn una gatunera
quedà agafat a b u n Has.
G r a n s m a r r a m a u s va d o n à
grans bufus, esgarrapades;
d u n a v a n grans estripades
per p u g u e r s e desgafà.
Ell demaneve socorru,
i u n g u s s o t q u e el ve a b u r d à
g r i n y u l à n ve x e p e s c a r
tot e s g a r r a p a t del m o r r u .
10
U n vebí, b a i x à a la e n t r a d a
ab u n g a r r o t o bastó,
i allí, sense c o m p e s i ó
li d o n a u n a g e r r u t e d e .
U n g r e n estrèpit ve fe
al rebre aquell cop de vere;
p u e s li v a s a l t à e le cera
i tot lo ve fer m e l b é .
C o m que el Hàs se ve t r a n c à
p r o m t e va s u r t i del ball;
i es n a t u r e l , cerré e v e l l
e l m o m e n t se ve a l l a r g à .
I en t a l desesperació
va corra... sols D e u b u sap...
I s a b e u a b o n t va fer càp?
a la casa d ' u n rectó.
Q u a n t l o gat va a r r i b a alli
tot seguit se va a m a g à ,
sense cuidàs de menjà,
n o mes sabia d o r m í .
A l cap que feya dos d i a s
que la g a n a 1 e p r e t e v e ,
10 pobret y a m i o l a v a ,
ye n o es claveve ab m e n i e s .
I en u n reco allí a r r o n s e t
g r i n y o l à n y e feya e s t o n a ,
r e s p o n g u é la m e y o r d o n a :
« S e n y o rectó, a q u í y a u n gat».
E l l se va p o s à m e n s e t ,
i b a s t a es va deixà agefà,
i tot seguit li van da
a r r ò s a b u n plateret.
A l rectó li c o n v e n i e
tení u n g a t ben retadó
perquè al rebost del rectó
sempre ratotas hi havia.
R é li d e i x a v e sense,
de butifarres, p e r n i l s ,
h a s t a r a t e v e n los fils
i tot li feyen m e l b é .
M o l de t e m p s q u e e i x ó d u r e v a
11 s e b e u q u e va fe el gat?
p a s e v e per u n forat
i t e m b é el rebost e n t r e v e .
Se m e n j e v e el q u e vulia,
i a las r a t e s res lus deya,
q u a n estave fart s'ejeya
i a l cep d ' u n r a t u s u r t i a .
« A r e eu vist q u i n g a t mes perru»
A l l í l a s r a t e s ven di:
«si e q u e t g a t riba a m o r í
li farem u n g r a n e n t e r r u » .
 I a pesar de t i n d r é g a t
la m a j o r d o n a digué:
«Al rebost n o queda re,
perquè t o t està r e t a t » .
«Are trauré las patatas
b u t i f a r r a s i faixi n a s ,
i alli p o s a r e m m a t x i n a s
i així m u r i r à n l a s r a t a s » .
Lu g a t al rebost va a n à ,
res n i t r o b à , p a r e t s n e t a s
sols va t r o b à u n a s boletas
i es clar, se l a s v a m e n j à .
i D o n s q u e li va s u c s u b i
pel fet de la m a j o r d o n a ?
Q u e al cap de p u q u e t e estona
allí mateix va m o r í .
I aixís q u e el g a t e r a m o r t ,
la m a j o r d o n a i va e n t r à
per la cua el va agafà
i el va t i r à d i n t r e l ' h o r t .
«Yo h e fet —digué— u n d i s b a r a t
soc b u r r a de q u a t r e p o t a s ,
que en lloc de m a t à l a s r a t a s
ay e n v e n e n a t lo gat».
A l e n d e m à al d e m a t í ,
la m a y o r d o n a i el rectó
m i r a v a n a b atenció
10 q u e allí va s u c s u h i .
L a s r a t a s ya r e u n i d a s ,
eran c u r a n t a si n o m ' h e r r u ;
11 a r r e g l a b a n ya l ' e n t e r r u
alegras u p r e s u m i d e s .
V a n arreglà u n a sivera
e n t r e b a s à n los b a s t o n s ,
i gisclàn u n a s c a n s ó n s
c a n t a v a n las del derrera.
V a n a r m à u n a professo
que era d i g n a de m i r à ,
i allí a l h o r t v a n e n t e r r à
aquell gatet t a n bufó.
A r e q u i n o v u l g u i creure
que n o em digui m e n t i d é ,
perquè y o li e n s e n y a r é
u n puesto q u e es pot ben v e u r à .
I en provas q u e a i x ó es h i s t o r i a
i la veritat n o a r r e d r a
que està l a b r a t a la pedra
per u n a eterna m e m ò r i a .
I si ya a l g u n a p e r s o n a
que d'aixó estiga d u p t à n ,
que v i n g u i a b m i : al i n s t a n
anirem a T a r r a g o n a .
11
I com que y o soc f u r m a l ,
y a veyeu q u e n o m'enric;
p u e s l ' e n t e r r u q u e os dic
es d i n t r e la catedral.
I n o sigueu p a p a n a t e s
que de d u p t e s s u r t i r e u ,
que allí a l s c l a u s t r u s t r o b a r e u
la professo de l a s r a t a s .
E s t e t e m a se h a l l a t a m b i é n a l u d i d o
en la canción del t e s t a m e n t o del gato
que figura en el c a n c i o n e r o t r a d i c i o n a l
c a t a l à n ( l 5 ) y en el c a s t e l l a n o , y q u e
aparece a s i m i s m o e s t a m p a d o en r o -
m a n c e . ( l 6 ) E n la T e r r a A l t a d u r a n t e
la t a r d e del D o m i n g o de C a r n a v a l , se
h a b í a celebrado u n a m a s c a r a d a q u e
figuraba la m u e r t e del g a t o y s u entie-
r r o p o r p a r t e de lo r a t o n e s ( l 7 ) q u e
d e s a r r o l l a v a el a r g u m e n t o q u e n o s
ocupa. L o s d a n z a n t e s c a n t a b a n la can-
ción referida c u y o t e x t o seguían pero
la r e p r e s e n t a c i ó n era i n d u d a b l e m u y
a n t e r i o r a los d o c u m e n t o s literarios
del cuento, lo q u e viene a a t e s t i g u a r la
i m p o s t a r o m à n i c a de T a r r a g o n a .
L o s ciclos novelísticos n a r r a t i v o s
de q u e n o s h e m o s o c u p a d o s o n i n d u -
d a b l e m e n t e a n t e r i o r e s a l a s versiones
versificadas en la l i t e r a t u r a de cordel,
la cual s i n d u d a , puede i n f l u i r en su
difusión e n t r e l a s capas sociales en l a s
que vive a ú n el cuento q u e s o n l a s
p r o p i a s que h a s t a u n a y e r m u y p r ó x i -
m o p o n d e r a r o n la l i t e r a t u r a v u l g a r
e s t a m p a d a a q u e n o s referimos. N o s
o c u p a r e m o s de otros ciclos de los q u e
poseemos escasas referencias orales l a s
que bien p u e d e n reconocer a s i m i s m o
s u origen en la l i t e r a t u r a de cordel
impresa.
(15) J o a n A m a d e s . C a n ç o n e r , vol. I I de «Folk-
l o r e d e C a t a l u n y a » B a r c e l o n a , l 9 5 l , p . 97. — Can-
çons populars humorístiques. Tàrrega, 1936, p. 1 7 . —
Costumari, y a citado, vol. 1 1 , p. 7l. J o a n Serra Vilaró.
Cançoner del Calic. Barcelona, 1913. p. 106.
(16) El casamiento del íato. P a l m a de Mallor-
c a , a . f.
(17) J o a n A m a d e s . Costumari, ya citado, vol.
II, p. 69.
Generalitat de Ca^iunya
Departament de C u l t u r a
Centre d e D j c u m e n t s c i o ' R e c e r c a
d e la Cultuia Traoicionai 1 Popular
 C i c l ó de la P u l g a a p e n a s c u m p l i ó tres meses
la botella m e n e a b a ;
E n el r o m a n c e v u l g a r sietecentista
b u s c a n d o la l i b e r t a d
y a aparece el t e m a de u n a p u l g a d i s -
perdición de m u c h a s a l m a s ;
forme y m o n s t r u o s a c a u s a n t e de es-
d e t e r m i n o la sefïora
t r a g o s y desdichas (18).
de p o n e r l a en u n a j a u l a ;
F a v o r le pido a J e s ú s d o n d e n o quiere y a s a n g r e
p a r a poder esplicar si solo la carne m a g r a :
las desgracias m a s t i r a n a s dàbale s u a m a g u s t o
a fln de d o m e s t i c a r i a :
que en los a n a l e s se h a n visto
le m a t a b a cordericos
n i es fàcil el esplicarlas.
que era lo que le g u s t a b a ,
Sucedió p o r q u e se a d m i r e n carne y h u e s o s se comia
lo q u e m i p l u m a declara p o r q u e està m u y bien d e n t a d a ;
en el r e i n o m a s florido a p e n a s la vió t a n dòcil
n o se si es F r a n c i a o E s p a n a y que n o cabé en la j a u l a
en u n a ciudad m u y n o b l e le aconsejan q u e la t e n g a
que n o sé como se l l a m a ; en libertad por la casa.
d o n d e h a y u n a casa n o b l e
con balcones y v e n t a n a s . Lo hizo sin reparar
La p u e r t a m i r a a la calle si h a b r í a a l g u n a desgracia,
y las v e n t a n a s a la espalda; m a s D i o s que t o d o lo sabé
pero dejemos la casa y permite hacer y calla
que eso poco n o s i m p o r t a dióle g u s t o a la Sefïora
y v a m o s a la s u s t a n c i a . a u n q u e luego se le acaba,
p o r q u e a pesar que t e n i a
E n dicha ciudad h a b í a q u e comer y le s o b r a b a
u n a i l u s t r e y noble d a m a , n o està c o n t e n t a con esos
en c o m p a n í a de s u esposo quiere s a n g r e de su a m a
q u e m à s q u e a si lo e s t i m a b a : p o r q u e la tiene presente
c u a t r o hijos y dos h i j a s , cuando asila alimentaba.
dos criados, tres criadas, l A q u í si que me h o r r o r i z o l
y a u n no eran bastantes Ivàlgame Diosi iqué desgracia!
p a r a dar g u s t o a la d a m a : u n a n o c h e la Sefïora
p o r q u e el sol, la s o m b r a y viento q u e el sefíor n o estaba en casa
a ella la i n c o m o d a b a . lo esperó b a s t a n t e r a t o
y v i e n d o que n o l l e g a b a
P a s a d a t o d a la n o c h e
se acosto y la r i n d i ó el s u e n o
u n l u n e s por la m a r i a n a
y apenas durmiendo estaba
empezó a m i r a r las pulgas
e n t r a el feroz a n i m a l
como siempre a c o s t u m b r a b a
y se le hecha en la g a r g a n t a
y e n t r e o t r a s cojió u n a g o r d a
que le h i z o d u e l o m a t a r i a , s i n dar l u g a r u que diga
p o r s a b e r lo que crecía Dios me perdone mi alma.
d e t e r m i n o recriarla:
la p u s o en u n a botella
(18) Nuevo y curiosa romance en que se decla-
de cristal m u y l i m p i a y clara
ren las atrocidades de una pulga, y como mató mu-
y con s a n g r e de sus b e n a s cha gente, con lo demis que se presenta. Zaragoza
allí a l i m e n t o le d a b a , 1841.

12
 A poco r a t o llego
el s e n o r p r e g u n t a b a
d o n d e estaba la Sefïora,
y le dice u n a criada
que c a n s a d a de esperar
se b a b í a ido a la c a m a :
toma u n a luz y al m o m e n t o
a la cama se m a r c b a b a ,
vió s u esposa ya d i f u n t a
a pedazos por la sala,
a p e n a s lo vió la p u l g a
como serpiente p i s a d a
se le a r r o j a y de su cuerpo
le separa luego el a l m a ,
de los r u i d o s que hicieron
y voces q u e el S e n o r d a b a
a c u d i e r o n los seis bijos
los criados y criadas;
a u n q u e i g n o r a n d o el suceso
e n t r a n corriendo en la sala
a p e n a s ven los estragos
c u a n d o t o d o s se d e s m a y a n
bace con ello lo m i s m o
a u n q u e inocentes sin causa;
se a l b o r o t a la ciudad
luego el g o b e r n a d o r m a n d a
se a r m e n todos los p a i s a n o s
y q u e a c u d a n a la casa,
como en efecto a c u d i e r o n
t o d o s a fin de m a t a r i a :
se a p r o c s i m a n a la p u e r t a
y la v i e r o n en la escala
p r e p a r a n luego l a s a r m a s
y e c b a n u n a descarga,
n o p u d i e r o n acertarle
o n o le p e n e t r a n b a l a s
p o r q u e la p u l g a s a l i ó
con m à s s a l u d q u e se b a l l a b a ;
a p e n a s se vió en la calle
entre tanta jente armada
despedazaba los b o m b r e s
como l e o n a e n s a n g r e n t a d a
y con s u s dientes h a c i a
a m i l pedazos l a s a r m a s .
L o s que p u d i e r o n l i b r a r s e
se r e t i r a n a sus casas
c e r r a n d o m u y bien l a s p u e r t a s
p o r q u e la p u l g a n o e n t r a r a r a :
viendose sola en la calle
de todos d e s a m p a r a d a
se salió de la ciudad
a buscar nueva morada.
Se retiro e n u n a sierra
que de alli p r ó c s i m a estaba
a disfrutar los deleites
que ella t a n t o deseaba.
13
i V a l g a m e D i o s de los cielosl
y qué l l u v i a s de dssgracias
ocasiona alli esta p u l g a
que b a s t a las fieras t e m b l a b a n
al ver a n i m a l t a n fiero
y con fuerzas t a n s o b r a d a s !
Llego la noticia del t u r c o
el que luego o r d e n a y m a n d a
v a y a n ciertos r e j i m i e n t o s
de i n f a n t e r i a a c a m p a n a ;
t a m b i e n doscientos caballos
y artilleria s o b r a d a ,
loa q u e fueron a l m o m e n t o
y el c o m a n d a n t e les m a n d a
v a y a n u n o s por el frente
y otros v a y a n por la espalda
m i r a n d o pefïas y bosques
b a s t a llegar a e n c o n t r a r l a
pareciendole seria
de las que a u n a se m a t a n ;
pero fué t o d o lo c o n t r a r i o
que el c o m a n d a n t e p e n s a b a ;
c u a n d o vió en u n bosque espeso
que los àrboles a r r a n c a n
se a p r o c s i m a n por s a b e r
q u i e n es de a q u e l l o la causa,
c u a u d o vió aquel a n i m a l
que con s u aspecto a m e n a z a ,
le ecba la sena al t a m b o r
p a r a que toque l l a m a d a ;
c u a n d o la pulga s i n t i ó
aquellos golpes de caja
y ve la tropa q u e viene
por v a n g u a r d i a y r e t a g u a r d i a ,
sale del bosque y se p o n e
a l frente de t a n t a s a r m a s
e s p e r a n d o socórrer
aquel dia bien la p a n z a ;
e m p i e z a n y a por c o l u m n a s
a ecbar descargas cerradas
por ver si p u e d e n b a t i r l a
con a b u n d à n c i a de b a l a s ;
pero todo fué sin fruto
que a u n el pellejo n o p a s a n :
m a s el feroz a n i m a l
viendose t a n i n s u l t a d a
se a r r o j a sobre la t r o p a
usando su venganza.
H m p e r a t r i z de los cielos!
m a d r e de D i o s r o b e r a n a !
baced que p u e d a dar fin
a esta o b r a c o m e n z a d a ;
p o r q u e a l p e n s a r el suceso
se aflije m i cuerpo y a l m a !
M a t ó cuatrocientos bombres
y si t a n presto n o , e s c a p a n ,
 acaba con todos ellos
p o r q u e entonces c o m e n z a b a :
se r e t i r a n a los l l a n o s
solo por ver si bajaba.
D o n d e està la artilleria
y caballería f o r m a d a ;
n o le pareció a la p u l g a
d e s e m p a r a r su m o r a d a
p o r q u e tiene que comer
p a r a m à s de u n a s e m a n a :
s u s p e n s o està el c o m a n d a n t e
s i n saber como a c a b a r i a
y viendo q u e ya tenia
su división destrozada;
n o se a t r e v e a p r e s e n t a r
d e l a n t e de su m o n a r c a ;
d e t e r m i n a ir a la sierra
para morir y mataria
con u n m o n o que tenia
p a r a diversión de casa
con m u c b o c o n o c i m i e n t o
q u e solo le falta el b a b l a :
en efecto q u e s u b i e r o n
b a s t a el c a m p o de b a t a l l a ;
v i e r o n la pulga en su bosque
d o n d e sin t e m o r descansa,
pica espuela y al m o m e n t o
con su caballo le a l c a n z a ;
el intelijente m o n o
luego encima se la encaja
b u s c a n d o el m o d o posible
por ver si puede m a t a r i a
s i n llevar otra defensa
q u e u n a pequeíïa n a v a j a ;
sin l e v a n t a r s e la pulga
a l a r g a luego la z a r p a
jinete y caballo lleva
y luego los despedaza;
a p e n a s q u e el m o n o vió
en su a m o tal desgracia,
sin d i l a t a r dilijencia
procura tomar venganza;
en efecto así lo b i z o ;
pero qué astúcia mas rara!
se le e n t r o por el t r a s e r o
como P e d r ó por su casa;
a p e n a s se vió en el v i e n t r e
a b r i ó luego la n a v a j a
empezó allí a trabajar
a m e d i d a de s u g a n a ;
c u a n d o la p u l g a s i n t i ó
que por d e n t r o la i n s u l t a b a n
s i n poderse defender
b a s t a la tierra t e m b l a b a
con b r a m i d o s q u e despide
m a y o r e s que u n a t r o n a d a ;
s a l t a n d o cerros y p e n e s
u
y d à n d o s e mil t o z a d a s
d e r r a m a n d o y a la s a n g r e
por v a n g u a r d i a y r e t a g u a r d i a
b a s t a t a n t o q u e Hegó
a caerse d e s m a y a d a :
luego a c u d i ó allí la tropa
y la vieron que a c a b a b a
de m o r i r a u n q u e i g n o r a n d o
quien es de aquello la causa,
v i e r o n el m o n o que sale
por d o n d e t u v o la e n t r a d a
a q u í m u r i ó y a la p u l g a
que t a n t a s r u i n a s c a u s a b a .
L e q u i t a r o n el pellejo
que quince a r r o b a s pesaba
de s u s costillas s a c a r o n
m a d e r o s p a r a u n a casa,
de s u e s p i n a z o f o r m a r o n
u n p u e n t e de tres a r c a d a s
d o n d e p a s a b por l a s t a r d e s
los c a b a l l e r o s y d a m a s ,
de u n u s y dientes bicieron
u n a famosa estacada,
de t o d o s l o s d e m à s b u e s o s
mucbo dinero sacaban,
de ellos b a c e b m u c h a s o b r a s
de m à s v a l o r q u e la p l a t a .
A q u í d o y fin a l suceso
de aquella p u l g a m a l v a d a
p a r a q u e t o m e n ejemplo
y la q u e cojan m a t a r i a
n o n o s suceda como en esta
t a n escesivas desgracies:
a b o r e pido e m i e u d i t o r i o
q u e d i s i m u l e mis feltes
p o r q u e soy u n i g n o r e n t e
que e n t i e n d o m u y poco o n e d a ;
por o t r a s coses lo s i e n t o
de m u c b a m à s i m p o r t à n c i a ,
que si esto cuesta dos cuartos
t a m b i e n t u bolsa d e s c a n s a ;
y si te parece m u c h o
es m à s cara u n a m o r t a j e .
La l i t e r a t u r a d e C o r d e l r e u s e n s e
publico otro r o m a n c e sobre este m i s m o
t e m é , p r o b a b l e m e n t e i n s p i r a d o en el
a n t e r i o r , q u e debió ser conocido por el
a u t o r , q u e m u y p o s i b l e m e n t e fué F e -
rrer C u y à s , cuyas o b r a s ya n o s son
conocidas, p u e s t o que a ú n que su n o m -
bre n o figure en n i n g u n a de las edi-
ciones que poseemos, los versos tienen
t o d o el deje de los s u y o s (l9).
(19) Asanyas y mami 11 oi de la pasa. Romanso
nou y de tresca, per ler riare al ( o t pesca. R e n » , s. i.
 E s c o l t e u m e gent de bé
u n cas que os esplicaré.
D ' u n a pusa tan disforma
de mol ridícula f o r m a ,
que tot lo m o n va seguí
des del vespre a l d e m a t í .
P o s é u s tots ab atenció
com si oisiu u n s e r m ó .
E n serta casa y b a v i a
u n a tal d o n y a M a r i a .
Q u e u n a n i t es t r o v a b a
que las p u s a s se m a t a b a .
C o m q u e a b a i x ó tota d o n a
y sol p a s a r u n a estona.
D o n a la c a s u a l i t a t
que u n a p u s a n a t r o v a t ,
t a n bunica y de t a n preu,
que'l m a t a r i a li s a p greu.
P e n s a : — n o la m a t a r é ,
y jo me la m a n t i n d r é .
Y ab a i x ó del dit, al fet,
la m a n t é a b la seva llet.
Sen grosa y veyenla sabia
la fica d i n s d ' u n a gavia
la pobre d o n a es distreu
cada volta q u e la veu.
D e dia en dia, es fa grosa
y ella la mira dicbosa.
Ya n o li vol dà m a m à
y me li d o n a m e n j à .
A b u n dia y d u a s n i t s
se va m e n j à , set cabrits.
D e pà, mes de m i l q u i n t à s ,
d u a s l l i u r a s y tres q u a r t s .
Y de t a n que's va engreixà
b a s t a la gavia va trencà.
V e y e n s e ja a m llibertat
se paseija pel v e i n a t .
Y oh!... ocasió fatal...
E s c o l t e u q u e a r a ve'l m a l .
La s e n y o r a en u n a e s t o n a
n o es và trobà g a y r a b o n a .
Y li digué'l seu m a r i t ,
que sens a n é s p r o m p t e al llit.
Y mirés de descansà
per lo seu doló calmà.
E s t a n al llit la s e n y o r a ,
la p u s a , a b m é n o s d'un h o r a
sobre del llit s'ha tirat,
y lo coll li h a picat.
Sent t a n grosa la picada
que de p r o m p t e la e s c a n y a d a ,
La p u s a a f e r r a d a a b ella
n o li h a deixat n i u n a aurella.
P u e s tot ella s h a m e n j a t ,
que n i ' l s osos h a n quedat.
15
V e de fora son m a r i t ,
y p r e g u n t a desidit.
Q u e ' s lo q u e fa la mullé,
y li d i u a h n : — segueix bé.
P u e s de dés ques a d u r m í ,
n o l ' h e m vista per a q u í :
E n t r a ' l m a r i t de i m p r o v í s
y tot son crits en lo pis.
V e n i u criadas, criats,
v e n i u a q u í ben a r m a t s .
M e s la p u s a sen altera
y s aferra 1 seu redera.
E s t a n de ràbia t a n p l e n a
que mel fa caurà d'esquena.
A b t a n furiós enfado,
que'l desfà com u n b o l a d o .
A l m i r à a i x o los criats
tots han caygut desmayats.
Y la pusa rabiosa
fa a tots la m a t e i x a cosa.
A b los crits y a l a m b i n s
acudeixen los veins.
Q u e al c o n t e m p l a r tot alló
par v a n dà'l G o b e r n a d ó .
Q u e de p r o m p t a va m a n à
a q u e l l a casa t a n c à .
D e i x a n t al carré la p u s a ,
q u e m a r c h a sense cap escusa.
S u r t í r e n set b a t a l l o n s
a b q u a t r e mil e s c u a d r o n s .
L o s p a i s a n s tots a la u n a ,
y h a s t a ' l conda de la P r u n a .
Q u e mil artillés p o r t a b a
y las ó r d r a s als d u n a b a .
Y de t a n que l ' h a n b u s c a d a
e n cap puesto l ' h a n t r o b a d a
mes al ú l t i m s'ha t r o b a t
a las mitjas d ' u n soldat.
E n t r e ' l s p u n t s , tota a b u r r i d a ,
masilenta y encunxida.
L o s o l d a t està content,
y la vol m a t à al m o m e n t .
M e s ella d o n a u n g r a n bot,
y n o para fins al Clot.
T o t s me li t i r a n descarga,
y ella e n c a r a , mes s ' a l l a r g a .
Entra contenta y bufona
al poble de B a d a l o n a .
Y s ' a m a g a ab g r a n t r a m o y a
a la e s q u e n a d ' u n a n o y a .
Q u e de t a n en t a n , la pica
p e r q u è la veu que's b u n i c a .
Y c a n s a d a d'està així,
a lo carré va s u r t i .
P i c a n t a tort i a dret,
que tot h o ha deixat net.
Los c a n o n s d ' a r t i l l e r i a
van d i s p a r à tot lo dia.
B a r r i c a d e s a desdí,
ne varen a l s a r allí.
M e s la p u s a , sense solta
c o n t r a tots ells sc revolta.
A l ú l t i m va a n à a p a r à
al poble de T o r t e l l à .
Q u a n la van veure t a n b l a n c a ,
t o t h o m las p o r t a s li tanca.
P e n s a n t fé u n a m e r a v e l l a
ne va e n t r a r a d i n s d ' E s t e l l a .
Y'l general Gavinet
de m a t a r i a te g r a n set.
M e s lo pobre va m o r í
de picades e desdí.
Ve prompte un altre esquadró
y la atace a discreció.
M e s d a n bots d'aquí y d'allà
a set ne và matà...
V e y e n t n o estaba cansada
v a r e n tocà a r e t i r a d a .
P u e s a tots h a g u e r e m o r t
p e r q u è picaba m o l fort.
V e n cridà gent de T u r q u í e
de B r e t e n y e y A l m e r í e .
Q u e siguem coverts els cou
en a q u e t sitgle d i n o u .
P e r a que t o t h o m s'escusa
de m a t a r aquesta p u s a .
P a r t e s va rebrer la t r o p a
d ' A s i a , Àfrica y E u r o p a .
D i e n t que'ls a j u d a r a n
a b tot lo q u e ells p o d r a n .
Y si s'acoste per allí
li f a r a n fé m a l e fi...
T o t lo m o n està b u s c à n
el lloch que la t r o b a r a n .
P e r o ella sen a d o n o ,
h i ' l s h i d o n a mico y m o n a .
16
Y es fica a u n a catedral
que alse set perns lo p o r t e l .
A l véurele ja la gent
cap al carré fuig corrent.
Y la pusa s'escapà
d e s t r u i n t lo c a m p a n a .
La segueixen mes de m i l
y ella fa cap al carril,
que aquell m o m e n t va pasé
y el va fé descarrilà.
V a se t a n de sopeton
que va fe e n s o r r a r u n p o n
que tenia sols d a l s e d e
vin m i l perns y u n a p u l g a d a .
M e s veyén q u e re's pot fé
venen los del estrangé.
C a r r e g a t de m u n i c i o n s
ab t r e n t a m i l b a t a l l o n s .
Cuatrasens ctarantacuetra
d'aquells q u e tot h o fan b a t r à .
B u s c e n t l e per tot a r r e u
pero n i n g ú en lloch la veu.
M e s el ú l t i m l ' h a n t r o b a d a
en u n a p l e s s e e s s e n t e d a .
A b la boce e u b e r t e u n pern
y menjant ab molta fam.
Set q u i n t à s de p a m o r e n o
q u e descubrí u n s e r e n o .
Q u e l s t e n í a n pels seus fins
per e n v i à a n als carlins.
V e y e n t q u ' e s t a b a distreta
deseguit d i u u n c o r n e t a .
D e i x e u v o s de fer mes foch
qui l'ha de m a t à j o soch,
y sense dir mes p a r a u l a
si acosta fen lo m a u l a .
Y a d i n t r a sa boca es fica
que a fe de dell n o era xica.
Q u a n va ser d i n t r a sa p a n c h e
p e n s e b e q u e era al E n s a n c h e .
P e r q u è segons ell a dit
ere m é s g r a n que M a d r i t .
Y a b cautela la m a t à
p u n c h a n t l i ' l rebost del pà.
Y per lo cul va s u r t i
que t o t h o m lo va seguí.
Y m e n t r e s ho esplicaba,
lo diari ja h o p o r t a b a .
A c u d i x lo a j u n t a m e n t
en aquell m a t e i x m o m e n t .
Per disposa sens molèstia
lo que's fera de la bèstia.
C u a t r e mil estelladós
varen fe vení ls senyós.
C o m e n s a n l a d'esfallà
per poguerla aprofita.
D e la pell sola, c r e u r i a n
Cosa, que may h o dirian;
ne v a n fe deu mil b o t i n a s
per las s e n y o r e t a s finas,
de las c a m a s , u n a m a n o b r a
que per desgracia era p o b r a .
D u a s casas ne va fé
Y las vigas varen sé.
L a s t r i p a s eran t a n l l a r g a s
que n i h a b i a m o l t a s cargas.
Y u n a corda'n van fe a b m a n y a
que va voltà tota E s p a n y a .
S e n s e cap n ú s n i afeixit,
segons a q u i h o t r o b o escrit.
Lo cap segons diu S i m ó n
s e m b l a la bola del m o n .
Y'l v a n d ú a la esposició
de Segòvia o de Lió.
L a s costelles a j u n t a d a s
ben n e t a s y e m b l a n q u i n a d a s
ne serveixen a vuy dia
en u n a c i u t a t d H u n g r í a .
P e r palacio del B a r ó
que li d e y a n del bastó.
Lo demés que va quedà
o té'l qui la va m a t à .
Orellas, unglas, y amés
catorse o setse p a n e s ,
que tenia en u n reco
plens d a m p o l l e s de vi bo.
Lectors, e q u í fetx, la creu:
escolteu, y perdoneu...
T o t aixó m o esplicà
u n a j a y e de Servia.
U n ivern e p r o p del foch
c u e n t y o ere c h e b e l o t .
Y j o com que soch p r u d e n t
e q u í acabo y dich a m e n t .
Y a q u í jo d o n o fi
vinga al t r e g o y e d o r m í
perquè may a c a b a r i a ,
n i que estès dos e n y s y u n d i e .
17
P r o b a b l e m e n t e el m i s m o F e r r e r e
q u i e n creemos e u t o r del r o m a n c e lo
vertió al c a s t e l l a n o . La traducción n o
debió g o z a r de t a n t o favor como el
o r i g i n a l , puesto que de éste conocemos
v a r i a s ediciones y de la traducción t a n
solo poseemos u n a (20).
E s c u c h a d caros lectores
u n caso particular
q u e es m u y d i g n o de c o n t a r
de u n a p u l g a y sus furores.
E n la ciudad n o se c u a n t o s
yo n o me a c u e r d o en qué dia
u n a pulga allí corria
al a n o de mil y t a n t o s .
P r e s t a d m e a h o r a atención
q u e m i v o l u n t a d deliré
de u n a verded cuel m e n t i r é
h e c e r o s le relación.
La p u l g a estaba b r i n c a n d o
para buscar su s u s t e n t o ,
y en aquel m i s m o m o m e n t o
h a l l ó lo q u e iba b u s c a n d o ,
Paseba una gran senora
por u n a calle desierta...
la pulga dijo: «alerta,
que ya h a llegado m i h o r a » .
D e u n b r i n c o le salte el pie,
y le subió p i e r n a a r r i b a ;
senores a d o n d e iba...
f r a n c a m e n t e , n o lo sé.
La s e n o r a empieza a voces,
a gritos; según discurro,
y se p u s o como u n b u r r o
r e p a r t i e n d o dos m i l coces.
A c u d i ó la vecindad
a ver lo q u e sucedía,
p u e s la s e n o r a pedía
socorro con a n s i e d a d .
Le pulga t e m i e n d o u n t r u e n o
de d o n d e estaba escapo,
y de u n salto se metió
en la n e r i z de u n sereno.
(20) Relación verídica —sino me engano, de una
pulga íenómeno— que hizo gran dano. Tan grande
fué, que si lodos me escuchan lo explicaré. R e u s . s. f.
Aquel hombie estornudaba,
l l o r a b a , se d e s b a c í a ,
y a l b o r o t a n d o decía
a ver q u i e n se la q u i t a b a .
Y d a n d o u n fuerte e s t o r n u d o ,
la p u l g a con agílidad
se metió, y esto es verdad,
d e n t r o la oreja de u n m u d o .
C o m o n o podia bablar,
golpes a ella se daba,
s i n saber q u e le pasaba:
volviéndosela a golpear.
Y la p u l g a en t a l r u i d o
de a q u e l l a oreja s a l t o
y e n s e g u i d a se escondió,
pero se i g n o r a e n que n i d o .
H a s t a q u e u n a vieja u n dia,
que noventa anos contaba,
de c o n t i n u o se r a s c a b a
s i n saber lo que t e n i a .
E n la c a m a ella se estaba
s i n sosiego y s i n d o r m i r ;
n o podia discurrir
lo q u e en sus c a m e s p i c a b a .
M a s por fin se l e v a n t ó
y con m u c b í s i m a prisa
Izàsl se q u i t ó la camisa...
es decir, se d e s n u d ó .
E n u n a parte arrugada
de s u cuerpo a m a r i l l e n t o ,
b a l l o luego s u t o r m e n t o ,
vióse u n a p u l g a a g a r r a d a .
Se la q u i t ó con destreza,
y a en s u s m a n o s la t e n i a
y exclamo: « A v e M a r i a ,
J e s ú s que h o r r i b l e cabeza».
Y a u n q u e sea cosa e x t r a n a ;
u n a vieja n u n c a m i e n t e ,
la cabeza s o l a m e n t e
era c o m o u n a c a s t a n a .
18
Y a l ver f e n ó m e n o t a l ,
t a d a s las p u e r t a s cerró,
y alimento procuro
a aquel h o r r i b l e a n i m a l .
P o r q u e la vieja t a i m a d a
quería hacerla engordar
para poderla ensenar
a cuatro cuartos la e n t r a d a .
P a r a que g o r d a se hiciera
le d a b a ella cada d i a ,
y a fe q u e se los comía,
seis h í g a d o s de t e r n e r a .
L a vieja por s u i n t e r è s ,
p r o v i s i o n e s le dejó,
cogió la llave y r e r r ó ,
y se a u s e n t ó por u n m e s .
A I cabo de quince días
de estar la pulga cerrada
n o p u d i e n d o comer n a d a
e m p e z ó sus t r o p e l i a s .
H a c i a p u e r t a s crugir,
y los t a b i q u e s t e m b l a r ,
n o cesaba de saltar,
p o r q u e quería salir.
T a n g o r d a se h a b i a h e c h o
que en la e s t a n c i a n o cabia
y con u n salto a q u e l dia
h i z o l e v a n t a r el techo.
T o d o el tejado se h u n d i ó ;
y a q u e l l a estancia fatal
le servia de c o r r a l
p o r q u e salir n o a l c a n z ó .
N o cesaba de g r u n i r ;
con t a l e s t r u e n d o chillaba,
nadie allí descansaba,
nadie podia dormir.
P o r e n c i m a los tejados
los vecinos le l l e v a b a n
c o m i d a que r e c a u d a b a n
p o r n o verse a t o r m e n t a d o s .
 Se comió en u n solo dia
tres m i l a r r o b a s de p a n
cocido con a l q u i t r à n ,
y bastante no tenia.
Siendo el gasto e x t r a o r d i n a r i o
bícieron s i n d i l a c i ó n
u n a n u e v a suscripción
pues la llevaba el d i a r i o .
C u a n d o lo b a b í a t r a g a d o ,
volvía a meter r u i d o
como aquel que n o b a comido,
y el pueblo estaba a t e r r a d o .
C o m o era t a n t o el t e m o r
que s e n t i a a q u e l l a gente,
a r r e g l a r o n de r e p e n t e
u n a cosa superior.
Queriéndola emborracbar
bicieron u n desafino;
diéronla cubas de v i n o .
para hacerla reventar.
N a d a con esto a l c a n z a r o n
la pulga de dia en d i a
doble m à s g o r d a se bacia
y sin provecbo q u e d a r o n .
A q u e l l a vieja m a l d i t a ,
que t a l p u l g a crió
aquel dia a p a r e c i ó
por ver a su favorita.
A s í q u e quería e n t r a r
aquella b r u j a en su n i d o
empezó u n fuerte r u í d o ,
t o d o empezaba a t e m b l a r .
L a s paredes r e v e n t a r o n ,
de polvo se cubrió t o d o ,
y por fin de n i n g ú n m o d o
a q u e l l a gente e s c a p a r o n .
S a l i ó la p u l g a s a l t a n d o ;
y así q u e la vieja vió,
de u n bocado la t r a g ó
y así fué c o n t i n u a n d o .
Y es t a n t o lo que sufrieron
t o d a a q u e l l a h o n r a d a gente,
que al i n s t a n t e y de r e p e n t e
t o d o s comidos se v i e r o n .
L a p u l g a sin dilación,
todo saltando y h a m b r i e n t a
se p r e s e n t o c o r p u l e n t a
a otra g r a n d e p o b l a c i ó n .
T o d o el m u n d o allí se a r m ó
al ver f e n ó m e n o tal;
19
q u i e n con p a l o , con p u n a l ,
escopetes... que sé y o .
P u e s n i n g u n o se a t r e v i a
a ponérsele d e l a n t e
por conocer s u s e m b l a n t e
porque a t o d o s se comía.
S a l i e r o n en el m o m e n t o
veinte y c u a t r o b a t a l l o n e s
j u n t o con diez e s c u a d r o n e s
para darle u n escarmiento.
L a p u l g a n a d a temia,
porque ni a buenas ni a malas
n a d a le h a c í a n las b a l a s ,
y m e n o s la c a b a l l e r í a .
C u a r e n t a canones salieron
con t o d o s sus a r t i l l e r o s ;
p r o n t o c a r g a r o n ligeros
y presto el fuego r o m p i e r o n .
U n a b a l a la acertó
p u e s salió con t a l a r r o j o
q u e se le metió en u n ojo
y así t u e r t a se q u e d o .
Q u é brincos y qué b r a m i d o s
c u a n d o u n ojo le q u i t a r o . n ;
los s o l d a d o s se q u e d a r o n
helados, despavoridos.
L a p u l g a , si p u e d o h a b l a r l o ,
a l l í a t o d o s se c o m i ó ,
p u e s u n o solo q u e d o
y este fué p a r a c o n t a r l o .
Este viendo a su adversario
h u y ó p o r p u e r t a secreta,
y se s u b i ó a la veleta
del m à s a l t o c a m p a n a r i o .
La pulga saltando h u y ó
con toda s e v e r i d a d
a b u s c a r o t r a ciudad,
p e r o a ella n o llego.
A la m i t a d del c a m i n o ,
se le p r e s e n t o a su vista
u n cabecilla carlista
q u e estaba e n c i m a de u n p i n o .
M o r d i ó el t r o n c o el a n i m a l ;
el carlista cayó al s u e l o ,
y lo m i s m o q u e u n c a r a m e l o
se lo t r a g ó : £eh, q u é tal?
A l poco r a t o q u e a n d a b a ,
el b u c h e s i n t i ó dolores;
chillidos aterradores
s i n cèsar la p u l g a d a b a .
 dSabeis lo que sucedió? las pusses la d e s p e r t a b a n
q u e del u l t i m o t r a g ó n y a picades la m a t a b a n .
110 h i z o la digestión
U n dia q u e s'aixecaba
senores, y r e v e n t ó .
per m i r a r q u i la picaba,
C o n que y a podeis c o n t a r la c a s u a l i t a t d o n à
es e s t r u e n d o a t r o n a d o r ,
que u n a puça va t r o b a r
si causo en E s p a n a h o r r o r ,
pues t o d o se echó a t e m h l a r . de t a n t p e r u y t a n bonica,
q u e li s a p greu el m a t a r i a ,
Q u e estragos se sucedieron: y proposa engaviarla,
en t o d a s l a s capitales
y a n o q u e d a r o n cristales y diu n o la m a t a r é
p o r q u e t o d o s se r o m p i e r o n . sinó que l'engraxaré.
E n s e g u i d a m u c h a gente Y b a j a n t del dit al fet
en a q u e l p u n t o a c u d i ó ; la va m a n t e n t ab sa llet,
y lo que a l l í se e n c o n t r e , y al v é u r e r l a t a n p l e n a y g r o s s a
muelas y unas solamente. cada dia es més ditxosa,
y n o li s a p gens de greu
Y de sus u n a s y m u e l a s ,
hicieron los e x t r a n j e r o s de t e n i r l a per poch preu.
p a r a t o d o s los boleros D e s p r é s la va d e s m a m à
seis pares de c a s t a n u e l a s . y li v a d o n a r m e n j à .
P a r a t o d o s los de E s p a n a , A b sis o set o v u i t dias
por boleros y boleras, va m e n j a r s e més g a l l i n a s
eso lo digo de veras; q u e n o h i h a en u n gallina
q u i e n lo dice n o os e n g a n a . y va m e n j a r s e més pa
q u e n o h a n m o l t deu centas m o l e s
Lectores, si os a c o m o d a ,
el r e s u l t a d o veis ya, grosses com les que s'empassen
p u e s desde entonces acà alguns sabis d'abuy dia,
el b a i l a r es la g r a n m o d a que'l seu cor s e m p r e s o m i a
y el ser cervell a n a n - n à .
Y p u e s que t o d o s b a i l a m o s
a l son de las c i r c u n s t a n c í a s , D o n c h s de t a n t que's va e n g a n x à
p o r m u c h o s son las g a n a n c i a s fins la g à b i a s va trencà,
pero a l fin t o d o s p a g a m o s . y a b la l l i v e r t a t t r o b a n t s e
pel v e i n a t va p a s - e j a n t s e
L a l i t e r a t u r a de cordel m a n r e s a n a com si fos u n s a g r i s t à .
c u e n t a con otro r o m a n c e del propio t e ­ Y loh fatal ocasió!
m a , p r o b a b l e m e n t e p l a g i a d o del a n t e ­ escolteu q u ' a r e ve'l b ó .
r i o r (2l). La senyora enmalaltí
S i ' m poseu atenció y digué a l seu m a r i t
os c o n t a r é la canso q u e se'n volia a n a r al llit
d ' u n a puça m a l e h i d a per m i r a r si li p a s s a b a
que va fer perdre més v i d a s el d o l o r que l ' r e p e n a b a ,
que no pas l'Inquisició, y q u ' a n é s a b u s c à el metje.
segons l ' e n t e n e n a l g u n s p u i g li feia m a l a l fetge.
que n o s a b e n q u e s o n p u n t s E s t a n t la s e n y o r a a l llit
y v e n e n de m a l a llevo. se desperta fent u n crit;
E r a u n a n i t cap al t a r t , iy d o n c h s q u ' h a v i a passat?
y a la casa del costat L a p u s s a , ab m e n o s d ' u n cuart,
vivia u n a t a l M a r i a sobre el llit se li h a t i r a t
q u e cada n i t que d o r m i a y el coll li h a mossegat,

20
sen t a n t forta la picada
que l ' h a d e x a d a e s c a n y a d a ,
m o s s e g a n t l i t a n t els ossos
que n i fou b o n a pels gossos,
puig se li m e n j à l'orella,
y després de mica en mica
va e m p a s s à r s e l a tot ella
com si fos e n s i a m a d a .
V a a r r i b a r n e del cafè
el seu m a r i t , de goig plé,
p e n s a n t t r o b a r s e a b la d o n a
enlleugerida y més b o n a ,
p e n s a n que a n a n t h i el metje
li h a u r i a c u r a t el fetje,
y al a r r i b a r , tot seguit
va p r e g u n t a r dessidit
lo que feya sa m u l l e r
y li d i h u e n : —Segex bé,
puig des q u ' h a a n a t a d o r m í
no s'ha acostat més per a q u í .
E n t r a el m a r i t e s c a m a t
cap al seu c u a r t o a m i r à
si h i h a b i a la seva d o n a ,
per saber si estaba b o n a
o l'habian enganyat,
y crida que c r i d a r à s
sense r e s p ó n d r e r l i ella,
y veu la p u s s a r e p l e n a
ab la sang de sa m u l l e r .
E s posa a cridar socorro
y que v i n g a n los criats,
y que v a g i n ben a r m a t s ;
mes la pussa ja e n f a d a d a
al veurer que t a n t cridaba,
d'un bot li s a l t a al clatell
y se li m e n j a la pell,
y se l ' a m p a s s a sencer.
Se n ' e n t r a d i n s de la c u i n a
a h o n t h i h a b i a els criats
que e s t a b a n mitj e s p a n t a t s ,
al beurer que a q u e l l a pussa
habia fet d u g u é s m o r t s ;
tots a n a b a n a b g a r r o t s
y comensan a b a r a l l a r s e ;
mes la pussa va tirarse
a la galta d ' u n de gras,
21
m e n j a n t s e l i tot el n a s ;
y exint d'ell cap ab u n a l t r e
q u ' e s t a b a mitj a r r o n s a t
de la cuixa en u n costat;
v e y e n t a x ó los demés
fugiren com u n s llebrers,
c r i d a n t tots necessitat.
A c u d i r e n los v e h i n s
al sentir t a n t s crits a d i n s ,
y sense pó n i catxassa
v a n a t r o b a r de la p l a s s a
al s e n o r G o b e r n a d ó
pera que calmés a l l ó ,
el que va m a n a r t a n c a r s e
aquella casa de farsa,
p e r q u è al a r r i b a r la p u s s a
n o h i pogués e n t r a r m a y més,
puig se'n h a b i a a n a t
a d à u n passex pel v e i n a t
per m i r à , si feya cassa.
D e p r o m p t e v a n al cuartel
a d e m a n a r forsa gent,
y s u r t el M a r q u é s de L o t a ,
tot m i t j ranco d ' u n a p o t a ,
m o n t a t a d a l t de cavall
j u n t a b t r e n t a v u i t mil h o m e s
per la pussa afosellà.
Se j u n t a a la comitiva
cent m i l h o m e n s c r i d a n t : Viva
10 s e n o r M a r q u é s de L o t a ,
tot m i t j r a n c o d ' u n a p o t a .
q u e es elnostre s a l v a d o r
y farà p a g à el g r a n t t o r t
a la m a l e h i d a p u s s a
Senor Marqués desembusi
los c a n o n s d ' a r t i l l e r i a
y p r e n g u i la p u n t e r i a ,
q u e es a l l à d i n s de les mitjes
d'aquell s o l d a t , fill de Sitges.
S e n t i n t a x ó lo s o l d a t ,
a b ses grapes de b a s t a x
es regira bé les mitjes,
y e n t r e els p u n t s , m i t j aborrida
massilenta y encongida,
la r o b a m i t j a r r o n s a d a ;
11 clava u n a p a t a c a d a ;
mes ella d o n a u n g r a n t bot
y n o p a r a fins al C l o t .
L o s e n o r M a r q u é s de L o t a ,
tot m i t j r a n c o de u n a p o t a ,
m o n t a t a d a l t de cavall,
s'estaba a b la seva g e n t
per d e m a n a l s h i consell,
y li v a v e n i r u n a tos
que 1 t o r n a b a vermellós,
y digué q u e s'apartés
tota la gent del costat,
puig estaba costipat
y li v e n i a n las g a n a s
de escupí: tota la gent
va m a r x à i n m e d i a t a m e n t
veyent que el seu G e n e r a l ,
m o n t a t a d a l t de cavall,
li venia la r o n q u e r a ;
y ell d ' u n m o d o y m a n e r a
s'ajup u n poch per l l e n s à
1 escupir y el va t i r à
a l m i t j de la c a r t u x e r a .
T o t a x ó per digressió,
puig no b o volia dir jo.
V a m a n a r , d o n c b s el M a r q u é s
q u e tota la gent formés
y que'ls c a n o n s t o t s p r e n g u e s s i n
la p u n t e r i a y m a t e s s i n
la p u s s a y la t a n q u e s i n
allà d i n s de la pressó,
y servis de correcció
a totes les demés p u s s a s .
T i r a n tots y n o fan ré,
puig la p u s s a a b g r a n salé
e n t r a d i n s de B a d a l o n a
t o t a contenta y b u f o n a ,
y va ficarse ab t r e m o y a
d i n s l'esquena d ' u n a n o y a
m é s b e r m o s a que n o u n sol
y la p u s s a sent consol,
p u i g e n c a r que fos femella
s e m p r e és b o n a la carn d «ella»
si es b e n jove u ben b u f o n a ;
y n o b i b a com B a d a l o n a
per t e n i r n o y e s r o d o n a s
y d'aspecte graciós.
A i x ó siga dit a b gràcia
de les demés d ' a q u í E s p a n y a ,
ja p r i m e s com u n a canya
y fetes de fideus fins,
j a de les q u i n e s s o n grasses
y son torres de Babel.
M é s lay! tot lo m o n c a n s a ,
y la p u s s a ' s va c a n s a r
d'estarse d i n t r e l'esquena
d'aquella n o y a t a n p l e n a .
Í2
y marxà inmediatament
cap al poble de C o n f l e n t .
A l l à , la g e n t s o n pagesos,
y la carn n o li a g r a d a b a
del pagessos m i t j t o r r a t s
per lo sol d'aquest t e r r e r
t a n n o b l e com lo p r i m e r .
V a m a r c b a r de C a t a l u n y a
y per C u b a e m p r e n g u é el v o l ,
ficantse d i n t r e d'un barco
plé de s o l d a t s e s p a n y o l s ,
que m a r x a v a n de les cols
a d e l a r a t s per lo coco.
E s fica d i n t r e del llit,
y b o sé perquè m ' h o h a n dit,
del capità d'aquell barco;
y m e n t r e s era a d o r m i t
li d a b a t a l de pessich
q u e ' l t o r n a b a despertar;
mes la p u s s a fent u n bot
es ficaba d i n s d ' u n clot
que h i h a b i a al c a m a r o t .
F i n s que u n dia's va c a n s à
y fuxí del capità.
V a a n a r s e n tot x a n o , x a n o ,
com q u i persegex u n n a n o ,
cap a d i n s d u n c a m a r o t
h o n hi habia u n senyorot
ab u n a senyora maca,
sense cap peca n i taca.
Y va pensa: a n e m allà
que h i h a u n t a l l de b a c a l l à .
H i m a r x à tot desseguit
1 volguer ficarse al llit
y es posà sobre el capsal
per v e u r e r més bé 1 m o r r a l .
V e y e n t que li feya festes
y ella n o estaba de grescas,
se li fica d i n s del n a s
y pica q u e picaràs
fins q u e se li m e n j à tot;
e s t a r n u d a , fa u n s i n g l o t
y es p o s a a cridar socorro
q u e li m e n j a b a n el m o r r o .
Sentint tant gaballament,
a c u d e x tota la gent,
y ella's c o m e n s a a m e n j a r
a t o t a la gent del b a r c o ,
m e n o s u n sol m a r i n é
q u e d i n s de l'aigua's t i r à .
L l a v o r ella a l veures s o l a
es tirà cap a l'ona,
y u n t i b u r ó n m o l t regrós
se la va ficar al cos;
pro n o la va p o g u é p a h í
y la va t o r n a a escopí.
 y va cridar una balena
que se le menjés l'esquena;
pro com no tenia gana,
li dexà la carcanada,
puig qu'en jorn va ser trobada
en el port de Barcelona
que li babia portat l'ona.
Y l'arreplegà u n drapaire
que la va fer tot a trossos
pera ferne bastons grossos
del més estimat marfil.
Y aquí he acabat el fil
y no en vull donar més lata;
qu'aprofiti el xocolate
si ancara habéu d esmorsar,
que jo ja vull acabar
lo que han dit gent de més pés,
y han contat historiadors
notables com los millors
y gent de bé de més preu
han posat de més relleu.
A b axó, lector, A d e u .
El tema del àptero paràsito que en
vez de darle muerte se le cuida y e n -
gorda, es universal. Lo màs común es
que sea un piojo (22) pero también se
da el caso de una pulga (23), conside-
rada como un cuento de adivinanza
puesto que la protagonista de la n a -
Cicló del Caracol
G o z ó de mucha popularidad u n ro-
mance narrativo de los estragos de u n
caracol gigante, del que se estamparon
numerosas ediciones en catalàn (28) y
en castellano (29). Este documento te-
nia caràcter político ya que se referia
a un cabecilla faccioso apodado Cara-
col (30), por lo tanto este romance i n -
dudablemente el màs popular de los
de tema zoológico, cae fuera del marco
del presente trabajo. Inspirada en el
romance susodicho el artista Modest
Urgell redacto y dibujó una graciosa
aleluya (3l) así m i s m o al margen de
nuestro actual interès.
Anterior a los documentos referidos,
es otro romance del aire del testamen-
to de la pulga el que ya hemos aludi-
do (32) que parece reconocer orígenes
carnavalescos (33). Estos antecedentes
inspiraron al versista tantas veces a l u -
dído Ferrer, quien cietó unas grandes
hazanas de un famoso caracol de gra-
cioso contenido cuentístico (34).
(22) P a u B e r t r a n i B r o s . Obra citada, p . 189-
(23) J o a n A m a d e s . Rondallistica. ya citada, p.
3 5 0 . — Les cent millors rondalles populars catalanes,
vol. I I . Barcelona 1 9 4 9 , p . 119.

rración que de ordinario es una prin- (24) Contada por Maria Candeles, de Barcelona
(1922).
cesa, al morirse el bicho manda curtir
(25) A n t t i A a r n e s, St. T h o m p s o n , Obra citada,
su piel con la que se hace construir ya p p . 8 3 y 203.
un pandero ya u n tambor de sonido (26) N a r r a d a por Josefa Alibert, planchadora y
escepcional, y p r o m e t é casarse con alpargatera. de Barcelona ( l 9 l 8 ) , Elvira Massaguer,
aquel que adivine de que animal era verdulera, de Barcelona ( l 9 l 6 ) , y M a r i a Hospital,
la piel que tane, acertijo que ordina- ninera, analfabeta, de Barcelona ( l 9 l 6 ) .

riamente acierta u n pastor (24). Este (27) Testament y enterro de una pussa. Esplicat
ab grans gatadas com bu veurà lo que hu lleigeixi.
cuento està registrado con los n ú m e - (Per J. F. fa) Q.J. R e u » , s. tV
ros 5l3 A y 621 (25). (28) Curiós y verdader romanso ab Jo qual se fa
veurer los estragos que va causà un Cargol tres dies
Màs de una de las personas c o n s u l - avans del Diluvi Universal en aquest Principa de
tades que n o s h a n narrado cuentos Catalunya. B a r c e l o n a , s . f.
(26) nos han hablado de la historia de (29) Estragos de un Caracol, verdadera y exacta
una pulga gigante cazada por una se- relación de los horrores que ha causado un enorme
nora que en lugar de mataria cuidó y Caracol, en Espana y Turquia. B a r c e l o n a , s . i.
apacentó cual la princesa del cuento, (30) J o a n A m a d e s . Refranys personals. Barcelo-
na, 1936, p. 72.
y que una vez enormemente gruesa
cometió atropellos y atrocidades sin (31) Vida y estragos de un caracol. B a r c e l o n a , s- (•

cuento cual las llevadas a cabo por la (32) El Nuevo testamento del Caracol que ha
faílecido en la China, dentro de una botina. Y con
heroína del romance con la que a buen pandero y cencerro, se ha efectuado su entierro.
seguro se inspiraban los narradores. R e u s , s . f.

(33) J o a n A m a d e s . Costumari, ya citado, vol. I I ,

La literatura de Cordel de R e u s nos p. 1 1 0 .
habia de otra pulga grandamente es-
(34) Gran historia de los hechos y estragos del
cepcional que otorgó testamento y a la màs grande caracol que se ha visto en el mundo, por
que se tributo u n solemne entierro (27). J. F. Q. R e u s . s. f.

23
 Q u i e n quiera ser espanol
de honradez, honor y glòria
que venga a escuchar la historia
de un enorme caracol.
Esto no es cuento senores
si bien despacio se mira
pues no h a y nada de mentirà,
si palabras s o n amores.
Lo que yo les voy a contar
hay testigos «si no h a n muerto»
y les digo que muy cierto,
lo podran justificar.
Y o advierto también primero
que jamàs supe mentir,
y nunca podré sufrir
que me digan embustero.
V i v a la formalidad,
abajo el vil mentiroso;
lo màs noble y màs h o n r o s o
es decir siempre verdad.
Y aquí con lengua espanola
os lo voy a relatar
senores, voy a empezar,
allà va, rueda la bola.
E n la ciudad de Farsante
provincià de Miententodos
nació entre barro y lodos
u n caracol arrogante.
D i c e n que un sastre lo vió,
un gitano, u n asistente,
jamàs de toda esta gente
n i n g u n o de ellos m i n t i ó .
P u e s senor, un caracol,
«y verdad lo dicho sea»
que en la guerra de Crimea
salió de Sebastopol.
Y mares atravesando;
y muchos l l a n o s corriendo,
y varios montes subiendo,
y después valies bajando.
C o n ocho días o siete
fué tanto lo que corrió,
que el tuno se presento
frente de Portugalete.
Descargaban bacalao
cuando h i z o su gran parada
y se quedo interceptada
la gran ría de Bilbao.
D e l charco, se puso en medio,
entre la ría y la mar,
y los barcos por pasar
n o hallaban n i n g ú n remedio.
T o d a la gente creia
«y la creencia era estrana»
que era aquello una montana
por arte de brujería.
24
Q u e fuese un monte movible
n i n g u n o de ellos creyeron
lo que si m u y pronto vieron
que era un caracol terrible.
Veinte y tres metros de largo,
solo los cuernos tenían
según calculo que hacían
u n o s y n o lo recargo:
D e su cascarà diré,
«cuidado que causa horror»
que era tres veces mayor
que n o el arca de N o é .
La gente se alborotó
sin saber lo que se hacía
toda la marineria
al punto se reunió.
T o d o s iban calculando
para poder paso abrir,
y sin màs que discurrir
iban los días pasando.
A l l í las embarcaciones
paradas màs de dos meses,
hasta tomar los ingleses
buenas determinaciones.
D i e z vapores prepararon
cargados de municiones
junto con treinta canones
que en u n momento cargaron
T o d o s juntos en hilera
en frente del caracol,
y un almirante espanol
gritaba de esta manera:
S o l o la voz espanola
aquí debe gobernar
pues habéis de disparar
al fuego de mí pistola.
Preparen ya los canones
para dispararlos luego;
T o d o s a una, alma, fuego...
todas las embarcaciones.
Q u e estruendo tan furibundo
en medio de aquella ría;
allí la gente creia
que daba fin este mundo.
E l caracol embistió
sin andarse con primores,
y los barcos y vapores,
en el agua sumergió.
Y quedo tan resentido
de aquel obsequio tan raro,
que no hizo n i n g ú n reparo
hasta estar todo perdido.
Pues h i z o tan cruda guerra
a todo lo que encontró,
que con los cuernos barrió
a los que estaban a tierra.
Limpió la tierra y la mar
de una gente tan molesta,
y acabada ya la fiesta
se marchó a otro lugar.
S u marcha de caracol
según me dijo una pabana,
cuando le daba la gana
hacía el curso del sol.
N a d a , lo dicho es verdad
y n o h a y que contradecir;
y ahora voy a referir
otra monstruosidad.
Cruzando la tierra y mar
sin obstàculo n i n g u n o ,
aquel caracol tan tuno
a N à p o l e s fué a parar.
D e la mar en ribera
estuvo parado u n dia,
y por verle allí acudia
toda N à p o l e s entera.
Allí cuatro mil cantantes
armaron tal zaragata
dàndole una serenata
con sus voces tan vibrantes.
Q u e el caracol satisfecho
hacia los montes subía
y el guapo se dirigia
hacia el V e s u b i o m u y derecho.
A n d a b a m u y despacito
perdiendo ya aquel afàn:
pues encima del volcàn...
allí se paró el maldito.
La gente, allí en confusión
con gran tropel acudia,
por ver que resultaria
al salir u n a erupción.
E l caracol quieto estaba
con una calma pasmosa;
25
en fin, como si tal cosa
por que no se meneaba.
E l volcàn se resfrió
y estando frío, presumo
que n o despedía h u m o
pues apagado quedo.
Pero al cabo de un buen rato
se calentó y dió u n bramido
como espècie de alarido
moviendo u n gran desacato.
P u e s la gente sin tardar
ya toda despavorida,
para salvarse la vida
tuvieron que echarse al mar.
Y con esto resulto
«me dijo un pariente mío»
que el volcàn se quedo frío
y el caracol se marchó.
S u marcha fué tan extrana,
que andando de mala gana
en menos de una semana
y a se encontraba en Espana.
La dirección que tomó
fué por el río Segura
por la desembocadura
y en Múrcia se presento.
Horror de la h u m a n i d a d
fué aquel terrible animal,
de forma tan colosal
y horrible ferocidad.
A q u e l l a s huertas hermosas
de cosechas m u y seguras
de frutas y de verduras
y de muchas varias cosas.
Sabeis pues el resultado:
que el caracol en un dia
todo lo que allí habia
y a se lo habia tragado.
Mirad si es cosa m u y seria,
tan pronto y tan de repente
dejar toda aquella gente
en la màs triste misèria.
U n o s se despartieron
màs de la mitad se fueron;
y de hambre se murieron
todos los que allí quedaron.
iCuan triste el campo quedo...!
D e s p u é s ya de baber comido
y de cansancio rendido
el caracol se durmió.
Enseguida encima de él
acuden perros y gatos,
lagartos, culebras, patos,
y todos en gran tropel.
Lobos, zorros, sanguijuelas,
y micos y que se yo;
cuidado que esto lo vió
u n o que arrancaba muelas.
Encima de él sa subieron,
y empezaron su bravura
a roer su concba dura
y despertarle pudieron.
E l caracol enfadado,
corre a la mar como un tren,
y allí en u n santiamen
todo el m u n d o quedo abogado.
Desprendido de su carga,
por la costa fué siguiendo
como quien dice corriendo
pues bizo carrera larga.
C o n enfado o con paciència
su carrera adelantó
y pronto se presento
en el reino de Valencià,
y por el G r a ó corriendo
m u y tranquilo y m u y formal,
se llego a la capital
aquel caracol tremendo.
La gente se amotimó,
y màs de dos mil cbufleros
y setenta bunoleros
con los cuernos destrozó.
Enseguida el general
del cantón de aquella plaza
bombre de m u y buena traza,
l o t o m ó por lo formal.
M a n d ó presto y diligente
formar la caballería,
infantes y artilleria,
y toda la demàs gente.
Y formados en batalla
sin tener ya màs sosiego
empezó u n horrible fuego
de bombas y de metralla.
Tiràronle cacahuetes
petardos y alguna bala,
hasta luces de bengala
y diez mil siete cohetes.
Pero el caracol sereno;
ni menos se meneaba,
lo que solo le asustaba
era el oir algun trueno.
Y allí dijo u n catedràtico,
que él u n medio sabia
y el caracol mataria
con u n globo aerostàtico.
Subir dos hombres en él,
y teniendo prevenido
mucho plomo derritido,
saldrían del gran tropel.
A l momento se arreglo
y fué la cosa màs sencilla;
todos dentro una barquilla
debajo el globo y subió.
A n t e s de ponerse el sol
sin mirar cuando ni como,
tiraron derrito el plomo
encima del caracol.
C u a n d o se sintió quemado,
ya no tuvo més paciència,
pues se largó de Valencià
rabioso y desesperado.
Y en Valencià dijo un bobo
cantando u n a s seguidíllas,
que en las cajas de cerillas
ponen: «Fàbrica del globo».
Atravesó Barcelona
el caracol ambulante
siguiendo siempre adelante,
se fué a parar a Cardona.
Frente donde està la sal
allí fué su paradero,
y no supo el majadero,
que habría allí su final.
D e debajo de una col,
u n n i n o rubio salió
y u n grano de sal cojió
y la tiró al caracol.
A l punto soltó la baba
dando u n terrible chillido
dentro su concha escondido
porque aquello le mataba.
Viendo tan buen resultado,
la gente con ànsia loca
llenaron de sal su boca
y así quedo rebentado.
 T o d o él, agua se volvió, Las hazanas de un conejo
y en menos de medio dia y una langosta terrible
quedo la concha vacía voy a contaros senores
y allí u n inglés la compro. u n hecho casi increible.
A Londres se la llevarem Ustedes no crean
por su Korrenda dimensión que sea u n engano,
y una gran exposición que esto ha sucedido
dentro la concha formaron.
este m i s m o ano.
La fé no quiero perderla S i alguno lo duda
porque todo puede ser, serà u n majadero,
quien n o lo quiera creer pues yo nunca he sido
que vaya a Londres a verla. n i n g ú n embustero.
E n la literatura oral conocemos al Entre N u m a n c i a y S a g u n t o
caracol como héroe de un cuento acu- este caso aconteció,
m u l a t i v o descriptivo de las h a z a n a s y esto serà gran verdad
llevadas a cabo por u n famoso hélico porque hasta un ciego lo vió.
para obtener las hierbas que le preci-
s a b a n para c u r a r s e de dolores de A t e n c i ó n senores
barriga. que voy a empezar:
esta gran historia
E n nuestras búsquedas hemos h a - debeis escuchar.
l l a d o i n d i c i o s narrativos de escasa
Abrid los oídos
importància referentes a u n potentoso
caracol autor de proezas escepcionales prestadme atención
que recuerdan las llevadas a cabo por aprovechad sordos
el caracol del romance transcrito, va- la gran ocasión.
gamente conocidas y recordades por A n t e todo he de decir
las narradoras (36). que este valiente conejo,
era así... algo mediano,
ni m u y joven ni m u y viejo.
Cíclo del conejo
E l pelo tenia
Entre los cuentos de luchas entre m à s duro que el crin,
grupos de animales (los cuadrúpedos pues se parecía
contra los alados, los de pluma contra al de un puerco espín.
los de pelo, a los que y a nos hemos
referido), los existen también referen- Y su gran bigote
tes a la guerra entre los animales te- valia por mil,
rrestres y los acuàticos e n plan de màs flrme y màs tieso
d o m i n i o de u n o s sobre otros. que un guardià civil.
E n u n cuento etiológico explicativo La langosta en màs o en menos
de porqué los cangrejos andan hacia no era màs que regular;
atras, se dice que en la lucha referida n o era langosta de prados
hacia de espia de los peces un cangrejo, que era langosta de mar.
que andando a tientas en el desempe-
fïo de su misión recibió u n enorme S u color tan sano
porrazo en la cabeza que le dejó a t o n - como el de la rosa,
tado por lo que desde entonces anda en cuanto a su cara...
con precaución dando tres pasos hacia era caprichosa.
adelante y dos hacia atràs (37).
La literatura de cordel tiene dedica- (36) Contada pot Rosa Badia, planchadora, de
dos dos romances a la pelea de u n Sarreal (l9l9) y ÀSustín Soler, fundidor, de Barce-
conejo con una langosta de mar: uno lona (1921).
de ellos es debido al conocido versista (37) Joan Amades- Rondallisticas, ya citada,
de R e u s tantas veces referido, autor de p. 910.
buena parte de los documentos versi- (38) Hazanas Famosos de ona langosta y un co-
fícados transcritos en este trabajo (38). nejo por ellos mismos relatadas por J. F. Q. R e n s , t- f.

27
 L o s cuernos tenia
de gran dimensión,
parecían làtigos
de algun postillón.
P u e s se encontraron los dos
frente a frente y cara a cara,
y entraron en discusión.
JÀy que discusión màs raral
Querían a u n tiempo
los dos empezar,
para sus h a z a n a s
poder explicar.
Pero la disputa
m u y pronto arreglaron,
y el uno tras otro
de este modo hablaron.
LANGOSTA
M u y tranquila y o me estaba
metida dentro del mar,
y u n pescador de gran fama
me quería a mí pescar.
E l anzuelo arria,
yo que se lo cojo;
él fuerte tiraba,
màs yo que no aflojo.
E l ya se cansaba
de tanto tirar,
y o tiro més fuerte
y le echo en el mar,
CONEJO
P u e s a mi me pasó un caso
con u n bravo cazador,
y el m u n d o de mi esté hablando
por el rasgo de valor.
U n tiro me tira
pero no me toca;
yo que doy u n brinco
y me agarro a su boca.
E l pobre asustado
se puso a gritar,
y escopeta y perro
le hice tragar.
LANGOSTA
Y o siempre en u n m i s m o sitio
me cansaba ya de estar,
y en menos que canta u n gallo
fuíme a Mallorca a parar.
V o l q u é los navíos
que en el muelle habia
quedando aterrada
la marineria.
28
Y mi valentia
tan terrible fué
que hasta la farola
también derribé.
CONEJO
Y o he reventado a los perros,
tanto a galgos como galgas,
pues corriendo tras de mi
se h a n roto piernas y nalgas.
Porque yo de u n salto,
si me embiste un perro,
atravieso u n valle
lo m i s m o que u n cerro.
U n dia embistiéronme
tres perros o cinco,
y atravesé el Ebro
tan solo de u n brinco.
LANGOSTA
P u e s u n dia y o me fui
al muelle de Valencià,
y a todos los tripulantes
les acabé la paciència.
Si ataban los barcos
sus cuerdas rompia;
volvían a atarlos,
el hecho repetia.
Les di tal trabajo
disgustos y penas,
que hasta de sus barcos
rompí las cadenas.
CONEJO
M e estaba yo en u n barranco
cuidéndome de pacer,
las yerbas màs tiernecitas
que estaban en mi poder.
Se presento u n lobo,
después una zorra
y para comerme
m o v í a n camorra.
Y o con mis patitas
les suelto una coz,
les ciego l o s ojos
y escapo veloz.
LANGOSTA
Y o estaba u n dia en la playa
allà en las bocas del N i l o ,
y a media vara de mi
se presento u n cocodrilo.
 Tenia unos ojos
como dos cazuelas,
después unos dientes
como a caslafiuelas.
Le met( mis cuemos
dentro su nariz,
y de un esternudo
murió el infeliz.
CONEJO
Un dia me entre en un pueblo
que se llamo Aguilarejo,
y està claro, los vecinos
todos detràs del conejo.
Me entre en una casa
de cuartos y alcobas,
todos me empaitaron
con palos y escobas.
Yo me vi apurado
con tanta pelea,
y al fin me escapé
por... la chimenea.
LANGOSTA
Escucha mi buen conejo
que vas a oir lo mejor:
una vez dentro del mur
hice parar a un vapor.
Y luego un marino
Me tiró un balazo
y vi no otro luego
por darme un hachazo.
Pue tanto el enfado
que yo entonces sentí,
que al barco y mar i nos
allí sumergf.
CONEJO
Fatigado de cansancio,
a un bosque me metí yo,
pero un labrador tunanle
mi goarida descubrió. .
29
Pegó fuego nl bosque
por desgracia mía,
pues causaba horror
del modo que ardín.
Yo me puse serio,
me determiné,
y de una meada
el fuego apagué.
LANGOSTA
Un dia por gran descuido
no sé como me cogieron,
me llevaron al mercado
y està claro, me vendieron.
Allí una criada
8 mi me compro;
dentro de su costa
ella me metió.
Dí yo un estallido,
le rompí la cesta,
me volví a la mar
y acabé la fiesla.
CONEIO
Una vez a un toro bravo
por los mon tos encontre;
el muy bruto que me embiste,
yo que a tierra me agaché.
Me dió una cornada
de las màs brulales;
sus cuernos rompió
igual que cristales.
Lo que sé muy cierto
que no me tocó,
él se quedo muerto
y escapé yo.
LANGOSTA
Pues si si, amigo conejo,
ya ves muy liso y muy llano
que en tus famosas hazanas
le aventajo y le las gano.
Yo sé que conmigi
no puedes luchar,
 pprque si yo quiero que esto ha supedido
soy reina del mar. adentro de Espafia.
No eches el gallo Y el que no lo crea
que tu pompa es vana, puede aquí venir,
scpas que al conejo que los espafíoles
la llebre le gana. no saben mentir.
Ya lo veis nobles seíiores, Entre Pinto y Valdemoro
queridísimos oyentes, aconleció este fracaso,
como esie par de animales pongan atención sefiores
presumían de valientes. que a relatar voy el caso.
Los dos disputaban Que era el Conejo
sus hechos de historia, y era la Langosta,
y en un santiamén ni grande, ni chico,
fueron a la glòria. ni ancha, ni angosta.
Porque dos muchachos Tenia él buen pelo,
alli se acercaron ella buenas patas,
y en una pelota y así es que armaron
a los dos mataron. diez mil zaragatas.
Encontràronse los dos
Varios muchachos del pueblo
de regreso para Espafia,
haciendo gresca tremenda,
y empezaron a contar,
de aquellos dos animales
unas tras otras hazanas.
hicieron una merienda.
Mas viendo que ambos
Pero la merienda estaban de gresca,
muy cara pagaron se van junto a un àrbol
los que la comieron a tomar la fresca.
mudos se quedaron. Diciendo el Conejo
Quizas el diablo hable usted paisana,
desplego sus iras, y ella le responde
y así les privo no me da la gana.
de decir mentiràs.
Empezaré mi relato
No me escuchéis mas sefiores dijo el Conejo arrogante,
porque el cuento se acabo, pero le suplico a usté
no sea que así charlando amiga que no se espanle.
me quede embustero yo.
Porque yo he causado
Este romance debió despertar el inte- mas males y en redós
rès del publico hasta tal punlo que la que lengo yo encima
literatura de cordel barcelonesa plagio del pellejo pelos.
el romance reusense edilando otra com- Y con mis hazaflas
pnsición del nronio tema encabezada por de tanto valor,
un grabado ilustrativo diferente (39). que al que las escucha
le entra temblor.
Cabé observa^ que de los dos docu-
mentos referidos conocemos menos edi- Le contesta la Langosta
ciones que de la mayoría de los romance» amigo no eche usté plantas,
que llevamos transcritos. Veamos el ro- que muchas tengo yo hechas
mance de Barcelona: pues pasan de mil y tantas.
Y así caro amigo
Hazanas de una Langosta abra usté su pico,
y un esforzado Conejo, que dichas las suyas
quiero esplicarles seilores verd si me esplico.
& riesgo de mi pellejo.
( 3 9 ) Fcmosas hazanas de un conejo y
No crean ustedes una langosta relatadas por ellos mismos.
que sea patraiía, Barcelona, s. f.

30
 Que por cada pelo
que tengo en las patas
tuve con los hombres
cien mil zaragatas.
CONEJO
Cuento por primera hazafia
de mi nombrado valor
el dur astuto la muerte
a un temido cazador.
Me apunta y salto
sobre él en un triz,
le meto la cola
dentro la nariz.
Empieza el buen nombre
luego a estornudar,
y de esta manera
le hice revenlar.
LANGOSTA
Estuve yo dentro el mar
le contesto la Langosta,
y me quiso allí pescar
un marino de la costa.
Me echa el anzuelo
yo que se lo atrapo,
él tira de arriba
yo tiro de abajo.
Ya cansado afloja
tiro fuerte yo,
cae dentro el agua
y aun no salió.
CONEJO
Tanto y tanto me cansé
de matar perros y perras,
salí de Espafia y me fui
a visitar nuevas tierras.
Por bajo de tierra
hice una huronera,
y llegué a la China
a la primavera.
Tomé allí partido
por un mandarín
y entrambos triunfantes
dentro de Pekín.
LANGOSTA
Cansada ya de vivir
entre rocas por la cosla,
dije entre mf hora es ya
que hablen oe esta Langosta.
3l
En quince minutos
me fui a la Habana,
entrando en su puerto,
ligera y ufana.
Eché un resoplido
y al llegar al Morro
y todos los barcos
pedían socorro.
CONEJO
El emperador de China
cuando me vió tan chiquito,
se me acercó poco a poco
para echarme en el garlito.
Conociendo entonces
su mala intención
levanto la pala
y le di un bofetón.
Fué tan rudo el gol pe
que le di a la cara,
que perd ió una oreja
y una quijada.
LANGOSTA
Armé yo tal remolino
dentro el puerto con las palus
que eché a pico c en navíos
y cuatrocientas fragatas.
Cada inarinero
que caía al agua,
yo le echaba a tierra
de una manotada.
Todos se salvaron
menos un inglés
que me comí crudo
de cabeza a pies.
CONEJO
Quemado el Emperador
y viendo que era un Conejo
juró que se haría un gorro
de dormir con mi pellejo.
Junta su ejército
de mar y tierra,
y a son de trompeta
me declara la guerra.
Todos tras mí corren
por una sabana,
y allí reventaron
en una semana
 LANGOSTA El agua era escasa..
y solo bebía
Cansada de navegar o cuando nevaba
me encaminé a Filipinas o cuando llovía.
y alli del agua sulí
a pasear por sus colinas LANGOSTA
Era el sol ardiente Sabiendo los campesinos
me sofoca un poco, el mundo de gobernarme
moviendo una pata tratan todos de junlarse
armo un terremoto. por si logran atraparme.
Gritan los chiquillos
y lloran las viejas, Los unos con palos,
yo derrumbo casas, los otros con hoces,
balcones y rejas. ruedan por el suelo
con un par de coces.
CONEJO Han quedado viudas
de Lorca y Motril,
Fatigado de córrer sin decir mentirà,
me metí en un melonar, unas treinta mil.
para reparar mis fuerzas
y un instante descansar. CONEJO
Rendido y cansado Toda la Espafia corri
allí me dormí, désde que caí del cielo
y en medio las nubes sin hallar un cazador,
muy luego me ví. que cazase este conejo.
Un chino en un globo
allí me llevo, Yo cruzo los montes,
y cerca la luna yo cruzo los prados,
al suelo me echó. yo subo a los riscos
cruzo los collados.
LANGOSTA A nadie le temo,
soy hijo de Espafia
Salí de allí y me metí y en cada minuto
otra vez dentro del mar. yo cuento una hazafla.
y en tres minutos y medio Todos sus hechos y hazafias
desembarqué en Gibraltar.
los dos relataban fieros
Corri Andalucía cuando los cogió una vieja
y en una ocasión diciéndoles majaderos;
destrocé a bocados Haber si valientes
quizàs un millón. canalla dafiina
Me causaron làstima hareis buen guisado
verles hacer cruces, hoy en mi cocina.
y dije no mato Uno con pimierito?
ya mas andaluces. otro con tomates,
así daran fin
CONEJO vuestros disparates.
Cerca dos aflos y medio Con tanto placer y gusto
del cielo estuve bajando, la vieja se los comió
y pasé todo el camino "que el saeristan de la aldea
ilui·iiiiendo cazando. el otro dia la enterro.
Comía jilgueros, Pues cuando se vieron
comía chorlitos, dentro la barriga
los días de ayuno entrambos formaron
comía mosquitos. una nueva intriga.

32
 Dàndole a la vieja truyen m.à« por La vista de Las imagenes
un tal torozón que por la influencia de la letra impre-
porque le cantaro i sa. Sin dudu que en las huellas dejadas
el Kirie eleyson. por los romances que nns ocupan en la
Iradición oral, tuvo notable influencia
El conejo aparece como héroe de un la ilustración que encabezaba y embelle-
cuento acumulativo muy difundido (40). cía los textos.
Cocinaban gachas en compaflía de la ca-
Parece ser que un cúmulo de diversos
bra, cayó una mosca en el guisado con
factores culturales dificulta la creación
lo cual el conejo sintió una gran repug-
actual de cuentos ; cabé no obstante tener
nància, mientras que la cabra se lo to-
en cuenta que este aspecto de la cultura
mo a risa y fué tanto lo que se rió que
no ha sido aún estudiado con la inten-
se rasgó la boca, siendo preciso cosérse-
sidad debida a su importància; no pa-
la, para lo cual tuvo que acudir a una
rece lógico que puedan haberse extingui-
sèrie de individuos que aportaron su es-
do las causas psicológicas que determi-
fuerzo en la obra de manera nada gene-
na n la formación de narraciones tradi-
rosa; cuento registrado con el número
cionales exactamer.te ahora, después de
2032 (41).
los milenios de vida que lleva la huma-
También hemos hallado referencias nidad. Si en efeclo, la llama creadora de
de la pelea del oonejo con la langosta mitos y de cuentos se balla aun ardien-
(42), a buen seguro debidas a la influen- do, creemos posible que los débiles re-
-
cia de los romances transcritos. Es cu- flejos proyectados hasta ahora por los
rioso de notar que de los tres narrado- romances transcritos adquieran vigoria
res que nos reflrieron la pelea entre el hasta constituirse en un cuerpo solido
peludo y el crustàceo, dos nos hablaron dando lugar a un cuento o a un nuevo
de ella como comentario al cuento el episodio agregado a otro cuento ade-
Conület i la Cabreta, y en un plan pon- cuado.
derativo de la astúcia y de la valen!ía
del conejo aparentemente tan quieto y JUAN A M A D E S

apacible. Quien sabé si con el andar del

tiempo el cuento catalan del conejo y
la cabra se aumentara con un nuevo e|>i-
sodio de la hazaiia del protagonista pe-
leàndose con una langosta marina. La
aíladidura parece difícil dada la índole
acumulativa del cuento, la que cierra de
golpe con la consecución del objetivo
promotor del tema, pero la novelística
tradicional es hàbil y cuenla con recur- (40) Joan Amades. Rondallística, ya ci-
tada, p. 541; Valc. i Serra i Boldú. Aplec de
sos ingeniosos. Rondalles. Barcelona, s. f., p. 81. Anicet
Villar de Serens. Terra i Anima. Barcelo-
na, 1934, p. 116.
(41) Antti Aarne's St. Thompson, Obra
citada, p. 212. ^
Cuantos romances llevamos transcri-
tos, van ilustrados con graciosos graba- (42) Contada por Agjiís Coll, costurera,
dos vaciados en madera cual es costum- de Ripoll (1924), por Rosalia Tarragó, sir-
vienta, analfabeta, de Pla de Cabra (1916)
bre en esta suerte de impresos destina-
y Antònia Camps, hospitalera, analfabeta,
dos a las genles analfabetas que se ins- de Reus (1924).

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