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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ


CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

PROJETO DE CONVERSORES CC/CC ISOLADOS E EQUIVALENTES

Aluno: Caio Kerson Oliveira Veras


Professor: René P. Torrico Bascopé, Dr.
Disciplina: Modelagem de conversores

Fortaleza - CE
Agosto de 2017
2

CAIO KERSON OLIVEIRA VERAS

PROJETO DE CONVERSORES CC/CC ISOLADOS E EQUIVALENTES

Relatório referente ao projeto de


conversores CC/CC isolados da
disciplina de Modelagem e Controle de
Conversores Estáticos, do programa de
pós-graduação em Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Ceará.

Prof.: René P. Torrico Bascopé, Dr.

Fortaleza - CE
Agosto de 2017
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2. CONVERSOR FORWARD DE UM TRANSISTOR DA FAMÍLIA BUCK ... 6
2.1. Princípio de funcionamento ................................................................................... 6
2.2. Equacionamento ..................................................................................................... 6
2.2.1. Circuito isolado ............................................................................................. 6
2.2.2. Circuitos equivalentes.................................................................................... 7
2.3. Dados do projeto .................................................................................................... 8
2.4. Considerações do projeto ....................................................................................... 8
2.5. Dimensionamento .................................................................................................. 9
2.5.1 Forward isolado ............................................................................................... 9
2.5.2 Circuitos equivalentes...................................................................................... 9
2.6 Resultados ............................................................................................................. 10
2.6.1. Circuitos do conversor .................................................................................. 10
2.6.2. Simulações .................................................................................................... 11
3. CONVERSOR PONTE COMPLETA DA FAMÍLIA BUCK.......................... 13
3.1. Princípio de funcionamento ................................................................................. 13
3.2. Equacionamento do conversor ............................................................................. 13
3.2.1. Ponte completa isolado ................................................................................ 13
3.2.2. Circuitos equivalentes.................................................................................. 14
3.3. Dados do projeto .................................................................................................. 14
3.4. Considerações do projeto ..................................................................................... 14
3.5. Dimensionamento ................................................................................................ 15
3.5.1 Ponte completa isolado .................................................................................. 15
3.5.2 Circuitos equivalentes.................................................................................... 15
3.6 Resultados ............................................................................................................. 16
3.6.1. Circuitos do conversor .................................................................................. 16
3.6.2. Simulações .................................................................................................... 17
4. CONVERSOR PUSH-PULL ALIMENTADO EM CORRENTE DA FAMÍLIA
BOOST .......................................................................................................................... 19
4.1. Princípio de funcionamento ................................................................................. 19
4.2. Equacionamento ................................................................................................... 19
4.2.1. Push-Pull isolado ......................................................................................... 20
4

4.2.2. Circuitos equivalentes.................................................................................. 20


4.3. Dados do projeto .................................................................................................. 20
4.4. Considerações do projeto ..................................................................................... 21
4.5. Dimensionamento ................................................................................................ 21
4.5.1 Push-Pull isolado ........................................................................................... 21
4.5.2 Circuitos equivalentes.................................................................................... 21
4.6 Resultados ............................................................................................................. 22
4.6.1. Circuitos do conversor .................................................................................. 22
4.6.2. Simulações .................................................................................................... 23
5. CONVERSOR FLYBACK DA FAMÍLIA BUCK-BOOST ............................. 25
5.1. Princípio de funcionamento ................................................................................. 25
5.2. Equacionamento ................................................................................................... 25
5.2.1. Flyback isolado ............................................................................................ 25
5.2.2. Circuitos equivalentes.................................................................................. 26
5.3. Dados do projeto .................................................................................................. 26
5.4. Considerações do projeto ..................................................................................... 27
5.5. Dimensionamento ................................................................................................ 27
5.5.1 Flyback isolado .............................................................................................. 27
5.5.2 Circuitos equivalentes.................................................................................... 27
5.6 Resultados ............................................................................................................. 28
5.6.1. Circuitos ....................................................................................................... 28
5.6.2. Simulações .................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 31
5

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo analisar e projetar quatro topologias de


conversores CC/CC isolados e seus circuitos equivalentes, referindo-os seus componentes
para o lado primário e secundário do transformador. Em cada topologia é realizado uma
análise do comportamento através da simulação no software PSIM.

Os conversores estudados estão descritos a seguir:

 Conversor forward de um transistor da família buck;


 Conversor ponte completa da família buck;
 Conversor push-pull alimentado em corrente da família boost;
 Conversor Flyback da família buck-boost.
6

2. CONVERSOR FORWARD DE UM TRANSISTOR DA FAMÍLIA BUCK

O conversor Forward é um conversor CC-CC da família Buck, em que apresenta


uma particularidade devido a sua isolação entre a tensão de entrada e de saída, conforme
apresentada na Fig. 2.1.

Figura 2.1. Conversor Forward de um transistor da família buck

Fonte: Rashid, 1999.

2.1. Princípio de funcionamento

Este conversor apresenta um funcionamento semelhando ao conversor buck. O


período de chaveamento é T, a chave é fechada por um tempo DT e aberta em outro
período de tempo (1-D)T.
Quando a chave S1 está fechada (período DT), ou seja, está conduzindo, a tensão
de entrada (Vi) é aplicada ao enrolamento primário (Np) do transformador que induz a
tensão VS no enrolamento secundário (NS) e polariza diretamente o diodo D1,
proporcionando alimentação para a carga.
Quando a chave S1 está aberta (período (1-D)T), o diodo D1 fica reversamente
polarizado, fazendo com que o capacitor alimente a carga e a corrente circule pelo diodo
D2. O enrolado Ns é utilizado para fornece um caminho para a corrente de magnetização
e para produzir corrente de magnetização antes das etapas de operação.

2.2. Equacionamento

Segundo Hart (2012) e Rachid (1999), este conversor pode ser dimensionado a
partir dos equacionamentos descritos a seguir:

2.2.1. Circuito isolado

a. Cálculo da relação de espiras do transformador (a = Ns/Np)


7

V𝑜
𝑛= (2.1)
V𝑖 . 𝐷𝑚𝑎𝑥

b. Indutância

(𝑛. V𝑜 − V𝑜 ). 𝐷𝑚𝑎𝑥
L𝑜 = (2.2)
𝑓𝑠 . 𝛥𝐼𝐿0

c. Capacitância

𝛥𝐼𝐿0
C𝑜 = (2.3)
8. 𝑓𝑠 . 𝛥𝑉0

d. Resistência da carga

V𝑜 2
R𝑜 = (2.4)
𝑃0

e. Corrente de saída

𝑃0
I𝑜 = (2.5)
𝑉0
2.2.2. Circuitos equivalentes

a. Frequência de chaveamento

𝑓𝑠_𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑓𝑠 (2.6)

b. Razão cíclica

𝐷max _𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐷𝑚𝑎𝑥 (2.7)

Referenciado ao lado primário:

c. Indutância

𝐿𝑜
𝐿𝑜[𝑝] = (2.8)
𝑛2

d. Capacitância

𝐶𝑜[𝑝] = 𝑛2 . 𝐶𝑜 (2.9)

e. Resistência

𝑅𝑜
𝑅𝑜[𝑝] = (2.10)
𝑛2
8

f. Tensão de saída

𝑉𝑜
𝑉𝑜[𝑝] = (2.11)
𝑛

Referenciado ao lado secundário:

g. Tensão de entrada

𝑉𝑖[𝑠] = 𝑛. 𝑉𝑖 (2.12)

h. Indutância

𝐿𝑜[𝑠] = 𝐿𝑜 (2.13)

i. Capacitância

𝐶𝑜[𝑠] = 𝐶𝑜 (2.14)

j. Resistência

𝑅𝑜[𝑠] = 𝑅𝑜 (2.15)

l. Tensão de saída

𝑉𝑜[𝑠] = 𝑉𝑜 (2.16)

2.3. Dados do projeto

A Tabela 2.1 apresenta os parâmetros do projeto.

Tabela 2.1. Especificação do Conversor Forward

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi = 200 [V]
Tensão de saída V0 = 54 [V]
Potência de saída P0 = 300 [W]

2.4. Considerações do projeto

A Tabela 2.2 apresenta algumas considerações para o projeto.

Tabela 2.2. Considerações do Conversor Forward

Parâmetro Valor
Frequência de chaveamento fs = 20000 [Hz]
Razão cíclica máxima Dmax = 0,45
9

Ondulação da tensão de saída Vo = 0.5% . V0 [V]


Ondulação da corrente no indutor ILo = 10% . I0 [A]

2.5. Dimensionamento

2.5.1 Forward isolado

De acordo com os parâmetros estabelecido nas tabelas anteriores e de posse das


equações do tópico 2.2, foram encontrados os seguintes valores para o conversor forward
isolado, conforme apresentado na tabela a seguir.

Tabela 2.3. Parâmetros calculados do Conversor Forward (isolado)

Parâmetro Valor
Relação de Transformação n 0,6
Indutância Lo 2,675m [H]
Capacitância Co 12,84u [F]
Resistência Ro 9,72 // 19,44 [Ω]

2.5.2 Circuitos equivalentes

A partir dos equacionamentos do tópico 2.2 e dos parâmetros especificados, pode-


se obter os valores para os circuitos equivalentes do conversor referido ao lado primário
e secundário, apresentados a seguir.

Tabela 2.4. Parâmetros calculados do conversor forward equivalente referido ao lado


primário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[p] 200 [V]
Indutância Lo[p] 7,43m [H]
Capacitância Co[p] 4.6224u [F]
Resistência Ro[p] 27 // 54 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 90 [V]
10

Tabela 2.5. Parâmetros calculados do conversor forward equivalente referido ao lado


secundário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[s] 120 [V]
Indutância Lo[p] 2,675m [H]
Capacitância Co[p] 12,84u [F]
Resistência Ro[p] 9,72 // 19.44 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 54 [V]

2.6 Resultados

2.6.1. Circuitos do conversor

Figura 2.2. Simulação do conversor forward (isolado)

Fonte: Autor, 2017.

Figura 2.3. Simulação do conversor forward equivalente referenciado ao lado primário

Fonte: Autor, 2017.


11

Figura 2.4. Simulação do conversor forward equivalente referenciado ao lado secundário

Fonte: Autor, 2017.

2.6.2. Simulações

Aplicou-se um degrau de carga de 100% com o intuito de avaliar a dinâmica do


conversor forward e dos conversores equivalentes. As formas de ondas são apresentadas
a seguir.

a. Tensão e corrente de saída (forward isolado)

Figura 2.5. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.


b. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado primário)
Figura 2.6. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.


12

c. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado secundário)

Figura 2.7. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

A partir dos valores obtidos, pôde-se observar que os valores projetados


atenderam aos pré-requisitos estabelecidos e que os conversores equivalentes
apresentaram a mesma dinâmica do conversor forward isolado.
13

3. CONVERSOR PONTE COMPLETA DA FAMÍLIA BUCK

O conversor ponte completa ou full-bridge, também é um conversor CC/CC da


família buck com isolação entre a tensão de entrada e de saída, conforme apresentado na
Fig. 3.1.
Figura 3.1. Conversor ponte completa da família buck

S1 S3 D1 D3

S4 S2 D4 D2

Fonte: Adaptado de (Hart, 2012)

3.1. Princípio de funcionamento

Este conversor apresenta um controle apropriado nos pares de chaves (S1 e S2) e
(S3 e S4) com comutação alternada. Quando S1 e S2 estão fechados, a tensão no
enrolamento primário do transformador é Vi. Em um segundo momento, as chaves (S1 e
S2) se abrem e o controle fecha as chaves (S3 e S4). Assim, a tensão no enrolamento
secundário é -Vi.
Com uma comutação adequada nas chaves, fazem surgir uma tensão alternada
pulsada no secundário. Essa tensão é então retificada pelos diodos em ponte D1, D2, D3 e
D4, criando um trem de pulsos positivo que é aplicado a um filtro LC.

3.2. Equacionamento do conversor

Segundo Hart (2012) e Rachid (1999), este conversor pode ser dimensionado a
partir dos equacionamentos descritos a seguir:

3.2.1. Ponte completa isolado

a. Cálculo da relação de espiras do transformador (a = Ns/Np)

V𝑜
𝑛= (3.1)
V𝑖 . 2. 𝐷𝑚𝑎𝑥
14

b. Indutância

(𝑛. V𝑖 − V𝑖 ). 𝐷𝑚𝑎𝑥
L𝑜 = (3.2)
𝑓𝑠 . 𝛥𝐼𝐿0

c. Capacitância

𝛥𝐼𝐿0
C𝑜 = (3.3)
8. 𝑓𝑠 . 𝛥𝑉0
3.2.2. Circuitos equivalentes

a. Frequência de chaveamento

𝑓𝑠_𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 2. 𝑓𝑠 (3.4)

b. Razão cíclica

𝐷max _𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 2. 𝐷𝑚𝑎𝑥 (3.5)

Referenciado ao lado primário:

As equações equivalentes ao lado primário do transformador são as mesmas


descritas no tópico 2.2.

Referenciado ao lado secundário:

As equações equivalentes ao lado secundário do transformador são as mesmas


descritas no tópico 2.2.

3.3. Dados do projeto

A Tabela 3.1 apresenta os parâmetros do projeto.

Tabela 3.1. Especificação do conversor ponte completa

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi = 400 [V]
Tensão de saída V0 = 54 [V]
Potência de saída P0 = 3000 [W]

3.4. Considerações do projeto

A Tabela 3.2 apresenta algumas considerações do projeto.


15

Tabela 3.2. Considerações do conversor ponte completa

Parâmetro Valor
Frequência de chaveamento fs = 20000 [Hz]
Razão cíclica máxima Dmax = 0,45
Ondulação da tensão de saída Vo = 0.5% . V0 [V]
Ondulação da corrente no indutor ILo = 10% . I0 [A]

3.5. Dimensionamento

3.5.1 Ponte completa isolado

De acordo com os parâmetros estabelecidos e os equacionamentos descritos


anteriormente no tópico 2.2, foram encontrados os seguintes valores para o conversor em
ponte completa isolado, mostrado na Tab. 3.3.

Tabela 3.3. Parâmetros calculados do conversor ponte completa (isolado)

Parâmetro Valor
Relação de Transformação n 0,15
Indutância Lo 24.299u [H]
Capacitância Co 128,6u [F]
Resistência Ro 0,972 // 1,944 [Ω]

3.5.2 Circuitos equivalentes

Nas Tabelas 3.4 e 3.5 são apresentados os valores dos conversores equivalentes
referidos ao lado primário e secundário do transformador, respectivamente.

Tabela 3.4. Parâmetros calculados do conversor ponte completa referido ao lado


primário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[p] 400 [V]
Indutância Lo[p] 1,0799m [H]
Capacitância Co[p] 2,8935u [F]
Resistência Ro[p] 43,2 // 86,4 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 360 [V]
16

Tabela 3.5. Parâmetros calculados do conversor ponte completa referido ao lado


secundário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[s] 60 [V]
Indutância Lo[p] 24.999m [H]
Capacitância Co[p] 128.6u [F]
Resistência Ro[p] 0,972 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 54 [V]

3.6 Resultados

3.6.1. Circuitos do conversor

Figura 3.2. Simulação do conversor ponte completa (isolado)

Fonte: Autor, 2017.

Figura 3.3. Simulação do conversor ponte completa equivalente referenciado ao lado


primário

Fonte: Autor, 2017.


17

Figura 3.4. Simulação do conversor ponte completa equivalente referenciado ao lado


primário

Fonte: Autor, 2017.


3.6.2. Simulações

Aplicou-se um degrau de carga de 100% com o intuito de avaliar a dinâmica do


conversor em ponte completa e dos conversores equivalentes. As formas de ondas são
mostradas a seguir.

a. Tensão e corrente de saída (isolado)

Figura 3.5. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

b. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado primário)

Figura 3.6. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.


18

c. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado secundário)

Figura 3.7. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

Ao analisar os valores obtidos do projeto, pôde-se perceber que o conversor


atendeu especificações estabelecidas inicialmente, além dos conversores equivalentes
apresentarem a mesma dinâmica do conversor em ponte completa isolado.
19

4. CONVERSOR PUSH-PULL ALIMENTADO EM CORRENTE DA FAMÍLIA


BOOST

O conversor push-pull alimentado em corrente é um conversor CC-CC da família


boost. Esta topologia também apresenta uma isolação entre a tensão de entrada e de saída,
conforme apresentado na Fig. 4.1.

Figura 4.1. Conversor push-pull alimentado em corrente da família boost

D1 D3

D4 D2

Fonte: Adaptado de (Hart, 2012)

4.1. Princípio de funcionamento

Este conversor possui duas chaves (S1 e S2), quando as mesmas estão fechadas, a
corrente que flui pelo indutor Li se divide igualmente nos enrolamentos do primário. Essa
divisão proporciona o cancelamento do fluxo magnético no interior do núcleo resultando
em tensão nula durante essa operação. Assim, a tensão aplicada à indutância é Vi e a
corrente aumenta linearmente (armazenando energia). No lado secundário, a tensão
também é nula, e os diodos D1 e D4 então bloqueados. Dessa forma, a carga é alimenta
pela corrente que flui do capacitor.
Quando uma das duas chaves se abrem, a corrente do indutor passa a fluir por
apenas um enrolamento, resultando em um fluxo magnético diferente de nulo. Este fluxo
magnético gera uma corrente no enrolamento do secundário que polariza os diodos da
ponte e possibilita a transferência de energia do enrolamento primário para o secundário.
Portanto, a tensão no secundário se torna a tensão de saída Vo. A tensão saída é refletida
no primário através da relação de espiras.

4.2. Equacionamento

Segundo Hart (2012) e Rachid (1999), este conversor pode ser dimensionado a
partir dos equacionamentos descritos a seguir:
20

4.2.1. Push-Pull isolado

a. Cálculo da relação de espiras do transformador (a = Ns/Np)

(1 − 𝐷𝑚𝑎𝑥 )
𝑛 = 2. V𝑜 . (4.1)
V𝑖

b. Razão cíclica

𝐷max _1 = 2. 𝐷𝑚𝑎𝑥 − 1 (4.2)

c. Frequência de chaveamento

𝑓𝑠_1 = 2. 𝑓𝑠 (4.3)

d. Indutância

𝐷max _1
L𝑜 = V𝑖 . (4.4)
𝑓𝑠 . 𝛥𝐼𝐿0

e. Corrente média no Indutância

𝑛². V𝑖
I𝐿𝑚𝑒𝑑 = 2 (4.5)
(1 − 𝐷max _1 ) . 𝑅0

e. Capacitância

𝐼𝑜 . 𝐷max _1
C𝑜 = (4.6)
𝑓𝑠_1 . 𝛥𝑉0

4.2.2. Circuitos equivalentes

Referenciado ao lado primário:

As equações equivalentes ao lado primário do transformador são as mesmas


descritas no tópico 2.2.

Referenciado ao lado secundário:

As equações equivalentes ao lado secundário do transformador são as mesmas


descritas no tópico 2.2.

4.3. Dados do projeto

A Tabela 4.1 apresenta os parâmetros do projeto.


21

Tabela 4.1. Especificação do conversor push-pull

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi = 48 [V]
Tensão de saída V0 = 400 [V]
Potência de saída P0 = 500 [W]

4.4. Considerações do projeto

A Tabela 4.2 apresenta algumas considerações do projeto.

Tabela 4.2. Considerações do conversor push-pull

Parâmetro Valor
Frequência de chaveamento fs = 20000 [Hz]
Razão cíclica máxima Dmax = 0,75
Ondulação da tensão de saída Vo = 1% . V0 [V]
Ondulação da corrente no indutor ILb = 10% . Iimed [A]

4.5. Dimensionamento

4.5.1 Push-Pull isolado

De acordo com os parâmetros estabelecidos e os equacionamentos descritos na


seção 2.2, foi possível determinar os valores para o conversor push-pull isolado, conforme
mostrado na Tab. 4.3.

Tabela 4.3. Parâmetros calculados do conversor push-pull (isolado)

Parâmetro Valor
Relação de Transformação n 4,167
Indutância Lo 575,81u [H]
Capacitância Co 3,9u [F]
Resistência Ro 320 // 640 [Ω]

4.5.2 Circuitos equivalentes

A tabela a seguir apresenta algumas considerações para os circuitos equivalentes


do conversor.
Tabela 4.4. Considerações para os circuitos equivalentes

Parâmetro Valor
Frequência de chaveamento fs_1 = 40000 [Hz]
22

Razão cíclica máxima Dmax_1 = 0,5

A seguir é apresentado nas Tabelas 4.5 e 4.6, os valores equivalentes do conversor


referido ao lado primário e secundário do transformador, respectivamente.

Tabela 4.5. Parâmetros calculados do conversor push-pull referido ao lado primário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[p] 48 [V]
Indutância Lo[p] 575,81u [H]
Capacitância Co[p] 67.72u [F]
Resistência Ro[p] 18.429 // 36,85 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 95,99 [V]

Tabela 4.6. Parâmetros calculados do conversor push-pull referido ao lado secundário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[s] 200 [V]
Indutância Lo[s] 9,99m [H]
Capacitância Co[s] 3.9u [F]
Resistência Ro[s] 320 // 640 [Ω]
Tensão na carga Vo[s] 400 [V]

4.6 Resultados

4.6.1. Circuitos do conversor

Figura 4.2. Simulação do conversor push-pull (isolado)

Fonte: Autor, 2017.


23

Figura 4.3. Simulação do conversor push-pull equivalente referenciado ao lado primário

Fonte: Autor, 2017.

Figura 4.4. Simulação do conversor push-pull equivalente referenciado ao lado


secundário

Fonte: Autor, 2017.

4.6.2. Simulações

Aplicou-se o mesmo degrau de carga de 100% com o intuito de avaliar a dinâmica


do conversor em push-pull e dos conversores equivalentes. As formas de ondas são
apresentadas a seguir.

a. Tensão e corrente de saída (isolado)

Figura 4.5. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.


24

b. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado primário)

Figura 4.6. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

c. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado secundário)

Figura 4.7. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

Observou-se que os valores projetados atenderam aos pré-requisitos estabelecidos


inicialmente. Ao analisar os conversores equivalentes, notou-se que os mesmos
apresentaram a mesma dinâmica do conversor push-pull isolado.
25

5. CONVERSOR FLYBACK DA FAMÍLIA BUCK-BOOST

O conversor flyback é um conversor CC-CC com isolamento de entrada e saída


derivado da família buck-boost. A configuração do circuito é apresentada na Fig. 5.1.

Figura 5.1. Conversor push-pull alimentado em corrente da família boost

Fonte: Adaptado de (Hart, 2012)

5.1. Princípio de funcionamento

O conversor possui apenas uma chave S1, quando a mesma está fechada, ou seja,
conduzindo, a tensão da fonte Vi é a mesma da indutância de magnetização Lm do
transformador, e faz com que a corrente de magnetização aumente de forma linear. Nesse
período, o diodo D está reversamente polarizado (bloqueado) e a carga é alimentada pelo
capacitor de saída Co.
Quando a chave está aberta, a energia armazenada na indutância de magnetização
é transferida para a saída através do diodo D, fornecendo a corrente para a carga e o
capacitor de saída Co.

5.2. Equacionamento

Segundo Hart (2012) e Rachid (1999), este conversor pode ser dimensionado a
partir dos equacionamentos descritos a seguir:

5.2.1. Flyback isolado

a. Cálculo da relação de espiras do transformador (a = Ns/Np)

V𝑜 (1 − 𝐷𝑚𝑎𝑥 )
𝑛= . (5.1)
V𝑖 𝐷𝑚𝑎𝑥
26

b. Indutância de magnetização

V𝑖 . 𝐷max
L𝑚𝑜 = V𝑖 . (5.2)
𝑓𝑠 . 𝛥𝐼𝐿𝑚

c. Corrente média no Indutância

I𝑖
I𝐿𝑚𝑒𝑑 = (5.3)
𝐷max

d. Capacitância

𝑉𝑜 . 𝐷max
C𝑜 = (5.4)
R 𝑜 . 𝑓𝑠 . 𝛥𝑉0

5.2.2. Circuitos equivalentes

Referenciado ao lado primário:

e. Indutância

L𝑜[𝑝] = L𝑚𝑜 (5.5)


As demais equações equivalentes ao lado primário do transformador são as
mesmas descritas no tópico 2.2.

Referenciado ao lado secundário:

f. Indutância

L𝑚𝑜[𝑠] = L𝑚𝑜 . 𝑛² (5.4)


As demais equações equivalentes ao lado secundário do transformador são as
mesmas descritas no tópico 2.2.

5.3. Dados do projeto

A Tabela 5.1 apresenta os parâmetros do projeto.

Tabela 5.1. Especificação do conversor flyback

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi = 150 [V]
Tensão de saída V0 = 48 [V]
Potência de saída P0 = 200 [W]
27

5.4. Considerações do projeto

A Tabela 5.2 apresenta algumas considerações do projeto.

Tabela 5.2. Considerações do conversor flyback

Parâmetro Valor
Frequência de chaveamento fs = 20000 [Hz]
Razão cíclica máxima Dmax = 0,35
Ondulação da tensão de saída Vo = 0,5% . V0 [V]
Ondulação da corrente na indutância
ILm = 10% . Iimed [A]
de magnetização

5.5. Dimensionamento

5.5.1 Flyback isolado

De acordo com os parâmetros estabelecidos e os equacionamentos descritos


anteriormente, foram encontrados os seguintes valores para o conversor flyback isolado,
apresentado na Tab. 5.3.

Tabela 5.3. Parâmetros calculados do conversor flyback (isolado)

Parâmetro Valor
Relação de Transformação n 0,594
Indutância Lmo 6,89u [H]
Capacitância Co 303,8u [F]
Resistência Ro 11,52 // 23,04 [Ω]

5.5.2 Circuitos equivalentes

As tabelas 5.4 e 5.5 apresentam os valores equivalentes do conversor referido ao


lado primário e secundário do transformador, respectivamente.

Tabela 5.4. Parâmetros calculados do conversor flyback referido ao lado primário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[p] 150 [V]
Indutância Lo[p] 6,89u [H]
Capacitância Co[p] 107,19u [F]
Resistência Ro[p] 32,65 // 65,3 [Ω]
Tensão na carga Vo[p] 80,80 [V]
28

Tabela 10. Parâmetros calculados do conversor flyback referido ao lado secundário

Parâmetro Valor
Tensão de entrada Vi[s] 89,1 [V]
Indutância Lmo[s] 2,4322m [H]
Capacitância Co[s] 303.8u [F]
Resistência Ro[s] 11,52 // 23,04 [Ω]
Tensão na carga Vo[s] 48 [V]

5.6 Resultados

5.6.1. Circuitos

Figura 5.2. Simulação do conversor flyback (isolado)

Fonte: Autor, 2017.

Figura 5.3. Simulação do conversor flyback equivalente referenciado ao lado primário

Fonte: Autor, 2017.


29

Figura 5.4. Simulação do conversor flyback equivalente referenciado ao lado secundário

Fonte: Autor, 2017.


5.6.2. Simulações

Para avaliar a dinâmica do conversor flyback e seus circuitos equivalentes,


aplicou-se um degrau de carga de 100%. As formas de ondas são apresentadas a seguir.

a. Tensão e corrente de saída (isolado)

Figura 4.4. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

b. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado primário)

Figura 4.5. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.


30

c. Tensão e corrente de saída (conversor equivalente referido ao lado secundário)

Figura 4.6. Resposta do circuito a um degrau de carga

Fonte: Autor, 2017.

Com os valores projetados e os circuitos simulados, foi possível notar que os


valores atenderam aos parâmetros estabelecidos e os conversores equivalentes
apresentaram a mesma dinâmica do conversor flyback isolado.
31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HART, Daniel W. Eletrônica de Potência: Análise e Projetos de Circuitos. São Paulo:


Amgh Editora Ltda, 2012. 475 p.

RASHID, Muhammad H. Eletrônica de Potência: circuitos, dispositivos e aplicações.


São Paulo: Makron Books, 1999. 828 p.

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