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JUVENTUDE E HIPERPERIFERIAS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: ENTRE O CRIME E

O ISOLAMENTO

Alef Vespermann1, Geraldo Magela Gontijo III2, Matheus Henrique de Castro Homem
Alves3, Pedro Augusto Barbosa Pereira de Almeida4, Maurício Martins Alves5, Luiz
Carlos Andrade de Aquino6
1
Univap/Faculdade de Direito, al.vespermann@hotmail.com
2
Univap/Faculdade de Direito, geraldo.gontijolll@gmail.com
3
Univap/Faculdade de Direito, matheuscastroa@live.com
4
Univap/Faculdade de Direito, pedroabpa@terra.com.br
5
Univap/Faculdade de Direito, mmalves@univap.br
6
Univap/Faculdade de Direito, aquino@univap.br

Resumo- Este artigo tem por objetivo apontar que o fenômeno da segregação espacial, que propicia a
instalação de atividades criminosas nas “hiperperiferias”, está presente na cidade São José dos Campos,
fomentando o tráfico de drogas e a corrupção de menores. Baseando-se em pesquisa pela literatura
especializada da área (artigos científicos), além de dados recolhidos em meios de comunicação (jornais
escritos e digitais), chega-se à conclusão que o referido fenômeno, além de presente na cidade, contribui
com a ascensão do tráfico de drogas entre crianças e adolescentes gerando, entre estes, morte, violência e
apreensões, notadamente nos bairros da Zona Sul (Campo dos Alemães, Dom Pedro 1º, Dom Pedro 2º,
Jardim Colonial e Parque Interlagos), e leste - o Jardim São José 2.

Palavras-chave: Território; Juventude; Desigualdade; Crime; Drogas


Área do Conhecimento: Direito

Introdução em muitos casos, redutos de atividades ilícitas,


funcionando como o quartel general da violência.
Atualmente, crianças e adolescentes na cidade Partindo de tais pressupostos, o presente artigo
de São José dos Campos vêm sendo cooptados tem como objetivo evidenciar que o fenômeno da
para o mundo do tráfico de drogas. Tal fato é segregação espacial que propicia a instalação de
reiteradamente noticiado pela imprensa local, atividades criminosas nas “hiperperiferias” está
como por exemplo, notícia publicada pelo jornal O presente na cidade São José dos Campos,
Vale do dia 18 de janeiro de 2013, em que dois fomentando o tráfico de drogas e a corrupção de
menores foram apreendidos no bairro Parque menores, notadamente nos bairros Campo dos
Interlagos, Zona Sul, com 72 pedras de crack, 26 Alemães, Dom Pedro 1º, Dom Pedro 2º, Jardim
pinos de cocaína e 23 invólucros de maconha. Colonial e Parque Interlagos (Zona Sul) e Jardim
Na cidade, assim como em grandes centros São José 2 (Zona Leste).
urbanos, existem as chamadas “hiperperiferias”
(FERREIRA; PENNA, 2005). Enquanto nessas Metodologia
localidades predomina a informalidade e, portanto,
mínimas possibilidades de emprego, nos A presente pesquisa possui natureza
desenvolvidos centros urbanos, os jovens das bibliográfica, fundamentando-se em artigos
regiões mais afastadas esbarram no obstáculo de científicos de pesquisadores da área da juventude
pertencerem ao próprio ambiente do qual e da violência.
emergem, o que gera uma “discriminação por Além disso, foram coletados dados publicados
endereço”. na imprensa de São José dos Campos que
Com base em informações como estas sugerem a reprodução do fenômeno da
divulgadas pela imprensa, bem como em autores segregação espacial e sua relação com a
como o geógrafo brasileiro Milton Santos e outros violência, fenômeno apontado em diversas
pesquisadores da área, infere-se que esses pesquisas sobre criminalidade e hiperperiferias.
espaços menos favorecidos, além de esquecidos Para tanto, foram consultados: Jornal O Vale,
pelo Poder Público e sociedade, nos quais o edições: 12 de maio de 2010, 18 de janeiro de
contrato social encontra-se rompido, tornam-se, 2013 e 7 de maio de 2013; Portal de notícias G1 –

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São Paulo, Vale e região, edição de 9 de agosto moradias não são suficientes para se criar uma
de 2012. comunidade estável e socialmente harmônica.
De acordo com matéria veiculada no Portal G1
Resultados – São Paulo, Vale e região, em 9 de agosto de
2012, um menor de 15 anos foi apreendido no
A cidade de São José dos Campos, sobretudo bairro Campo dos Alemães portando 42 pedras de
em sua região leste formada por conhecidos crack, 25 porções de maconha e 20 porções de
bairros como Vila Industrial, Jardim Ismênia, Vila cocaína. No jornal O Vale do dia 18 de janeiro de
Tesouro e Vista Verde, e na região sul, esta 2013, por sua vez, foi veiculada notícia sobre a
composta por tradicionais bairros como Bosque apreensão de dois menores por tráfico de drogas
dos Eucaliptos, Jardim Satélite e Jardim Oriente, é no Parque Interlagos, na Zona Sul. A. G. S e E. H.
vítima da segregação espacial dos mais pobres S. N. carregavam, ao todo, uma sacola plástica
que, como consequência, propicia atividades com 72 pedras de crack, 26 pinos de cocaína, 23
criminosas como o tráfico de drogas. invólucros de maconha e R$ 135 em dinheiro.
Segundo Cassab et al (2008), as diferenças Reportagem publicada no dia 7 de maio de
territoriais que marcam um polo desenvolvido e 2013 no jornal O Vale apura que, segundo
uma distante região pobre e isolada causam uma informações reveladas pela Secretaria de
segregação “o que significa a possibilidade de Segurança Pública (SSP), a Polícia Militar
pensar a cidade como objeto de apropriações apreendeu na região sul, nos quatro primeiros
diferenciadas, e que se processa o afastamento meses de 2013, 38 quilos de drogas das mais
daquele que não é desejável” (p.03). variadas e, nos três primeiros meses de 2013,
Nesses locais, Ferreira e Penna (2005) ocorreram, em toda a cidade, 213 flagrantes de
constatam que com o contrato social rompido tráfico de drogas, o que representa um aumento
devido à distância do Poder Público, instala-se o de 23% em relação ao mesmo período de 2012,
crime organizado, como o tráfico de drogas, que quando São José dos Campos somou 175 casos.
vê no jovem uma mão de obra útil e barata. Verifica-se, então, que as citadas regiões de
No mesmo sentido, Silva e Simão (2005), São José dos Campos, conforme os dados
afirmam que “o processo crescente de revelados pelos materiais pesquisados,
consolidação da pobreza, da exclusão e da “esquecidas” pelo Poder Público e sociedade, e
vulnerabilidade de vastos setores da população nas quais os jovens (crianças e adolescentes)
estariam levando a ‘mecanismos de subsistência’, esbarram no obstáculo de pertencerem ao próprio
como o crime e a violência”. (p.02) ambiente do qual emergem, tornam-se redutos do
Em 2010, a região leste de São José dos tráfico de drogas.
Campos foi palco de uma sangrenta “guerra”
envolvendo menores na disputa sobre territórios Discussão
para a prática do tráfico de drogas. Criado em
2003 pela Prefeitura Municipal, o bairro Jardim Nas desenvolvidas cidades, como é o caso de
São José 2 recebeu 453 famílias transferidas de São José dos Campos, nos “guetos”, favelas e nas
três favelas (Caparaó, Nova Detroit e Nova chamadas “hiperperiferias” – regiões por demais
Tatetuba). afastadas dos grandes centros municipais - muito
Ao menos sete homicídios foram registrados acontece, mas pouco se vê. Esses locais se
somente nos primeiros seis meses de existência caracterizam por regiões cuja insegurança e
do Jardim São José 2. Também foi constatado incerteza invadem constantemente os lares dos
neste bairro um homicídio em 2006 e, em 2010, jovens oriundos de famílias com dificuldades
outras quatro mortes, incluindo uma adolescente econômicas.
de 15 anos grávida de 3 meses, além de seis Oprimidos em ambientes carentes de subsídios
feridos, segundo edição do dia 12 de maio de do Poder Público, muitos desses jovens não se
2010, do jornal O Vale. Os conflitos, que preocupam com a escolarização e a
acabaram somente em 2010, tiveram como pivôs profissionalização (distante e inacessível), para
traficantes rivais menores de idade, um deles, E. darem maior importância à inserção no mercado
F. P, na época com 17 anos. de trabalho.
Na região sul, por sua vez, constatou-se a Porém, enquanto nas favelas e nas
presença de episódios semelhantes, “hiperperiferias” existe a predominância da
principalmente nos bairros Campo dos Alemães, informalidade e, portanto, mínimas possibilidades
Dom Pedro 1º, Dom Pedro 2º, Jardim Colonial e de emprego, nos desenvolvidos centros os jovens
Jardim Morumbi, bairros estes conhecidos como esbarram no obstáculo de pertencerem ao próprio
“guetos”, ou seja, grandes núcleos formados pela ambiente do qual emergem: ao de estarem
junção de comunidades diferentes e cujas arraigados aos territórios dos mais pobres, pretos,

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dos moradores de favelas e das mais distantes da “hiperperiferia”, porém numa lógica inversa, em
periferias urbanas. que aqueles são, agora, dependentes destes.
Cassab e Reis (2009), ao se referirem, em seu Ocorre, assim, uma inversão da relação de
artigo, aos fatos apontados por Novaes (2003), poder na medida em que quem pede “permissão”
evidenciam que “a noção de ‘discriminação por para adentrar no território alheio é o jovem dos
endereço’ é considerada um dos principais grandes centros urbanos – é o tráfico de drogas
critérios de seleção dos jovens pelo mercado de erigindo uma forma de poder e de elevação social
trabalho.” (2009, p.04). De sorte que, no momento ao permitir que o menor infrator, através do
em que o jovem se afasta do seu local de moradia, dinheiro daquele que do território outrora
carrega consigo estigmas profundamente “inacessível” busca a droga, alcance os benefícios
marcados por sua origem. de uma elite ou classe média, as quais
Dessa forma, segundo Cassab et al (2008), tais efetivamente recebem as “bênçãos” do Poder
diferenças territoriais causam uma segregação Público.
“entre aqueles que podem utilizar grande parte da Para garantir maior eficácia à atividade do
cidade, e os que usam uma reduzida parcela. O tráfico, recrutar crianças e adolescentes é uma
que significa a possibilidade de pensar a cidade rotina para os traficantes. Entende-se, aqui, por
como objeto de apropriações diferenciadas, e que crianças e adolescentes aquelas definidas pela
se processa o afastamento daquele que não é ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº
desejável”. (p.03) 8.069, de 13 de julho de 1990) o qual em seu
Nesse sentido, Santos (1996) ressalta que “o artigo segundo, prescreve: “Considera-se criança,
território determina quem deve ser mais ou menos para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
pobre somente por morar neste ou naquele lugar. de idade incompletos, e adolescente aquela entre
Onde os bens sociais existem apenas na forma doze e dezoito anos de idade”.
mercantil, reduz-se o número dos que Entre os motivos que levam os jovens a
potencialmente lhes têm acesso, os quais se participarem do tráfico, Silva e Simão (2005),
tornam ainda mais pobres por terem de pagar o constatam que “os jovens são iniciados no crime,
que, em condições democráticas normais, teria de fascinados por uma ‘sub-cultura viril’ que atinge
lhe ser entregue gratuitamente pelo poder público” diretamente a vulnerabilidade dos adolescentes,
(p. 112 e 115). onde o que importa é a suposta valorização pela
Sendo assim, esse espaço mais pobre, então imagem e pelo uso da força (armas, dinheiro,
esquecido pelo Poder Público e sociedade torna- roupas, drogas e mulheres)”. (p. 06).
se reduto de atividades ilícitas. Em seu estudo, Silva e Simão (2005), ainda
Surgem, assim, quadrilhas que se aproveitam citam Assis (1999), para a qual, “após a entrada
das carências sociais e materiais das para o tráfico de drogas, os adolescentes passam
comunidades recrutando, sobretudo, parte da a se sentir muito poderosos. Respeito e medo se
população jovem para formarem o seu “pelotão”, misturam, passando a impor estes sentimentos
um exército fruto da ausência do amparo legal, de aos colegas e à comunidade.” (2005, p.06 e 07).
responsabilidade do omisso Estado. Sendo assim, Como decorrência dos fatos até aqui expostos,
nessas regiões, Silva e Simão (2005), apontam toma-se como exemplo o bairro Jardim São José
uma “situação de conflito descrita como um 2, na zona leste de São José dos Campos. Criado
processo de disputa de mercados e controle de em 2003 pela prefeitura, o bairro recebeu 453
território por grupos criminosos armados entre si e famílias vindas de três favelas (Caparaó, Nova
destes contra uma polícia equipada para tratar Detroit e Nova Tatetuba), gerando o fenômeno da
belicamente o conflito social e o crime, além de segregação espacial dos mais pobres acima
ser dominada por práticas corruptas e extorsivas .” definida e com ela, o tráfico de drogas – o que vai
(p. 03). ao encontro dos resultados apresentados neste
Tem-se, então, um cenário perverso com as trabalho.
“hiperperiferias” e favelas sendo dominadas pelas Em 2010, conforme noticiou o jornal O Vale do
organizações criminosas que exercem seu poder dia 12 de maio daquele ano, com a apreensão do
sobre a população local, confrontando o estado e jovem E. F. P., de 17 anos e de seu rival, L. T. B.
recrutando os jovens estigmatizados pela M., 20 anos, conhecido como “Cabra”,
“discriminação por endereço”. aparentemente, encerraram-se os conflitos na
Nesses locais, com o crime organizado região. “Eles eram os mais perigosos, inclusive um
devidamente instituído destaca-se, em tal tentou matar o outro, estavam na linha de frente,
modalidade, o tráfico de drogas, prática que gera esse impacto já está sendo sentido, o bairro está
importante renda ao “submundo”, que acaba por mais tranquilo com a forte presença policial”,
fazer o papel de “ponte” entre o “visível” e o disse, à época, o delegado responsável pelas
“invisível” - entre os jovens da “elite” e os jovens

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investigações, na mesma reportagem citada Retornado ao Jardim São José 2 neste ano de
acima. 2013 - três anos após o fim dos conflitos que o
Tanto E. F. P., como L. T. B. M. (o “Cabra”), tornaram conhecido - o bairro teve de volta o
chegaram crianças ao Jardim São José 2, no ano Centro Comunitário (fechado em 2004 pela falta
de sua criação, em 2003, e rotineiramente se de segurança), e recebeu cursos de capacitação
envolviam em disputas com traficantes rivais do profissional, sobretudo através do Fundo Social de
Jardim Coqueiro e Novo Horizonte, também na Solidariedade do Município, entre outras ações
zona leste. que envolvem esporte, lazer e cultura, atividades
A segregação espacial do mais pobre, e que que, para alguns, tratam-se de soluções (ou
propicia o surgimento do tráfico de drogas, não é políticas) superficiais.
exclusiva da região leste de São José dos Nesse sentido, as palavras de Marques (2005)
Campos, aparecendo também na Zona Sul, fato são esclarecedoras: “Marcadas por ações
constatado, também, pelos dados apresentados pontuais em determinadas regiões da cidade,
nos resultados da presente pesquisa. essas políticas se organizam como elementos de
Matéria veiculada no Portal G1 – São Paulo, territorialização do jovem em seu bairro e
Vale e região, no dia 9 de agosto de 2012, informa funcionam para reforçar que o horizonte de cada
que dois menores de idade, um de 15 e outro de indivíduo está também determinado pelo território
17 anos, foram apreendidos em dois bairros na a que pertence (...), pois objetivam produzir e
Zona Sul da cidade. O jovem de 17 anos com 199 congelar localizações pensadas em termos de
pinos de cocaína, 150 porções de maconha, 20 separação”. (p. 51).
pedras de crack e R$ 48 em dinheiro, enquanto
que o de 15 anos foi apreendido no bairro Campo Conclusão
dos Alemães carregando consigo 42 pedras de
crack, 25 porções de maconha e 20 porções de O fenômeno da segregação espacial que
cocaína. “À polícia, o jovem teria tido que ganhava propicia a instalação de atividades criminosas nas
R$ 200 por dia para fazer o tráfico”, informa a hiperperiferias está presente na cidade São José
reportagem. dos Campos, fomentando o tráfico de drogas e a
Neste ano de 2013, segundo dados do jornal O corrupção de menores, notadamente nos bairros
Vale de 7 de maio de 2013, a Polícia Militar da Zona Sul (Campo dos Alemães, Dom Pedro 1º,
iniciou, na cidade, a “Operação Inquietação das Dom Pedro 2º, Jardim Colonial e Parque
Biqueiras”, consistente numa varredura que Interlagos), e leste - o Jardim São José 2.
deverá ocorrer a cada 15 dias, sempre aos finais Esta constatação vai ao encontro dos
de semana, tendo como alvo os bairros da região resultados obtidos pela pesquisa, entre eles: a
sul: Campo dos Alemães, Dom Pedro 1º, Dom “guerra” pelo tráfico que durou 7 anos no Jardim
Pedro 2º, Jardim Colonial e Jardim Morumbi, mais São José 2 (ocasionando 12 homicídios, incluindo
conhecidos como “guetos”, ou seja, núcleos o de uma jovem de 15 anos, grávida de 3 meses)
formados pela aglutinação de comunidades que envolveu menores de idade; a apreensão pela
diferentes, cujas moradias não são suficientes Polícia Militar de 38 quilos de entorpecentes nos
para se criar uma comunidade estável e primeiros quatro meses de 2013 na zona sul, bem
socialmente harmônica, mesmo fenômeno como a apreensão de menores infratores nessas
constatado no Jardim São José 2 da Zona Leste. regiões, notadamente no Campo dos Alemães e
Sobre o assunto, Ferreira e Penna (2005) no Parque Interlagos, pelo tráfico de variadas
afirmam que “não basta, então, retirar uma favela drogas como crack, cocaína e a maconha.
de um local, desmontar um território, porque a A segregação espacial sofrida pelos mais
mesma forma espacial vai aparecer em outro pobres e que culmina com o ingresso do jovem no
lugar, desde que os processos que lhe deram mundo do crime é um fato constatado justamente
origem persistam” (p. 159). nas chamadas regiões metropolitanas,
Além disso, nos locais supracitados, o tráfico contradizendo assim o próprio fim pela qual são
de drogas e a disputa por territórios tornam-se criadas: “integrar a organização, o planejamento e
rotina. Portanto, sair da comunidade é um preço a execução de funções públicas de interesse
alto a se pagar por conta do iminente risco de comum", conforme expressa a Constituição da
confrontos armados com integrantes de facções República Federativa do Brasil através do art. 25,
inimigas. Ocorre uma “forte tendência de §3º.
afirmação de territorialidades particulares que
limitam a experiência de tempo-espaço dos jovens Referências
envolvidos diretamente no tráfico”, como explicam
Silva e Simão (2005, p. 12). - ASSIS, Simone Gonçalves de. Traçando
caminhos em uma sociedade violenta: a vida de

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jovens infratores e de seus irmãos não-infratores,
Rio de Janeiro, 1999: Fiocruz/Unesco.

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e a Construção do espaço público. Juiz de Fora,
2008 (mimeo).

- CASSAB, Maria Aparecida Tardin; REIS,


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- SILVA, Jaílson de Souza; SIMÃO, Mário Pires. A


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