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Cálculos de Caldeiraria

Manual Prático

www.caldnazza.com
A minha mais sincera gratidão:

A minha querida esposa Arlene,

Por sua enorme paciência para comigo,

pois muitas vezes dediquei tempo precioso neste projeto; que merecidamente pertencia a ela.

Aos meus Pais,


Pelos muitos anos de dedicação incondicional aos seus filhos; Nazaré, Nardelho e a mim.

Pela educação de berço e espiritual que nos legaram.

A Marcos Alexandre,
Meu irmão de fé camarada.

E aos alunos e colegas de trabalho,


Por apoio e sugestões tão necessárias.

A todos, o meu muito obrigado!

Nazareno Fraga da Cruz. Uberlândia, 09 Outubro de 2013.

www.caldnazza.com naza.fraga@hotmail.com
A matemática e o desenho geométrico na caldeiraria

O Caldeireiro a matemática e desenho


geométrico.

Muitas são as vezes que o caldeireiro faz uso


do desenho geométrico e da matemática, no
dia-a-dia como profissional. Daremos aqui
uma breve visão sobre os três, o caldeireiro, a
geometria e a matemática

Além da instalação e manutenção de


O caldeireiro. caldeiras e outros recipientes, caldeireiros
também ajudam no reparo de equipamentos
no controle de poluição do ar, altos-fornos,
A caldeiraria tanto pode ser confecção, instalações de tratamento de água e chaminés.
manutenção e preparação de peças O caldeireiro também pode instalar tijolos
específicas como também ao local destinado refratários e outros materiais resistentes ao
a Manufatura de peças pesadas de metal. calor em fornalhas de altos-fornos. Alguns
Exemplo de peças fabricadas na caldeiraria: instalar ou manter a tubulação usada em
quadrado para redondo, o cone, o chapéu barragens que enviam a água para as turbinas
chinês e a curva de gomo. de geração hidrelétrica de energia.(2)

O caldeireiro é o profissional que trabalha


em caldeiraria e que para exercer sua função,
precisa ter noções de cálculos, traçagem,
montagem, acabamento de equipamentos,
desenho mecânico, metrologia, trigonometria
e conhecimento do material usado para a
fabricação das referidas peças. Na maioria das
vezes o caldeireiro aprende a profissão
através de uma aprendizagem informal; no
entanto mais recentemente, muitos estão
buscando o treinamento formal por meio de
escolas como o Senai.(1)

O caldeireiro pode fabricar instalar e reparar


tanques ou outros grandes recipientes para
armazenamento de líquidos ou gases; e
reservatórios que são usados para armazenar
e processar produtos químicos, óleo, cerveja,
e centenas de outros produtos. Caldeiras para
aquecimento ou tubulação sob extrema
pressão para uso na geração de energia
elétrica e para fornecer calor e energia em
edifícios, fábricas e navios muitas vezes são
construídas por caldeireiros. E para desenvolver estas peças, muitas vezes
o caldeireiro faz uso do desenho geométrico
e da matemática. Por isso a necessidade de
conhecimentos de geometria e trigonometria
plana.

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O desenho geométrico. faz a de grafite ou de vídia girar, resultando
assim em formas circulares. (3)

Por definição, o desenho geométrico é a


parte do desenho em que a sua construção é
feita na maioria das vezes com o compasso e
régua ou uma escala. Naturalmente outros
instrumentos também são usados, como por
exemplo, transferidor, esquadro e trena.

A trigonometria:

A Trigonometria é uma parte da Matemática


aplicada extensivamente na resolução de
problemas de Engenharia e Astronomia,
sendo de especial importância nos
Quanto a régua e o compasso podemos levantamentos topográficos.
dizer...

-Régua ou escala: Em mecânica, a trigonometria é muita


utilizada para determinação de ângulos e
É usada praticamente para fazer retas. No medidas de algumas partes cônicas de uma
caso das medições, se possível usa-se a trena peça qualquer. Para o projetista de máquinas,
ou o paquímetro por serem bem mais o ferramenteiro, o controlador de qualidade e
precisos. o caldeireiro é indispensável o conhecimento
de trigonometria.
-Compasso: Pois às vezes o desenho mecânico especifica
apenas a medida maior ou a menor e o
Um bom compasso é de fundamental comprimento da peça, o profissional deve
importância no desenho geométrico, pois então, calcular o ângulo de inclinação dessa
muitas vezes fará medições e transportes de peça para poder então fabricá-la, o que ele
medidas. O compasso tem duas pontas sendo consegue com auxilio da trigonometria. (4)
uma de grafite com apelido bizel ou chanfro
e a ponta de metal denominada de ponta
seca. Quando usado na indústria para traçar
chapas de metal, a ponte de grafite é
substituída geralmente por uma de vídia por
ser um material muito mais resistente.

A ponta de grafite ou de vídia é responsável


de formar pequenos arcos ou uma
circunferência. A ponta seca parada sobre o
mesmo ponto, e ao ser rotacionada pela mão

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Relações Trigonométricas do Triângulo
Retângulo:

Cotangente de um ângulo:

É dado pela razão entre o Seno e o Cosseno


de um ângulo, ou entre os catetos, dado pela
seguinte ordem:

Seno de um ângulo:

É dado pela razão entre os lados que formam


o outro ângulo agudo, dado pela ordem: Secante de um ângulo:

É dado pelo inverso do cosseno desse ângulo


ou entre os lados que formam o próprio
ângulo, dado na seguinte ordem:

Cosseno de um ângulo:

É dado pela razão entre os lados que formam


o próprio ângulo agudo, dado pela ordem:

Cossecante de um ângulo:

É dado pelo inverso do seno desse ângulo ou


entre os lados que formam o outro ângulo
agudo, dado na seguinte ordem:

Tangente de um ângulo:

É dado pela razão entre o Seno e o Cosseno


de um ângulo, ou entre os catetos, dado pela
seguinte ordem:

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Círculo trigonométrico - Introdução I

Introdução aos cálculos de caldeiraria


Importante:

Caro aluno para entendermos o método em — O seno é positivo quando medido acima
questão, precisamos saber o que é da reta A – A’ (1.º e 2.º quadrantes).
trigonometria.
— O cosseno é positivo quando medido à
Falando de forma simples, trigonometria é a direita da reta B – B’ (1.º e 4.º quadrantes).
parte da matemática que estuda os triângulos
— A tangente e a cotangentes são positivas
e as suas medidas, baseado nas relações entre
no 1.º e no 3.º quadrantes.
seus lados e ângulos.
— Como a secante é o inverso do cosseno
Estes, no entanto podem ser mais bem
(1/cos), ela tem necessariamente o mesmo
definido pelo círculo trigonométrico; ou seja,
sinal do cosseno.
o círculo e suas propriedades, que são as
seguintes: — Como a cossecante é o inverso do seno
(1/sen), ela tem necessariamente o mesmo
— O raio é igual à unidade.
sinal do seno.
— Os arcos são considerados positivos
Explicação do método.
quando medidos no sentido anti-horário.
P rezado aluno, neste momento estaremos
— Fica dividido por dois diâmetros
iniciando o curso propriamente dito.
perpendiculares entre si, um horizontal A - A’
e outro vertical B – B’, em quatro setores Nele estaremos estudando algumas fórmulas
iguais chamados quadrantes. matemáticas aplicáveis a caldeiraria. Mas não
se preocupe; pois não se trata de algo
complicado e inatingível. Você precisará
apenas de um pouco de dedicação, necessária
a qualquer programa de estudo.

Você precisará também de uma calculadora


científica para inserir as fórmulas. No
mercado está disponível uma infinidade de
modelos. Uma de custo bastante acessível é a
Casio fx 82MS, só para exemplificar.

Apesar de não ser um requisito prévio para


aplicação deste curso; o estudo de fórmulas
trigonométricas lhe dará condições de
entender o método. E de estender estes
passos, a outros traçados de caldeiraria que
não sejam explicados nesta apostila.

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Entenda os cálculos - Introdução II

Note o exemplo:

Qual seria então o raio?

Neste exemplo o teorema nos diz que a


soma dos catetos (a,b) ao quadrado, é o
mesmo o que a hipotenusa (c) também ao
quadrado.

Vamos substituir as letras por números.

Note que o chapéu chinês é igual a dois


Triângulos retângulos de 80 cm de base por
60 cm de altura.

Pegue a sua calculadora e monte a seguinte


equação:

(80² + 60²) = Qual é o resultado? Achou 100


cm? Parabéns! Este é o raio.

Outra peça “típica” da caldeiraria é o famoso


quadrado para redondo. Na verdade este é o
carro chefe dos traçados e será, portanto o
nosso ponto de partida.
Veja a relação: 5² (5×5) = 25. 3² = 9.
4² = 16. Portanto 9 + 16 = 25. Extraindo a Analise o desenho abaixo
raiz de 25 = 5.

Agora este exemplo na caldeiraria:


Figura 1
Vamos entendê-lo em um traçado de um
chapéu chinês:

Vamos supor que o diâmetro deste seja 160


cm.

E que a sua altura seja 60 cm.

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Para que você desenvolva o quadrado para
redondo, com qualquer peça de caldeiraria, é
necessário que você tenha as medidas.

No desenho acima ainda não a temos,


porém ali estão representados os lados como
L1 e L2, a altura com a letra h, e por fim o
diâmetro com a letra d.

Logicamente estas vistas estão planificadas,


sendo assim não nos dá de imediato a noção Desenvolvendo naFigura 3
calculadora se ganha
tridimensional da peça. tempo e a aprovação do chefe.
Relação dos senos e cossenos
Já a figura 2 nos dá uma “mão” neste
sentido. Analise-a com atenção.

Figura 2

Por exemplo, onde o seno de 30º é 0.5 o


cosseno de 30º é 0.866. E onde o seno de 60º
é 0.866 o cosseno de 60º é 0.5.

Veja agora uma figura com apenas um


quadrante do traçado do quadrado para
redondo. Parte dela se parece com a figura
A figura 2 nos dá noção de algo anterior, porém agora temos também o
tridimensional. A reta x pode muito bem ser quadrante do quadrado. Aí encontramos
a largura. A letra h a altura. E por fim a letra quatro retas: A-1, A-2, A3 e A4.
y a profundidade.

Nesta figura também ficou demonstrado


que, as retas x, h e y elevadas ao quadrado é
igual a A1 ao quadrado.

Um passo importante no estudo de cálculos


matemáticos aplicados a caldeiraria, pois
muitas serão às vezes que você precisará usar
deste recurso para achar a verdadeira
grandeza de muitas retas.

E a próxima figura é a prova do que acabou


de ser dito. Note que ela está em perspectiva, As letras x e y representam a metade do
ou seja, de uma forma que mesmo estando quadrado. Enquanto a letra r é referente ao
em duas dimensões, ela nos passa uma ideia raio.
mais adequada de algo em três D.

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Neste caso basta calcular estas retas que as Que fica da seguinte forma:
demais dos outros 3 quadrantes restantes da
peça serão iguais.

Como calcular a reta A-1? Na figura 6 Figura 7


notará um triângulo em azul. Este referente
às retas AB1.

O cálculo fica da seguinte forma:

Como a peça é tridimensional temos de


inserir nesta equação a altura.

Na figura 8 a fórmula da reta A3 a equação


se repete apenas mudando os valores dos
senos e cossenos de 30º para 60º.

Figura 6

Calculada a reta A1 partimos para a próxima


reta. Na figura 7 abaixo, ela está representada
por Ab2 também em azul.
Figura 8

Para achar reta A-b a fórmula pode ser


descrita assim:

x – 0.5r que é igual a x – sen 30º × r

Já reta b2 da seguinte maneira: y – 0.866r que


é similar a y – cos 30º × r

Ainda lembrando-se da altura (h); que terá


de ser acrescentada à fórmula.

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Por fim a reta A4:

Veja o exemplo agora com valores para


maior compreensão:

Figura 9

Você deve está se perguntando; será que esta


equação aplicada as retas A2, A3 e A4 pode
ser também aplicada para a reta A1? Se fez
esta pergunta, parabéns! Pois você está ligado
na ideia de se usar apenas uma fórmula para
todas as demais.

Legal não é mesmo? E também muito


prático pois elimina algumas etapas no
Figura 10 processo de traçagem.

Nas próximas páginas, você encontrará


outros traçados e suas fórmulas práticas que
de igual modo lhe será de grande ajuda.
Inclusive o próprio quadrado para redondo, e
os demais cálculos.

Portanto faça um bom proveito deste curso.


E que ele lhe seja muito útil no seu dia a dia
como profissional de caldeiraria.

E como ponto de partida, vamos repetir a


fórmula, mas agora com o seno em 00 e o
cosseno também em 00 da seguinte maneira:

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Uma peça muito simples

O tubo:
Hoje o caldeireiro não usa apenas a marreta
O caldeireiro como artesão que é, ou outras arcaicas ferramentas como na foto,
transforma a matéria prima em verdadeiras para fabricar um tubo, a invenção que
“obras de arte". Mas não sem esforço, pois proporcionou rapidez, facilidade e menos
é um trabalho árduo requerendo em alguns esforços para a fabricação deste é a calandra.
casos muito esforço físico, portanto deveria
ser recompensado por tal.

A calandra é uma máquina que podemos


dizer que é indispensável para qualquer
estabelecimento de caldeiraria, ela com o
conjunto de motores e cilindros, foi projetada
Por exemplo; na universidade de Pardue há para conformar a chapa de seu estado inicial
uma estátua de um caldeireiro e suas plana, com o resultado final um tubo.
ferramentas no século 19, e nela representa
Mas ela também é imprescindível para
bem a extenuante jornada de trabalho deste
entendermos o cálculo para se construir um
profissional naquelas épocas. Consegue
tubo. Como assim?!! Bem, é que para calcular
imaginar o esforço necessário para conseguir
e construir um tubo é necessário entender
a conformação de uma chapa de aço, em um
como o material se comporta no momento
corpo cilíndrico (tubo) totalmente diferente
em que está sendo conformado
de sua forma original, ou seja, plana?
(transformado) na calandra, ou o que
acontece com sua estrutura que permite
A construção de caldeiras a vapor para os esta transformação.
navios de madeira, ou caldeiras para as
indústrias na revolução industrial supriu tanto
Falemos então um pouco sobre a
a logística, como a força para manufaturar as
ductibilidade. A ductilidade é a propriedade
matérias primas naqueles tempos; e isto
que representa o grau de deformação que um
muito se deve ao caldeireiro e a seus esforços
material suporta até o momento de sua
vigorosos e igualmente valorosos. Mas com
fratura. O oposto de dúctil é frágil, quando o
a revolução industrial (que o caldeireiro
material se rompe sem sofrer grande
participou ativamente) veio as máquinas e
deformação. Por exemplo, o aço, pela sua
claro que com elas a facilidade de trabalho
ductibilidade é facilmente deformável por
para muitos, e para o caldeireiro não foi
forja, laminação e extrusão, enquanto que
diferente.

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uma peça em ferro fundido é muito frágil não Chegamos a seguinte conclusão, se estes
suportando a muita deformação. diâmetros (externo e interno) modificam
quando conformados, podemos dizer com
segurança que eles não podem servir de
Com isso em mente podemos continuar referência para o nosso cálculo. Mas então;
falando sobre a construção de um qual é referência de confiança? Há um
tubo. Neste ponto de nossa conversa eu te diâmetro que fica exatamente no meio do
pergunto; qual é o diâmetro que devo tomar caminho, por assim dizer, este é o diâmetro
como referência no cálculo para se construir médio, ou seja, uma linha imaginária que
um tubo? O diâmetro interno ou o externo? passa no centro da chapa. É uma linha neutra
por que exatamente ali não haverá
Pare e pense um pouco, se a ductilidade é a
deformação.
propriedade que representa o grau de
deformação que um material suporta, qual Note nas figuras seguintes que antes de ser
lado da peça deforma mais, a interna ou a calandrada, (é assim que dizemos quando
externa? Se você respondeu que é as duas, passamos algo passa pela calandra) que o
respondeu corretamente. Mas lógico que cada perímetro da chapa tanto que ficará do lado
uma de maneiras diferentes. O perímetro da interno, tanto quanto o da linha neutra e do
parte interna tende a diminuir enquanto a externo são exatamente do mesmo tamanho.
externa a aumentar. E isto é lógico por que as
moléculas do aço que ficarão mais próximas Mas depois de ser calandrada, as coisas
da parte interna tem que se agruparem para mudam de figura. Notem que o perímetro
se ajustarem a nova situação. Enquanto as interno diminuiu muito enquanto o externo
moléculas da parte externa se distanciam. aumentou. O que permanece no mesmo
tamanho é o diâmetro médio.
Veja as figuras 1 e 2 abaixo

Figura 1

Figura 2
Partindo deste conceito, podemos definir
que o cálculo do tubo sempre deverá ser feito
usando o diâmetro médio. Para encontra-lo

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basta acrescentar a espessura do material se
a medida dada é a interna, ou diminuir uma
espessura se a medida for externa.

Ex: Na construção de um tubo em que o


diâmetro interno será de 200 mm, e a
espessura do material de 5 mm, e usando a
regra acima de acrescentar uma espessura,
fica da seguinte maneira 200 + 5 = 205. Este
é diâmetro médio. Porém se o tubo ficará
com 200 mm externo, neste caso será
descontado uma espessura, ou seja, 200 - 5 =
195.

Para fixação: no interno acrescenta, e


no externo diminui uma espessura.

Porém para calcularmos o tubo precisamos


de uma constante chamado Pi. Na
matemática, o Pi é uma proporção numérica
originada da relação entre as grandezas do
perímetro de uma circunferência e o seu
diâmetro. O seu valor é infinito, mas por
aproximação as calculadoras de 8 dígitos
aproxima ele de 3,1415927. Para o nosso
cálculo se não houver na calculadora o valor
de pi, poderemos aproximar para 3,14 ou um
pouco mas preciso de 3,1416.(2)

Portanto o cálculo do tubo fica da seguinte


forma: Diâmetro médio x Pi ou Diâmetro
médio x 3,1416

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Módulo I - Derivações

O valor deste para 3.1416. Estudamos


também que multiplicando o PI pelo
Traçando
Módulo as derivações:
1 – Derivações. diâmetro médio, achamos o perímetro total
da chapa em que será construído o tubo.

Agora partiremos para o próximo passo, ou


A partir desta agora trataremos dos seja, conhecer uma derivação do tubo.
métodos de traçagem de alguns grupos
de peças de caldeiraria. A forma que Uma peça que ilustra muito bem a relação
descreveremos aqui subentende que você destas outras peças com o tubo é a "boca de
tem as planilhas de cálculo no Excel ou lobo" que não é nada mais e nada menos que
uma apostila de cálculos como, por um tubo que se encaixa em outro.
exemplo, a Cald'nazza cálculos de
caldeiraria.

Serão três módulos; este que trata das


derivações do tubo. Um segundo das
transições, que comumente chamamos
de quadrado para redondo e peças
similares. E no terceiro trataremos de
traçados realizados por triangulação. (*1)

Derivações:

No artigo anterior tratamos de como se


calcula uma peça cilíndrica. Nesta veremos
peças que derivam dela, e que seus traçados
são similares entre si. Portanto se você
entendeu como se calcula um tubo, com
E estes podem ser de diâmetros iguais ou
certeza não terá dificuldade nenhuma nesta
diferentes. Receberem soldas ou rebites. E
próxima etapa.
serem dos mais variados materiais.

Além dos caldeireiros, os profissionais que


se envolvem profundamente com este tipo de
traçado, são os encanadores. Por isso apesar
deste blog tratar de caldeiraria, nada impede a
estes profissionais de se beneficiarem das
explicações aqui fornecidas. (*2)

A primeira coisa a se fazer é calcular as


linhas, para depois traçar o desenvolvimento
Apenas para relembrar; estudamos que para como se mostra a seguir.
calcula-lo usamos uma constante chamada (*1)OBS: Um quarto módulo terá peças diversas
PI, e que para cálculos de precisão mais que no qual não se aplica um método geral.
razoável para caldeiraria podemos aproximar (*2) ERRATA: Emvez de Blog, Livro.

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1°- Trace uma reta com valor igual ou
maior que o perímetro encontrado

1 2 3 4 3 2 1 2 3 4 3 2 1

5° Ligue os pontos usando uma


régua flexível como abaixo.
2°-Trace um perpendicular a reta inicial.
Como na figura abaixo.

1 2 3 4 3 2 1 2 3 4 3 2 1

6°- Apague as linhas desnecessárias.


3°- Divida o perímetro em doze partes
Parabéns! Você conseguiu traçar uma
iguais e trace as linhas restantes.
derivação.

1 2 3 4 3 2 1 2 3 4 3 2 1

4°- Pegue os valores encontrados


Agora treine com outras derivações, pois
1 = 40,0 2 = 42, 4, 3 = 48,6 e 4 = 53,7.
a repetição é a mãe da retenção.
OBS: Mude os senos e cossenos da seguinte forma:
Agora trace-os nas retas verticais, e da Quando numerado:
esquerda para direita na seguinte ordem
De 1 - 4 como o exemplo acima, até 90.
De 1 - 7 mude-os até 180.
1 2 3 4 3 2 1 2 3 4 3 2 1. De 1 - 13 mude-os até 360.

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Módulo II - Transicões

Módulo 2 – Transições.
Traçando as transições:

Quando falamos em transição,


estamos considerando que algo é um
elo, uma passagem intermediária. Em
caldeiraria encontramos muitos Transição quadrado para redondo.
desses elos intermediários. Este serão
objetos de estudo neste módulo. Agora usaremos 12 passos para completar o
traçado, siga-os de perto e sucesso.

1° Trace uma reta, com medida igual a


um dos lado do quadrado. Marque como
A-A

Estudamos a pouco sobre como traçar peças


cilíndricas. A tubulação tem um papel
fundamental na indústria. Podendo ser usada
para transporte de grãos, óleo, gases, água e
uma infinidade de aplicações.

2° Pegue o compasso aberto na medida


Naturalmente quando pensamos em tubo A1, e com a ponta seca em A trace 2 semi
muitas vezes vem em nossa mente arcos e numere este ponto como 1, como
um cilindro, o que não reflete de todo uma na figura acima.
verdade. Muitas tubulações
são construídas em formas quadradas ou
retangulares. Em algum momento estas peças
cilíndricas e quadradas irão se encontrar, e é
aí que entra as chamadas transições.

Se você trabalha no ramo de caldeiraria, já


ouviu falar em quadrado para redondo,
retângulo para redondo inclinado ou
retângulo para redondo excêntrico. Pois bem,
todas estas peças servem de passagem ou
transição de uma tubulação quadrada para
outra redonda.

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3° Ligue os pontos.

4° Novamente abra o compasso, agora em


A2 e com ponta seca em A e trace um semi
círculo. Centre a ponta seca em 1 e com
medida da corda, cruze os semi círculos. 7° Ligue os pontos A e 3, novamente usando
Defina-o como ponto 2. uma reta

5° Ligue os pontos novamente.


8° Repita, agora centrado em A e trace os
semi círculos com A4 e ache assim o ponto 4.

6° Faça o mesmo para achar os ponto3, ou


seja centre o compasso em A trace um semi
círculo. Centre a ponta seca em 2 e com
medida da corda, cruze os semi círculos.
encontre o ponto 3.

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9° Ligue os pontos. 11° Ligue os pontos.

10° Com o compasso centrado em A jogue a


medida de AB, que é a metade de um dos
lados do quadrado e trace outro semicírculo.
Depois abra o compasso com a medida de 12° Repita o processo 10 e 11 do outo lado.
B4, centre no ponto 4. Trace outro
semicírculo e assim defina o ponto B.

Parabéns está traçada o quadrado para


redondo. Pratique agora com outras
transições.

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Módulo III - Triangulações

problema, só terá um pouco mais de


Traçando por triangulação: trabalho.
Módulo 3 – Triangulação de linhas.
Lembra-se do cálculo Diâmetro médio x
Por fim chegamos ao terceiro e último 2PI? Por meio dele calcule o perímetro e
módulo, traçando por triangulação, e depois divida por 12. O valor da corda do
podemos adiantar que triangulando diâmetro maior usará em baixo a partir do
linhas pode-se traçar quase todo tipo de ponto A. O valor da corda do diâmetro
peça. Em especial as peças cônicas que menor em cima a partir do ponto 1.
de outra forma seria de difícil Entenderá mais plenamente com as figuras
desenvolvimento, com este método não abaixo.
tem mistério nenhum. (*1)
Sendo assim vamos ao traçado.

O procedimento não é muito diferente de


quando se traça as transições, em que para Trace por meio de uma régua uma reta de
achar determinado ponto usa-se duas medida igual a A1. Numere como na
medidas que jogadas com o compasso e cria- figura, embaixo como A e em cima como 1.
se pequenos arcos que se cruzam. A
diferença é que se alternam as linhas de
verdadeira grandeza com as de triangulação,
ora centrando o compasso em determinado
ponto embaixo e traçando arcos para cima,
ora centrando a ponta seca em cima e
traçando arcos para baixo. Assim fazendo
zig-zags desenvolve-se a planificação da peça.

Vamos ao check-list, tenha em mãos régua,


calculadora, lápis, caneta e compassos. Isto
mesmo, se possível trabalhe com três Centre a ponta seca do compasso em A e
compassos, pois agora terá de calcular a com a medida de A2 trace semi círculos a
corda tanto do diâmetro maior quanto do esquerda e a direita do ponto 1. Com a
menor e por isso é prático deixar um medida da corda menor e com o compasso
compasso aberto na corda maior, outro na centrado em 1 trace semi círculos cruzando-
corda menor e ainda outro para jogar as os com os traços anteriores
medidas tanto as de verdadeiras grandezas
quanto as de triangulação. Mas se não tiver (*1)OBS: Um quarto módulo terá peças diversas
no qual não se aplica um método geral.
tantos compassos em mãos também não tem

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Numere os cruzamentos das linhas como 2.
Ligue os pontos com uma reta. Veja que esta
reta é a de triangulação.(Poderá usar uma Lembre-se que está traçando em "zig zag"
caneta de cor vermelha ou fazer a reta ora em cima, ora em baixo. Agora com o
pontilhada) compasso aberto na medida da corda menor (
que sempre será usada em cima) trace
novamente os semi círculos a partir do ponto
1. Com a medida de triangulação B3, e ponta
seca em B trace semi círculos em cima e
cruzando novamente ache os pontos.

Centrando o compasso em 2 e com a medida


da verdadeira grandeza de B2, trace agora em
baixo um semi círculo a direita e outro a
esquerda de A. Com a corda do diâmetro
maior e centrado no ponto A cruze os semi
círculos anteriores. Defina-os como 3

Numere então o cruzamento dos traços Agora para baixo a procura do ponto C repita
como B, e ligue novamente os pontos com a operação usando a reta C3.
uma reta.

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Defina-os como ponto C. Ligue os pontos Sempre em zig- zag. Agora na caça do ponto
com uma reta. D. A reta da vez é a D4

Agora para cima a procura do ponto 4 repita Defina-os como ponto D. Ligue os pontos
a operação usando a reta C4. novamente com uma reta

Defina-os como ponto 4. Ligue os pontos Agora na procura do ponto 5 com a reta D5.
novamente com uma reta.

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Definindo novamente o 5 e ligando as retas E assim.

Novamente assim

Não se esqueça, corda maior em baixo e


menor em cima. A reta é a E5.

Defina-os como ponto E e ligue os pontos


novamente com uma reta.

Ligando e definindo.

4-0
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Para cima. Ligando os pontos e definindo

Ligando os pontos e definindo.

Agora sim, é só ligar os pontos com uma


régua flexível e pronto! Está traçada a
redução excêntrica. Treine outros traçados de
triangulação de linhas.

Para baixo. OBS: Mude os senos e cossenos da seguinte forma:

Quando numerado:
De 1 - 4 mude-os até 90.
De 1 - 7 mude-os até 180.
De 1 - 13 mude-os até 360.

4-0
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Módulo I

Derivações

2-0
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Derivação - Cotovelo

y + (r + cos 000 × r) × tan (α ÷2) =

30 + (25 + cos 000 × 25) × tan 20 = 48,1

y Exemplo
α 40
α÷2 20
r r 25
y 30

Atenção:
Desconte uma espessura do tubo que encaixa.

________________________________________________________________________________________________

Planificação da peça

48.1

7 6 5 4 3 2 1 2 3 4 5 6 7

r × 2Л

2-1
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Derivação - Boca de lobo

h- (R² - (sen 00 × r)²) =

60 - (20²-(sen 00 ×19)²) = 40
Exemplo
h 60
r 19
r R 20

Atenção:
Desconte uma espessura do tubo que encaixa.
h

________________________________________________________________________________________________

Planificação da peça

40 40 40
1 2 3 4 3 2 1 2 3 4 3 2 1

r × 2Л

2-2
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=
=

Derivação - Curva de gomos

(R + cos000 × r) × tan α

(75 + cos000 × 25) × tan15 = 26.7


Exemplo
R 75
r 25
α 15

Atençaõ:
α = 90 ÷ 6 (sendo 6 semi-gomos)
Isto porquê se calcula a metade de um
gomo. Neste exemplo são três gomos que
vezes dois é igual a 6 semi-gomos.

R r

________________________________________________________________________________________________

Planificação da peça

26.7
7 6 5 4 3 2 1 2 3 4 5 6 7
26.7

r × 2Л

2-5
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Derivação - Gomo reverso

(r + cos 000 × r) × tan (α ÷2) =


(25 + cos 000 × 25) × tan 20 = 18,1

Exemplo
α 40
r
α÷2 20
r 25
α y y 118.2
h 76
h L 90.52

√(L² + h²) = 118.1

________________________________________________________________________________________________

Planificação da peça

118.1

18.1

7 6 5 4 3 2 1 2 3 4 5 6 7

2-15
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Módulo II

Transições

3-0
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Transicão - Retângulo para redondo

((× - sen 00 × r)² + (y - cos 00 × r)² + h²) =

((45 - sen 00 × 15)² + (45 - cos 00 × 15)² + 50²) = 73.6

r z
Exemplo
h 50
r 15
h x 45
y 45
z 30

Reta B4

(h²+z²)

z=x-r

x
________________________________________________________________________________________________
Desenvolvimento.

Legenda

73.6 73.6

45 45

90

3-1
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Transicão - Retângulo para redondo c/ bases a 90°

(( d + Cos 00 × r )² + (b - Sen 00 × r )² + h²) = A1

(( 60 + Cos 00 × 25 )² + (25 - Sen 00 × 25 )² + 40²) = 97,2

Exemplo
h 40
a 50
h b 25
c 35
d 60
r 25

Atenção: B4
B1 = d
C5 = c
C5
a

d r
________________________________________________________________________________________________

Planificação da peça

Raio=25
Raio=25

35
97,2 97.2

72,1 72,1

25 25

40 40

50

3-6
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Transicão - Redondo para retângulo

A1 = ((cos00 × R - x)² + (sen00 × R - y)² + h²) =


((cos00 × 50 - 20)² + (sen00 × 50 - 20)² + 50²) = 61,6

B4 = (( R - y)² + h²)
R
Exemplo
h 50
R 50
h x 20
y 20

y
________________________________________________________________________________________________
Planificação da peça

61.6 61.6

58.3 58.3
40
20 20

3-8
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Módulo III

Triangulações

4-0
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Triangulação - Redução concêntrica

A1 = (( R - r)² + h²) =

= (( 40 - 35)² + 50²) = 50,2

A2 = (( R - 0.866 × r)² + ( 0.5 × r)² + h²) =

= ((40 - 0.866 × 35)² + ( 0.5 × 35)² + 50²) = 53,8


r
Exemplo
h 50
R 40
r 35

2 2
1

2 1 2

50,2

53.8
53.8

4-1
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Triangulação - Redução excêntrica

A1 = (( L + cos 000 × R - cos 000 × r)² + (sen 000 ×R - sen 000 × r)² + H²)

= (( 52 + cos 000 × 44 - cos 000 × 20)² + (sen 000 ×44 - sen 000 × 20)² + 80²) = 110,3

A2 = (( L + cos 000 × R - cos 030 × r)² + (sen 000 ×R - sen 030 × r)² + H²)

= (( 52 + cos 000 × 44 - cos 030 × 20)² + (sen 000 ×44 - sen 030 × 20)² + 80²) = 112,6

Exemplo
H 80
R L R 44
r 20
L 52

7 7
6 6
5 5
4 3 4
2 3
2 1

110.3
G G
F 112.6 F

E E

D D
C C
B B
A

4-2
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Triangulação - Derivação T

A1 = √ (( h - √ (R² - (cos 00 × r)²))² + (x - sen 00 × r)²) =


√ (( 80 - √ (40² - (cos 00 × 40)²))² + (70 - sen 00 × 40)²) = 106,3

A2 = √ (( h - √ (R² - (cos 00 × r)²))² + (x - sen 30 × r)² + (cos 00 × r - cos 30 × r)²) =


√ (( 80 - √ (40² - (cos 00 × 40)²))² + (70 - sen 30 × 40)² + (cos 00 × 40 - cos 30 × 40)²) = 94,4

r
Exemplo
r 40
R 40
h 80
x 70

X R

4 4

3 3
D 2 1 2
D

C C
106,3 106,3
94,4 94,4

B B

A 140 A

4-12
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Módulo IV

Peças diversas

5-0
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Tronco de cone

Tronco de cone
Exemplo
h 50
m = (D - d) ÷ 2 d 30
= (80 - 30) ÷ 2 = 25 D 80

G = ((D ÷ 2) × (h² + m²)) ÷ m


= ((80 ÷ 2) × (50² + 25²)) ÷ 25 = 89,4

g = G - (h² + m²)
= 89,4 - (50² + 25²) = 33,5
m d
α = (((180 × (D ÷ 2)) ÷ G)) × 2
= (((180 × (80 ÷ 2)) ÷ 89,4)) × 2 = 161

h x = (2 × g) × sen( α ÷ 2)
= (2 × 33,5) × sen(161 ÷ 2) = 66

y = (2 × G) × sen( α ÷ 2)
D = (2 × 89,4) × sen(161 ÷ 2) = 176,3

Planificação da peça

5-1
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Chapéu chinês

R= (h²+r²) α = 360 - (180 × r ÷ R × 2)


= (70²+40²) = 80.6 = 360 - (180 × 70 ÷ 80.6 × 2) = 47,4

Exemplo
C = sen ( 47.4 ÷ 2) × (R × 2) h 40
= sen ( 47.4 ÷ 2) ×(80.6 × 2) = 64,7 R 80.6
d 140
r 70

r
d

Planificação da peça

R =80.6

α = 47.4°

C = 64,7

5-2
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Rosca helicoidal

(D-d+ (d² × Л² + p²) ÷ Л) + e =


(60 - 30 + (30² × 3.1416² + 40²) ÷ 3.1416) + 2 = 64.6

Exemplo
64.6 - (D - d) = D = 60
64.6 - (60 - 30) = 34.6 d = 30
p = 40
e = 2
e = espessura

D
d

Planificação da peça

34.6

64.6

5-3
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Canal helicoidal

X = D (Φ médio) × Л

x' = d (Φ médio) × Л

h C= ((D × Л)² + p²)

c' = ((d × Л)² + p²)

p M = (D × Л ÷ C) × h

m' = (d × Л ÷ c') × h

h N = (p ÷ C) × h
L
n' = (p ÷ c') × h

s = (D - d) ÷ 2

r = (c' × s) ÷ (C - c')
d
α = (((180 × (D ÷ 2)) ÷ R)) × 2

y = (2 × R) × sen( α ÷ 2)

R=r+L

D Planificação das peças

h
Chapa lateral externa

M p
N C

X = D (Φ médio) × Л

Chapa do fundo

Chapa lateral interna h


R

r Y
m' p α
n' c'

x' = d (Φ médio) × Л

5-4
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Caixa Espiral

Raio 1 = r + (d ÷ 4) - x = 52 Exemplo
Raio 1 = r + (d ÷ 4) + x = 56 d 16
Raio 1 = r + (d ÷ 2) + x = 60 r 50
Raio 1 = r + (d ÷ 1) - x = 64 x 2
Raio 1 52
Raio 2 56
Obs: 50 = raio do rotor Raio 3 60
x=d÷8 Raio 4 64

Raio 4

Raio 1

Raio 3

Raio 2

Importante d ÷ 4 = 04

5-11
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=

Furações

sen (180 ÷ 6) × Diâmetro


Exemplo
Furos 6
Diâmetro 200

Diâmetro

5-12
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Fórmulas geométricas

Cálculos diversos

65-0
-0
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Figuras geométricas e suas fórmulas

Fórmulas geométricas

Losango Trapezoide

A = Área - P = Perímetro A = Área

A = (D x d) ÷2 A = ((H + h) x b + a x H + c x h) ÷ 2
P = √(D² + d²)
Triângulo equilátero inscrito

Paralelogramo

A = Área

A=axb A = Área

A = 1,299 x R² ou 5,192 x r² ou 0,433 x L²


Trapézio r = o,28867 x L
R = 0,57735 x L
L = 3,46412 x r

Quadrado inscrito

A = Área

A = (a + b) ÷ 2 x h

A = Área

A=LxL
r = o,5 x L
R = 0,7071 x L
L = 1.4142 x R

6-0
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Cubo Pirâmide

V = Volume V = Volume A = Área

V = L x L x L ou L³ V = (A x H) ÷ 3

Paralelepípedo Pirâmide truncada

V = Volume
V = Volume A = Área
V=axbxc
V = (H x (A + a +√(A x a))) ÷ 3

Prisma Cunha

V = Volume A = Área V = Volume

V=AxH V = (c x H x (2 x a +b)) ÷ 6

6-1
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Cilindro reto Cilindro oco

V = Volume A = Área V = Volume

V = ̟ x R² x H V = a x H x ( R² - r²)
A = 2̟ x R x (R + H)

Cone
Cilindro oblíquo

V = Volume A = Área V = Volume e G = Geratriz


A = Área da superfície cônica
V = ̟ x R² x H
A = 2̟ x R x (R + H) A=̟xRxG
G = √(H² + R²)
V = (̟ x R² x H) ÷ 3
Cilindro truncado
Tronco de cone

V = Volume V = Volume e G = Geratriz


A = Área lateral do tronco de cone
V = ̟ x R² x H
V =( (̟ x H) ÷ 3) x (R² + R x r +r²)
A = ̟ x G x (R + r)
G = √(a² + H²)

6-2
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Esfera Calota esférica

A = Área da superfície esférica - V =


A = Área ou superfície - V = Volume Volume
A = 4̟ x R² A = 2̟ x R x F
V = (4̟ x R²) ÷ 3 V = ̟ x F² x (R - F ÷ 3)

Zona esférica
Esfera oca

A = Área da superfície esférica - V =


Volume
V = Volume
A = 2̟ x R x H
V = (4̟) ÷ 3 x (R² - r²)
V = ̟ x H ÷ 6 x ((3 x c² ÷ 4 ) + (3 x C² ÷
Setor esférico 4 )) + H²

Cunha esférica

A = Área do setor esférico e cônico - V =


A = Área da superfície esférica - V =
Volume
Volume
A = ̟ x R x (2 x F + C ÷ 2)
A = (α ÷ 360) x 4̟ x R²
V = (2̟ x R² x F) ÷ 3
V = (α ÷ 360) x 4̟ x R³ ÷ 3

6-3
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Polígonos regulares Segmento circular

A = Área

A = ((R x a) - C x (R - F)) ÷ 2
A = Área da superfície esférica - n =
Números de lados α = 57.296 x a ÷ R

A=nxLx α÷2 a = ̟ x R x α ÷ 180


R = √(R² + L² ÷ 4)
C = 2 x √((F x (2 x R - F))
α = R x Cos a ÷ 2
F = R - (√(R² - C²) ÷ 2)
Setor circular
Coroa circular

a = Comprimento do arco - α = Ângulo


do arco

a = ̟ x R x α ÷ 180 A = Área

α = (a ÷ R) x (360 ÷ 2̟) A = ̟ x (R² - r²)

A=axR÷2 Setor de coroa circular

Círculo

A = Área - P = Perímetro A = Área - α = Ângulo do setor

A = ̟ x R²
A = α x ̟ ÷ 360 x (R² - r²)
P = 2̟ x R ou ̟ x D

R = √(A ÷ ̟)

6-4
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Toro

A = Área - V = Volume

A = 4 ̟² x R x r
V = 2 ̟² x R x r²

Barril

V = Volume

V = 0,262 x L x (2 x D² x d²) para curvas


circulares

V = 0,21 x L x ((2 x D²) +(D x d) + (0,75 x


d²)) para curvas parabólicas

Elipse

V = Área (OBS*) Fórmulas transcritas para


uso em calculadoras científicas
A=̟xaxb como a Casio fx82MS.

6-5
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As curiosidades na história da caldeiraria

Curiosidades

O que uma equipe de uma universidade,


um drinque, uma novela e uma comédia numa cama e de o cobrirmos com lençóis
de William Shakespeare tem em comum? bem macios, colocarmos-lhe anéis nos dedos,
Nem imagina? Pois bem, todas elas tem um banquete opíparo junto ao leito lhe
em o comum o Caldeireiro. No pormos e solícitos serventes ao redor,
desenrolar desta leitura você notará que a quando ele a ponto estiver de acordar? Não
caldeiraria tem história. esquecera sua própria condição este
mendigo? [...]. Willian Shakespeare, A Megera
A Megera domada Domada.

Durante a idade média surgiu a necessidade O animal monstruoso era o caldeireiro um


de regulamentar o processo produtivo e bronco e bêbado, do ponto de vista da
artesanal, nascia então as corporações de nobreza. Ou seja, quem não fosse nobre
ofício, e a latoaria precursora da caldeiraria era truculento e ébrio.
estava entre elas. Mais tarde entre 1593 e
1594 o dramaturgo Inglês escrevia: "Como é próprio da comédia de costumes, a
peça satiriza as tradições e as situações
rotineiras daquele contexto social,
proporcionando uma análise dos costumes e
comportamentos humanos" analisa Yanna do
Blog Literatura para a sobremesa.
http://literaturaparaasobremesa.blogspot.co
m.br/2010/05/megera-domada-william-
shakespeare.html

Se você nunca assistiu assistiu a peça mas é


um noveleiro de plantão, provavelmente
conhece a estória, pois a novela o Cravo e a
Rosa foi baseada na comédia. O "Bruto"
Petruchio agora é um fazendeiro e não um
Caldeireiro.

É claro que por mais que seja braçal


o trabalho de um fazendeiro ou mesmo de
um antigo Caldeireiro isto não o torna um
brutamontes, não é nada mais que um
estereótipo.
“[...] Óh animal monstruoso”! Está deitado
como um porco. Medonha morte, como tua
pintura é feia e repulsiva! Vamos fazer uma
experiência, amigos, com este bêbedo. Que
tal a idéia de o pormos

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A equipe de caldeireiros de Pardue. para jogar futebol. Claro que não era verdade.
No entanto, a mascote oficial da Purdue é
uma locomotiva, o Boilermaker especial.
Caldeireiros é o apelido oficial para as (Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Purdue
equipes esportivas intercolegiais _Boilermakers)
da Universidade de Purdue . Como é comum
com apelidos de atletismo , ele também é
utilizado como designação coloquial dos Novamente o Caldeireiro é colocado como
alunos e ex-alunos da Purdue em geral. O alguém robusto, forte. Lógico que isto se
apelido é muitas vezes abreviado para dava por causa do trabalho duro,
"Caldeiras" por fãs da escola. especialmente porquê que estes homens
precisavam usar a força para conformar o a
chapa, por exemplo, para construir um
tubo. Hoje o caldeireiro tem ferramentas
modernas que lhe dão facilidades na
construção de suas peças e até mesmo
a tecnologia ele o profissional, tem como
aliado para o seu trabalho.

Uma Rua dos Caldeireiros.

Este relato vem do outro lado do atlântico e


novamente mostra como esta profissão é
antiga. Leia o texto abaixo retirado
Na abertura da temporada 1891, Purdue da Wikipédia, a enciclopédia livre.
viajou para Wabash College, na próxima
Crawfordsville. Além de vir com uma vitória
44-0, os "onze" de Purdue como o time de
futebol eram conhecido na época, voltou
para West Lafayette com um novo apelido.

Após a goleada 44-0, o Lafayette Sunday


Times noticiou: "Como todos sabem, Purdue
desceu para Wabash no último sábado e
derrotou os seus onze homens.
Crawfordsville ainda não superou isso. O
único recurso que eles têm é a alegação de
que vencemos os seus homens "científicas"
pela força bruta. Nossos jogadores são
caracterizados como fabricantes de caldeiras.

Várias das escolas locais relacionou à "A primeira referência documental a este rua
tradição caldeireiro, sugerindo que Purdue data de 1234. Sabermos, no entanto, que o
estava subindo o rio Wabash e contratando arruamento é muito anterior. Continuação
trabalhadores dos pátios ferroviários Monon

7-0
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natural da rua do Souto - com a qual jornada de trabalho fazer esta mistura de
partilhava o nome - estabelecia a ligação entre destilada com fermentada e depois esta
o núcleo primitivo do burgo, no morro de mistura cair no gosto do pessoal.
Pena Ventosa e a porta do Olival da Muralha Logicamente que a bebida deve vir
Fernandina do Porto e, daí, para as estradas acompanhada de responsabilidade, não beba
de Braga e de Vila do Conde e Viana do se for dirigir ou se for menor. E mais
Castelo, integrada no Caminho de Santiago. importante ainda, não abuse jamais dela.

Quando em 1522 foi rasgada a rua das


Flores, a parte da antiga rua do Souto que lhe
ficava a ocidente passou a assumir outras
designações. Rua da Laje e da Ferraria de
Cima foram nomes que ao arruamento
adotou nos séculos seguintes. "Ferraria de
Cima", por oposição à "Ferraria de Baixo"
(hoje a rua do Comércio do Porto), ambos
locais onde funcionavam as oficinas dos
ferreiros".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_dos_Cald
eireiros)

Legal não é mesmo? No Brasil também


temos um rua dos caldeireiros, fica em
Mariana, MG. Mais do que justo esta
homenagem ao trabalho destes profissionais
que participaram e participam do crescimento
industrial. Merece até mesmo uma
comemoração, que tal um drinque?

O Drinque Boilermaker.

Caldeireiro quando traduzido para o inglês


vira Boilermaker. E é com este termo que se
denominou o coquetel de cerveja com uísque.
Para isso misture cerca de um copo de
cerveja com uma dose de uísque, pronto você
acabou de fazer uma bebida em homenagem
aos caldeireiros.

Como nasceu este nome deste coquetel, eu


não sei. Mas é interessante imaginar o
Caldeireiro antigo depois de uma extenuante

7-0
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Sumário

Sumário

Agradecimentos 2-10 Boca de lobo inclinada no cone

1-0 A matemática e o desenho 2-11 Boca de lobo no cone


geométrico na caldeiraria 2-12 Boca de lobo excêntrica no cone

1-1 Círculo trigonométrico 2-13 Orifício da boca de lobo

1-2 Entenda os cálculos 2-14 Orifício da unha no tubo

1-3 Uma peça muito simples 2-15 Gomo reverso

2-0 Módulo I – Derivações 2-16 Unha na esfera

3-0 Módulo II – Transições

4-0 Módulo III – Triangulações Módulo II

5-0 Módulo III – Peças diversas 3-1 Retângulo para redondo

3-2 Retângulo para redondo excêntrico


6-0 Figuras geométricas e suas
fórmulas 3-3 Retângulo para redondo totalmente
excêntrico
7-0 As curiosidades na história da
caldeiraria 3-4 Retângulo inclinado para redondo

3-5 Retângulo para redondo inclinado

Módulo I 3-6 Retângulo para redondo c/ bases a 90°

2-1 Cotovelo 3-7 Retângulo para redondo inclinado c/


base a 90°
2-2 Boca de lobo
3-8 Redondo para retângulo
2-3 Boca de lobo inclinada
3-9 Redondo para retângulo inclinado
2-4 Boca de lobo nas costas da curva
3-10 Redondo para retângulo excêntrico
2-5 Curva de gomos
3-11 Calça de base retangular com bocas
2-6 Unha no tubo circulares

2-7 Boca de lobo excêntrica e inclinada 3-12 Calça de base circular e bocas
retangulares
2-8 Unha nas costas da curva
3-13 Calça de base retangular e bocas
2-9 Y ou Perna de moça
circulares e inclinadas

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Sumário

5-9 Tremonha complexa

Módulo III 5-10 Proteção

4-1 Redução concêntrica 5-11 Caixa Espiral

4-2 Redução excêntrica 5-12 Furações

4-3 Calça cônica

4-4 Calça cônica excêntrica Legenda de cores

4-5 Redução excêntrica e inclinada

4-6 Calça cônica com bocas inclinadas Introdução, Fórmulas e Curiosidades.

4-7 Calça cônica excêntrica com bocas


inclinadas
Módulo I - Derivações
4-8 Calça cônica de 3 bocas paralelas a
base

4-9 Retângulo com 2 cantos arredondados Módulo II - Transições


para redondo

4-10 Retângulo com 4 cantos Módulo III - Triangulações


arredondados para redondo

4-11 Semi oval para redondo


Módulo IV – Peças diversas
4-12 Derivação T

Módulo IV

5-1 Tronco de cone

5-2 Chapéu chinês

5-3 Rosca helicoidal

5-4 Canal helicoidal

5-5 Redução concêntrica no tubo

5-6 Cúpula ou meia esfera

5-7 Tremonha de boca quadrada para


retangular

5-8 Tremonha de boca quadrada para


retangular em ângulo

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Autor:

Nazareno fraga da Cruz

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Trabalhando há 24 anos no ramo e com a bagagem adquirida desde então,


hoje aventuro-me ainda mais, a transmitir a outros o conhecimento acumulado.

Sou natural de Pedro Leopoldo MG. Atualmente resido em Uberlândia MG.


Trabalho no ramo da caldeiraria como operador CNC.

Como hobby sou blogueiro nas horas vagas.

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