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Aumente sua flexibilidade à mudança!

Wagner Siqueira

A prontidão da organização para lidar com o processo de mudança depende


da sua liderança. O líder deve certificar-se de que os projetos e atividades sob
sua responsabilidade realizam-se sem drenar os recursos posteriormente
necessários à organização para implementar a transição da situação vigente
para o novo tempo. A liderança precisa ser flexível, resiliente, capaz de
adaptar-se rápida e permanentemente, com serenidade, à turbulência das
crises.
Cada pessoa possui o seu próprio ritmo de adaptação ao novo. A velocidade
de adaptação é o ritmo com que cada um consegue enxergar além do nevoeiro
da crise e identificar as oportunidades decorrentes da nova realidade.
Pessoas dinâmicas operam a uma alta velocidade de adaptação à mudança.
Convivem com a ambigüidade e a incerteza sem perda do equilíbrio emocional
e intelectual, e sem somatizar seqüelas à sua saúde física e psicológica. Em
verdade, até aprendem a derivar satisfação de participar de um mundo em
constante transformação. Incorporam ao seu cotidiano, mentes e corações, a
impermanência e o transitório da vida. E se tiverem que retroceder após algum
insucesso, de volta à situação anterior, fazem-no serenamente como parte do
processo natural de oscilação da dinâmica das organizações e da sociedade.
Situações inesperadas oferecem simultaneamente riscos e oportunidades.
Focalize as oportunidades mais do que a solução dos velhos problemas. O
futuro das organizações está na exploração adequada das oportunidades. A
focalização na solução dos problemas exaure os recursos da organização na
busca pela recuperação do tempo perdido, fazendo-a voltar-se para um
passado em que as oportunidades se foram, restando apenas o legado dos
problemas deixados pelo processo de mudança.
Mantenha a confiança na sua capacidade de obter resultados positivos,
mesmo quando envolto no turbilhão da crise. Não perca a serenidade – a
principal dimensão do comportamento do executivo dinâmico. Se fracassar,
faça como o poeta: “levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima”. Aprenda
com a derrota e o insucesso. Retempere a vontade, proceda à crítica do que
aconteceu e firme novos propósitos. Vá em frente. Experiência não é o que nos
acontece, mas o que fazemos com o que nos acontece. A experiência é
sempre um repositório inavaliável de aprendizagens, se dela soubermos extrair
ensinamentos a partir da análise, da crítica, da avaliação, da generalização e
da aplicação da experiência aprendida à situações futuras. Não se lamente:
“por que isto tinha que acontecer logo comigo?”. Mas, admita e assuma: “se
acontece com os outros, por que não também comigo?”. A adversidade
também faz parte da vida.
Adotar uma atitude negativa ou de desalento diante da crise inibe a capacidade
do líder de tomar decisões e de implementar alternativas de ação. Desgasta as
suas energias pessoais e de toda a equipe com preocupações paralisantes
vazias de resultados. Reflita sobre a experiência vivida. Aprenda com ela.
Compartilhe as aprendizagens com os demais membros da equipe. Discuta
estratégias e alternativas para aplicá-las em situações semelhantes no futuro.
Busque o consenso para a experiência vivenciada, explorando o maior número
de percepções existentes na equipe. Tente identificar entre as diferentes
opiniões o ponto de convergência ou, pelo menos, o mínimo denominador
comum com o qual todos concordam, capaz de integrar e de orientar a equipe
na realização de seus propósitos.
As rupturas na moral e coesão da equipe, nas suas práticas e precedentes,
nas normas e procedimentos confundem as pessoas e as desviam dos
objetivos. O líder será capaz de tomar decisões mais eficazes se desenvolver
um profundo sentimento compartilhado em equipe de busca obsessiva de
realização das prioridades e de preservação da inteireza e da integridade dos
valores fundamentais da cultura do trabalho conjunto e solidário. Evite a
confusão e a anomia geradas pelas rupturas, clarificando valores e redefinindo
prioridades. Não se afaste do propósito comum, mesmo que tenha que trilhar
percursos não desejados anteriormente. Ao se deparar com obstáculos, trate
de os superar pela construção do consenso de soluções alternativas. Não se
sinta compelido a tomar decisões de bate-pronto. A reflexão é o prelúdio da
ação. Mantenha a serenidade para desfrutar do conforto de diferentes opções
de solução para a crise antes de se atirar a quaisquer uma delas.
Tolerância a ambigüidade, abertura à criatividade e à inovação, capacidade de
adaptação rápida e permanente à mudança são posturas que muito contribuem
para desenvolver individual e coletivamente a flexibilidade, o foco no que é
essencial e não apenas no que é importante, a percepção das oportunidades,
a aprendizagem a partir da experiência, a atitude positiva diante da vida, a
aceitação das diferenças, a legitimação da tomada de decisão por consenso, a
preservação dos valores e a manutenção do propósito comum original.
É quase lugar comum o conceito de administrar como obter resultados através
de pessoas. Não há organização sem pessoas, pessoas relacionando-se com
outras pessoas para a consecução de objetivos. As pessoas são uma das
características universais das organizações. Fazem parte da sua natureza. Os
maus líderes não compreendem esta peculiaridade. Comportam-se como os
médicos medievais: pretendem tirar as pessoas das organizações no
pressuposto de acabar com os problemas, otimizar lucros e resultados,
melhorar a produtividade, etc. Utilizam-se dos desvios do downsizing, da
terceirização, da reengenharia e da qualidade total, do enxugamento dos
quadros, da redução dos níveis organizacionais e da demissão incentivada
como os médicos da idade média – ou seriam curandeiros? – praticavam a
sangria para curar seus pacientes. Não há organização sem pessoas, assim
como não há vida humana sem sangue. Matavam os seus pacientes por falta
do fluxo da vida, assim como os maus líderes liquidam o capital humano das
organizações, diferencial competitivo na sociedade do conhecimento.
Se assim é, e assim será, estrategicamente decisivo à vida das organizações é
a capacidade da liderança de extrair a contribuição e a participação de seus
colaboradores, agregando em equipe a sinergia de suas habilidades,
conhecimentos, valores e talentos à realização do propósito comum. Construir
um clima de trabalho em equipe e inter-equipes, que assegure o envolvimento
e o comprometimento, a abertura e a franqueza, a troca autêntica e genuína do
feedback espontâneo e não censurado, o livre fluxo de informações, a
superação das barreiras e dos preconceitos. A organização e a disciplina do
trabalho em equipe são também dimensões fundamentais do comportamento
individual, grupal, intergrupal e organizacional que conduzem à obtenção ótima
e excelente do desempenho das pessoas trabalhando em conjunto de forma
solidária.

Fonte
Disponível em: <http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Artigo/3283/aumente-sua-
flexibilidade-a-mudanca.html>. Acesso em: 20 ago. 2009.

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