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Módulo 1 - Conceituação
A cada ano, a computação móvel ganha território e fica cada vez mais fácil prever
que dentro em breve irá dominar o panorama computacional nas empresas e casas.
Dispositivos móveis, como os handhelds, tornam-se cada vez mais sofisticados e
estão sendo substituídos pelos smartphones, que unem as funcionalidades de um
PDA (assistente pessoal digital ou “personal digital assistant”, do inglês) à
capacidade de comunicação dos celulares.
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para a computação móvel, que reúne essas funcionalidades e garante a
compatibilidade de seus componentes.
O resultado possibilita a resposta mais rápida do sistema e uma melhoria na vida útil
da bateria, além de uma grande variedade de modelos inovadores de notebooks,
cada vez mais portáteis.
A conectividade sem fio dá total liberdade aos usuários de computadores. Mas para
ter mobilidade de verdade é preciso estar em um espaço conhecido como “hot spot”,
ou seja, coberto por tecnologia de conexão à Internet por banda larga sem fio, e
possuir um computador capaz de estabelecer essa conexão. A conexão à Internet por
banda larga sem fio é uma realidade que já se consolida no Brasil e que, pouco a
pouco, toma o espaço das redes tradicionais.
Foram realizados diversos testes em cidades do Brasil como Brasília, Ouro Preto,
Mangaratiba e São Paulo, com a transmissão de dados por redes sem fios. Além
disso, governos e prefeituras brasileiras também se engajaram para ajudar na
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inclusão digital de localidades remotas, uma vez que tecnologias como o WiMax
dispensam infra-estrutura de cabos. O WiMax pode se basear em freqüências
licenciadas pela Anatel, o que possibilita a criação de sistemas de segurança
eficazes, como já ocorre com a telefonia móvel.
A tecnologia de banda larga de alta velocidade sem fio baseada em WiMax é capaz
de cobrir uma área de 50 quilômetros e obter uma taxa de transmissão de até
75Mbps. Por isso, ela é vista como uma solução economicamente viável para difundir
o uso da Internet em locais onde hoje nem mesmo se encontra infra-estrutura de
cabeamento para telefonia comum.
Demanda em alta
Para ampliar a divulgação dos benefícios da conectividade sem fio no Brasil, a Intel
aproveitou a visita do presidente mundial da companhia ao Brasil, Paul Otellini, em
2006, para promover a “Semana da Mobilidade”. Uma das atividades que serviram
de exemplo para mostrar do que o WiMax é capaz foi a transmissão, pela Intel e
Neovia (operadora de transmissão de dados wireless) transmitiram, pela primeira
vez no Brasil, um filme para crianças das ONGs Cidade Escola Aprendiz e Programa
Einstein na Comunidade de Paraisópolis, com a tecnologia WiMax.
As tecnologias de comunicação por redes sem fio (wireless) estão com a demanda
em alta por parte das empresas brasileiras. O ganho de produtividade, a
possibilidade de transmissão de dados em locais remotos e o custo cada vez mais
baixo dos equipamentos são os principais fatores que dão impulso a um mercado que
cresce a taxas de 50% ao ano no País.
Nos Estados Unidos, onde as tecnologias sem fio já são utilizadas há mais tempo, os
negócios em torno do wireless movimentaram US$ 158,6 bilhões em 2005, segundo
a americana Telecommunications Industry Association (TIA) — Associação das
Indústrias de Telecomunicações. A previsão da TIA é de que esse volume atingiria
US$ 212,5 bilhões em 2008 nos Estados Unidos e US$ 466 bilhões nos demais
mercados, incluindo a América Latina.
Assim como nos Estados Unidos, esse é um mercado em expansão no Brasil por dois
motivos principais: o custo de implementação de redes sem fio é menor e há um
ganho de produtividade para a empresa, uma vez que os funcionários têm
conectividade em qualquer lugar.
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A Telsinc, parceira da fabricante Cisco Systems, tinha sua tecnologia implementada
em empresas como Santos Brasil, Cummins e Bandeirante Energia e previa mais
negócios para 2006. Com o wireless, as empresas não ganham apenas em
mobilidade, mas passam a ter um diferencial competitivo.
Hoje, é fato que a competição está acirrada entre as empresas de Internet, como
Google, Yahoo! e Skype, entre si e com as operadoras de telefonia móvel. A queda
dos preços de telefones 3G multifuncionais com combinações variadas de música,
localização, vídeo e outros recursos para abaixo de US$ 90 também chama a
atenção. Também é esperada uma mudança profunda, à medida que tecnologias
sem fio são desenvolvidas e implementadas, primeiramente na China e na Índia, em
vez de Europa e América do Norte. Além disso, registra-se o movimento das marcas
globais para subsidiar telefones e serviços para demografias específicas em direção
aos canais de marketing móvel.
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CONECTIVIDADE SEM FIO
Módulo 2 – Segurança
Não é difícil imaginar que essa questão tenha sido repetida inúmeras vezes quando o
mainframe perdeu seu reinado para os computadores pessoais. Na época,
especialistas em Tecnologia da Informação não poderiam prever o tamanho das
vulnerabilidades que decorreram do final da utilização dos terminais “burros” para o
uso de desktops. Os benefícios se mostraram gritantes demais para que as brechas
em segurança pudessem representar um entrave no que foi uma das maiores
revoluções na era tecnológica.
O preço da mobilidade
Esse tipo de solução previne que um worm ou vírus instalado num notebook
corporativo acabe infectando toda a rede corporativa, sem conhecimento do usuário
do computador móvel e do próprio administrador da rede. A mesma lógica serve
também para os outros dispositivos sem fio, como PDAs e handhelds que tenham
acesso a aplicações da rede da companhia.
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Já os celulares, atualmente, precisam estar protegidos para enfrentar atentados
contra a privacidade. Celebridades já tiveram seus aparelhos invadidos em busca da
sua agenda de contatos, assim como vírus que se espalhavam por bluetooth, que
inutilizavam os aparelhos infectados. No entanto, a maior parte dos especialistas
define o celular como o aparelho que vai consolidar as funções multimídia no futuro,
o que abre a possibilidade desse tipo de ameaça piorar sensivelmente.
Inimigo Interno
Por outro lado, a disseminação de USB Drives, bem como gravadores de CDs e
DVDs, preocupam pela proteção à propriedade intelectual e aos dados confidenciais
da empresa. Se dentro da estrutura da companhia já é difícil controlar o que esses
aparelhos possibilitam em cópias de informações para espionagem industrial, num
ambiente externo – que pode ser da casa do empregado a um aeroporto – torna-se
praticamente impossível esse controle, se não existir uma política clara e estruturada
definindo as responsabilidades sobre esses conteúdos.
Um tópico que também vem sendo ignorado está muito mais relacionado com o
status desses objetos do que com a tecnologia em si. Pelo seu valor e fetiche, os
dispositivos móveis atraem muita atenção dos criminosos e são roubados
constantemente. Em São Paulo, para citar um exemplo, existem quadrilhas
especializadas em furtos e roubos de laptops, procurando suas vítimas
constantemente em locais estratégicos, especialmente aeroportos ou regiões com
concentração de grandes empresas. Existem também casos de roubo direcionados de
notebooks que buscam não o terminal, mas sim as informações ali armazenadas.
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risco muito real. Para se ter uma idéia, dados da polícia londrina dão conta de que,
apenas no Metrô da cidade, foram encontrados 6.832 dispositivos móveis, entre
celulares, handhelds e smartphones.
Além dos aparelhos sem fio, as redes que se apóiam na tecnologia wireless também
têm motivado debates constantes sob o prisma da Segurança da Informação. Ainda
assim, a questão evoluiu muito da primeira impressão dos especialistas, com certa
desconfiança a esse tipo de tecnologia. Hoje, no entanto, as redes sem fio
conquistaram diversas corporações, isso sem contar com os usuários domésticos –
talvez os maiores entusiastas da tendência.
Para se ter um exemplo do descaso, basta procurar por redes Wi-Fi em qualquer
grande cidade do mundo. É muito simples encontrar inúmeras “abertas” para o uso,
sem nenhuma forma de controle, sem que isso represente uma ideologia do usuário.
Os dispositivos de segurança que vêm nos aparelhos para criação de redes sem fio
não são ativados, de uma questão de acesso com simples nome de usuário e senha a
ferramentas de maior complexidade como criptografia de 128 a 256 bits.
Apesar das novas tecnologias, há ainda falta de cultura por parte das empresas e dos
usuários em relação à utilização desses dispositivos, principalmente porque ainda
não se tem um escopo de segurança para suprir o novo cenário. Por outro lado, as
mudanças começam a surgiu e a derrubar a conectividade e a produção com a
utilização de fios.
Para se ter uma idéia, a Associação Brasileira de e-business divulgou uma pesquisa
que apontava que 52% dos usuários corporativos seriam dependentes da
mobilidade, em 2008. O estudo avaliou o Panorama do Cenário de Mobilidade
Aplicada a Negócios. Um apontamento importante da pesquisa revela que 90% dos
entrevistados consideram que os dispositivos móveis são ferramentas capazes de
proporcionar melhor desempenho aos seus negócios. Os usuários consideram que
tais dispositivos podem gerar mais praticidade e rapidez na transmissão e obtenção
de informações.
Na primeira fase da pesquisa, que apurou a opinião de 122 empresas, o celular foi
apontado como o dispositivo móvel mais interessante para aplicações dos negócios
das empresas, ganhando 59% da preferência, seguido pelos smartphones (que têm
as funções de telefone celular e de computador de mão simultaneamente). O
objetivo dessa fase da pesquisa era prever como a mobilidade está sendo utilizada
pelas corporações e quais as principais tendências dos serviços no País.
Há ainda desafios que precisam ser vencidos para a maior penetração da mobilidade
e da conectividade sem fio nas corporações. Cerca de 40% das empresas dizem que
um desses desafios é a cobertura da tecnologia wireless no País. Outro ponto citado
é a segurança, já que há ainda alto risco de vulnerabilidade no acesso às
informações.
Hoje já se utiliza a conexão sem fio para conectar o computador de mesa ou o laptop
a impressoras, scanners ou mesmo à rede local, além do mouse e do teclado. O
celular é outro aparelho que tem sido muito utilizado em conjunto com o bluetooth,
já que com a ferramenta é possível se conectar e enviar mensagens, fotos ou
qualquer arquivo para todo dispositivo que tenha o mesmo padrão. Além disso, há
muitos aparelhos celulares que são comercializados com um fone de ouvido sem fio
com bluetooth, para que o usuário fale ao telefone enquanto faz outras atividades,
por exemplo.
Outra atuação que surge e em breve poderá ser utilizada em mais larga escala é a
possibilidade de funcionar como carteira eletrônica de dinheiro ou mesmo como
chave de um quarto de hotel previamente liberado para acesso de determinado
cliente.
Porém, o fator de maior importância nessa briga entre mobilidade e fios é que os
celulares têm maior participação no rendimento geral das empresas que trabalham
tanto com telefonia fixa quanto com móvel. Para se ter uma idéia, houve uma
inversão no reflexo dessas tecnologias na produtividade: a participação da telefonia
celular na receita geral cresceu de 35% em 2004 para 38% em 2005, por outro lado,
a telefonia fixa (serviço local, fixo-móvel e longa distância) teve queda de 57% para
53% no mesmo período.
Uma pesquisa feita pela A T. Kearney e pela Universidade de Cambridge ouviu 4 mil
usuários de celulares em 21 países da América Latina, América do Norte, Europa e
Ásia e constatou que um em cada quatro usuários utiliza o celular para transmissão
de dados. Além disso, 53% dos celulares usados pelos entrevistados eram
capacitados para receber e transmitir dados em 2005. Desses, 56% afirmaram
utilizar serviços web ou acessar e-mails pelo menos uma vez por mês.
A importância tem crescido tanto que algumas empresas aéreas, como a pioneira Air
France, por exemplo, passaram a utilizar, em suas aeronaves, tecnologias que
permitem o uso do aparelho celular durante o vôo, sem que haja interferência nas
ferramentas eletrônicas do avião.
Desde 2006, já era possível acessar a Internet via Wi-Fi, conectar um teclado por
bluetooth, transmitir arquivos por infravermelho e conectar o produto ao
computador. Também em 2006, começaram a ser lançados no mercado modelos de
celulares que apresentavam funcionalidades como câmera de foto e vídeo, mp3,
editor de textos e a possibilidade de instalar uma série de programas que podem
aumentar a produtividade dos usuários.
Entre janeiro e março de 2006 foram vendidos 3,4 milhões de PDAs, o que significa
crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado,
tem crescido muito o mercado de smartphones, que oferecem o serviço de celular
acoplado ao computador de mão, substituindo, inclusive, os usuários de handhelds.
Por esse motivo, as previsões eram que as vendas do convergente computador de
mão com celular cresceriam de 46 milhões de unidade em 2005 para 96 milhões em
2006, segundo o Gartner.
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Outro ponto a ser destacado no mundo dos computadores de mão é o crescimento
das vendas dos blackberrys, que iniciam uma corrida de liderança no mercado de
PDAs, com 20,8% do mercado. Isso porque o usuário pode receber seus e-mails
diretamente no aparelho, sem que precise baixar.
Notebooks
Módulo 4 – Notebooks
Para se ter uma idéia da importância desse segmento, as previsões eram que o
mercado de notebooks dobraria de 2005 para 2006. A consultoria IDC apontava que,
em 2005, haviam sido vendidas 300 mil unidades de laptops, mas a expectativa para
2006 era a de que esse montante atingiria mais de 600 mil unidades. De acordo com
a IDC, o mercado brasileiro deverá superar a marca de 1 milhão de máquinas em
2008 e 2 milhões em 2010.
Todo esse crescimento está ligado, principalmente, à queda de 30% nos preços
desses produtos. Pelo fato de haver modelos que custam menos de R$ 2 mil, além
do baixo valor do dólar, o câmbio e as medidas de incentivo fiscal promovidas pelo
governo, as consultorias acreditavam que seriam mais de 400 mil unidades vendidas
ao longo de 2006.
Os produtos estão adquirindo mais valor na medida em que ganham mais recursos
de memória e HD, ainda que o preço não tenha alta elevada. Outro ponto importante
a ressaltar é a queda dos preços das telas LCD que são utilizadas nos produtos, o
que reflete no preço final do produto. Por volta de 2004/2005, um monitor desse tipo
custava, em média, R$ 1,6 mil e em 2006 o preço havia caído pela metade, cerca de
R$ 800.
Nova geração
Comprar um notebook em vez de um desktop tem sido também uma boa opção até
mesmo para usuários domésticos quando decidem adquirir uma máquina nova. Essa
motivação tem sido alimentada pela vantagem da mobilidade. Até porque, o
notebook oferece as duas opções, ou seja, atende tanto as necessidades do usuário
quando ele está trabalhando no escritório, como pode acompanhá-lo quando está
fora da empresa fechando negócios, ou fazendo alguma apresentação corporativa.
Não por acaso, esse setor representou 35% das compras em 2005, de acordo com a
IT Data Consulting. Já a IDC acredita que esse perfil representou 28% das aquisições
de laptops no mesmo período, mas previa que em 2006 a porcentagem subiria para
30%.
Em 2005, as vendas de notebooks cresceram 47%, ainda de acordo com a IDC. Por
outro lado, a IT Data Consulting afirma que o aumento foi ainda maior com um
resultado que dobrou as vendas de 2004, chegando a 313 mil unidades vendidas. De
acordo com as consultorias, elas apostavam em um crescimento de 50%, em 2006,
o que significava algo entre 410 mil e 470 mil produtos.
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O estudo “Update Your Security Practices to Protect Notebook PC”, realizado pelo
Gartner, aponta outras dificuldades com essa nova relação corporativa. Uma delas é
a falta de abrangência dos fornecedores, no que se refere tanto ao software quanto
aos serviços. Ainda não há uma abordagem que considere todas as vulnerabilidades
dos notebooks, principalmente porque os produtos são recentes e as estratégias
específicas ainda estão sendo criadas.
Aumenta a responsabilidade
O Gartner dá uma idéia da dinâmica dos negócios e tecnologia nos próximos anos.
Em 2008, aproximadamente 10% das empresas irão requerer que os funcionários
tenham seus próprios notebooks. Essa utilização está intimamente ligada às políticas
de segurança, já que o computador corporativo comumente usado para assuntos
pessoais, como e-mail, músicas e vídeo, agora deixa de ser responsabilidade da
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empresa e passa para as mãos do usuário. É uma forma de a companhia ficar isenta
das responsabilidades que têm criado grandes problemas.
Com isso, será criada uma rotina de concessão de notebooks, assim como acontece
hoje com os carros. Ou seja, a empresa paga pelo uso do computador pessoal do
funcionário. A vantagem dessa utilização é que apesar dos custos da plataforma
ainda ficarem nas mãos da corporação, os operacionais da solução passam para o
usuário.
Por esses motivos, o mercado sem fio está crescendo cerca de 50% ao ano. Em 2006
houve um salto ainda maior, já que além do varejo, que utiliza os recursos, outros
segmentos passaram a buscar a tecnologia. Até mesmo hospitais e repartições
públicas passaram a consumir mais as soluções de mobilidade.
A conectividade sem fio traz um ganho para empresa não somente pela facilidade de
ter acesso em qualquer lugar, mas também porque tem um custo de implementação
muito mais baixo do que a conectividade convencional.
Mais cuidados
A facilidade que o uso de notebooks traz aos usuários e para as corporações – além
da vantagem de ocuparem menos espaço, com capacidade de armazenamento e
processamento compatível com a dos desktops – tem um alto preço: vulnerabilidade.
As máquinas ficam a maior parte do tempo em trânsito e por isso tornam-se mais
vulneráveis a ameaças lógicas e também físicas, como assaltos, exposição à chuva e
quedas. Por esse motivo, as companhias precisam estar atentas em relação ao
tratamento dado aos novos equipamentos. É preciso considerar algumas dicas. As
corporações devem:
Módulo 5 – WiMax
Se a conectividade sem fio foi uma das maiores revoluções tecnológicas desde a
mudança do ambiente de mainframe para uma estrutura baseada em cliente-
servidor, ela também abriu a disputa entre diversas tecnologias wireless que buscam
se tornar padrão de mercado. Depois da consolidação do bluetooth para distâncias
menores e do Wi-Fi para um ambiente de conectividade maior, questões técnicas
como cobrir grandes distâncias e ultrapassar paredes e muros sem perder qualidade
de serviço ainda se colocam como entraves para a banda larga sem fio.
Nesse contexto, ainda não está definido quem é o vencedor. O WiMax, padrão aberto
definido pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) sob o nome de
802.16, se mostra um dos mais sólidos competidores pelo domínio do mercado, não
só pelas suas capacidades técnicas que abordaremos no tópico seguinte, mas,
também, por contar com a adoção de peso de grandes fornecedores de tecnologia do
mercado. Além disso, mais do que um padrão de transferência de dados sem fio, o
WiMax também está preocupado com a interoperabilidade entre suas soluções. Vale
a pergunta: O WiMax tem a capacidade de se tornar o padrão de tecnologia sem fio?
Fatores técnicos
Um dos grandes argumentos dos defensores do WiMax está relacionado com sua
capacidade de conexão. Podendo atingir até 30 milhas, cerca de 48 quilômetros, o
WiMax se diferencia por cobrir áreas muito maiores, sejam elas grandes distâncias
metropolitanas ou rurais, atuando paralelamente ao Wi-Fi (responsável por áreas
locais e escritórios com seus hotspots). Dependendo dos fatores externos, como
presença de paredes de prédios e árvores, as células de WiMax cobrem, em média,
uma área de 4 a 5 milhas (até 8 quilômetros), em freqüências NLOS e até 10 milhas
(até 16 quilômetros), em freqüências LOS.
No mundo do WiMax móvel (802.16e), a capacidade de banda com base por usuário
tem uma diminuição na prática, com os patamares reduzidos em relação ao mundo
fixo. Ainda assim, as taxas são bem mais significativas que o concorrente direto 3G,
já que atingem, em tese, cerca de 5bps/Hz. A previsão de lançamento de produtos
com Mobile WiMax é para final de 2006, provavelmente na definição internacional de
banda larga de 3,5 Hz.
Histórico
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O desenvolvimento da indústria de banda larga sem fio, tanto acesso fixo quanto
móvel, com a adoção e utilização em larga escala, está intimamente relacionado
tanto com a queda do preço do hardware quanto a um ambiente estruturado que
deve operar internamente de forma consolidada. O desenvolvimento de padrões
como o DSL (digital subscriber line) e a indústria de banda larga via cabo (DOCSIS)
também foram responsáveis em grande parte por motivar a adoção das tecnologias
sem fio.
Tecnologias complementares
Por mais que o cenário futuro ainda seja nebuloso em relação a qual padrão será
adotado pela maior parte do mercado, uma coisa está clara: o Wi-Fi continuará
presente. Os participantes do WiMax Fórum observam que as duas tecnologias sem
fio de transmissão de dados terão papel complementar e, até, de estimular o
crescimento das duas tecnologias wireless. De outra forma, a grande disponibilidade
dos padrões de Wi-Fi 802.11b/g/a tanto em notebooks, chegando ao usuário final,
como hotéis, restaurantes e aeroportos, para citar alguns exemplos, representa para
o WiMax uma metodologia de como uma ferramenta pode ganhar o público em geral.
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que incorporem a habilidade de funcionar entre as diversas plataformas. De forma
geral, a migração será gradual para sistemas mais robustos baseados em WiMax
conforme os casos de negócios provarem o valor”.
O Futuro
O instituto estima que o WiMax será responsável por mais de 40% do mercado de
banda larga sem fio em 2009, com o restante do mercado nas mãos do 3G. Além de
“roubar” mercado da terceira geração de redes, o padrão aberto de tecnologia sem
fio também vai representar uma ameaça de canibalização dos serviços fixos de
banda larga, baseado tanto em cabo quanto em DSL. A TelecomView aponta que o
WiMax vai ser o vencedor “claro” entre as tecnologias de transporte de dados, graças
a sua alta performance e flexibilidade se comparado aos concorrentes. Ainda que o
3G seja importante por sua mobilidade, de acordo com a instituição de pesquisa,
apenas o WiMax vai competir diretamente com o DSL.
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Os maiores diferenciadores do WiMax são, segundo a TelecomView, um único padrão
global, como o DSL, e sua adoção é impulsionada por uma significativa economia de
escala graças à atuação forte de diversos fornecedores de Tecnologia da Informação
e a disponibilidade da tecnologia wireless em seus produtos. Apesar de destacar a
mais lenta adoção do padrão 802,12, a empresa de pesquisa acredita que a adoção
do WiMax terá um movimento similar ao da introdução do Wi-Fi.
Como regra geral, continua valendo a velha máxima do capitalismo: a solução mais
acessível vence. Mais do que a questão específica do preço, também contam muitos
pontos a disponibilidade do serviço, o nível de adoção dos fornecedores de infra-
estrutura e a capacidade de suportar inovações, como IPTV. Nesse sentido, o WiMax
saiu na frente em todos os aspectos.
Módulo 6 – Hotspots
Cada vez mais gente não só aprende o que é um hotspot – nome dado ao local onde
a tecnologia Wi-Fi está disponível – como também procura saber onde ele está
instalado para que possa usar seu notebook, confortavelmente sentado em um café,
restaurante ou shopping. Os aeroportos brasileiros já estão todos cobertos por sinal
de Internet por banda larga sem fio. Sem falar nos cafés, muitos shoppings e até
hospitais. E o número não pára de crescer.
Esse cenário demonstra como se alastra a tecnologia Wi-Fi, sigla de Wireless Fidelity,
baseada no protocolo 802.11 e suas variações. Uma das vantagens desse sistema é
a facilidade de instalação de um ponto de acesso. O principal equipamento para
iniciar uma rede wireless é um receptor Wi-Fi com uma ou mais antenas, que se
comunica com outros periféricos com a mesma tecnologia. Para compartilhar a
Internet, é preciso um ponto de acesso wireless com roteador embutido (wireless
router).
A evolução do Wi-Fi
Em 2006, o Brasil deverá ganhar pelo menos dez redes WiMax. A tecnologia é uma
evolução do Wi-Fi, com muito mais cobertura, mais banda e mais segurança. Além
disso, permite às operadoras aumentar a receita ao oferecerem novos serviços.
Primeiros produtos
A TVA divulgou seu trabalho conjunto com a Intel e o Ministério das Comunicações,
que consiste em oferecer pontos de acesso a conteúdos digitais e de TV por
assinatura com a tecnologia WiMax nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e Brasília. O projeto-piloto foi instalado na capital mineira e mais
recentemente na cidade de Tiradentes, que recebeu a tecnologia WiMax e os
conteúdos do Grupo Abril. Mais de 30 mil alunos de escolas públicas já foram
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beneficiados por essa parceria e têm à sua disposição pontos de acesso a conteúdos
digitais e de TV por assinatura.
Certificação
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Hotspots chegam aos 200 mil
Segundo a JiWire, que relaciona em seu site (www.jiwire.com) mais de 200 mil
hotspots em 135 países, os Estados Unidos são o país que mais possui pontos de
acesso, com 67.426 (em março de 2008), seguido pelo Reino Unido, com 32.143, e
pela França, com 25.485. Os outros países que aparecem em destaque na lista são a
Alemanha (21.905), Coréia do Sul (21.076), Japão (10.998), Rússia (8.373),
Espanha (6.073), Itália (5.406) e Taiwan (4.413). O ranking das cidades está assim
(março de 2008): Moscou (8.244), Londres (3.429), Paris (3.285), Taipei (2.749),
Seul (2.498), Hong Kong (2.435), Tókio (2.388), Berlim (1.631), Nova York (1.176)
e Madri (1.174).
Os locais em que mais se registram hotspots são os hotéis (48.274), outros (35.670)
e restaurantes (33.439). Os cafés, categoria à parte, alcançam 28.572 hotspots.
Em alguns casos, certos hotspots se tornaram tão populares que os seus donos
foram obrigados a fechá-los. Um café na cidade de Seattle, EUA, por exemplo, era
freqüentado por visitantes de outros municípios e estudantes de universidade, que
iam ali com o único objetivo de acessar a Internet. Além disso, as pessoas ficavam
tão concentradas com os seus laptops que ninguém mais demonstrava vontade de
socializar. Os donos do café preferiam a freqüência de uma comunidade mais
comunicativa.
Módulo 7 – Mercado
Esses são apenas dois dos exemplos das inúmeras oportunidades de negócio que a
tecnologia Wi-Fi abre para empresários que estejam conectados com a questão da
inovação e atentos aos movimentos e às demandas do mercado. As redes WiMax
também estão crescendo e estimulando a criação de novos projetos e negócios no
Brasil. A Intel já soma 43 projetos de WiMax no país, dos quais cinco em atividade. E
a empresa previa que, ainda em 2006, pelo menos mais dez novos projetos seriam
iniciados na América Latina. Em março de 2006, a Intel anunciou o acordo com a
Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo (Prodam). O
projeto “São Paulo Digital” inclui a instalação de antenas em escolas, hospitais e
órgãos públicos. A primeira antena instalada pela empresa fica na Zona Norte da
capital.
A arquitetura permite a consolidação de Wi-Fi, RFID, VoWLAN (voz sobre rede LAN
sem fios), redes WiMax e mesh na primeira plataforma de comutação de RF
integrada do setor. De acordo com pesquisas divulgadas pela própria Symbol, o
mercado de RFID atingirá US$ 2,5 bilhões em 2009 e o mercado de WLAN para
empresas crescerá para US$ 2,9 bilhões. Em vez de continuar a montar redes
separadas, a Symbol ajudará os clientes a consolidar as duas, criando um domínio de
comutação de RF que integre ambos os ambientes.
O outro produto da Gigabyte é o g Smart i PDA, com tela de 2,4 polegadas sensível
ao toque, equipado com o Microsoft Windows Mobile 5.0 e processador Intel PXA272
de 416 MHz. O PDA possui rádio FM, MP3 Player e câmera fotográfica de 2.1
megapixels com Flash LED, reconhecimento de escrita, Push Mail, bluetooth, fax
modem e conexão GPRS em operação GSM Triband.
A TIM apresentou o BlackBerry 8700g, produto que permite enviar e receber e-mails,
visualizar arquivos e manter a sincronização com servidores de e-mail, em qualquer
uma das mais de 2.300 cidades brasileiras cobertas pela Rede TIM GSM, assim como
nos 68 países com os quais a TIM possui acordo de roaming internacional de dados.
A sincronização é possível devido ao uso da tecnologia Push, que permite receber
automaticamente as mensagens, em tempo real, sem que o usuário precise se
conectar ou fazer download de atualizações. O BlackBerry 8700g permite visualizar
arquivos nos formatos Word, Excel, PowerPoint e PDF (Adobe Portable Document
Format) e imagens em diversos formatos, como JPG, BMP, GIF, PNG e TIFF.
Com isso, o cliente tem a opção, por exemplo, de ver fotos na tela do BlackBerry e
receber mensagens multimídia. Também suporta toques em MP3. O 8700g é o mais
moderno aparelho oferecido pela canadense Research In Motion (RIM), criadora do
BlackBerry, e o único a operar na tecnologia EDGE, permitindo que os clientes
acessem à internet a uma velocidade de até 200 Kbps dentro da rede TIM EDGE,
atualmente disponível em mais de 400 cidades. O produto está equipado com um
processador Intel 312 MHz. O BlackBerry, um sucesso nos Estados Unidos, Europa e
Ásia, contava com mais de 4 milhões de usuários em todo o mundo em 2006.
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Uma pesquisa realizada pela Maravedis junto a operadoras, fornecedores, órgãos
reguladores e provedores para traçar perspectivas para a adoção da tecnologia de
acesso a banda larga sem fio WiMax no Brasil revela que o País terá 768 mil
assinantes do serviço em 2010. O estudo aponta ainda que o mercado de
equipamentos no Brasil – que em 2005 movimentou apenas US$ 6 milhões,
principalmente em equipamentos não-licenciados para a freqüência de 5,8 GHz (que
não requer licença de operação) – movimentará US$ 300 milhões em 2010. Entre os
estímulos necessários para que a tecnologia decole, está a licitação de espectro na
freqüência de 3,5 GHz – voltada ao chamado padrão WiMax nomádico ou fixo – e a
redução no preço das CPEs (Customer Premises Equipments), equipamentos
necessários para a conexão às redes.
Hoje, uma CPE custa em média US$ 500. Para ser comercialmente viável para o
mercado doméstico, o custo médio deve chegar a US$ 100, o que só deve ocorrer
em 2009, segundo analistas do mercado. Eles prevêem que o WiMax deve
deslanchar primeiramente no mercado corporativo, onde os custos podem ser mais
facilmente absorvidos. A pesquisa prevê ainda que, em 2010, 70% dos usuários de
WiMax serão residenciais e móveis. A tecnologia será usada para suportar a conexão
de dispositivos móveis a banda larga, TV, voz sobre IP, entre outras aplicações.
O WiMax opera em três diferentes freqüências, a de 3,5 GHz, que exige licitação e
suporta o padrão fixo; a de 2,5 GHz (também licitada), que concentra principalmente
os provedores de MMDS (multichannel multipoint distribution service) e suporta o
padrão móvel; e a de 5,8 GHz, também utilizada pelo padrão fixo, porém não-
licitada.
Em 2006, já era possível utilizar o WiMax na faixa de 5,8 GHz, com equipamentos
pré-WiMax (não homologados pelo WiMax Fórum, mas autorizados pela Anatel). A
Embratel, a Brasil Telecom e a Neovia são as únicas operadoras que já possuíam
espectro na faixa, adquirido em uma licitação em 2002, para PMP (ponto-multi-
ponto), antes de se definir que a freqüência seria usada para o WiMax.
Módulo 8 – Tendências
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Quando se fala em conectividade sem fio, mobilidade, WiMax e tendências para o
futuro, é preciso analisar a adoção dessas novas tecnologias por parte das empresas,
governos e usuários finais. Cada público tem as suas necessidades particulares.
Desde 2006, as empresas que trabalham nessa área já têm traçado um panorama
completo sobre as perspectivas e planos futuros para o mundo móvel no Brasil.
Casa Digital
Para dar um novo impulso ao conceito de “Casa Digital”, foi criado um laboratório de
mídia digital de testes e desenvolvimento para conteúdo digital, com as mais
recentes tecnologias para o consumidor doméstico, tais como processadores com
núcleo duplo, além de servidores de alta performance para conversão de vídeo para
padrão digital. A divulgação do acordo com a TV Globo no Brasil chegou depois do
anúncio, em janeiro de 2006, de acordos da Intel Corporation com as maiores
companhias americanas e internacionais de entretenimento, como AOL, DIRECTV,
NBC, NBC Universal, Turner Broadcasting 's Tap, ESPN, Televisa e Eros.
Mas a conectividade sem fio não estará restrita às residências. O governo está muito
interessado em todo esse movimento. A prefeitura do município de São Paulo testou
a tecnologia WiMAX. Foram inaugurados dois pontos de transmissão de um projeto-
piloto para viabilizar conexões em WiMAX para órgãos do poder municipal. A infra-
estrutura foi desenvolvida pela Companhia de Processamento de Dados do Município
de São Paulo (PRODAM). A primeira antena transmissora foi instalada na zona norte
da cidade e coloca em rede a subprefeitura do Tucuruvi com duas unidades de saúde
e uma escola municipal, todas ao redor do bairro do Tucuruvi. Nesses quatro locais,
foram instalados hotspots para conexão em Wi-Fi.
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Outro ponto de transmissão foi instalado no centro da cidade e coloca em rede o
gabinete do prefeito e a Secretaria de Gestão. A parceria estuda implementar
aplicações de VoIP e transmissão de imagens captadas por câmeras de segurança no
sistema WiMAX. São Paulo é o terceiro município a atrair investimentos da Intel para
transmissão de dados em WiMAX. Antes, as cidades de Outro Preto (MG) e
Mangaratiba (RJ) haviam recebido investimentos desse tipo.
O ano de 2006 foi decisivo para que toda essa movimentação em torno do tema
mobilidade alcançasse proporções maiores, transformando ainda mais a postura de
usuários e desenvolvedores. Além do varejo, que já usa recursos de comunicação
sem fio, outra tendência é a de que hospitais, indústrias e repartições públicas
adotem esse tipo de tecnologia. Assim, os provedores de soluções e equipamentos
wireless têm metas ambiciosas para chegar a dobrar sua base de clientes.
Previsões otimistas
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integração da Internet com o PC e os telefones enriquecerá cada vez mais a
experiência digital.
Por outro lado, usuários e a própria indústria tornam-se cada vez mais exigentes
sobre a necessidade de redução de custos. Os fabricantes de hardware, atentos a
esse fenômeno, apostam na padronização, como sendo a alavanca capaz de
impulsionar o desenvolvimento da indústria de comunicação a um novo patamar, em
que todos os segmentos de mercado, de escolas a hospitais, de empresários a
políticos, se beneficiem da tecnologia da informação em suas respectivas áreas.
A operadora de tevê por assinatura TVA iniciou em maio de 2006 os testes para a
transmissão de banda larga por WiMax. De acordo com a TVA, três células de
transmissão foram instaladas na cidade de São Paulo para testar a tecnologia. O
serviço é uma parceria da operadora, que possui licença para a utilização de faixas
de freqüência de 2,5GHz, com a Samsung.
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Caso o modelo do usuário seja mais antigo, adaptadores podem ser encontrados
facilmente em lojas de informática.
Em abril de 2006, foi a vez da Samsung apresentar a nova tecnologia IMS (IP
Multimedia Subsystem), capaz de integrar serviços de telecomunicações por uma
rede WiMax. O lançamento dessa solução faz parte dos planos de expansão da
empresa na oferta de serviços sobre essa plataforma na Ásia, Europa e Américas.
Para dar suporte ao IMS, a Samsung oferece duas tecnologias de acesso e
transmissão de dados, o RAS (Radio Access Station) e o ACR (Access Control
Router).
O padrão RAS funciona como uma antena ativa que utiliza o protocolo 802.16e para
gerar taxas de transmissão de dados superiores a 30Mbps por setor, e tem
capacidade para manter até seis setores diferentes conectados em alta velocidade.
Já o sistema ACR é uma arquitetura para rede de rádio-acesso baseada no protocolo
IP, que otimiza a capacidade de conexão móvel, sem interrupções e cortes na
transmissão de dados.
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