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EDUCAÇÃO INDÍGINA
Guajará-Mirim/RO
2018.
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EDUCAÇÃO INDÍGINA
Guajará-Mirim/RO
2018.
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
2- OBJETIVOS...............................................................................................................................4
2.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................4
3- JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................5
4- REVISÃO TEÓRICA................................................................................................................6
5- METODOLOGIA......................................................................................................................9
6- RECURSOS..............................................................................................................................10
7- CRONOGRAMA.....................................................................................................................11
8-BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................12
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1- INTRODUÇÃO
2- OBJETIVOS
3- JUSTIFICATIVA
A educação indígena ainda continua sendo um espaço pouco explorado. E levando em
consideração que em nossa cidade de Guajara-Mirim/RO, habita um numero significativo de
índios esse assunto deve se obter mais ênfase, por ser um tema rico e complexo. Dessa forma,
este projeto pretende discutir sobre o modo próprio de educar dos indígenas praticados ao longo
dos séculos via tradição oral. Buscaremos diferenciar essa prática tradicional de ensino das
práticas desenvolvidas e aplicadas no contexto de educação escolar indígena e enfatizar que tanto
a educação indígena quanto a educação escolar indígena se constituem em dois modos de educar
diferentes. E buscar meios para melhorar este quadro.
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4- REVISÃO TEÓRICA
O estudo da história e da cultura indígena na escola está regulamentado por uma lei
federal. Trata-se da Lei nº 11.645/2008 que cria a obrigatoriedade do ensino da história e da
cultura dos povos indígenas nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país
(BERGAMASCHI e GOMES, 2009).
A proposta indigenista da FUNAI para a educação indígena inclui o ensino bilíngue, em
consonância com o Estatuto do Índio - Lei 6001/73 – que preconiza, em seu artigo 47, o respeito
ao “patrimônio cultural das comunidades indígenas”. Contudo, o modelo para as escolas
indígenas era o mesmo das escolas rurais, não havendo aproximação entre o ensino e a realidade
das comunidades. No inicio dos anos de 1970, a Igreja Católica assume uma nova postura frente
as injustiças sociais (SANTOS,2009).
Registra-se no Brasil a existência de mais de 250 povos indígenas, alguns em completo
distanciamento da sociedade hegemônica. No entanto, a maioria possui um contato avançado
com esta sociedade, a exemplo dos povos indígenas do nordeste, que apesar de em grande parte
desconhecerem a língua materna, e só falarem o português, O Referencial Curricular Nacional
para as Escolas Indígenas – RCNE/Indígena (Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria
de Educação Fundamental, 1998) denuncia que o cotidiano da maior parte dos povos indígenas
no Brasil desenrola-se num contexto de tensão entre conhecimentos indígenas e não-indígenas,
sendo que estas tensões passam pela escola indígena, fazendo-a palco para diálogo ou conflito
entre essas forças em interação.
A escola é o espaço de reafirmação das identidades e da construção permanente de
autonomia e alteridades. O desafio é a concretização de uma educação escolar que permita ao
indígena de hoje se orgulhar de ser nativo e lutar para reconstruir o projeto sociocultural de seu
povo, onde possa se reconhecer como indígena, fortalecer o sentimento de ser indígena, de sentir-
se indígena (Bernardi e Caldeira, 2011).
No que tange a escolarização indígena, entretanto, tais mudanças não se deram de forma
considerável, observando-se uma fase de inércia do Estado, que perdurou durante a Primeira
República, adentrando a Era Vargas. Essa fase estendeu-se até ao ano de 1956, quando ocorreu
uma importante mudança nos rumos da escolarização indígena, o que D’Angelis (2012) considera
como um segundo período ou As Primeiras Letras e o Processo Civilizatório . Data desta época a
chegada ao Brasil do Summer Institute of Linguistic (SIL), com uma proposta de não mais de
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abolir as diferença, mas sim domesticá-las; não negava o direito desses povos se expressarem em
suas próprias línguas, apenas lhes impunha o dever de adotar normas e sistemas ortográficos da
civilização.
Com isso, o SIL transformou apenas os aspetos mais superficiais e visíveis da realidade
indígena, ou seja, não abolia nem língua, nem cultura, apenas as «documentava», alegando
correrem riscos de desaparecimento; tinha o mesmo objetivo do passado, ainda que atuasse com
técnicas distintas, utilizava-se das diferenças como método civilizatório. No entanto, de acordo
com M. Silva (1994), o SIL encontrou muitos aliados e arautos nas universidades brasileiras,
além de ditar por algumas décadas as regras sobre a Educação Escolar Indígena junto ao SPI.
Em meados do século XX, especialmente a partir dos anos de 1960, intensificaram-se as
pesquisas académicas em relação às sociedades indígenas no Brasil. A Antropologia passou a
olhar com maior interesse para a questão, o que resultou no aumento de registos etnográficos
sobre a população indígena brasileira. No campo da Educação, pode-se dizer que a contribuição
veio com a revisão crítica do papel da escola, historicamente identificada com a civilização
dos/as índios/as (ibidem). Entretanto, ainda se mantinha como uma discussão académica e, na
prática, até mesmo no período das Ditaduras, a catequese e a socialização para a assimilação
dos/as índios/as na sociedade brasileira permanecia com força e continuava sendo este, ainda, o
objetivo das escolas organizadas pelos órgãos governamentais ou missões religiosas.
Para os povos indígenas não bastava, no entanto, que apenas se reconhecesse o direito a
uma educação específica e diferenciada, até mesmo porque esse conceito é muito amplo,
portando diversas possibilidades de compreensão e interpretação. A discussão mais recente, que
se iniciou no final da década de 1990 e hoje toma força, procura suprir a deficiência da política
pública voltada para a educação escolar indígena, que tem resultado em uma prática insuficiente e
insatisfatória, pelo facto de na maioria das vezes não se basear nos reais interesses indígenas e,
mais ainda, por não respeitar as especificidades de cada povo. As organizações indígenas, com o
apoio de movimentos indigenistas, lutam pela conquista da autonomia das escolas indígenas,
autonomia esta que não se restringe à elaboração de currículos e calendários próprios, mas que
entrega nas mãos dos/as próprios/as índios/as a gestão da escola, dando-lhes condições: para
elaborarem um Projeto Político-Pedagógico; para decidirem a formação dos/as seus/suas
professores/as; e para que, junto da própria comunidade, consigam orientar uma escolarização
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que faça parte dos seus projetos de vida e de sociedade, entre outros fatores. (CIARAMELLO,
2014)
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5- METODOLOGIA
6- RECURSOS
Os recursos a serem utilizados neles projeto serão materiais didáticos específicos para o
publico indígena, e também iremos contar com o apoio da FUNAI e de pedagogos capacitados no
assunto.
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7- CRONOGRAMA
8-BIBLIOGRAFIA
BERGAMASCHI, Mateus M. et al. Cannabidiol reduces the anxiety induced by simulated public
speaking in treatment-naive social phobia patients. Neuropsychopharmacology, v. 36, n. 6, p.
1219, 2009.
Capacla, Marta V. (1995). O debate sobre a educação indígena no Brasil (1975-1995): Resenhas
de teses e livros.
Brasília/São Paulo: MEC/MARI-USP.
Silva, Aracy L., & Ferreira, Mariana L. (Orgs.). (2009). Práticas pedagógicas na escola
indígena. São Paulo: Global.