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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
A LEITURA LITERÁRIA NA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: UM
AMBIENTE DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, BEM COMO ESPAÇO
DE SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO.
2
UNIDADE DIDÁTICA II .......................................................................................... 42
MOTIVAÇÃO: Música “Companheiro de Maria Eugênia” ...................................... 42
Prática Oral ............................................................................................................ 44
Você sabia? ........................................................................................................... 45
Curiosidade ............................................................................................................ 45
INTRODUÇÃO: A HORA DO CONTO ................................................................... 45
Prática Oral ............................................................................................................ 46
Espaço do autor – Oscar Wilde .............................................................................. 47
LEITURA ................................................................................................................ 47
Importante .............................................................................................................. 48
Prática Oral ............................................................................................................ 48
Importante .............................................................................................................. 49
Relembrar: “Releitura da Obra” ............................................................................. 49
Vamos brincar um pouco com o conto? ................................................................. 50
Você sabia? ........................................................................................................... 50
Curiosidade ............................................................................................................ 51
Dialogando com música – O Rouxinol e a Rosa (Os Paralamas do Sucesso) ...... 53
Prática Oral ............................................................................................................ 53
Prática Escrita ........................................................................................................ 53
CONTEXTUALIZANDO: “Reportagem: Será que o consumismo é normal na
adolescência?” ....................................................................................................... 60
Prática Oral ............................................................................................................ 63
Prática Escrita ........................................................................................................ 63
A Bula do amor ...................................................................................................... 64
Prática Oral ............................................................................................................ 65
Prática Escrita ........................................................................................................ 65
Registrando ............................................................................................................ 67
Caça-palavras ........................................................................................................ 67
Loteria Ortográfica (l/u) ......................................................................................... 68
INTERPRETAÇÃO ................................................................................................. 69
SOCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 69
UNIDADE DIDÁTICA III ............................................................................................ 70
MOTIVAÇÃO: Passeio à Biblioteca ........................................................................ 71
3
Prática Oral ............................................................................................................ 71
Você sabia ............................................................................................................. 72
Curiosidade ............................................................................................................ 73
INTRODUÇÃO: LEITURA DO MOMENTO ............................................................ 76
Prática Oral ............................................................................................................ 78
Autora infanto-juvenil – Ana Maria Machado .......................................................... 78
Importante .............................................................................................................. 80
LEITURA ................................................................................................................ 82
Prática Oral ............................................................................................................ 82
Relembrar “O desenrolar da história por capítulos” ............................................... 83
Roda de conversa .................................................................................................. 83
Vamos brincar um pouco com a história? .............................................................. 84
Prática Oral ............................................................................................................ 84
Prática Escrita ........................................................................................................ 85
CONTEXTUALIZANDO: Reportagem: “Ato de racismo – Torcedor atira banana em
jogador” ................................................................................................................. 88
Prática Oral ............................................................................................................ 90
Você sabia? ........................................................................................................... 91
Bullying .................................................................................................................. 91
Curiosidade ............................................................................................................ 92
Importante .............................................................................................................. 93
Prática Escrita ........................................................................................................ 94
Dialogando com música: “É preciso de Jota Quest” .............................................. 94
Registrando ............................................................................................................ 95
Atividades ortográficas (r/rr) .................................................................................. 95
INTERPRETAÇÃO ................................................................................................. 96
SOCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 97
AVALIAÇÃO REFERENTE ÀS UNIDADES DIDÁTICAS ....................................... 98
Atividade extra, além das 32 h/a – OFICINA DE FANTOCHES ............................. 99
SOCIALIZAÇÃO: Tenda Literária ....................................................................... ....99
5 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. ...100
4
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-
SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS – DPPE
Avenida: Água Verde, 2140- CEP 80240-900
CURITIBA – PARANÁ
1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
5
PROFESSORA Dra. Níncia Cecília Borges Teixeira.
ORIENTADORA:
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR:
UNICENTRO- PR
FORMATO DO Unidade didática
MATERIAL DIDÁTICO:
RELAÇÃO Arte
INTERDISCIPLINAR:
O presente material didático tem como foco abordar
a leitura literária no processo de ensino dos alunos
das Salas de Apoio à Aprendizagem do Colégio
RESUMO: Estadual Olavo Bilac, Ensino Fundamental, Médio e
Normal de Cantagalo- PR, pois, dentro da vasta
grandeza de gêneros textuais existentes, o texto
literário merece destaque especial graças a enorme
contribuição que pode trazer para a formação do
homem pode favorecer a reflexão crítica o exercício
de formas de pensamento mais elaboradas, bem
como a fruição estética dos usos artísticos da
linguagem, sendo os mais vitais para a plena
participação numa sociedade letrada. Nesse
sentido, a discussão e a promoção do letramento
literário são oportunidades e ao mesmo tempo,
desafios no efetivo ensino e aprendizagem da
literatura na perspectiva da humanização. No campo
das produções teóricas brasileiras sobre o tema,
serão destacadas as contribuições do professor e
pesquisador Rildo Cosson (2014) que além do
aparato teórico, apresenta também quatro
estratégias metodológicas (Motivação, Introdução,
6
Leitura, Interpretação) que serão apresentadas nas
Unidades Didáticas I, II, III enquanto construção
literária de sentidos indagando ao texto quem e
quando diz, o que diz, como diz, para que diz e para
quem diz. Respostas que só poderão ser
respondidas quando se examinam os detalhes do
texto, configura-se um contexto e se insere a obra
em um diálogo com outros textos. Os textos com
ênfase especial são dois contos de Oscar Wilde e
uma obra literária de Ana Maria Machado. A
elaboração de cada Unidade visa auxiliar o
professor(a) que deseja fazer da literatura uma
prática significativa para si e para seus alunos.
Espera-se que o conteúdo apresentado esteja em
consonância com a realidade do professor e das
salas de aula da rede pública do Paraná.
PALAVRAS- CHAVE: Letramento literário. Estratégias de ensino.
Socialização. Humanização.
2 APRESENTAÇÃO
8
Básica: motivação, introdução, leitura e interpretação, proposta apresentada pelo
autor Rildo Cosson (2014).
O letramento literário enquanto construção literária dos sentidos se faz
indagando ao texto quem e quando diz, o que diz, como diz, para que diz e para
quem diz. Respostas que só podem ser obtidas quando se examinam os detalhes
do texto, configura-se um contexto e se insere a obra em um diálogo com outros
textos. Tais procedimentos informam que o objetivo desse modo de ler passa pelo
desvelamento das informações do texto e pela aprendizagem de estratégias de
leitura para chegar à formação do repertório do leitor. (COSSON, 2014, p. 41).
Cosson (2014, p. 23) define letramento literário como “[...] prática social, e
como tal, responsabilidade da escola”. Segue afirmando que é nela (escola) que a
leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não apenas porque
possibilita a criação do hábito de leitura ou porque seja prazerosa, mas sim, e,
sobretudo, porque nos fornece como nenhum outro tipo de leitura faz os
instrumentos necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito
da linguagem.
A leitura literária, numa proposta de letramento, tem a função de ajudar o
aluno, e também o professor, a ler melhor a si mesmo, aos outros e ao mundo
através das conexões texto-leitor (relações com as experiências de vida do aluno-
leitor), texto-texto (intertextualidade-relações com outros textos) e texto-mundo
(relações estabelecidas entre o texto lido e os acontecimentos globais).
As etapas da sequência básica sugeridas por Cosson (2014) se
apresentam da seguinte forma: a motivação é a preparação do aluno para que ele
“entre” no texto. Normalmente, essa etapa se dá de forma lúdica, com uma
temática relacionada. Já na introdução é feita a apresentação do autor e da obra.
A terceira etapa é a leitura do texto em si e deve ter um acompanhamento do
professor. O autor chama desse acompanhamento de intervalos no qual há a
possiblidade de aferição da leitura, assim como uma solução de algumas
dificuldades relacionadas à compreensão de vocabulário ou mesmo de partes do
texto. Tal sugestão é de fundamental importância para que o aluno não perca o
interesse ao longo da leitura. A última etapa é a interpretação é chamada de
“encontro do leitor com a obra”.
9
Vejamos como Cosson distribui a Sequência Básica que será aprofundada
com atividades de leitura no decorrer desta pesquisa.
10
Cosson (2014, p.30) postula “[...] ler é um diálogo com o passado que cria
vínculos, estabelece laços entre leitor e o mundo e outros leitores. Por meio da
leitura, passo a fazer parte de uma comunidade, porque nunca estou sozinho”.
Assim, a leitura é um processo de compartilhamento, uma competência social.
Cosson (2014) corrobora com a pesquisadora Isabel Solé ( 2009, p. 173) quando
afirma que “ [...] ensinar a ler é uma questão de compartilhar”. Pois, aprendemos
a partilhar, a compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar tarefas,
compartilhar atividades, compartilhar ideias, compartilhar... unidades didáticas.
Logo, este material foi elaborado com toda a dedicação e deve estar à
disposição de todos, para que possam servir-se deste quando quiserem, a fim de
simbolizar suas experiências. Espero ter contemplado a realidade das escolas
públicas paranaenses.
Fique claro, que as atividades elaboradas na Unidade Didática poderão ser
adaptadas à realidade de cada novo leitor, seja ele da Zona Rural, Urbana,
trabalhador adulto, esteja frequentando a Sala de Apoio ou ainda aluno
matriculado no Ensino Fundamental ou Médio. Os textos disponibilizados neste
material se caracterizam como sugestões aos primeiros passos para o
desenvolvimento da formação de leitores. Tomara que eles sirvam, acima de
tudo, como fomentadores de diálogos e de futuras produções nesta mesma
direção, assim, ganharemos todos nós, iniciantes e velhos leitores.
Por fim, acredito seguramente no que Guimarães Rosa aborda no livro
Grande Sertão: veredas “[...] que as pessoas não estão sempre iguais, afinam e
desafinam. Verdade maior é o que a vida me ensinou.” É o que este Programa
(PDE) me proporcionou que todos os dias sempre aprendemos algo e que um dia
após o outro nos tornamos mais “afinados”.
11
3 FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO – UNIDADES DIDÁTICAS
12
As ações que serão realizadas além das 32h/a previstas são a Oficina de
fantoches (confecção de fantoches pelos alunos) e a Tenda Literária (socialização
das atividades desenvolvidas durante a intervenção pedagógica que serão
expostas como encerramento desta pesquisa).
4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Que projeto é
este? Do que se
trata?
Olavinho 1
1
Mascote de Língua Portuguesa, do Colégio Estadual Olavo Bilac ( Cantagalo_Pr). Utilizo-o em todas as
atividades escritas fornecidas aos alunos(as), incluindo no cabeçalho das avaliações, trabalhos, recados,
Plano de Trabalho Docente, Livro Registro de Classe. É de fato uma marca registrada em todas as minhas
aulas. E, portanto, não seria diferente nestas Unidades Didáticas.
13
UNIDADE DIDÁTICA I
Dos amores humanos, o menos egoísta, é o amor da amizade.
10h/aulas
Desenvolvimento:
A professora distribui a cada participante uma folha de papel em branco e pede
aos alunos que anotem o seu nome na parte de cima. Em seguida, traçar um
retângulo ao redor do nome.
14
Avisar aos participantes que eles terão dois minutos para cumprir a tarefa de
colher autógrafos, pedindo que os demais assinem seus nomes de forma
legível na folha.
Esgotado o tempo, todos os participantes deverão ter suas folhas na mão.
Iniciado o jogo, forma-se uma verdadeira balbúrdia, com todos os membros
buscando rapidamente obter o maior número possível de autógrafos, ainda que
tal orientação tenha sido dada, nem o professor tenha colocado qualquer
proposta de prêmio ou vitória por conquista.
Concluído o tempo, a professora solicita que todos os participantes confiram o
número de autógrafos legíveis obtidos. Em seguida todos informam para o
grupo o número conseguido.
Procede-se, então, a análise do jogo, indagando inicialmente qual o sentimento
que ficou mais evidenciado durante o processo de coleta de autógrafos.
Conclui-se que houve um forte sentimento egocêntrico na busca dos
autógrafos, mas não na sua doação.
Observem a imagem:
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=egoísmo+é...&tbm=isch&tbo=u&source=univ&as=
X&ei=nHSLU5mTIea_sQSMkILACA&ved=0CGQQsAQ&biw=1366&bih=667#imgdii 03/07/2014
15
Prática oral
Comente sobre o que está vendo na imagem.
O que a criança está fazendo?
Como ela está vestida?
Onde ela está?
O que está comendo?
Está sozinha? Por quê?
Além da imagem (linguagem não-verbal) aparece também a linguagem verbal
(palavra), você sabe o que ela significa?
Alguém consegue viver sozinho? O que é ser egoísta2 para você?
Podemos afirmar “Onde houver o egoísmo nunca florescerá o amor”.
Comente.
2
No dicionário Aurélio, ser egoísta é ser egocêntrico, ter amor excessivo ao seu próprio bem estar,
sem se preocupar com o outro, sem consideração aos interesses alheios. Solé ( 2009, p.71)
postula que o conhecimento prévio é relevante para o conteúdo do texto. Em outras palavras, da
possibilidade de o leitor possuir os conhecimentos necessários que vão lhe permitir a atribuição de
significado ao conteúdo do texto.
16
Você vai ler um conto de Oscar Wilde, grande contador de histórias 3
que soube com a linguagem dos clássicos contos registrar questões importantes
do nosso dia a dia. O conto retrata um gigante que, em um ímpeto egoísta,
resolve isolar seu jardim das crianças que o coloriam. E você quer saber o que vai
acontecer na história? Será que esse gigante é tão egoísta de não permitir que as
crianças façam parte da sua vida? Você conhece pessoas que não gostam de
conviver com outras?
O gigante egoísta
Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam a ir
brincar no jardim do Gigante.
Era um jardim lindo e grande com grama verde e suave. Aqui e ali, sobre a
3
Ceccantini (2009, p.213)[...] a hora do conto “remete ao gesto ancestral dos homens de outras épocas,
que, sentados à beira de uma fogueira, compartilhavam experiências, histórias, sentidos, quando ainda não
havia o livro e essa atividade era vital para a continuidade entre as gerações. Assim, é possível pensar ‘a
hora do conto’ como a atualização, para os pequenos leitores em formação, desse gesto fundamental de
construção de sentidos, sem o qual não há educação de qualidade”.
17
grama, apareciam flores belas como estrelas, e havia doze pessegueiros que, na
primavera, abriam-se em flores delicadas em tons de rosa e pérola, e davam
ricos frutos no outono. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão
docemente que as crianças costumavam para de brincar para ouvi-los.
Um dia, o Gigante voltou (...).
Wilde, Oscar. Histórias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE - Biblioteca da escola. Volume2. P.20-
25. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Você já ouviu falar de Oscar Wilde? Já leu alguma obra deste autor?
Boa pesquisa!
Oscar Wilde
Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde é o nome completo daquele que viria a ser um
18
dos maiores escritores do século XIX. Lembrado devido à grandiosidade de sua obra,
desenvolvida durante os seus 46 anos de vida. Esse irlandês, nascido em Dublin, era
filho de um médico, Sir William Wilde, morto em 1876 e uma escritora, Jane
Francesca Elgee, árdua defensora do movimento da Independência Irlandesa,
4
fazendo com que desde criança Oscar Wilde estivesse sempre rodeado pelos
maiores intelectuais da época. Wilde escreveu vários contos e novelas, como "O
Príncipe Feliz", "O Fantasma de Canterville" e várias outras histórias, todas
fantasiosas. (Texto na integra disponível no endereço eletrônico:
http://www.paralerepensar.com.br/o_wilde.htm acesso em 29/06/2014).
Prática oral
Nessa etapa,5 trabalhar com a obra (conto), onde foi publicado, quando,
número de páginas, capa, contracapa, ilustrações, editora, sua importância.
Enfim, a apresentação física da obra.
https://www.google.com.br/search?q=imagem+do+livro+o+hist%C3%B3rias+de+fadas+oscar+wild
e&tbm=isch&imgil acesso: 25/08/14.
4
“Grande escritor consagrado também se aventura a desafiar preconceitos e fazer incursões criativas pelos
contos de fadas- como o inglês Oscar Wilde, que, por exemplo, nos deu obras-primas como O Gigante
Egoísta e O Rouxinol e a Rosa”. Fonte: MACHADO, A.M. Como e por que ler os Clássicos Universais desde
cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, p. 73, 2002.
5
Cosson ( 2014) afirma que é na etapa da introdução a ênfase maior é na apresentação da obra física aos
alunos. Por isso, a importância de mostrar a obra, pois este momento o principal objetivo do professor é
que os alunos se interessem pela leitura que virá.
19
Que os contos escritos por Oscar Wilde, especificamente os que vai ler nas
Unidades Didáticas I e II, são histórias em que muitas vezes aparecem seres
encantados ou elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário,
maravilhoso? E ainda que este livro, Histórias de fadas de Oscar Wilde,
provavelmente tem na biblioteca da sua escola?
CURIOSIDADE
Antigamente as pessoas costumavam ter muito mais filhos. Apesar de
grande parte deles morrerem ainda bebês, muitas famílias eram numerosas. Nem
sempre as famílias mais pobres tinham condições de sustentar o grande número
de crianças que tinham. Sendo assim, elas eram deixadas no meio do mato para
os pais não verem seu fim, ou, ainda, eram deixadas em igrejas, pois se supunha
que a partir daí seriam adotadas por alguém e teriam ao menos o que comer.
Outras eram mandadas embora de casa muito cedo para providenciarem seu
sustento. Muitos dos contos de fadas contam a luta heroica dessas crianças a fim
enfrentar vários obstáculos e permanecerem vivas num mundo que nem sempre é
de fadas. (CATELLAN, R. et al, p.42)
Agora professor é a
leitura na íntegra do
conto, neste momento
você poderá escolher
como fará a leitura.
Sugiro a leitura em
voz, coletiva e
20
compartilhada.
IMPORTANTE!
Professor, antes de ler o conto com seus alunos(as) você já deverá ter lido e
compreendido, pois “compreender envolve inúmeras habilidades, que
ultrapassam a capacidade de simplesmente reconhecer as palavras, decodificá-
las, atribuir-lhes significado. Ler é produzir sentido em um processo de interação
autor-leitor-texto-mundo”. ( BORTONI-RICARDO ET AL, 2012). Ainda, o “texto
literário é carregado de pistas que serão descobertas conforme o conhecimento
de mundo, as experiências de vida que o leitor carrega consigo”. (PARANÁ,
2008,p.59). Uma estratégia de leitura que o auxiliará a ler contos é utilizar-se do
dicionário de símbolos. Num primeiro momento você, colega professor, faz a
análise, posteriormente e dependendo do conto selecionado e a turma, poderá
fazer com seus alunos. Tem alguns contos de Marina Colasanti que são curtos,
no entanto, repleto de significados, que poderão ser utilizados em sala, de
preferência num 8º ou 9º ano- Ensino Fundamental. Vejamos, o conto O Gigante
Egoísta tem muitos símbolos, selecionei alguns para contribuir à sua análise.
Segundo Cirlot (2005,p.98) a árvore representa, geração e regeneração. Como
vida inesgotável equivale à imortalidade. O gigante no aspecto mais profundo
alude à existência de um ser imenso, primordial, em si a sua figura não é nem
benévolo e nem malévolo, é um engrandecimento quantitativo, por isso que há
gigantes legendários protetores e outros perigosos. Pode ser considerado como
um “pai terrível”, na psicologia junguiana sua essência, seu aparecimento é o
símbolo do pai, como representante do espírito que põe obstáculo, guardião do
tesouro, protetor do jardim. E o jardim? É o âmbito em que a natureza aparece
submetida, selecionada, cercada. Nos jardins guardam-se tesouros, determina o
simbolismo da paisagem. O muro, como parede fecha o espaço, é o muro das
lamentações, expressa a ideia de resistência, de limite, da impossibilidade de
transir ao exterior, de mudar. A morte, neste caso é manancial da vida, não só
da espiritual, mas da ressurreição da matéria, é a suprema libertação, simboliza a
transformação e a evolução. O paraíso, sentimento geral de abandono e da
queda que o existencialismo reconhece como a estrutura essencial no humano.
O símbolo do pássaro, tem como significado “ mensageiro”. Professor, aqui
coloquei alguns dos possíveis significados dos símbolos presentes no conto, por
meio desses conceitos fica mais fácil mediar a interpretação de seus alunos. Tem
mais símbolos para isso poderá pesquisar no livro: CIRLOT, Juan-Eduardo.
Dicionário de símbolos. Tradutor Rubens Eduardo Ferreira Frias. São Paulo:
Centauro, 2005.
Prática oral
Após a leitura6 compartilhada 7do conto, utilizar-se da interpretação oral, o
ato de recontar o conto. Permitir que os alunos falem o que entenderam do
texto. Neste momento, explore o conto oralmente com os seus alunos.
6
Solé( 2009, p.22) define leitura como um processo de interação entre leitor e o texto; neste processo,
professor, tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura. Para ler, necessitamos, simultaneamente,
21
Feedback8 (retomar) leitura do conto com o livro adaptado feito em E.V.A.,
um livro “gigante9” confeccionado pela professora. Segue trecho do livro:
Fonte: Livro Gigante feito em E.V.A por: Patrícia Romana Dallastra (autora)- Julho de 2014.
10
Disponível no endereço eletrônico a contação da história :
http://www.youtube.com/watch?v=Jow6SsAnlQ0&feature=youtu.be Acesso em 28/10/2014.
manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias,
precisamos nos envolver.
7
Para Solé ( 2009, p.173) a leitura compartilhada é uma questão de ensinar a ler, ou seja, compartilhar o
significado construído em torno dela. Nessa atividade compartilhada a responsabilidade é diferente para o
professor e para os alunos, pois o primeiro se coloca ao nível dos segundos, para ajudá-los a se aproximar
dos objetivos perseguidos.
8
É uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou
acontecimento. Na área da comunicação, o feedback é um dos elementos presentes no processo de
comunicação, onde um emissor envia uma mensagem para um receptor, através de um determinado
canal. A mensagem poderá ser alterada por algum tipo de barreira (ruído), condicionando então a sua
interpretação por parte do receptor. Depois de interpretada, o receptor termina o processo de
comunicação com o feedback - a resposta ou reação do receptor à mensagem enviada. Fonte:
http://www.significados.com.br/feedback/20/08/2014
9
O “livro Gigante” foi produzido intencionalmente para está Unidade Didática, feito pela professora- PDE (
Patrícia Romana Dallastra) com fim pedagógico, adaptação do conto “ O Gigante Egoísta” de Oscar Wilde,
que contempla tanto a linguagem verbal como a não-verbal. É um tipo de texto que oferece ampla
possibilidade de interpretação e principalmente para todos que desejam exercitar o olhar ou ainda que
buscam ampliar a percepção estética. Associar texto e imagem sempre rende bons frutos. [grifo meu]
10
[...] A contação de histórias é uma forma privilegiada de ampliação do vocabulário, relação com o
impresso, estímulo à imaginação, desenvolvimento da criatividade, incentivo à leitura, promoção de valores
e crescimento emocional, além de funcionar como ponto de partida ou ligação entre um conteúdo e outro.
Fonte: COSSON, Rildo. Círculos de Leitura e Letramento Literário. São Paulo: Contexto, 2014, p.112.
22
Em seguida, aproveitar este momento da oralidade para exemplificar o que
é um conto11, e suas características. Utilizando-se da história lida para melhor
compreensão dos elementos da narrativa (personagens, tempo, espaço,
narrador…).
Conceito de conto
11
Para a acepção literária, a origem da palavra conto estaria a forma latina commentu (m), com significado
de “invenção”, “ficção”. Com o tempo foi sofrendo gradativamente especialização de sentido, até passar,
metaforicamente, a significar “enumeração de acontecimentos”. Usou-se, no princípio, durante a Idade
Média, o verbo contar, no sentido de “enumerar” e “relatar”. A palavra “conto” significou nessa altura
“enumeração de fatos”, “relato”, “narrativa”. Fonte: ALMEIDA, G. P. de. Práticas de leituras para
neoleitores- 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, p. 132, 2010.
23
Narrador: aquele que conta a história, participando dela ou não. Pode ser de
dois tipos: narrador-personagem (aquele que narra a história, e também
participa dela); narrador-observador (aquele que narra os fatos, mas não
participa da história como personagem).
Da mesma maneira que o personagem, o narrador é um ser fictício, que
não deve ser confundido com o autor.
Foco narrativo: é o ponto de vista por meio do qual a história é contada. Pode
ser em 1ª pessoa, ou seja, quando é narrada sob o ponto de vista de um
narrador-personagem, ou em 3ª pessoa, quando a história é contada sob o
ponto de vista de um narrador-observador.
Conflito: é a oposição, a luta entre duas forças ou dois personagens.
Tempo: trata-se da época em que ocorre a história ou da duração dela.
Espaço: lugar(es) onde se desenvolve a história.
Enredo: são os acontecimentos organizados numa sequência lógica. É
importante que os acontecimentos estejam organizados de uma forma
atraente, para prender a atenção do leitor.
Clímax: momento de maior intensidade dramática da narrativa.
Desfecho: é como os fatos se arranjam no final da narrativa.
Personagens:
Espaço:
Sentimentos:
24
Objetos:
Qualidades: Defeitos:
Prática escrita
1) Todas as tardes, quando as crianças saíam do colégio, elas costumaram ir
brincar no jardim do Gigante. Como era este jardim? Descreva-o, pode ser com
suas palavras.12
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) O Gigante passou alguns anos visitando seu amigo o ogre da Cornualha.
Você já parou para pensar o que tanto eles conversavam? Quando retornou o que
o Gigante fez?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
25
4) Descubra quem está falando13:
a) “Como éramos felizes lá!” __________________________________________
b) “O meu jardim é o meu jardim” ______________________________________
c) “Ele é muito egoísta” ______________________________________________
d) “Não entendo porque a Primavera está demorando tanto a chegar!”
_________________________________________________________________
e) “Sobe logo, menininho!” ___________________________________________
f) “Você me deixou, certa vez, brincar em seu jardim, e hoje você irá comigo para
o meu jardim que é o Paraíso” ________________________________________
Fonte: http://pixabay.com/pt/esta%C3%A7%C3%B5es-quatro-esta%C3%A7%C3%B5es-
%C3%A1rvore-158601/ acesso em: 22/10/2014
13
a) As crianças diziam uma as outras. b) Disse o Gigante. c) O Outono. d) Gigante egoísta. e) A árvore. f) A
criança ( menininho).
14
Possíveis respostas: a) Primavera, outono, inverno. Sendo os fenômenos da natureza o vento, frio, neve,
gelo, granizo.
26
b) No texto as estações do ano são mostradas através de sentimentos. Que
sentimentos15 são estes?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
15
Os principais sentimentos são: solidão, tristeza, frieza. ( Pode aparecer também alegria, felicidade).
16
a) V. b) V. c) V. d) F e) F. f) V. g) F. h) V. i) V. j) V.
27
7) O Gigante deixou de ser egoísta quando? Quem contribuiu para que isso
ocorresse?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
17
8) Para você quem era aquele menininho tão pequeno que mal conseguia
subir na árvore?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
( ) Certo dia o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar seu amigo o ogre da
Cornualha.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) O Gigante Egoísta.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
17
Professor, a resposta da questão 7, os alunos poderão encontrar no 22 e 23 parágrafos. A questão 8 é
pessoal. E a 9 inicia “ A visão mais bonita....até muito sentido. (parágrafo 23)
18
Possíveis repostas: 1- O Gigante Egoísta. 2 Autor do conto: Oscar Wilde. 3 Todas as tardes, ao saírem do
colégio... 4. Certo dia o Gigante... 5. Construiu um muro alto... 6. Ele era um Gigante....7. Então chegou a
Primavera...8. As crianças conseguiram... 9. Todas as tardes, quando.... 10. De repente, o Gigante... 11.
_Quem ousou te ferir... 12. Naquela tarde,....
28
( ) Construiu um muro alto em torno do jardim e colocou um cartaz de aviso: “
Os invasores serão processados”.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) Ele era um Gigante muito egoísta.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) Então chegou a Primavera. Só no jardim do Gigante Egoísta é que continuava
a ser inverno.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) Naquela tarde, quando as crianças chegaram correndo, encontraram o
Gigante morto, deitado debaixo da árvore, todo coberto por flores brancas.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) – Quem ousou te ferir? – gritou o Gigante. Dize-me, para que eu possa tomar
de minha grande espada para matá-lo.
– Não, respondeu o menino, pois essas são as feridas do Amor.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) Todas as tardes, quando acabavam as aulas, as crianças iam brincar com o
Gigante. Mas o menininho de quem o Gigante gostava muito nunca mais
apareceu.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) As crianças conseguiram entrar no jardim e estavam todas sentadas nos
ramos das árvores. As árvores todas contentes, era uma cena linda. Só num
canto mais distante do jardim, estava de pé um menininho que não conseguia
alcançar os galhos, estava chorando. Neste momento o coração do Gigante se
derreteu, ajudou o menino, derrubou o muro e deixou as crianças brincar sempre
e sempre.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
29
( ) Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam ir brincar no
jardim do gigante.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) De repente, o Gigante olha e enxerga no cantinho mais distante do jardim, o
menino embaixo de uma árvore dourada.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
( ) Autor do conto: Oscar Wilde.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
11) No começo do conto, o Gigante não gostava de compartilhar o seu jardim
com ninguém. Observe a imagem a seguir, o que a mulher está compartilhando?
Podemos entender pela ação da mulher que ela compartilhou um objeto que era
seu em uma determinada situação. Podemos compartilhar objetos, sentimentos.
Pense em três situações19 nas quais você compartilhou algo com alguém e
explique estas ocasiões abaixo:
a) _______________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) _______________________________________________________________
_________________________________________________________________
c) _______________________________________________________________
19
Respostas pessoais.
30
REGISTRANDO
LOTERIA GENIAL
PALAVRA GE GI JE JI REGISTRO
tan … rina
… gante
can … ca
va … m
reló …o
berin … la
a … tado
… leia
tra …
lo … sta
… boia
… ladeira
… pe
ima … nar
… ral
li … iro
… n… va
… nástica
… nial
31
2) Descubra qual é a palavra. Dica: Na palavra tem a letra g ou j. Pense um
pouco e responda.
a) Quem tem autoridade pública e poder para julgar.
32
4) No caça- palavras a seguir você encontrará nomes que simbolizam o
conto estudado, destaque-os com cores variadas. Para cada palavra uma cor
diferente.
CAÇA–PALAVRAS COLORIDO
D E O O P E A R A G I G A N T E T U A P
M I J U Y G O B M E N I N O B O N C I E
I T O T D O F U N U J Y S Y S T C A B S
D Q U O E I B I N V A S O R E S N R I S
R Y T N O S É V G R A N I Z O E R T E E
A S T O A T B G U I O P A S D F G A H G
J V B M Y A Q W R T Y Q U I P G A Z D U
N C Z C O L É G I O Z B Q E V E R T Y E
C R I A N Ç A S B Q W R R Y U L G J V I
Z C B R C A S T E L O T U I K O L O E R
P A R A Í S O F L Y R O S L N I R I N O
O S B C O S S M M O R T E A I C S L T S
I P R I M A V E R A N D A S D A A M O E
Q W E R T Y U I O P A S D F G H J R L Ç
V F L O R E S B P Á S S A R O S M U L P
33
O Q U E É A M I Z A D E 20?
Como percebeu no conto “O gigante egoísta” as relações de amizade se
formam ao longo da narrativa, até que o Gigante de egoísta se torna amigável,
humilde, generoso, humanitário. Nessa relação surge uma nova história que é a
importância dos amigos para a mudança de comportamentos do ser humano.
Vamos ler a reportagem abaixo que mostra sobre o que é ser amigo.
AMIGO FIEL
20
Sentimento afetuoso entre pessoas ou instituições, é aquela que existe entre pessoas, entre pessoas
e animais, onde um pode confiar no outro acima de qualquer coisa. Quando ambas as partes
preocupam-se e zelam pela outra pessoa, independente da situação, do momento. Também é um
tópico bastante discutido nos dias atuais, uma vez que, com o mundo globalizado, e o capitalismo,
muitas pessoas acabam se preocupando apenas com a profissão, com a família e esquecem de suas
amizades, ou então, são amigos de outros apenas por interesses, sejam eles profissionais, ou não.
http://www.dicio.com.br/amizade/ 20/08/14
34
– Foi lindo de ver! Parecia que ele sabia que a gente ia embora junto! A
cada dia que passa o Seco se mostra cada dia mais meu amigo! – afirma Seu
Lauri, como ficou conhecido pelos corredores do Hospital da Cidade.
Seu Lauri e Seco vão morar pelos próximos 90 dias no Albergue Municipal
Madre Teresa de Calcutá. Mas ir até o novo lar não foi nada fácil. Ressabiado,
Seco se recusou a entrar no carro do hospital que levaria os dois até a instituição.
Seu Lauri conta, que o cão já foi atropelado três vezes e por isso não entra em
um veículo ”por nada nesse mundo.” O jeito foi ir a pé.
– Ele pode me esperar esse tempo todo. Ir andando com ele era o mínimo
que eu podia fazer! – afirma.
O Albergue onde os amigos ficarão funciona como uma casa de
passagens. Mas devido à situação de Seu Lauri, a instituição abriu uma exceção.
Atendendo aos pedidos da equipe médica, o morador de rua ficará em um quarto
individual, para evitar possíveis contágios. Já Seco, dividirá uma “casinha” no
pátio com a amiga Tifi, uma vira-lata que escolheu o Albergue para viver. [...]
Prática oral
A notícia retrata sobre o quê? Você acredita que o cão21 é o melhor amigo
do homem? O que significa ser amigo? Você já conhecia essa história ou alguma
parecida com esta? Que relação essa história tem com a do conto lido?
21
Professor, além de analisar a notícia, você ainda pode fazer uma intertextualidade com o poema Plutão,
escrito por Olavo Bilac. Fonte: BILAC, Olavo. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1996. p. 310-1. E
ainda apresentar aos alunos(as) a diferenciação entre a leitura de um conto, de uma notícia com a leitura
do poema.
35
Professor, depois de ler esta
notícia provavelmente seus
alunos falarão que tem um
filme, que o dono do cachorro
morre, e ele permanece por 8
anos na linha do trem
esperando seu dono voltar.
Nome do filme é “Sempre ao
seu lado”.
Prática escrita
1) O título dessa notícia está de acordo com os fatos? Comente.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Circule ou pinte os personagens que aparece na história que mais lhe
interessou.
3) Qual era a raça do cachorro fiel. Independente da raça todos os cachorros
são fiéis?
_________________________________________________________________
36
4) Onde aconteceu essa narrativa? Você já esteve num lugar parecido com este,
quando foi e por quê?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
5) O que aconteceu com o senhor Lauri da Costa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
6) O que fez o cachorro no período que ficou na frente do hospital esperando
“seu dono” sair?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
7) Onde Seu Lauri e Seco vão morar?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
8) Leia o bilhete e observe a sua estrutura.
Ricardo,
Abraços
Mariana (23/08/2014)
22
Professor, explore oralmente seus alunos na questão quem receberá o bilhete ( Ricardo), o assunto (
ajudar a responder a última questão de português), como ela se despede ( abraços, que ainda pode ser
beijos, até mais...), quem escreve( Mariana), data ( 23/08/2014). Sugiro que seus alunos poderão responder
o bilhete como se fosse Ricardo.
37
Faça seu bilhete no espaço abaixo:
10) Você já teve ou tem algum amigo em especial, escreva um bilhete para ele,
faça-lhe um convite. Não esqueça a estrutura do bilhete.
11) Um amigo não precisa ser necessariamente uma pessoa pode ser
um animal, não acha? Observe a ficha técnica abaixo, fala sobre as
características do lobo- guará. A partir dessa estrutura produza uma ficha
técnica do seu animal de estimação, você não precisa todos os dados dessa,
pode ainda criar outros. Pode ilustrar. Capriche! Caso não tenha nenhum
animal, converse com um de seus colegas e podem fazer juntos ou ainda
escrever sobre um animal que gostaria muito de ter.
FICHA TÉCNICA
ANIMAL: LOBO-GUARÁ
CARACTERÍSTICAS:
CARNÍVORO
VELOZ
PARECE MAIS COM UMA RAPOSA DO QUE UM LOBO
EM MÉDIA VIVEM 20 ANOS
TEM 1,20 METROS DE COMPRIMENTO
23
Quando não podemos falar pessoalmente escrevemos o que gostaríamos de dizer e enviamos uma
mensagem. Essa mensagem pode tomar forma de um texto longo ou de um texto bem curto. Os bilhetes
são mensagens bem curtas. Então, professor fale aos seus alunos que o bilhete deve ter uma linguagem
clara e adequada.
38
A SUA ALTURA É DE APROXIMADAMENTE 70 CENTÍMETROS
PESO: DE 20 A 25 QUILOS
COR: CASTANHO CLARO AVERMELHADO, COM MANCHA MARROM NAS PERNAS, CALDA E
PESCOÇO.
PERÍODO DE GESTAÇÃO: 68 DIAS, GERALMENTE TEM DE 4 A 6 FILHOTES.
ALIMENTAÇÃO: ROEDORES, AVES, RAÍZES, FRUTAS, MEL, PEIXES.
LOCALIZAÇÃO: NOS CAMPOS DO CENTRO- OESTE DO BRASIL.
HÁBITOS: NOTURNOS
COMPORTAMENTO SOLITÁRIO, TRANQUILO, PORÉM PODE ATACAR PARA DEFENDER-SE EM
SITUAÇÕES DE AMEAÇA.
13) Existe alguma relação24 entre o conto “O Gigante Egoísta” e a notícia lida?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
14) Imagine que Seco e seu dono já estão em casa. Escreva em poucas linhas o
que acha que estão fazendo.
_________________________________________________________________
24
Sugestão de resposta: Ambos os textos falam sobre o aspecto amizade.
39
A produção25 será…
Realizar uma ilustração sobre a interpretação do conto O gigante egoísta de
Oscar Wilde.
25
Cosson ( 2014, p. 76) menciona que na etapa da interpretação, não se trata de formar escritores, mas sim
oferecer aos alunos a oportunidade de se expressarem seja através da apropriação da escrita, como da
ilustração..
26
Professor, a sequência básica sugerida por Cosson (2014) são quatro: MOTIVAÇÃO, INTRODUÇÃO,
LEITURA, INTERPRETAÇÃO. Elaborei mais uma, da qual chamo de SOCIALIZAÇÃO, em que os alunos
demonstrarão a seus colegas, pais, responsáveis, enfim, a comunidade escolar em geral, o que eles
produziram. Dessa forma, todos os alunos poderão expor o seu trabalho, a sua escrita. Penso que nesta
perspectiva de socialização a escola atende igualmente todos os sujeitos, seja qual for sua condição social,
cultural, econômica, pois temos a função de promover a aprendizagem a todos. Por meio da leitura, da
escrita, do gesto, do ouvir e do falar que ocorrerá a socialização e principalmente a humanização que
consiste em possibilitar aos sujeitos resgatar relações dialógicas, afetivas, conscientes e principalmente
transformadoras do/no/com os outros e com a sociedade que estão inseridos. [ grifo meu].
40
Cada aluno(a) levará para casa um DVD – Vídeo referente à Contação de
História: O Gigante Egoísta, elaborado pela autora que está disponível no
endereço: http://www.youtube.com/watch?v=Jow6SsAnlQ0&feature=youtu.be Acesso em
28/10/2014.
Fonte: Lembrança aos alunos e familiares (DVD- Elaborado por: Patrícia R. Dallastra.Julho/2014)
Espera-se que os
alunos(as) assistam ao
vídeo em casa com seus
responsáveis e realizem
comentários sobre a
história, relacionando-a
ao conto estudado.
.
41
UNIDADE DIDÁTICA II
É mais importante: ter ou ser? Eis a questão!
8 h/ aulas
27
Dona de uma voz doce, jeito tranquilo e olhar encantador, esta goiana possui atributos mais que
suficientes para cair ainda mais no gosto dos que amam a música popular brasileira. Maria
Eugênia se formou em música e estudou piano, mas a participação em um concurso de canto,
para desafiar a timidez foi o que a impulsionou a seguir carreira como cantora. No começo,
interpretava canções de conhecidos letristas e logo vieram as músicas compostas especialmente
para ela. A cantora iniciou sua trajetória na noite goiana e lançou seu primeiro disco
solo, Maria Eugênia, em 1992, um dos momentos que ela define como um dos mais
marcantes da carreira, além de alguns outros como a gravação do seu primeiro DVD, em
2005. Somando tudo, são 20 anos de trabalho, que teve seu ponto alto com a escolha da
cantora para interpretar a música de abertura da novela “Araguaia”, da Rede Globo, no ano
de 2011, o que lhe valeu certa visibilidade nacional. A canção “Companheiro” (Naire
Siqueira/Tibério Gaspar) foi escrita na época da ditadura, em 1970, gravada em 1971 e
regravada por Maria Eugênia em 2008 para o CD MPB em Goiás, em homenagem aos
compositores regionais.
Fonte: http://www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/47062 22/08/2014
42
Vai amigo
Não há perigo que hoje possa assustar
Não se iluda
Que nada muda se você não mudar (bis)
[…]
Seja um pouco de criança
Faça tudo o que quiser
E cante que é bom viver
Disponível: http://www.kboing.com.br/maria-eugenia/1058901-companheiro.html. Acesso: 03/07/14
às 14h e 35min.
Observe a imagem:
https://www.google.com.br/search?q=imagem+sobre+amor+aos+bichos&tbmhttps:03/07/2014
43
Prática oral
O que a imagem está mostrando?
Você já viu uma cena dessas?
Que tipo de flor o cachorro tem na boca? O que a cor vermelha simboliza?
Para quem será que ele levará a flor?
Você já deu flores para alguém?
Existem pessoas com nome Rosa, você conhece alguma? Sabe o significado
desse nome? Você gosta do seu nome28? Sabe o seu significado? Já pediu para
seus pais o porquê de você ter este nome?
28
Aproveite professor e permita que seus alunos falem sobre o significado do nome, quem escolheu, e o
porquê desse nome. Caso não saibam, pedir que perguntem aos pais o seu significado e em outro momento
deixe-os apresentar. Ainda poderá trabalhar com a certidão do nascimento de cada educando, para que
façam comparações dos nomes dos pais, avós, nome do cartorário, do registro. Ainda pode trabalhar nesse
contexto com os substantivos próprios e comuns. E também outra sugestão é o poema de Pedro Bandeira,
intitulado Nome da Gente. Nesse poema o narrador afirma não gostar do seu nome. Podemos perceber que
contestar a escolha do nome é a primeira imposição que é feita no ser humano. Fique claro, professor que
são apenas sugestões que poderão ser desenvolvidas na sala de aula sem se preocupar com a questão
tempo. [ grifo meu]
44
Que as rosas vermelhas são flores de grande simbologia. A rosa, por si
só, é uma das flores mais populares no mundo, além de ser muito antiga. As
rosas vermelhas carregam consigo um significado muito forte, normalmente
ligado ao amor. Elas também simbolizam o respeito e a devoção que um
indivíduo tem pela pessoa amada, é um sinal de muito amor e carinho.
CURIOSIDADE
Para os romanos as rosas eram uma criação da Flora (deusa da primavera
e das flores), quando uma das ninfas da deusa morreu, Flora a transformou em
flor e pediu ajuda para os outros deuses. Apolo deu a vida, Bacus o néctar,
Pomona o fruto, as abelhas se atraíram pela flor e quando Cupido atirou suas
flechas para espantá-las, se transformaram em espinhos e, assim, segundo o
mito diz ter sido criada a rosa.
O que você vai ler agora também é umas das obras mais interessantes
escrita por Oscar Wilde, se chama O Rouxinol e a Rosa. O conto retrata sobre um
rouxinol em um jardim que se compadece do sofrimento amoroso de um jovem
45
estudante. O jovem chora porque sua amada não quer dançar com ele no baile do
Príncipe, só dançará se ele lhe trouxer uma rosa vermelha. Mas naquela ocasião
não havia nenhuma. O que você acha que vai acontecer? O que o rapaz vai fazer
para conseguir esta rosa vermelha? As pessoas fazem de tudo por amor ?
O Rouxinol e a Rosa
- Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas –
lastimou-se o jovem Estudante –, porém em todo o meu jardim não existe uma
única rosa vermelha.
De seu ninho no grande carvalho o Rouxinol ouviu-o, olhou por entre as
folhagens e ficou pensando.
- Nem uma única rosa vermelha em todo o meu jardim! – chorou o
Estudante, e seus lindos olhos ficaram marejados de lágrimas. – Ai, como a
felicidade depende de pequenas coisas! Já li de tudo que escreveram os
homens mais sábios, conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de
uma rosa vermelha minha vida está desgraçada.
[…]
Wilde, Oscar. Historias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE – Biblioteca da escola. Volume2. P.41-
48. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Prática oral
Você já ouviu falar de Oscar Wilde? Já leu alguma obra deste autor?
46
OSCAR WILDE
Escritor irlandês nasceu em Dublin em 1854 e morreu em Paris em 1900.
Dedicou-se ao jornalismo e a literatura. Publicou contos e poemas, mas foram
suas peças teatrais que lhe trouxeram maior glória e sucesso. No livro histórias de
fadas altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
narra temas de fundo social, que celebram a força do amor. Os críticos da época
o comparam ao dinamarquês Hans Cristian Andersen considerado o maior autor
do gênero.
Wilde, Oscar. Histórias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE- Biblioteca da escola. Volume
2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
47
IMPORTANTE!
Professor, lembra da Unidade I onde apresentei o dicionário de símbolos, irei
novamente abordar alguns para você, para isso o conto estudado neste caso é o
Rouxinol e a Rosa. Então vejamos, quanto ao símbolo rosa já comentei
brevemente, mesmo assim, postulo a rosa é única, é essencialmente, um
símbolo de finalidade, de sucesso absoluto e de perfeição. É o centro místico, o
coração. No sangue derramado vemos um símbolo perfeito do sacrifício,
corresponde a cor vermelha. E sacrificar? Temos que não há criação sem
sacrifício. Todas as formas de sofrimento podem ser sacrificais, são plenas e
aceitas. Joias são verdades espirituais, símbolos de poder, dificuldade de luta
para alcançás-las. Janela expressa a ideia de possibilidade e de distância; por
sua forma quadrangular, seu sentido faz-se terrestre e racional. Coração era a
única víscera que os egípcios deixavam no interior da múmia, como centro
necessário ao corpo para a eternidade, o coração significa o amor como centro
da iluminação e felicidade. A busca pela rosa vermelha, o vermelho é o sangue,
ferida, agonia, sublimação, mas também é a morte. Aqui o pássaro, simboliza a
alma, os desejos amorosos, prinicipalmente nos contos de fadas, eles cantam,
falam sobre seus desejos. Mais símbolos você pode encontrar no dicionário de:
CIRLOT, Juan-Eduardo. Dicionário de símbolos. Tradutor Rubens Eduardo
Ferreira Frias. São Paulo: Centauro, 2005.
Prática oral
Após a leitura do conto, utilizar-se da interpretação oral, o ato de
recontar do conto.
Quem são os personagens da narrativa?
Qual é o tema do texto?
Qual o cenário? Onde se passa a história?
Conflito da narrativa?
Qual parte do conto é o momento mais importante?
Como terminou a história?
O que você achou da atitude do rouxinol?
O que a rosa fez? Por quê?
O que pensa a respeito da atitude da moça que depois de todo o sacrifício da
rosa, ela ter a desprezado e ainda dizer ao rapaz que joias são mais importantes
que rosas.
48
IMPORTANTE!
A obra lida e discutida está inserida no gênero narrativo, no entanto,
apresenta traços dramáticos, pois na maioria do texto são os personagens que
falam, como uma peça de teatro. Outro aspecto marcante é que a obra é um
conto com características de fábula. Alguns animais são personificados, ou
seja, agem, pensam, sentem e falam como seres humanos, mas os
personagens humanos do conto não podem entendê-los. A “fábula é uma
pequena narrativa, que, sob o véu da ficção, guarda uma moralidade”.( La
Fontaine, Século XVII). O narrador do conto é onisciente, está em todos os
lugares da estória e conhece todo o enredo e o mundo interior dos
personagens.
http://thiagodamasceno.blogspot.com.br/2012/06/literatura-oscar-wilde-o-rouxinol-rosa.html.
Acesso: 03/07/14 às 22h25min.
Espaço:
Sentimentos:
Objetos:
Qualidades: Defeitos:
Que o pássaro…
Simboliza a inteligência, a sabedoria, a leveza, o divino, a alma, a
liberdade, a amizade. Por possuírem asas e o poder de voar, em muitas culturas
são considerados mensageiros entre o céu e a terra.
O pássaro opõe-se à serpente, como o símbolo do mundo celeste ao
mundo terrestre e, por isso, na maioria das vezes, está associado aos anjos
mensageiros que também possuem asas e podem chegar aos céus. Por isso, na
cultura islâmica os pássaros representam o símbolo dos anjos, enquanto que para
50
os celtas simbolizam os mensageiros dos deuses; em outras palavras, são eles
os auxiliares dos deuses, considerados, portanto, símbolos da liberdade divina.
Textos antigos mostram que a simbologia associada originalmente aos
pássaros é bastante positiva, na medida em que simbolizam a amizade dos
deuses e dos homens: são as aves que atacam as serpentes e sobrevoam os
céus, onde o olhar humano não pode chegar.
Interessante notar que, os ninhos dos pássaros são muitas vezes
comparados ao paraíso, o refúgio escondido e inacessível, a morada suprema.
Nesse sentido, somente atingirá o paraíso, a alma que conseguir se libertar de
todos os pesos e voar bem alto. No alcorão, o pássaro é visto como o símbolo da
imortalidade da alma por meio de seu papel mediador entre o céu e a terra. Além
disso, em muitas passagens do texto sagrado, a palavra ave é utilizada como
sinônimo de destino.
Na cultura africana, o pássaro está muito presente nas representações
populares, divinas e artísticas o qual simboliza a vida, a força e a fecundidade.
Para os egípcios, a ave de fogo, conhecida como a Fênix, aquela que renasce
das cinzas, simbolizava a alma.
http://www.dicionariodesimbolos.com.br/passaro/. Acesso em 24/06/2014 às 16h42min
CURIOSIDADE
SIGNIFICADO DO ROUXINOL
51
Aparência e canto do rouxinol
52
Dialogando com música
O Rouxinol e a Rosa
Os Paralamas do Sucesso
Mas por um instante eu duvidei
E o sangue então se derramou em vão
Morreu por nada o rouxinol
E a rosa não chegou às tuas mãos. […]
Letra no site: http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/439845/. Acesso dia 03/07/2014 às
14h27min.
Prática oral
Retomar as características do conto, elementos da narração (Situação
inicial, conflito, personagens, tempo, espaço, clímax, desfecho).
Prática escrita
1) O conto O Rouxinol e a Rosa, é um gênero narrativo. Responda:
53
a) Qual é a situação inicial 29do conto?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) Quem são os personagens30 da narrativa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
c) Onde aconteceu (espaço) da narração?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
d) E o Tempo? (Duração dos fatos).
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
e) Conflito da estória?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
f) Clímax da narrativa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
g) Como terminou este conto? Desfecho/ momento final.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
1) De quem são as seguintes falas31:
a) “Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas”. _______
_________________________________________________________________
b) “Por que é que ele está chorando”? __________________________________
c) “Está chorando por uma rosa vermelha”. ______________________________
d) “Dê-me uma rosa vermelha que eu cantarei minha mais doce canção”. ______
29
O Jovem Estudante se lastimando porque precisava de uma rosa vermelha para dançar com a moça.
30
Professor reflita com seus alunos sobre quem são os personagens do conto, o espaço ou os espaços,
clímax, como terminou o conto, conflito e tempo.
31
a) Jovem Estudante. b) Lagartinho Verde. c) Rouxinol. d) Rouxinol. e) Estudante com raiva. f) Estudante. g)
A moça. h) O Lagartinho Verde, a Borboleta e a Margarida.
54
e) “Você é muito ingrata”. ____________________________________________
f) “Que coisa mais tola é o Amor”. ______________________________________
g) “Receio que ela não combine com o meu vestido”. ______________________
h) “Mas que coisa ridícula”! ___________________________________________
32
Tanto a questão 2 como a 3 possível resposta ( letra c).
33
Seus cabelos são escuros como a flor do jacinto, e seus lábios rubros como a rosa de seus desejos, porém
a paixão tornou seu rosto pálido como o marfim e a tristeza selou sua testa.
55
5) Por que o Estudante estava tão preocupado34 e precisava encontrar uma rosa
vermelha até o outro dia.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
6) O Rouxinol desesperado para ajudar o Estudante começou a pedir para as
Roseiras o ajudarem, e o que elas falaram35?
a) Roseira Branca.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) Roseira Amarela.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
c) Roseira Vermelha.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
7) O Rouxinol insistiu muito para a Roseira Vermelha lhe dar uma rosa naquele
dia “Apenas uma rosa vermelha! Não haverá um jeito de consegui-lá?” Neste
momento ele afirmava que não tinha medo de nada e faria até o impossível para
conseguir aquela rosa vermelha. E a Roseira lhe pede36 o que?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
34
Somente assim a Moça dançaria com ele no baile que o príncipe iria realizar.
35
a) “Minhas rosas são brancas como a espuma do mar e mais brancas do que as neves da montanha.” b) “
Minhas rosas são tão amarelas quanto os cabelos da sereia que se senta em um trono de âmbar e mais
amarelas do que os junquilhos que florescem no campo antes do ceifador aparecer com sua foice.” c) “
Minhas rosas são tão vermelhas como os pés da pomba e mais vermelhas do que os grandes leques de coral
que abanam sem parar nas cavernas do oceano. Mas o inverno congelou minhas veias, a geada cortou
meus botões, a tempestade quebrou meus galhos e não terei uma só rosa este ano”.
36
Se quiser uma rosa vermelha terá que construí-la de música ao luar, tingindo-a com o sangue de seu
próprio coração. Terá de cantar para mim a noite inteira e o espinho terá que furar o seu coração e o
sangue que o mantém vivo terá de correr para minhas veias, transformando-se em meu sangue.
56
8) Quem compreendeu tudo o que estava acontecendo e não gostou nada do
que via porque o Rouxinol era seu amigo37.
a) ( ) O Estudante.
b) ( ) O Carvalho.
c) ( ) O Pintarroxo.
b) E o Rouxinol fazia cada vez mais pressão contra o espinho, e cantava cada
vez mais alto, pois estava cantando o ___________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
d) A dor era horrível, horrível, e a canção cada vez mais enlouquecida, pois
agora ela cantava o Amor que ________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
37
O Carvalho (B)
38
a) ... nascimento do amor no coração de um rapaz e uma moça. b) ...nascimento da paixão entre a alma
de um homem e uma donzela. c) ...terrível golpe de dor passar por toda a avezinha. d) ...fica perfeito com a
Morte, o Amor não morre no túmulo. e) ...ficando sua canção e ele sentiu alguma coisa que sufocava sua
garganta. E então ele soltou sua última porção de música.
57
e) E a rosa maravilhosa ficou vermelha, linda. Mas a voz do Rouxinol foi ficando
fraca, suas asinhas começaram a se debater, e uma névoa cobriu seus olhos.
Cada vez mais fraca foi ______________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
39
Todas as perguntas do exercício 10 podem ser respostas pessoais.
59
No conto O Rouxinol e a Rosa, a moça prefere joias a rosa. Está muito
mais interessada em bens materiais ao amor do rapaz. Dessa forma, podemos
considerar a moça uma jovem fútil, que o importante é ter e não ser. Lembrando
que esse conto foi escrito há muitos anos. E hoje, os adolescentes são
diferentes? Não se deixam influenciar pelos outros?
Para auxiliá-lo nessas questões, você vai ler um texto escrito por Cristiane
Lima, colunista, ELO Internet – Caderno Educação, que aborda a questão do
consumismo40 na adolescência.
40
A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem
somente aquilo que lhes é necessário. Já o consumismo se caracteriza pelos gastos
excessivos em produtos supérfluos, movidos pela propaganda. A necessidade de consumo
pode vir a tornar-se uma compulsão. Pessoas compram compulsivamente coisas de que
realmente não precisam. Muitas vezes, furtam ou roubam não movidas por uma necessidade
objetiva, mas pelo desejo de possuir algo cujo significado é essencialmente simbólico. O
consumismo está vinculado ao gasto em produtos sem utilidade imediata, supérfluos. Esse
hábito vem sendo discutido por muitos autores em suas origens e dimensões. Alguns
estudiosos apontam a importância da publicidade na construção da obsessão pelo ato de
comprar. Outros autores destacam a vinculação histórica da possibilidade de compra à vida
boa, riqueza, saúde. Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/consumismo.htm 20/08/14
60
primeiro lugar, no topo do ranking em matéria de consumismo, bem na frente dos
franceses, japoneses, argentinos, australianos, americanos e mexicanos. Ou seja,
“eles vão mais vezes ao cinema, viajam com maior frequência, compram mais
tênis, gostam mais de roupas de grife – mais caras que as similares sem marca
famosa – consomem mais produtos diet, têm mais computadores, assistem mais
DVDs e vídeos e, só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar
balas, chicletes e lanches”. […]
Essa é a chamada “Geração da Vaidade”, “Geração da Grife” onde sempre
inventam pretextos para justificar os gastos cada vez maiores com roupas,
acessórios. Onde “obrigatoriamente” a roupa precisa ter uma marca forte para
mostrar status. Para preservarem uma aparência exterior perfeita, condizente com
o padrão de ditadura da moda, muitas vezes esses jovens compram sem
necessidade ou até mesmo sem condições financeiras. Para o adolescente em
fase de afirmação, tentando ser aceito dentro de um determinado grupo, este ato
torna-se absolutamente necessário em sua vida. E nesse ritmo desenfreado, a
mesada acaba sempre bem antes do final do mês. Será então que podemos
afirmar que esse comportamento é “normal”?
[…] A exposição diária dos adolescentes aos anúncios dos veículos de
comunicação estimula o consumo de forma inconsequente, influencia na
formação de seus valores sociais, em seus gostos, preferências de consumo.
Sem dúvida, quando esse adolescente ingressar no mercado de trabalho
descobrirá de forma dolorida que outras coisas são mais essenciais que roupas e
calçados de marca.
Ceder aos caprichos consumistas é o mesmo que proporcionar uma
satisfação ilusória e passageira. É preciso que os pais entendam que atender a
tudo indiscriminadamente, de forma alguma será positivo no processo de
crescimento pessoal e futuramente profissional dos filhos, pois as consequências
dessa ostentação vão bem mais além do que “prejuízos financeiros”, onde
podemos citar: obesidade infantil, a violência (assaltos de tênis de marca, por
exemplo) e até mesmo as antigas e lúdicas brincadeiras infantis que tanto
estimulavam a criatividade foram substituídas pelo controle remoto.
61
Vale lembrar que, sob a ótica legal o Estado também tem
responsabilidade nesse processo educativo de nossos jovens, na medida em que
tem o dever de atentar para o conteúdo da televisão brasileira:
Na Constituição Federal: Art. 221. A produção e a programação das
emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
No Estatuto da Criança e do Adolescente: no que se refere à proibição de
programação, diversão ou espetáculos contrários à proteção das crianças e dos
adolescentes:
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer,
esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário
recomendado para o público infanto-juvenil, programas com finalidades
educativas, artísticas, culturais e informativas.
Ou seja, os meios de comunicação simplesmente ignoram a lei quando
incentivam o mero consumismo; ao contrário disso, deveriam respeitar e proteger
nossas crianças e adolescentes, vulneráveis e facilmente influenciáveis, em sua
peculiar condição de pessoas em desenvolvimento.
Pais que sabem ensinar limites geram segurança e fazem com que seus
filhos vivenciem com afetividade o que acontece fora dos muros dos shoppings
centers, onde existem leis e regras iguais para todos. Enfim, é imprescindível
ensinar que a virtude do “ser” vem bem antes do “ter” e que ética e felicidade não
se compra com cartão de crédito.
62
Prática oral
Você já ouviu falar da palavra “consumismo”? Sabe seu significado? E
consumista? Conhece alguém que gosta muito de comprar? De andar só de
roupas e calçados de marca?
O que o texto está abordando?
Acredita que os meios de comunicação influenciam e ou ajudam as pessoas a
gastar mais?
Vivemos numa sociedade capitalista, sabe o isso tem haver com o
consumismo?
Será que só adolescentes gastam? E os adultos?
Você exige que seus pais comprem mais do que o necessário?
Os amigos, os colegas, podem contribuir para que ocorra mais gastos que o
normal?
Você acha que são as adolescentes ou os adolescentes que compram mais?
Por quê?
Prática escrita
1) Segundo o texto, no que os jovens brasileiros gastam mais?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
63
4) Quais são os documentos que “deveriam selecionar o que passar, quando,
horário das propagandas televisivas” para não deixar que os adolescentes se
tornem altamente influenciáveis pela mídia?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
41
5) Existe alguma semelhança entre algum personagem do texto acima e do
conto estudado. Justifique.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
5) O que os pais podem fazer para deixar seus filhos mais seguros, para que se
tornem pessoas mais maduras e conscientes dos seus atos?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
6) O que o texto quis dizer quando aborda “felicidade e amor não se compra
com dinheiro”.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Bula do amor
Informações técnicas
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Não necessita prescrição médica. Este medicamento não é encontrado em
farmácias ou qualquer estabelecimento comercial, não sendo possível comprá-lo
ou vendê-lo. A origem do amor é desconhecida, mas experimentos mostram que
sua composição é de matéria semelhante à alma. Cientistas ainda não
41
Na sequência professor, utilizo atividades e textos que exigem o investimento de diferentes estratégias
de leitura. Assim o aluno é convidado a fazer inferências ora locais ora globais, a recorrer a seu
conhecimento de mundo, a estabelecer comparações entre as informações contidas no num único texto
entre diferentes textos, já que neste momento o aluno precisa entender que o tema central é o amor.
Nesse caso, ele vai emitir opinião, sempre com o propósito de aprofundar a compreensão leitora. Fonte:
MEC, Pró-letramento- Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries do Ensino
Fundamental. Brasília. Edição Revisada e Ampliada: 2008. p.22. No que refere a convidar o aluno a fazer
Inferências é o processo inferencial envolve operações cognitivas, por meio das quais o leitor articula um
conjunto de informações e chega a conclusões não explicitadas no texto.
64
compreenderam a chamada propriedade multiplicatória do amor - quanto mais se
dá, mais se tem.
Composição
Compreensão, carinho, alegria, sinceridade, respeito e paciência. Há elementos
em sua composição ainda não identificados.
Indicação
Indicado para pessoas de todas as idades. Essencial para o bem-estar do bebê e
crescimento saudável da criança. Jovens e adultos devem fazer uso regular.
Imprescindível aos idosos, em especial aqueles com idade avançada.
Posologia e modo de usar
Doe uma dose de amor várias vezes ao dia. Ao doá-lo, certifique-se de fazê-lo
com o coração. Ao recebê-lo, seja grato e prontifique-se a doar o dobro. Amor se
dá em sacrifício e também em pequenos gestos, palavras de carinho, atenção,
tempo. Constata-se a eficácia do amor pelo grau de felicidade provocado no outro
e em você mesmo.
Reações adversas
Uma profunda e serena paz de espírito, brilho no olhar e sorriso sincero no rosto.
Muita saúde e felicidade. Existem relatos de pessoas que se queixaram de excesso
de entusiasmo e bom humor.
Contraindicações
Não há contraindicação.
Retirado http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2440907. Acesso em: 28/06/2014 as
20h55min
Prática oral
1) Sobre o que fala o texto? Gostou? É criativo? Por que o título é Bula do
amor?
Prática escrita
1) O medicamento do texto pode ser vendido em farmácias?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
65
2) Do que é feita a sua composição?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3) Quais pessoas podem fazer uso desse medicamento?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4) Como deve ser usado?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
5) Existe alguma contraindicação?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
6) Para quem você receita este medicamento?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
7) Faça um desenho (embalagem) para este medicamento que você estudou.
Escolha o nome do medicamento, laboratório, data de fabricação e validade,
capriche nas letras, utilize cores…
8) No conto O Rouxinol e a Rosa quem podemos dizer que “usa ou tem” esse
medicamento?
________________________________________________________________
66
REGISTRANDO
D I A N O I T E S T U D A N T E D A C I
R A V A I E S P I N H O S J A R D I M O
O Q N Q U A R T O U I S M E N I N A A R
U G O Ç S T A R I A A M V E R M E L H A
X U I R A R O H C S P R I N C I P E R P
I T O Q U R E V O F G O J O V E M F V A
P R I N C I T R F E L I C I D A D E A Z
O S A L E R A M A S E I N V E R N O L F
B O R B O L E T A C O R O S E I R A H U
N I G O N O R O U X I N O L E L A S O P
A I O J N I A A M O R B A I K A Ç O M A
J A N E L A B A I S A P A T O S F U S A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
A E I O U B C D F G H J L
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
K M N P Q R S T V Y X W Z
1 1 15 3 26 1 8 2: 5 15 1 15 4 19
18 5 2 16 5 16 7 1 15 4 19 19 2.
15 1 19 34 18 5 3 16 21 1 16 1
67
Escreva a frase que descobriu aqui:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
LOTERIA ORTOGRÁFICA
_________________________________
3) Marque com um X a coluna correta ( L ou U ).
68
A produção será...
Os alunos deverão elaborar acrósticos ilustrados referentes à moça, o
jovem estudante, o rouxinol e a rosa.
Na escola:
Elaborar um painel com uma placa de isopor e anexar os acrósticos.
69
Momento em família:
Cada aluno (a) irá levar para casa um botão de rosa para plantar, deverá
contar o significado da rosa e falar sobre o conto.
“Trago esta rosa… hoje o céu está tão lindo…”
(Tim Maia)
Outra sugestão,
professor(as), é confeccionar
uma rosa em E.V.A, ou outro
material.
UNIDADE DIDÁTICA 3
Gente enferruja?
14 h/aulas
70
Olá professor(a), que tal como
motivação levar seus alunos(as)
a fazer uma visita à biblioteca
pública local? Se não tem em
sua cidade pode levar na
biblioteca de sua escola. Bom
passeio!
Prática oral
O que vocês viram? Como era a biblioteca? Gostaram do passeio?
Como era o ambiente? Era agradável? O que acharam de fazer a carteirinha
para pegar os livros para ler em casa?
Daqueles que vocês folhearam o que mais chamou sua atenção?
Quais são as semelhanças e diferenças entre a biblioteca de sua escola e a
biblioteca pública?
71
Que a Biblioteca de Alexandria...
72
Mas, às vezes, a ignorância é mais forte que a sabedoria. Principalmente
se essa ignorância usa fogo e odeia a sabedoria. A biblioteca acabou sofrendo
vários incêndios na sua história. Alguns causados por guerras. Outros pelo
desprezo dos invasores pelos conhecimentos lá guardados. Cristão, mulçumanos,
pagãos, todos tiveram parte na destruição da biblioteca.
https://www.google.com.br/search?q=a+biblioteca+de+alexandria&tbm=isch&tbo=u&source
acesso dia 05/07/2014 às 18h34min
CURIOSIDADE
Breve história do livro
73
podemos saber como eles organizavam suas vidas, o que conheciam e o que
inventavam.
Os primeiros textos que o homem escreveu foram esculpidos em tabuletas
de argila ou de pedra e serviram para documentar, por exemplo, quantos bois
haviam sido vendidos por certo comerciante ou quantos objetos existiam no
palácio de um rei. Nessa época, cerca de 4 mil anos antes de Cristo, só os
escribas sabiam ler e escrever.
Cerca de mil anos depois, os egípcios já escreviam sobre folhas de papiro
(feitos de tiras de uma planta). Os rolos de papiro eram muito mais leves, fáceis
de levar de um lado para outro e foram usados durante muito tempo.
Aos poucos, o frágil papiro foi sendo substituído pelo resistente
pergaminho, feito da pele curtida de animais. Essas “folhas” de couro, sobre as
quais se escrevia, eram cortadas em retângulos, dobradas e costuradas em
códices.
Na Europa, durante a Idade Média, pouquíssimas pessoas sabiam
escrever. Quem tinha acesso aos livros eram os padres de Igreja Católica e
muitos reis e nobres eram até analfabetos. Os chamados monges copistas eram
religiosos que dedicavam a vida a copiar o que havia sido escrito na Antiguidade.
Mesmo que a maioria das pessoas não tivesse acesso, o importante era
preservar o conhecimento. Durante esse período, o pergaminho foi sendo
substituído pelas folhas de papel, que, costuradas em um de seus lados, viraram
os livros com a forma que conhecemos até hoje.
Os livros eram muito caros, pois eram copiados à mão, um por um. Imagine
o trabalho que dava copiar à mão um livro inteiro, com todas as letrinhas, todos os
desenhinhos! Como fazer para conseguir mais cópias de um modo mais rápido?
Os chineses já haviam resolvido esse problema no Século II da Era Cristã.
Para poder fazer várias cópias rapidamente, eles inventaram a técnica da
impressão. Eles esculpiam toda a página de um livro em um bloco de mármore ou
de madeira, como se fosse um grande carimbo.
No Ocidente, por volta de 1450, um alemão chamado Gutenberg teve a
mesma ideia que os chineses e inventou a imprensa. Só que em vez de usar
madeira, Gutenberg resolveu fazer os moldes em chumbo, material mais
74
resistente. E em vez de gravar toda a página de um livro, ele inventou os tipos
móveis, ou seja, letras separadas umas das outras, que podiam ser reutilizadas
em outras impressões. Assim passou a ser muito mais rápido e mais barato fazer
livros, o que foi uma verdadeira revolução.
De lá pra cá, surgiram os computadores, outra gigantesca revolução. O
texto se desprendeu do papel e virou bytes e luz. Hoje, os livros42 de papel, como
este que você está lendo, convivem com versões eletrônicas, lidas nas telas do
mundo todo. O texto não precisa mais ser material.
Mas acontecem coisas curiosas…. O texto lido no computador, como o de
muitas páginas da web, voltou a ser lido de cima para baixo, como naqueles
antigos rolos de papiro. A modernidade reencontra os egípcios!
Fonte: CAMPOS, J. NIGRO,F. RODELLA, G. A arte da palavra. Língua Portuguesa. 6º ano. São
Paulo: FNDE, 2009.p.26 e 27.
Até hoje qual foi o livro que mais gostou de ler43? Por quê?
42
“Livros não precisam de bateria, duram mais que os suportes magnéticos e resistem melhor a impactos.
Até agora, os livros representam o mais barato, flexível e prático de transportar informação a um custo
muito baixo. A comunicação por computador viaja à nossa frente; os livros viajam conosco e na nossa
velocidade.” Umberto Eco
43
Cabe às escolas desenvolver um trabalho mais aberto em relação à leitura do texto literário, aproveitar os
que os alunos intuitivamente, afirmam que gostam de ler para comentar entre eles, indicar, compartilhar.
Fonte: AGUIAR, V. T de. MARTHA. A. A. P. Territórios da leitura: da literatura aos leitores. São Paulo:
Cultura Acadêmica; Assis, SP: ANEP, p. 183, 2006
75
O que você vai ler agora é um livro infanto-juvenil chamado Raul da
ferrugem azul, escrito por Ana Maria Machado. O livro conta a história de um
menino, chamado Raul, que começa a perceber manchas azuis pelo braço,
depois nas pernas e pescoço e pela característica vê que é uma ferrugem só que
azul. Porém, ninguém vê as ferrugens a não ser ele próprio. Angustiado, pede
ajuda para Tita, a empregada, mas sem contar o problema de fato; mesmo assim,
ela o aconselha a procurar o Preto Velho que mora no bairro dela. Indo para lá,
Raul se encontra com Estela que lhe dá algumas dicas sobre a questão das
ferrugens. Raul então começa a descobrir o porquê dessas manchas.
O livro é escrito de maneira muito agradável e pincela várias questões
importantes para o aprendizado na vida, sem ser "uma lição de moral". Acredito
que vai gostar de ler.44 E ainda, por meio da leitura do livro irá perceber quantas
pessoas hoje estão enferrujadas.
– E gente enferruja?
44
Não é preciso converter a leitura num ato utilitário, não precisa cair no fundamentalismo de sair por aí
querendo converter os outros com suas leituras ou suas opiniões. Ler bem é ficar mais tolerante e mais
humilde, aceitar a diversidade, dispor-se a tolerar a diferença e a divergência. Fonte: MACHADO, A. M.
Como e por que ler os Clássicos Universais desde cedo. Rio de janeiro: Objetiva, p.100, 2002.
76
Raul nem estava conseguindo dormir, de tanto pensar e repensar. Mil
perguntas na cabeça.
– Será que é bolor? Pode ser… É meio azulado. Mas não tem um jeito macio
feito coisa embolorada. Parece mais ferrugem.
Estava assim, pensando e pensando, desde a hora do recreio na escola,
quando descobriu as manchas azuis no braço. Primeiro até pensou que fosse
tinta. Só que não tinha jeito de tinta. E ele também não podia ficar o tempo todo
parado no meio do pátio olhando para o braço, reparando nas manchas,
pensando no que seria. A cabeça dele ainda estava muito ocupada com o
pensamento da briga e com a raiva. Da briga que nem houve. Mas que bem que
deveria ter havido.
Só de pensar, Raul ficava outra vez com raiva. Com muita raiva. E no
escuro, deitado na cama, esperando o sono que não vinha, lembrava de tudo,
como se estivesse vendo agora.
Aquele chato do Márcio veio do quadro-negro, passou junto da carteira e
disse:
– Careta!
Disse isso como sempre dizia. Meio baixo para o professor não ouvir, meio
alto para os colegas ouvirem. Raul já sabia o que vinha depois. As risadinhas dos
outros. Os olhares debochados. E a raiva dentro dele.
Nem ao menos podia bater no Márcio um dia. Em menino menor não se
bate, é covardia. E não havia jeito do Márcio crescer até ficar do tamanho dele.
Quanto mais o Márcio crescia, mais ele crescia também. E nunca empatavam.
Claro que Márcio não precisava crescer muito, até ficar do tamanho do Zeca, por
exemplo. Aí já era demais, era até capaz de dar uma surra em Raul, que na certa
o Márcio não ia ligar para essa de não bater em menino menor. Mas podia pelo
menos ficar da mesma altura que ele.
Uma coisa que Raul não entendia era pra que essa implicância. Sabia que
o pessoal gostava dele. Até que eram amigos. Só que ele não era de se meter
em brigas e mesmo quando não gostava de alguma coisa que os outros faziam,
não dizia nada. Não chateava os outros. Não entregava ninguém. Não
desobedecia. Não dava resposta malcriada. Não gritava com ninguém. Todo
77
mundo sabia que ele era um menino bonzinho e comportado.
Só não sabiam é da raiva dentro dele. Nem das perguntas girando na
cabeça. […]
MACHADO, Ana Maria. Raul da ferrugem azul. Ilustrações de Rosana Faria. 56ª impressão.
2ªedição. São Paulo: Moderna, 2003
Prática oral
Você já ouviu falar de Ana Maria Machado?
Você conhece os livros de Ana Maria Machado?
Já leu algum livro da autora?
Você gostaria de ler um dos livros da autora?
Você já leu o livro Raul da Ferrugem Azul?
Você sabe por que o livro tem este nome?
O que você imagina que autora trata na história?
Você já presenciou ou sofreu alguma situação de discriminação ou
preconceito? Qual foi a sua reação?
Se você perceber algo de diferente procurará por ajuda?
78
integrar a Academia Brasileira de Letras, em 2003, ocupando a cadeira de
número 1. É a atual presidente da Academia (biênio 2012/2013).
A escritora nasceu em Santa Tereza, Rio de Janeiro, no dia 24 de
dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna. Iniciou a carreira de
pintora, participou de exposições individuais e coletivas. Formou-se em Letras
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na mesma Universidade, lecionou
no curso de Letras.
Abandonou, então, a carreira de pintora para se dedicar aos livros. No final
do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana
deixou o Brasil e partiu para o exílio, indo morar na Europa. Levou consigo
algumas histórias infantis que estava escrevendo para a revista Recreio.
Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou
como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar
professora na Sorbonne. Nesse período, ela terminou sua tese de doutorado em
Linguística e Semiologia sob a orientação do renomado Roland Barthes. A tese
resultou no livro Recado do Nome, que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo
ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a
Editora Abril.
De volta ao Brasil, Ana Maria retomou o seu projeto de escrever livros
infantis. Em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro História Meio ao
Contrário. Em 1979, fundou a primeira livraria dedicada a livros infantis no Brasil,
a Malasartes.
O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, quando Ana passou a se
dedicar exclusivamente aos livros infantis e também para o público adulto. Em
1993, ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil (FNLIJ). A coroação veio em 2000, quando ganhou o prêmio
Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil
mundial. E em 2001, recebeu da Academia Brasileira de Letras o maior prêmio
literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Seu mais recente prêmio foi concedido em agosto de 2013: o
romance Infâmia foi o ganhador do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de
Literatura, durante a 15ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS).
79
Principais obras de Ana Maria Machado:
Uma Vontade Louca
Bento que Bento é o Frade
Bisa Bia, Bisa Bel
De olho nas penas
Raul da Ferrugem Azul
Do Outro Mundo
O Canto da Praça
Bem do Seu Tamanho
Tudo ao Mesmo Tempo Agora
Canteiros de Saturno
Gente, Bicho, Planta: O Mundo me encanta
Alice e Ulisses
Fonte: http://www.feiradolivroribeirao.com.br/homenageados/autora-infantojuvenil-ana-maria-
machado/ dia 15/07/2014
IMPORTANTE!
Editora Moderna
Ana Maria Machado é uma das principais responsáveis pelo lugar de
destaque que hoje é ocupado pela literatura infantil e juvenil brasileira.
Teve uma participação fundamental nessa conquista. Em mais de 30 anos
de carreira, ela tem criado personagens inesquecíveis, enredos fascinantes,
sempre inovando a linguagem e mantendo alta qualidade literária e artística
em seus textos. A partir da herança legada por Monteiro Lobato, construiu
uma obra que transcende o mundo das crianças e penetra nas universidades
e na mídia especializada, dando origem a teses de mestrado, reportagens e
prêmios de reconhecimento em todo o mundo.
Palavras da autora
O ser humano e as histórias.
O ser humano precisa de histórias. Valem romances, contos, novelas,
telenovelas, filmes, quadrinhos, peças de teatro, videogames. Segundo a
escritora Ana Maria Machado, isso acontece porque as histórias nos permitem
[…] viver simbolicamente uma infinidade de vidas alternativas junto com os
personagens de ficção e, desta forma, ter elementos de comparação mais
variados. […] A leitura de bons livros traz também ao leitor […] o contentamento
de descobrir em um personagem alguns elementos em que ele se reconhece
plenamente. Lendo uma história, de repente descobrimos nela umas pessoas
que, de alguma forma, são idênticas a nós mesmos, que nos parecem uma
espécie de espelho. Como estão, porém em outro contexto e são fictícias, […]
acabam nos ajudando a entender melhor o sentido de nossas próprias
experiências. Essa dupla capacidade de nos carregar para outros mundos e,
paralelamente, nos propiciar uma intensa vivência enriquecedora é a garantia de
um dos grandes prazeres de uma boa leitura.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2006. p.20.
81
Nesta etapa, leitura na
íntegra do livro, pode ler por
capítulos realizando
intervalos de leitura. Dê
preferência, leitura em voz,
compartilhada, em dupla,
grupos, caso não tenha livros
suficientes aos seus alunos,
pode realizar a leitura do livro
em PDF.
Prática oral
Apresentação dos capítulos:45 explicar e deixar que os alunos(as) comentem
sobre os oito capítulos distribuídos. Retomar os capítulos, interpretação oral.
Fazer com que os alunos recontem a história.
Capítulo 1 – A Ferrugem Descoberta
Capítulo 2 – As Manchas se Espalham
Capítulo 3 – Raiva engolida, Garganta Atingida
Capítulo 4 – A Estória do Velho da Montanha
Capítulo 5 – Uma Menina de Briga
45
Essa apresentação poderá ser feita por meio do Relembrar “feedback”, pois neste momento os alunos
poderão recontar a história da obra Raul da ferrugem azul de Ana Maria Machado, por meio do livro
ilustrado produzido pela autora desta unidade feito em E.V.A.
82
Capítulo 6 – Encontro com o Preto Velho
Capítulo 7 – Cada Um sabe da Sua
Capítulo 8 – Primeira aventura de Desenferrujamento
Roda de conversa
Alunos em círculo e alguns representando os personagens: Raul, Tita, Márcio,
Estela, Preto Velho, pode selecionar outros ainda. Neste momento priorizar a
oralidade dos educandos, permitir que coloquem seu ponto de vista a respeito de
cada personagem, inclusive as características que foram abordadas na obra.
83
Vamos brincar um pouco com a história?
Espaço:
Sentimentos:
Objetos:
Qualidades: Defeitos:
Prática oral
Qual a ideia que você tem sobre o menino Raul da Ferrugem Azul?
O que pensa a respeito da menina de briga retratada no capítulo 5 do livro?
No capítulo sete, quando Raul descobre que Estela também teve ferrugem,
só que amarela, o que a autora quis dizer com a expressão “Cada um sabe da
sua”?46
46
Só nós mesmos podemos avaliar o tamanho de sofrimentos ou angústias que estejamos vivendo. Por
mais que pessoas próximas, até por tentativa de nos consolar, nos digam “eu sei o que você está sentindo”,
elas não conseguem medir com exatidão o nosso sentimento. O drama que cada um vive nunca é
exatamente igual ao do outro, sempre tem algo particular. Conhecendo nossas próprias dores, ou melhor,
84
Prática escrita
47
1) Responda a alternativa referente ao livro que leu marcando ou pintando a
resposta correta.
a) Título da obra
Raul da passagem azul
Raul da ferrugem amarela
Raul da ferrugem azul
b) Autor (a):
Oscar Wilde
Ana Maria Machado
Ruth Rocha
c) Editora:
Salamandra
Salamantra
Saltimbanca
d) Ilustrações do livro foram feitas por:
Rosana Frios
Rosana Rios
Rosana Faria
e) Como percebeu o livro é dividido por capítulos. Lembra quantos são?
Seis (6)
Sete (7)
Oito (8)
2) Pela leitura que fez da obra o que você pensa sobre os personagens
principais que aparecem na história?
nossas próprias manchas nos condicionaram a buscar o remédio adequado para alivia-las. Não podemos
dispensar o auxilio de outros, que colocam suas experiências em nosso favor. [grifo meu].
47
a) Raul da ferrugem azul, b) Ana Maria Machado, c) Salamandra, d) Rosana Faria, e) Oito (8).
85
3) Quando Raul percebeu as suas ferrugens, o que ele fez para tentar eliminá-
las?
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_________________________________________________________________
4) Como as manchas, “ferrugens” foram aparecendo? Em que partes do corpo?
Por quê?
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_________________________________________________________________
48
5) Tita sempre procurava uma pessoa no morro quando precisava de conselho,
ajuda? Quem era essa pessoa?
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6) Como Raul imaginava49 essa pessoa que Tita tanto falava? E como era
realmente.
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7) Quem ajudou Raul a superar o problema? Descreva essa pessoa, ela
também tinha ferrugens?
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8) Você já se deparou com algum problema parecido com o do personagem
principal?
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9) Você conhece ou já conheceu pessoas parecidas com Raul?
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_________________________________________________________________
48
Preto Velho.
49
Raul imaginava como um sábio, homem bem velho, com barba, chapéu ( “bruxo”), com vestimenta longa.
No entanto, era um velho preto, com vasta experiência, a roupa toda branca ( camisa e calça), cachimbo,
um homem.
86
10) Como era o comportamento de Raul na escola e com os amigos?
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_________________________________________________________________
11) Quais foram às atitudes de Raul para conseguir ir ao morro? Você achou
certo o que ele fez?
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12) Como você faz quando não consegue resolver os problemas sozinhos? Ter
amigos é importante. O que você faz para manter a verdadeira amizade?
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_________________________________________________________________
13) Raul conseguiu se livrar das manchas azuis50? Como?
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_________________________________________________________________
14) No último capítulo Raul chega em casa e olha-se no espelho. O que ele viu
naquele momento? Percebeu algo de diferente? Comente:
_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
15) O terceiro capítulo conta sobre uns amigos de Raul que estavam na esquina
conversando, falavam sobre crianças negras. Por que as crianças se referiam aos
negros com “tom preconceituoso”? O que você pensa sobre a questão do
preconceito?
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
50
A cor azul é a mais fria de todas as cores, simboliza solidão, tristeza, depressão. Mas também remete
inteligência e emoções profundas. Professor, aproveite o significado da cor azul para explicar aos seus
alunos a semelhança das manchas azuis que “apareciam” no Raul, fazendo relação entre as manchas e a
cor. Fonte: http://www.capovdesign.com.br/index.php/component/k2/item/107-psicologia-das-cores
21/08/2014.
87
O livro Raul da ferrugem azul aborda vários temas, dentre eles podemos
citar o preconceito racial. Vamos ler, uma reportagem falando sobre a questão de
pessoas que já sofreram preconceito.
Ato de racismo Torcedor que atirou banana para jogador Daniel Alves é
punido
Foi identificado, nesta segunda-feira (28), o torcedor que atirou uma
banana perto do jogador Daniel Alves durante a partida entre Villareal e Barcelona
pelo Campeonato Espanhol. O mais recente ato de racismo nos campos de
futebol gerou uma onda de manifestações de apoio ao brasileiro.
O lateral-direito da Seleção precisou de apenas seis segundos para
provocar uma reação mundial contra mais um ato de racismo no futebol.Mariló
Montero, apresentadora da TVE, TV estatal da Espanha, repetiu o gesto que
Daniel Alves fez durante a partida de ontem entre Barcelona e Villareal, pelo
Campeonato Espanhol.
Manifestações de apoio foram registradas nas redes sociais na internet em
todo o mundo. Entre elas, do companheiro do Barcelona, Neymar, que há duas
semanas, também sofreu com atos racistas de torcedores do Granada, time
espanhol. “Foi um gesto super espontâneo, mesmo que eu já venho a um certo
tempo sofrendo esse tipo de coisa, eu acho que as atitudes negativas têm que ser
sempre pagas com atitudes positivas. Não tinha nada programado, não. Eu não
imaginava que iam atirar uma banana em um campo de futebol”, declarou Daniel
Alves.
Nesta segunda-feira (28), a diretoria do Villareal comunicou que identificou
o torcedor que jogou a banana, retirou os ingressos dele para os três jogos que
restam desta temporada e o proibiu, permanentemente, de frequentar o estádio
do clube.
88
A federação espanhola de futebol vai se reunir na terça-feira para decidir
se vai dar uma eventual punição ao Villareal, já que o incidente aconteceu no
estádio do clube.
O que leva a crer que este caso terá, de fato, alguma consequência é o
fato raro de que o árbitro David Fernandez Borbalan registrou o ato de racismo na
súmula do jogo.
Casos como o deste domingo (27), acontecem com frequência em estádios
europeus. No início do ano passado, o atacante alemão, de origem ganesa, Kevin
Prince Boateng, na época do Milan, da Itália, chutou a bola na direção da
arquibancada após ouvir cantos racistas da torcida do time Pro Pátria durante um
amistoso. Indignado, ele deixou o campo e o amistoso foi interrompido. Seis
torcedores foram identificados, multados em R$ 30 mil e ficaram presos por até
dois meses.
Em 2012, na Eurocopa, competição mais importante de seleções do velho
continente, torcedores da Croácia jogaram uma banana na direção do atacante da
Itália, Mário Balotelli. Ninguém foi punido.[...].
Texto na integra:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/04/torcedor-que-atirou-banana-para-o-jogador-
daniel-alves-e-punido.html acesso em: 03/10/2014
89
Prática oral
O texto aborda o quê?
O que aconteceu?
Aonde? Quando? Com quem?
A questão do racismo acontece só fora do país? Já passou por alguma
situação preconceituosa? Preconceito só acontece no esporte?
Na escola ocorrem situações de racismo? O que é feito?
Você conhece a Lei nº 10.639/03 que propõe novas diretrizes curriculares
para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os
professores devem trabalhar em sala de aula com a cultura afro-brasileira como
formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como
sujeitos históricos. Pois o pensamento e as ideias de importantes intelectuais
negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes
africanas, por meio das Equipes Multidisciplinares têm contribuído para “diminuir”
o racismo nas escolas.
O que nós enquanto alunos(as), podemos fazer para extinguir/diminuir tom
preconceituosos que ouvimos, ou vemos em nossa sociedade?
Outro ponto a ser discutido é logo no início da história. Raul comentou que o
personagem Márcio passou por ele e o ofendeu. Em seguida, no pátio da escola,
arrancou de brincadeira, os óculos do Guilherme que caiu e quebrou. Qual foi a
reação de Raul diante disso? Você acha que ele agiu de forma correta?
“Brincadeiras” com tom de xingamentos, humilhações, tal como o
personagem Márcio do livro “Raul da ferrugem azul” fez, tem sido cada dia mais
frequente nas escolas. Para isso tem-se um nome do qual chamamos de
“BULLYING”. Você já ouviu falar sobre isso?
Além da situação abordada no livro, Raul da ferrugem azul existe outras
formas de se praticar o bullying?
Por se tratar de fatos que ocorrem em todas as escolas, sejam elas
paranaenses ou não, públicas ou particulares, muitos passam despercebido, o
grupo, sabendo que um colega está sendo constrangido de alguma forma,
90
tomaria uma atitude de comunicar aos professores, ao diretor e/ou aos pais para
acabar com esse tipo de violência?
Bullying
91
justiça brasileira o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código
Penal, como injúria, difamação e lesão corporal.
As pessoas agredidas pelo bullying apresentam alguns sintomas como o
distúrbio do sono, problemas de estômago, transtornos alimentares,
irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, dor de cabeça, falta de
apetite, pensamentos destrutivos, como desejo de morrer, entre outros. Em
muitos casos as vítimas recorrem à terapia para amenizar as marcas deixadas
pela agressão.
http://www.significados.com.br/bullying/ acesso: 20/08/2014
CURIOSIDADE
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente
qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola,
faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e
entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência
do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a
enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença
ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos
no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos,
convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as
“próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma
efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos,
sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo
e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos
com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios
problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento
agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas
públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns
92
em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência
dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm acesso em: 20/08/2014.
IMPORTANTE!
A Constituição Federal 51em seu artigo 227 dispõe sobre os direitos
inerentes à criança, ao adolescente e aos jovens:
51
Para Silva (2005, p.24) [...] a prática da leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas
diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são obrigações e também pode defender os seus
direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade mais justa e
democrática.
93
Prática escrita
1) Dividir a turma em grupos. Alguns podem elaborar cartazes sobre bullying, e
os outros sobre a questão da discriminação racial. Podem ter ilustrações, a
pintura pode ser com tinta guache. Fica a critério do professor(a) e criatividade
dos alunos.
94
REGISTRANDO
95
3) Quando ler as palavras abaixo verá que estão faltando letras, umas
faltam o r ( R) e outras o rr. Então cabe a você completar.
chu........asco ................apaz
.........aul ................emédio
fe.........ugem .........ei
se..........ote fe..........o
ca...........uagem ba..........iga
.........oda .........ua
.........amalhete .........oupa
.........osa co...........ente
........ouxinol ma..........eco
a.........uda ou........o
A produção será…
A partir da leitura que os (as) alunos(as) realizaram do Livro Raul da
ferrugem azul de Ana Maria Machado reproduzirão a história sob seu ponto de
entendimento em forma de minilivro, divididos em capítulos, onde para iniciar o
capítulo farão pintura e em seguida, a reescrita coletiva, mediada52 pela
professora, do que entenderam numa linguagem simples e clara.
52
Para Bortoni-Ricardo ( 2012, p.68) mediar é exercitar a compreensão do aluno, isso pressupõe decodificar
com clareza o significado do texto. Relacionar o que lê com sua realidade social e particular. A mediação
acontece na interação. O mediador apoia o leitor iniciante auxiliando-o a mobilizar conhecimentos
anteriores para desenvolver determinada tarefa. Ainda para essa mesma autora (2012, p.65) a mediação
pode funcionar como valioso instrumento para facilitar a leitura e a compreensão de textos durante os anos
de escolarização.
96
Neste momento cabe ao
professor ser o mediador
dessa produção coletiva,
realizada por capítulos,
poderá fazer a produção no
quadro, observando
sempre reescrita, em
seguida à montagem das
páginas e finalização do
livrinho.
Na escola:
Cada aluno depois de pronto seu livrinho, já com as ilustrações pintadas.
Poderão observar como ficou o do colega e assinarão (momento dos autográfos)
os livros dos demais. Dessa forma, todos contribuirão para a produção desta
tarefa.
Momento em família:
Cada aluno(a) receberá o “Raulzinho”, (feito em EVA – para fixar na
geladeira) já “amadurecido” e com pensamento formado diante de algumas
injustiças que acontece em nossa sociedade. Segue a imagem:
97
Fonte: Raulzinho feito em E.V.A. Elaborado por: Patrícia R. Dallastra. Agosto-2014
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação no aspecto
literatura seja um processo de aprendizagem
contínuo e dê prioridade à qualidade e ao
desempenho do aluno. O seu encaminhamento
será feito tomando como referência as atividades
desenvolvidas pelos alunos, seja na modalidade
3escritas
2 Hserão
O Rrevisadas,
A S / Ahaverá momentos de
troca de ideias, de construção do conhecimento
dos alunos envolvidos no projeto e a professora e,
como atividade final de cada Unidade, a
socialização das leituras e materiais produzidos, e
para encerramento a confecção de fantoches e
Tenda Literária.
98
ATIVIDADE ALÉM DAS 32 HORAS/AULAS
OFICINA DE F A N T O C H E S
Nesta etapa os alunos que participaram das atividades até aqui desenvolvidas, poderão
escolher um personagem das leituras elaboradas (gigante, rouxinol, Raul) e irão
confeccionar um fantoche.
ENCERRAMENTO
BILAC, Olavo. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1996. p. 310-1.
Sites pesquisados:
101
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para-o-jogador-daniel-alves-e-punido.html acesso em 21/08/2014
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http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2440907. Acesso em:
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f%C3%A1-304709/acesso em 08/10/2014 (site de imagens gratuitas)
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102