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Os tubarões e o homem
Em 25 de Dezembro de 1975, estreava nos cinemas um dos maiores clássicos de
suspense já produzidos em Hollywood: Tubarão (com título original em inglês, Jaws),
dirigido pelo renomado cineasta Steven Spielberg. De lá pra cá, várias obras
cinematográficas (mais de 50) foram produzidas utilizando estes animais como
protagonista. A semelhança entre estas? O terror imposto pelos tubarões, assassinos
impiedosos e vorazes, às suas vítimas. Tal cenário criou uma onda de terror associada à
estes peixes, a qual, aliada à ocorrência de alguns ataques, gerou uma repercussão
negativa que persiste até os dias atuais, dificultando a conservação destes animais.
Tubarão branco. Foto: Alexius Sutandio / Shutterstock.com
Recentemente, com a conscientização sobre o estado atual das espécies de tubarão, estes
animais passaram a ser positivamente retratados em filmes infantis, sendo alvo também
de várias campanhas de proteção e iniciativas de ecoturismo (principalmente voltadas
para o mergulho) ao redor do mundo. Entretanto, medidas conservacionistas mais
eficazes ainda precisam ser adotadas a fim de evitar a extinção de várias espécies.
Principais características
Os tubarões pertencem à classe dos Chondrichthyes, formada por peixes que possuem
esqueleto cartilaginoso, mais leve e flexível que o ósseo. Estes animais respiram através
de uma série de fendas branquiais (geralmente entre 5-7) localizadas na lateral do corpo,
e representam um dos mais sofisticados predadores do reino animal. As escamas que
recobrem sua pele, por exemplo, não se assemelham às estruturas presentes em peixes
tradicionais, tratando-se de escamas placóides (ou dentículos dérmicos), as quais
apresentam formato similar ao de dentes, que se sobrepõem formando a pele destes
animais. Estas estruturas são constituídas por dentina e esmalte de alta resistência, e
auxiliam no desempenho hidrodinâmico através da redução de atrito com a água.
Tubarão-martelo. Foto: Martin Prochazkacz / Shutterstock.com
Importância
Estima-se que mais de 465 espécies de tubarão habitem os oceanos ao redor do mundo,
dentre as quais 88 encontram-se associadas à costa brasileira. Estes animais
desempenham um papel crucial para o equilíbrio do ecossistema marinho, visto que
atuam como predadores de topo, regulando toda a cadeia trófica; sua extinção
provocaria, inclusive, um poderoso efeito cascata nas teias alimentaresoceânicas, uma
vez que regulam as populações de presas, além de manter a saúde nos oceanos através
da ingestão de animais doentes, feridos e mortos (papel semelhante ao desempenhado
pelos urubus no ambiente terrestre). Apesar de persistirem há 150 milhões de anos,
sobrevivendo até mesmo ao fim da era dos dinossauros, os tubarões vêm enfrentando,
há pelo menos 25 anos, sua maior ameaça: a sobrepesca motivada pela ignorância
humana. Atualmente, mais de 20 espécies encontram-se listadas como ameaçadas de
extinção pela Lista Vermelha da IUCN.
Leia mais:
Tubarão-martelo
Tubarão-branco
Tubarão-baleia
Referências bibliográficas: