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Bases para o projecto de estruturas

segundo o EC0

Luciano Jacinto
Área Departamental de Engenharia Civil
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Dezembro 2013

Índice
1  Introdução .............................................................................................................. 2 
2  Requisitos ............................................................................................................... 3 
3  Princípio do dimensionamento aos estados limites .................................................. 4 
3.1  Conceito de estado limite ................................................................................. 4 
3.2  O método dos estados limites ........................................................................... 6 
3.2.1  Método dos coeficientes parciais de segurança ....................................... 6 
3.2.2  Métodos probabilísticos.......................................................................... 6 
4  Variáveis básicas ..................................................................................................... 7 
4.1  Acções .............................................................................................................. 8 
4.1.1  Classificação das acções ......................................................................... 8 
4.1.2  Valores representativos das acções ......................................................... 9 
4.2  Propriedades dos materiais ............................................................................ 11 
4.3  Grandezas geométricas ................................................................................... 12 
5  Análise estrutural e projecto com apoio experimental .......................................... 13 
5.1  Análise estrutural ........................................................................................... 13 
5.2  Análise com apoio experimental ..................................................................... 13 
6  Verificação da segurança pelo método dos coeficientes parciais de segurança ....... 14 
6.1  Verificação da segurança aos EL últimos ....................................................... 14 
6.1.1  Critérios de segurança .......................................................................... 14 
6.1.2  Combinações para estados limites últimos ........................................... 14 
6.1.3  Coeficientes ψ ...................................................................................... 16 
6.1.4  Coeficientes parciais de segurança........................................................ 16 
6.2  Verificação da segurança em aos EL de utilização ......................................... 18 
6.2.1  Critério de segurança ........................................................................... 18 
6.2.2  Combinações de acções ........................................................................ 19 
6.3  Comparação das combinações de acções do RSA e do EC0 ........................... 20 
1 Introdução
i Este resumo descreve os aspectos essenciais da Norma NP EN 1990:2009, também
conhecida por Eurocódigo 0, adiante abreviada por EC0. Todas as referências a
cláusulas e indicação de páginas feitas neste resumo referem-se a essa norma.
i O EC0 trata das bases para o dimensionamento de estruturas na generalidade.
Para o projecto de certas obras especiais (como por exemplo, instalações nucleares,
barragens, etc.), poderão ser necessárias disposições diferentes das constantes nessa
Norma (cl. 1.1 (2), p. 13).
i O EC0 não é de leitura fácil pela grande quantidade de cláusulas relativamente
generalistas. No presente resumo procura destacar-se apenas os aspectos essenciais,
com ênfase nos aspectos com valor mais prático.
i O EC0 apresenta um número significativo de definições (cl. 1.5). No presente
resumo indicam-se apenas as mais importantes, à medida que vão sendo
necessárias. Em algumas definições apresenta-se uma fraseologia que julgamos mais
clara que a apresentada no EC0.
i Segue uma visão geral do conteúdo do EC0:
Preâmbulo Nacional
Preâmbulo
1 Generalidades
2 Requisitos
3 Princípios para o dimensionamento em relação aos estados limites
4 Variáveis básicas
5 Análise estrutural e projecto com apoio experimental
6 Verificação dos estados limites pelo método dos coeficientes parciais
Anexo A1 (normativo) Aplicação a edifícios
Anexo B (informativo) Gestão da fiabilidade das construções
Anexo C (informativo) Bases para o método dos coeficientes parciais e para a
análise da fiabilidade
Anexo D (informativo) Projecto com apoio experimental
Bibliografia
Anexo Nacional NA
i Algumas abreviaturas usadas no presente documento:
Abreviatura Significado
AVB Acção variável base
EC0 Eurocódigo 0
EL Estado limite
NA Anexo Nacional
SP Situação de projecto

2
2 Re
equisito
os
i As esstruturas devem
d ser projectad as e consttruídas de modo a qque, com graus
g de
fiabillidade aprropriados e de form ma económica, aprresentem bbom desempenho
duran nte o períoodo de vida
a previsto ((cl. 2.1 (1), p. 24).
i Conssidera-se que
q a estrutura ap presenta bom
b desem
mpenho quuando cum
mpre 4
requiisitos fundaamentais, a saber:
1. R
Requisito ded segurançça: as estrruturas deevem ser capazes
c dee resistir a certas
coombinaçõess bastante desfavorááveis de accções e resiistências (aacções extremas e
reesistências baixas). Quando s ujeitas a tais cenárrios excepccionais, dee baixa
prrobabilidadde de ocorrrência, po dem sofrerr danos grraves, mas sem colap psar, de
m
modo a redu uzir ao mín
nimo as pe rdas de vid
das human nas.
2. R d utilização: as eestruturas devem apresentarr comporttamento
Requisito de
ad
dequado à sua utiliza
ação sob ass acções no
ormais a qu
ue estão suujeitas.
Requisito daa durabilid
3. R dade: as esstruturas devem
d manter-se nuuma boa co ondição,
isto é, sem
m deteriora ação signifficativa, durante
d toddo o períoíodo de viida útil
in
ntencionadoo, sem quee para tal ssejam neceessários cusstos de maanutenção que
q não
teenham sidoo previstos..
4. R
Requisito dad robusteez: as estrruturas qu uando sujeeitas a accções de natureza
n
accidental (explosões, colisões),
c e rros huma
anos gravess ou deteriooração aceentuada,
poorventura não visíveel, não devvem sofrerr danos deesproporcioonais à cau usa que
lh
hes dá orrigem. Co ondições qque favoreçam rotu uras em cadeia (ccolapsos
prrogressivoss) devem seer evitadass.
i O cu umprimentto desses requisitos
r deve ser satisfeito com níveiis apropria
ados de
fiabillidade. O ECO
E definee assim fiab
bilidade:

O coonceito de fiabilidadee está sem


mpre associado a um ou mais rrequisitos e a um
interv
valo de tem
mpo. A fiaabilidade d
de uma estrutura rela ativamentee a um req quisito e
a um
m intervalo de tempo é a probab bilidade desse requisitto ser satissfeito durante esse
interv
valo de tem
mpo.
i A esccolha dos níveis de fiabilidade
f deverá terr em conta
a factores tais como (cl. 2.2
(3), p
p. 25):
– Causa e/ou u modo po ossíveis dee ser ating
gido um estado limiite. Por exemplo,
rooturas frágeis devem ter fiabilid
dades maio
ores que rotturas dúcteeis (porquee?).
– Possíveis coonsequênciaas de rotuura, no quee respeita ao risco dde vida, lessões em
peessoas, ou potenciaiss riscos ecoonómicos. Por exempplo, um eddifício desttinado a
haabitação deeve ter um
ma fiabilidaade maior que
q um ediifício agrícoola.
– G
Grau de aveersão públiica a colapssos.
– Custos e os procedimeentos necesssários para
a reduzir o risco de rootura.

3
i Valorres indicativos do tem
mpo de vid
da útil de projecto:
p

Notaa: De acorrdo com NA N (p. 85)), devem também incluir-se nna categorria 5 as
estru
uturas de ed
difícios soccial ou econ
nomicamen
nte muito importante
i es.
i Para além dos aspectos relacionado
r os com a durabilidad
d de, o temppo de vida a útil de
projeecto tem reepercussão nos valorees caracteríísticos das acções varriáveis. Vamos ver
mais à frente como é que se pod de corrigir o valor característicco de uma acção
variáável em funnção do perríodo de teempo consiiderado.

3 Prrincípio
o do dim
mension
namento
o aos es
stados llimites
i A verificação do
d desempeenho das esstruturas em e relação aos requissitos de seg gurança
e utilização é feita
f recorrrendo ao mmétodo doss estados limites. Anntes de se analisar
em qque consistee este métoodo, é convveniente prrecisar a co
onceito de estado lim
mite.

3.1 C
Conceito de
d estado
o limite
i O EC
C0 define assim
a estad
do limite:

Por ooutras palaavras: EL são


s estadoss a partir dos
d quais a estruturaa deixa de cumprir
c
um requisito específico (ou critéério de projecto),
p ficando dde alguma a forma
preju
udicada no desempenho das funnções para que foi con
nstruída.
i Conssoante a grravidade desses
d prej uízos (ou danos), oss EL classsificam-se em
e dois
grand
des grupos:
1. EL L últimos:: estados associados
a a danos graves,
g susceptíveis dde comprom
meter a
seegurança das
d pessoass e bens. E Estão asso
ociados normalmentee ao colapso ou a
ouutras formaas de ruína
a estruturaal.
2. EL L de utiliização: esttados asso ciados a danos
d de menor graavidade, que
q não
coomprometeem a segurrança de p pessoas e bens,
b mas apenas o ffuncionamento da
esstrutura, o seu aspectto ou o con
nforto das pessoas.

4
i A prrincipal differença enttre EL últtimos e dee utilização
o tem a vver essencialmente
com a gravidad de dos dano os associad
dos. Como os EL últiimos são m
mais gravess, exige-
se paara eles um
ma fiabilida
ade superioor, ou de forma equivalente, uuma probab bilidade
de occorrência menor.
m
No entanto é possível
p differenciar aainda a gra
avidade dos danos deentro de ca
ada EL.
Por exemplo, os EL últimos podeem ser preecedidos de d aviso (rrotura dúcctil, por
exem
mplo) ou ocorrer
o repentinameente, sem aviso (ro otura frágiil, por ex
xemplo).
Natuuralmente estes últim mos são m mais gravees. Os ELL de utiliização poddem ser
reverrsíveis ou irrreversíveis. Estes últtimos são mais
m gravees do que oos primeiro
os.
i O EC C0 identiffica os seg guintes EL
L últimos, para os quais
q devee ser verifficada a
segurrança (cl. 6.4.1
6 (1), p.
p 41):

Obseervação: Os
O EL asso ociados a fenómenoss de instabilidade (eencurvadura) e à
transsformação da
d estrutura num meecanismo enquadram
e -se na cateegoria STR
R.
i Comoo exemploss de EL dee utilizaçãoo, o EC0 reefere:

Obseervação: Noo caso dass estruturaas de betãoo armado, um exem


mplo de dan
nos que
podemm afectar o aspecto e a durabillidade é a fendilhação
f o.

5
3.2 O método dos estados limites
i O método dos EL consiste em comparar, para cada EL relevante, uma grandeza
actuante E (efeito de acção) com uma grandeza resistente R, expressa nas mesmas
unidades que E, procurando-se garantir que:

E ≤R
Se esta condição—dita condição de segurança—for cumprida, diz-se que está
satisfeita a segurança.
Observação: O projecto de uma estrutura passa assim pela identificação criteriosa
de todos os EL relevantes.
i As variáveis E e R não são em geral conhecidas com certeza de modo que a forma
mais natural de as descrever é por meio de distribuições de probabilidade. Por
outras palavras, E e R devem ser encaradas como variáveis aleatórias.
i Uma vez que E e R são variáveis aleatórias, a condição de segurança E ≤ R não
pode ser aplicada directamente. O EC0 prevê dois métodos de verificação dessa
condição.
3.2.1 Método dos coeficientes parciais de segurança

i O método dos coeficientes parciais de segurança consiste em escolher certos valores


das variáveis E e R, chamados valores característicos (representados por Ek e Rk )
e aplicar-lhes coeficientes parciais de segurança, γF e γM , respectivamente. A
condição de segurança assume então a forma simbólica:
Rk
γF E k ≤ .
γM
A definição de valor característico é apresentada mais à frente. O produto γF Ek é
chamado valor de dimensionamento da variável E e representa-se por Ed e o
quociente Rk / γM é chamado valor de dimensionamento da variável R e
representa-se por Rd .
i A condição de segurança é então expressa por:
Ed ≤ Rd . f (x)
fR (x)
Este é o método base do fE (x)
EC0 para a verificação
da segurança e
dimensionamento das
estruturas.

Ek E d Rd Rk E, R

3.2.2 Métodos probabilísticos

i Como alternativa ao método dos coeficientes parciais de segurança, o ECO


estabelece que (p. 30):

6
O mmétodo con nsiste em avaliar a probabiilidade do evento E > R , chamada
probaabilidade de ruina (ou prob babilidade de falha)) e comppará-la com m uma
probaabilidade previamen
p te aceite como máx xima admiissível. A probabilid dade do
eventto E > R representaa-se em ger al por p f (failure prrobability), isto é:
p f = P(E > R) .

A prrobabilidad de máximaa admissívvel, tambéém chama ada probabbilidade-ob


bjectivo,
nte por p fTT (target probability)
repreesenta-se habitualmen p .
i Em ttermos probabilísticos a condiçãão de segurrança exprressa-se enttão por:
pf ≤ pfT .
Notaa: a fiabilid
dade r é o complemen
c ntar da pro
obabilidadee de falha p f , isto é:
r = 1 − pf

i Em alternativaa à mediçção da fiabbilidade através


a proobabilidadee de falha
a pf , é
comu
um usar-se um índicee, chamadoo índice de fiabilidadee, definido por:
β : p f = Φ(−β ) ⇔ β = −Φ−1(p f ) ,

onde Φ represeenta a cum


mulante da distribuiçã
ão normal reduzida.
de β , a condição
i Recorrendo ao índice dee fiabilidad c de
d segurannça é expressa do
seguiinte modo:
β ≥ βT ,
onde βT repreesenta a fiabilidade
f mínima, ou fiabilidade-alvo, especifica
ada nos
anexoos B e C do EC0. Por P exemp plo, para siituações EL últimos correntes,, o EC0
especcifica paraa um perío odo de 500 anos βT = 3.8 (Q Quadro B. 2, p. 56),, a que
correesponde p f = 7.2 × 10 −
0 . 5

i Os aanexos B e C do EC0
E descrrevem as bases parra a aplic ação de métodos
m
probaabilísticos.

4 Va
ariáveis
s básica
as
i Nos problemass de segu urança esttrutural aparecem
a essencialm
mente 3 tiipos de
variááveis básicaas, a saber::
– accções;
– prropriedades dos mateeriais;
– grrandezas geeométricass.

7
4.1 A
Acções
4.1.1 C
Classificaçã
ão das acçõe
es

i As accções podeem classificcar-se segun ndo vários critérios. Segundo a sua variab
bilidade
no teempo, as accções classiificam-se eem 3 granddes categoriias (pp. 188 e 30):

Obseervações:
1. Esta classificação é im
mportante d
do ponto de vista dass combinaçções de acçções.
2. N
No nosso paaís, a acção
o da neve,, do vento e dos sism
mos, são coonsideradass acções
vaariáveis.

Figurra: Represen
ntação esquemática doss diferentes tipos de accções (Castaanheta, 1992
2).

i Exem
mplos de caada um doss tipos acim
ma de acçõ
ões:
Acçõões permannentes Acções vaariáveis Acçõees de acideente
– peesos própriios da estru
utura; – sobreccargas de – coolisões;
– peeso próprioo de elemenntos não utiliza
ação; – inccêndio;
esstruturais; – vento;; – exxplosão.
– reetracção e fluência;
f – neve;
– prré-esforço; – variaçções de
– immpulsos de terras; tempeeratura;
– asssentamenttos de apoiio. – sismo..

8
i As accções podem ainda seer classificaadas de aco
ordo com:
– a sua origem
m: acções directas
d ou indirectas;
– a sua variaçção no espa
aço: fixas oou livres;
– a resposta estrutural: como estátticas ou din
nâmicas.
Acçõões dinâmicas são accções que,, devido à sua variiabilidade no tempo o ou no
espaçço, introdu
uzem acelerações nãoo desprezáv
veis na esttrutura e cconsequenttemente
um aagravamentto dos esfo
orços, além
m da possib
bilidade de ocorrênciaa de fenóm
menos de
ressonância.
4.1.2 V
Valores reprresentativos
s das acçõe
es

i Comoo vimos an nteriormente, o modoo mais natural de desscrever as acções é por p meio
de diistribuições de proba abilidade, dado se tratarem
t de
d quantiddades incerrtas. No
entan nto, para efeitos
e de aplicação
a d
do método dos coeficiientes parcciais de seg
gurança,
é útill expressarr as acçõess, não por uma distriibuição de valores (ccom as resp pectivas
probaabilidades)) mas por umu único vvalor. Essee valor chama-se valoor represen ntativo (
Frep )).
i O vaalor repressentativo principal
p é o chama ado valor característtico. No caso das
acçõees permaneentes G, see a sua varriabilidade poder ser consideradda pequena, como
ura, G é reepresentado pelo valoor médio, Gm (cl.
é o ccaso do pesso próprio da estrutu
4.1.2 (5)). No entanto,
e co
omo refere a cl. 4.1.2 (4):

Temoos assim 3 possibilida


ades de rep
presentar as
a acções permanentees:
fG (x) Nota:
N
Admitindo
A para G distrribuição
Gaussiana,
G tem-se:
Gk ,inf = μG − 1.64 σG ;
0.05
5 0.0
05
Gk ,sup = μG + 1.64 σG ;
e que μG e σG reprresentam a média
em
Gk,inf Gm Gk,sup x
(= μG )
e desvio padra de G, respectivamente.

i No ccaso das acções


a variiáveis Q, o valor ca aracterísticco é o vallor que teem uma
probaabilidade relativameente pequeena, p, de d ser exccedido num m certo período,
p
chammado períod do de referência. Naas situaçõees mais com muns, o vaalor caractterístico
Qk é o valor com uma a probabil idade de excedência a de 0.05 num perííodo de
referêência de 50 anos (a que correspon nde a um m período de reto orno de
aproxximadamen nte 1000 anos). Nesste caso o valor ca aracterísticoo correspo
onde ao
quanntilho de 0.95 da distrribuição doos máximos de Q em 50 anos:

9
fQmax(x)
Distribuição dos máximos num período T
Ex.: T = 50 anos

Probabilidade de excedência
Ex.: p = 0.05

Qk x

Figura: Definição de valor característico de uma acção variável.

No entanto o período de referência nem sempre é de 50 anos e a probabilidade de


excedência nem sempre é de 0.05. Por exemplo para acções ambientais (variações
de temperatura, vento e neve) os valores característicos referem-se a uma
probabilidade de excedência de 0.05 em um ano (a que corresponde um período de
retorno de 50 anos). O valor característico da acção sísmica refere-se a uma
probabilidade de excedência de 0.10 em 50 anos (a que corresponde um período de
retorno de 475 anos).
Nota: O valor característico de uma acção variável depende do período de
referência considerado (e da probabilidade de excedência considerada). No caso de
uma variável com distribuição Gumbel, se for conhecido o valor característico Qk 1
referente a um período de referência T1 , o valor característico da mesma variável
referente a um período T2 , para a mesma probabilidade de excedência, é dado por:
Qk 2 = Qk 1 + (1 / α)ln(T2 / T1 ) ,
em que α é o parâmero de escala da distribuição em causa, que se relaciona com o
desvio padrão através de:
π
α= ,

e que é independente do período considerado. Este resultado é independente da


probabilidade de excedência considerada.
i No caso de não ser conhecida a distribuição de probabilidade, as acções serão
representadas, não pelo valor característico, mas pelo chamado valor nominal.
i Para efeitos de combinação de acções, as acções variáveis são ainda representadas
pelos chamados valores reduzidos, ou valores acompanhantes (cl. 4.1.3 (1), p. 32):

10
Desiggnação Símbolo Definiçãoo
Valorr de ψ0Fk Ver Anexxo C, cl. C..10, p. 67
comb
binação
Valorr ψ1Fk Para os eddifícios, o va
alor frequen
nte é escolhiido de tal fo
orma
que só é exxcedido durrante 0,01 do
d período dde referência a;(1)
frequ
uente
Valorr quase- ψ2Fk Para edifíccios, o valorr quase-perm
manente é nnormalmentte
escolhido dde forma a que seja exccedido duraante 0.50 do o
perm
manente período dee referência. Em alterna ativa, o valoor quase-
permanentte pode ser determinad do como o vvalor médio durante
um determminado interrvalo de tem mpo(2).
(1)
paara as acçõees de tráfego rodoviáário em pon
ntes, o valor frequentte é avalia
ado para
um pperíodo de retorno dee uma semaana.
(2)
Noo caso da acção do vento
v ou d
das acções de tráfego
o rodoviárrio, o valorr quase-
perm
manente é geralmente
g considerad
do igual a zero.
i Grafiicamente:

i Do p
ponto de vista da apliicação do m método dos coeficienttes parciaiss de segura
ança, as
acçõees são aind
da represen
ntadas peloo chamado valor de cáálculo, defi
finido por:
Fd = γ f ψ Fk ,
onde γ f é o coeficiente parcial de ssegurança, ψ um eveentual coefi
ficiente de redução
( ψ0 , ψ1 ou ψ2 ),, e Fk o va
alor caracteerístico da acção.

4.2 Propriedad
des dos materiais
m s
i Tal como as acções, ass propried dades dos materiais também são quan ntidades
incertas, pelo que
q a forma mais nattural de ass descrever é por meiio de distriibuições
de p probabilidaade, modellando taiss propriedades como o variáveiis aleatórias. Por
exemmplo, se en nsaiarmos à compreessão 7 cu ubos de betão,
b obteeremos 7 valores
difereentes da reesistência, pelo que nnunca estaaremos segu
uros do veerdadeiro valor
v da
resisttência. A resistência deve por issso ser encarada com
mo variável aleatória.

11
i Para efeitos de aplicaçã ão do mét odo dos coeficientes
c s parciais de segura ança, as
proprriedades doos materia ais (incluinddo solos e rochas) deeverão ser representaadas por
valorres caracterrísticos (cl. 4.2 (1), p
p. 33). O EC0
E estabelece a seguuinte regra
a (cl. 4.2
(3), p
p. 33):

Com respeito a parâmetro


os de deforrmabilidad
de, a cl. 4.2 (8) estabeelece que:

i Em resumo, os o valores caracteríssticos das proprieda ades dos m materiais poderão


p
correesponder a um quanttilho de 0.005 (valor característi
c co inferiorr), a um qu
uantilho
de 0.95 (valor característi
c ico superioor) ou a um
m valor médio:
f X (x
x) Nota
a:
mitindo parra X distriibuição
Adm
Gausssiana, tem
m-se:
Xk ,inf = μX − 1.64 σX ;
0
0.05 0.05
Xk ,sup = μX + 1.64 σX .

Xk,inf Xm Xk,suup x
( μx )
(=

i Do pponto de vista
v da ap
plicação doo método dos
d coeficieentes parciiais de seg
gurança,
defin
ne-se ainda o chamadoo valor de cálculo, da
ado por:
Xk
Xd = ,
γm
que γm rep
em q presenta o coeficiente
c a da propriiedade X.
parcial dee segurança

4.3 G
Grandezas
s geométtricas
i A vaariabilidadee das gran
ndezas geom
métricas é em geral muito maais pequenaa que a
variaabilidade das
d acções e das proopriedadess dos mateeriais, peloo que é em
m geral
desprrezada.
i Por eesse motivoo, o valor de cálculoo ad das grrandezas a adoptar nnas verifica ações de
segurrança podeerão ser co onsideradass iguais ao
os que consstam nas ppeças deseenhadas,
anom , isto é (cl.. 6.3.4 (1), p. 39):
ad = anom

12
5 Análise estrutural e projecto com apoio experimental

5.1 Análise estrutural


i O objectivo da análise estrutural é a determinação da resposta da estrutura às
acções. Para tal recorre-se a um modelo—chamado modelo estrutural—que
transforma as acções nos seus efeitos (a resposta a estrutural). Simbolicamente:
E = E (VariáveisBásicas )

i Podem apontar-se os seguintes tipos de análise estrutural:


– Análise elástica linear, onde se admite proporcionalidade entre tensões e
deformações (materiais obedecendo á lei de Hooke).
– Análise elástica linear seguida de redistribuição de esforços, muito utilizada em
estruturas de betão armado, em que a alteração de rigidez devido à fissuração
provoca uma redistribuição dos esforços elásticos.
– Análise plástica, com redistribuição total de esforços, utilizando modelos rigido-
plásticos. É o tipo de análise utilizada quando se pretende determinar cargas de
colapso recorrendo ao teorema da teoria da plasticidade.
– Análise de 2.ª ordem, em que as equações de equilíbrio são estabelecidas na
posição deformada. Trata-se de uma análise relevante em elementos
comprimidos, onde a deformação da viga pode afectar significativamente os
momentos flectores actuantes.
– Análise não linear contemplando a teoria de 2.ª ordem (não linearidade
geométrica) e o comportamento não linear dos materiais (não linearidade física).
i Consoante o tipo de acção (estática ou dinâmica), a análise estrutural poderá ser:
– Análise estática.
– Análise dinâmica.
Algumas das acções dinâmicas poderão ser modeladas como estáticas, recorrendo
aos chamados coeficientes de amplificação dinâmica (é o caso por exemplo das
sobrecargas e do vento). Outro tipo de acções exigem normalmente uma análise
dinâmica (acção sísmica, por exemplo).

5.2 Análise com apoio experimental


i No caso de alguns elementos estruturais a justificação do dimensionamento poderá
ser efectuada com base num programa experimental. Tais ensaios poderão ser
realizados, por exemplo, nas seguintes circunstâncias (cl. 5.2 (1), p. 36):
– se não estiverem disponíveis modelos de cálculo adequados;
– se for utilizado um grande número de componentes semelhantes;
– para confirmar, por verificações de controlo, as hipóteses de cálculo.
i O Anexo D (informativo) fornece indicações para a realização desse programa
experimental.

13
6 Verificação da segurança pelo método dos coeficientes
parciais de segurança

6.1 Verificação da segurança aos EL últimos


6.1.1 Critérios de segurança

i Viu-se anteriormente que o método dos coeficientes parciais de segurança, em


associação com o método dos EL, consiste em verificar, para todos os EL
relevantes, que:
Ed ≤ Rd ,
onde Ed representa o valor de cálculo do efeito das acções e Rd o valor de cálculo
da resistência correspondente.
Esta condição aplica-se a EL do tipo STR e GEO.
i No caso da verificação da segurança aos EL de perda de equilíbrio (EQU), a
condição de segurança é:
Ed ,dst ≤ Ed ,stb

em que:
Ed ,dst valor de cálculo do efeito das acções instabilizantes;
Ed ,stb valor de cálculo do efeito das acções estabilizantes.
Observação: Para verificar a segurança ao EL do tipo EQU (deslizamento ou
derrubamento) começa-se por isolar o corpo em estudo, representado nele todas as
forças que nele actuam (diagrama de corpo livre). Essas forças serão então
classificadas como estabilizantes ou como instabilizantes, independentemente se
correspondem a acções ou reacções.
i No caso dos EL de fadiga (FAT) o ECO remete para os outros eurocódigos.
6.1.2 Combinações para estados limites últimos

i Enuncia-se de seguida 3 regras fundamentais relativas a combinações de acções:


1. As acções permanentes figuram sempre em todas as combinações, mas não
devem ser majoradas quando os seus efeitos forem favoráveis.
2. As acções variáveis só devem figurar se a sua presença for desfavorável para o
EL em consideração.
3. Só devem figurar na mesma combinação as acções cuja ocorrência simultânea
seja verossímil. Acções que, por razões físicas ou funcionais, não poderão ocorrer
simultaneamente, não devem combinar-se (cl. A1.3.1 (1), p. 46). Por exemplo,
não faz sentido considerar a acção da neve em conjunto com variação uniforme
de temperatura positiva (condição de Verão).
Nota: O EC0 refere ainda que, dependendo das suas utilizações e da forma e da
localização de um edifício, as combinações de acções poderão basear-se em não mais
que duas acções variáveis (cl. A1.3.1 (1), p. 46).

14
i Conv vém referirr que são as acções que se co ombinam — não oss seus efeitos. No
entan nto, se a esstrutura tiv
ver compoortamento linear,
l o effeito de um
ma soma dee acções
é iguual à somaa dos efeitos das acçções indiviiduais. Estta regra, qque permite assim
comb binar os effeitos das acções, é conhecida a como priincípio da sobreposição dos
efeitoos e é válid
da apenas non caso daas estrutura
as com commportamennto elástico
o linear.
Em ssímbolos:
E (G + Q ) = E (G ) + E (Q)
i Um cconceito in ntimamentee relacionaado com a combinaçã
ão de acçõees é o conceito de
situaação de proojecto (SP). O EC0 ddefine assim
m SP:

SP ccorrespondem a cenários de eexposição da estrutu


ura às acçções, possííveis de
ocorrrer durantee a vida da
a estruturaa.
i São 4 as SP preevistas no EC0:
1. SP
P persisten
ntes: corresspondem a condiçõess normais de
d uso.
2. SPP transitóórias: correespondem a situaçõees temporá árias, comoo por exem
mplo as
situações duurante a fasse construttiva ou de reparação da estrutuura.
3. SPP acidentaais: corresspondem a situaçõess excepcio
onais comoo por exeemplo a
occorrência de
d um incêêndio, de uuma colisã ão de uma viatura ouu a ocorrêência da
rootura de um
m dos elem
mentos da eestrutura.
4. SP
P Sísmica: corresponde a um ceenário de ocorrência
o de sismo.
i Combbinação fun ndamentall de acçõess — Eq. (6..10)
SP persistentess ou transittórias
⎛m n ⎞⎟
⎜⎜
Ed = E ⎜∑ γG j G jk + γP P + γQ1Q1k + ∑ γQi ψ0iQik ⎟⎟ ,
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =2 ⎠
onde Q1 é a ch hamada accção variávvel base (A ão e as acçções Qi ,
AVB) da combinaçã
c
i = 22,...,n , são chamadass acções acoompanhantes.
d combinaação ψ0Qk pretendem
Obseervação: Oss valores de p ter em coonta que, se
s numa
deterrminada coombinação o, uma dass acções figura
f com
m o seu vaalor caractterístico
(acçãão variávell base), ou
u seja, com
m um valo or com redduzida proobabilidadee de ser
exceddido no in ntervalo de tempo d de referência, os va
alores a coonsiderar para
p as
restaantes variááveis (acçõ
ões acomp panhantes) deverão correspondder a uma a maior
probaabilidade de serem excedidoss, para qu ue a probabilidade correspond dente à
actuaação simulttânea não seja demassiado pequuena.
i Combbinação accidental — Eq. (6.11)) (Quadro NA–A1.3, p. 87)
SP accidentais
⎛m n ⎞⎟
⎜⎜
Ed = E ⎜∑ G jkk + P + Ad + ψ11Q1k + ∑ ψ2iQik ⎟⎟ ,
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =2 ⎠

15
onde Ad representa o valo
or de cálcu
ulo da acçã
ão de acidente.
i Comb binação síssmica — Eq.
E (6.12)
SP síísmicas
⎛m n ⎞⎟

Ed = E ⎜⎜∑ G jk + P + AEdd + ∑ ψ2iQik ⎟⎟ ,
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =1 ⎠
onde AEd repreesenta o va
alor de cálcculo da acçção sísmica
a.
6.1.3 C sψ
Coeficientes

i Os cooeficientes ψ para edifícios


e constam no Anexo A11. Reproduuz-se de seeguida o
Quaddro A1.1 (p ntes ψ parra edifícioss.
p. 47) que especifica os coeficien

6.1.4 C
Coeficientes
s parciais de
e segurança
a

gurança γ , reproduzz-se de seg


i Relattivamente aos coeficiientes parcciais de seg guida os
Quaddros relevaantes do EC
C0.
O eqquilíbrio esstático dev
verá ser vverificado utilizando os valorees de cálculo das
acçõees indicadoos no Quad
dro NA–A11.2(A), quee se reproduz de seguuida (p. 85)):

1
Todo o Anexo A1 do
d EC0 aplica-se a edifíciios. Há um Anexo
A A2 parra pontes, eqquivalente ao
o Anexo
A1.

16
i O prrojecto doss elementoos estruturrais (STR)) que não envolva aacções geottécnicas
deverrá ser verrificado uttilizando oos valores de cálculo das acçções indica
ados no
Quaddro NA–A11.2(B), quee se reprod duz de seguuida:

i Relattivamente ao projecto dos elem mentos estru


uturais quee envolva aacções geottécnicas
(sapaatas, estaccas, muross de cavess, etc.), o EC0 preevê 3 aborrdagens diistintas,
deixaando ao criitério de ca
ada país a escolha da
a abordageem a adopttar (cl. A1.3.1 (5),
p. 477).
De accordo com o NA do Eurocódigo
E o 7, Portug
gal adopta a abordaggem 1.
i A ab
bordagem 1 consiste nan aplicaçãão, em cálcculos separrados, dos valores de cálculo
do Q
Quadro NA A–A1.2(C) e do Quaadro NA–A A1.2(B) às acções ggeotécnicass, assim
comoo às outras acções sob
bre a estru
utura ou deela provenientes.

17
Obseervação: Noos casos co
orrentes, o dimension namento das
d fundaçõões é deterrminado
pelo Quadro A11.2(C) e a resistênciaa estrutura
al é determinada peloo Quadro A1.2(B).
A
i Reproduz-se en
ntão o Quadro NA–A
A1.2(C):

i Em rresumo, os coeficientees parciais de seguran


nça relativos a acçõess são os seg
guintes:

Estad
do limite γG γQ
EQU
U 1.1 / 0.90 1.50 / 0.0
STR, sem envoolvimento
1.35 / 1.0
00 1.50 / 0.0
de accções geotéécnicas
GEOO e STR coom envolvim mento Coonjunto B 1.35 / 1.0
00 1.5 / 00.0
(1)
de accções geotéécnicas Coonjunto C 1.00 1.30 / 0.0
(1)
Sap
patas, estaccas, muros de suportee, etc.

 Exem
mplo: Deteerminação do momen nto máxim mo positivo
o na viga,, sujeita 3 acções
manentes, g , G1 e G2 , e uma accção variáv
perm vel q.

q 1.5q k
g 1.35gk

G1 G2 1.35G1k 1.00G
G 2k


6.2 V
Verificação da segu
urança em
m aos EL
L de utilização
6.2.1 C
Critério de segurança
s

i A veerificação da
d segurança aos EL L de utiliza
ação consisste em com
mparar o valor
v de
cálcu
ulo de um ma grandeza actuaante, Ed (calculado o para uuma deterrminada
combbinação de acções), co om o valorr máximo aceite
a a a grandezza em quesstão, C d
para
, considerando-se satisfeitta a seguraança se:
Ed ≤ Cd .

18
6.2.2 C
Combinaçõe
es de acçõe
es

i O EC
C0 prevê 3 combinaçõ
ões de acçõões no âmb
bito dos EL
L de utilizaação, a sab
ber:
Comb
binação caaracterística (Eq. 6.144b):
⎛m n ⎞⎟

Ed = E ⎜⎜∑ G jk + P + Q1kk + ∑ ψ0iQik ⎟⎟
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =2 ⎠
Comb
binação freequente (E
Eq. 6.15b):
⎛m n ⎞⎟

Ed = E ⎜⎜∑ G jk + P + ψ111Q1k + ∑ ψ2iQik ⎟⎟
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =2 ⎠
Comb
binação qu
uase perma
anente (Eqq. 6.16b):
⎛m n ⎞⎟

Ed = E ⎜⎜∑ G jkk + P + ∑ ψ2iQik ⎟⎟
⎜⎝ j =1 ⎟⎟
i =1 ⎠
i A esp
pecificaçãoo dos EL dee utilizaçãoo é feita no
os eurocódiigos 2 a 9.
i Relattivamente ao EL de deformaçãão em vigaas e lajes, reproduz-se
r e a cl. A1..4.3 (2),
p. 522, que esq
quematiza bem as d diferentes parcelas dod deslocaamento vertical a
consiiderar:

Obseervando a Figura,
F pod
demos escrrever:
wmax = w1 − wc + w3 + w4 ;
A coontraflechaa wc a dar d num d dado projecto, em função daa flecha máxima
m
mitida, w maxx , é então dada por:
perm

19
wc = w1 + w 3 + w4 − wmax

6.3 Comparação das combinações de acções do RSA e do EC0

20
EL últimos

Combinação RSA EC0 Observação


m n m n
Fundamental Idêntica (1)
∑ γGjG jk + γQ1Q1k + ∑ γQi ψ0iQik ∑ γGjG jk + γP P + γQ1Q1k + ∑ γQi ψ0iQik
j =1 i =2 j =1 i =2
m n m n
Acidental Diferente (2)
∑G jk + Ad + ∑ ψ2iQik ∑G jk + P + Ad + ψ11Q1k + ∑ ψ2iQik
j =1 i =1 j =1 i =2
m n m n
Sísmica Idêntica (3)
∑G jk + γq AEk + ∑ ψ2iQik ∑G jk + P + AEd + ∑ ψ2iQik
j =1 i =1 j =1 i =1

(1) Uma vez que o pré-esforço é considerado acção permanente, estas duas combinações são idênticas.
(2) A diferença é que no EC0 existe uma AVB afectada de ψ1 .
(3) As combinações são muito idênticas. Contudo, segundo o EC8, o valor de cálculo da acção sísmica coincide
com o valor característico, o que equivale a considerar para a acção sísmica γQ = 1.00 .
EL utilização

Combinação RSA EC0 Observação


m n m n
Característica Diferente (1)
(Rara no RSA)
∑G jk + Q1k + ∑ ψ1iQik ∑G jk + P + Q1k + ∑ ψ0iQik
j =1 i =2 j =1 i =2
m n m n
Frequente Idêntica
∑G jk + ψ11Q1k + ∑ ψ2iQik ∑G jk + P + ψ11Q1k + ∑ ψ2iQik
j =1 i =2 j =1 i =2
m n m n
Quase-permanente Idêntica
∑G jk + ∑ ψ2iQik ∑G jk + P + ∑ ψ2iQik
j =1 i =1 j =1 i =1

(1) A diferença é que no RSA as acções acompanhantes são afectadas de ψ1 e no EC0 são afectadas de ψ0

21
Nota final
coeficientes parciais de segurança associados às incertezas nos
modelos estrutural e de resistência
i Conforme visto anteriormente, a verificação da segurança envolve a comparação de
uma grandeza actuante E (efeito de acção) com uma grandeza resistente R,
correspondente ao efeito E. Para obter o efeito E das acções necessita-se de um
modelo—chamado modelo estrutural—que transforma as acções F nos seus efeitos.
Simbolicamente:
E = E (F , a ) ,
onde a representa grandezas geométricas. O valor de cálculo de E obtém-se
fazendo intervir os valores de cálculo das grandezas F e a, vindo:
Ed = E (Fd , ad ) ,
com Fd = γ f ψ Fk e ad = anom , como visto anteriormente.
Acontece que este modelo não é perfeito, originando incerteza. Para ter em conta
esta incerteza introduz-se o coeficiente de segurança γSd , vindo:

(
Ed = γSd E γ f ψ Fk ; ad , )
a qual, segundo o EC0, pode ser simplificada da seguinte forma:

(
Ed = E γSd γ f ψ Fk ; ad )
i O produto γSd γ f é representado por γF , isto é:
γF = γSd γ f

Os valores especificados no EC0 relativamente a acções dizem respeito ao γF , pelo


que já incluem as incertezas associadas aos modelos estruturais. Para acções
permanentes o EC0 usa a notação γG e para acções variáveis γQ . A nota 4 do
Quadro NA–A1.2(B), p. 86 refere que:
Para determinadas verificações, os valores de γG e de γQ poderão ser
subdivididos em γg e γq e no coeficiente de incerteza do modelo γSd . Na
maioria dos casos correntes, pode utilizar-se um valor de γSd variando
entre 1.05 e 1.15.
i Relativamente à resistência R, para obtê-la, necessita-se também, em geral, de um
modelo—chamado modelo de resistência—que transforma propriedades dos
materiais X (e grandezas geométricas a) na resistência pretendida, expressa nas
mesmas unidades que o efeito E. Simbolicamente:
R = R(X , a ) .
1 ⎛X ⎞
Rd = E ⎜⎜⎜ k ; ad ⎟⎟⎟
γRd ⎝ γm ⎠⎟
onde a representa grandezas geométricas. Fazendo intervir os valores de cálculo
das grandezas X e a, tem-se:

22
Rd = R(Xd , ad ) ,
com Xd = X k / γm e ad = anom , como visto anteriormente.
Acontece que este modelo não é perfeito, originando incerteza. Para ter em conta
esta incerteza introduz-se o coeficiente de segurança do modelo, γRd , vindo:
1 ⎛X ⎞
Rd = E ⎜⎜⎜ k ; ad ⎟⎟⎟ ,
γRd ⎝ γm ⎟⎠

que segundo o EC0 pode ser simplificada da seguinte forma:


⎛ ⎟⎞
⎜ Xk
Rd = E ⎜⎜ ; ad ⎟⎟⎟
⎜⎜⎝ γRd γm ⎟⎠

i O produto γRd γm é representado por γM , isto é:


γM = γRd γm

Os coeficientes parciais de segurança relativos aos materiais indicados nos diversos


eurocódigos são em geral os coeficientes γM , isto é, incluem ambas as incertezas
nos materiais propriamente ditos e nos modelos que permitem obter as resistências.

23

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