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Julyana Biavatti
Apostila de Modelagem Tridimensional
Tecnologia em Design de Moda
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HISTÓRIA DA MODELAGEM E SUA EVOLUÇÃO

A modelagem consiste em um conjunto de técnicas responsáveis pelo desenvolvimento do


vestuário, processo no qual se transformam as idéias e produtos têxteis em produtos de moda,
sendo que o objetivo da modelagem é produzir moldes que serão cortados e que após montados,
reproduzirão o desenho do modelo. Nesta etapa, transforma-se o tecido plano em peças que irão
vestir um corpo e, sendo este corpo tridimensional, as formas planas deven ser traduzidas para
um gráfico que será transpassado para o tecido, que resultará em uma peça de roupa.
Alguns historiadores citam que o surgimento das roupas deu-se pela necessidade de
proteção, outros que o fator fundamental foi a necessidade de diferenciação ou afirmação entre
seus pares. O frio foi um dos fatores determinantes para se cobrir o corpo, mas os detalhes que
compuseram estes trajes podem ter tido implicações sociais e psicológicas. As peles, inicialmente
eram simplesmente jogadas sobre o corpo, sem preocupações evidentes quanto ao conforto.
Frente às evidências históricas, é possível considerar que as primeiras manifestações de
modelagem do vestuário surgiram no período paleolítico, com o descobrimento da técnica de
curtimento de pele com um fim específico: o vestuário. Do curtimento destas peles surgiam
vestimentas que eram as mesmas peles, presas ao corpo com as garras dos animais, ou então
atando-se uma às outras com os nervos e tendões.
Datadas do mesmo período, arqueólogos encontraram as primeiras agulhas de osso, uma
grande evolução para as rudes vestimentas, “houve então um dos maiores avanços tecnológicos
da história do homem” (LAVER, 2002: 11). Estas descobertas permitiram que as peles fossem
cortadas e moldadas ao corpo, tornando possível costurá-las, como afirma ainda o mesmo autor.
No período Neolítico, descobriu-se a fiação e o tear, ficando estabelecida a manufatura de
tecidos obtidos através de fibras vegetais, como a lã, algodão e o linho. Houve um grande avanço
nesta técnica e um grande aprimoramento e foi o pontapé inicial ao que conhecemos como
vestimenta, abrindo-se o caminho pára o desenvolvimento das roupas como conhecemos hoje.
Os tecidos obtidos, em forma de retângulo, passaram a ser modelados em volta da
cintura, e outro retângulo era moldado sobre os ombros. Percebe-se aí o surgimento da técnica
primitiva da modelagem tridimensional, obtendo drapeados de tecidos por sobre o corpo.
Os persas foram um dos primeiros povos a cortar e ajustar medidas das roupas, em vez de
simplesmente vestir pedaços de tecidos. Historiadores acreditam que eles vestiam roupas com
boas medidas e que isto proporcionava conforto, bem como facilitava a caça. Os homens vestiam
calças que se ajustavam firmemente às pernas e túnicas e casacos e as mulheres vestiam-se de
maneira similar aos homens.
Os egípcios do antigo império por sua vez, usavam uma tanga feita de tecido, enrolada
várias vezes ao redor do corpo. Esta vestimenta foi característica das antigas civilizações clássicas,
e podemos citar como exemplo a indumentária grega, com drapeados elaborados e marcantes.
A tesoura surgiu por volta de 600 A.C, dando início ás técnicas de corte no Oriente, onde as
modelagens são executadas em forma de túnica. Neste período nas civilizações mais evoluídas,
inicia-se o conceito de estética da roupa através da modelagem.
No período Medieval, percebe-se como característica de modelagem as túnicas amplas,
que passaram a ser costuradas, e usando por sobre as mesmas, capas presas nos ombros.
Observa-se que neste período, a preocupação com a estética era somente a de se cobrir o corpo.
Tecidos ornamentados com bordados e pedrarias tinham a função de diferenciador social, porém
o corte era muito semelhante para as distintas classes sociais.
No período das Cruzadas, a reabertura do comércio com o oriente fez com que seus
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participantes, os cruzados, trouxessem os tecidos e as roupas desta região, onde a técnica de corte
foi bastante aprimorada. Começaram a aparecer as peculiaridades entre as diversas cortes
européias, porém, como as cruzadas colocaram em contato todos os povos da Europa, trouxeram
novamente a uniformidade dos trajes, mas esta uniformidade dos trajes foi enriquecida nos
tecidos e ornamentos.
Entretanto, as cruzadas ganharam pouco a pouco o caráter comercial, distanciando-se do
cunho religioso inicial, e citando ainda o mesmo autor, surgiu uma nova classe social, capaz de
copiar os trajes da corte. Para evitar a cópia, os nobres passaram a se diferenciar, criando assim
um ciclo de criação e cópia, surgindo o conceito de moda como diferenciador social.
Já no início do Renascimento, em meados do século XV, verifica-se uma grande
transformação cultural em todas as áreas. As influencias vindas de outros países começaram a
alterar o comportamento e a vestimenta das pessoas elegantes. Dessa forma, muitos avanços
atingiram a modelagem de peças do vestuário, e estes representam a base de todos os processos
utilizados na atualidade.
Neste período ocorreu um grande aumento das fábricas de tecido, e igualmente avançados
foram os estudos em com relação à arte da alfaiataria. Por volta de 1770, Dartigalongue estaria
pronto para fabricar vestuário em todos os tamanhos e modelos, porém a sua produção era
manual e arcaica e ao longo do século XIX, a confecção em série não evoluiu de forma significativa.
Com a revolução dos conceitos obtidos nesta época, onde o vestuário passa a
surgir como moda, à arte da alfaiataria exige cada vez mais técnicas apuradas de modelagem,
causando assim a profissionalização desta atividade, através dos mestres alfaiates. Instrumentos
simples como réguas, tesouras e compassos auxiliavam nesta profissão, onde o conhecimento de
geometria e da antropometria eram estritamente necessários. Desta necessidade surgiram os
primeiros estudos das proporções do corpo humano com a finalidade de produzir moldes para
peças do vestuário, surgindo muitos estudos e as primeiras publicações, como o “Livro de
Geometria Y Traça”, do estudioso Juan de Acelga, onde uma extraordinária variedade das formas
do vestuário contidas nesta obra impõem um desenvolvimento técnico incomparável nos séculos
seguintes.
Sob o impulso destes avanços, surge na França a primeira Escola de Moda, exclusivamente
para alfaiates e sapateiros, no ano de 1780. Outra publicação relevante é o livro “Arte da
Alfaiataria”, do francês H. Guilhermo Campaign. Sua publicação consistia em demonstrar como as
partes do corpo crescem proporcionalmente, e seu trabalho consistiu na elaboração de um quadro
comparativo das idades e seu crescimento, e revolucionou as técnicas de modelagem conhecidas
até então.
Duas invenções contribuíram para o avanço da modelagem, a fita métrica e o busto
manequim, as duas criadas por Aléxis Lavigne. Estes instrumentos são indispensáveis para as
técnicas de modelagem plana manual e tridimensional.
A revolução industrial na Inglaterra impulsionou a produção de tecidos em larga escala,
com a implantação da primeira indústria têxtil. O desenvolvimento das cidades e ao aumento do
número de habitantes, estes procurando colocação nas novas fábricas, estimulou a criação de
meios técnicos para a produção em massa de roupas baratas, o que os alfaiates não conseguiam
oferecer.
Este foi um período de grande prestígio para a burguesia e toda esta prosperidade
influenciou a moda da época. O aspecto visual das roupas dessa nova classe era muito semelhante
ao da nobreza e da aristocracia, com tecidos sofisticados como a seda e o cetim, entre outros.
Com tantas inovações, a moda encontra uma maneira de se modificar no ano de

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1850, ocasião do surgimento do conceito de Alta-Costura, por intermédio do inglês radicado em


Paris, Charles Frederich Wort. Antes dele, o “estilista”, em sua comparação, era uma pessoa
humilde que visitava as mulheres em sua casa. Agora fazia as mulheres irem até ele. Suas criações
foram as primeiras a levar o nome do criador, e adotando o sistema da “moulage”, deu á moda
uma grande importância, transformando-a em forma de expressão visual que marcou sua época. A
moulage apresentou-se como uma técnica que favoreceu a inovação na moda, observada nos
trabalhos de Madeleine Vionnet e Madame Grés, mestres na geração de novas formas de
vestuário, no domínio de moldes e criação de novos volumes e formas de se construir roupas.
Com um estilo inovador, Madeleine Vionnet costumava criar seus modelos
diretamente em um manequim em miniatura. Suas principais características eram os trabalhos
com tecidos drapeados e enviesados, o que normalmente ocupava o dobro da quantidade de
tecido. Tendo como tecidos prediletos o crepe, a gabardine e o cetim, chegou a ponto ser
considerada a estilista que mais contribuições técnicas deu à alta costura. O corte em viés foi
introduzido pela estilista em uma modelagem rigorosa e cortado enviesado, muito eram
evidenciadas as formas femininas com bastante sensualidade. Ela deixou de considerar o
espartilho e utilizou costuras diagonais, obtendo assim, formas simples com inspiração helênica.
As peças podiam possuir aberturas inovadoras e surpreendentes, ou simplesmente sem qualquer
fenda, sendo vestidas pela cabeça com muito cuidado. Uma característica marcante da estilista
eram as torções e amarrações utilizadas no lugar das costuras convencionais.
Alix Grès, por sua vez, começou sua carreira de estilista após desistir de ser escultora.
Criava em musselina, moldes de roupa de alta costura, vendendo-os para as principais casas de
moda de Paris. Ao final da segunda guerra mundial, assinava suas criações como Madame Grès em
seu próprio salão. Sua sensibilidade de escultora influenciou suas criações, e seus modelos eram
meticulosamente drapeados, em uma composição jamais igualada por outro criador. Seus
vestidos, quase sempre brancos, lembram as esculturas gregas. Os modelos eram criados no corpo
de uma manequim ou na própria cliente, e cortados diretamente no tecido. Influenciou gerações
inteiras com seu ideal de beleza e habilidade artística.
Da virada do século XIX até meados dos anos sessenta, a alta-costura vive o seu esplendor.
Muitos mestres adquirem renome internacional, utilizando-se da técnica da moulage e adaptando
com maestria suas técnicas aos novos tecidos e novas formas de design. Porém na segunda
metade da década, profundas transformações aconteceram no setor. Os produtos em série e a
massificação dos produtos de moda influenciam a mudança, orientando-se para os produtos
estruturados através da modelagem plana, de moldes bases e com auxílio de tabelas de medidas.
Os moldes base são moldes ajustados e aperfeiçoados que podem ser utilizados repetidamente e
com segurança.
Novas técnicas de modelagem começam a tomar forma, mais sistemática e de acordo com
as novas exigências. A produtividade tomar lugar da criatividade, as indústrias tomam o lugar dos
ateliês, Vionnet e Grès são relevadas ao esquecimento.
As indústrias de confecção conhecem um enorme crescimento a partir dos anos oitenta,
tornando-se um dos setores fundamentais da economia mundial. A modelagem plana domina o
processo industrial, devido à sua relativa facilidade de produção e reprodução.
O processo de crescimento continua, e novos sistemas são criados para facilitar o trabalho
dos modelistas. O principal avanço neste setor foi à utilização da tecnologia CAD/CAM, tanto nas
fases de concepção e desenho, como preparação e execução do corte dos tecidos. Estes sistemas
são processos computadorizados que surgiram para acelerar os processos de produção da
modelagem para as grandes indústrias, produzindo moldes planos com qualidade e em menos

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tempo. Modelistas com pouca experiência foram beneficiados com esta inovação, pois mesmo
com muito esforço e cuidado cada traçado que se repete difere-se ligeiramente do original no
trabalho manual. Ao se criar a modelagem diretamente no computador, e imprimir o resultado em
um equipamento para grandes impressões, conhecido como “plotter”, obtém-se um resultado
com grau de qualidade elevado. Existe ainda a possibilidade de armazenamento dos moldes na
memória do computador, e a execução de um sistema de graduação e risco computadorizado para
a construção de bases de modelagem que podem ser combinadas entre si.
Além de efetuar o traçado dos moldes diretamente no computador, pode-se acoplar o
sistema a uma mesa digitalizadora, ou mais recentemente lançada, a uma câmera digital, que
fotografa e transmite a base manual da modelagem para o programa, que transforma em gráfico
na tela do equipamento. Apesar disto, muitos modelistas preferem elaborar as modelagens da
maneira tradicional e digitalizá-los em seguida.
O desenho dos modelos em computador reduz quase à metade tempo tradicional e torna a
produção mais flexível. Além de acelerar o processo de modelagem, encaixe, risco e cortem, estes
sistemas permitem o arquivamento dos resultados obtidos para uma reutilização futura, e evita o
desgaste natural dos moldes realizados em papel. Variações destes sistemas estão disponíveis no
mercado em várias versões, estando limitado somente o alcance financeiro da empresa
interessada em adquiri-lo, devido ao seu alto custo.

Modelagem Plana

A modelagem plana é desenvolvida


manualmente ou com a ajuda de
programas especificamente desenvolvidos
para a indústria, citados anteriormente e
que, conforme Souza (2006) utiliza-se dos
princípios da geometria, onde são traçados
esquemas bidimensionais que resultam em
estruturas que recobrem o corpo. A
modelagem é composta de partes, chamadas
de moldes, onde ao serem unidos ou
costurados conferem uma forma a
vestimenta.

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Para a perfeita acomodação dos volumes deste corpo a ser vestido, recorrem-se ao
uso de pences, que segundo Araújo (1996: 107) são “colocadas em pontos convencionais e
dirigidas no sentido das saliências”. Uma pence, como define o autor, “’é um triangulo que tira
tecido junto à borda do molde e liberta na interior da peça”.
Essa técnica exige muita habilidade e experiência do modelista, devido à necessidade de se
traçar moldes em uma base plana, com o objetivo de recobrir um corpo tridimensional, com
formas volumes e reentrâncias, como enfatiza Souza (2006).
Araújo (1996) corrobora com esse conceito ao exemplificar a importância do modelista,
enfatizando que estes profissionais são intérpretes de uma linguagem especial, com base em
desenhos e anotações de estilistas. O fato de a modelagem plana estar distante do corpo gera
uma maior dificuldade de visualização de inúmeras possibilidades de adequação ao corpo. Os
moldes produzidos a partir deste processo servem de base para o corte do tecido e da produção
em série do mesmo modelo, garantindo assim uma uniformidade na produção do vestuário.
Para Araújo (1996: 95), o bloco de moldes base é definido como “um conjunto de moldes
sem qualquer interesse estilístico, mas com pormenores estruturais em locais clássicos ou
tradicionais”, e que “não é fácil conseguir a perfeição nas medidas de cada modelo”. Por esse
motivo, o processo de modelagem plana é dividida em várias etapas, que podem ser refeitas ou
reavaliadas em qualquer momento do processo.

A modelagem plana segue uma metodologia ou, a ser definido a seguir:


1. Conferência da tabela de medidas e adequação ao público consumidor. Esta tabela
serve de orientação para a elaboração do diagrama, sendo variável conforme o produto a ser
desenvolvido.
2. A etapa seguinte é o traçado do diagrama, onde cada parte da peça a ser
confeccionada é desenhada no papel sob forma de esquema. O diagrama é uma representação
gráfica, no plano, de uma estrutura que pode ser tridimensional, com a posição das suas partes e a
relação proporcional entre elas. Do diagrama se obtém o molde base. Busca-se aqui a
representação gráfica das formas do corpo, uma reprodução fiel desta estrutura, ainda orientada
pela tabela de medidas, como por exemplo, a posição da cintura. A modelagem base é a definição
do tamanho e contorno do corpo a ser vestido. Serve como referência, e será utilizada a cada vez
que se desenvolve um novo modelo. Esta base não tem influência estilística ou de tendências de
moda. Seguindo este procedimento, a empresa demonstra fidelidade para com a sua tabela de
medidas, refletindo na qualidade do produto final, além de facilitar o trabalho do modelista.
3. Nesta etapa, realiza-se a interpretação do modelo, com uma analise criteriosa do
modelo a ser executado, a fim de se elaborar as medidas complementares, ou seja, as medidas
necessárias para a transformação no modelo desejado. Estas medidas são as folgas, os volumes, a
variação de comprimentos e demais detalhes necessários com base no modelo descrito na ficha
técnica.
4. Elaboração da modelagem a partir da base. Nesta etapa, transformam-se as bases
conforme o modelo específico, e acordo com as medidas complementares. Copia-se a base para
um novo papel, realizando-se a alteração necessária, utilizando a própria como régua. Assim,
preserva-se a integridade das bases de modelagem e do corte original.
5. A próxima etapa consiste na preparação da modelagem para o corte do protótipo.
Após a alteração, acrescentam-se as margens de costura e o molde é recortado e separado em
partes.

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6. Logo depois, realiza-se o corte e da peça. A montagem se dá através da costura e a


avaliação da mesma.
7. Caso haja necessidade, realiza-se a correção da modelagem ou elabora-se um novo
molde e reinicia-se o processo.
8. Com a modelagem correta, realiza-se a graduação dos moldes, que consiste na
ampliação e redução dos mesmos, para que possam ser produzidas peças em diversos tamanhos.
A graduação é definida a partir da tabela de medidas adotada, onde calcula-se as diferenças de um
tamanho ao outro. Nesta etapa, os moldes graduados para maior ou para menor devem conter as
mesmas linhas e as mesmas marcações do molde original, respeitando as devidas proporções.

Moulage

Jones (2005) define moulage como “ajustar um tecido (musselina ou morim) diretamente
no manequim do tamanho apropriado ou no próprio corpo da pessoa”. Seu nome em francês tem
como tradução moldar, modelar, no caso, sobre um corpo ou manequim. A moulage, no Brasil é
mais conhecida como modelagem tridimensional, por representar as reais medidas de um corpo.
Por trabalhar com uma base representativa do corpo humano em suas medidas
anatômicas, Souza (2006) exemplifica que se consideram as medidas de largura, comprimento e
profundidade, de frente e de costas, promovendo o contato entre o tecido e o corpo favorecendo
assim as experimentações, as possibilidades de construção desta vestimenta. Diferente da
modelagem plana, como afirma Medeiros (2007), que se utiliza apenas das medidas de altura e
largura.
Este tipo de modelagem permite a busca de novas soluções, facilitadas devido à
proximidade com a realidade, à percepção real das formas estruturais do corpo no momento da
modelagem. Anicet et al (2007) cita que “a visualização imediata da roupa no espaço permite a
interação dinâmica entre o criador e o tecido, jogando com o seu comportamento, caimento e
volume, durante toda a fase de criação”. É uma técnica muito utilizada para peças diferencias e
exclusivas, pois como define Jones, é esculpir com tecidos, de preferência maleáveis e em
quantidades generosas. “Nesta técnica é o protótipo modelado sobre o corpo que dá origem ao
molde de papel para posterior utilização na produção” (ANICET, BROEGA E CUNHA, 2007)
A técnica é vantajosa em vários aspectos. Anicet, Broega e Cunha (2007) defendem que a
primeira é a de ordem criativa, devido a ser uma técnica escultórica, onde o artista modela o
tecido sobre o corpo, definindo sua forma através do diálogo entre o corpo e o tecido. Outra
vantagem definida pela autora é a que esta técnica permite que o molde possa ser extraído do
contato direto do tecido sobre o corpo, existindo assim uma maior precisão na modelagem, o que
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resulta em uma maior qualidade e em produtos ergonomicamente corretos, pois consiste em


moldar toda a roupa em cima de um manequim, que representa as formas reais do corpo
humano.
Desenha-se a peça, os recortes e trabalha-se o tecido diretamente em cima deste
manequim. Para que este trabalho tenha um resultado satisfatório, Souza (2006) defende que o
manequim deve ser preparado para receber o tecido, delimitando-se as diversas linhas do corpo,
linhas estas consideradas importantes para a conferência das medidas, tais como o centro da
frente e o centro das costas, linha do ombro, do busto, cintura, quadril.
Esta demarcação é feita utilizando-se fitas estreitas em cores contrastantes e auxiliarão na
conferência das medidas de circunferência, largura e altura, estas fundamentais para o
desenvolvimento da modelagem. O processo seguinte consiste em colocar sobre o manequim o
tecido e demarcá-lo com as linhas necessárias para a composição da peça. Este tecido deve ser
previamente preparado, observando-se o esquadramento nos sentido de trama e urdume, como
enfatiza ainda a autora.
Descrevendo o processo, Souza (2006), define ainda que “inicialmente é traçada uma linha
de eixo na parte da frente e outra na parte das costas do tecido”, sendo que estas serão colocadas
por sobre as linhas demarcadas no manequim, servindo como referência durante a construção do
modelo.
Com as devidas marcações no manequim e no tecido, sendo que o último pode ser do
tamanho aproximado da parte a ser modelada, acrescentando-se folgas, ou com o tecido em
grande quantidade, deixando o processo mais livre, inicia-se a modelagem, “o tecido vai sendo
modelado sobre o corpo/suporte, com a habilidade das mãos e o auxílio de alfinetes, e aos poucos
a peça vai sendo esculpida” (SOUZA, 2006).
As linhas demarcadas no manequim servem de orientação para a modelagem, e em alguns
modelos específicos, podem ser transportadas para o tecido.
Retira-se então o tecido do manequim, observando se todas as particularidades o modelo
a fim de realizar a conferência das medidas entre as peças, que devem apresentar coerência entre
as partes e com a tabela de medidas adotada. Jones (2002) cita a importância desta etapa, além
de definir que o tecido deve ser apoiado em uma base plana, em uma próxima etapa, onde devem
ser retificadas linhas e curvas com as ferramentas específicas, como réguas, curva de alfaiate,
curva de cava ou curva francesa, equipamentos estes utilizados nos dois métodos de modelagem.
Ao findar esta etapa, inicia-se a planificação do modelo, ou seja, a transferência do
contorno e das formas obtidas para o papel, incluindo aí todas as informações contidas no tecido
modelado.

“Entre a criação do estilista e o corte da costureira, alguém tem que fazer o desenho da
peça com as medidas exatas:
exatas: o modelista”.

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AS FUNÇÕES DO MODELISTA

O modelista é o profissional que tem a função de construir as roupas. O estilista passa a


idéia, o desenho e a aplicação (ou seja, o tecido a ser usado e os aviamentos) e o modelista
constrói a roupa. Longe de ser uma profissão legada ao segundo plano, o modelista desempenha
papel fundamental.
Este profissional deve não só verificar o efeito que o tecido vai ter como também orientar
o estilista, caso seja necessário, das melhores medidas a serem tomadas quando um modelo não
dá certo (o modelo pode não ser adequado ao tipo de tecido, muitas vezes o problema pode ter
solução simples, como mudança do fechamento da roupa, exclusão de um recorte, inclusão de
uma costura, etc.)
Muitos estilistas, como Alexandre Herchcovitch, são também modelistas. Quando o
trabalho é minucioso ou não há produção em larga escala, o criador pode também ser o
construtor da roupa. Mas na cadeia têxtil, devido ao prazo em que as coleções devem ser
entregues, as funções são bem distribuídas. O estilista pesquisa tendências e modelos adequados
à estação e ao público alvo e o modelista desenvolve e executa a idéia, orientando também as
costureiras que montarão a roupa.
O modelista conta com duas modalidades de trabalho: a modelagem plana e a modelagem
tridimensional (ou moulage). Apesar de serem distintas, hoje em dia uma modalidade depende da
outra.
A moulage foi a primeira modalidade a ser usada. Com ela, a peça é construída
diretamente no corpo ou no manequim.
A modelagem plana surgiu com a industrialização. O molde é feito justamente para que a
mesma peça possa ser copiada ou repetida várias vezes. Este molde reproduz exatamente a peça
tridimensional. Ele pode ser feito diretamente no papel mediante cálculos de curva. Mas, muitas
vezes, o tecido é tão traiçoeiro que o modelista pode primeiro modelar no tridimensional e, a
partir dele, transferir para o papel.
Hoje em dia todas as construções
tridimensionais são passadas para o papel.
Como toda área da indústria, a modelagem
também se informatizou. O sistema
CAD/CAM é um sistema de modelagem onde
se pode construir moldes ou alterar moldes
de papel que foram digitalizados. Com essa
inovação, pode-se calcular mais rapidamente
as ampliações do modelo da roupa. Ou seja,
passar do tamanho 38 para o 40 ou do 42
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para o 36 com o sistema ficou infinitamente mais prático.

ESTRUTURA DOS TECIDOS

Para que realize um bom trabalho em relação à modelagem, é necessário um


conhecimento prévio sobre os tecidos. Portanto, é importante o estudo sobe sua estrutura, ainda
que básica.
Todo tecido é formado pelo entrelaçamento de dois fios que se cruzam de forma
perpendicular: um na transversal, gerando a trama, e outro na longitudinal, que vem a formar o
urdume. Ao longo das bordas no sentido longitudinal verifica-se uma pequena barra, tecida com
mais firmeza, que chamamos de ourela. Em tecidos de alta qualidade, caros, portanto, em especial
nas lãs, "tweeds" e similares, a ourela, de tão sofisticada, foi por muitos utilizada como adorno
para acabamento de alguns tipos de peças - como os famosos "tailleurs" de Chanel.
O caimento de um tecido está diretamente ligado à direção dos seus fios em relação ao
solo. Em outras palavras, está sujeito à ação da gravidade. Neste caso, uma roupa pode estar
projetada a fio reto, quando o fio longitudinal do tecido tomba em direção ao solo, ou pode ainda
estar projetada a fio atravessado (pouco freqüente), quando é a trama ou o fio transversal que se
projeta para o solo. Há, ainda, uma terceira projeção, muito peculiar, a enviesada, em que
nenhum dos dois sentidos de fio citados anteriormente se projeta para o solo, mas sim numa
terceira direção (viés) que se estabelece em diagonal quanto ao cruzamento de trama e urdume.
Essas projeções alteram o comportamento de uma única matéria-prima e requerem um
pequeno estudo antes que se estabeleça a projeção ideal:

1. Em fio reto
- Quando a opção recai sobre essa projeção, isto é, com o urdume tombando no sentido
vertical, o caimento da roupa é firme, não tão rígido, exceto quando se trata de matéria-prima
muito encorpada, como por exemplo, brins em todas as suas variações.

2. Em fio atravessado
- Neste caso, a trama do tecido é que se tomba no sentido vertical da projeção. As peças
assim projetadas têm um caimento mais armado, visualmente não muito agradáveis, exceto
quando as características da peça assim o exige.

3. Em viés- Quando se utiliza a matéria-prima em projeção enviesada, o caimento da peça,


nesse caso, é flexível, dá idéia de mobilidade, criando aderência aos contornos do corpo,
revelando formas e um certo ar de feminilidade e sensualidade mesmo que a peça não seja justa.

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Embora aceitável para situações muito


especiais, deve-se evitar ao máximo o uso de
tecidos no sentido atravessado, ou seja, com
a trama se projetando ao solo. A utilização da
matéria-prima, dessa forma, pode gerar
defeitos na peça confeccionada,
deformações após uso resultante dos
movimentos do corpo e outros
inconvenientes que exigirão um controle e
conhecimento muito amplo sobre as
características e comportamento dos tecidos
em geral. Seu uso é restrito a situações muito
peculiares, onde se deseja volume sem que
esse volume vá sofrer algum tipo de pressão
física (as saias balão, por exemplo).

Os Em conformidade com sua estrutura, os tecidos, em geral, podem ser divididos em dois
grupos:
• Tecidos firmes e não elásticos e
• Tecidos elásticos (malhas em geral).

A característica básica da estrutura de um tecido firme ou tecido plano é que tanto o fio da
trama quanto o fio do urdume vão se cruzando de forma perpendicular, em linha reta, impedindo o
movimento de elasticidade. Podem ser também identificados como tecidos de tear, uma vez que
são fabricados em maquinários denominados teares.
O princípio de tecimento é sempre o mesmo: cruzamento em sentido perpendicular do fio
da trama que passa por cima e por baixo dos fios de urdume. A estrutura do tecido pode sofrer,
então, modificações quando se altera o modo de cruzamento entre os fios da trama e fios de
urdume.
O caimento perfeito da roupa está relacionado com o a queda do fio, ou seja, a
direção do fio em relação ao solo. Se um molde for colocado sobre o tecido, sem obedecer à
direção do fio, a roupa cortada cairá mal. Por isso é importante saber o que é fio reto, fio
horizontal e fio em viés.
Quando estiver fazendo o molde é importante determinar o sentido do fio.

As ilustrações abaixo demonstram a relação entre o sentido do fio determinado no molde


e a ourela do tecido. Como colocar as indicações do fio do tecido:

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Fio reto - Trace uma paralela ao meio da roupa


Fio atravessado - Trace uma perpendicular ao meio da roupa

Fio enviesado - Use um esquadro de 45 graus apoiado no meio da roupa

Observe nas ilustrações o caimento da ourela em relação ao solo.

Queda do fio reto


- A ourela cai perpendicular ao solo.

- O caimento da roupa é firme, mas não muito rígido.

Queda do fio atravessado


- A ourela cai paralela ao solo.

- O caimento da roupa é armado.

Queda do fio enviesado


- Nem trama, nem ourela caem perpendiculares ao solo, mas em
diagonal.

- O caimento da roupa é mole e flexível.

Obs. Nem sempre é obrigatório que a roupa seja cortada no mesmo sentido.

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Não se restrinja a essas experiências. Faça tantas quantas julgue necessário para aprimorar
sua percepção com relação a propriedades e características dos tecidos. Sem dúvida, tal
conhecimento auxilia bastante o profissional da indústria de vestuário, em especial, aqueles
diretamente ligados a Desenvolvimento de Produtos.

INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA MODELAGEM

Para a modelagem manual são necessários alguns instrumentos E materiais que facilitem e
agilizem o trabalho do modelista.
A qualidade do trabalho está intimamente ligada a qualidade dos instrumentos utilizados.

LÁPIS HB - OU LAPISEIRA - deve-se utilizar grafite macio. Se optar por lápis, este deverá
estar sempre muito bem apontado. A precisão do traçado é muito importante, em especial
quando o molde passar por mesa digitalizadora, no caso de empresas com modelagem
informatizada.
BORRACHA PARA PAPEL - uma macia e branca permitirá apagar sem deixar manchas ou
borrões.
PAPEL 40 g/m2 E PAPEL 180 g/m2 - para os testes de modelagem é recomendável o uso de
papel de baixo custo, e menor gramatura, por ser mais maleável. Depois de testada e aprovada, o
molde definitivo é feito em papel de maior gramatura, a partir de 180 g/m2. As chapas de plástico,
devido ao seu custo mais elevado, são indicadas para a confecção de moldes-base.
MESA PARA MODELAR/BANQUETA - ela deverá ter a altura e tamanho adequados ao
modelista, assim como a banqueta. Seu tampo deverá ser liso e uniforme, e sua estrutura firme.
Pranchetas são muito úteis, quando acompanhadas de Régua Paralela ou Régua T.
RÉGUA DE METAL 1,20m e PLÁSTICA 30 cm - ambas com graduação em cm. A maior, em
metal, é indicada para traços longos, não oferece riscos de empenar e é precisa. Já a menor, em
plástico, é indicada para pequenos traços e confecção de gabaritos.
JOGO DE ESQUADROS - toda modelagem inicia-se a partir de um ângulo de 90°.
RÉGUA DE ALFAIATE - ou curva de alfaiate, é utilizada para curvas longas e para auxiliar o
traçado do entrepernas, curvaturas de quadril, traçado de cinturas, barras e qualquer outro
traçado de curvaturas mais alongadas.
CURVA FRANCESA MOD. 1118 - instrumento muito importante, auxiliando no traçado das
mais diversas curvaturas não pronunciadas, como decotes, algumas cavas, cabeças de mangas,
etc. Existem vários modelos no mercado, sendo a mais recomendada para modelagem o modelo
1118.
CARRETILHA - utilizada na fase preliminar dos trabalhos, para a transferência de moldes.
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VAZADOR - pode-se utilizar dois tamanhos. Um para furos menores, usado, por exemplo,
para posicionar bolsos. Outro maior, quando os moldes são guardados pendurados.
TESOURA / ESTILETE - no início o uso de tesoura será maior, porém, o estilete
proporcionará um corte mais preciso e rápido, mesmo em curvas e bicos. Tenha uma tesoura
exclusiva para o corte do papel.
TESOURA- uma tesoura de boa qualidade reservada apenas para o corte de tecido.
PICOTADOR - ou alicate de picote, usado para sinalizar piques e limites de costura
FURADOR - importante para o transporte de moldes, marcando pontos importantes e
retas.
FITA ADESIVA - a mais indicada é a crepe. Utiliza-se para fixar o papel a mesa e também
nas correções e simulações.
FITA MÉTRICA- procure trabalhar com uma de ótima qualidade, de fabricação alemã ou
japonesa e com graduação em cm.
TRANSFERIDOR - apesar de pouco utilizado, facilita muito na transferência de ângulos.
COMPASSO - para o traçado de circunferências e aplicação de margem de costura.
CALCULADORA - para agilizar os cálculos.
BLOCO DE ANOTAÇÕES - para pequenas anotações e cálculos.

Parte:__________________________ (CARIMBO - será aplicado em todas as partes do


Modelo:_________________________ molde definitivo, contendo: nome do modelista, coleção,
_______________________________ data, nome da peça, tamanho, parte etc.)
Ref.:___________________________
Tamanho:_______________________
Cortar:_________________________
1 de:__________________________
Modelista:______________________
D a t a : _ _ _ / _ _ _ / _ _ _

AS MEDIDAS

As medidas do corpo humano são essenciais para a construção da modelagem, utilizando-


se qualquer uma das técnicas conhecidas. Quanto mais medidas forem empregadas, mais preciso
será o trabalho. Porém, elas devem ter relação direta entre o corpo e a função da peça do
vestuário, ou seja, para qual parte do corpo a peça se destina. A este estudo das medidas do corpo
humano chamamos de antropometria.

ANTROPOMETRIA

É o estudo que trata das medidas físicas do corpo humano. Todas as populações são
compostas por indivíduos de diferentes tipos físicos que apresentam diferenças nas proporções de
cada segmento do corpo. Assim, medir pessoas (Fig. 22) parece ser uma simples tarefa, pois, para
isso, bastaria haver réguas, balanças e trenas.
No entanto, isso não é tão simples, pois, quando se pretende ter medidas representativas e
confiáveis de uma população, composta por diversas variações de dimensões corporais, alguns
critérios são necessários, como as medidas tiradas com roupas ou sem roupas, com ou sem
calçado, na postura ereta ou relaxada, em qual período do dia, e muitos outros, dependendo da
população que vai ser medida.
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As proporções do corpo humano já foram estudadas por filósofos, teóricos, artistas e


arquitetos. Os primeiros registros da observação da antropometria física são datados entre 1273 -
1295, a partir das viagens de Marco Polo, que relatou a existência de um grande número de raças
que diferiam, inclusive, em termos de dimensões corporais.
Contudo, é possível encontrar escritos sobre
antropometria na era Romana, pois o teórico e arquiteto romano
que viveu no século l a.C., Marcus Vitruvius Pollio, descreveu que
um design de edifício poderia ser baseado em princípios
estéticos pré-estabelecidos a partir do corpo humano. Vitruvius
desenvolveu o sistema de proporções humanas dos tempos
clássicos mais detalhado que se tem conhecimento.
No Renascimento, período de valorização da teoria
estética, Leonardo da Vinci (1452 - 1519) desenvolveu um
desenho em que o homem r mostrado inscrito dentro de um
quadrado e um círculo, inspirado no livro romano de Vitruvius,
que explica a relação entre a simetria e a pé feição das
proporções do corpo humano
Foi no século XIX e início do século XX que os estudos sobre antropometria foram
aprofundados, pois havia a necessidade de se conhecer e classificar a raça humana de acordo com
a estrutura física do corpo humano. Estudos como esse serviram de base para que essa teoria se
tornasse uma ciência. Essas pesquisas incentivaram especialistas em modelagem, como, por
exemplo, o alfaiate francês H. Gugliem Compaing, um dos pioneiros da antropometria moderna a
desenvolvi um quadro comparativo das idades e do crescimento, onde foram de mostradas
medidas graduais do corpo humano, desde o nascimento até a velhice, e como o as partes do
corpo crescem proporcionalmente entre si.
Antes do desenvolvimento de uma peça do vestuário, é importar te analisar para que tipo
de atividade essa roupa vai se destinar. Se ela for usada por uma pessoa que for desenvolver
poucos movimentos corporais ou atividades do dia-a-dia, como, por exemplo, caminhar, sentar,
pegar um ônibus e tanto outros que podem ser realizados em um período de vinte e quatro horas,
as medidas podem ser verificadas com indivíduo parado ou estático. No caso de pessoas que
necessitem realizar movimentos corporais, entendendo braços e pernas, como os profissionais
que precisam acionar um dispositivo manual no seu limite máximo de extensão de braço, as
medidas devem ser indicadas de acordo com o tipo de movimento.

Segundo IIDA (2005), as medidas antropométricas podem ser verificadas da seguinte


forma:
• Estáticas: são as medidas que se referem ao corpo parado ou com poucos
movimentos realizados e são definidas a partir de pontos anatômicos claramente
identificados. Essa forma de medida deve ser aplicada a projetos de objetos sem partes
móveis ou com pouca mobilidade; por exemplo, o mobiliário, em geral.
• Dinâmicas: são as que medem os alcances dos movimentos de cada parte
do corpo, mantendo-se o resto do corpo estático; por exemplo, o alcance máximo das
mãos com pessoas sentadas, ou atividades que exijam muitos movimentos corporais.

IIDA (2005) relata que, até a Idade Média, todos os calçados eram do mesmo tamanho.
Não havia diferença entre o pé direito e esquerdo, ou seja, não existia uma padronização que
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levasse em consideração a natureza das dimensões antropométricas em cada situação, como o, le-
vantamento de medidas que fossem confiáveis e sua aplicação de maneira adequada aos dados
antropométricos nos produtos desenvolvidos. Segundo IIDA (2005), estes são alguns dos motivos
para se realizar um levantamento antropométrico. É importante levar em consideração as
seguintes variações individuais:

• Sexo masculino e feminino


• Variações que ocorrem ao longo da vida
• Variações étnicas
• Influência do clima

Ectomorfo, Mesomorfo e Endomorfo

Esses são os três tipos físicos básicos denominados por William SHELDON (1940) (Fig. 27).
Ele realizou um estudo detalhado de uma população de 4.000 estudantes norte-americanos. Sua
metodologia teve por base um levantamento antropométrico dessa população. Ele fotografou
todos os indivíduos de frente, perfil costas. A análise dos registros fotográficos, combinada com o
estudo antropométrico, fez com que o pesquisador encontrasse características dominantes entre
os tipos físicos, as quais detalhamos a seguir:

1. Ectomorfo: tipo físico de forma alongada. Tem corpo e membros longos e


finos, com o mínimo de gordura e músculos. Ombros largos e caídos, pescoço fino e
comprido, rosto magro, queixo recuado, testa alta e abdome estreito e fino.
2. Mesomorfo: tipo físico musculoso, de formas angulosas. Possui cabeça cúbi-
ca, maciça, ombros e peitos largos e abdome pequeno. Os membros são musculosos e
fortes. Possui pouca gordura subcutânea.
3. Endomorfo: tipo físico de formas arredondadas e macias, com grandes de-
pósitos de gordura. Tem características de uma pêra, ou seja, estreita em cima e larga em
baixo. O abdome é grande e cheio, o tórax parece ser relativamente pequeno, braços e
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pernas são curtos e flácidos, os ombros e a cabeça são arredondados, os ossos são
pequenos. O corpo tem baixa densidade, podendo flutuar na água. A pele é macia.

A grande maioria da população não se encaixa em um tipo específico, mas possuindo


características de dois ou três tipos, como mostra a figura:

Como obter as medidas do corpo humano

Para que sejam tiradas as medidas, é necessário, em primeiro lugar, que o corpo de prova
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esteja livre de roupas pesadas ou muito volumosas, preferencialmente deve estar em roupas
íntimas ou quaisquer outras colantes, desde que não alterem a forma natural do corpo.
Existem dois tipos de medidas:

Medidas Fundamentais
São aquelas necessárias para traçados de moldes-base em especial, isto é, moldes que,
muito bem construídos, passam a funcionar como gabaritos para a elaboração de moldes de maior
complexidade.
As consideradas fundamentais são as medidas anatômicas, ou seja, as medidas exatas do
corpo.

• Medidas Complementares
São aquelas necessárias para transformar as bases de modelagem no modelo desejado,
referindo-se aos detalhes do modelo, como, por exemplo, folgas, largura de golas, modelos de
punhos, variação de comprimentos, entre outras.

Neste caso, nossa vontade interfere sobre elas, já que somos nós que as escolhemos.
São medidas que devem ser selecionadas com cuidado e bom-senso para que quaisquer
detalhes da roupa fiquem equilibrados entre si.
A falta de harmonia na escolha dessas medidas pode desequilibrar o conjunto.
Também são medidas complementares aquelas utilizadas para nos auxiliar a definir a
anatomia do molde.

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O corpo que vai ser medido deve:


Estar vestindo uma roupa fina, sem volume e de modo que se possa
visualizar suas formas.
Manter uma posição ereta para que as medidas sejam corretas.

TIRANDO MEDIDAS

1 – Pescoço /Decote
Medida de contorno da
circunferência do pescoço (frente e
costas) tomada exatamente na base do
pescoço.
2 - Ombro
Medir da base do pescoço até a
articulação do ombro com o início do
braço.
3 - Comprimento de Manga
Medida tomada com o braço
levemente dobrado. As mãos do corpo de
prova devem estar repousadas na
metade entre a cintura e o quadril. A
medida deve ser tomada da
articulação do ombro até a articulação do
punho.
4 - Altura de Cintura
Tomar essa medida a partir da base do pescoço, deixando a fita cair naturalmente até a
cintura e passando sob o ponto mais elevado do busto.
5 - Altura de Cava
Deitar a fita a partir da linha
imaginária do ombro, considerando
inclusive sua leve curvatura. Em seguida,
deixe a fita cair naturalmente até uns
1,5cm abaixo da formação da axila.
6 - Altura de Busto
Tomada a partir da linha de
cintura, subindo até o mamilo.
7 - Busto
Tomar a medida de lateral a lateral
(linha imaginária) de maneira que a fita
passe sobre os pontos mais volumosos do
busto.
8 - Cintura
Tomar a medida da mesma forma
que tomamos a de busto, isto é, de lateral
a lateral.
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9 - Quadril
Esta medida é apurada da mesma forma que as duas anteriores, ou seja, de lateral a
lateral, na altura da área mais volumosa da circunferência do quadril.
10 - Altura de Quadril
Pela lateral do corpo de prova, meça da linha de cintura até a linha do quadril.
11 - Largura do Braço
Medida necessária para a confecção de peças muito ajustadas, em especial as fabricadas
com tecidos elásticos. Tomar a medida de contorno do braço, sem apertar e o mais próximo
possível da axila.
12 - Punho
Apurada sem folgas, na linha de articulação do punho para modelagens muito ajustadas.
13 - Punho
Para peças em tecido plano, tomar a medida de punho quatro centímetros abaixo da
articulação do punho.
14 - Altura de Entrepernas
Esta medida, somada à da altura de gancho, completa o comprimento total para
modelagens de calça comprida, já prevendo inclusive 3 cm para bainha. Tomar a medida de 1 cm
abaixo da junção das pernas até o chão (com o corpo de provas sem sapatos).

15 - Separação de Busto
Medida que compreende a distância verificada
entre mamilos. Sempre deve ser apurada para o caso de
modelagens onde o busto é marcado. Muito útil para o
desenvolvimento de moldes destinados a malharia ou
moda íntima.

16 - Costas
Esta medida é
tomada de extremo a
extremo da linha vertical imaginária que determina os limites de
cava e o mais próximo possível da articulação de ombro.
17 - Busto
É a complementação da medida já tomada
individualmente na frente. Tome-a de lateral a lateral, na mesma
altura em que tomou a medida de busto frente.
18 - Cintura
Tomada de lateral a lateral, também vai complementar a
medida já apurada na frente do corpo de prova.
19-Quadril
A medida agora é maior por conta do volume das
nádegas. Tomada de lateral a lateral, também vai complementar
a medida que já havíamos apurado na frente.
20 - Altura de Cintura
Tomar a medida também da base de pescoço, levando a
fita até a linha da cintura

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21 - Contorno de Gancho
Esta medida é tomada passando-se a fita por sobre o contorno do
gancho, considerando uma folga confortável.
A medida é apurada desde a linha de cintura frente até a linha de
cintura costas. É, apenas, uma medida de confronto, uma vez que um gancho
será confortável quando sua medida equivale à da cintura, variando em três
ou quatro centímetros a mais.
22 - Altura de Gancho
Para tomarmos essa
medida o corpo de prova deverá
estar sentado em uma base plana
não estofada.
A medida é tomada a
partir da linha da cintura, pela
lateral, até atingir a base de apoio
para o corpo, ou seja, o assento.
A partir destes
procedimentos, você poderá
montar seu próprio padrão de
medidas. Observamos que, para
fins industriais, nas medidas de circunferência
predominantes, ou seja, busto, quadril e cintura,
devemos desconsiderar números ímpares,
arredondando-se as medidas apuradas nessas áreas
para o primeiro número par seguinte.

A MODELAGEM TRIDIMENSIONAL

Também chamada de moulage ou draping é uma técnica que permite desenvolver a forma
diretamente sobre um manequim técnico, que possui as medidas anatômicas do corpo humano,
ou mesmo sobre o próprio corpo.

Consideram-se portanto, as medidas de comprimento, largura e profundidade e promove o

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contato entre o corpo representado pelo manequim, que é o suporte, e o tecido utilizado para
modelar. Essa proximidade favorece a experimentação das possibilidades construtivas, permitindo
buscar novas soluções facilitadas pela compreensão da realidade. A moulage, diferente da
modelagem plana, favorece a visualização da evolução do modelo, desde o início até o produto
final.
O manequim deve ser previamente preparado. Esta preparação consiste na delimitação
das diversas linhas do corpo: centro da frente, centro das costas, decote, ombros, busto, cintura,
quadril e linha princesa, que orienta as pences fundamentais. Estas linhas são consideradas
importantes para as medidas de circunferência, largura e altura sendo referências para o
desenvolvimento da modelagem. A marcação é feita utilizando-se fitas estreitas de cor forte.
A moulage pode ser utilizada para vários fins; a elaboração de bases de modelagem,
interpretação e viabilização de modelos já concebidos, especialmente os mais complexos, como
auxílio á modelagem plana no desenvolvimento de modelos mais elaborados ou ainda, como
instrumento de criação.
A preparação do tecido a ser utilizado deve ser criteriosa, observando o perfeito
esquadramento nos sentido de trama e urdume.
Inicialmente é traçada a linha de eixo na parte central do tecido, na frente e nas costas do
tecido, para que se possa colocar sobre as mesmas linhas do manequim, servindo como referência
na construção do modelo. O tecido vai sendo modelado sobre o manequim, com a habilidade das
mãos e o auxílio dos alfinetes. Aos poucos, a peça ai sendo esculpida. Durante a execução, as
linhas marcadas no manequim orientam a moldagem, e quando necessário, são transportadas
para o tecido. Concluído o processo de modelagem, passa-se então à planificação da peça, onde
ocorre o transpasse do traçado das formas e demais marcações do tecido para o papel. Antes de
realizar a transferência, conferem-se as medidas da peça para certificar-se a coerência com a
tabela de medidas e retraçam-se formas com o auxílio de ferramentas adequadas, procedendo as
correções necessárias. Uma vez obtidos os moldes, adotam-se os procedimentos normais da
modelagem plana.
A técnica tem se mostrado um instrumento eficaz, pois permite a analise da forma, volume
e caimento antes do produto ser confeccionado, evita o desperdício de tecido, facilita o
entendimento da montagem das partes da peça e suas respectivas funções, diminuindo assim o
tempo de processo. Devido também a proximidade do corpo, é possível visualizar partes que se
deseja evidenciar ou disfarçar, e de forma simples, proceder as alterações.

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DEMARCAÇÃO NO MANEQUIM

LINHAS FUNDAMENTAIS

AS LINHAS FUNDAMENTAIS DE MARCAÇÃO NO MANEQUIM TEM LIGAÇÃO DIRETA COM AS


MEDIDAS FUNDAMENTAIS

DEVEMOS MARCAR NO MANEQUIM AS LINHAS

HORIZONTAIS

1. PESCOÇO
2. MEIO DA CAVA
3. OMBROS
4. BUSTO
5. CINTURA
6. QUADRIL

VERTICAIS

7. CENTRO (FRENTE E COSTAS)


8. MEIO CENTRO (FRENTE E COSTAS)
9. LATERAIS
10. CONTORNO DA CAVA

ESTE PROCESSO DEVE SER REALIZADO


COM O AUXÍLIO DA FITA MÉTRICA.
DEVEM-SE REALIZAR MEDIÇÕES EM
TODAS AS LINHAS.

Observem as figuras ao lado:

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MANTENDO O EQUILIBRIO

A importância do sentido do fio: Devemos trabalhar cuidadosamente o fio do tecido, pois


este cuidado tem uma clara relação com o resultado do trabalho. Conhecendo o sentido do fio,
podemos trabalhar com viés, torções, drapeados e afins, sem prejudicar o caimento final.
O sentido do fio é trabalhado sempre em relação ao centro do manequim, e a linha de
cruzamento, sempre em paralelo ao chão. Visualmente, uma peça de roupa cortada ou modelada
fora do fio, apresentará imperfeições, tais quais repuxados nas costuras, um dos lados mais alto que
o outro ou barras arrebitadas.
Depois de o tecido haver sido corretamente alinhado com o manequim, o designer pode
organizar o tecido em qualquer posição, trabalhando pregas, drapeados e volumes, ou
simplesmente ajustando o tecido sobre manequim.

ROTEIRO PARA A MODELAGEM TRIDIMENSIONAL

1. Marque a direção do fio ou do viés no tecido.


2. Meça o manequim e faça a estimativa de tecido.
3. Comece prendendo o tecido de cima para baixo, e do centro para fora.
4. Verifique se está correto.
5. Ajuste e alise o tecido
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6. Faça piques nas cavas e curvas


7. Alfinete as pences
8. Confira novamente
9. Marque as costuras e pences com caneta ou hidrográfica
10. Retire o tecido do manequim
11. Retifique as linhas e curvas com réguas apropriadas
12. Transfira o desenho para o papel
13. Retifique a modelagem e faça as marcações necessárias.

INFORMAÇÕES QUE DEVEM CONSTAR NO MOLDE

1 Modelo (ex: camisa feminina)


2 Parte da peça (nome da parte, ex: frente superior)
3 Tamanho da peça (número do manequim, ex: 42)
4 Referência (ex: ref. 0001)
5 Ordem (ex: 1 de 5)
6 Quantidade a ser cortada de cada parte (ex cortar 2 X)
7 Posição do fio. Deve ser marcada paralelamente ao centro da frente ou centro das
costas, salvo raras exceções nas mangas e nas saias rodadas a direção do fio geralmente é
marcada a partir do centro. Se o molde for para tecidos felpudos, como o veludo, ou estampa,
marque a direção do fio com setas.
8 Piques : são usados para marcar a localização de pences e zíperes, ou lugares onde pode
facilitar a montagem da peça, como por exemplo, a manga, centro do cós, etc.
9 Assinatura, nome do modelista
10 Data.
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Existem, ainda, outras informações que devem ser marcadas nos moldes, de acordo com a
peça a ser montada, são elas:
• Abertura: indica o local onde deverá ser feita uma abertura por meio de
recorte no molde;
• Localização de botão;
• Localização de caseado;
• Embebimento: diminuição de uma das medidas das partes na hora da
costura;
• Franzido.
• Números de montagem: indicações por meio de números localizados nas
diferentes partes da peça, de acordo com a montagem da mesma.

Símbolos e marcações nos moldes

Símbolos mais utilizados

ABERTURA
O pequeno traço vertical interrompendo uma das extremidades indica o limite da
abertura.

AUMENTO DE MOLDE
Seguindo a direção indicada pela seta aumente a partir do ponto apoiando uma régua
sobre a linha do molde. A medida em centímetros é dada na própria linha.

BOTÃO
Círculo com uma cruz no centro, onde deverá ser preso o botão ou a pressão depois da
prova.

CASEADO
Indica o lugar onde se deve fazer a casa do botão.

DISTENDER
Quer dizer esticar o tecido no trecho indicado com o ferro de passar.

DOBRA DO TECIDO
XX X Indica que a peça não possui costura no meio. Deve-se dobrar o tecido, colocar essa linha
X sobre a dobra, riscar e cortar, obtendo uma peça inteira.

EMBEBER
Significa fazer uma suave diminuição antes da costura.

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FIO DO TECIDO
Sempre paralelo à ourela do tecido, esse fio serve para orientar a posição da peça em
relação ao tecido.

FRANZIR
Significa que aquele trecho deve ser reduzido.

LINHA-GUIA
Usada em tecidos listrados ou xadrezes para orientar na montagem, de modo a fazer com
que os motivos coincidam.

NÓ DE MONTAGEM
São os pequenos números encontrados nos cantos das peças. Eles devem
coincidir na costura.

Cuidados a serem tomados com os moldes

• O molde, ao ser recortado, deve ficar à esquerda da tesoura.


• Deve-se segurar o molde e não a sobra de papel.
• Deve-se recortar dentro do risco.
• O pique deve ser feito na margem onde vai ser passada a costura.
• Toda marcação do molde indica o lado direito do tecido.
• Todas as denominações do molde devem ser feitas na mesma direção para
facilitar a leitura e a posição correta da peça.
• Os moldes devem ser guardados em envelopes identificados com o desenho
do modelo na parte de fora

O Processo de Modelagem

As interpretações de modelagem são baseadas em três etapas de construção de moldes,


denominadas de: moldes básicos, moldes de trabalho e moldes para corte ou interpretados.

• Moldes básicos (caixas de modelagem)


Os moldes básicos servem como base para o início das alterações a serem feitas de acordo
com o desenho da peça. Eles são confeccionados seguindo a tabela de medidas-base da empresa.
No processo industrial de confecção, o uso de moldes básicos facilita o processo produtivo do

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setor de modelagem, uma vez que este possui as medidas específicas da tabela do público da
empresa. Estando pronto uma única vez, não necessita de repetição do traçado inicial. A
praticidade do uso de moldes básicos gera lucros e economia de tempo e de processo para a
confecção das partes do molde interpretado.
• Moldes de trabalho
Após obter a caixa do molde, os moldes de trabalho são utilizados para fazer as alterações
necessárias, de acordo com o modelo, servindo como uma espécie de rascunho para a definição
do molde interpretado. Os moldes de trabalho são feitos a partir da cópia dos moldes básicos, e as
etapas de alterações a serem realizadas sobre eles variam em quantidade e tipos de aplicação de
técnicas específicas, de acordo com o modelo desejado.

• Molde para corte ou interpretado


São os moldes utilizados para riscar e cortar a peça sobre o tecido, contendo todas as
alterações realizadas no processo anterior, as margens para costura e as marcações necessárias
para a montagem da peça.

O que define um bom molde básico é a exatidão das medidas, pois elas caracterizam um
molde perfeito e economizam tempo para a produção.

A mesma modelagem pode ou não ser usada para outros tipos de tecidos.

Muitas empresas usam o mesmo molde em mais de uma coleção, mudando os detalhes do
modelo, acrescentando aviamentos onde antes não havia ou tirando-os. Isso pode ser feito desde
que seja respeitada a composição, o caimento, o toque e largura do tecido. Ou seja, jamais colocar
em produção sem fazer uma peça-piloto quando mudar o tecido. Algumas confecções consideram
esses testes como atrasos, desnecessários ou perda de tempo. O que é um engano: antes perder
algumas horas ou um dia de trabalho testando do que perder uma produção inteira.

Margens de Costura

As margens de costura são um acréscimo de medida aos moldes, nas partes que serão
unidas ou nas que receberão algum acabamento na peça. Recomenda-se que as medidas das
margens de costura sejam acrescentadas aos moldes na etapa de finalização, ou seja, depois de
realizadas todas as alterações no molde de trabalho. Isso resultará na uniformidade das medidas,
em todos os contornos das partes que compõem o molde interpretado.
Os acréscimos necessários para as margens de costura variam de indústria para indústria,
de acordo com o segmento específico da área da moda.
Vários fatores podem ser considerados definitivos para a quantidade e a medida das
margens de costura. Dentre eles, está o tipo de tecido, o acabamento que será realizado ou
aplicado na borda do mesmo, qual parte do molde e que máquina e ponto serão utilizados para
tal.

Como orientação geral, você poderá utilizar, para tecidos planos, as medidas sugeridas
abaixo, específicas para a produção industrial:

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• Costuras laterais: de 1 cm até 2cm;


• Costuras de contornos dos moldes (decotes, cavas, golas, Etc.): 0,5cm;
• Barras ou bainhas: de 1cm até 5cm.

É de extrema importância a exatidão das margens de costura colocadas sobre os moldes,


devendo a linha externa (sobre a qual se fará o corte no tecido) ser uniforme e paralela à borda do
molde de trabalho.
Vale salientar que qualquer alteração ou desproporção nas margens de costura poderá
modificar as medidas de todo o molde, ocasionando erros ou defeitos na produção das peças.

Peça Piloto ou Protótipo

O protótipo ou peça-piloto é uma peça confeccionada para prova e correção de algum


eventual problema. Depois de analisada, se houver necessidade, faz-se a correção no molde,
pilota-se novamente e somente depois se passa para a fase de graduação do molde.
É responsabilidade do modelista acompanhar o desenvolvimento da peça-piloto.
A pilotagem dos moldes básicos traçados tem como objetivo o teste da modelagem no
corpo humano ou no manequim, ou seja, é a maneira utilizada para experimentar a base já
confeccionada em tecido e conferir as medidas do molde. Pode-se atribuir o sucesso de uma
modelagem já interpretada ao fato de terem sido feitas as alterações corretas sobre os moldes.
Porém, essas alterações só são possíveis se o profissional compreender a utilização e o
funcionamento dos moldes básicos. A pilotagem dos moldes básicos permite a visualização e
compreensão com relação ao efeito deles no corpo humano.

Folgas na Modelagem

A modelagem, como já se sabe, parte da definição das medidas e do traçado dos moldes
básicos. Os moldes básicos pretendem vestir o corpo de forma muito ajustada, sem o acréscimo
de folgas.
Desse modo, na hora de interpretar os modelos, pode-se ter uma boa noção da forma do
corpo, o que facilitará a decisão do valor das folgas e dos acréscimos necessários à modelagem, de
acordo com o modelo apresentado.
A distância que a roupa ficará do corpo, de acordo com a análise do modelo a ser
confeccionado, será a folga acrescentada ao molde. E é a inserção dessas medidas, junto com as
pences e os recortes, que determinam o estilo da peça.
A quantidade de folga varia de acordo com o modelo, estilo da roupa, tipo de atividade,
tecido e a constituição física do indivíduo ou público. Você deve considerar, primeiramente, o
modelo ou desenho recebido do estilista para saber qual a função que a folga deverá exercer no
mesmo.
Existem dois tipos de folgas na modelagem:

• Folgas de movimento e
• Folgas determinadas pelo desenho ou modelo.

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COMO FABRICAR SEU PRÓPRIO MANEQUIM PARA MOULAGE

• Precisa-se de duas pessoas, uma para vestir a outra.


• Para quem possui seios grandes, é importante vestir um sutiã de boa
sustentação.

Material:
1 camiseta velha
5 rolos de fita prata ( silvertape)
1 cabide de madeira
Cola quente
Fibra para enchimento
Tesoura
1 rolo de papelão de peça de tecido.
1 lata com cimento

Proceda então da seguinte maneira:


1. Vista uma camiseta que possa ser cortada, pois ela será base para a fita.
2. Comece a envolver o tronco com a fita prateada em todos os sentidos.

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3. Faça várias camadas para ficar bem firme.


4. Depois de pronto o formato do corpo, corte a fita com a camiseta no centro
das costas e retire do corpo.
5. Costure a abertura das costas.

6. Encaixe o cabide no tubo de papelão, cole com a cola quente.


7. Prenda o corpo no cabide e preencha com manta acrílica. Pode colar com a
cola quente. Para um trabalho melhor, faça uma tampa para o pescoço também, com um
buraco para a passagem do arame do cabide.
8. Feche as aberturas do braço, também com papelão e cole com a cola
quente.
9. Corte um papelão com o formato do fundo e encaixe, cole com a cola
quente.

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Para que este manequim possa parar em pé, faça uma base utilizando uma lata de tinta
com argamassa, que pode ser comprada em quilo nas lojas especializadas e coloque o tubo dentro
da massa. Espere 24 horas para a secagem completa. Este processo pode ser feito antes do
manequim.

O RELATÓRIO

Relatórios são documentos descritivos de resultados obtidos em pesquisas, eventos,


atividades, experiências ou serviços. Elaborados com a finalidade de serem apresentados para
apreciação de pessoas ou órgãos, devendo ser sistemáticos e dirigidos ao especialista da área com
conclusões e recomendações do assunto.

Estrutura

1. Capa: consta do nome da instituição, curso, disciplina, nome do professor, título do


trabalho, nome do aluno e série, local e data ( fonte arial - ver modelo anexo I)
2. Identificação: Caracterização do relatório
a) Responsável: nome do autor do relatório
b) Local: menciona ode realizou-se a atividade
c) Período de Execução: registra o período (dia/mês/ano) de início e término da atividade.
Em casos de palestra, seminários, congressos, etc. elucidar a carga horária do evento.
3. Título: resume a idéia do trabalho. O nome do evento ou atividade.
4. Objetivos: Descrever qual (ais) o (s) objetivo (s) a serem alcançados durante a atividade
ou evento.
5. Programação: Elencar o roteiro das atividades e ou acontecimentos durante o evento ou
atividade.
6. Texto: É um texto corrido, não sendo necessária a identificação tópica dos pontos A, B e
C (abaixo). Eles são apenas didáticos e servem para orientar o discente no momento da
elaboração.
a) Introdução: Parte inicial do texto onde se expõe o assunto como um todo.
Informações sobre o contexto e a importância do assunto ou atividade.
b) Desenvolvimento: sintetiza o conteúdo das atividades realizadas, apresentando os
principais pontos abordados durante a mesma.
c) Conclusão: Apresenta os avanços acadêmicos que a atividade proporcionou para o
discente e a sociedade como um todo.
7. Anexos: São documentos auxiliares tais como: tabelas, gráficos, mapas, organogramas,
formulários, fotos, documentos, desenhos, etc.. A função dos mesmos é de enriquecer e ou
elucidar as informações contidas no corpo do relatório. No relatório da disciplina de Modelagem
tridimensional, deve estar acompanhada de desenho, utilizando a base a seguir:

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BASE DE BLUSA

Uma base de corpo é composta de frente e costas,


utilizando pences para marcar a cintura. As pences são a
chave para o ajuste da roupa feminina. Podem-se criar
diversos modelos utilizando a base de corpo como
referência.
O molde base é utilizado para desenvolver diversas
peças do vestuário e sua modelagem. Devido a isso, é
importante que se modele esta peça com muito cuidado e
rigor.

Preparação Frente

1. Medir o comprimento para a frente


da blusa no manequim, acompanhando o
sentido do fio, á partir do ombro até a cintura, acrescentando mais 10 cm. Anote a
medida e corte o tecido com este comprimento.

2. Medir a largura para a frente da blusa no manequim, na horizontal, onde a


medida for maior (busto ou quadril, do centro até a lateral do corpo e acrescente 10
cm.). Anote e recorte o tecido com esta largura.

3. Trace uma linha no centro do tecido, no sentido do comprimento, com 2,5


cm do final do tecido.
4. Nota: na figura, a ourela do tecido está à esquerda e o lado cortado está à
direita.

5. No tecido, trace uma para representar o busto, utilizando um esquadro,


conforme a figura abaixo.

6. Meça a
distancia entre o centro do
corpo e o ápice do busto, e
marque no tecido.
7. Meça do ápice
para a lateral

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No manequim Frente

1. Posicione o
tecido no manequim de
forma que a marca do ápice
do busto fique corretamente
posicionado.

2. Prenda com um
alfinete.

3. Prenda o centro
do tecido dobrando o lugar
marcado.

4. Prenda com alfinetes o pescoço e a cintura.

5. Alfinete também na região do busto.

6. Vá prendendo o tecido, na linha da cintura, de forma que possa utilizá-los


como um guia para as etapas seguintes.

7. Com centro preso,prenda a lateral, deixando o tecido no sentido do fio.

8. Faça a pence para marcar a cintura, sendo que esta não pode ficar a menos
de 3 cm de distancia do ápice do busto.

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9. Alise o tecido sobre o manequim, deixando a sobra de tecido sobre o


ombro. Esta sobra varia de acordo com o tamanho do busto. Aqui faremos surgir a
pence fundamental.
10. Para assentar o decote da frente, faça piques ao redor do pescoço,
conforme a figura.
11. Depois de bem definido o modelo, risque o desenho.
12. Retire e passe para papel.

Preparação Costas

1. Meça o tamanho de tecido necessário.

2. Prepare o tecido, marcando o fio e a dobra do meio.

1. Posicione o tecido em fio reto.


2. Prenda o ombro com alfinete.
3. Vá prendendo conforme for necessário, alisando e
arrumando o tecido.
4. Faça a piques para assentar o decote.
5. Faça pence no ombro se for necessário.
6. Faça a pence para o ajuste na cintura.
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7. Confira o modelo.
8. Risque e retire do manequim.
9. Passe para o papel.

Retificando as linhas

• Após retirar as modelagens, deve-se realizar a adequação das linhas, o


ajuste das retas e curvas, utilizando-se para isso, as réguas de modelagem.
• Usando a curva francesa ou a régua de cava, retifique as linha
• Deve-se conferir o molde, no manequim, e na mesa, para que a peça possa
ser bem produzida.

• Conferimos o tamanho do ombro e as laterais.

Checklist

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• A verificação do molde ou peça acabada serve para vários fins.


• Ela mostra imprecisões e erros.
• Uma peça bem modelada é facilmente verificável somente ao se olhar no
manequim.
• Deve-se então, depois de feita a modelagem, retornar a peça para o
manequim, e então analisar o projeto.
• Verifique se não apresenta os seguintes problemas:
• cintura pode ser muito apertada.
• peças com modelagem muito apertada ao corpo.
• costuras repuxando para os lados.
• Quando existe excesso de tecido:
• • Ombros: costuras parecem demasiado longas.
• Pregas ou drapeados formadas em todo o tórax.
• Pregas ou drapeados no decote.
• Pregas drapeadas em excesso.

BLUSA COM PENCE

Quando drapeamos um pedaço de tecido sobre as curvas do corpo humano, podemos perceber
que o ponto principal de volume é o busto, de onde saem várias pregas, que são as dobras de
tecido em formato triangular. Estas dobras, no entanto, podem ser dispostas em qualquer
posição, irradiando do busto. Quanto maior for o corpo ou o busto, maior será a pence necessária.
Esta pence pode ter sua localização variada, porém, sempre partindo do busto. Ela pode ir
em direção a cintura, ao ombro, a lateral, etc. a utilização das pences, além de um recurso para
adequação do tecido ao corpo e ao seu assentamento, pode ser utilizada como elemento visual,
dando formas e efeitos diferenciados.
Vejamos alguns exemplos nas figuras abaixo:

Preparação

• Faça a estimativa de tecido


medindo no manequim a altura e largura
desejada e acrescente 10 cm a cada medida.

• Inicie a modelagem da frente


prendendo o tecido no centro e de cima para
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baixo

• Faça piques para acomodar melhor o tecido.

• Alise na região do ombro deixando a sobra para a pence na cintura.

• Alise na lateral
• Prenda a pence.
• Risque toda a peça, retire do manequim
• Recorte o tecido excedente e recoloque no manequim.

• Transfira para o papel com margem de costura.


.

BLUSA COM DRAPEADO NO BUSTO

1. Meça o comprimento pela frente e atrás, ao longo do sentido do


fio, do decote para a cintura, e some 10 cm

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2. Meça a largura para frente e atrás ao longo do centro da frente de centro da forma de
vestido para a costura lateral do busto, e some 10 cm.

Estas sobras de tecido são necessárias para que se possa ajustar o tecido no manequim.

Marque a altura do busto.


Tire o fio para marcar a linha do recorte
dianteiro e marque. Faça o mesmo na linha da parte
de trás usando um esquadro, no centro do
tecido, desenhe uma linha de cruzamento
perpendicular para a altura do busto. Esta linha será
chamada de linha do busto. Na parte de trás, faça
o cruzamento para a altura das costas.

3. Meça a forma do decote, a distância da frente de centro para o ápice.

4. Fixe a marca de ápice no tecido para a posição de ápice da forma do decote.


5. Fixe o centro dobra de linha dianteira do tecido para o centro posição, na dianteira da
forma da peça.
6. Alfinete as sobras do pescoço e da cintura. Alfinete também a linha do busto.
7. Drapeje e fixe o ombro alisando o tecido de excesso pela área de tórax superior e em
cima do ombro.
8. Alise a o tecido ao redor da axila, deixando os dois centímetros de transpasse. Isto é
para assegurar que a axila não fica muito apertada.

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9. Alise o tecido além da costura lateral. Permita tecido de excesso na frente na área de
cintura e na linha debaixo do busto.
10. Alise e modele o tecido de cintura pela fita de cintura. Permita a sobra de tecido além
da linha central.
11. Uniformemente distribua e fixe tecido de drapeado na área do busto.
12. Modele o decote desejado. Normalmente o drapeado fica no centro do busto,
puxando o excesso de tecido para baixo.
13. Marque as áreas fundamentais da forma da peça para o tecido. Frente de centro,
Busto, o centro linha dianteira da forma da peças e onde a abundância juntada está à frente de
centro.
14. Remova o tecido da forma da blusa. Faça as margens de costura.

15. Recoloque no manequim e verifique se está de acordo. O drapeado deve ser marcado e
distribuído com equilíbrio.

Variação de blusa

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BBLUSA KIMONO

O modelo kimono é uma blusa com a manga embutida, ou seja, ela não tem a sua
modelagem feita separadamente. Este estilo de manga é cortada em uma única peça com a parte
frontal e a parte das costas, unidas por uma costura nos ombros e outra na lateral da peça. Esta
elimina a cava tradicional. A silhueta muitas vezes representa um T.
Este modelo não possui pences, porém, pode variar muito em sua composição alterando-
se golas e mangas, além do comprimento e do sistema de fechamento. Pode ser utilizado para a
elaboração de blusas, vestidos camisas e casacos.
O quimono é usado as vezes solto debaixo do braço e pode haver diversas formas de
design diferentes, dependendo do efeito desejado. A costura dos ombros ajuda a dar-lhe forma.
Ela é formada por uma peça inteira na frente e outra nas costas.
A popularidade do modelo kimono vem e vai de ano para ano, dependendo das tendências
de moda.
Preparação

• Meça a largura do tecido no


manequim, do centro para fora, até o punho
com o braço levantado.
• Meça a altura desejada para o
modelo.
• Corte o tecido.
• Marque o fio

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Passos da modelagem

• Comece prendendo o tecido de cima para baixo e do centro para fora.


• Alise o tecido.
• Faça piques na região do decote para assentar.
• Alise e prenda com alfinetes.

• Levante o braço e arrume o tecido.


• Prenda com alfinetes o obro e a lateral.

• Risque o decote, o ombro e a lateral.

• Retire do manequim.
• Levante a linha do ombro
e deixe-a de acordo com a linha da
manga, conforme a figura.
• Retifique as linhas, acrescente a margem de costura e recoloque no
manequim.
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• Modele a parte das costas.

• Confira a modelagem e observe que a parte das costas deve ser mais alta
que a da frente.
• Retifique as linhas.

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BLUSA COM RECORTE PRINCESA

Fechamento com zíper invisível na lateral


Esta base pode ser usada para vários tipos de
blusas com este tipo de recorte, como esta da figura:

Preparação

1. Meça no manequim a altura


desejada.
2. Meça a lateral da frente e acrescente 3 cm.
3. Repita o processo com o centro.
4. Recorte então 2 partes de tecido para a modelagem.
5. Marque o sentido do fio em cada uma delas.

Passos para a modelagem

O centro da frente:
1. Posicione a frente central no manequim,
observando o fio reto.
2. Prenda o tecido no manequim, reforçando o
centro em toda a sua extensão com alfinetes.
3. Faça pique na cintura para facilitar o
trabalho.

4. Modele o tecido como indicado na figura.

5. Risque o contorno
e retire o molde.
6. Recorte a
modelagem.

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A lateral

1. Recoloque o centro da peça recortada sobre o manequim, fixando bem.


2. Modele a lateral em conformidade com o centro, observando o encontro
das partes e o comprimento.
3. Faça pique onde for necessário para o melhor encaixe.

4. Obtendo as duas partes, centro e


lateral da frente, desenhe-as no papel e acrescente
as margens de costura, recortando-as em seguida.

5. Repita o processo para a parte de


trás, observando as figuras.

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• Como o fechamento da peça será realizado com zíper invisível, não será
necessário o acréscimo de margem para fechamento, pois este tipo de zíper utiliza a
medida da margem de costura para sua colocação.

Após a obtenção do molde, se faz necessária a modelagem dos acabamentos, no caso, de


revel para decote e cavas.
Para o revel:

• Em um tecido, risque o contorno do decote e dos ombros.


• A largura do revel pode variar de 2,5 a 3 cm.
• Risque a parte de fora do revel, refazendo a curva.
• Repita o processo na cava, separando frente e costas.

BUSTIER

O bustiê tem a forma parecida com a blusa princesa, utilizando


os mesmos recortes, que se assentam nos contornos do corpo na
frente e nas costas pode ter recortes ou ser modelado em peça única.
O decote pode ser em formatos variados, mas o bustiê é muito
utilizado para fazer tomara que caia, devido à sua estrutura.
Os recortes são utilizados para dar o suporte necessário da peça
ao corpo, na frente e lateral. Na parte de trás, deixa-se tecido para a
colocação de zíper, ou trabalha-se com elástico para o melhor ajuste.
As técnicas de moulage ajudam muito na modelagem deste tipo
de peça.

Preparação

1. Meça a área necessária no manequim e acrescente tecido para as folgas


necessárias para o trabalho.
2. Esta peça tem duas partes na frente e duas nas costas.
3. Prepare o tecido como o indicado para as peças anteriores.

Passos para a modelagem

1. Prepare o manequim, colocando fitas na


altura desejada do decote, frente e costas, conforme a
figura.
2. Posicione a frente interna no manequim e
comece a marcação.

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3. Marque todas as áreas,


fazendo piques para que o tecido assente
melhor.
4. Depois, posicione a lateral da
frente para que possa ser feita a
modelagem.

5. Alise e fixe a emenda lateral


no lugar, cuidando para não tirar o fio do
tecido do lugar.
6. Alise e fixe a emenda dos dois tecidos, retirando as sobras para que as duas
linhas se encontrem perfeitamente.
7. Desenhe o contorno da peça.
8. Repita o processo na parte de trás, deixando sobrar 2 cm no centro das
costas para o zíper. Dobre esta sobra para dentro.

P
ara um
melhor
ajuste,
remova
1,2 cm
das
laterais,
e 1,2 cm do recorte logo abaixo do busto, conforme indicado na figura abaixo:

• Recoloque as peças no manequim para a


conferência do molde.

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ADAPTAÇÃO DE MODELO

A partir desta mesma base, podemos obter vários outros modelos de bustiê.

BUSTIÊ COM TRAMSPASSE E DRAPEADO

1. Utilize o manequim e modele os dois lados (interno


e esterno da frente, e as costas).

2. Recorte e costure esta base em um tecido reforçado para servir de base ao


drapeado. Nas costuras, pregue um filete de viés para a colocação de barbatanas.

3. Recoloque no manequim
cada parte e prenda o tecido do
drapeado, fazendo as pregas e
distribuindo de maneira uniforme.
Esse processo pode ser utilizado para qualquer
modelo. Não esqueça que além do reforço, deve-se obter um
forro para o melhor acabamento da peça.

Podemos utilizar a base do bustier para modelar


diversos tipos de vestidos.

BASE DE BLUSA E VESTIDO EM MALHA

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Uma base de corpo para malha é realizada com um pequeno ajuste,


porém, sem pences. É uma peça de costura simplificada onde se utiliza a
elasticidade da malha para um melhor caimento. Uma grande variedade de
tecidos de malha está disponível com diferentes graus elasticidade. Portanto, o
grau de alongamento deve ser considerado antes da concepção e da moulage.

NOTA: o tipo de tecido escolhido para a modelagem deve ser o mesmo para a
produção em escala do modelo.

Preparação

Medir o comprimento desejado á partir do pescoço e acrescentar 5 cm. Meça a largura do,
frente e costas e acrescente de 5 a 10 cm.. Cortar o tecido.

Passo a passo da modelagem

FRENTE

• Prenda o tecido de cima para baixo e do centro para a lateral. A parte central deve
ficar reta, pois não haverá recorte.
• Alise e prenda com alfinetes.

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• Faça pique no decote em volta do pescoço.


• Prenda na linha do busto, alisando bem o tecido. Este deve ser moldado ao corpo.
• Prenda na lateral.
• Faça as marcações necessárias:
o Linha do busto,
o Cintura,
o Quadril
o ¼.
o Ombro
o Cava
o Decote
o Lateral
o Barra

Retire do manequim, retifique as linhas e acrescente margens de costura.


• Recorte as sobras de tecido
• Recoloque no manequim.

COSTAS

• Prenda o tecido de cima para baixo e do centro para fora.


• Modele o tecido no manequim, cuidando para coincidir as linhas do ombro
e laterais.

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• Faça as marcações necessárias.

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BLUSA ASSIMÉTRICA

A modelagem da blusa assimétrica tem um equilíbrio informal, com


cada lado oferecendo uma silhueta diferente em vez do equilíbrio
tradicional. Geralmente um lado cruza sobre o outro. Este detalhe
assimétrico pode ser modelado com pregas, pences ou dobras. Alguns
modelos podem ser de um ombro só ou com recortes laterais.

Preparação do manequim

1. Marque o manequim
com fita preta dando o decote
desejado para a blusa.

2. Meça o comprimento
para a blusa no dianteiro da parte mais alta do ombro,
passando por cima do busto até o comprimento desejado
da blusa e some mais 30 cm.

3. Meça a largura para a frente da blusa ao longo


da linha do busto a frente de centro do manequim para a costura lateral do busto, e
acrescente 30 cm.

4. Corte o tecido nas medidas acima e marque o fio de urdume seguindo a


ourela do tecido.
5. O fio de urdume acompanhará o decote da blusa, portanto a frente da blusa
ficará no fio viés do tecido.

6. Prepare a largura e comprimento da tela para a parte de trás da blusa como


a modelagem de uma blusa básica.

LADO DIREITO DA FRENTE

1. Alfinete a tela de modo que o fio do tecido


Fique ao longo do decote desejado. Permita que o tecido caia sobre vários centímetros,
além do ombro e além do comprimento da blusa, como mostra o desenho.

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2. Fixe o ombro com alfinete e alise para marcar a cava da blusa.


3. A cava deve ficar mais ou menos 1 cm abaixo das axilas dando folga para o
braço.
4. Para a lateral deixe 1 cm para a folga do busto.

5. Alise e modele o tecido a partir do centro, fixando


com alfinetes no lugar da costura lateral.
6. O excesso do tecido abaixo do busto vai para o lado
contrário para formar o drapeado.

7. Prenda alise e modele o tecido sob a fita da cintura.

8. Permita que a sobra de tecido forme o drapeado conforme o modelo.

9. Alfinete excesso de tecido neste local.

10. Modele sobre o drapeado o acabamento para a lateral oposta e dê a


característica do modelo desejado.

LADO ESQUERDO DA FRENTE

NOTA: Estes passos só se aplicam se o lado esquerdo do


modelo for diferente do lado direito.

1. Alfinete a tela com o fio de urdume ao


longo do decote desejado do lado esquerdo.

2. Modele e fixe o ombro.

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3. Alise e modele o tecido ao redor da axila, deixando mais ou menos a cm


para folga do braço.

4. Alise e modele o tecido na costura lateral. O excesso de tecido vai para o


drapeado da cintura abaixo do busto. Fixe o tecido
na linha da cintura.

5. Recorte o excesso de tecido, não


esquecendo de deixar sobra para margem de
costura.
6. Volte o tecido da direita para o manequim
para o ajuste final.

7. Volte à tela do traseiro no manequim para


ajuste de ombro e laterais.

BLUSAS COM PALA RECORTADA

As palas são a parte superior de camisas ou


blusas e podem ser elaboradas em vários formatos e
comprimentos.
Muito utilizadas para camisas masculinas,
normalmente nas costas.
Podemos obter vários modelos utilizando as
palas, como batas e blusas.

MODELANDO OS DIVERSOS FORMATOS DE PALAS

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1. Para modelarmos a pala devemos marcar no manequim o formato de pala


desejado.

2. Coloca-se o tecido sobre o manequim e modela-se o tecido, conforme as


figuras seguir:

3. O processo de modelagem e finalização é o mesmo de qualquer outra peça.


Depois de extrair a modelagem, devemos transferi-la para o papel, com margem de
costura.

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MODELANDO UMA BLUSA COM PALA

Agora vamos modelar uma


blusa estilo bata, utilizando a pala.

1º modele a pala

Escolha o formato que mais lhe agrada e siga o passo a passo:


1. Marque no manequim com a fita a altura e formato desejado, frente e
costas.

2. Meça o manequim e recorte o tecido na medida necessária.

3. Acrescente o transpasse para os botões.


4. Faça o desenho da pala, fazendo piques para o melhor caimento e recorte o
seu desenho.

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• Confira no manequim, recolocando as peças.


• Remova do manequim e acrescente as
margens de costura no transporte para o papel.

2º. Modele o corpo

1. Comece medindo o tecido


necessário.
2. Acrescente mais 10, ou ¼ da largura
para as pregas.
3. Utilize a mesma marcação de fita
para obter o formato no manequim.

• Observe: é necessário deixar tecido que ultrapasse a altura da pala, para


que se possa trabalhar o tecido corretamente. Observe atentamente as figuras.

. Colocação do tecido,
modelo1:

4. Modelando o tecido:

5. . Fazendo as pregas:
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6. A modelagem pronta:

Modelo 2:

1. Cálculo do tecido: esse modelo é mais volumoso, portanto utiliza o dobro do


tecido.

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2. Colocação do tecido e modelagem:

3. Pregas:

4. Modelagem pronta.

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MODELAGEM DA MANGA

As mangas vêm mudando através dos séculos, sendo exploradas das mais
variadas maneiras. Podemos classificá-las de duas maneiras: as colocadas, que
são modeladas e cortadas separadamente, e depois costuradas nas cavas, ou as
que já são modeladas como parte da blusa. O molde da manga é o resultado de
cálculos precisos de acordo com as medidas das cavas da frente e das costas.

MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA A MODELAGEM DA MANGA

1 . Comprimento do braço
2 . Comprimento da cava até o punho
3 . Altura da cava
4 . largura do antebraço
5 . Largura do braço

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63

PREPARAÇÃO DA MANGA BÁSICA

Medidas necessárias:

Largura do Braço
Altura da Cava
Comprimento da manga curta

Traçado do Molde

Dobre o papel e coloque a dobra à sua esquerda.

Com o esquadro na dobra do papel, trace o retângulo ABCD com as seguintes dimensões:

A - B = Metade da largura do braço mais 2cm


A - C e B - D = Comprimento da manga curta.

A - E e B - F = 1/3 da altura da cava

Ligue E - F

E - G e F - H = 1/3 da altura da cava menos 1cm

Ligue G - H

Trace a linha I - J no meio de A - B e marque o ponto J e J',


conforme ilustração abaixo.

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Trace as diagonais E - I e J - F.

Divida a diagonal E - I por 3 e marque o ponto 1 no


primeiro terço próximo ao ponto I.

J' - 2 = 1cm

Divida a diagonal J - F por três e marque o


ponto 3 no primeiro terço, próximo de J conforme
ilustração.

Cava da Frente

Ligue A - 1 - 2 - 3 - H, com a régua curva de cava, conforme ilustração.

Cava das Costas

3 - 4 = 1cm

Ligue A - 1 - 4 - H, conforme ilustração.

Boca da Manga

D - L = 0,5cm

Ligue L - H

Copie o molde das Costas com a carretilha ou papel carbono e abra o molde.

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65

MODELANDO A MANGA NO MANEQUIM

1º. Corte um pedaço de tecido com largura o suficiente para


envolver o braço, deixando na largura e no comprimento margens
para a costura.
Desenhe uma linha ao longo do fio de trama,
aproximadamente 15 cm da cabeça da manga, então apare a sobra
superior de tecido e acomode o braço no centro da tela, como mostra
a figura I.

2º. Envolva firmemente a tela


envolta do topo , do braço com o fio
da trama se encontrando, e fixe a
costura de lateral. Como na
figura II

3º. Complete modelando a parte de


baixo da manga firmemente ao redor do
braço, formando uma pence no cotovelo,
então prenda com alfinete junto a
costura da manga e pela pence.

4º. Antes de remover o tecido do braço, marque os


esboços de punho e da cabeça do braço, e ao longo
da fila de alfinetes a costura de manga e pence do cotovelo.
Apare material de excesso.

5º. Faça a pence e una costura; abra as costuras, para maior caimento
à manga.

Depois coloque no manequim novamente e confira.

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MANGA DE CAMISA

A manga de Camisa tem o mesmo estilo da manga francesa com pence no cotovelo.
1. Corte o tecido com as medidas do braço deixando sobras para as costuras.O
fio ficará no sentido do comprimento da manga.
2. Traga o tecido firmemente ao redor do alto do braço deixando sobra para a
cabeça da manga e fixe a lateral.
1. Continue fixando a lateral, ajuste o punho formando pregas conforme o
modelo e marque a abertura da manga.

2. Remova a manga
do braço e apare as sobras de
tecido,
deixando margem para a costura.
Para um ajuste perfeito una a
costura da prega e faça a abertura (bico)
da manga para depois unir a lateral.

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MANGA COM FRANZIDO NO PULSO

1. Corte a tela com as medidas do braço deixando sobras para as costuras. O


fio ficará no sentido do comprimento da manga.

2. Traga o tecido firmemente ao redor do alto do braço deixando sobra para a


cabeça da manga e fixe a lateral.

3. Continue fixando a lateral, deixando bastante tecido no punho para o


franzido.

4. Prenda a cabeça da manga com alfinete e distribua com uma costura o


franzido do punho.

5. Antes de remover o tecido do braço, marque o esboço da manga com lápis.


Apare excesso de tecido, deixando margem para as costuras na lateral e extremidades.

6. Una costura de manga que deixando aproximadamente 6 cm


Para abertura do punho.

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MANGA RAGLÂ

A manga raglâ tem um desenho diferenciado,


pois a sua emenda pega uma parte da frente com
uma parte de trás, sendo assim, um pedaço da
manga ajuda a formar o decote.

Preparação

• Prepare o manequim definindo a manga raglâ, conforme a figura.

• Prepare o tecido da manga,


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com mais movimento do braço, ou seja, mais larga. Acrescente tecido acima do desenho
da manga, medindo da cava até o ombro
• Faça piques conforme o desenho.

• Faça a estimativa de tecido


para a parte do corpo.
• Corte o tecido e coloque no
manequim

• Prenda o tecido.
• Risque a cava
• Corte as sobras de tecido, retifique as linhas e acrescente margem de
costura
• Recoloque no manequim.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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70

• Encaixe a manga na blusa sobre o manequim e modele o tecido.

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BLUSA COM RECORTE NA CINTURA

A blusa com recorte na cintura possui uma


costura horizontal na linha da barriga e entre o busto e
a cintura, formando uma faixa na região. Esta faixa
pode ser reta, arredondada ou pontiaguda, moldando-
se no corpo e ajudando na definição da silhueta.
pontiaguda ou curva desejada.

Preparação do Tecido

• Meça no manequim e faça a


estimativa do tecido.
• Medir o comprimento para a frente
e para trás
e adicione 10 cm.
• Recorte e o tecido, neste
comprimento.

Preparação do manequim

Marque a linha de estilo desejado na frente e nas costas do manequim com alfinetes ou
fitas:
72

Meça a largura para a frente e para trás para a parte superior e adicionar 10 cm . Recorte
o tecido nesta largura.

Passos da modelagem

Modele o tecido no formato da cintura, do centro para as laterais Faça pique para o melhor
caimento, conforme a figura.
Deixe margem de costura.

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73

• Retire o tecido do manequim , apare as sobras e recoloque, prendendo bem


com os alfinetes.

• Comece a modelar a parte superior da blusa, do centro para a lateral


marque o centro, de cima para baixo, cuidando para que as linhas do cinto coincidam com
a parte superior.
• Vá fazendo os ajustes.
• Faça as pregas ou deixe volume para franzir.
• Não esqueça de prender no busto.

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74

• Faça pique nos locais necessários.


• Risque e retire do manequim.
• Acrescente a margem de costura e retifique as linhas.
• Recorte os excessos e recoloque no manequim.

Modele as costas:

Confira todas as
linhas:
• L
aterais,
• O
mbro
• D
ecotes
• R
ecortes

Faça a montagem da peça para prova e recoloque no


manequim
Faça os ajustes necessários e copie para o papel

MODELAGEM TRIDIMENCIONAL DO BLAZER

NOTA: Prepare o pedaço de tecido da parte de trás.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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75

1. Marque o fio do urdume, marque a altura do ombro para a colocação do pique


da manga, modele o decote , o ombro e o recorte, se tiver, na direção das pences. Caso
contrário, marque as pences.

2. Em um modelo com recorte na cintura, deve-se marcar o local.

3. Marque a cava da manga e depois confira o risco com uma régua curva. Não
esqueça de aumentar os dois centímetros da cava.

NOTA: As áreas de pescoço da parte de trás devem ser modeladas ao natural do pescoço para
acomodar o colarinho modelado. Também, se o modelo for utilizar ombreiras, acrescente-as no
manequim, antes de modelar.

Marque todas as áreas fundamentais do tecido parte de trás:

- Decote

- Ombro

- meio do ombro

- fim da axila

- Bainha

4. Confira na mesa, fazendo os ajustes necessários ou correções, some as


costuras, e devolva ao manequim o tecido para conferir os ajustes.

MODELANDO A FRENTE DO BLAZER

1. Fixe o tecido com o transpasse para a formação da gola. Meça no


manequim, da cava até o centro, acrescente a largura desejada para a gola, mais 5 cm.
Apostila de Modelagem Tridimensional
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76

2. Trabalhe o tecido, alisando e modelando de cima para baixo e da lateral


para o centro. Faça piques para modelar o pescoço.

3. Para formar a lapela da gola,


trabalhe com a sobra do tecido, verificando o
assentamento e o caimento. Faça um pique
na altura do final da gola.

4. Fixe o transpasse do decote ao


centro, na altura do pescoço dianteiro da
forma desejada.

5. Alfinete o resto do tecido conferindo todas as marcações.

6. Alinhe e fixe a costura lateral e o centro do pano. Se o modelo tiver recortes,


agora é a hora de modelá-los. Marque todos os recortes, linha de cintura e bolsos.

• OBS: no blazer é importante fazer uma pence no ombro para


o melhor caimento, ao invés de tirar a sobra de tecido para a lateral. Esta
pence deve ser eliminada na modelagem.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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77

1. Fixe a costura lateral e área


de cintura. Remova o alfinete ao centro
do pano na altura do decote e permita
que o tecido fique pendurado livremente
no quadril.

NOTA: Se uma costura de cintura é necessária, marque a


cintura e alfinete se, se for preciso retirar tecido. Fixe a costura
lateral restante.

2. Modele a cava, sendo que se


for necessária à colocação de pences,
para um caso de busto grande, é
recomendável que se faça um recorte na
linha do centro do busto, dobrando em
direção a cava. Lembre-se que é
necessário deixar o transpasse para os
botões. (Esta quantia varia de um
tamanho de busto a outro).

3. Remova os alfinetes do centro do


transpasse da frente.

4. Dobre em uma linha a lapela, marcando sua dobra com lápis


ou caneta.

5. Retire as sobras de tecido.

6. Coloque um alfinete na posição de ponto de dobra da lapela


para verificar caimento desejado. Este ponto deverá ter um pique na
modelagem.

COLARINHO MODELADO

1. Fixe atrás o centro do colarinho, com o tecido modelado no manequim


(frente e costas).

2. Corte, alise, e fixe o transpasse do colarinho ao longo da costura de decote


de parte de trás da forma modelada para a costura do ombro. Fixe o tecido.

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3. Dobre o tecido em cima de si mesmo para criar a forma de colarinho. Fixe a parte de
trás com um alfinete no centro da dobra superior ao centro pescoço. (Este é para assegurar que
o colarinho não saíra do fio)

3. Dobre o tecido em
cima de si mesmo a este alfinete de
dobra superior. Apare e corte o
colarinho da parte de trás fazendo
os piques, na extremidade exterior
do tecido até a largura desejada e
modele o colarinho. Cortando, o
tecido cairá suavemente em cima da
área de ombro de parte de trás.

4. Modele o colarinho
dianteiro na linha do pescoço na
lateral, acompanhando o caimento
da lapela.

5. Lembre-se de que esta parte é muito parecida


com a gola esporte, portanto considere que o tecido deve dobrar-se sobre si mesmo.

6. Marque o final da frente do colarinho para dobrar no mesmo ângulo como a


parte debaixo, ao lado da linha lapela. Ajuste o colarinho até que quantia desejada da
ponta do colarinho seja alcançada.

7. Ponha a lapela em cima do colarinho. Do pique do decote, ajuste a lapela


para se ajeitar em cima do colarinho modelado.

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8. Modele então o estilo de colarinho desejado. Marque desde o meio da parte


de trás, até a frente.

9. Marque na gola, onde deverá ser a costura da lapela, pois, se observarmos


do desenho, parece que a gola “entra” na lapela, mas o que realmente acontece é que
existe aí um recorte.

10. A distância entre a ponta do colarinho e a da lapela é de aproximadamente


3 cm.

11. Confira para forma de lapela desejada. Reforme se necessário.

Remova o colarinho do manequim e verifique as linhas do molde. Acrescente as margens


de costura.

• NOTA: Normalmente o centro é colocado atrás do colarinho . Para um


melhor caimento debaixo do colarinho, um reforço é colocado no centro de trás, da altura
da dobra da gola, terminando em nada nas laterais.

• Confira o artigo de vestuário ajustado e a forma do colarinho. Devolva o


colarinho retificado e artigo de vestuário ao manequim e confira com precisão, ajuste e
equilíbrio. O tecido deverá ajustar-se normalmente ao redor do decote sem dobras ou
estiramento.

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GOLA CHALE

O blazer de gola chalé possui uma gola inteira, sendo unida na parte
central das costas, formando assim uma gola uniforme e arredondada.
Este tipo de gola é também conhecido como gola smocking.

Preparação

Meça no manequim e faça a estimativa de tecido,


acrescentando de 15 a 20 cm na largura do tecido da
frente e 10 cm no comprimento de ambos.

Marque o fio do tecido.

Passo a passo da Modelagem

• Meça a distância do pescoço para baixo na linha de


centro do manequim para definir a altura do decote.
• Prenda com alfinetes o tecido na linha do busto e
risque esta linha.
• Posicione o tecido com traspasse na linha central.

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• Faça um pique na linha do ombro e pescoço


• Modele o tecido prendendo do centro a lateral e de cima para baixo.
• Faça uma pence na região do busto.

• Faça um pique na linha central, no local definido para a abertura da gola.


• Dobre o tecido excedente por sobre o ombro.
• Faça pique para assentar no pescoço.

• Defina o
desenho da gola e
recorte o excesso.

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• Modele as laterais, prendendo com alfinetes e riscando as marcas, defina as


cavas e as barras.
• Marque a linha de ¼, cintura, busto e quadril, retire do manequim.
• Recorte o excesso de tecido e recoloque para conferencia.

Copie o molde para o papel após corrigir as linhas e acrescentar as margens.

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Apostila de Modelagem Tridimensional


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84

MODELAGEM DE GOLAS

O foco de um artigo de vestuário é o decote. Golas e colarinhos moldam a face e na


maioria dos casos é notada antes de outros detalhes da roupa. É então muito importante uma gola
ou colarinho bem feitos e vale o esforço que será gasto na sua modelagem.
Este capítulo descreve uma variedade degolas básicas que dão acabamentos elegantes ao
decote, porém muitos modelos poderão ser criados a partir das técnicas apresentadas neste
trabalho.

Gola Esporte

A gola esporte é uma peça única que dobra ao meio


dando um efeito elegante ao decote, pode ser colocadas em
trajes com abertura frontal tais como, blusa, vestido, camisa,
casacos etc. as extremidades da gola esporte pode ser
modelada em uma variedade de formas, pontas bicuda,
arredondadas, com botões de assento, etc.
A gola esporte pode ser usada aberta ou fechada
contra o decote dianteiro e assenta bem na maioria dos
tipos de decotes.

PREPARAÇÃO DO TECIDO

1. Defina a largura da gola (ao longo da trama), e some mais 5 cm para as


sobras de costura.
2. Defina o comprimento da gola, ao longo do decote, (no fio de urdume) do
centro de trás para o centro da frente, e somar mais 5 cm. Estaremos trabalhando com
meia gola

3. Corte o tecido e marque o fio.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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MODELANDO A GOLA:

1. modele a gola, iniciando na patê de trás. Prenda a lateral do tecido bem ao


centro do pescoço, deixando 1 a 2 cm para baixo ( na horizontal) para podermos dar os
piques. Comece a desenhar o contorno do decote.

2. Vá prendendo e alisando a gola em volta


do pescoço, com o tecido aberto. Sempre em direção à
frente, mantendo o fio do tecido alinhado até a frente.
Observe a figura:

3. Modele no decote dianteiro. Vá


assentando o tecido, contornando o decote dianteiro
do manequim.

4. Dobre o tecido sobre sí mesmo para formar a gola

5. Prenda com um alfinete a dobra de trás para assegurar que a gola não se
afaste do centro e fique fora do fio. Dobre o tecido em cima de em si mesmo (a largura
desejada). A dobra continuará ao redor do decote até a frente
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6. Apare as sobras de tecido na extremidade da frente dando o modelo


desejado a gola. Corte as sobras superiores do tecido dando a largura e forma desejada
para a gola, não esquecendo de deixar sobras para margem de costura.

7. Retire a tela do manequim e confira a largura das margens de costura.

Obs: o tecido foi modelado


dobrado ao centro, isto indica que
abrindo o tecido teremos a gola inteira,
lado direito e esquerdo do decote.

8. Extraia o formato da gola e transpasse para o papel

GOLA MILITAR

O colarinho de mandarim ou gola militar, geralmente é uma tira estreita, colocada ou


costurada ao redor do pescoço.
O bonito do colarinho é como ele é ajustado ao decote, podendo ser de muitos modelos
diferentes.
Pode ser duro e rente ao pescoço para um efeito de militar; pode ser uma faixa solta
macia para um look casual; ou pode ser feito com sua abertura na parte de trás que cria uma
posição estreita tipo de faixa de colarinho. Também, um colarinho de gravata pode ser
desenvolvido somando longas tiras ao centro dianteiro.

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PREPARAÇÃO DO TECIDO

1 – Definir a largura da gola desejada (ao longo da trama),


e somar mais 5 cm para as sobras de costura.

2 – Definir o comprimento da gola. ao longo do decote, (no


fio de urdume) de centro de trás para o centro da frente, e somar
mais 5 cm.

3. Cortar o tecido e marcar o fio de urdume.

PASSOS PARA A MODELAGEM:

1. Dobre o tecido ao meio no sentido da trama e alinhe as extremidades


2. Fixe com alfinetes a dobra no centro de trás do manequim, deixando margem no
pescoço, a fim de serem feitos os piques
3. Modele a gola, do centro das costas até o entro da frente. Observe as figuras:

4. Observe a figura da gola:

Ela não segue exatamente o fio do tecido, para


que tenha um ajuste correto. Então, devemos colocar
margem de costura em volta e cortar duas vezes. No
centro da gola o tecido é
dobrado.

5. Retorne a gola retificada para o manequim e confira


para precisão, ajuste, forma, e equilíbrio. A gola deve ajustar-
se calmamente ao redor do decote sem franzir ou esticar.

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GOLA ASSENTADA

A gola assentada ou gola bebê, tem um formato


arredondado que se adapta ao contorno do decote, assentando-se
ao ombro.

PREPARAÇÃO

1. Use um pedaço quadrado de tecido (30 x


50 cm);
e fixe no centro traseiro do pescoço do manequim.

2. Apare a sobra do tecido no contorno do decote.


3. Deixando margem de costura e prenda com alfinete no ombro.
4. Trabalhe o material firmemente ao redor do decote, cortando o excesso de
tecido, e prenda com alfinete o decote da frente,
5. Fixe a extremidade exterior da tela na marca do ombro.
6. Marque o esboço da gola na largura desejada
(aproximadamente 7 cm)

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Passe a modelagem para o papel e acrescente a margem de costura.

GOLA ASSIMÉTRICA

Há muitas variedades de golas assime´tricas e várias formas


de modelar esta peça. O modelo a ser detalhado tem um transpasse
sobre as pontas. Pode ser mais decotada ou mais próxima do
pescoço, o que será definida pelo modelista.
Os melhores resultados são conseguidos quando esta gola
surge devido o modelo da blusa ser transpassado.

Preparação

• Meça a distância desejada do decote no manequim,


cruzando o lado direito com o esquerdo.
• Meça a largura desejada, dobre esta medida e
acrescente de 5 a 10 cm.
• Corte o tecido e marque o fio.

• Prepare o tecido:

• Dobre a tela na metade da largura.

• Divida o comprimento em três, multiplique por dois e marque esta medida.

• Corte o tecido conforme a figura: o corte deve ter 3 cm.

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• A parte maior será a parte de trás do


decote
• Faça piques para melhor caimento.
• Encaixe o tecido no manequim e vá
modelando até obter a forma desejada.

• Observe as figuras:

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GOLA ALTA

A gola alta é uma gola que fica em pé, em volta do pescoço e pode
dobrar-se sobre si mesma para um efeito diferenciado.
Pode ser utilizada como efeito decorativo e é muito utilizada em
peças de inverno.

Preparação

• Marque no manequim
o contorno do decote.
• Ele deve ter pelo
menos 3 cm de distancia do pescoço
para possibilitar a passagem da
cabeça.
• Quanto maior for a
distancia do pescoço, mais ampla será
a gola.

• Dobre um pedaço grande de tecido em viés, de 60 a 70 cm de largura.


• Calcule um quadrado que seja o dobro da largura desejada da gola e
acrescente 5 cm.
• Esta linha deve ser colocada o mais próximo da extremidade esquerda da
tela possível, conforme ilustra a figura:

• Remova o excesso de tecido, acrescentada a margem de costura.


• Faça piques para encaixar no pescoço.
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Passos da modelagem

• Prenda com alfinetes as camadas de tecido ao longo do decote.


• Prenda as costas para que não saia do local desejado.
• Mantenha o tecido dobrado.
• Desenhe o decote inteiro.

• Dobre o tecido sobre si mesmo ou arrume a


gola para verificar o efeito desejado.
• Retire do manequim, confira as linhas e
recoloque para verificar o efeito.

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Modelagem da saia reta

A saia básica ou sai reta é uma peça que acompanha o formato do corpo. É ajustada na
cintura por uma ou duas pences.
Considerada muito importante devido a sua versatilidade e
possibilidade de variação de suas formas com o uso da criatividade.
Com esta base, o designer terá uma peça que representa o
formato do corpo, e á partir dela poderá descobrir uma infinidade de
variações.

Preparação
1. Meça no manequim a largura do quadril, do centro
até a lateral, representando ¼ do corpo.
2. Meça também a altura desejada, deixando 5 cm
além da cintura.
3. Faça as marcações necessárias.

No manequim
1. Frente Prenda o tecido no centro da frente e
na cintura.
2. Prenda na linha do quadril e na lateral.
3. Deixe o tecido sobrar para a dobra da pence.
4. Faça uma ou duas pences na cintura.
5. Marque a lateral, deixando 1 cm de folga do
quadril para baixo.
6. Confira todas as marcações, risque e retire do
manequim.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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7. Recorte a modelagem, deixando margem de costura e recoloque no


manequim.
8. Modele a parte de trás da mesma forma, cuidando para que as partes
fiquem iguais.

1. Confira a
modelagem na mesa e
retifique as linha com as
réguas adequadas.

2. Recoloque sempre a peça novamente no manequim para a conferência


final.
3. Verifique se não há erros ou imperfeições.
4. Confira o caimento, a posição das pences e as costuras laterais e centrais.
5. Caso haja imperfeições, refaça a pence.

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SAIA EVASÊ

A saia evasê não é colada ao corpo, e sim, o seu contorno descreve


uma semi-curva. Seu efeito e bom caimento dependem do tecido utilizado.
Um tecido leve, fará com que a peça caia, formando várias dobras. Um tecido
mais encorpado deixará a sai mais armada.
A saia evasê tradicional não tem costura no centro, e sim duas costura
nas laterais ou uma nas costas.
Uma silhueta em linha A utiliza muito o caimento em evasê.
Uma boa base de saia neste modelo pode gerar infinitas variações
desta peça.

Preparação

• meça no manequim a largura do centro


até a lateral, mais uma vez a medida.
• Meça também a altura desejada, e acrescente
mais 10 cm.

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No manequim

Coloque o tecido no manequim, prendendo no centro e na cintura.


• Deixe-o cair na lateral, pois esta saia não terá pences.
• Prenda até a altura do quadril.
• Deixe 1 cm de folga na região do quadril.
• Dobre o tecido em pregas. Quanto mais tecido, mais pregas fará, e mais
rodada a saia ficará.
• Com as pregas feitas, marque a barra com uma linha reta.

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• Depois de riscar e cortar a peças, confira frente e costas se batem na lateral.


• Observe na figura abaixo uma variação de saia evasê.

Variações de saias

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Podemos obter a modelagem de várias saias diferenciadas, como este modelo liso atrás e
com pregas na frente.
Sem costuras nas laterais, pode ser de zíper nas costas ou envelope na frente.
Um belo drapeado depende da habilidade do designer, pois na cintura está o grande
segredo das pregas que se formam ao longo do quadril.
Este modelo é normalmente fabricado com tecidos fluidos e de bom caimento.

Preparação

• Para obtermos formas diferenciadas como saias pregueadas


sem costura nas laterais, primeiro medimos no manequim, a largura do
centro da frente até o centro das costas, mais a metade desta medida.
• Medimos também a altura desejada, mais 15 cm.

No manequim

• Comece a modelar prendendo o tecido do centro das costas


para a frente.
• Prenda o tecido fazendo a pence da parte de trás.
• Puxe o tecido da frente e prenda somente a ponta no
centro, conforme a figura.
• Junte o tecido restante na cintura, com alfinetes e pregas ou amarrando
esta sobra para obter um franzido.
• Observe que este tecido deve estar justo na região das pernas e volumosa
na região da cintura par que se obtenha o efeito esperado.

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Apostila de Modelagem Tridimensional


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SAIA ENVELOPE
A saia envelope tem este nome porque possui um grande transpasse na
frente, podendo este ser liso ou trabalhado

Preparação

• Medir o comprimento pretendido da saia e


acrescentar 10 cm
• Medir a largura para a direita e para a esquerda, definidno
qual ficará sobre a outra e acrescentar 15 cm para a que ficará por
cima.

No manequim

• Faça a modelagem da parte


inferior como a saia básica, ou copie a
modelagem desta.
• Coloque frente e costas no
maneuim.
• Inicie a modelagem da parte
superior colocando o tecido na frente e
fazendo piques conforme a figura.
• Prenda na lateral e La linha do
quadril.
.

Apostila de Modelagem Tridimensional


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• Faça as pregas ou drapeados


conforme a figura.
• Defina onde a sobreposição
termina.
• Risque o tecido.
• Retire do manequim
• Corte as sobras de tecido e
acrescente a margem de costura.
• Recoloque no manequim e faça a
prova.

• Copie a modelagem para o papel.

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VESTIDO COM RECORTE PRINCESA


O vestido com recorte princesa é um vestido sem mangas,
e com um decote acima do busto. É mantido no lugar com alças
finas. Esta peça tem costuras verticais formando os recortes e que
criam o efeito de justo no corpete e fluído na saia.
Não tem divisão na linha da cintura, formando linhas que
alongam a silhueta.

Preparação

• Prepare o manequim com o


formato do decote pretendido com as fitas
coloridas.
• Faça a estimativa de tecido. E
acrescente 10 cm na largura e na altura
obtidas.
• Você vai precisar de: um tecido
para a frente central, um para a frente lateral,
costas central e costas lateral, sempre na
metade do manequim.
• Marque o fio em cada parte do
tecido.

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• Prenda o tecido no
centro da frente do manequim, na
região do busto e do quadril, sem
marcar a linha da cintura.
• Alfinete na linha de ¼.
• Faça o pique na cintura
.
• Prenda todo o tecido,
alisando.
• Risque as linhas.
• Retire do manequim.

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• Acrescente de 5 a 10 cm na
largura final da saia, conforme a figura
• Recorte as sobras de tecido.
• Acrescente a margem de
costura e recoloque no manequim.
NOTA: não deixe o tecido muito esticado no
manequim.

• Prenda o tecido lateral no


manequim.
• Modele faça as marcações
necessárias.
• Risque e retire do manequim.

• Acrescente a mesma
medida usada anteriormente nos
dois lados da saia, conforme
mostra a figura.

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• Recorte as sobras de tecido e confira as linhas.


• Acrescente margem de costura
• Faça o alinhavo e prove no manequim.
• Faça as correções necessárias.

• Modele o centro das costas, repetindo o processo da parte da frente


• Acrescente margem de costura para zíper.

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108

• Modele as alças
• Faça a prova final
• Copie para o papel

VESTIDO ESCULPIDO

O vestido esculpido é drapeado ao redor de um recorte


central, o que resulta em um vestido com movimento e beleza. As
pregas são esculpidas ao redor do recorte, formando o drapeado,
sendo mais ajustado na lateral, ou seja, o volume está somente
nas pregas. Uma prega macho sai do recorte no centro da saia
criando o efeito fluído que se espera do mesmo. As costas são
retas, com recorte para o zíper no centro da mesma.

PREPARAÇÃO DO TECIDO

Meça no manequim a altura desejada mais 30


cm para as folgas.
Para a largura, a medida da frente mais 30 cm.
Faça as marcações de fio.

Determine o local e tamanho do recorte, no


manequim com a fita. Recorte um tecido com a medida
do recorte, mais a margem de costura. Marque neste
pedaço a margem para que ela apareça na hora de
modelar.

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Comece prendendo o tecido no manequim, de cima para baixo e da lateral para dentro, para que as sobras
fiquem para dentro. Prenda na altura do quadril, na linha de ¼.

Alise mas não estique o tecido.


Apare o excesso de tecido que está caindo em direção à
parte de trás do vestido deixando um excesso. Verifique
novamente o ombro.
Prenda o tecido no centro no
recorte. Vá arrumando o tecido
em sua volta.

Verifique que na
linha lateral o tecido esteja
bem preso e sem pregas.

Verifique o
caimento do tecido em
torno do recorte. Lembre de
deixar tecido suficiente para as
costuras, alem da folga para
movimento.
Vá prendendo e
alisando, dando piques
para o melhor
caimento.

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Crie os plissados de acordo com o recorte.

Deixe pelo menos 2 centímetros de tecido em excesso no recorte


para possíveis mudanças e costura .

Defina as outras linhas do vestido, como o decote e as


cavas, além da costura lateral. Não esqueça de modelar o ombro.
Marque o comprimento do vestido.

Retire o tecido do manequim, retifique as linhas,


faça os piques e prenda o tecido novamente para que seja feita a
frente.

Modele as costas conforme as figuras

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Observe que nas costas não foi feito nenhum


detalhe de drapeado.
Este modelo também pode ser realizado no viés.
Copie para o papel.

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PEÇAS COM CAIMENTO EM VIÉS

A francesa Madeleine Vionnet é considerada uma das grandes estilistas de todos os


tempos. Ela criava seus modelos em miniaturas de bonecas e só depois de alcançado o resultado
passava para a escala humana. Aparentemente, suas roupas tinham linhas simples, mas por trás
de seus modelos existiam grandes estudos de corte e drapeados. Considerada a rainha do corte
enviesado, Vionnet encomendava seus tecidos com quase dois metros a mais para poder esculpir
seus drapeados. De certa forma, a estilista redescobriu o corpo feminino, livrando as mulheres do
espartilho e dando conforto e movimento através da forma e do corte de suas roupas. Sua
trajetória na moda começou aos doze anos de idade, como aprendiz de costureira nos subúrbios
de Paris. Depois, em 1897, foi trabalhar em Londres com Kate O’Reilly. Em 1901, retornou a Paris e
foi contratada para a casa Callot Soeurs. Em 1907, ela ingressou na Doucet, onde permaneceu por
cinco anos. Finalmente, em 1912, a francesa abriu sua própria maison. As atrizes Marlene Dietrich
e Katherine Hepburn usavam suas roupas. Vionnet utilizava o crepe da china, a gabardina e o
cetim para a confecção de seus modelos, tecidos que não eram comuns na moda dos anos 20 e
30. Após a Segunda Guerra Mundial, ela precisou fechar sua maison. Em 1988, a família Lummen
reabriu a maison com a fabricação de acessórios Vionnet. Em 2006, apontada como uma nova
criadora, a estilista Sophia Kokosalaki cria, depois de 67 anos, a coleção de primavera/verão 2007
para a marca. O estilo atemporal de Vionnet é influência até os dias de
hoje, assim como sua contribuição técnica à alta-
costura.

VESTIDO COM CORTE EM VIÉS

O vestido em viés é uma peça sem


mangas, com alças finas e um decote
acima do começo do busto
O vestido em viés para ser vestido, é
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deslizado por cima da cabeça, o que torna mais fácil de entrar e sair, e é confortável
de usar. Como designer, você deve compreender que, se cortar viés e não modelar
de forma correta ou muito justo, cada imperfeição do corpo será enfatizada.
Este vestido é cortado em viés de i tecido, o que resulta em um maior que se estica
e está de acordo com os movimentos do corpo.

Preparação do Tecido

Medir o comprimento e a largura


para este vestido, medir um quadrado com 1,15
cm

Traçar uma linha diagonal em todo o


tamanho do tecido, como mostra a figura. Esta
linha não é o sentido do fio, este deve ser marcado
da mesma forma já estudada

PREPARAÇÃO DO MANEQUIM

Demarque no manequim o formato


desejado do decote com as fitas.

COLOCAÇÃO DO TECIDO
Posicione o tecido na frente do manequim, com a
linha diagonal centralizada , conforme mostra a figura.

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• Vá prendendo com os alfinetes na linha do decote, sempre


alisando com cuidado o tecido. Retire o excesso de tecido e faça os piques , na
linha do decote e na linha da cintura. Marque com lápis o desenho do decote.
• Deixe uma leve folga na linha da cintura, abaixo do busto para
melhor caimento.
• Vá alfinetando e ajustando na lateral, deixando uma folga de 1
cm no quadril, e verificando o caimento do tecido na saia

Não retire a frente do vestido do manequim.

Repita o processo para a parte de trás.


Cuide para que as costuras laterais coincidam, juntamente com o
comprimento do vestido.

Deixe as margens de costura. Depois de conferido, retire o tecido do


manequim, posicione sobre a mesa e ajuste as linhas. Copie para o papel.
Monte a peça e verifique seu caimento.

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Marque as alterações na modelagem,


anote todas as informações necessárias.
Para o acabamento deste vestido, usa-
se um forro cortado com o mesmo molde, que
pode ser do mesmo tecido ou não. No caso do
tecido do forro não ser o mesmo, corte um
revel da parte superior até 4 cm abaixo do
busto do mesmo tecido para que se faça um
bom acabamento.
É necessário realizar a modelagem da
alça também.

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GOLA DEGAGUÊ OU GOLA BOBA

A gola boba ou degaguê tem a sua modelagem


elaborada no viés, sendo que o exesso de tecido dá o efeito
e caimento desejado, quanto mais tecido, mais cavada e
volumosa a gola será. Deve ser realizada em um tecido com
bom caimento para que as ondas se formem com suavidade.

PREPARAÇÃO DO TECIDO

Medir e cortar um tecido em um quadrado perfeito de um


tecido macio e maleável, que seja suficiente para formar o decote e a
blusa até a linha da cintura, em torno de 80 cm.

Marque o sentido do fio, e depois uma


transversal no tecido.
Determine no manequim a
largura do decote.

Vire um canto do tecido um pouco maior que o decote para que sobre tecido. Quanto
maior for esta linha, mais tecido se terá para fazer o drapeado.

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NO MANEQUIM
Prenda o tecido conforme a figura.

Determine a profundidade desejada do decote.

Coloque um alfinete no centro do tecido, na posição do decote, fazendo coincidir a linha


central do manequim com a linha central do tecido.

Alise, coloque os alfinetes nas laterais.


Confira os lados e determine as cavas para os braços.

Risque, retire para


conferencia das linhas:
• Dobre o tecido ao meio novamente e
confira se os lados estão iguais.
• Corrija caso não estejam.
• Corte com margem de costura e recoloque
no manequim.

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Modele as costas, conforme as lições anteriores, com o tecido


posicionado no viés.

NOTA: este decote só pode ser na frente ou nas costas, não os dois ao
mesmo tempo, pois ombros irão cair. Caso deseje o efeito na frente e
costas, é necessário a colocação de uma alça segurando os ombros.

BLUSA COM VOLUME NAS MANGAS

Este modelo de blusa


não possui costuras na lateral,
sendo que a emenda do tecido
está no centro da mesma. A
forma como é posicionado o tecido e a sua
modelagem criam um efeito de drapeado nas cavas,
sendo este o seu diferencial.

PREPARAÇÃO DO TECIDO
Prepare um quadrado de tecido de aproximadamente 80 cm. Este tecido formará um lado
da frente e um lado das costas.
Trace uma linha como mostra a figura. Não esqueça de
marcar o fio do tecido.

Meça até 16
centímetros da borda inferior na
linha de viés.

Marque conforme a figura e recorte.

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Meça 15 centímetros da ponta


superior e dobre o tecido como a figura.

NO MANEQUIM

Prepare o manequim, marcando a profundidade


desejada para a cava abaixo das axilas, com um alfinete.
Coloque um alfinete também no ombro.
Prepare a forma de vestido.

Prenda o tecido ma metade do mesmo como


mostra a figura, com a borda deste no alfinete que
determina a altura da cava.
Puxe o tecido para cima, modelando a cintura
com piques, sempre prendendo o tecido com os alfinetes
para dar a forma necessária.
Puxe e alise conforme a necessidade e a forma
pretendida.

Modele as costas da mesma forma, prendendo o tecido na


linha central. Observe a figura :

Vá arrumando o tecido, modele o


ombro da frente e das costas para que
tenham o mesmo tamanho.

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Faça piques em torno decote para definir a sua área, conforme as figuras:

Depois de modelada a
blusa, recorte o tecido com a
margem de costura e
recoloque no manequim para
a conferência.

Passe o desenho para o papel.

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GOLA COLOCADA

Uma gola colocada é um recurso muito interessante quando se


precisa criar um efeito diferenciado, com a gola em viés e o resto da
roupa com o caimento normal.

Modele a blusa com o sentido do fio normalmente colocado,


marcando a área do decote. Risque e corte , colocando novamente sobre
o manequim. Posicione a gola com o tecido em viés, modele e recorte,
conforme a figura.

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BABADO CIRCULAR

Um babado é um tecido cortado em curva, sendo que o modelo pode apresentar vários
tipos de babados, e estes podem ser colocados em qualquer lugar: cavas, decotes, mangas, etc.
Babados são criados por se colocar um pedaço de tecido circular em uma parte da peça
relativamente reta. Isso cria um efeito interessante no tecido. Este efeito pode ser criado com
uma ou mais camadas de tecido.
Babados são muito utilizados em peças românticas, vestidos, saias e blusas.

Preparação do tecido

Dobre o tecido na metade e, em seguida, ao meio


novamente em outra direção.

Meça para baixo da borda canto dobrado. Usando uma


régua ou fita métrica, meça a medida desejada. Desenhe
esta medida de forma circular da borda dobrada.

Determinar a largura desejada do babado, e adicionar 5 cm.


recorte o tecido como mostra a figura.

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No manequim:

coloque o círculo de tecido sobre o local desejado no manequim, e confira o caimento e


efeito desejados.

NOTA: Pode haver vários formatos , dependendo do projeto.

BABADO CIRCULAR FRANZIDO

Corte o babado como o formato anterior, porém em um papel, abrindo o circulo.

Corte a metade deste e faça piques e abra conforme a figura:

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Corte o tecido utilizando o molde de


papel e faça o franzido com uma costura.

Coloque no manequim:

Em alguns casos podem ser necessárias várias


camadas de tecido para se alcançar o efeito
desejado

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VESTIDO COM BABADOS SIMPLES

Babados simples podem ser a solução perfeita


para o acabamento de um decote, gola, saia, ou
punho. É um simples pedaço de tecido franzido por
uma costura. Dependendo do tipo de tecido e estilo, o
babado pode ser realizado em qualquer largura ou
comprimento. No entanto, para determinar o
comprimento geralmente se calcula de 1 e ½ a 2
vezes o comprimento da costura. Este efeito dá um
toque gracioso para inspirar um visual mais suave,
mais romântica da moda.

No manequim

Medir a área do vestuário, onde o plissado será aplicado.


Calcule:
a. O dobro do valor, utilizando a medição na etapa 1, para um babado
bem volumoso.
b. Adicione metade do montante para a medição da Etapa 1, para menos
volume.

Determinar a largura desejada. Isso deve ser proporcional ao design do


vestuário.

Transfira as medidas de comprimento e largura do tecido. A largura é colocada sobre o fio do


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tecido.
NOTA: Se a medida do comprimento é maior que a largura do tecido, o comprimento do tecido
deve ser dividido em várias partes.

Um efeito diferenciado pode ser obtido se o tecido for franzido dobrado.

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