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ESTADO DO AMAPÁ

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR


DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO

Instrutor Elaborador: 3º SGT BM Paixão


Instrutor Ministrante: 3° SGT BM Eros
Disciplina: Fundamentos de Direito
PARTE II

IV – ENTES FEDERATIVOS

O federalismo brasileiro, ao contrário do norte-americano, resultou da desagregação ou


segregação de um Estado unitário, com a transformação das províncias em Estados-membros.
Por isso, o federalismo do nosso país é conhecido como federalismo de desagregação ou
federalismo devolutivo, no qual os poderes de um Estado unitário foram distribuídos entre seus
entes federados, a fim de encontrar a diversidade.
A autonomia das entidades federativas, contudo, pressupõe uma repartição de
competências administrativas, tributárias e legislativas. Esse talvez seja o principal ponto
caracterizador e assegurador da convivência no Estado Federal. Em vista disso, a Carta Magna
de 1988 fixou as matérias próprias de cada um dos entes federativos, União, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios.
O artigo 1º da Constituição Federal de cara diz que “A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (...)”
A ideia de distribuir competências é de permitir que a unidade política mais adequada trate
dos temas que lhe afetam mais diretamente. Assim, assuntos considerados de interesse nacional,
como segurança militar, direitos trabalhistas e normas de imigração, por exemplo, são de
competência da União; assuntos de interesse local, como organização do plano diretor da cidade,
são de competência municipal.
1 – União
A União não se confunde com o Estado Federal, pois ela é apenas um dos entes que
integram o Estado Federal. A confusão que costuma ser feita entre a União e o Estado Federal se
deve basicamente a três fatores: 1- os dois possuem a mesma circunscrição territorial; 2- ambos
são organizados pela Constituição Federal e 3- entre as competências da União encontra-se a de
tratar de assuntos de interesse nacional, o que corresponde a falar em nome da República
Federativa do Brasil.
Portanto, enquanto o Estado Federal é pessoa jurídica de Direito Internacional, capaz de
manter relações internacionais, a União é pessoa jurídica de Direito Público Interno, capaz de
manter relações intergovernamentais com os Estados-membros, com os Municípios e com o
Distrito Federal. Ressalte-se, porém, que quando o Estado Federal se relaciona com Estados
estrangeiros, é a União quem representa os interesses do Estado Federal, em nome deste e não
em seu próprio nome.
2 – Estados
Os Estados-membros, dotados de autonomia, são assim denominados para se
diferenciarem do conceito de Estado-nação, pois este possui mais do que autonomia, possui
soberania e é constituído pelos Estados-membros (no caso das federações). Como membros
integrantes da federação, os Estados-membros são, por excelência, entes federados e sua
autonomia consiste na capacidade de se auto-organizar, auto-governar, auto-administrar e auto-
legislar.
A capacidade de auto-organização dos Estados se consubstancia na Constituição
Estadual, que é o exercício do poder constituinte decorrente, observando-se os limites fixados
pela Constituição Federal. Além de regerem-se por suas próprias Constituições, os Estados-
membros elegem seus representantes, que implementam políticas públicas com autonomia,
respeitadas as Constituições Federal e Estadual, e as leis federais e Estaduais, estas últimas
elaboradas em cada Estado-Membro, pelas respectivas Assembleias Legislativas.
A divisão territorial da República Federal em Estados-membros é passível de alterações,
pois a Constituição Federal prevê em seu art. 18, §3º, as modalidades de mobilidade territorial
admitidas para criação e extinção de Estados-membros, nos seguintes termos:
Art. 18 ...

§3º – Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se


anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

4 – Municípios
A autonomia municipal consiste na capacidade dos municípios de gerir os próprios
negócios, dentro de limitações fixadas pela Constituição. O conteúdo dessa capacidade constitui
as competências municipais, que são divididas nas seguintes funções: 1) fundamental
organizante (por meio da Lei Orgânica Municipal); 2) auto-gestão; 3) administrativas
compartilhadas com os demais entes da Federação; e 4) legislativas exclusivas e suplementares.
A função fundamental organizante dos municípios brasileiros consiste na capacidade de
auto-organização por meio da elaboração da Lei Orgânica Municipal. O artigo 29 da Constituição
de 1988 estabeleceu que o município reger-se-á pela Lei Orgânica, que deverá ser elaborada
seguindo um processo legislativo especial, com parâmetros taxativos, que devem ser
rigorosamente observados. Essas características são próprias de poder constituinte decorrente,
tanto formal como materialmente.

V – DIVISÃO DOS PODERES

O princípio da separação de poderes é um modelo político que visa à melhor governança


de um Estado pela fragmentação do seu poder em órgãos distintos e independentes, cada qual
especializado em um aspecto ou área de governo. A preocupação básica deste princípio é como
impedir que os poderes políticos de uma sociedade se concentrem demais em uma única
figura de autoridade, seja ela uma pessoa, um grupo ou um órgão do governo.

A corrente tripartite, hoje, é a base de democracias presidencialistas como Brasil, França


ou Estados Unidos. Em sistemas como o parlamentarismo britânico, embora haja a divisão formal
em três poderes, na prática há o acúmulo de funções em um determinado poder - no caso, o
parlamento (legislativo com atributos do executivo). Já a Alemanha é um exemplo de país com
uma divisão ainda maior, havendo um poder eleitoral (Assembleia Federal) e dois executivos
(Gabinete e Presidente) além do judiciário e do legislativo bicameral. Por fim, a União Europeia
apresenta uma das mais radicais divisões de poder atualmente, com sete órgãos representando,
muitas vezes de modo intercalado, os poderes: executivo, legislativo, judiciário e auditor.
1 – Executivo
O poder executivo no Brasil é composto pela Presidente da República no âmbito federal,
pelos governadores no âmbito estadual e pelos prefeitos no âmbito municipal. Esses
representantes são eleitos por voto direto majoritário (mais de 50% da população). No caso dos
prefeitos, cidades com mais de 200 mil habitantes têm segundo turno nas eleições.

2 – Legislativo
O poder legislativo brasileiro é exercido pelo Congresso Nacional, que, por sua vez, é
composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. As duas casas possuem poder
equivalente, mas características distintas. A Câmara de Deputados compõe-se de representantes
do povo, eleitos por voto proporcional, isto é, de acordo com a população de cada Estado. O
Amapá, por exemplo, tem 8 deputados federais. Hoje temos 513 deputados e o mandato deles é
de quatro anos.
Os membros do Senado também são eleitos por voto direto, mas majoritário, e não
proporcional. Ou seja, cada Estado tem três senadores, igualmente. Eles representam a unidade
federativa, e não a população daquela unidade. Cada senador é eleito com dois suplentes.
Nos Estados o poder legislativo é representado pelas assembleias legislativas, compostas
por deputados estaduais. O número de eleitos também é proporcional à população. O Amapá
possui 24 representantes.
Já nos municípios os representantes do Legislativo são os vereadores, que compõem a
Câmara de Vereadores e são eleitos por sistema proporcional.
3 – Judiciário
Sua função principal é verificar a legalidade das leis em relação à constituição. No âmbito
federal, é composto pelos tribunais superiores, entre os quais o mais importantes é o Supremo
Tribunal Federal. Já o Supremo Tribunal de Justiça, por exemplo, situado em Brasília, trabalha
com assuntos não constitucionais, como recursos, por exemplo.
Existem outros tribunais superiores na capital federal, que são mais especializados, como
o TSE - Tribunal Superior Eleitoral e o TST - Tribunal Superior do Trabalho. Os tribunais regionais
federais, apesar de não estarem localizados em Brasília, tratam de matérias federais. Quem
trabalha nesses tribunais são os juízes, que, diferentemente do que ocorre nos outros poderes,
são nomeados pelo Executivo, e não eleitos por voto direto.
Há também a Justiça Militar, compete processar e julgar os crimes militares definidos em
lei. É composta pelos juízes-auditores e seus substitutos, pelos Conselhos de Justiça, especiais
ou permanentes, integrados pelos juízes-auditores e pelo Superior Tribunal Militar, que possui
quinze ministros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal.

VI – RAMOS DO DIREITO

Fazem parte do direito as normas jurídicas que se destinam a regular diferentes esferas da
vida social. Por isso, costumam formar-se subsistemas jurídicos, com princípios específicos e
dotados de uma estrutura interna que os define como ramos autônomos em relação a outros
setores da atividade jurídica. Há múltiplas formas de classificar o direito em ramos, mas aqui se
adotará a mais genérica e simples.
Uma primeira classificação das normas do direito divide-as em dois grandes grupos: as de
direito público e as de direito privado. São de direito público aquelas normas e atuações nas
quais o estado ou entidades públicas se acham presentes como tais, ou seja, exercendo seu
poder. As normas de direito público podem regular ações dentro de um mesmo país, ou as
relações do país com indivíduos. O que caracteriza essas normas é a especial presença do poder
estatal.
O direito privado se constitui das normas que regulam as relações entre pessoas. Da
mesma forma, são de direito privado as ações em que o estado entra como particular, sem usar
sua condição de poder.
Dentro do direito público, distinguem-se vários ramos. O direito internacional público regula
a atuação do estado e de seus organismos nas relações com outros estados. Na segunda
metade do século XX se criaram diversas organizações internacionais, como a Organização das
Nações Unidas, que embora não sejam estados regem-se pelo direito internacional público.
A notável integração econômica e social do mundo moderno exigiu a progressiva
consolidação das normas de direito internacional, que exercem uma influência cada vez maior
nos sistemas jurídicos internos dos estados. Cada vez mais, os problemas enfrentados pelas
pessoas em particular dizem respeito à humanidade em seu conjunto. Apesar de sua natural
resistência a abrir mão de direitos exclusivos, os países estão sendo obrigados a se unir e a
acatar e fazer cumprir grande número de acordos e normas internacionais, além de criar
organizações supra-governamentais especializadas. O direito internacional público, por
conseguinte, está em plena expansão.
1 – Direito Administrativo
Direito Administrativo é o ramo do direito público que trata de princípios e regras que
disciplinam a função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades
desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público.
A função administrativa é exercida tipicamente pelo Poder Executivo, mas pode ser
desempenhada também pelos demais Poderes, em caráter atípico. Por conseguinte, também o
Judiciário e o Legislativo, não obstante suas funções jurisdicional e legislativa (e fiscalizatória)
típicas, praticam atos administrativos, realizam suas nomeações de servidores, fazem suas
licitações e celebram contratos administrativos, ou seja, tomam medidas concretas de gestão de
seus quadros e atividades.
São princípios do Direito Administrativo expressos no caput do art. 37 da Constituição:
• Legalidade;
• Impessoalidade;
• Moralidade;
• Publicidade;
• Eficiência, sendo que este último foi acrescentado pela Emenda Constitucional nᵒ
19/98.
Legalidade administrativa significa que a Administração Pública só pode o que a lei
permite. Cumpre à Administração, no exercício de suas atividades, atuar de acordo com a lei e
com as finalidades previstas, expressas ou implicitamente, no Direito.
Impessoalidade implica que os administrados que preenchem os requisitos previstos no
ordenamento possuem o direito público subjetivo de exigir igual tratamento perante o Estado. Do
ponto de vista da Administração, a atuação do agente público deve ser feita de forma a evitar
promoção pessoal, sendo que os seus atos são imputados ao órgão, pela teoria do órgão.
Publicidade é o princípio básico da Administração que propicia a credibilidade pela
transparência. Costuma-se diferenciar publicidade geral, para atos de efeitos externos, que
demandam, como regra, publicação oficial; de publicidade restrita, para defesa de direitos e
esclarecimentos de informações nos órgãos públicos.
Moralidade é o princípio que exige dos agentes públicos comportamentos compatíveis
com o interesse público que cumpre atingir, que são voltados para os ideais e valores coletivos
segundo a ética institucional.
Eficiência foi um princípio introduzido pela Reforma Administrativa 5 veiculada pela
Emenda Constitucional nᵒ 19/98, que exige resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades públicas.
2 – Direito Tributário
É o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos e
contribuição de melhoria), bem como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas
estabelecidas entre o Estado e contribuinte no que se refere à arrecadação dos tributos.
Cuida dos princípios e normas relativas à imposição e a arrecadação dos tributos,
analisando a relação jurídica (tributária), em que são partes os entes públicos e os contribuintes,
e o fato jurídico (gerador) dos tributos. O objeto é a obrigação tributária, que pode consistir numa
obrigação de dar (levar o dinheiro aos cofres públicos) ou uma obrigação de fazer ou não fazer
(emitir notas fiscais, etc.)
3 – Direito Constitucional
Direito constitucional é o estudo da constituição e da estrutura institucional, política e
jurídica do estado, de suas normas fundamentais, da definição e do funcionamento dos seus
órgãos, dos direitos públicos individuais, além de outros assuntos consignados ou não no texto da
constituição.
O estado é o principal objeto do direito constitucional. A noção jurídica de estado apoia-se
em quatro elementos básicos: território, povo, governo e soberania. Território é a base geográfica
do estado; juridicamente, é o espaço físico dentro do qual o estado exerce sua soberania e sobre
o qual o governo tem competência. Povo é a população do estado, excluídos os estrangeiros e,
no estrito sentido jurídico, a comunidade habilitada ao exercício dos direitos políticos. O governo,
considerado sociológica ou historicamente, é um grupo de pessoas que toma decisões
obrigatórias para a coletividade. A soberania é exercida pelo governo, agindo por meio da
autoridade, que é a investidura e a limitação impostas pela lei.
4 – Direito Penal
A Finalidade do Direito Penal segundo Luiz Regis: “Proteção dos bens jurídicos essenciais
aos indivíduos e a sociedade”. Ou seja, visa tutelar àqueles bens jurídicos mais importantes e
necessários a sobrevivência da sociedade. Por isso, se denomina a pena criminal como a última
ação da política social, vale dizer, se define sua missão como a última proteção à salvaguarda de
bens jurídicos.
4.1 – Princípios de Direito Penal
Intervenção Mínima – O Direito Penal se preocupa tão somente com os bens jurídicos
mais importantes à sociedade.
Lesividade – As condutas só podem ser penalmente proibidas se afetarem direitos de
terceiros, vale dizer, deve haver uma lesão efetiva ou um perigo de lesão.
Fragmentariedade – o Direito Penal visa sancionar apenas as lesões mais graves. Ex.:
batida de veículo; dano culposo; inadimplência civil (são satisfatoriamente solucionadas pelo
Direito Civil, a paz social é preservada através da norma civil).
Insignificância – O Direito Penal só deve punir as lesões relevantes, ou seja, apenas
aquelas que causem perturbação social. As lesões insignificantes são excluídas do âmbito da
incidência da Lei Penal. Ex.: tomar um iogurte durante as compras e esquecer de pagá-lo; lesão
culposa que cause apenas um arranhão.
Responsabilidade Pessoal – Somente o condenado pode se submeter a pena criminal,
tendo em vista seu caráter personalíssimo. Ex.: pena de multa não pode ser cobrada dos
herdeiros do condenado.
Culpabilidade – A responsabilidade penal no Brasil é subjetiva, o que significa dizer que o
agente só responde pelo resultado se o houver causado dolosa ou de forma culposa. É também
denominado de Princípio do Dolo ou Culpa. Ex.: suicida se joga na frente de um caminhão que
trafegava de acordo com as normas de trânsito, neste caso não houve sequer culpa do motorista
do caminhão. O fato não é típico.
Legalidade – Visa evitar condutas arbitrárias e imprevisíveis dos Governantes. Procura
alcançar um estado geral de confiança e certeza na situação do indivíduo. Impõe, portanto,
limitações ao Poder Estatal. É também denominado de Princípio da Reserva legal.

VII – MILITARES E A SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO

Os militares estaduais são regidos pelo artigo 42 da constituição federal:


Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que
vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º
e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X,
sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-
se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.

Com está definição, o Artigo 144 da CF expressa que os Militares estaduais estão
inseridos no sistema de Segurança Pública.
Não há uma definição precisa a respeito da expressão Segurança Pública, todavia, pode-
se aduzir, da leitura do texto constitucional (artigo 144 da CF), que ela seja um dever do Estado,
com o objetivo de proteger a sociedade, prevenindo e controlando as manifestações da
criminalidade e da violência, efetivas ou em potencial, garantindo o exercício pleno da cidadania
nos limites legais.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira,
destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas,
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e


o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência;

III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se,


na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se,


na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,


ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem


pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.

§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e


reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela


segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus


bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Percebe-se que a Segurança Pública é composta na esfera federal pelas polícias federal,
rodoviária e ferroviária federal, e na esfera estadual pelas polícias civis, militares e corpos de
bombeiros militares, que terão por objetivo a preservação da ordem pública, da incolumidade das
pessoas e do patrimônio.
A manutenção da ordem pública é um dos principais bens coletivos da sociedade moderna.
O combate à criminalidade constitui uma atribuição estruturante do Estado nas sociedades
contemporâneas. Além de prover saúde e educação, bem como outros serviços que garantem o
bem-estar social, deve o Estado zelar pela preservação do patrimônio dos cidadãos e de suas
respectivas integridades físicas.
Os integrantes das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares são agentes de
segurança pública, mas estas instituições por força do disposto no art. 144, § 6.º, da C.F, são
forças auxiliares e reserva do Exército. Isso significa que em caso de estado de emergência ou
estado de sítio, ou em decorrência de uma guerra, os integrantes destas corporações poderão ser
requisitados pelo Exército para exercerem funções diversas da área de segurança pública.
Sobre as forças armadas temos o Artigo 40:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.

§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização,


no preparo e no emprego das Forças Armadas.

§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além


das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Parágrafo acrescido pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo
Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Inciso acrescido pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente
será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Inciso acrescido pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)

III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função
pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido
por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não
transferido para a reserva, nos termos da lei; (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional
nº 18, de 1998)

IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Inciso acrescido pela Emenda


Constitucional nº 18, de 1998)

V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Inciso
acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de
tribunal especial, em tempo de guerra; (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 18,
de 1998)

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a
dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
inciso anterior; (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e
no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de
1998)

IX - (Inciso revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 2003)

X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e
outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a
remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos
internacionais e de guerra. (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

A leitura do transcrito dos §§ 5º e 6º, a referência neles, como a “preservação da ordem


pública”, e a condição ali posta, de “forças auxiliares e reserva do Exército”, sem dúvida trazem,
de caso pensado, a competência constitucional para o emprego das Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares nos quatro campos distintos da defesa nacional, compreendendo:
Segurança Pública, Segurança Integrada, Defesa Civil e Defesa Territorial.

VII – CORPO DE BOMBEIROS NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Com relação aos corpos de bombeiros militares seus integrantes a princípio nãoexercem
função de policiamento preventivo ou ostensivo. A atividade fim desse órgão de segurança
pública é a de prevenção e combate a incêndios, busca e salvamento e, com a CF/88, a de
defesa civil. Essa gama de atribuições dos Corpos de Bombeiros Militares diz respeito, isto sim,
à tranquilidade pública e à salubridade pública, ambas integrantes do conceito de ordem pública.
A constituição afirma que os Bombeiros Militares são membros do sistema de segurança
pública e defesa civil, mas não delimita suas funções, delegando aos estados a regulamentação
de suas corporações, assim a constituição estadual do Amapá, versa sobre este conteúdo:
Art. 67. São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar.
§ 1º Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere este artigo, o disposto no art.
42 da Constituição Federal.
§ 2º No que não colidir com a legislação específica, aplica-se aos servidores mencionados
neste artigo o disposto na seção anterior.
§ 3º O servidor militar demitido por ato administrativo, se absolvido pela justiça, na ação
referente ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado na corporação com todos os
direitos restabelecidos.
§ 4º O oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar só perderá o posto e a
patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal
de Justiça.
§ 5º O oficial condenado na Justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior
a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
parágrafo anterior.
§ 6º O direito do servidor militar de ser transferido para a reserva ou ser reformado será
assegurado, ainda que respondendo a inquérito ou processo em qualquer jurisdição, nos
casos previstos em lei específica.
§ 7º revogado
§ 8º A lei disporá sobre os limites de idade, a estabilidade, e outrascondições de
transferência do servidor militar para a inatividade.
§ 9º Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, o disposto no art. 40, §§ 7º e 8º,
da Constituição Federal.
§ 10 Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII,
XVIII, e XIX, da constituição Federal.
§ 11 O soldado, cabo, sargento ou subtenente da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar que tenha o segundo grau completo ou equivalente poderá submeter-se à seleção
para a formação de oficiais.
§ 12 A transferência para a reserva remunerada a pedido será concedida mediante
requerimento do servidor militar estadual que conte mais de 25 (vinte e cinco) anos de
serviço, assegurada a promoção ao posto ou graduação imediatamente superior ao seu,
por ocasião da passagem à inatividade.
§ 13 Ficam assegurados aos militares da ativa que se encontrem nomeados até a data de
promulgação desta Emenda ou que tenham exercido mediante nomeação os cargos de
Comandante Geral da Polícia Militar, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar,
Chefes de Gabinetes Militares dos Poderes e do Ministério Público Estadual, os direitos e
vantagens pecuniárias, no ato da passagem à inatividade, desde que completem o requisito
mínimo de 18 meses ininterruptos ou alternados, sendo preservados os direitos e
vantagens concedidos aos Oficiais já transferidos para a reserva remunerada.
Art. 75. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercidas para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos, subordinados ao Governador do Estado:
I - Polícia Civil;
II - Polícia Militar;
III - Corpo de Bombeiros Militar;
IV - Polícia Técnico-Científica;
V - Superintendência de Administração Penitenciária do Estado do Amapá – SUAP

Art. 86. O Corpo de Bombeiros Militar é instituição permanente, força auxiliar e reserva do
Exército, organizado com base na hierarquia e disciplina militares, subordinando-se ao
Governador do Estado e competindo-lhe, dentre outras atribuições previstas em lei,
executar:
I - serviço de prevenção e extinção de incêndio, de proteção, busca e salvamento;
II - socorro de emergência;
III - perícia em local de incêndio;
IV - proteção balneária por guarda-vidas;
V - prevenção de acidentes e incêndios na orla marítima e fluvial;
VI - proteção e prevenção contra incêndio florestal;
VII - atividades de defesa civil, inclusive planejamento e coordenação das mesmas;
VIII - estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança contra
incêndio do Estado;
IX - embargar, interditar obras, serviços, habitações e locais de diversões públicas que não
ofereçam condições de segurança para funcionamento.
Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros Militar, sob a sua orientação pedagógica e
operacional, promoverá a formação de grupos de voluntários de combate a incêndios,
organizando-os em repartições públicas, empresas privadas, edifícios e em locais dos
diversos bairros das cidades.
Art. 87. O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar será nomeado pelo
Governador do Estado, escolhido dentre oficiais da ativa da Corporação, do último posto
do quadro de combatentes, observado o disposto na legislação federal.

VIII – CÓDIGO PENAL MILITAR

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