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ECONOMIA POLÍTICA II
15101355
Florianópolis SC
05 de junho
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO SOCIO-ECONOMICO – CSE
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS – CNM
O objetivo desse Ralzito era analisar uma das palestras, com livre escolha,
ocorridas no I Congresso de Economia da UFSC. Sobretudo, o conteúdo da palestra
escolhida deveria servir como objeto. Porém, um aspecto crucial para a economia de
qualquer país e que deixou o tema em si em segundo plano, pelo menos para mim, foi
como um economista parece ser inútil no cenário político. Essa palavra pode ter uma
conotação negativa, mas parece ser a mais adequada para a análise que será feita nesse
presente relatório.
Contextualizando, a palestra propunha um debate entre o assessor do Ministro da
Fazenda – Marcos Mendes – e um professor da UFMG, Fabrício Missio; o foco desse
debate eram as reformas do setor público, sobretudo as reformas trabalhistas e da
previdência. Ambos concordavam que reformas nesses quesitos eram necessárias,
entretanto, discordavam sobre qual o desenho que as reformas deveriam tomar para
serem efetivas. Enquanto o assessor batia em duas teclas fundamentais para o seu ponto
de vista, melhoria na eficiência (no sentido de produtividade) e fazer com que a parte
distributiva da economia atingisse cada vez mais as camadas mais baixas, o professor da
UFMG usava argumentos mais humanos, baseando-se em argumentos keynesianos,
colocando a demanda como ponto a ser trabalhado, contrastando radicalmente os
argumentos ortodoxos de seu “adversário”. O professor da UFMG também tocou no ponto
das reformas tributárias, que o assessor também concordou que precisam ser feitas, mas
não deu ênfase alguma nela.
Até aí, nada mais que um debate entre economistas, até que o assessor
argumenta que não as soluções não são tão simples quanto o professor falava, a forma
como as leis são aprovadas passam por um cenário político cercado por interesses, e que
qualquer medida para ser aprovada passa por um contexto extremamente complexo,
envolvendo interesses como reeleição, por exemplo.
Com isso, pode-se concluir que o papel do economista, sobretudo na esfera
pública, no que consiste em medidas de programas governamentais, está preso a
interesses privados de um número considerável de funcionários da esfera pública. Uma
análise bem-feita e soluções potenciais podem ficar perdidas em meio à popularidade que
essas medidas vão conceder aos políticos que forem favoráveis a elas, fazendo com que
medidas de curto prazo sejam mais bem vistas pelos políticos, por ter visibilidade rápida
da população; não resolvendo os reais problemas estruturais do país, visto que esses
precisam de muito mais tempo para se maturar, e, nenhum político quer dar crédito para
um político posterior.