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ARTIGOS
O discurso universitário
Sonia Alberti∗
Resumo
Articula-se o tema da psicanálise na universidade com uma revisão sobre o conceito
de discurso universitário, tanto no que tange às dificuldades intrínsecas a esse
discurso quanto a uma hipótese que concerne uma eventual contribuição do discurso
universitário, que, no entanto, só pode ser depreendida a partir da leitura do
psicanalista. Para tanto, utiliza-se a teoria dos discursos de Lacan, assim como outros
conceitos da psicanálise, em particular, a transferência.
Abstract
This article develops as its central subject, psychoanalysis in the university, revisiting
the concept of the university discourse and it’s inherent difficulties. It sustains the
hypotheses of an eventual contribution of the university discourse to psychoanalysis.
Never-the-less, this contribution of the university discourse may only be inferred
from the interpretation of an analyst. To prove this hypothesis, we use Lacan’s theory
of the discourses, as well as other concepts of psychoanalysis, in particular the one of
transference.
∗
Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Procientista da UERJ;
Pesquisadora do CNPq; Psicanalista Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano.
alberti@fcclrio.org.br
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Aproveito o ensejo da criação de uma nova revista, que surge em um programa de pós-
graduação em psicanálise dentro de uma universidade, para retomar um tema cujo debate é de
importância fundamental para todo psicanalista que também é professor em uma universidade. A
articulação entre psicanálise e universidade provoca inúmeros questionamentos, inclusive entre
os psicanalistas, haja visto suas diferentes abordagens no livro recém-lançado sobre o Ofício do
psicanalista (em particular, os textos de MENDONÇA; SIGAL; & MAURANO, 2009).
Privilegiarei uma abordagem da questão: a contribuição que Lacan a ela pode trazer ao isolar um
tipo de discurso, o qual denominou de discurso universitário. Trata-se de um dos quatro discursos
que Lacan propõe como os que fazem laço social, ou seja, que permitem que se articule alguma
coisa na relação de um sujeito com o o outro para que se produza algo dessa relação. Tal
articulação se dá, como é sabido, em função do fato de um discurso implicar um agenciamento.
Ele põe algo em movimento. No caso do discurso universitário, esse agenciamento é efetuado
pelo saber que, por isso, está no lugar do agente, já que no discurso universitário, é o saber que
move todo o edifício das relações que nele se fazem.
O lugar do saber, em psicanálise, por sua vez, é tema igualmente amplo e, na realidade,
introduzido por Freud desde o início de sua teorização (FREUD, 1895[1940]/1999). Ele o
conceituava, então, com os traços mnêmicos que se inscrevem no inconsciente, constituindo-o
como lugar do Outro. Muitos anos depois disso, Lacan (1971-72) proferiu um conjunto de
conferências as quais chamou de “O Saber do psicanalista”, chamando a atenção para o fato de
que a psicanálise não só ensina como demonstra que todo saber se inscreve sobre um fundo de
não saber, ou seja, que o conjunto do não saber é infinitamente maior que o do saber! Poderíamos
fazer uma analogia disso com a relação entre real e simbólico: se o real se define como o que fica
fora do simbólico, e se o que simbolizamos é sempre somente um significante, um traço
mnêmico, para retomar Freud, então, necessariamente, o que fica fora do traço mnêmico, ou seja,
o que não é simbolizado por ele, é sempre um campo infinitamente maior do que o mero
referente simbolizado (ALBERTI & NICOLAU). Assim, a teoria psicanalítica, que surgiu a partir
das observações clínicas e da prática, implica, necessariamente, que o campo do saber é até
pequeno em relação ao não saber, e a psicanálise precisa, portanto, sempre levar em conta o não
saber, tanto como prática quanto como teoria.
Ao contrário, quando se trata do discurso universitário, em que é o saber que agencia o
discurso, já de saída se observa que não há espaço nesse discurso para o não saber. Ele fica de
fora, a priori.
Partirei de um trabalho anterior, cujas diretrizes retomo aqui (ALBERTI, 2004), publicado
em homenagem a um colega nosso de São Paulo, o professor da Faculdade de Psicologia da
Universidade de São Paulo Luiz Carlos Nogueira, que foi um dos grandes pioneiros da
psicanálise na universidade no Brasil, tendo inclusive feito sua tese de doutorado com um dos
primeiros psicanalistas de São Paulo. Ocasião também de voltar a seu nome em associação a esta
Revista, o que por si só já seria alvissareiro, e de tentar articular o discurso da universidade com o
que particulariza um psicanalista.
As discursividades
Tanto quanto Luiz Carlos Nogueira, insiro meu trabalho na universidade por meio da
minha atuação em um Instituto de Psicologia. Isso lança a questão sobre a relação entre
“Psicanálise e Psicologia”, o que, por sua vez, nos leva de volta às grandes mudanças no campo
do saber realizadas no século XIX (ALBERTI, 2003). A psicanálise como conceito, como corte
profundo em toda discursividade do século XIX, associa-se a uma observação de Michel
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Foucault (1969/1983), que, numa conferência intitulada “Sobre o autor”, procurava sublinhar a
importância de instauradores de discursividade. Foucault trabalha a questão da ruptura na
discursividade do século XIX, identificando Freud e Marx como os dois exemplos maiores, mais
recentes de um corte profundo de discursividade, e diz o seguinte:
Então, o que teriam feito Freud e Marx é de uma outra ordem, ou seja, o ato de criação
que realizaram, cada um em seu âmbito, não pode ser reintroduzido porque é único. Ele é, como
continua Foucault, uma “instauração de uma discursividade [que] é heterogênea às suas
transformações ulteriores”. Assim, Marx e Freud seriam, segundo esse texto de Foucault, tipos de
autores bastante singulares! O que criaram não é somente reintroduzido no interior da maquinaria
das transformações de uma cientificidade, mas, antes, “ estes autores se encontram em uma
posição ‘transdiscursiva’ ”. Pois, “Freud não é simplesmente o autor da Traumdeutung ou do
Witz, nem Marx é simplesmente o autor do Capital ou do Manifesto. Eles estabeleceram uma
possibilidade infinita de discursos, quer dizer, eles não somente possibilitaram um certo número
de analogias, eles possibilitaram e completamente um certo número de diferenças”
(FOUCAULT, 1969/1983, p. 14).
Freud operou um corte, a partir do qual há um antes e um depois, mesmo se seus
discípulos vários velaram o instrumento criado por ele. Como Freud o conceituava, esse corte
surgiu simplesmente na transferência, quando, no lugar de se identificar com o mestre que
comanda – lugar que, conforme explica, lhe seria de bom grado outorgado pelo paciente –, ele
pode sofrer a transferência sem se identificar com ela! Apesar de médico, ou seja, apesar de ser
colocado no lugar daquele que deve saber sobre o mal do qual o paciente se queixa, Freud, em
função da sua particular relação com a verdade, era suficientemente honesto consigo mesmo para
não crer que tinha esse saber que lhe era outorgado na transferência. E foi por não se enganar de
que sabia, que pode devolver a seu paciente a possibilidade de saber, que era deste e não de
Freud! Eis porque a psicanálise é portadora de uma desalienação possível e eis porque jamais um
psicanalista pode saber mais sobre seu paciente do que ele próprio, sujeito. Ao partir daí, Freud
instaura um discurso, o discurso do psicanalista, aquele em que o agente, o analista, se dirige ao
sujeito para este produzir o que sabe, já que o analista, apesar de frequentemente ser identificado
como o mestre do saber em razão da transferência do paciente, só tem por função levar o sujeito a
querer saber o que inconscientemente sabe e do que, portanto, por muito tempo, nada quis saber.
Só que esse ele próprio já não é o eu da consciência, agora com Freud, em 1915, mera tela
da percepção. Mas é o sujeito do inconsciente do qual o neurótico insiste em não querer saber.
Para Freud, ao contrário dos psicologistas do século XIX, o eu é a sede das resistências e fonte de
desconhecimento. Ele dá tudo e qualquer coisa para melhor poder enganar-se, na vã tentativa de
furtar a sua determinação inconsciente.
A história da psicologia, por sua vez, sofreu grandes modificações na década de 1950, no
Brasil, quando começaram a surgir as possibilidades da criação de cursos de psicologia nas
universidades brasileiras. Elevada à categoria de um saber, ou mesmo de uma ciência, conforme
as interpretações, foi em razão dos estudantes de psicologia que começaram a surgir
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questionamentos antes dificilmente imagináveis, sempre em prol de uma autonomia. Quer fosse
articulada ao discurso da ciência, quer fosse voltada para uma prática clínica ou, ainda,
educacional, a psicologia, a partir de 1950, encontrou no modelo universitário o campo mais fértil
para seu estabelecimento.
Em 1968, Jacques Lacan daria a sua versão do que é o discurso universitário. Ele se
sustenta fundamentalmente na burocracia e nos títulos acadêmicos, ou seja, o discurso
universitário valida como verdadeiro aquele agente do discurso que se apresenta aparamentado de
títulos: se o agente é o professor, doutor, titular, então é válido, se ele não tem nem mestrado, é
melhor ele se associar a alguém que tem os ditos títulos. Então, o discurso universitário valida
como verdadeiro aquele agente que se apresenta aparamentado de títulos, independentemente do
estofo, independentemente desses títulos corresponderem a um verdadeiro trabalho de pesquisa.
E será considerada mais consistente aquela construção assinada pelo maior número de titulados,
maior número de doutores, pós-doutores, pesquisadores de instituições oficiais,
independentemente, como dito, do estofo dessas pesquisas, ou seja, da preocupação com boas
teses e do interesse em aprofundar teorias.
Em consequência, o discurso universitário, tal como conceituado por Lacan, não só
valoriza a burocracia em detrimento de qualquer questão de estofo que possa haver no trabalho
realizado na academia, como é ele o próprio discurso da burocracia, tal como Franz Kafka já
denunciava no final do século XIX e início do XX, em particular em O Processo (1914). Se
existe um discurso dentre os quatro estabelecidos por Lacan que joga fora o sujeito, esse é o
discurso universitário. Conforme seu matema, o que dele resta, o que é produzido por ele e
jogado fora é justamente o sujeito.
Lembre-mo-nos que os lugares nos discursos são: o agente do discurso sobre a verdade,
dirige-se ao outro do discurso e, com essa ação, instiga o outro à produção:
agente → outro_
verdade produção
S2 ----> a
S1 // $
DISCURSO UNIVERSITÁRIO
O estudante, com suas questões subjetivas, suas dificuldades, o desejo que o leva à
universidade e que jamais é não só satisfeito como muitas vezes sequer tocado, nos lembra, no
contexto da relação da universidade com a capitalização do saber, a observação feita por Lacan
em seu Seminário sobre a Ética. Na passagem a que me refiro, Lacan está examinando a política
ditatorial, a tirania. Ele diz que, nesse contexto, fica claro que, diante do desejo dos cidadãos,
trabalhadores – e, aqui, associo, estudantes –, o discurso é sempre um “volte depois para falar do
seu desejo, agora não é hora para isso” (LACAN, 1959-60/1986, p. 367). É exatamente o que o
estudante experimenta dentro da universidade: o desejo que o fez entrar no curso superior vai
murchando, e ele vai se dando conta de que aquilo que ele queria aprender, que ele imaginava
que fosse aprender, está bem longe das salas de aula que frequenta. Este estudante, com suas
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questões subjetivas, suas dificuldades, o desejo que o leva à universidade que jamais é não só
satisfeito como muitas vezes é sequer tocado, é convocado a submeter-se aos desígnios da
universidade que visa fundamentalmente à parceria com o discurso do capital. O restante não
serve a ela, é jogado fora, deixado de lado e deve ser sobretudo abandonado, razão de podermos
dizer teoricamente que o sujeito enquanto tal é literalmente jogado fora do discurso, quando no
discurso universitário o saber se conta em títulos acadêmicos, pouco importando se esses títulos
efetivamente condizem com algum estofo de sujeito.
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Quando Freud, então, introduz a psicanálise – e ele chegou a querê-la psicologia profunda
–, inaugura uma nova via. Enquanto instaurador de discursividade, Freud constrói uma teoria que
se baseia exclusivamente na fala do sujeito, o que também implica que não há de saída verdadeiro
e falso. A história da psicanálise nos mostrou que houve muitos enunciados pré-históricos em
relação à descoberta freudiana, mesmo depois dela, coisa então que o retorno a Freud de Lacan
pôde rever.
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A releitura que Lacan pôde fazer da obra de Freud atribui à psicanálise um discurso
particular, o que de maneira alguma impede que se mantenha conectado a outros discursos. O
discurso da psicanálise é um discurso que se sustenta não dos títulos, como o discurso
universitário, mas do próprio saber no lugar da verdade, sempre enquanto meio dizer. Isso é uma
grande diferença em relação ao discurso da universidade, no qual o saber está no lugar do agente.
Não tem meio dizer no saber. O saber é isto e pronto e acabou-se. No caso do discurso do
analista, o saber está no lugar da verdade, portanto, é um meio dizer já que não há verdade toda.
É preciso observar que houve época em que os psicanalistas pensaram poder sustentar a
psicanálise com uma sociedade cujo modelo era o do discurso universitário: um analista
necessariamente tinha que ter o título burocratizado de uma instituição psicanalítica para exercer-
se como analista – era o então chamado psicanalista didata.
Mas, há muitos anos, Jacques Lacan já mostrou a falácia de tal empreendimento. Em
1956, criticava a tentativa de burocratizar a transmissão da própria psicanálise, o que a eliminaria
nos fundamentos. Psicanálise didática, observava, então, nada tem que ver com títulos. “O único
princípio certo a propor, até porque não foi levado em conta [anteriormente], é que a psicanálise
consiste como didática pelo querer do sujeito” (LACAN, 1964/2001, p. 234).
Conclui-se que não é necessário se estar na universidade para se deparar com o discurso
universitário. Você pode estar numa sociedade de psicanalistas e topar com o discurso
universitário do mesmo jeito. O discurso universitário é o discurso da burocracia que está
preocupado, exclusivamente, em dialogar com objetos como produtos, já que é o objeto a ele
mesmo que está no lugar do outro nesse discurso. Ao contrário disso, não é de títulos que a
psicanálise se sustenta, nem tampouco de verdades pré-concebidas, mas do fato de que o saber
não é senão um subconjunto de um conjunto muito maior, no qual ele se insere: o conjunto do
não saber.
É, pois, o retorno a Freud de Jacques Lacan que reinstaura uma nova discursividade que
fora esquecida na medida em que a descoberta de Freud foi reapropriada por um discurso de
psicologia a serviço da tecnocracia.
S1 ----> S2
$ // a
DISCURSO DO MESTRE
Por mais grave que tenham sido as consequências de tal subversão, na medida em que
abriram caminho para a tecnocracia, por outro lado, isso deu a possibilidade para um outro
pequeno passo, literalmente um quarto de volta atrás na lógica dos quatro discursos. Um recuo
em relação ao discurso universitário faz surgir o discurso do psicanalista! Quando diante do
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discurso universitário podemos fazer girar os discursos, cria-se a possibilidade para o discurso do
analista, que se constitui, se fundamenta, no fato de se dirigir para um sujeito, que é o outro do
psicanalista, ou seja, o outro em relação ao qual o agente se direciona no discurso do analista:
a ----> $
S2 // S1
DISCURSO DO PSICANALISTA
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da psicanálise como discurso que subverte, em recuo frente ao discurso dominante – no caso, o
discurso universitário.
Tal lugar é, em princípio, a Escola de psicanálise. Donde a importância vital da
experiência de Escola (QUINET, no prelo). A experiência de Escola introduz o psicanalista nos
dispositivos que fundamentam toda transferência de trabalho, em particular, no assim chamado
por Lacan, órgão de base da Escola, o Cartel. Trabalho em que não há o saber a priori do mestre,
mas transferência entre os membros do Cartel para trabalharem juntos um texto, um tema, uma
prática. Diante do tema de um Cartel, de um texto a ser estudado, de uma prática a ser
matemizada, todos os membros de um Cartel se questionam e questionam o texto, o tema, a
prática. Há perguntas, fundamentalmente, da mesma forma como um sujeito histérico questiona o
mestre. A experiência de Escola introduz o psicanalista na possibilidade de fazer girar os
discursos, de ele próprio se situar como sujeito a agenciar um discurso, na posição histérica,
portanto longe do lugar solitário que ocupa quando está psicanalista. Disso ele pode depreender a
ocupação de outras posições, ainda na mesma relação com a psicanálise. Disso ele pode também
se posicionar para ensinar psicanálise, não como mestre, nem como dono de um saber, mas como
aquele que questiona o saber pré-estabelecido, transmitindo a seus alunos uma modalidade de
estudo que, por sua vez, subverte o discurso universitário.
Se “O ensino da psicanálise só pode se transmitir de um sujeito a outro e isso pela via de
uma transferência de trabalho” (LACAN, 1964/2001), então esse é o possível método de ensino
da psicanálise também na universidade, se o professor puder sustentar a via de transmissão que se
fundamenta na causalidade psíquica.
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discursos, sustenta cada vez mais o discurso universitário em que se produzem teses, “e é isso o
que dá o peso ao nome de vocês”, diz Lacan. Momento no qual se pode dizer o que quer que seja,
desde que se tenha “um nome”. Donde também inferir o saber como gozo de uma posição que
apaga a versão subjetiva como desejante. Bem diferente ao discurso psicanalítico que visa ao
sujeito, razão de Lacan ter feito a experiência tentando furar a sustentação de um saber, por um S1
no lugar da verdade – conforme o discurso universitário –, já que nele o saber é
fundamentalmente gozo do Outro.
Mas quando o sujeito se interroga, o discurso em questão é um outro discurso – o discurso
histérico. Neste, é o sujeito que está sustentado pela verdade de um saber que não se sabe na
medida em que é o não saber que enquadra o saber:
$ ----> S1
a // S2
DISCURSO HISTÉRICO
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desmascarado sobretudo ali onde os outros discursos seduzem quando não se está bem situado na
relação genuína com a causa freudiana.
REFERÊNCIAS
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______. Crepúsculo da alma. A história da psicologia no Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Contra
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ALBERTI, S. et al. Ofício do psicanalista: formação versus regulamentação. São Paulo: Casa do
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ALBERTI, S. & NICOLAU, R.F. (inédito) Transmissão na universidade, saber e desejo do analista.
Artigo aprovado para publicação na Revista Pulsional.
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MENDONÇA, R.F. (2009) A formação analítica não ocorre na Universidade. In: ALBERTI, S. et al.
Ofício do psicanalista: formação versus regulamentação. São Paulo, Casa do Psicólogo.
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SIGAL, A.M. (2009) Entre ensinar psicanálise e formar psicanalistas. In ALBERTI, S. et al. Ofício do
psicanalista: formação versus regulamentação. Idem. pp. 137- 146.
http://www.uva.br/trivium/edicao1/artigos/11-o-discurso-universitario.pdf