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Colunistas
18/11/2008 - 17:12:00
Porque Obama perdeu Bretton Woods II
Hazel Henderson
A decisão de Obama de não participar da primeira reunião dos líderes do G-20, em
Washington, que se realizou nos dias 15 e 16 de novembro de 2008, refletiu seu
entendimento de que a ordem econômica mundial se alterou. Seus enviados
especiais, a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Madeleine Albright, e o
ex-congressista republicano Jim Leach, do Estado de Iowa, vieram como
observadores. Os novos parceiros no Grupo dos 20, liderado por Brasil, China,
Índia e outros países e economias atualmente consideradas como desenvolvidas e
emergentes, desafiarão o próprio clamor de Obama por mudanças.
Embora o comunicado dos líderes tenha se mantido reservado e educadamente
comedido, ficou clara a sinalização de uma nova ordem econômica e o lançamento
de um “processo Bretton Woods II,” com uma nova reunião marcada para 30 de abril
de 2009 em Londres. Os líderes concordaram que as reformas do atual sistema
financeiro são mais que necessárias e que a crise foi conseqüência da total
falta de visão, riscos excessivos e alavancagem financeira realizada pelo
sistema atual.
Ficou evidente a ignorância de todos os participantes sobre como a globalização
e o entrelaçamento de todos esses mercados, que funcionam 24 horas por dia e 7
dias por semana, inevitavelmente contribuíram para a criação do caos em todo o
sistema. Embora não indicando diretamente os Estados Unidos, os líderes
apontaram como culpados pela crise “alguns países avançados”, “cujos
legisladores, órgãos reguladores e supervisores deixaram de analisar
adequadamente e lidar com os riscos que foram se acumulando nos mercados
financeiros.”
Os líderes europeus estão preocupados e pedem uma nova ação intervencionista
para frear a especulação e a alavancagem, os hedge funds, os pools particulares
de capital e derivativos, como os quase $60 trilhões de swap default que foram
de grande peso para a comoção financeira. Enquanto isso, China, Brasil, Índia,
Rússia, África do Sul e outros membros influentes do G-20 também se manifestaram
em favor de uma “nova ordem financeira internacional” que seja clara, justa,
inclusiva e ordenada, como dito pelo presidente da China, Hu Jintao.
Esses países estão exigindo uma representação mais justa, com direito a voto, no
FMI, Banco Mundial e OMC, para que a nova realidade global seja melhor
refletida, reconhecendo que os EUA não são mais a locomotiva da economia
mundial. Realmente, a maior parte do crescimento do PIB global (um indicador
inadequado) é hoje responsabilidade da China, Índia, Brasil e outras economias
emergentes do Hemisfério Sul. Por exemplo, os EUA, hoje os maiores devedores
mundiais, controlam 17% dos votos no FMI, enquanto a China, o maior credor
mundial, controla apenas 3,66% .
Uma importante questão subjacente é como o capitalismo deverá evoluir. O modelo
de crescimento econômico liderado pelos Estados Unidos, o conhecido “Consenso de
Washington”, baseado no livre coméricio e na liberalização dos mercados, nas
contas de capital aberto, moedas flutuantes e privatização, sob comando dos
mercados financeiros globais não-regulados, desabou. A China tomou a frente do
novo debate, ao convocar uma reunião em Pequim, em outubro de 2008 , à qual
compareceram todos os países europeus, como também os membros do G-20 e outros
países da África. A administração Bush desdenhou tal multilateralismo e acabou
deixando os EUA para trás nessa corrida, não sendo mais convidados para reuniões
da mesma importância, incluindo a Organização para Cooperação de Shangai, que
inclui países da Ásia e Ásia Central, além do Irã. Enquanto isso a China
estreitava alianças em todo o mundo, particularmente na Europa, África e América
Latina.
A nova demanda por eqüidade inclui a democratização do Banco Mundial e dos
processos na OMC; a exigência de ampliação do Conselho de Segurança das Nações
Unidas, para incluir como membros permanentes o Brasil, Japão, Índia e outros
países importantes do Hemisfério Sul, como a Indonésia e a África do Sul; e
também a suspensão do direito de veto ainda em vigor, concedida aos antigos
“cinco membros permanentes” - os países vitoriosos na Segunda Guerra Mundial.
Tudo isso é um despertar muito duro para muitos nos Estados Unidos, assim como
para a administração Bush, que acreditou que a melhor maneira de resolver o
problema seria ignorar os interesses de outros países e seguir sozinho. Hoje,
quando os EUA se encontram no olho do furacão, na pior crise doméstica desde os
anos 30, a maioria dos cidadãos norte americanos se dá conta de que precisam de
ajuda global e, ainda, que a crise financeira global, que começou em Wall
Street, agora precisa da cooperação de todos os países do mundo para que seja
resolvida. Essa é a verdadeira dimensão da mudança que o recém-eleito presidente
Obama precisa enfrentar.
Como já comentei, a reforma do cassino global, que não seguia normas e regras,
precisa ser feita imediatamente. A reunião de 15 e 16 de novembro de 2008
claramente indica uma disposição crescente para cooperação entre as nações e
estabelece isso como essencial, particularmente a supervisão dos bancos e outros
segmentos importantes do mercado financeiro. A cooperação é necessária para
evitar políticas de “peça-ao-vizinho”, que possam ser apenas tentativas de tirar
vantagem por parte de um país ou outro.
Porém, nenhuma menção foi feita à mais urgente das prioridades: tentar resolver
o problema do intercâmbio diário de moedas, em torno de $2 trilhões, onde mais
de 90% das transações é pura especulação. Moedas que sobem e descem são
responsáveis por grande parte da turbulência que vivemos hoje e pela excessiva
volatilidade dos mercados mundiais, em razão dos elementos de contágio que se
espalham em minutos nesse mercado que opera 24 horas por dia, 7 dias da semana.
Um imposto de apenas 1%, ou até menos, sobre todas as transações financeiras vem
sendo defendido desde os anos 70, quando foi proposto pelo economista James
Tobin e, em 1989 pelo ex-secretário do Tesouro norte-americano, Lawrence
Summers, que também participou da reunião em Washington.
Tal imposto seria simples de ser recolhido, por meio de um sistema
informatizado, instalado nas telas de transações cambiais, como o Foreign
Exchange Transaction Reporting System (FXTRS). Esse sistema opera como uma
versão eletrônica da venerada uptick rule de Wall Street, aprovada em 1934, mas
repelida durante a segunda administração Bush. Hoje, os corretores de Wall
Street clamam por seu restabelecimento para deter as vendas completamente a
descoberto. O FXTRS, com a “uptick rule” informatizada, gradualmente aumentará o
imposto básico de 1%, sempre que houver ataques especulativos contra uma moeda
mais fraca. Tais ações raramente ocorrem para “disciplinar” as políticas de um
país, como “traders claim”, mas quase sempre são tentativas de obter lucros
rápidos.
No transparente sistema FXTRS, os corretores que venderem moedas em baixa
começam a experimentar o aumento do imposto, em cascata, para o fundo de
estabilização da moeda do país, cortando assim os ganhos do especulador. Sem a
perspectiva de lucros, os especuladores deixam o mercado, voluntariamente, e
procuram por outras moedas ou oportunidades de arbitragem. Os fundos, resultados
de tal imposto sobre câmbio, podem somar centenas de bilhões de dólares, que,
por sua vez, seriam diretamente utilizados na saúde pública, educação,
infra-estrutura e outros projetos que visem o bem público (para mais
informações, visite www.HazelHenderson.com e clique em FXTRS).
Esperançosamente, na reunião de 30 de abril de 2009, essas propostas serão
consideradas e resultarão na rápida implementação de outros passos importantes
para regular os mercados financeiros, já discutidos e acordados. Os passos
adicionais devem incluir: considerar como crime o não-recolhimento de impostos,
e como ilegais países que sejam paraísos fiscais e não observem a ação da
International Financial Action Task Force (www.fatf-safi.org ); repelir as
regras do Acordo da Basiléia 2, que permitiram que os bancos avaliassem seus
próprios riscos, o que ajudou em muito na atual crise; aumentar a adequabilidade
de capitais e fundos de reserva e reduzir as margens em todas as transações.
O que o “elefante de 800 libras” ainda não entendeu é a necessidade de uma
reforma monetária da reserva bancária fracionada, em si, o que permite aos
bancos emitir dinheiro como dívida - simplesmente do nada. Restaurar o direito
das nações democráticas de cunharem suas próprias moedas, diretamente, como
estabelecido pela Constituição norte-americana, é agora essencial,
particularmente nos EUA, onde as dívidas estão atualmente esmagando todos os
setores, e o Federal Reserve, junto com o Tesouro, agora imprimem dinheiro às
vistas dos contribuintes. O American Monetary Institute apresentou um projeto de
lei no Congresso para alcançar uma mudança gradual, necessária para o nosso
sistema bancário (www.monetary.org)
Mais fundamentalmente, as falhas nos sistemas monetários globais têm fundamentos
na expansão do conhecimento humano e da capacidade de inovar, na medida em que
nos movemos da Era Industrial baseada em combustíveis fósseis para a Era Solar,
com tecnologias mais limpas e informações abundantes. Assim como o padrão-ouro
foi incapaz de oferecer a “largura de banda” necessária para todo o crescimento,
inovação, comunicação e transações exigidas pela Era Industrial, hoje os
circuitos monetários não conseguem propiciar “largura de banda” suficiente para
as comunicações e o comércio em constante crescimento na economia da informação.
As tecnologias de ruptura rapidamente deslocam tudo o que é insustentável, como
as tecnologias poluentes da Era Industrial, que já esgotaram os circuitos
financeiros existentes e estreitaram os regimes bancários centrais. O dinheiro é
apenas uma das formas de informação, e hoje as plataformas de informação
comercial puras estão oferecendo a largura de banda extra necessária para as
transações, e.g. e-Bay, Craigslist, Freecycle e milhares de outros sistemas de
comércio eletrônico similares, telefones celulares e papel-moeda local usado
para atender necessidades e desafogar mercados sedentos de crédito.
O foco limitado de Wall Street, concentrado apenas no dinheiro, resultou em seu
fim. O dinheiro foi equiparado à Riqueza, ignorando toda e qualquer outra forma
de riqueza, das habilidades humanas à produtividade dos sistemas naturais, na
qual se baseiam todas as economias. O dinheiro, como o ouro, permanecerá como
reserva útil de valor e meio de troca, mas agora como parte de uma nova visão,
um regime mais inclusivo, dominado por mercados puramente baseados em
informação.
Hazel Henderson é economista, líder mundial da plataforma Mercado Ético. Autora
de vários livros, entre eles Ethical Markets: Growing the Green Economy.
Co-criadora do Calvert-Henderson Quality of Life Indicators, juntamente com o
Calvert Group. Participou do Comitê Organizador da conferência Beyond GDP no
Parlamento Europeu (www.beyond-gdp.eu).
COMENTÁRIOS
Jose Maria Cardoso
4/12/2008 às 15:48
elo, merece leitura
Abilio Cipriano
27/02/2009 às 6:42
alo,
li o seu texto por acaso, pois não sabia da existência do mesmo, mas confeço que
existe um conjunto precioso de ideias e explicações do rumo da economia global
que hoje se encontra em crise, como bem disse, os países não conseguiram apontar
directamente o culpado desta crise “Estados Unidos da América”.
sou um jovem econocomista e sou moçambicano (África), o que pretendia perceber é
1. Muitos países pobres como Moçambique que 1 são estruturalmente dependentes
de ajuda exerna, nomeadamente dos países ricos, consequentemente não tem quase
“direito” na OMC, FMI e outros organismos internacionais;
2 As taxas de juro destes países são elevadas mas também tem baixa elasticidade
ao estímula económico, dada a sua característica de países de baixo
desenvolvimento do sistema financeiro;
3 são países com um índice de pobreza muito elevada que é necessário uma
resolução dos aspectos básicos dos catalizadores conómicos, nomeadamente
infraestruturas de transporte, comunicaçao, energia, etc,
a Quetão é como podem esses paíse, especialmente Moçambique posicionarem-se para
mitigar os efeitos da crise financeira? sabendo que de qualque modo, os
financiamentos que abitualmente estes recebem serão, com certeza, reduzidos e
não se pode esperar que os investimentos irão aumentar devido a diferença de
taxas de juro entre USA e esses países, ja que não tem nada para investir.
Obrigado.
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