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Família Anaparental - (...) como basilar o elemento efetividade, que se caracteriza pela
inexistência da figura dos pais, ou seja, constitui-se basicamente pela convivência entre
parentes do vínculo da colateralidade ou pessoas – mesmo que não parentes e sem
conotação sexual – dentro de uma mesma estruturação com identidade de propósitos, que é
o animus de constituir família.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
1. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA (ART. 1º, III, CF 88):
Como sabemos, não podemos aplicar a norma seca sem olharmos para as vontades da
sociedade. O princípio da dignidade humana trouxe a valorização da própria pessoa dentro da
família, protegendo-a por si só; preza o indivíduo pelo ser pessoa, ou seja, deve sempre
proteger a vida e a integridade dos membros de uma família, levando em conta o respeito à
pessoa e assegurando os seus direitos de personalidade.
Sendo esse princípio como fundamento da República, a Constituição Brasileira deu maior
valor à proteção da pessoa humana, garantindo o exercício e o reconhecimento de sua
condição, sem nenhuma discriminação na sociedade em que vive. Ressalta Ingo Sarlet, ao
expressar a noção de pessoa, como sujeito de direito e obrigações:
Dentro da família deve haver solidariedade entre os membros, nos quais se baseiam em
“ajudar e ser ajudado”. Esse princípio informa que, assim como os pais tem o dever de cuidar
dos filhos, os filhos também, pelo princípio da solidariedade, devem cuidar de seus pais na
velhice.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
3. PRINCÍPIO DA IGUALDADE E ISONOMIA DOS FILHOS (ARTIGO 227, PARÁGRAFO 6º, DA CF/88 E
ARTIGO 1596 DO CÓDIGO CIVIL):
No direito de família atual são as pessoas que são protegidas, dando-as o direito de
liberdade, igualdade e preservando o vínculo entre elas.
Dimas Messias de Carvalho diz com base em que escreve Rodrigo da Cunha Pereira, que:
A solidariedade deve-se dar no auxílio mútuo, material e moral, dando a devida assistência,
amparando e protegendo.
Prevê o artigo 1513 do CC: “É defeso a qualquer pessoa de direito público ou privado interferir
na comunhão da vida instituída pela família”. Trata-se da consagração do princípio da
liberdade ou da não intervenção na ótica do Direito de Família.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
No Código Civil, esse princípio é reconhecida pelos arts 1583 e 1584 que dispõe sobre a
guarda de filhos.
Rodrigo da Cunha Pereira inclui este princípio juntamente aos outros. Ele é chamado também
como Princípio da Plena Proteção das Crianças e Adolescentes, sendo enraizado nas
mudanças ocorridas na família. Esse princípio busca proteger as pessoas que se encontram
em situações de vulnerabilidades, como na faze de amadurecimento de uma criança a uma
formação da personalidade de um adolescente, sendo praticamente total a sua ligação com
os direitos e garantias fundamentais da criança e do adolescente.
Na Convenção Internacional dos Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas no dia 20 de novembro de 1989 e ratificada no Brasil em 1990, consagrou no
artigo 3º, I, que: "Todas as ações relativas às crianças, levadas a efeito por instituições
públicas ou privadas de bem-estar social, autoridades administrativas ou órgãos legislativos,
devem considerar, primordialmente, o interesse maior da criança."
Buscamos através deste princípio, dizer que o interesse da criança nas relações familiares é
de extrema importância, devendo dar mais ênfase nas vontades, condições de vida, ambiente
físico e mental do menor, etc., pois se tratando de pessoas em desenvolvimento, possuem
condição prioritária e proteção não apenas da família, mas do Estado e da sociedade.
6. PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE:
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
Atualmente, o afeto é apontado como um dos principais fundamentos das relações familiares,
mesmo não constando no Texto Maior como sendo direito fundamental, decorre da
valorização da dignidade da pessoa humana.
Esse princípio liga as pessoas pela afeição, ou seja, a vontade de querer constituir uma
família com base em uma convivência. O princípio da afetividade não se encontra expresso,
mas está de forma implícita na constituição como um elemento inspirador da família, onde as
pessoas devem ter comunhão de vida e estabilidade nas relações afetivas.
A mulher passa a ser independente do marido, fazendo com que a família se reúna com base
no afeto, na vontade de formar um conjunto, distanciando daquele casamento subordinado,
onde a mulher casava-se por questões econômicas e de sobrevivências.
Hoje já não mais se aceita o Direito de Família sem o afeto, diz Daniella Velloso Pereira e
Maria Flávia Cardoso Máximo, pois o mesmo permeou as divisas do direito e rompeu antigos
paradigmas, alicerçando o conceito de família.
A afetividade se faz presente no Código Civil, dispondo no artigo 1511, que o casamento
exige plena comunhão de vida, tanto que cessada a convivência, mesmo que mediante
apenas separação de fato, termine o regime de bens.
A Lei Maria da Penha (artigo 5º, II) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
12.010/2009, acrescentado parágrafo único ao artigo 25) também acolhem o princípio da
afetividade.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
7. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA:
As relações familiares devem ser analisadas dentro do contexto social e diante das diferenças
regionais de cada localidade. Sem dúvida que a sociedade também deve ser aplicada aos
institutos do Direito de Família, assim com outros ramos do Direito Civil.
No Brasil, foi erigido ao predicado de princípio por força de julgamento do Colendo STF, no
caso emblemático do julgado concernente àunião homoafetiva (ADPF 132, Relator (a): Min.
AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 5/5/2011), ao se reconhecer a
constitucionalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo. De acordo com o
entendimento do STF, o princípio constitucional da busca da felicidade decorreria
implicitamente do sistema constitucional vigente e, em especial, do princípio da dignidade da
pessoa humana.
Casamento
Natureza jurídica
Teoria Clássica ou Contratualista
Para os adeptos de tal teoria, o Casamento se resume a um contrato de Natureza Civil, onde
predomina a Autonomia da Vontade, tendo como única premissa necessária para sua
validade e eficácia a vontade em comum das partes.
Tal teoria encontra oposição ao salientar-se que caso o Casamento tivesse a Natureza
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
Jurídica de um contrato, as partes poderiam dispor de todas as regras nele contidas, fato que
nos permite descartar tal doutrina, pois para a eficácia do Vínculo Conjugal são necessários
cumprimentos de certos procedimentos especiais impostos pelo Estado, o que torna o
Casamento um Ato Jurídico Solene.
Teoria Institucionalista
Pode-se dizer que tal teoria, majoritária no Brasil, é a completa oposição a doutrina anterior,
pois apresenta o Casamento como uma Instituição Social que se restringe aos ditames legais
para sua existência, ou seja, trata-se basicamente de um Vínculo Conjugal como “contrato de
adesão”, onde os cônjuges só apresentam sua vontade para fazer surgir a relação, e quando
efetivado o Casamento vinculam-se a um regime imutável de Direito, não podendo alterar a
disciplina tratada pelo Estado.
Igualmente a teoria anterior, tal doutrina encontra obstáculo ao nos questionarmos a respeito
da faculdade dos cônjuges na escolha do regime de bens, se a Vinculação a Instituição Social
torna a Situação Jurídica imutável, tal possibilidade de alteração faz questionar a validade
dessa doutrina.
Encontra certa oposição pelos Juristas tradicionais, que afirmam não haver a possibilidade de
uma Instituição Jurídica suportar 2 fases com naturezas diversas, excluindo a possibilidade de
tal doutrina a Instituição do Casamento.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
PRINCÍPIOS
A lei visa à proteção da dignidade do portador de deficiência e, com essa finalidade, a mesma
promove alterações de artigos do Código Civil que refletem diretamente em alguns institutos
do direito de família, notadamente o casamento do incapaz.
O matrimônio contraído pelo enfermo mental passa a ser válido. Mantêm-se, tão somente, a
anulabilidade do conúbio daquele que for considerado incapaz de manifestar, de modo
inequívoco, o seu consentimento. Percebe-se que o novo Estatuto impõe barreiras para a
anulação do casamento do portador de deficiência, independentemente do seu grau de
discernimento. Em outras palavras, o agente, por mais severa que seja a sua deficiência
mental, poderá se casar, transformando, ipso facto, o cônjuge, em seu herdeiro necessário e
meeiro.
Sem ignorar que o casamento é, via de regra, salutar ao portador de deficiência e contribui
para a sua inclusão social, este tema deveria ter sido tratado com maior zelo pelo legislador,
considerando o risco de tornar-se lesivo ao próprio deficiente, o que, de fato, aconteceu.
A título de ilustração, o matrimônio contraído por um indivíduo maior de dezoito anos, com a
idade mental equivalente a uma criança de nove anos e capaz de manifestar sua vontade de
forma clara, não será passível de anulação. Percebe-se aí uma porta aberta para um
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
casamento no qual o outro nubente tenha interesses diversos do estabelecimento de um laço
afetivo com o deficiente, como por exemplo, a obtenção de vantagens financeiras. Por óbvio,
a realidade pode ser facilmente deturpada perante um enfermo mental e o mesmo se tornará
deveras susceptível à dilapidação do seu patrimônio.
Como se percebe, uma alteração como esta, ainda que bem intencionada, pode acarretar
prejuízos à segurança do incapaz que precisa ser rigorosamente protegido em todos os
aspectos. Não há como desconsiderar a vulnerabilidade de um indivíduo que, por variadas
causas, não têm discernimento pleno.
O art. 1550 do Código Civil, por sua vez, também ganhou um novo parágrafo, preceituando
que a pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poderá contrair matrimônio,
expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. Eis aí uma
outra grave impropriedade da referida Lei.
Cumpre elucidar que a vontade é elemento essencial ao casamento que detém uma natureza
personalíssima. Admitir que a vontade do nubente possa ser expressada mediante o seu
responsável ou curador contraria a pessoalidade do instituto, além de, igualmente, escancarar
possibilidades para fraudes perpetradas pelo matrimônio decorrente apenas da pretensão dos
responsáveis e curadores. Ora, não parece lógico que deficientes interditados por
incapacidade de manifestar sua vontade possam expressa-la através de seus curadores. Se
não há como conhecer a vontade do deficiente, também não há como garantir que o curador
atuará no interesse daquele.
Ainda sobre esse parágrafo, não se pode deixar de aludir a fulgente contradição entre ele e o
art. 85 do Estatuto aqui analisado. Segundo preceito deste último, a curatela afetará tão
somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial, não alcançando
o “direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde,
ao trabalho e ao voto”. Percebe-se aí que o enlace matrimonial não está dentre os atos
afetados pela curatela, o que torna ainda mais inconcebível e contraditório a hipótese de
expressão da vontade do curatelado através de seu curador no que tange às núpcias.
Percebe-se, portanto, que a Lei 13.146/2015 buscou a inclusão do deficiente trilhando por um
caminho oposto ao adotado anteriormente pelo Código Civil. As normas revogadas buscavam
afastar ou, ao menos, minimizar os riscos de lesões a estes indivíduos, especialmente no que
tange ao casamento. O novo Instituto, porém, ao tentar equiparar as condições dos
considerados incapazes à força, retira deles a proteção consubstanciada no sistema das
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
incapacidades e desconsidera as suas vulnerabilidades, abandonando-os à própria sorte.
Engessar o poder do juiz de proteger plenamente o indivíduo acometido por uma situação
incapacitante não assegura a dignidade deste. A flexibilidade legislativa garantiria a
adequação dos princípios protetivos a cada caso concreto. O grau de incapacidade do
deficiente deveria ser apurado pelo julgador que, apenas estaria autorizado a afastar as
restrições impostas ao interditado no que tange ao casamento, se este demonstrasse plena
aptidão para compreender a importância e as consequências deste ato. Esta seria a forma
mais correta, segura e eficiente de buscar a igualdade.
As diferenças existem e são fatores biológicos que não serão suprimidos por advento de lei
alguma. Não adianta tentar “negar” as adversidades por meio de um Estatuto que,
formalmente, proclama a igualdade. Infelizmente, este não é o caminho. O fato é que essas
mudanças trarão consequências negativas para aqueles que se tentou proteger, pois suas
fragilidades ficarão expostas e o ordenamento jurídico não mais estará apto a acolhê-los.
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
Importante!
O Art. 1521, CC traz um rol taxativo de pessoas que não podem casar, em situações que
envolvem a ordem pública assim, não podem casar.
I- Os ascendentes com os descendentes até o infinito. Ex. Neto com avó. Por duas razões: 1°
Razão moral - evitar incesto, 2° Razão biológica - evitar problemas congênitos a prole.
II-Os colaterais até terceiro grau, pelas mesmas razões acima. Não podem se casar os irmãos
(colaterais e segundo grau), tios e sobrinhas, tias e sobrinhos (colaterais de terceiro grau).
Observação: Segundo o entendimento majoritário, continua em vigor o Decreto-Lei
3.200/1941, que autoriza o casamento entre tios e sobrinhos se uma junta médica apontar
que não há risco biológico (enunciado n° 98 do Conselho da Justiça Federal / STJ: Esse
casamento é denominado avuncular).
Doutrina
São fatos que causam a invalidade do casamento, os quais podem ser opostos a fim de
impedir sua realização.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
OBS.: como qualquer pessoa capaz pode opô-los até a conclusão da celebração, o
casamento tem de ser realizado em local público ou, se particular, às portas abertas.
IMPEDIMENTO # INCAPACIDADE
ART. 1521 : apresenta rol exaustivo de causa de NULIDADE do casamento » eis a razão de
poderem ser opostos por qualquer pessoa - ofensa ao interesse público.
I - ASCENDENTES : parentes os quais são ancestrais (pais, avós, bisavós etc.) - art. 1591.
- NATURAL : consangüíneos
PARENTESCO
Afinidade em linha reta : análogo aos parentes ascendentes e descendentes (sogros com
genro e nora / enteados com padrastos) » a afinidade não se extingue com a extinção do
casamento ou da união estável (portanto, sogros jamais poderão desposar nora/genro).
Ex.: como é possível que cunhados venham a contrair matrimônio após a extinção do
casamento... lembrar daquele irmão que perdeu a disputa para o divino maravilhoso » este
era tão porcaria que divorciaram-se » aí surgiu a grande chance OU casos em que o
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
cunhado consola a viúva histérica no dia do enterro do seu irmão (para o desespero da sua
mãe, pois matou um, vai matar o outro também) » descobre, meses mais tarde, uma enorme
paixão retraída » melhor ficar com esse mesmo porque se sogra é para a vida inteira, melhor
ter só uma (uma vez sogra, sempre sogra).
III - pela redação, depreende-se que há uma ordem permanente, ou seja, proibição que não
se encerra pelo fim do casamento dos pais com o cônjuge e vice-versa.
OBS.: este inciso seria desnecessário porque se insere na hipótese anterior (fim da
discriminação da filiação).
OBS.: casamento entre primos "1º grau" pode ser anulado pelas normas do Direito Canônico,
mas não pelo Direito Civil brasileiro.
VII - não é preciso co-autoria ou participação, pois é entendido que a cumplicidade é implícita.
OBS.: prevalece o entendimento de que o crime tem de ser doloso, tendo havido condenação
transitada em julgado (Princípio de Presunção da Inocência).
IMPORTANTE : nem mesmo a adoção, que extingue todos os vínculo com os parentes da
família antiga, desliga o adotado dos impedimento matrimoniais.
CAUSAS SUSPENSIVAS
Nos termos do Art. 1595, CC há parentesco por afinidade entre um conjuge (ou companheiro)
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
e ous parentes do outro consorte ou convivente. O impedimento, por razão moral, existe
apenas na afinidade em linha reta até o infinito (sogra, ex-genro, padrasto e enteada e assim
sucessivamente). Os cunhados podem se casar, depois de terminado o casamento, pois são
parentes afins colaterais.
O adotante com quem foi cônjuge com o adotado, e o adotado com quem o foi do adotante;
os ascendentes e descendentes em casos envolvendo a adoção; o adotado com o filho do
adotante (impedimentos em decorrência do parentesco civil formado pela adoção).
V - As pessoas casadas (princípio da monogamia).
VI - O Cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra
o seu consorte.
Tal impedimento somente nos casos de crime doloso e havendo trânsito em julgado da
sentença penal condenatória.
Observação: Há discussão doutrinária acerca do assunto. O casamento permanece válido,
mesmo no caso de sentença penal transitada em julgado superveniente ao matrimônio.
Caso o casamento seja celebrado com quaisquer dos impedimentos acima, será ele, nulo de
pleno direito (Art. 1248, II)
Não são causas de impedimento porque as pessoas relacionadas no art. 1523 podem se
casar livremente, desde que ultrapassada a situação temporária que lhe gera embaraços.
IMPORTANTE : ao contrário das causas impeditivas, não podem ser argüidas por qualquer
pessoa, e sim somente pelos parentes em linha reta ou colaterais até o 2º grau.
SANÇÃO : o regime de bens será, obrigatoriamente, separação de bens (art. 1641, I). NESTE
CASO, o novo cônjuge não será seu herdeiro em 1ª vocação (regime da separação
obrigatória de bens) - art. 1829, I.
I - a razão é evitar que ocorram prejuízos dos bens dos filhos em decorrência do novo
patrimônio » cônjuge é herdeiro concorrente com os descendentes.
II - o fim é evitar a confusão quanto à filiação, haja vista a presunção do art. 1597, I e II »
impede-se que o filho do casamento anterior seja reconhecido pelo cônjuge atual
OBS.: se a mulher provar que não está grávida ou que já nascera o filho da relação anterior,
poderá ser pleiteado ao juiz que o afastamento da causa suspensiva.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
III - o casamento somente é extinto pela morte ou pelo divórcio : como o morto não pode
casar, enquanto não for decretado o divórcio, não se pode casar, sob pena de bigamia.
ART. 1523, III, parte final : impedir a confusão de bens de sociedades conjugais distintos, ou
seja, confusão patrimonial do casamento anterior com o atual.
IV : enquanto não...
- encerrada a tutela : o tutelado é menor ! Ainda que púbere, somente os pais poderiam
autorizar o casamento e estes não mais existem ou foram destituídos do poder familiar.
OBS.: a lei determina que tenha sido encerrada a prestação de contas para que não exista
qualquer prejuízo patrimonial ao tutelado ou curatelado » sua proteção é de interesse
público.
Para relembrar
Linha reta - infinito
Ascendentes
Descendentes
1° Grau: Filho e Filha
2° Grau: Neto e Neta
3° Grau: Bisneto e Bisneta
4° Grau: Trineto
1° Grau: Ninguém pois para "chegar" aos irmãos e necessário, antes, passar pelos, que
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
são parentes em linha reta.
2° Grau: Irmão e Irmã
3° Grau: Tios, Tias (Maternos e Paternos), Sobrinhos e Sobrinhas.
4° Grau: Primos, Primas, Tios, Tias, Avós, Sobrinhos-netos e Sobrinhas-netas.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os
nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os
seguintes documentos:
Art. 1.526. A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com
a audiência do Ministério Público.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
*Aos pobres é assegurado o casamento e a certidão gratuitos.
*Se houver pacto este será juntado à habilitação;
*Pronta a habilitação será afixado um edital de proclamas por 15 dias no cartório que moram
os nubentes;
*Se o noivo ou a noiva estiver doente, o juiz pode dispensar os proclamas;
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará
durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e,
obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente (o juiz), havendo urgência, poderá dispensar a
publicação.
Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que
podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição,
indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos
fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de
fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído
o certificado.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência
de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi
extraído o certificado.
NOME
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
SUSPENSÃO DO CASAMENTO
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
O casamento será suspenso se algum dos contraentes recusar, manifestar-se
arrependido ou declarar que não é de sua livre e espontânea vontade. Não pode se retratar
no mesmo dia.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
CASAMENTO DE PESSOAS DO MESMO SEXO – Não existe legislação específica, porém
existe a resolução 175 do CNJ de 14-05-2013, que proíbe os cartórios de recusarem pedidos
de casamento de homossexuais.
Religioso com Efeitos Civis – aqui, o casamento celebrado por qualquer credo
religioso pode ter efeitos civis, desde que haja o processo de habilitação e o
devido registro. Ainda que estes sejam posteriores a cerimônia religiosa, pois
podem ocorrer a qualquer tempo, os seus efeitos retroagem a data da cerimônia.
A anulação de casamento religioso, por sua vez, não afeta o casamento civil.
O casamento por procuração, por sua vez, não se configura espécie de casamento, mas
forma de casamento. Acontece quando um ou ambos os noivos, por estarem ausentes,
outorgam procuração por instrumento público a um mandatário que participará da celebração,
representando o mandante.
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
REGIME DE BENS
É o Estatuto que regula as relações patrimoniais entre os cônjuges e 3ºs. Se os cônjuges
optarem por nenhum regime, será atribuído o regime Legal (Parcial).
Características:
1- VARIEDADE DE REGIMES PRÉ-ESTABELECIDOS (a lei oferece alguns regimes de
bens);
2- LIBERDADE CONVENCIONAL;
3- MUTABILIDADE CONTROLADA (hoje os cônjuges podem pedir para o Juiz, para durante
o casamento, mudar o regime de bens do casamento);
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Resumo Direito Civil IV – direito de família
Enunciado 262 do CEJ “Pode alterar o regime da separação obrigatória de bens, nas
hipóteses do inciso I e III, desde que superada a causa”.
É permitido um cônjuge realizar doações ao outro.
Enunciado 261 do CEJ “A obrigatoriedade do regime de separação de bens não se
aplica à pessoa maior de 70 anos quando o casamento for precedido de união estável,
iniciada antes desta idade”.
Súmula 377 do STF “No regime de separação legal de bens, comunicam-se os
adquiridos na constância do casamento”.
INTERPRETAÇÃO DA SÚMULA: comunicam-se os adquiridos pelo esforço comum
(conjugação de esforços do casal).
INTERPRET. DO ESFORÇO COMUM: presume-se o esforço comum independente de
prova, ocorrendo naturalmente pelo casamento.
PACTO ANTENUPCIAL
É realizado por escritura pública e seus efeitos começam a valer depois do
casamento.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se
não lhe seguir o casamento.
No pacto permite fazer doações ao outro cônjuge. Tornando este bem incomunicável.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
11-09-2013
PROIBIÇÃO DO PACTO ANTENUPCIAL
CLÁUSULAS QUE AFRONTAM A LEI
A única vedação de cláusulas do Pacto é quando existe afronta à lei (artigo 1655).
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de
lei.
Art. 167 e 244 da lei de registros públicos
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