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QUESTÕES

SOBRE

FISCALIDADE
IMI - IMT - IS

CÂMARA DOS SOLICITADORES


Trabalho1 coordenado pelo Departamento de Formação do
Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores, elaborado por

Ana Paula Guimarães


Clara Gariso
Francisco Peixe
Rui Lima

Agradecimentos:

João Aleixo Cândido


João Capítulo
Joaquim Vicente de Matos

Setembro de 2012

1
Elaborado ao abrigo do novo acordo ortográfico
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Índice

Introdução.................................................................................................................................... 5
O IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis ................................................................................ 5
O IMT - Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis .................................... 6
O IS - Imposto do Selo .............................................................................................................. 6
Questões ...................................................................................................................................... 8
A. foi notificada de uma liquidação de IMI referente a um prédio de que não era proprietária
no atual momento. Assustada, pagou a quantia e só depois se dirigiu ao Serviço de Finanças
para tentar esclarecer o sucedido. Foi-lhe transmitido que o prédio figurava em seu nome
no sistema e que nada poderia ser feito. Como poderá A. reagir contra este ato e o que
poderá obter? .......................................................................................................................... 8
Distinga caducidade e prescrição tributárias e identifique traços essenciais dos respetivos
regimes jurídico-tributários.................................................................................................... 10
Um serviço de finanças pretende tributar B. no âmbito do Imposto de Selo, baseando-se
num ofício circulado que aplica analogicamente certas regras da LGT e do CIS em matéria de
incidência. O B., não pretende pagar e socorreu-se do parecer de um solicitador nessa
matéria e de diversa sentenças judiciais que dão razão a contribuintes em casos
semelhantes. .......................................................................................................................... 12
Na ação executiva, refira a intervenção ao nível fiscal, do agente de execução na “penhora
de imóveis”. ........................................................................................................................... 13
Qual o mecanismo da restituição do remanescente nas execuções. ..................................... 15
C. (promitente vendedora), celebrou um contrato de promessa de compra e venda, com o
D. (promitente comprador), no qual existia uma cláusula de cedência de posição contratual
no valor de 40.000€, de um imóvel sito em Cascais. O imóvel em questão destina-se a
habitação própria e permanente, e este apenas pretende habitar o referido imóvel após a
realização da escritura. A data marcada para a sua realização é 6 de Julho de 2012............. 16
Admita que D., por motivos alheios à sua vontade, não realizou a escritura na referida data.
No entanto, teve a possibilidade de habitar o referido imóvel antes da celebração da
mesma, efetuando a entrega de um sinal no montante de 5000€. À luz do CIMT discuta tal
problemática. ......................................................................................................................... 18
No caso de um terreno para construção que figure nos ativos correntes de uma sociedade
residente, que tenha por objeto a construção de edifícios para venda, o IMI é devido a partir
de que momento.................................................................................................................... 19
Restando ainda um ano para o final do período transitório (DL 287/03 de 11 de Novembro
de 2003), quais as taxas de IMI aplicáveis a tais imóveis? E aos imóveis já avaliados nos
termos do artigo 38º do CIMI?............................................................................................... 21
Para efeitos da verba 1.2 da Tabela Geral, indique situações consideradas transmissões
gratuitas. ................................................................................................................................ 27

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No trespasse de um estabelecimento comercial ou industrial, identifique de quem é encargo


do imposto do selo e quem é o sujeito passivo do mesmo. ................................................... 28
Em determinado Serviço de Finanças foi entregue um contrato de arrendamento comercial,
nos termos do qual não haveria qualquer renda, durante os três primeiros anos de vigência
do mesmo, uma vez que as obras de adaptação ficariam a cargo do inquilino, tornando-se,
no entanto, propriedade do senhorio, sem direito a qualquer indemnização. Decorridos os
três primeiros anos do contrato, a renda seria fixada por uma comissão escolhida pelas
partes. Haverá na situação apresentada lugar a Imposto de Selo.? ....................................... 29
Suponha que E., casado no regime de comunhão de adquiridos, com F, ambos residentes no
Concelho de Soure. E faleceu em 04 de Fevereiro de 2012 deixando um prédio urbano
identificado pelo artigo 39 na citada freguesia, inscrito na matriz com o VPT de 180.000€. tal
prédio ainda não tinha sido avaliado nos termos do CIMI. Refira quais as obrigações fiscais a
cumprir, não esquecendo de os prazos.................................................................................. 30
Em que circunstâncias poderá ser suspensa a liquidação em sede de Imposto de selo? ....... 31
G., de 68 anos, doou ao seu sobrinho H, um prédio urbano habitacional com o valor
patrimonial tributário de € 250.000,00, com o encargo de este lhe dar uma pensão vitalícia
de € 1.500,00 mensais. Apure o valor tributável para efeitos de IMT e Imposto Selo. .......... 32
I., faleceu em 2008, tendo deixado diversos bens imóveis aos seus sobrinhos, seus únicos
herdeiros, e o usufruto do imóvel em que habitava a empregada doméstica. Nesta situação,
os sujeitos passivos do imposto do selo são: ......................................................................... 34
J. faleceu em Vila Nova de Milfontes em 15 de agosto de 2011, no estado de viúvo, e
deixando 2 filhos. Da herança fazia parte: i) um prédio urbano, situado em Lisboa, com o
valor patrimonial tributário de 190.000€; ii) um prédio urbano, situado em Barcelona, a que
foi atribuído o valor de 540.000€; iii) um automóvel, registado em Portugal, a que foi
atribuído o valor de 15.000€; iv) uma conta bancária, em Portugal, com o saldo de 12.500€;
v) uma conta bancária, em Espanha, com o saldo de 30.000€. Para efeitos de imposto do
selo identifique o valor tributável. ......................................................................................... 35
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................................ 37

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Este manual baseia-se na ação promovida em 13 de julho de 2012 no Seixal, pelo


Departamento de Formação da Câmara dos Solicitadores, tendo por base o trabalho
realizado pela Dra. Clara Gariso, Dra. Ana Paula Guimarães e a Dra. Maria João
Gomes, o qual foi enriquecido pelo debate então realizado com a presença do Dr.
Francisco Peixe e Dr. Rui Lima.

Introdução

A reforma da tributação do património que se verificou no inicio do ano de 2004,


abrangeu a contribuição autárquica, a sisa e o imposto sobre sucessões e doações.
O imposto sobre sucessões e doações passou a ser considerado como uma
transmissão gratuita a par com as doações e a usucapião. Passaram a ser tributadas
no âmbito do Imposto de Selo e isentam o cônjuge, ascendentes e descendentes na
esfera do CIS. Mantém-se apenas a tributação, sujeita a novas regras no âmbito do
imposto de selo, nos casos de transmissão para os restantes herdeiros e beneficiários.
A contribuição autárquica e a sisa foram substituídos, pelo Imposto Municipal sobre
Imóveis - IMI (para a propriedade, numa perspetiva estática) e o Imposto Municipal
sobre Transmissões Onerosas de Imóveis - IMT (para as transmissões onerosas de
imóveis, numa perspetiva dinâmica).
Com esta reforma operou-se uma visível redução de taxas, mas uma maior
abrangência ao nível dos valores tributáveis, alargando-se simultaneamente a área de
incidência dos referidos impostos. Pretendeu-se maior justiça fiscal, redução das
distorções no sistema de preços, bem como aumentar a capacidade de combater a
evasão e a fraude fiscal, sendo de referir que ao nível do IMT, esta alteração
pretendeu uma aproximação dos valores patrimoniais tributáveis com os valores de
mercado (reduzindo paralelamente a evasão também ao nível de outros impostos,
nomeadamente IRS, e IRC)
Desde então, estes diplomas foram sofrendo alterações significativas, sendo que
alturas houve em que se verificou um desagravamento da carga fiscal e outras em que
se verificou o oposto, como é o caso da Lei 64/B de 2011.

O IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis - incide sobre a propriedade dos imóveis,
destinando-se a receita aos municípios, como já acontecia com a contribuição
autárquica. As alterações que são introduzidas em 2004 respeitam, sobretudo, à

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

determinação do valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, distinguindo-se os


imóveis novos dos imóveis já existentes, e relativamente a estes, os arrendados e os
não arrendados.
Presentemente, é de referir que a AT está a reunir todos os esforços por forma a que
todos os imóveis sejam alvo de avaliação nos termos do CIMI.

O IMT - Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis, que


substitui o imposto municipal de SISA, continua a incidir sobre as transmissões, a título
oneroso, do direito de propriedade sobre imóveis e das figuras parcelares desse
direito, podendo estes direitos serem transmitidos sob diversas formas ou ocorrer na
constituição ou extinção de diversos tipos de contratos.
O IMT - prevê além dos factos que integram a regra geral da incidência objetiva, o
CIMT continua também a ficcionar, como transmissões sujeitas a imposto,
determinadas operações que direta ou indiretamente implicam a transmissão de bens
imóveis e que se revestem de características económicas que justificam o seu
enquadramento no âmbito da incidência. São exemplos, as cedências de posição
contratual, as promessas de aquisição e alienação acompanhadas da tradição dos
bens, do contrato de locação em que seja desde logo clausulada a posterior venda do
imóvel, dos arrendamentos em longo prazo e da aquisição de partes sociais que
confiram ao titular uma participação dominante em determinadas sociedades
comerciais se o seu ativo for constituído por bens imóveis, a celebração dos contratos
promessa em que seja clausulado que o promitente adquirente poderá ceder a sua
posição contratual a terceiros, ainda que, em obediência ao princípio da neutralidade,
a tributação seja feita apenas pela parte do preço paga em cada um destes contratos,
aplicando-se a taxa que corresponder à totalidade do preço acordado e, por outro
lado, sempre que o promitente adquirente ou cessionário venha a celebrar o contrato
definitivo, o imposto já pago por ele será levado em conta na liquidação final.

O IS - Imposto do Selo é o imposto mais antigo do sistema fiscal português (foi criado
por alvará de 24 de Dezembro de 1660) e era considerado, até à sua reforma, operada
em 2000, um imposto anacrónico.
A reforma de 2000 veio remodelar profundamente a estrutura normativa do imposto,
eliminando do seu extenso universo de incidência uma parte importante dos tipos de
tributação, que se revelavam mais arcaicos, e mais desajustados das realidades
económicas atuais.
Manteve, porém, as características de simplicidade na liquidação e pagamento, tendo-
se, nessa linha, abolido a estampilha fiscal como forma de pagamento.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

A reforma de 2000 reduziu em mais de um terço o número de verbas da Tabela Geral


e pôs termo à acumulação de tributação do mesmo facto por mais de uma verba
(destacando as verbas 1.1 e 1.2, respeitantes às transmissões gratuitas).
Até ao presente momento outras verbas foram eliminadas, não deixando, no entanto
de ser um imposto de relevo no encaixe dos cofres do Estado, sendo o quinto imposto
que mais contribui para a receita fiscal, como podemos verificar no quadro infra.

Fonte: OE 2012

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Questões

A. foi notificada de uma liquidação de IMI referente a um prédio de que não era
proprietária no atual momento. Assustada, pagou a quantia e só depois se
dirigiu ao Serviço de Finanças para tentar esclarecer o sucedido. Foi-lhe
transmitido que o prédio figurava em seu nome no sistema e que nada poderia
ser feito. Como poderá A. reagir contra este ato e o que poderá obter?

Tópicos para resolução: Nos termos do artigo 8.º do CIMI:

 “1 - O imposto é devido pelo proprietário do prédio em 31 de dezembro do ano a


que o mesmo respeitar” (DL 287/2003, de 12 de Novembro).
 …
 “4 - Presume-se proprietário, usufrutuário ou superficiário, para efeitos fiscais, quem
como tal figure ou deva figurar na matriz, na data referida no n.º 1 ou, na falta de
inscrição, quem em tal data tenha a posse do prédio”.
 …

Deve entregar uma Reclamação Graciosa (art.º 68.º a 77.º do CPPT):


Competência: Diretor de Finanças da sede ou domicílio (O chefe do Serviço de
Finanças pode decidir caso o valor do processo não exceda um determinado
montante).
Fundamentos: Qualquer ilegalidade, incluindo a errónea quantificação e qualificação
dos rendimentos, lucros e vícios de forma e incompetências.
Prazo: 120 dias a contar do termo do prazo para pagamento voluntário, e da
notificação dos atos tributários que não deem origem a qualquer liquidação. Quando
haja lugar a reembolso de IRS ou não haja imposto a pagar, o prazo conta-se a partir
dos 30 dias seguintes à da data da notificação.
Recurso: Do indeferimento total ou parcial da reclamação, pode o contribuinte recorrer
hierarquicamente ou impugnar.

Se já está pago não será de utilizar o artigo 95.º A do CPPT – Procedimentos de


correção de erros da administração, uma vez que se desconhece se o erro é ou não
imputável aos serviços.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Impugnação Judicial dos atos de Liquidação (art.º 99.º a 130.º CPPT):


Competência: Tribunal Tributário de Primeira Instância
Fundamentos: Qualquer ilegalidade, incluindo a errónea quantificação e qualificação
dos rendimentos, lucros e vícios de forma e incompetências.
Prazos:
• 90 dias a contar do termo do prazo para pagamento voluntário, e da notificação dos
atos tributários que não deem origem a qualquer liquidação.
• 15 dias após a notificação do indeferimento total ou parcial da reclamação graciosa.
• 90 dias após o indeferimento tácito da reclamação graciosa (considera-se quando a
reclamação não for objeto de decisão no prazo de seis meses (art.º 57 LGT).

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Distinga caducidade e prescrição tributárias e identifique traços essenciais dos


respetivos regimes jurídico-tributários.

Tópicos para resolução:

► Caducidade do direito à liquidação (art.º 45 LGT)

 O direito de liquidar os tributos caduca se a liquidação não for validamente


notificada ao contribuinte no prazo de quatro anos, quando a lei não fixar outro.
 O prazo de caducidade conta-se:
Impostos periódicos - a partir do termo do ano em que se verificou o facto
tributário.
Impostos de obrigação única - a partir da data em que o facto tributário ocorreu,
 Exceção:
IVA e retenção na fonte a título definitivo - partir do início do ano civil seguinte
àquele em que se verificou, respetivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto
tributário
Para efeitos de contagem do prazo referido no n.º 1 do art.º 45.º da LGT, as
notificações sob registo consideram-se validamente efetuadas no 3.º dia
posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse , quando esse dia não
seja útil. (Lei 53-A/2006 de 29 de Dez – OE)

► Prescrição (art.º 48 LGT)


 As dívidas tributárias prescrevem, salvo o disposto em lei especial, no prazo de
oito anos contados:
Pode ser aumentado para 15 anos
 O prazo de prescrição conta-se:
Impostos periódicos - a partir do termo do ano em que se verificou o facto
tributário;
Impostos de obrigação única - a partir da data em que o facto tributário ocorreu;
 Exceção:
IVA e retenção na fonte a título definitivo - a partir do início do ano civil seguinte
àquele em que se verificou, respetivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto
tributário

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Oito anos nos casos do IMT e IS nas transmissões gratuitas ou da aquisição


onerosa do direito de propriedade …bens imóveis, verba 1.1. da TGIS.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Um serviço de finanças pretende tributar B. no âmbito do Imposto de Selo,


baseando-se num ofício circulado que aplica analogicamente certas regras da
LGT e do CIS em matéria de incidência. O B., não pretende pagar e socorreu-se
do parecer de um solicitador nessa matéria e de diversa sentenças judiciais que
dão razão a contribuintes em casos semelhantes.

Tópicos para resolução:

Não o pode fazer por força dos seguintes artigos:

 Nº 4 do art.º 11 da LGT
As lacunas resultantes de normas tributárias abrangidas na reserva de lei da
Assembleia da República não são susceptíveis de integração analógica”.
 N.º 1 do artigo 8.º da LGT
Estão sujeitos ao princípio da legalidade tributária a incidência, a taxa, os
benefícios fiscais, as garantias dos contribuintes, a definição dos crimes fiscais
e o regime geral das contraordenações fiscais.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Na ação executiva, refira a intervenção ao nível fiscal, do agente de execução na


“penhora de imóveis”.

Art.º 248.º do CPPT

1- A venda é feita preferencialmente por meio de leilão eletrónico ou, na sua


impossibilidade, de propostas em carta fechada…. [Lei 55-A/2010 - OE]

2 - …leilão eletrónico, … durante 15 dias, … valor base 70% do determinado nos


termos do artigo 250.º [Lei 55-A/2010 - OE]

3- Inexistindo propostas nos termos do número anterior, a venda passa


imediatamente para a modalidade de proposta em carta fechada, que decorre
durante 15 a 20 dias, baixando o valor base referido no número anterior para 50%

4- Não sendo apresentadas propostas nos termos fixados nos números


anteriores, é aberto de novo leilão eletrónico, que decorre durante 15 dias,
adjudicando-se o bem à proposta de valor mais elevado. [Lei n.º 64-B/2011 - OE]

5- O dirigente máximo do serviço pode determinar a venda em outra modalidade


prevista no Código de Processo Civil.[Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro -
OE]

6- Os procedimentos e especificações da realização da venda por leilão


eletrónico são definidos por portaria do Ministro das Finanças. [Lei 55-A/2010 -
OE]

Art.º 249.º do CPPT

1- O valor base para venda é determinado da seguinte forma:

a) Os imóveis urbanos, inscritos ou omissos na matriz, pelo valor


patrimonial tributário apurado nos termos do Código do Imposto Municipal
sobre Imóveis (CIMI); [Lei 53-A/2006 - OE]

b) Os imóveis rústicos, pelo valor patrimonial atualizado com base em fatores


de correção monetária, nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo
27.º do Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro; [Lei 64-B/2011, de 30
de dezembro - OE]

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

c) Os móveis, pelo valor que lhes tenha sido atribuído no auto de penhora,
salvo se outro for apurado pelo órgão da execução fiscal, podendo esse
apuramento ser precedido de parecer técnico solicitado a perito com
conhecimentos técnicos especializados. [Lei n.º 53-A/2006, de 29 de
dezembro - OE]

2- O órgão da execução fiscal promove oficiosamente a avaliação dos


prédios urbanos ainda não avaliados nos termos do CIMI, que estará concluída
no prazo máximo de 20 dias e será efetuada por verificação direta, sem
necessidade dos documentos previstos no artigo 37.º do respetivo
Código. [ Lei 53-A/2006, de 29 de dezembro - OE]

3- A avaliação efetuada nos termos do número anterior produz efeitos


imediatos em sede do IMI. [Aditado Lei 53-A/2006, de 29 de dezembro -
OE]

4- O valor base a anunciar para venda é igual a 70% do determinado nos


termos do n.º 1. [ Lei 67-A/2007, de 31 de dezembro - OE]

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Qual o mecanismo da restituição do remanescente nas execuções.

Este mecanismo tem solução via art.º 81.º do CPPT:

“1 - O remanescente do produto de quaisquer bens vendidos ou liquidados em


processo de execução ou das importâncias nele penhoradas poderá ser aplicado
no prazo de 30 dias após a conclusão do processo para o pagamento de
quaisquer dívidas tributárias de que o executado seja devedor à Fazenda
Nacional e que não tenham sido reclamadas nem impugnadas.

2 -Findo o prazo referido no número anterior, o remanescente será restituído ao


executado.”

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

IMT

C. (promitente vendedora), celebrou um contrato de promessa de compra e


venda, com o D. (promitente comprador), no qual existia uma cláusula de
cedência de posição contratual no valor de 40.000€, de um imóvel sito em
Cascais. O imóvel em questão destina-se a habitação própria e permanente, e
este apenas pretende habitar o referido imóvel após a realização da escritura. A
data marcada para a sua realização é 6 de Julho de 2012.

Valor da escritura: 245.000


Valor Patrimonial do Imóvel: 200.000
a) Quais os atos sujeitos a IMT?
Incidência objetiva ou real: Estas figuras caiem no âmbito da incidência da e) do
n.º 2 do artigo 2.º (Cedência de posição contratual), no n.º 1 do artigo 2.º para a figura
da aquisição definitiva de habitação própria e permanente.
b) Identifique o sujeito passivo do imposto?
Incidência subjetiva ou pessoal: Cedência de posição contratual: C nos termos
da g) do artigo 4º do CIMT (contraente originário não lhe sendo aplicável qualquer
isenção...)
Transmissão definitiva: D nos termos do art.º 4.º do CIMT.
c) Qual o valor tributável?
Cedência de posição contratual: 40.000€ nos termos do artigo 12º nº 4 regra 6 CIMT
Transmissão definitiva: 245 000€, nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do CIMT.
d) Em que momento se deverá proceder à liquidação do imposto?
Antes do ato ou do contrato, nos termos do n.º 1 do artigo 22.º do CIMT.
e) Apure o montante do IMT a pagar na situação descrita, mas apenas para a
escritura.

Nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do CIMT, o valor que servirá de base para a
liquidação será 245 000€.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Nos termos da a) do nº 1 do artigo 17º do CIMT, calculado nos termos do n.º 3 do


referido artigo é:

IMT=172 348* 1,7274%+(245000-172 348)*7%

IMT=2977,14+5085,64

IMT=8062,80

Ou, com recurso às tabelas práticas:

IMT=245000*7%

IMT=17150-9087,19

IMT=8062,80

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Admita que D., por motivos alheios à sua vontade, não realizou a escritura na
referida data. No entanto, teve a possibilidade de habitar o referido imóvel antes
da celebração da mesma, efetuando a entrega de um sinal no montante de
5000€. À luz do CIMT discuta tal problemática.

Nos termos da alínea a) do n.º 2 do CIMT, exclui-se de tributação na esfera do IMT o


sinal. Apesar de haver tradição, como se trata de habitação própria e permanente, não
há lugar a imposto.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

IMI

No caso de um terreno para construção que figure nos ativos correntes de uma
sociedade residente, que tenha por objeto a construção de edifícios para venda,
o IMI é devido a partir de que momento.

Inventários: São ativos:

a) Detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial;

b) No processo de produção para tal venda; ou

c) Na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de


produção ou na prestação de serviços.

Nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 9º, a partir do quarto ano seguinte, inclusive,
àquele em que o terreno foi registado no ativo, se a empresa comunicar tal facto, no
prazo de 60 dias após o registo no ativo, ao Serviço de Finanças da área da
localização do terreno, salvo se ao referido terreno for dada diferente utilização.

4- Para efeitos do disposto nas alíneas d) e e) do n.º 1, devem os sujeitos passivos


comunicar ao serviço de finanças da área da situação dos prédios, no prazo de 60
dias contados da verificação do facto determinante da sua aplicação, a afetação dos
prédios àqueles fins.

5 - … se a comunicação for apresentada para além do prazo referido, o imposto é


devido por todo o tempo já decorrido, iniciando-se a suspensão da tributação apenas a
partir do ano da comunicação2, cessando, todavia, no ano em que findaria caso
tivesse sido apresentada em tempo. [Lei 64-B/2011].

2
Antes do OE de 2012 era a partir do ano seguinte.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Identifica alguma isenção destinada a prédios urbanos com fim a habitação


própria e permanente?

Ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis, nos termos do n.º 5 do art.º 46.º do
EBF, os prédios urbanos habitacionais adquiridos a título oneroso, destinados à
habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, e que
sejam efetivamente afetos a tal fim, no prazo de seis meses após a aquisição devendo
o pedido de isenção ser apresentado pelos sujeitos passivos até ao termo dos 60 dias
subsequentes àquele prazo.

Esta da isenção será concedida pelo chefe de serviço de Finanças da área da


situação do prédio, por um período de apenas 3 anos, caso o valor patrimonial
tributário do imóvel não exceda 125.000€ e o rendimento do agregado familiar não for
superior a 153.300€, no ano anterior. Esta isenção deverá ser requerida pelo s.p. até
60 dias após o período de 6 meses e só pode nos termos do nº 11 do citado artigo ser
concedida apenas duas vezes ao mesmo sujeito passivo ou agregado familiar.
(Redação dada pela Lei 64 B/2011 de 30 de dezembro).

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Restando ainda um ano para o final do período transitório (DL 287/03 de 11 de


Novembro de 2003), quais as taxas de IMI aplicáveis a tais imóveis? E aos
imóveis já avaliados nos termos do artigo 38º do CIMI?

Ao VPT dos prédios que ainda se encontram no regime transitório, nos termos da
alínea c) do nº 1 do artigo 112º do CIMI, são aplicáveis as taxas dentro dos limites:
0,5% a 0,8%, definido anualmente em Assembleia Municipal.

Ao VPT dos prédios avaliados nos termos do artigo 38º, são aplicáveis as taxas dentro
dos limites: 0,3% a 0,5%, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 112.º, definidos
anualmente em Assembleia Municipal.

Para os prédios rústicos, apenas se aplica a taxa de 0,8% nos termos da alínea a) do
já citado artigo.

A Lei 60-A, de 30 de novembro veio reconfirmar o n.º 4 do art.º 15.º do DL 287/2003


na sua versão inicial: 10 anos. A alínea b) deixará de existir após a avaliação global.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Quais os prazo de liquidação e pagamento do IMI?

Nos termos do artigo 113º do CIMI, o IMI, é liquidado anualmente; pelos serviços
centrais da Direcção-Geral dos Impostos; com base nos valores patrimoniais
tributários dos prédios; em relação aos sujeitos passivos que constem das matrizes
em 31 de Dezembro do ano a que o mesmo respeita. A liquidação é efetuada nos
meses de Fevereiro e Março do ano seguinte. As restantes liquidações,
nomeadamente as adicionais e as resultantes de revisões oficiosas, são efetuadas a
todo o tempo. Não há lugar a qualquer liquidação sempre que o montante do imposto
a cobrar seja inferior a (euro) 10.

O imposto deve ser pago em duas prestações, nos meses de Abril e Setembro, Desde
que o seu montante seja superior a (euro) 250, devendo o pagamento, no caso de
esse montante ser igual ou inferior àquele limite, ser efetuado de uma só vez, durante
o mês de Abril, nos termos do artigo 120º do CIMI.

Por vezes, e quando se verifica atraso nas avaliações, o sujeito passivo é notificado de
2 ou mais anos em simultâneo. Nesse caso pode beneficiar do disposto no nº 3 do at.º
120.ª.

3 - Sempre que no mesmo ano, por motivos imputáveis aos serviços, seja liquidado
imposto respeitante a dois ou mais anos e o montante total a cobrar seja superior a €
250, o imposto relativo a cada um dos anos em atraso é pago com intervalos de seis
meses contados a partir do mês seguinte inclusive ao da notificação referida no
número anterior, sendo pago em primeiro lugar o imposto mais antigo.

A AT nunca o faz e o sujeito passivo terá de o reclamar perante os SF que são muito
relutantes neste particular.

22
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Como se pode reclamar da avaliação de um prédio urbano?

Atualmente pode-se afirmar que existem 4 tipos de pedidos de 2.ª avaliação:

DL 287/2003: Art.º 15 F:

 1 - …o sujeito passivo… não concordem com o resultado da


avaliação geral de prédio urbano, podem,…, requerer ou promover a
segunda avaliação, no prazo de 30 dias a contar da data em que o
sujeito passivo tenha sido notificado.

 2- A segunda avaliação é realizada nos termos do artigo 1.º - D, por


um perito avaliador independente (apenas um avaliador, não
havendo comissão ao invés do artigo 76º CIMI) designado pela
Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU) e é
concluída no prazo de 60 dias após a entrada do pedido.

3- O pedido de segunda avaliação é dirigido ao chefe do serviço de


finanças da área da situação do prédio e instruído nesse serviço
periférico local.

4 - Ficam a cargo do sujeito passivo as despesas da segunda


avaliação efetuada a seu pedido, com o limite mínimo de 2 UC, sempre
que o valor contestado se mantenha ou aumente.

5- ...

6- A decisão da segunda avaliação é notificada nos termos do artigo


anterior.

 CIMI

Concluída a avaliação e fixado o VPT do referido prédio, o titular ou alienante,


caso não concordem com o valor obtido, podem requerer uma segunda
avaliação, no prazo de 30 dias contados da data em que tinham sido
notificados desse valor, nos termos dos nº 2 e 4 do artigo 76º do CIMI.
O pedido deve ser feito em requerimento dirigido ao chefe de finanças do
serviço de Finanças da localização do prédio. No mesmo prazo a Câmara

23
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Municipal e o chefe de finanças da área da situação do prédio urbano podem


respetivamente, requerer ou promover uma segunda avaliação, nos termos do
n.º 1 do referido artigo.
Decorrente do resultado obtido com a segunda avaliação, o contribuinte tem
ainda a possibilidade de impugnar nos termos 77º do CIMI do 99º a 102º do
CPPT. Dever-se-á ter ainda em consideração o art.º 130.º do CIMI.

 CPPT:

Art.º 58.º Avaliação Prévia (bens ou direitos que constituam a base de incidência de
quaisquer tributos – pode interessar antes da realização do negócio jurídico - aplica-se
o art.º 76.º)

24
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

IS

Distinga s.p de imposto do titular do encargo de imposto no âmbito do I.S.

Nos termos do artigo 2º do CIS, sujeito passivo é o responsável pela liquidação,


pagamento do imposto e obrigações declarativas e pode ser diferente do que suporta
o imposto.

Artigo 2.º - Incidência subjetiva


1- São sujeitos passivos do imposto:

a) Notários, conservadores dos registos civil, comercial, predial e de outros


bens sujeitos a registo, outras entidades públicas, incluindo os
estabelecimentos e organismos do Estado, bem como todas as entidades ou
profissionais que autentiquem os documentos particulares, relativamente aos
atos, contratos e outros factos em que sejam intervenientes, com exceção dos
celebrados perante notários relativos a crédito e garantias concedidos por
instituições de crédito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas
legalmente equiparadas e por quaisquer outras instituições financeiras, e
quando, nos termos da alínea n) do artigo 5.º, os contratos ou documentos lhes
sejam apresentados.

[Redação dada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro - OE

O imposto constitui encargo dos titulares do interesse económico nas situações


referidas no artigo 1.º (Art.º 3.º, n.º 1)

Em caso de interesse económico comum a vários titulares, o encargo do


imposto é repartido proporcionalmente por todos eles.
(Art.º 3.º, n.º 2)

Artigo 2.º - Incidência subjetiva


2- Nas transmissões gratuitas, são sujeitos passivos do imposto as pessoas
singulares para quem se transmitam os bens, sem prejuízo das seguintes
regras:

25
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

a) Nas sucessões por morte, o imposto é devido pela herança, representada


pelo cabeça de casal, e pelos legatários;

b) Nas demais transmissões gratuitas, incluindo as aquisições por usucapião,


o imposto é devido pelos respetivos beneficiários.

3- Não obstante o disposto no n.º 1, nos atos ou contratos da verba 1.1. da


tabela geral, são sujeitos passivos do imposto as pessoas singulares ou
coletivas para quem se transmitam os bens. [Aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de
31 de dezembro - OE]

Artigo 3.º - Encargo do imposto


1- O imposto constitui encargo dos titulares do interesse económico nas
situações referidas no artigo 1.º

2- Em caso de interesse económico comum a vários titulares, o encargo do


imposto é repartido proporcionalmente por todos eles.

3- Para efeitos do n.º 1, considera-se titular do interesse económico:

a) Nas transmissões por morte, a herança e os legatários e, nas restantes


transmissões gratuitas, bem como no caso de aquisições onerosas, os
adquirentes dos bens;

b) …/…

26
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Para efeitos da verba 1.2 da Tabela Geral, indique situações consideradas


transmissões gratuitas.

Artigo 1.º - Incidência objetiva


3 - Para efeitos da verba 1.2 da Tabela Geral, são consideradas transmissões
gratuitas, designadamente, as que tenham por objeto:
a) Direito de propriedade ou figuras parcelares desse direito sobre bens imóveis,
incluindo a aquisição por usucapião;
b) Bens móveis sujeitos a registo, matrícula ou inscrição;
c) Participações sociais, valores mobiliários e direitos de crédito associados,
ainda que transmitidos autonomamente, títulos e certificados da dívida pública,
bem como valores monetários, ainda que objeto de depósito em contas
bancárias; [Redação dada pela Lei n.º 39-A/2005, de 29 de julho] Ver art.º 63-A do
CIS.
Estabelecimentos comerciais, industriais ou agrícolas;
e) Direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos;
f) Direitos de crédito dos sócios sobre prestações pecuniárias não comerciais
associadas à participação social, independentemente da designação, natureza ou
forma do ato constitutivo ou modificativo, designadamente suprimentos,
empréstimos, prestações suplementares de capital e prestações acessórias
pecuniárias, bem como quaisquer outros adiantamentos ou abonos à sociedade;
g) Aquisição derivada de invalidade, distrate, renúncia ou desistência, resolução,
ou revogação da doação entre vivos com ou sem reserva de usufruto, salvo nos
casos previstos nos artigos 970.º e 1765.º do Código Civil, relativamente aos bens
e direitos enunciados nas alíneas antecedentes.

27
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

No trespasse de um estabelecimento comercial ou industrial, identifique de


quem é encargo do imposto do selo e quem é o sujeito passivo do mesmo.

Nos termos do nº 3 do artigo 2º do CIS, são s.p. deste imposto, as pessoas singulares
ou coletivas para quem s transmitam os bens sendo o encargo nos termos do n.º 1 do
artigo 3º do CIS dos titulares do interesse económico.

28
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Em determinado Serviço de Finanças foi entregue um contrato de arrendamento


comercial, nos termos do qual não haveria qualquer renda, durante os três
primeiros anos de vigência do mesmo, uma vez que as obras de adaptação
ficariam a cargo do inquilino, tornando-se, no entanto, propriedade do senhorio,
sem direito a qualquer indemnização. Decorridos os três primeiros anos do
contrato, a renda seria fixada por uma comissão escolhida pelas partes. Haverá
na situação apresentada lugar a Imposto de Selo.?

Sim existe, nos termos do n.º 1 do artigo 1º do CIS- Incidência objetiva

1 - O imposto do selo incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos,


papéis e outros factos previstos na Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas
de bens. [Redação dada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril - OE]

A determinação do valor sobre o qual incide o imposto do selo é efetuada pelas partes,
segundo juízos de equidade, podendo tal valor ser corrigido pelo Serviço de Finanças,
nos termos do n.º 3 do artigo 9º do CIS.

29
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Suponha que E., casado no regime de comunhão de adquiridos, com F, ambos


residentes no Concelho de Soure. E faleceu em 04 de Fevereiro de 2012
deixando um prédio urbano identificado pelo artigo 39 na citada freguesia,
inscrito na matriz com o VPT de 180.000€. tal prédio ainda não tinha sido
avaliado nos termos do CIMI. Refira quais as obrigações fiscais a cumprir, não
esquecendo de os prazos.

• Participação da transmissão de bens deve obedecer aos termos do artigo 26º


do CIS:
• O cabeça-de-casal e o beneficiário de qualquer transmissão gratuita sujeita a
imposto são obrigados a participar ao serviço de finanças competente:
– a doação,
– o falecimento do autor da sucessão,
– a declaração de morte presumida ou a justificação judicial do óbito, a
justificação judicial ou notarial da aquisição por usucapião ou
– qualquer outro ato ou contrato que envolva transmissão de bens.
• Seja ou não devido imposto, é sempre obrigatório prestar as declarações e
relacionar os bens, ainda que haja lugar a isenção.
A participação, modelo 1 e anexos IS, devem ser apresentados, até final do 3.º
mês seguinte ao do nascimento da obrigação tributária em qualquer serviço de
finanças ou noutro local previsto em lei especial, de acordo com o previsto no n.º 3
do artigo 26 do CIS.

A participação é assinada pelos interessados, seus representantes legais ou


mandatários. Com base na mesma participação, instaura-se o respetivo processo
de liquidação do imposto.

Depois de instruído o processo o chefe de finanças promove a liquidação do


imposto.

Feita ou reformada a liquidação, devem os interessados ser dela notificados nos


termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário, a fim de efetuarem o
pagamento ou utilizarem os meios de defesa aí previstos.

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Em que circunstâncias poderá ser suspensa a liquidação em sede de Imposto de


selo?

Nos termos do artigo do artigo 34º do CIS, a liquidação poderá ser suspensa:

a) Por Litígio Judicial


 Acerca da Qualidade de Herdeiro
 Acerca da Validade ou o Objeto da Transmissão
 Expropriação por Utilidade Pública dos bens Transmitidos
 A suspensão refere-se apenas aos bens em litígio
b) Por Exigência de Dívidas Ativas
 Em Processo Judicial contra o Devedor
 Quando ocorra processo de Insolvência ou Falência
 Procede-se à Liquidação à medida que se resolvam os litígios

Artigo 34.º - Suspensão do processo por litígio judicial


“1 - Se estiver pendente litígio judicial acerca da qualidade de herdeiro, validade ou
objeto da transmissão, ou processo de expropriação por utilidade pública de bens
pertencentes à herança ou doação, o cabeça de casal, o testamenteiro ou os
donatários podem requerer, em qualquer altura, a suspensão do processo de
liquidação, apresentando certidão do estado da causa (DL 287/03, de 12.11)
2 - A suspensão refere-se apenas aos bens que forem objeto do litígio (DL 287/03, de
12.11).
3 - Transitada em julgado a decisão, devem os interessados declarar o facto dentro de
30 dias no serviço de finanças competente, juntando certidão da decisão,
prosseguindo o processo de liquidação ou reformando-se no que for necessário,
conforme o que houver sido julgado (DL 287/03, de 12.11).”

31
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

G., de 68 anos, doou ao seu sobrinho H, um prédio urbano habitacional com o


valor patrimonial tributário de € 250.000,00, com o encargo de este lhe dar uma
pensão vitalícia de € 1.500,00 mensais. Apure o valor tributável para efeitos de
IMT e Imposto Selo.

Artigo 3.º - Incidência simultânea a IMT e a imposto do selo (CIMT)


São simultaneamente sujeitas a IMT e a imposto do selo, nos termos do respetivo
Código, as transmissões de bens imóveis:

a) Por meio de doações com entradas ou pensões a favor do doador, ou com o


encargo de pagamento de dívidas ao donatário ou a terceiro, nos termos do
artigo 964.º do Código Civil (DL 287/03, de 12.11);

Artigo 13.º - Regras Especiais (CIMT)

c) O valor da pensão ou renda vitalícia determina-se aplicando ao produto da


pensão ou renda anual por 20 as percentagens indicadas na alínea a),
conforme a idade da pessoa ou pessoas de cuja vida dependa a subsistência
da pensão ou renda e, se for temporária, o seu valor atual determina-se
multiplicando seis décimas partes da pensão ou renda anual pelo número de
anos por que deva durar, não podendo, porém, esse valor exceder o que a
pensão ou renda teria se fosse vitalícia;

Artigo 15.º - Aquisições consideradas a título gratuito e oneroso


(CIMT)

Nas transmissões de bens imóveis previstas nas alíneas a) e b) do artigo 3.º, o valor
sujeito a imposto corresponde:

a) À importância das entradas e das dívidas, ou do valor atual das pensões,


calculado este nos termos da alínea c) do artigo 13.º, a título de tributação da
aquisição onerosa; [Redação dada pela Lei n.º 53-A/2006, de 29 de dezembro - OE]

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

Transmissão Onerosa:

Verba 1.1 do IS: 250 .000

IMT – 1500 x 12 x 20 x 30% = 108.000 (valor tributável) Art.º 3º, a), art.º 13.º c) e
art.º 15.º, a) - Transmissão onerosa

250000-108000=142000 transmissão gratuita

Verba 1.2 do IS: 250.000 – 1500 x 12 x 20 x 30% = 142.000 parte gratuita

33
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

I., faleceu em 2008, tendo deixado diversos bens imóveis aos seus sobrinhos,
seus únicos herdeiros, e o usufruto do imóvel em que habitava a empregada
doméstica. Nesta situação, os sujeitos passivos do imposto do selo são:

Artigo 1.º - Incidência objetiva (CIS)

1 - O imposto do selo incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos,


papéis e outros factos previstos na Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas
de bens. [Redação dada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril - OE]

Trata-se de uma transmissão gratuita sujeita a IS. (O sujeito passivo é a herança


indivisa, representada pelo cabeça-de-casal, e a legatária; nos termos da alínea a) do
n.º 2 do artigo 2.º do CIS.

Artigo 2.º - Incidência subjetiva (CIS)

2 - Nas transmissões gratuitas, são sujeitos passivos do imposto as pessoas


singulares para quem se transmitam os bens, sem prejuízo das seguintes regras:

a) Nas sucessões por morte, o imposto é devido pela herança, representada pelo
cabeça de casal, e pelos legatários;

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

J. faleceu em Vila Nova de Milfontes em 15 de agosto de 2011, no estado de


viúvo, e deixando 2 filhos. Da herança fazia parte: i) um prédio urbano, situado
em Lisboa, com o valor patrimonial tributário de 190.000€; ii) um prédio urbano,
situado em Barcelona, a que foi atribuído o valor de 540.000€; iii) um automóvel,
registado em Portugal, a que foi atribuído o valor de 15.000€; iv) uma conta
bancária, em Portugal, com o saldo de 12.500€; v) uma conta bancária, em
Espanha, com o saldo de 30.000€. Para efeitos de imposto do selo identifique o
valor tributável.

Tópicos para resolução:

Artigo 4.º - Territorialidade (CIS)

1 - Sem prejuízo das disposições do presente Código e da Tabela Geral em sentido


diferente, o imposto do selo incide sobre todos os factos referidos no artigo
1.º ocorridos em território nacional (DL 287/03, de 12.11), logo excluindo o prédio de
Barcelona e a conta bancária em Espanha.

Artigo 9.º - Valor tributável (CIS)

1 - O valor tributável do imposto do selo é o que resulta da Tabela Geral, sem prejuízo
do disposto nos números e artigos seguintes.

…/...

4 - À tributação dos negócios jurídicos sobre bens imóveis, prevista na Tabela Geral,
aplicam-se as regras de determinação da matéria tributável do Código do Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT). [Aditado pela Lei n.º
60-A/2005, de 30 de dezembro - OE]

Artigo 13.º - Valor tributável dos bens imóveis

1 - O valor dos imóveis é o valor patrimonial tributário constante da matriz nos termos
do CIMI à data da transmissão, ou o determinado por avaliação nos casos de prédios
omissos ou inscritos sem valor patrimonial.

Artigo 14.º - Valor tributável dos bens móveis

1 - O valor dos bens móveis de qualquer natureza que não seja determinado por
aplicação de regras específicas previstas no presente Código é o dos valores oficiais,

35
Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

quando existam, ou o declarado pelo cabeça de casal ou pelo beneficiário, consoante


o que for maior, devendo, tanto quanto possível, aproximar-se do seu valor de
mercado (DL 287/03, de 12.11).

2 - O valor dos veículos automóveis e motociclos, bem como o das aeronaves de


turismo e barcos de recreio, é o valor de mercado ou o determinado nos termos do n.º
7 do artigo 24.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares,
consoante o que for maior ( DL 287/03, de 12.11). Ver Portaria n.º 383/03, de 14.05.

 O valor tributável será constituído pelos seguintes valores:

 Imóvel, sito em Lisboa 190.000,00 €

 Um veículo automóvel 15.000,00 €

 Conta bancária em Portugal 12.500,00 €

Total: 217.500,00 €

“Conceito de territorialidade”

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Departamento de Formação Questões sobre Fiscalidade

LISTA DE ABREVIATURAS

AT Autoridade Tributária
CIMI Código de Imposto Municipal Imobiliário
CIMT Código de Imposto Municipal de Transmissões Onerosas de Imóveis
CIS Código de Imposto de Selo
CNAPU Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos
CPPT Código de Procedimento e Processo Tributário
EBF Estatuto dos Benefícios Fiscais
LGT Lei Geral Tributária
OE Orçamento de Estado
SF Serviço de Finanças
s.p. sujeito passivo
TGIS Tabela Geral de Imposto de Selo
VPT Valor Patrimonial Tributário

sisa serviço de impostos de sua alteza3

3
remonta ao séc. XIV (reinado de D. Afonso IV). Substituído em 2004 pelo IMT.

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