Industrialização é o processo sócio-econômico que visa transformar uma área da sociedade
inicialmente retrógrada em uma fonte de maior riqueza e lucro. Por meio da implant ação de um maquinário próprio em indústrias de todos e quaisquer tipos, o qual substitui algum as funções antes exercidas pelo homem, muitas vezes produzindo mais do que esses, o pro cesso de industrialização impulsiona uma gradual urbanização e crescimento demográfico na região em que ocorre. Suas principais características são: grande aumento na divisão de traba lho, grandes progressos em produtividade industrial e agrícola e crescimento rápido da re nda per capita, da classe média e do padrão de consumo. A partir do Século XVIII ocorreram muitas industrializações no mundo, tendo a primeira e mais marcante delas ocorrido na Inglaterra, a chamada Primeira Revolução Industrial, com o surgimento da primeira maquina a vapor. As revoluções industriais foram divididas em três momentos definidos como primeira revolução, segunda revolução e terceira revolução industrial. A Primeira Revolução Industrial ou Primeira Revolução Tecnológica se caracterizou pela invenção da máquina à vapor e as consequentes mudanças na sociedade em virtude dessa nova tecnologia. Já a chamada segunda revolução foi marcada pela descobe rta e disseminação da eletricidade e do uso intenso do petróleo como fontes de energia. Po r fim, a terceira revolução industrial, conhecida também como a Revolução do Silício, se caracteriza pelo uso intensivo da informática e telemática nas relações sociais e, sobretudo, econômicas. A categoria de Países Recentemente Industrializados (NICs, sigla do termo em inglês Newly industrialized countries) é uma posição de classificação social/econômica aplicada a vários países ao redor do mundo por cientistas políticos e economistas. Os NICs são países cujas economias ainda não conseguiram a primeira posição mundial mas, em um sentido macroeconômico, ultrapassaram as do terceiro mundo. Outra caraterização dos NICs é aquela de nações que possui crescimento econômico rápido (normalmente voltado à exportação). A industrialização incipiente ou contínua é um indicador importante de um NIC. Em muitos NICs, o motim social pode ocorrer como as populações principalmente rurai s, agrícolas que migram para as grandes cidades, onde o crescimento de manufaturados e fábricas pode desenhar o futuro de milhares de trabalhadores. Os NICs normalmente compartilham algumas características comuns, inclusive: Liberdades sociais maiores e direitos civis. Um comutador de economias agrícola a economias industriais, especialmente no setor de fabricação. Cada vez mais abrem a economia, levando em conta o livre comércio com os seus vizi nhos, e com isto juntando uma coligação política comercial. Contudo, é importante observar que a liberdade política nem sempre se associa com a liberdade econômica. Em nações como a República Popular da China, censura de Internet, a supressão do cristianismo, e outros abusos de direitos civis são comuns. O governo c hinês refutou essas acusações argumentando que o aumento do padrão de vida da China forneceu um utilitário benefício social que excede em peso o efeito prejudicial de violações individ uais O termo começou a ser usado na década de 1970 quando os assim chamados Tigres Asiático s (Hong Kong, Coréia do Sul, Singapura e a República da China (ou Taiwan) subiram à proeminência global com um crescimento industrial rápido desde a década de 1960. É importante observar a distinção entre esses países e as nações agora consideradas NICs. Especialmente, a combinação de um processo político aberto, alto PIB per capita, uma prosperação e a política econômica voltada à exportação, mostrou que esses países agora conseguiram filas de países desenvolvidos. A República da Coréia é um membro pleno da OC DE, enquanto Taiwan mantém a posição de observador. Alguns autores consideram ainda a lista da primeira geração dos países (Coreia sul, Fo rmosa, Singapore, Hong Kong[6]) como NICs, e alguns que outros os discutem são agora paíse s desenvolvidos. A China e a Índia são casos especiais: a população imensa dessas duas nações (mais de dois bilhões combinados desde novembro de 2006) pensa que a renda per capita permanecerá baixa mesmo se qualquer economia sobrepujar a dos Estados Unidos da América. Contudo, co m o PIB PPC em mente, as populações chinesas e índianas gostarão de preços significativamente reduzidos de vida, como os grampos básicos tendem a ser menos caros em ambas as nações . Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o ter mo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da esca la, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas m uitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas ca sas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo. Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtiv o, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários ), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadore s passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou con hecido por maquinofatura. Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católic a: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes. De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da R evolução Industrial e não sua causa. Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológic o, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Dur ante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por nova s áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, caus ando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914). Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os países industri alizados. Embora outros países já contassem com fábricas e equipamentos modernos, esses eram considerados uma "miniatura de Inglaterra", como por exemplo os vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porém não possuíam a tecnologia das fábricas ingle sas. Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento industrial, na época, eram as reg iões mineradoras de carvão; lugares como o norte da França, nos vales do Rio Sambre e Me use, na Alemanha, no vale de Ruhr, e também em algumas regiões da Bélgica. A Alemanha nessa época ainda não havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre esses a Prússia, q ue liderava a Revolução Industrial. A Alemanha se unificou em 1871, quando a Prússia venc eu a Guerra Franco-Prussiana. Fora estes lugares, a industrialização ficou presa: às principais cidades, como Paris e Berlim; aos centro de interligação viária, como Lyon, Colônia, Frankfurt, Cracóvia e Varsóvia; aos principais portos, como Hamburgo, Bremen, Roterdã, Le Havre, Marselha; a polos têxteis, como Lille, Região do Ruhr, Roubaix, Barmen-Elberfeld (Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou; e a distritos siderurgicos e indústria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e da Silésia.