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Feira de Santana
2008
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1 Identificação do romantismo:
2.1 Realista: é quem luta pelos seus próprios interesses e faz concessões a
interesses dos outros.
É uma doença que adquire um novo significado sempre que é submetida a uma
moderna psicologia, pois o romantismo vê apenas um lado de um todo, impregnado
de tensão e conflito. Existe a tendência de se exagerar e distorcer situações quando
alguém se sente perturbado ou amedrontado.
Desde a época do gótico não existia um movimento que desse tanta importância ao
sentimento, atingindo fortemente o Racionalismo (que não gostava do avanço
constante desde a Renascença) e o Iluminismo (que colocava o racionalismo como
dominador do mundo civilizado).
São os primeiros a reconhecer que as relações históricas não têm lógica e que “ a
filosofia é fundamentalmente anti-histórica”. Somos o que somos pelo destino,
porque recordamos uma história passada de forma particular.
A idéia de que a natureza do espírito humano, as instituições políticas, as leis,
linguagem, religião e arte só pode ser reconhecida com base na sua história, seria
impensável antes do romantismo. Portanto, “o homem não tem natureza, o que ele
tem é história”.
O modo de pensar que os fenômenos históricos nada mais são do que funções,
manifestações e encarnação de princípios independentes, recebeu o nome de
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9 Romantismo e a ideologia
10 O Iluminismo e a revolução
10.1 O final da Revolução mudou esse quadro, pois os escritores passaram a ser
responsabilizados por ter feito uma Revolução que extrapolou os ideais ou por ter
feito muito pouco para que se tivesse as transformações necessárias, perdendo
assim o seu prestígio.
Refugiaram-se então no passado, numa época em que todos os seus anseios e
desejos eram realizados, sem tensões ou realidade.
11 O Romantismo alemão
Os adeptos do classicismo tinham lutado entre atitudes desde o temor e a cólera até
a graciosidade e o espírito, sentindo-se senhores da realidade, acreditando que a
vida devia ser governada.
O romântico não aceitava qualquer vínculo externo de controle sobre a pessoa, pois
era incapaz de se comprometer, sentindo-se indefeso, submetido a uma pressão da
realidade poderosa, vendo-a com desdém e ao mesmo tempo como uma coisa
grandiosa. Ou se entregava a ela ou se rebelava, mas nunca se sentia capaz de
enfrentá-la com igualdade de forças.
14 O romantismo e o Classicismo
o movimento romancista era puramente burguês, pois foram eles que aboliram as
convenções do Classicismo.
O romantismo levou os eu individualismo ao extremo, para combater o materialismo
e a hostilidade que os burgueses e filisteus tinham em relação ao espírito. Os
românticos entendiam a vida de acordo com os critérios da arte, para gerar uma
nova aristocracia superior ao homem comum, ao tempo em que dava vazão ao
contexto de que se apresentava no relacionamento do mundo com a arte.
“A arte é um sedutor fruto proibido, e todo aquele que tenha provado o seu mais
recôndito e dulcíssimo suco, está irremediavelmente perdido para o mundo ativo,
palpitante de vida. Acerca-se cada vez mais do seu próprio e pequeno recanto de
prazer”. O veneno da arte é que o artista se converte num ator, que encarna a vida
inteira como um papel.
16 Conflitos da vida
A vida moral transcorreu sob vários conflitos entre o ego e o mundo, entre o instinto
e a razão, o passado e o presente, o que no romantismo se converte numa forma
básica de consciência. Passa-se, então, a se apresentar como possibilidades de se
realizar simultaneamente a vida e espírito, a natureza e cultura, a história e
eternidade, a solidão e sociedade e a revolução e a tradição.
Idealismo, espiritualismo, irracionalismo e individualismo não sobrevivem sem uma
oposição de tendência igualmente forte, como o naturalismo e o coletivismo. As
atitudes filosóficas deixam de existir, passando o homem a ter atitudes mais
reflexivas e críticas, em busca de realizações.
16.1 O espírito humano deixou de ser mais espontâneo, como o século XVIII havia
lhe oferecido, sendo substituído por outra forte sensibilidade do coração e da alma,
deixando as lágrimas e a emoção para as camadas culturais mais baixas.
20 Os cenáculos na França
Por volta do ano de 1824 ocorrem os primeiros sinais de mudança políticas. Criado o
circulo em torno de Charles Nodier no “Arsenal”, nasceu os cenáculos românticos.
Nesse espaço a sociedade se reunia para discutir moda literária, em amistosas
reuniões artísticas, em que o social pé tratado como elemento de segundo plano.
Poderia participar todo e qualquer escritor, artista, crítico dispostos a aderir o
movimento, bem como o público em geral simpatizante. Na França o movimento
tinha mais um caráter de escola literária do que na Alemanha, onde o ideal era
clássico.
21 O Romantismo e a boemia
A luta dos românticos para controlar o teatro em favor do “Hernani” de Victor Hugo,
foi uma guerra travada na rua Doyenné, os boêmios e a juventude, e mesmo com a
vitória, a oposição não descansou, até que renunciasse muito tempo depois, do
controle dos principais teatros de Paris.
23 O música e o romantismo
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23.1 A geração posterior a Bach e Haendel já produzia música diferente entre a que
seria para divertimento próprio e para o público. Nas obras de Chubert e Shumann já
é e percebida esse dicotomia. Chopin e Liszt são menos influenciados pelo público,
e em Berlioz e Wagner existe um nítido cortejo para atingir a esse público. Quem
executa a música tem um duplo objetivo: de atender o ouvinte especialista e de iludir
o leigo.
A música permaneceu romântica até o século XIX, muito mais do que as outras
artes. Thomas Mann afirmou que foi a música de Wagner que lhe revelou pela
primeira vez o sentido da arte.
24 Conclusão
REFERÊNCIA:
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo : Martins Fontes,
1998. (p 661 – 726)