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UNA BETIM

Programa de Graduação em Direito

Potiara Silva Nazario

TRABALHO SUBSTITUTIVO OFICINA JURÍDICA

Betim
2017
Potiara Silva Nazario

TRABALHO SUBSTITUTIVO OFICINA JURÍDICA

Trabalho apresentado ao Curso de Direito da Faculdade


UNA de Betim, à disciplina de Direito Internacional
Privado, sobre a condição jurídica do estrangeiro e
conflitos de leis no espaço.

Professor: Hebert Coelho

Betim
2017
RESUMO

O trabalho em foco tem o caráter principal analisar a condição jurídica atual do estrangeiro
no Brasil, bem como o conflito de leis no espaço, que ocorre em casos específicos. Tudo indicando
a legislação aplicável.
Palavras-chave: Internacional, privado, conflitos, migração, estrangeiro.
INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma notícia sobre a condição jurídica do estrangeiro,
bem como uma decisão judicial sobre um caso de conflito de leis no espaço, especificamente no que
diz respeito à condição trabalhista dessa classe de pessoas. Ambas apresentações dispendem de uma
análise do caso sob o olhar na nova Lei de Migração (13.445/2017) e a legislação aplicada no caso
concreto. Este trabalho também objetiva ampliar o conhecimento a respeito do assunto, além
daqueles já adquiridos em sala de aula.
NOTÍCIA: CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

28 de novembro de 2017 14:37

Brasil concede quase 12 mil autorizações de


trabalho para estrangeiros de janeiro a junho
Novas condições de trabalho do primeiro semestre foram 2.440
inferiores ao mesmo período de 2016, que fechou em 14.438
autorizações

Brasil concede quase 12 mil autorizações de trabalho para estrangeiros de janeiro a junho
Novas condições de trabalho do primeiro semestre foram 2.440 inferiores ao mesmo período de
2016, que fechou em 14.438 autorizações
O Ministério do Trabalho (MTb) concedeu 11.998 autorizações de trabalho temporário ou
permanente para estrangeiros no país entre janeiro a junho de 2017. Os dados fazem parte do
relatório elaborado pela Coordenação Geral de Imigração (CGig) do Mtb, divulgado nesta terça-
feira (28).
As novas condições de trabalho do primeiro semestre foram 2.440 inferiores ao mesmo período de
2016, que fechou em 14.438 autorizações. Segundo o ministério, a diferença já era esperada, uma
vez que no ano passado o Brasil sediou os jogos olímpicos, evento que resulta em grande
movimento de profissionais estrangeiros no país, tanto de esportistas, de suas equipes de trabalho e
de voluntários internacionais.
Para que o estrangeiro exerça alguma atividade laboral no Brasil é obrigatória a autorização. E ele
pode obter mais de uma, conforme as resoluções que normatizam essas autorizações. A maioria das
autorizações foi para profissionais das ciências e das artes, técnicos de nível médio, e membros
superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas, gerentes,
entre outros.
Origem e destino
As autorizações temporárias são as mais procuradas pelos profissionais estrangeiros, segundo o
relatório. De janeiro a junho, foram 11.483 documentos expedidos nessa modalidade e 515
permanentes. Os americanos obtiveram o maior número de concessões. Foram 2.170 documentos
emitidos para pessoas originadas dos Estados Unidos.
Filipinas vem logo em seguida com 1.224 concessões neste semestre. Já os chineses são os terceiros
que mais procuraram o Brasil para trabalhar, tiveram 799 autorizações. China é seguida pelo Reino
Unido (778 autorizações), França (579), Índia (53 8) e Japão (255).
Entre os países do Mercosul e associados, o destaque é para a Venezuela, com 147 autorizações. Em
seguida, vem Argentina (81), Colômbia (65) e Chile (52). Para o ministério, o período complexo na
política também reflete na área econômica, e como o Brasil é um país vizinho com uma abertura de
fronteira mais flexível, isso favorece a imigração.
O Rio de Janeiro é o estado brasileiro que mais demanda pela mão de obra estrangeira. Foram 5.325
autorizações para estrangeiros no segundo semestre no estado. São Paulo, em segundo, recebeu
4.634. E o Espírito Santo, vem atrás, com 279.

Fonte: Agência Brasil


http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-11/brasil-concede-quase-12-mil-autorizacoes-de-
trabalho-para-estrangeiros-ate
RELATÓRIO 1: CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

O notável crescimento da economia brasileira nos últimos anos despertou o interesse de grande
número de estrangeiros em trabalhar no Brasil. Uma grande quantidade de jovens qualificados tem
vindo em busca de novas experiências, que oferecem oportunidade de crescimento rápido. Não se
pode deixar de mencionar os imigrantes ilegais ou até mesmo dos refugiados, que, a despeito dessa
condição, constituem significativa força de trabalho.
Ao trabalhar no país, o estrangeiro passa a ter os mesmos direitos trabalhistas de um empregado
natural do Brasil, como 13º salário, FGTS e férias de 30 dias, entre outros. Também vale destacar a
jornada padrão de oito horas diárias ou 44 por semana, com um dia de folga, preferencialmente aos
domingos.
Como em qualquer país há exigências legais para a permanência dos trabalhadores estrangeiros, no
Brasil não poderia ser diferente. É a nova Lei de Migração 13.445/2017, substituta do antigo
Estatuto do Estrangeiro de 1980, que explica a situação jurídica desses trabalhadores em nosso País,
bem como da política de imigração e coordenação de suas atividades no País.
Essa nova lei estabelece e orienta a concessão de autorização de trabalho para estrangeiros que
pretendem permanecer aqui por algum tempo ou definitivamente. Essa autorização, exigida pelas
autoridades consulares brasileiras, é necessária para a concessão de visto temporário ou permanente.
Cabe ao Ministério das Relações Exteriores emitir a autorização consular registrada no passaporte,
denominada "visto", permitindo a esse trabalhador entrar e permanecer no País.
O visto pode ser temporário ou permanente, sendo no primeiro caso para aqueles que vêm ao País
em viagem cultural, missão de estudos, a negócios, na condição de artista ou desportista, estudante,
cientista, correspondente de rádio, jornal, televisão ou agência de notícias estrangeira, entre outros.
Já o visto permanente é para aqueles que pretendam residir definitivamente no Brasil.
Contudo, do profissional especializado é exigida a comprovação da qualificação e/ou experiência
profissional, que deverá ser feita por meio de pedido de autorização, junto ao Ministério do
Trabalho e Emprego, mediante a apresentação de diplomas, certificados ou declarações das
instituições onde tenha desempenhado suas atividades. De acordo com essa resolução, para
demonstrar a qualificação ou experiência o candidato terá que comprovar alternativamente
experiência de dois anos no exercício de profissão de nível médio, com escolaridade mínima de
nove anos ou experiência de um ano no exercício de profissão de nível superior.
DECISÃO JUDICIAL: CONFLITOS DE LEIS NO ESPAÇO
CASO: TRABALHO EM NAVIO ESTRANGEIRO - EM PREGADO PRÉ-CONTRATADO NO
BRASIL - CONFLITO DE LEIS NO ESPAÇO - LEGISL A ÇÃO APL I CÁVEL
Processo RR 127004220065020446 12700-42.2006.5.02.0446

A recorrente busca reforma da r. sentença. Afirma que não é parte legítima e que o
julgado violou o Decreto n. 18.871/29 bem como o Decreto 80.138/77. Assegura
que, consoante o art. 4º, alínea c do Decreto nº 80.138/77, os membros da
tripulação de navio sob bandeira de um dos Estados contratantes estarão sujeitos
às disposições vigentes no mesmo Estado ao qual o navio pertence. Transcreve
doutrina e jurisprudência que entende abonar a pretensão. Aduz que os tripulantes
da embarcação Costa Tropicale, prolongamento do território italiano, não estão
sujeitos à lei brasileira, mas sim, à lei italiana; que o trabalho foi realizado a bordo
de uma embarcação italiana, pelo que a lei da bandeira corresponde à lei do local
de prestação de serviços. Invoca ainda a Súmula 207. Transcreve parte da prova
produzida, inclusive do depoimento da reclamante ora recorrida. Afirma ainda que
a recorrida fora admitida por meio de um contrato firmado com CSCS
International através do qual aderiu a um contrato coletivo firmado entre
sindicatos italianos com a participação do armador italiano e a empregadora da
recorrida. Mantenho. A interpretação extensiva do disposto na Súmula 207 (= a
relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de
serviço e não por aquelas do local da contratação), hermenêutica essa no sentido
que é pretendido pela ora recorrente, afigura-se não adequada ao objetivo da lei
trabalhista brasileira. Através do depoimento de Aline Nunes Reymond (fls.
172/173) - que foi providenciado pela própria recorrente - constata-se que a pré-
contratação ocorreu em território brasileiro. Mais ainda, parte do tempo de
duração do contrato de trabalho desenvolveu-se em águas territoriais brasileiras.

Reclamada afirma que a Autora foi contratada pela empresa CSCS International,
com sede nas Antilhas Holandesas, tendo prestado serviço em navio de bandeira
italiana, razão pela qual não se lhe aplicaria a lei brasileira. Aduz haver legislação
específica para os casos de trabalho marítimo realizado por cidadão brasileiro em
embarcação italiana. Sustenta que as embarcações, ainda que civis, são um
prolongamento da bandeira que ostentam. Assevera que os serviços foram
prestados apenas parcialmente no Brasil e que a lei de regência deve ser a italiana.
Indica contrariedade ao Enunciado nº 207/TST e violação aos arts. 14 da Lei nº
7.064/82, 281 do Código de Bustamante (Decreto nº 18.871/29), 4º, c, do Protocolo
Adicional Brasil-Itália (Decreto Legislativo nº 50/74), 5º, XXXVI, e 178 da
Constituição Federal.
RELATÓRIO 2: CONFLITOS DE LEIS NO ESPAÇO

Em se tratando de trabalho envolvendo marítimo, realizado preponderantemente em alto-mar, o


Direito Internacional consagrou a chamada lei do pavilhão ou da bandeira, que determina a
aplicação da legislação do país no qual está matriculada a embarcação. Esta regra, contudo, não é
absoluta, ou seja, a lei da bandeira do navio não é o critério definitivo em matéria de competência
jurisdicional trabalhista; é que a relação do emprego se estabelece entre o tripulante e a empresa que
explora o navio, e não entre aquele e o proprietário da embarcação.

No caso em tela, para aferição da legislação aplicável, é necessário fazer uma análise a respeito dos
institutos de Direito Internacional do Trabalho, para solução de conflitos de leis no espaço. Assim, a
despeito de o artigo 9º da LICC dispor que a regra geral de conexão se fixa pelo local de
contratação da obrigação, em se tratando de obrigação trabalhista, a regra de conexão é fixada pelo
local da prestação do serviço. O Princípio da Territorialidade foi consagrado universalmente por ser
mais favorável ao trabalhador, que, por vezes, firma contrato em local diverso da prestação do
serviço. No caso em espécie, a prestação do serviço se dava em embarcação privada italiana que
perpassava em águas brasileiras e internacionais. Dessa forma, inicialmente, poder-se-ia considerar
que a legislação aplicável seria a italiana, em razão da bandeira ostentada pela embarcação.
Entretanto, considerando que o navio estrangeiro era privado, deve ser aplicada a legislação
brasileira enquanto a embarcação estiver em território nacional. Assim, é indubitável que, enquanto
o trabalho foi prestado em águas nacionais, a legislação aplicável é a brasileira. Em relação à parte
da execução que foi prestada em águas internacionais, determina o artigo 337 do CPC que é ônus da
parte comprovar seu teor e vigência, não bastando a mera alegação. Não tendo a parte se
desincumbido de seu ônus, impõe-se a aplicação da legislação nacional. Ainda que assim não fosse,
a pré-contratação do trabalho ocorreu no Brasil, com empregada brasileira que prestava serviços
parcialmente no Brasil. Isto é, o conjunto de circunstâncias leva à consideração de que a causa está
intimamente conectada com o direito nacional.

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