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REFERÊNCIAS

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Até o século XVII, por exemplo, experienciou-se presente e futuro a partir das lições tiradas do passado; o passado é
quem ditava as ações presentes e futuras, característica que, a Hartog, define o regime antigo de historicidade – o da
história magistra vitae. Do surgimento das ideias iluministas e da Revolução Francesa, no entanto, percebe-se uma nova
relação com o tempo e, em maior escala, um novo regime de historicidade: o moderno. O passado, nele, em vez de
lições, é aquele superado pelo presente em nome do futuro, do progresso e do idealismo. É o regime moderno de
historicidade quem viabiliza os massacres totalitaristas (nazismo e soviético) orientados temporalmente por concepções
de progresso e evolução da humanidade. Passado os massacres, restavam os traumas, a memória, e os testemunhos. Tal
situação, acrescida das comemorações do bicentenário da Revolução Francesa, em detrimento ao futuro, convertia-se na
criação de espaços de memória e de políticas patrimoniais na Alemanha e França. O presente buscava o conserto dos
crimes do passado e, em simultâneo, negava-se ao futuro. A Hartog, a sobreposição do presente ante passado e futuro,
senão um novo regime de historicidade, representava, ao menos, a crise do regime moderno. O “presentismo”, como
denominara a nova forma de experienciar o tempo, vem da impossibilidade de se aprender com o passado – visto a ação
e seletividade do presente no passado a se lembrar ou esquecer – e de se ansiar pelo futuro – visto a dificuldade de se
enxergar além em uma sociedade marcada pelo imediatismo consumista e pelo medo do porvir (medo dos efeitos das
crises econômicas, das consequências dos conflitos fundamentalistas). A experiência temporal de um presente
onipresente, que se impõe como expectativa e prevalece sobre o passado e o futuro é o que François Hartog define
como regime presentista de historicidade, o presentismo.

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