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Pioneiros criolos
Os novos estados americanos não são possíveis de se explicar a partir de dois moldes europeus
de nacionalismo; (1) a língua não era um elemento que os distinguisse da metrópole e (2) o perfil
nacionalista colonial não era, como na Europa no geral, de cunho populista – pelo contrário,
muitas das vezes o medo das classes mais baixas, negros e índios, desencadeou a movimentação
política. O que resultava no afastamento político dessas classes mais baixas da população,
inclusive no que tange ao respaldo militar. Eis o questionamento: por que foram as comunidades
crioulas que desenvolveram uma consciência tão precoce de sua condição nacional? Por que
essa comunidade que estava unida por uma elite que não falava a língua das classes mais baixas
construiu uma identidade tão forte contra um inimigo (a metrópole)?
Surge a figura do editor-jornalista e seu objetivo de atingir o leitor, por isso, desenvolveu-se uma
aliança com o agente postal que algumas das vezes ambas as partes até trocavam de posição. A
oficina-tipográfica então surge como um elemento fundamental da constituição da
comunicação e vida intelectual na América. Um traço dessa tipografia era a pluralidade de
impressões e periódicos existentes no cenário, além de público, pois esses jornais, aponta
Anderson, eram escritos com plena consciência da existência de comunidades semelhantes as
suas vivendo paralelamente.
Capítulo 4