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Frâzrzeisee Serzres
dução de escritores africanos
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:m pauta, focalizam aspectos A reflexão sobre as obras literárias produzidas em língua portuguesa nos pai- Hz-¡.¡-¡'.'N:‹.-
para o conhecimento de rneiro romance afro-brasileiro ses africanos, com grande atenção para o lugar que a literatura ocupa na consti- P
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:rãrios que vivem de forma Eduarda de Assis Duarte tuição de sua vida nacional, vem sendo amadurecida ao longo das últimas déca- Zi
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uestões próprias dos espaços das por um número cada vez mais expressivo de estudiosos brasileiros. Desde o
:ntesz leituras em contraponto início dos anos 19.70, quando a luta pelas independencias no continente inscre-
nos quais a contradição É a ›.~‹ã'tI.v \z1|-I=*,'! -."'\f=Q‹
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Eliane Lazrrençe de Lima Reis veu-se na historia da esperança que sacudiu o Ocidente, tal repertório vem sedu-
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zindo leitores e ampliando o seu espaço no terreno dos estudos literarios. Os
s de representação da realida- F
femininas do Atlântico negro trabalhosrealizados' atestam o interesse crescente pelo tema, muito embora os
gos com a história, os modos
Flerezarziue Souza' e Silva projetos nessa área. ainda se vejam cercados por uma atmosfera de dispersão que
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tem dificultado bastante a circulação de dados e a discussão de ideias em torno
iartida para a apreensão des-
Xssis: literatura e emancipação dos problemas que a. atividade literária suscita.- H
literário aqui focalizado por Marli Frzrzrzãzi Serzrpelli A urgencia de compor um espaço de interlocução, que envolvesse gente de
le Angola, França, Moçam-
muitas latitudes, foi, portanto, a razão maior do II Encontro de Professores de
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.igal e São Tome e Principe, ies .afiolzresiluse e as literaturas Literaturasrtfricanas de Língua Portuguesa, realizado na-Universidade de São [Í
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rs se vêm associar aos nossos, africanas de língua portuguesa Paulo. Esse encontro teve como objetivo intensificar a cooperação cultural entre
brasileiros de várias univer- Reberro Pentes os países que compõem a comunidade de língua portuguesa, de modo a dinami-
pais, para revelar ao leitor a zar os debates em torno dessas literaturas, focalizando ainda as IEÍHÇÕES QUE E135
do fazer literário dos países Drganizadores e colaboradores estabelecem com o repertório em português produzido fora do continente africa-
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: língua portuguesa que, fe- no. Para tanto, consideramos imprescindível colocar em contato direto produto- l
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sm conquistando um espaço res literãrios africanos e estudiosos de suas obras. O feliz resultado foi, sem dúvi- E
ns expressivo entre nós. Cla, um diálogo frutuoso para oidesenvolvimento dos estudos africanos entre nos.
Superando as barreiras que cotidianamente nos impõe o exercício da
marginalização, vimos, entre os dias 27 e 50 de outubro de 2003, as literaturas
lita Chaves &Tania Macêdo
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Os 12 anos de intervalo entre o I e o II Encontro indicam que trabalhar com -.zra
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a África num país como o Brasil impõe dificuldades de natureza vária. No entan- rf
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to, deve-se reconhecer que, para vencer a marginalização a que permanecem con-
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denados os estudos africanos, é preciso muito mais que boas intenções e palavras
de ordem. E houve muito mais que isso a nos mover a vontade: pesquisas foram
desenvolvidas, cursos ministrados, dissertações e teses defendidas, tudo a refletir
um esforço conjunto, capaz de mudar a face daquele contexto inicial, quando o
prof. Fernando Mourão e a profa. Maria Aparecida Santilli começaram a abrir os
caminhos que hoje estamos a multiplicar. Felizmente para todos, a USP, que teve
um trabalho pioneiro nesse terreno, deixou de ser a estrela solitária. Hoje - e a
participação de alunos e professores das 21 universidades brasileiras presentes ao
H evento não deixa dúvida - o interesse pelas literaturas africanas de língua portu-
guesa em especial, mas não so, amplia o número de leitores, mobiliza estudiosos,
ajuda a repor o continente africano na ordem das coisas.
Mesmo que o cenário não seja ainda aquele que queremos conquistar, inde-
pendentemente das expectativas de cada um de nos em relação ã gestão do nosso
presente, não se pode negar que a perspectiva de uma nova relação com a Africa
anima a todos que respeitam e prezam essa dimensão essencial da nossa cultura.
Iniciativas como a assinatura da Lei n° 10.659 e as mudanças que ela anuncia
inserem-se nesse panorama, que pressupõe um empenho suplementar para que os
objetivos não se esgotem nos limites de um discurso bem-intencionado_
Numa sociedade como a brasileira, em que o preconceito e uma presença insi-
diosa a comprometer a dose de cordialidade que procuramos ver como marca de
nossa identidade, as boas intenções precisam necessariamente se fazer acompanhar
de medidas concretas, de ações voltadas ã mudança dos .ventos. Tivemos, por isso,
a preocupação de destacar a questão do ensino dessas literaturas como uma das
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ao ambiente que reunia escritores, professores de vários campos do conheci- pelaiacademia. Com efeito, foram ministrados três cursos voltados para a capacitação P.-'|
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ro, estudiosos de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São (105 professores da rede pública de ensino, que tiveram, em sua maior parte, a pri-
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problemas que a contemporaneidade impõe aos povos desses cinco países e as O nosso património cultural, a fisionomia de nossas gentes aí estão para compro-
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nvolvidas, cursos ministrados, dissertações e teses defendidas, tudo a refletir -zé-== _= .-- assegurar o lugar devido ao que ató então tem ficado na esteira do episódico, do '1
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esforço conjunto, capaz de mudar a face daquele contexto inicial, quando o '-I'-`:
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curiioso, do exótico. E, para isso, a_ grande arma ó a estratégia do conhecimento.
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_ Fernando Mourão e a profa. Maria Aparecida Santilli começaram a abrir os s-.
-z â _= Como pesquisadores, a nossa militância deve ser constantemente alimentada pelo
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inhos que hoje estamos a multiplicar. Felizmente para todos, a USP, que teve compromisso com a produção e a reprodução dos saberes que vamos acumulan-
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ânte, não se pode negar que a perspectiva de uma nova relação com a Africa
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I as mais diversas realidades vão construindo. Desse modo, as singularidades de tais
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ativas como a assinatura da Lei nf* 10.639 e as mudanças que ela anuncia _
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dinâmica voltada também ã compreensão do jogo que se funda entre as tradições
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z-.->s§z::z1=-'_- -- _: _ 1. _ história literária, as relações entre a ficção e a História, o lugar das vozes femini-
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_ a comprometer a dose de cordialidade que procuramos ver como marca de nas, o fluxo de formas e modelos, as hipóteses de se determinar um património
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L identidade, as boas intenções precisam necessariamente se fazer acompanhar '_--_I_{§¿.”-f.=__-fz :_
Comum aos povos de língua portuguesa e a presença da cultura africana como
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.edidas concretas, de ações' voltadas ã mudança dos .ventos. Tivemos, por isso,
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elemento de peso na constituição de nossa identidade, entre outros, estão na base
:ocupação de destacar a questão do ensino dessas literaturas como uma das ”:?<s_ Elas preocupações dos autores que compõem os textos deste volume.
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12 Marcas da dtferençaz as literaturas africanas de língua portuguesa
Eles são muitos e falam de diferentes lugares, num concerto que comprava
que a reunião possibilitou confrontar as imagens e as representações que o repi-=_-_;_
tório literário em causa faz circular. Os temas se diversificarani e a direção (135
pesquisas vai igualmente o ferecen do novos e mais detalhados mapas das socieda-
des Cl ue têm, na literatura, um meio de expressão. Da situação lingüística cem
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que tais ' se defrontam até as representações literárias operadas em narrativas
bem recentes, os participantes puderam ouvir falar quem conhece bem o assunto.
constituíram um tema
Problemas teóricos que esse repertório apresenta também
durante esse ciclo, que não deixou de abrir espaço para a discussão sobre as Afri-
cas Clue existem entre nós. Apresentadas e debatidas na cadeia da oralidade, as
propostas ganham agora a forma da escrita, abrindo-se, sem dúvida, a novas e
bem-vindas discussões. _
Levantar pontos que permitam conhecer de modo-mais vertical esse universo
extraordinário de questões que as culturas africanas nos trazem foi um dos móveis
do Encontro e ó, agora, um dos objetivos deste livro.
Os auditórios sempre lotados de pessoas muito atentas, o movimento junto
às bancas dos livros editados em Angola e Moçambique, a vitalidade das conver-
sas que se estendiam pelo saguão do prédio da História e Geografia, pelos corre-
dores das salas do Conjunto Di'd'atico
` d e Letras e p elo lelfilsy do hotel onde esta-
Eles são muitos e falam de diferentes lugares, num concerto que comprova - " idas na universi-
- a efetiva de seus professores nas sessoes promov
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: a reunião possibilitou confrontar as imagens e as representações que o reper- _- _ te ' aos nossos convidados
' para encontros com H comunidade de
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io literário em causa faz circular. Os temas se diversificaram e a direção das
j-iegiõfiã CUS tantes do centro da
_ cidade,
_ como Aricanduva e Sapopemba- Em HÍÍVÍ' i
quisas vai igualmente oferecendo novos e mais detalhados mapas das socieda- d 3 d E 5 que deram maior sentido ao evento. ' i
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que têm, na literatura, um meio _de expressão. Da situação lingüística com ` Acrzdirando na importância do Encontro, a Fundação Universitária da Uni- i
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: tais países se defrontam até as representações literárias operadas em narrativas * ' Eduardo Mondlane e `sua Facu ldade de Letras propiciaram a vinda de É
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ii recentes, os participantes puderam ouvir falar quem conhece bem o assunto. - - ›-
d,-_=_-, _um musico '
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Antonio, ` como o Fundo
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blemas teóricos que esse repertório apresenta também constituíram um tema
Bi bj'iogr ifico de Língua Portuguesa = que promoveu a vinda de um escritor- DH
ante esse ciclo, que não deixou de abrir espaço para a discussão sobre as Afri- _
- .- ~ ' privada, : dado pela Construtora Nor berro Odebrecht
destacamos o apoio
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que se estendiam pelo saguão do predio da História e Geografia, pelos corre- E175E
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ss das salas_do Conjunto Didático de Letras e pelo labíøy do hotel onde esta-
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ia iniciativa a que se associaram o Centro de Estudos Portugueses, o Progra- É:i
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de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portu- 5
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