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1) As mulheres não nascem, mas tornam-se mulheres através da influência da sociedade e da civilização, não por destino biológico.
2) As crianças dos dois sexos são tratadas da mesma forma inicialmente, mas meninas recebem mais carinho físico dos pais para se protegê-las contra a solidão, ao contrário de meninos que são desencorajados de demonstrar afeto.
3) A autora argumenta que as mulheres só serão iguais aos homens quando forem vistas também como seres sexuados, não
1) As mulheres não nascem, mas tornam-se mulheres através da influência da sociedade e da civilização, não por destino biológico.
2) As crianças dos dois sexos são tratadas da mesma forma inicialmente, mas meninas recebem mais carinho físico dos pais para se protegê-las contra a solidão, ao contrário de meninos que são desencorajados de demonstrar afeto.
3) A autora argumenta que as mulheres só serão iguais aos homens quando forem vistas também como seres sexuados, não
1) As mulheres não nascem, mas tornam-se mulheres através da influência da sociedade e da civilização, não por destino biológico.
2) As crianças dos dois sexos são tratadas da mesma forma inicialmente, mas meninas recebem mais carinho físico dos pais para se protegê-las contra a solidão, ao contrário de meninos que são desencorajados de demonstrar afeto.
3) A autora argumenta que as mulheres só serão iguais aos homens quando forem vistas também como seres sexuados, não
Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a
forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é primeiramente, a irradiação da subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que aprendem o universo. O drama do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da mesma maneira para as duas crianças dos dois sexos [...]. [...] Uma segunda desmama, menos brutal, mais lenta do que a primeira subtrai o corpo da mãe aos carinhos da criança; mas é principalmente aos meninos que se recusam pouco a pouco beijos e carícias; enquanto à menina, continuam a acariciá-la, permitem-lhe que viva grudada às saias da mãe, no colo do pai que lhe faz festas;vestem-na com roupas macias como beijos, são indulgentes com as lágrimas e caprichos, penteiam-na com cuidado, divertem-se com seus trejeitos e coquetismos: contatos carnais e olhares complacentes protegem-na contra a angústia da solidão. Ao menino, ao contrário, proíbe-se o coquetismo; suas manobras sedutoras, suas comédias aborrecem. “Um homem não pede beijos... um homem não se olha no espelho... Um homem não chora”, dizem- lhe. Querem que ele seja um “homenzinho”;e libertando-se dos adultos que ele conquista o sufrágio deles. Agrada se não demonstra que não procura agradar. Muitos meninos, assustados com a dura independência a que são condenados, almejam então ser meninas; nos tempos em que no início se vestiam como elas, era muitas vezes com lágrimas que abandonavam o vestido pelas calças, e viam cortar-lhes os cachos. Alguns escolhem obstinadamente a feminilidade, o que é uma das maneiras de se orientar para a homossexualidade [...]. [...] O privilégio que o homem detém, e que se faz sentir desde sua infância, está em que sua vocação de ser humano não contraria seu destino de ser homem. Da assimilação do falo e da transcendência, resulta seus êxitos sociais ou espirituais lhe dão privilegio viril. Ele não se divide, pede-se que se faça objeto e presa, isto é, que renuncie as suas reivindicações de sujeito soberano. É esse conflito que caracteriza singularmente a situação da mulher libertada. Ela se recusa a confinar-se em seu papel de fêmea porque não quer mutilar-se, mas repudiar o sexo seria também uma mutilação. O homem é um ser sexuado: a mulher só é um individuo completo, e igual ao homem, se também for um ser sexuado. (BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 9, 12, 452).
Mais Esperto Que o Método de Napoleon Hill: Desafiando as Ideias de Sucesso do Livro "Mais Esperto Que o Diabo" - Volume 14: Desvendando o Sucesso: O Papel da Sorte e do Contexto Social