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FACULDADE PITÁGORAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


TURMA B NORTUNO

ALUNOS: ANDRÉ FERREIRA SILVA


FRACISCO JOSÉ DA LUZ SILVA
JEFFERSON BRENNER LIMA VIANA
LUCAS VIEIRA SILVA PAUMAS
JOÃO VINICIOS MILANÊZ VILA NOVA SILVA

Compactação - Controle de qualidade

IMPERATRIZ
2018
ALUNOS: ANDRÉ FERREIRA SILVA
FRACISCO JOSÉ DA LUZ SILVA
JEFFERSON BRENNER LIMA VIANA
LUCAS VIEIRA SILVA PAUMAS
JOÃO VINICIOS MILANÊZ VILA NOVA SILVA

(COMPACTAÇÃO – CONTROLE DE QUALIDADE)

Trabalho de aproveitamento de estudos do curso de


Engenharia Civil a disciplina de Tecnologia das
construções I para obtenção de parte da avaliação do
bimestre do 6º período de 2018.

ORIENTADOR: Prof.º Edgard

IMPERATRIZ
2018
RESUMO

A compactação de solos consiste no procedimento de melhorar as propriedades do terreno


através de processos manuais ou mecânicos.
Geralmente, um solo quando é transportado e aterrado está num estado relativamente fofo e
heterogêneo e, portanto, pouco resistente e muito deformável. Os procedimentos de
compactação visam fornecer ao solo melhorias destes aspectos.
A compactação é um processo que visa melhorar as propriedades do solo através da redução
dos seus vazios pela aplicação de pressão, impacto ou vibração. Além disso, esse processo torna
o maciço mais homogêneo. Esta operação resulta no aumento do peso específico aparente do
solo. Com a diminuição dos vazios do solo, espera-se uma redução da variação dos teores de
umidade, da compressibilidade e da permeabilidade e um aumento da resistência ao
cisalhamento e à erosão.
Os estudos geotécnicos de compactação tiveram início com a teoria de
compactação desenvolvida por Ralph Proctor. Em 1933, divulgou seu método de controle de
compactação e concluiu que a densidade com que um solo é compactado, sob uma determinada
energia de compactação, depende do teor de umidade do solo.
Este trabalho tem como objetivo estabelecer correlações válidas para uma areia fina litorânea
entre o índice CBR e dois modelos de penetrômetros dinâmicos. Como campo experimental foi
utilizada a pista em obras da RS/734 – Trecho Cassino – BR/392, para avaliar a confiabilidade
dos equipamentos e a qualidade da correlação. O ensaio com penetrômetros não afeta a estrutura
das camadas; sua execução é rápida e de fácil assimilação pelos operadores; tem
baixo custo de aquisição e manutenção; permite avaliar a capacidade de suporte dos solos em
profundidade; entre outras vantagens. Com o presente trabalho, pôde-se observar que os
resultados encontrados para a areia fina em questão apresentam boa repetibilidade e que sua
aplicação pode ser de grande utilidade na avaliação de camadas de solo compactadas com este
material, além de ser ampliada para outras finalidades.

Palavras-chaves – Compactação de solos, controle de compactação


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................5

2. GENERALIDADES.....................................................................................................6

3. MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................8

3.1. CARACTERÍSTICAS DA OBRA........................................................................8

3.2. PENETRÔMETROS UTILIZADOS NA PESQUISA..........................................9

3.2.1. DINAMIC PROBING LIGHT (DPL)...................................................9

3.2.2. DINAMIC CONE PENETROMETER (DCP)......................................9

3.3. ENSAIOS EM LABORATÓRIO........................................................................10

3.4. ENSAIOS COM O DCP E DPL EM LABORATÓRIO......................................11

3.5. ENSAIOS PENETROMÉTRICOS EM CAMPO................................................13

3.6. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS..........................................................15

4. RESULTADOS............................................................................................................16

4.1. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS...........................................................16

4.2. ENSAIOS COM OS PENETRÔMETROS...........................................................16

4.3. OBTENÇÃO DAS CORRELAÇÕES...................................................................18

4.3.1. CBR X DPL...........................................................................................18

4.3.2. CBR X DCP...........................................................................................19

5. CONCLUSÃO...............................................................................................................21

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................22
5

1. INTRODUÇÃO

A compactação é um processo no qual se visa melhorar as propriedades do solo garantindo


certa homogeneidade, procedendo-se a eliminação do ar
O presente trabalho traz os resultados de um estudo que visou introduzir um procedimento para
o controle da qualidade de compactação de obras viárias executadas com solos lateríticos de
textura fina, empregando-se o ensaio DCP (Dynamic Cone Penetrometer), o qual permite
estimar-se valores de CBR "in-situ". Inicialmente, visando aprimorar-se a correlação
envolvendo os índices CBR e DCP, procedeu-se à aferição dos equipamentos empregados no
estudo, de modo a minimizar-se os erros inerentes a cada ensaio e, consequentemente, obter-se
resultados que pudessem ser considerados válidos do ponto de vista da confiabilidade
metrológica.
Posteriormente, foram selecionadas as amostras, representativas dos solos lateríticos de textura
fina, as quais comporiam o espaço amostral tratado na análise. Obteve-se, a seguir, correlações
CBR x DCP para as 4 amostras selecionadas, verificando-se se haveria a existência de uma
correlação única válida para qualquer tipo de solo ou para solos de uma mesma classe
pedológica ou, em última análise, se para cada amostragem do solo existiria uma específica
àquele material. Finalmente, foram testadas outras potencialidades de utilização do ensaio DCP
em obras viárias, tais como a avaliação da colapsividade de solos porosos, a avaliação e
discretização estrutural de pavimentos existentes, a flutuação de resistência de camadas
estruturais em função da sazonalidade de condições climáticas e a análise da eficiência de
compactação de equipamentos de terraplanagem, além do confronto de resultados de campo
versus laboratório. As conclusões apresentadas mostram o elevado grau de aplicabilidade do
procedimento proposto para uso do ensaio DCP em obras viárias.
6

2. – GENERALIDADES
O material de solo (argila ou areia) quando transportado e aterrado, apresenta um
estado relativamente fofo e heterogêneo, portanto pouco resistente e muito deformável sob
carregamento externo.
A compactação é um processo mecânico para melhorar as propriedades do solo reduzindo os
vazios deste pela expulsão principalmente do ar, mediante a aplicação na superfície do solo
de cargas rápidas e repetidas, que podem ser pressão, impacto ou vibração transmitidas por
equipamento pesado de construção. Qualquer um desses procedimentos visa fornecer ao solo
melhorias em quanto a homogeneidade, resistência e deformação se refere, assim como a
diminuição do volume do solo.

Figura 1 Trabalhos de compactação – controle de qualidade. Fonte:http://tinyurl.com/h7vqgqs

Em outras palavras mais técnicas e que vão ser de uso comum a partir deste capitulo, o
processo de compactação vai melhorar os parâmetros geotécnicos do solo, diminuindo seu
volume, as deformações e as propriedades hidráulicas (passagem de água), assim como
também o incremento da resistência intrínseca para resistir quebra o rompimento da estrutura
interna dele, dado que à área de contato entre as partículas aumenta. Todo o anterior conduz
no aumento do peso específico seco do solo (γdγd). A figura 2 apresenta de maneira geral a
melhoria do solo quando compactado.
7

Figura 2 Diminuição de vazios pelo processo de compactação.

Os estudos geotécnicos de compactação tiveram início na década dos 30’s do século passado,
e foi inicialmente R. Proctor o responsável do desenvolvimento desta teoria.
A experiência tem mostrado que o resultado da compactação do solo depende de dois fatores
determinantes: a energia aplicada e o teor de umidade usados durante o processo de
compactação.
Imagine-se então um procedimento de compactação com uma determinada energia em que o
solo é compactado, adicionando-lhe diferentes quantidades de água (variação de teores de
umidade), e medindo-se o resultado da compactação através da avaliação do peso
volumétrico seco.
A compactação dos solos é geralmente representada em um gráfico que mostra a variação do
peso específico aparente seco (γdγd) versus o teor de umidade (ωω) correspondente durante
o processo de compactação.
Na Figura 3 se mostra uma curva típica de compactação.
O ramo ascendente da curva de compactação é denominado ramo seco e o ramo descendente
de ramo úmido.
No ramo ascendente, a água lubrifica as partículas e facilita o arranjo destas, além da expulsão
do ar, ocorrendo por esta razão, o acréscimo do peso específico seco. Já no ramo descendente,
a água amortiza a compactação e a amostra passa a ter mais água que sólidos (aumento dos
vazios), levando o decréscimo do peso específico seco.
8

Figura 3 Curva típica de compactação.

Em geral pode-se dizer que durante o processo de compactação, as quantidades de sólidos e


de agua permanecem constantes, que a quantidade do ar é a variável principal neste processo;
quando a umidade é baixa facilita-se a saída do ar pelos canalículos intercomunicados ao
interior do solo; acontece o contrário quando a umidade é elevada (grau de saturação maior),
se dificulta a saída dado que o ar está envolto pela água (ocluso). Há, portanto, um certo teor
de umidade que conduz a um peso especifico aparente seco máximo para uma energia
determinada. Se chama de umidade ótima (wotwot) o valor para o qual se obtém o peso
especifico aparente máximo (γdmxγdmx); este par de valores estão indicados na Figura 6.3
com linha descontinua.
Na realidade, a explicação do fenômeno es bem mais complexa e as opiniões não são
consensuais.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Características da Obra

O trecho CASSINO – BR/392 da Rodovia RS/734, encontra-se totalmente localizado


dentro do município de Rio Grande, tem direção aproximada sul-norte, com extensão
9

total de 10,68 km. Seu início é junto ao canteiro da Avenida Rio Grande, na saída do Balneário
Cassino, sendo a estaca 0+000 situada nas proximidades do prédio histórico da antiga Estação
Férrea do Cassino. O trecho termina no viaduto de entroncamento com a BR/392.
3.2. Penetrômetros Utilizados na Pesquisa

3.2.1. Dinamic Probing Light (DPL)

O DPL utilizado na pesquisa, segue as especificações da norma alemã DIN 4094,


conforme mostrado na Tabela 1:

Tabela 1. Especificações do Dinamic Probing Light (DPL).

Para este trabalho são utilizadas duas hastes do equipamento, uma acoplada à ponteira cônica
para penetração e outra que serve de guia para o martelo. As partes roscáveis são
mantidas devidamente engraxadas e livres de sujeira para garantir um encaixe perfeito. O
equipamento, quando armazenado, fica desmontado e acondicionado em caixa apropriada. A
execução do ensaio consiste em aplicar golpes na haste que contém em sua extremidade a
ponteira cônica. São contabilizados o número de golpes para um valor padrão de penetração
(p.ex 10 cm) ou, alternativamente, é medida a deformação decorrente de cada golpe. Para a
execução do ensaio deve-se verificar a ponteira visualmente, reparando se a ponta cônica não
está desgastada, neste caso deve-se providenciar a substituição. Ao montar o equipamento é
necessário checar se as juntas
estão firmemente unidas e alinhadas. Deve-se também, regularmente, passar grafite em pó na
haste e no furo do martelo afim de se manter a condição de descida da massa o mais livre
possível de atrito.

3.2.2. Dinamic Cone Penetrometer (DCP)


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Proposto no exterior e no Brasil como alternativa para controle de compactação em campo, o


DCP é normatizado pela norma americana ASTM (Americam Society for Testing and
Materials) D 6951 de 2003. O DCP possui uma haste de 16 mm de diâmetro (Figura 1), tendo,
em uma das extremidades, uma ponteira em forma de cone, com 20 mm de diâmetro e ângulo
de 60º (Figura 2). A ação dinâmica é provocada por um martelo com peso de 8 kg deslizando
pela haste até se chocar com o batente de uma altura de queda de 575 mm.

Figura 4. Dimensões do DCP.

Figura 5. Detalhe da ponta cônica do DCP.

O ensaio DCP, assim como o DPL, pode ser realizado com o auxílio de duas pessoas, podendo
sua execução ser otimizada com mais um ajudante. O martelo é deixado cair através da haste
por uma altura de 57,5 cm até encontrar o batente. Efetuam-se após cada golpe, medidas das
penetrações associadas com uma régua. Estas medidas podem ser tomadas em centímetros ou
milímetros conforme a conveniência.
Alguns autores especificam o emprego do DCP para materiais que vão desde argila até brita
graduada, sendo restringida sua utilização somente para as misturas de agregados com ligantes
betuminosos, que por serem considerados relativamente impenetráveis, impossibilitam a
realização do ensaio ao causar danos à ponta do cone. Outrossim, pelo desgaste que se observa
na ponta cônica durante a execução do procedimento experimental em brita graduada, tornando
necessário a sua substituição muito frequente, para estes materiais o ensaio tende a se tornar
oneroso.

3.3. Ensaios em Laboratório


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Para o trabalho, foram realizados ensaios de laboratório em duas amostras, uma proveniente do
subleito natural da obra coletado entre as estacas 8+900 e 9+200 e outra vinda da jazida Dique
Seco, que fornece material para a execução dos aterros. Foi feita a análise granulométrica
conforme NBR 7181/84 (Solo – Análise Granulométrica) para determinar a distribuição
granulométrica dos solos. Estes também foram classificados segundo a classificação HRB
(Hihgway Research Board), também conhecida como classificação AASHTO (American
Association of State Highway and Transportation Officials), e pelo SUCS (Sistema Unificado
de Classificação de Solos).
Também foram realizados ensaios de compactação conforme a NBR 7182/86 (Ensaio Normal
de Compactação) e do Índice de Suporte Califórnia (ISC) conforme a NBR 9895/87 (Solo –
Índice de Suporte Califórnia).
Para estabelecer as correlações com o DPL, foram moldados CPs nas três energias de
compactação, estes foram rompidos após imersão. Já para o estudo com o DCP, foram
moldados corpos de prova apenas na energia do
Proctor modificado, variando apenas os teores de umidade.

3.4. Ensaios com o DCP e DPL em Laboratório

Os ensaios feitos em laboratório visaram unicamente a obtenção de dados para formular a


correlação e foram baseados nas normas ASTM D 6951 – 03 (Standard Test Method for Use of
the Dynamic Cone Penetrometer in Shallow Pavement Applications) e DIN 4094 – 64
(Equipamento para Sondagens por Cravação em Solos e Terrenos1).
O ensaio consiste na introdução de uma haste dotada de ponta cônica na massa de solo através
de impacto dinâmico causado por um peso, resultando no parâmetro DN (penetração por golpe)
dado em mm/golpe.
Para isso foram moldados corpos de prova CBR, na energia especificada, e após o molde foi
transportado para uma superfície que oferecesse suporte ao CP. O material da superfície de
suporte escolhido foi o terreno natural, para permitir que o cone, ao atravessar o CP não seja
danificado e para simular uma camada inferior de aterro.
No presente trabalho, optou-se por utilizar o terreno natural existente no pátio da empresa
Incorp Cassino. Este apresenta-se compactado, livre de pedras e outros elementos que podiam
danificar o cone. A superfície deve ser perfeitamente plana, para isso pode-se regularizar o
terreno com uma régua de madeira antes de se efetuar o procedimento. Após verificadas estas
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condições, posicionasse cuidadosamente o cone sobre o centro do corpo-de-prova, verificando


seu alinhamento vertical. Neste momento, devido à massa do equipamento, geralmente ocorre
uma pequena penetração, que não é contabilizada, neste momento, procede-se a chamada leitura
inicial L0. Após isso, efetuaram-se as penetrações, elevando o martelo (altura de 50 cm no caso
do DPL e 57,5 cm para o DCP) e deixando-o cair em queda livre sobre o batente, provocando
a penetração da ponteira + haste no molde. Obtêm-se uma leitura de penetração para cada
impacto. Como a altura do corpo de prova é conhecida, logo que a haste transpor o molde e
comece a perfurar o terreno natural abaixo deste, encerra-se o ensaio. A última penetração, que
transpõe o CP, não é contabilizada. A Figura 3 mostra o ensaio realizado com o DPL.

Figura 6. Posição inicial do DPL dentro do corpo-de-prova CBR.

No caso do DCP, após tentativas de se executar o mesmo procedimento empregado para o DPL,
concluiu-se que isto não é possível devido a que o material estudado apresenta relativa baixa
capacidade de suporte, combinado com o fato de que a ponteira cônica do DCP é sensivelmente
mais delgada que a do DPL. Com isso, ao se aplicar o primeiro golpe o cone acabava por
atravessar o molde, chegando a provocar o deslocamento da amostra em relação ao CP, sem a
obtenção de efetivas leituras no material a ser ensaiado.
Adotou-se então, a prática de se moldar dois corpos de prova, um no molde do ensaio de
compactação de Proctor e outro no molde CBR (Figura 4). Com dois parafusos foram unidos
os CPs, o molde Proctor embaixo e o CBR sobre este. Com esse artifício, foi possível se obter
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uma ou mais leituras no solo a ser ensaiado. O ensaio era dado por encerrado quando a
penetração atingia o molde inferior. O artifício permitiu dar maior estabilidade e apoio ao
corpo-de-prova CBR, garantindo a indeslocabilidade da amostra e propiciando as leituras
desejadas.

3.5. Ensaios Penetrométricos em Campo

Na realização dos ensaios DCP e DPL em campo mede-se, com uma régua, em centímetros ou
milímetros, a penetração para dado número de golpes dado no aparelho. De acordo com a
resistência das camadas a serem atravessadas, é arbitrado o número de golpes para cada leitura,
conforme Kleyn e Savage (1982) apud Alves (2002), pois quando o solo é mais resistente, o
número de golpes necessários para se alcançar determinada profundidade pode ser
consideravelmente maior do que quando a camada é composta por um solo de menor
capacidade de suporte.

Figura 7. DCP dentro do corpo-de-prova CBR ao final do ensaio.

Essa decisão fica a critério do interessado. Sabe-se que no caso de uma grande camada
homogênea, três golpes por leitura agiliza o procedimento, mas no caso de camadas mais finas,
eventualmente pode-se transpor a camada e, assim, criar uma certa confusão na interpretação
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das leituras. Ressalta-se também que a escolha de uma leitura para cada penetração, permite a
obtenção de um perfil de resistência mais detalhado. Para cada golpe aplicado, ou série de
golpes, anota-se em planilha a penetração do cone. No trabalho em questão, optou-se por efetuar
leituras para cada golpe dado. A profundidade final do ensaio é convencionada conforme a
necessidade apresentada, no caso de ensaios para se obter as correlações desta pesquisa,
convencionou-se que a profundidade de 25 cm era suficiente. Deve-se sempre observar o bom
estado de conservação e limpeza do cone. A manutenção da posição vertical durante a execução
do ensaio evita atrito excessivo entre o martelo e a haste guia. Deve-se, antes de cada campanha
e quando da ocorrência de contato com camadas mais rígidas, verificar se a ponta cônica está
em bom estado, providenciando-se sua substituição caso contrário.
A Figura 5 ilustra a execução do ensaio.

Figura 8. Execução do ensaio DPL em campo.

Os ensaios de campo com os penetrômetros foram executados seguindo dois procedimentos


distintos.
Num primeiro momento, foram obtidos quatro valores de DN em um mesmo local. Esses pontos
foram locados em torno de um ponto central onde foi executado posteriormente o ensaio de
Frasco de Areia para medida do peso específico aparente do solo compactado, distribuídos em
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forma de cruz e tendo um afastamento de 40 cm entre ensaios em posição oposta. Foram


realizados quatro ensaios com cada equipamento e o valor de DN do ponto foi tomado como a
média dos quatro valores.
Posteriormente, em pontos isolados do subleito ao longo do eixo da nova pista da rodovia,
foram feitos ensaios únicos (em um único ponto) e os resultados tomados como o DN de cada
ponto.

3.6. Interpretação dos Resultados

Com os dados obtidos no ensaio, constrói-se a Curva DCP (ou DPL) (Figura 6). As ordenadas
indicam a profundidade, dada em milímetros, e as abcissas o número acumulado de golpes
necessário para alcançar esta profundidade.

Figura 9. Exemplo de Curva DCP.

A inclinação da reta ajustada aos pontos experimentais fornece o Índice de Penetração DN em


mm/golpe, definido, portanto, como a razão entre a profundidade e o número de golpes dados
até se alcançar esta profundidade (equação 1).

Para efeito de cálculo do parâmetro DN, a primeira leitura é desconsiderada. A medida é


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justificada pelo fato de que no primeiro golpe a condição de contato entre o cone e o solo não
é a mesma dos demais golpes.

4. RESULTADOS

4.1. Caracterização dos Materiais

Nas duas amostras utilizadas nesta pesquisa, o material foi previamente caracterizado como não
plástico (NP), sendo dispensada a realização de ensaios de limites de Atterberg.
Conforme a classificação HRB (ou AASHTO), ambas as amostras foram classificadas como
solo A-3: areias finas de praia, sem presença de silte ou argila ou com muito pequena quantidade
de silte não plástico. Já pelo SUCS, os solos foram classificados como areias mal graduadas
(SP).
Os ensaios de compactação forneceram os valores de umidade ótima (w ot) e peso específico
máximo (γdmáx) utilizados como base para os ensaios de CBR. Na Tabela 2 são
apresentados os resultados obtidos nos ensaios de compactação e CBR.

Tabela 2. Resultados dos ensaios de compactação e CBR.

4.2. Ensaios com os Penetrômetros

Dos ensaios com os cones de penetração dinâmica, obtiveram-se curvas números de golpes
(acumulados) x penetração para os ensaios DCP (curva DCP) e para os ensaios DPL (curva
DPL). As Figuras 7 e 8 ilustram estas curvas.
17

Figura 10. Exemplo de Curva DPL de laboratório.

Figura 11. Exemplo de Curva DCP de laboratório.

Dos ensaios de campo resultam curvas DCP e DPL como ilustrado na Figura 9.

Figura 12. Exemplo de Curva DCP de campo


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4.3. Obtenção das Correlações

Com os valores obtidos nos ensaios CBR e de cone em laboratório, tem-se os pares CBR x DN,
estes foram relacionados na forma CBR x DCP e CBR x DPL.

4.3.1. CBR x DPL

A Tabela 3 fornece os resultados obtidos nos ensaios de laboratório e utilizados para a


correlação.

Tabela 3. Resumo do Índices de Suporte Califórnia e do Valor DN (DPL).

A correlação foi estabelecida, plotando esses dados em gráficos do software Excel e buscando
o ajuste pela linha de tendência na forma de potência. O coeficiente de correlação R² permite
avaliar a “qualidade” da correlação. Varia de 0 a 1, sendo desejável que seu valor se aproxime
da unidade. Segundo Berti (2005), em estudos experimentais desta natureza, são consideradas
aceitáveis as correlações com R² > 0,5.
Num primeiro momento foram plotados todos os dados. O valor de R² obtido foi considerado
insatisfatório (R² < 0,5). Fazendose uma análise dos dados, pode-se perceber que alguns pontos
notavelmente divergem da tendência apresentada. Assim, na Figura 10
apresenta-se o gráfico onde os pontos considerados espúrios foram excluídos.
19

Figura 13. Correlação CBR x DPL.


A correlação assim proposta para o DPL assume a forma da equação 2, válida para valores de
DN (DPL) entre 15 e 45 mm/golpe.

4.3.2. CBR x DCP


Da mesma forma que na correlação com o DPL, foram plotados no software Excel os dados
apresentados na Tabela 4. Após a primeira análise, novamente foram retirados da avaliação da
correlação os pontos experimentais considerados espúrios. Resultando assim o gráfico
apresentado na Figura 11.

Tabela 4. Resumo dos Índices de Suporte Califórnia e do Valor DN (DCP).


20

Figura 14. Correlação CBR x DCP.


A correlação assim proposta para o DCP assume a forma da equação 3, válida para valores de
DN (DCP) entre 30 e 100 mm/golpe.

As correlações obtidas foram consideradas satisfatórias, possibilitando estimar o valor do


CBR para o subleito natural em areias desta mesma natureza.
A Tabela 6 apresenta um comparativo entre as estimativas feitas através dos ensaios com
DCP e o DPL.

Tabela 5. Valores estimados de CBR para o sub-leito utilizando o DCP e o DPL.

Para aterros compactados e camadas de pavimento com este mesmo material, correlações mais
amplas (envolvendo maiores densidades e por conseqüência valores menores de DN) a serem
obtidas com o mesmo procedimento metodológico, sejam promissoras. A observância ao
intervalo de validade das equações propostas faz-se necessário. Extrapolações podem levar a
estimativas incorretas e, portanto, não são recomendadas.
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5. CONCLUSÃO

O trabalho realizado confirma o potencial dos penetrômetros em obras viárias. Referências são
feitas quanto ao emprego dos mesmos no controle de compactação, avaliação de vias não
pavimentadas existentes, controle de camadas estabilizadas, campanhas rápidas de
reconhecimento de subleito, entre outros. Dentre as vantagens, podemos citar que o ensaio não
afeta a estrutura da camada ensaiada, é de fácil operação e de rápida execução, possui baixo
custo de aquisição e manutenção, não requer mão-de-obra especializada e seus resultados
apresentam boa repetibilidade.
Outro ganho importante com a utilização dos penetrômetros é sua habilidade em avaliar a
capacidade de suporte dos solos em profundidade, ou seja, pode-se medir a resistência do
subleito ou das camadas do pavimento, sem destruir as superiores. Pode-se traçar, através das
curvas DPL ou DCP, um perfil da resistência do solo ao longo de uma ou mais camadas, sendo
capaz de atingir até 90 cm de profundidade.
As correlações obtidas foram consideradas satisfatórias, sendo indicadas para a estimativa
do valor do CBR para o subleito natural em areias litorâneas com mesma mineralogia e
distribuição granulométrica daquela estudada. Também se estima que para aterros compactados
e camadas de pavimento com este mesmo material, correlações mais amplas, sejam
promissoras.
É importante ter ciência de que é necessário se obter uma curva de calibração para cada tipo de
solo estudado e que extrapolações não são recomendadas. Da mesma forma, se alguma
característica física do penetrômetro ou a forma de execução do ensaio sofrerem modificações,
correlações anteriormente estabelecidas podem perder sua validade.
22

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Alves, A. B. C. Avaliação da Capacidade de Suporte e Controle Tecnológico de


Execução de Camada Final de Terraplenagem Utilizando o Penetrômetro Dinâmico de
Cone. Dissertação de Mestrado. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina,
2002.
• American Society for Testing and Materials. ASTM D6951: standard test method for
use of the dynamic cone penetrometer in shallow pavement applications. Estados
Unidos, 2003.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7181: solo – análise granulométrica.
Rio de Janeiro, 1984.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7182: solo – ensaio normal de
compactação. Rio de Janeiro, 1986.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9895: solo – índice de suporte
califórnia. Rio de Janeiro, 1987.
• Berti, C. Avaliação da Capacidade de Suporte de Solos "in-situ" em Obras Viárias
Através do Cone de Penetração Dinâmica: Estudo Experimental. Dissertação de
Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2005.
• Deutsches Institut für Normung. DIN 4094: soil; exploration by penetration tests; aids
to application, supplementary informations. Alemanha, 1964.
• Paiva, C. E. L.; Berti, C. Correlações Índices de Penetração DCP e CBR Disponíveis
na Literatura. In: Jornadas Luso-Brasileiras de Pavimentos: Políticas e Tecnologias, V,
2006, Recife. Anais V Jornadas Luso-brasileiras de Pavimentos: Políticas e
Tecnologias. Recife, 2006.

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