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IMPERATRIZ
2018
ALUNOS: ANDRÉ FERREIRA SILVA
FRACISCO JOSÉ DA LUZ SILVA
JEFFERSON BRENNER LIMA VIANA
LUCAS VIEIRA SILVA PAUMAS
JOÃO VINICIOS MILANÊZ VILA NOVA SILVA
IMPERATRIZ
2018
RESUMO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................5
2. GENERALIDADES.....................................................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................8
4. RESULTADOS............................................................................................................16
5. CONCLUSÃO...............................................................................................................21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................22
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1. INTRODUÇÃO
2. – GENERALIDADES
O material de solo (argila ou areia) quando transportado e aterrado, apresenta um
estado relativamente fofo e heterogêneo, portanto pouco resistente e muito deformável sob
carregamento externo.
A compactação é um processo mecânico para melhorar as propriedades do solo reduzindo os
vazios deste pela expulsão principalmente do ar, mediante a aplicação na superfície do solo
de cargas rápidas e repetidas, que podem ser pressão, impacto ou vibração transmitidas por
equipamento pesado de construção. Qualquer um desses procedimentos visa fornecer ao solo
melhorias em quanto a homogeneidade, resistência e deformação se refere, assim como a
diminuição do volume do solo.
Em outras palavras mais técnicas e que vão ser de uso comum a partir deste capitulo, o
processo de compactação vai melhorar os parâmetros geotécnicos do solo, diminuindo seu
volume, as deformações e as propriedades hidráulicas (passagem de água), assim como
também o incremento da resistência intrínseca para resistir quebra o rompimento da estrutura
interna dele, dado que à área de contato entre as partículas aumenta. Todo o anterior conduz
no aumento do peso específico seco do solo (γdγd). A figura 2 apresenta de maneira geral a
melhoria do solo quando compactado.
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Os estudos geotécnicos de compactação tiveram início na década dos 30’s do século passado,
e foi inicialmente R. Proctor o responsável do desenvolvimento desta teoria.
A experiência tem mostrado que o resultado da compactação do solo depende de dois fatores
determinantes: a energia aplicada e o teor de umidade usados durante o processo de
compactação.
Imagine-se então um procedimento de compactação com uma determinada energia em que o
solo é compactado, adicionando-lhe diferentes quantidades de água (variação de teores de
umidade), e medindo-se o resultado da compactação através da avaliação do peso
volumétrico seco.
A compactação dos solos é geralmente representada em um gráfico que mostra a variação do
peso específico aparente seco (γdγd) versus o teor de umidade (ωω) correspondente durante
o processo de compactação.
Na Figura 3 se mostra uma curva típica de compactação.
O ramo ascendente da curva de compactação é denominado ramo seco e o ramo descendente
de ramo úmido.
No ramo ascendente, a água lubrifica as partículas e facilita o arranjo destas, além da expulsão
do ar, ocorrendo por esta razão, o acréscimo do peso específico seco. Já no ramo descendente,
a água amortiza a compactação e a amostra passa a ter mais água que sólidos (aumento dos
vazios), levando o decréscimo do peso específico seco.
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total de 10,68 km. Seu início é junto ao canteiro da Avenida Rio Grande, na saída do Balneário
Cassino, sendo a estaca 0+000 situada nas proximidades do prédio histórico da antiga Estação
Férrea do Cassino. O trecho termina no viaduto de entroncamento com a BR/392.
3.2. Penetrômetros Utilizados na Pesquisa
Para este trabalho são utilizadas duas hastes do equipamento, uma acoplada à ponteira cônica
para penetração e outra que serve de guia para o martelo. As partes roscáveis são
mantidas devidamente engraxadas e livres de sujeira para garantir um encaixe perfeito. O
equipamento, quando armazenado, fica desmontado e acondicionado em caixa apropriada. A
execução do ensaio consiste em aplicar golpes na haste que contém em sua extremidade a
ponteira cônica. São contabilizados o número de golpes para um valor padrão de penetração
(p.ex 10 cm) ou, alternativamente, é medida a deformação decorrente de cada golpe. Para a
execução do ensaio deve-se verificar a ponteira visualmente, reparando se a ponta cônica não
está desgastada, neste caso deve-se providenciar a substituição. Ao montar o equipamento é
necessário checar se as juntas
estão firmemente unidas e alinhadas. Deve-se também, regularmente, passar grafite em pó na
haste e no furo do martelo afim de se manter a condição de descida da massa o mais livre
possível de atrito.
O ensaio DCP, assim como o DPL, pode ser realizado com o auxílio de duas pessoas, podendo
sua execução ser otimizada com mais um ajudante. O martelo é deixado cair através da haste
por uma altura de 57,5 cm até encontrar o batente. Efetuam-se após cada golpe, medidas das
penetrações associadas com uma régua. Estas medidas podem ser tomadas em centímetros ou
milímetros conforme a conveniência.
Alguns autores especificam o emprego do DCP para materiais que vão desde argila até brita
graduada, sendo restringida sua utilização somente para as misturas de agregados com ligantes
betuminosos, que por serem considerados relativamente impenetráveis, impossibilitam a
realização do ensaio ao causar danos à ponta do cone. Outrossim, pelo desgaste que se observa
na ponta cônica durante a execução do procedimento experimental em brita graduada, tornando
necessário a sua substituição muito frequente, para estes materiais o ensaio tende a se tornar
oneroso.
Para o trabalho, foram realizados ensaios de laboratório em duas amostras, uma proveniente do
subleito natural da obra coletado entre as estacas 8+900 e 9+200 e outra vinda da jazida Dique
Seco, que fornece material para a execução dos aterros. Foi feita a análise granulométrica
conforme NBR 7181/84 (Solo – Análise Granulométrica) para determinar a distribuição
granulométrica dos solos. Estes também foram classificados segundo a classificação HRB
(Hihgway Research Board), também conhecida como classificação AASHTO (American
Association of State Highway and Transportation Officials), e pelo SUCS (Sistema Unificado
de Classificação de Solos).
Também foram realizados ensaios de compactação conforme a NBR 7182/86 (Ensaio Normal
de Compactação) e do Índice de Suporte Califórnia (ISC) conforme a NBR 9895/87 (Solo –
Índice de Suporte Califórnia).
Para estabelecer as correlações com o DPL, foram moldados CPs nas três energias de
compactação, estes foram rompidos após imersão. Já para o estudo com o DCP, foram
moldados corpos de prova apenas na energia do
Proctor modificado, variando apenas os teores de umidade.
No caso do DCP, após tentativas de se executar o mesmo procedimento empregado para o DPL,
concluiu-se que isto não é possível devido a que o material estudado apresenta relativa baixa
capacidade de suporte, combinado com o fato de que a ponteira cônica do DCP é sensivelmente
mais delgada que a do DPL. Com isso, ao se aplicar o primeiro golpe o cone acabava por
atravessar o molde, chegando a provocar o deslocamento da amostra em relação ao CP, sem a
obtenção de efetivas leituras no material a ser ensaiado.
Adotou-se então, a prática de se moldar dois corpos de prova, um no molde do ensaio de
compactação de Proctor e outro no molde CBR (Figura 4). Com dois parafusos foram unidos
os CPs, o molde Proctor embaixo e o CBR sobre este. Com esse artifício, foi possível se obter
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uma ou mais leituras no solo a ser ensaiado. O ensaio era dado por encerrado quando a
penetração atingia o molde inferior. O artifício permitiu dar maior estabilidade e apoio ao
corpo-de-prova CBR, garantindo a indeslocabilidade da amostra e propiciando as leituras
desejadas.
Na realização dos ensaios DCP e DPL em campo mede-se, com uma régua, em centímetros ou
milímetros, a penetração para dado número de golpes dado no aparelho. De acordo com a
resistência das camadas a serem atravessadas, é arbitrado o número de golpes para cada leitura,
conforme Kleyn e Savage (1982) apud Alves (2002), pois quando o solo é mais resistente, o
número de golpes necessários para se alcançar determinada profundidade pode ser
consideravelmente maior do que quando a camada é composta por um solo de menor
capacidade de suporte.
Essa decisão fica a critério do interessado. Sabe-se que no caso de uma grande camada
homogênea, três golpes por leitura agiliza o procedimento, mas no caso de camadas mais finas,
eventualmente pode-se transpor a camada e, assim, criar uma certa confusão na interpretação
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das leituras. Ressalta-se também que a escolha de uma leitura para cada penetração, permite a
obtenção de um perfil de resistência mais detalhado. Para cada golpe aplicado, ou série de
golpes, anota-se em planilha a penetração do cone. No trabalho em questão, optou-se por efetuar
leituras para cada golpe dado. A profundidade final do ensaio é convencionada conforme a
necessidade apresentada, no caso de ensaios para se obter as correlações desta pesquisa,
convencionou-se que a profundidade de 25 cm era suficiente. Deve-se sempre observar o bom
estado de conservação e limpeza do cone. A manutenção da posição vertical durante a execução
do ensaio evita atrito excessivo entre o martelo e a haste guia. Deve-se, antes de cada campanha
e quando da ocorrência de contato com camadas mais rígidas, verificar se a ponta cônica está
em bom estado, providenciando-se sua substituição caso contrário.
A Figura 5 ilustra a execução do ensaio.
Com os dados obtidos no ensaio, constrói-se a Curva DCP (ou DPL) (Figura 6). As ordenadas
indicam a profundidade, dada em milímetros, e as abcissas o número acumulado de golpes
necessário para alcançar esta profundidade.
justificada pelo fato de que no primeiro golpe a condição de contato entre o cone e o solo não
é a mesma dos demais golpes.
4. RESULTADOS
Nas duas amostras utilizadas nesta pesquisa, o material foi previamente caracterizado como não
plástico (NP), sendo dispensada a realização de ensaios de limites de Atterberg.
Conforme a classificação HRB (ou AASHTO), ambas as amostras foram classificadas como
solo A-3: areias finas de praia, sem presença de silte ou argila ou com muito pequena quantidade
de silte não plástico. Já pelo SUCS, os solos foram classificados como areias mal graduadas
(SP).
Os ensaios de compactação forneceram os valores de umidade ótima (w ot) e peso específico
máximo (γdmáx) utilizados como base para os ensaios de CBR. Na Tabela 2 são
apresentados os resultados obtidos nos ensaios de compactação e CBR.
Dos ensaios com os cones de penetração dinâmica, obtiveram-se curvas números de golpes
(acumulados) x penetração para os ensaios DCP (curva DCP) e para os ensaios DPL (curva
DPL). As Figuras 7 e 8 ilustram estas curvas.
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Dos ensaios de campo resultam curvas DCP e DPL como ilustrado na Figura 9.
Com os valores obtidos nos ensaios CBR e de cone em laboratório, tem-se os pares CBR x DN,
estes foram relacionados na forma CBR x DCP e CBR x DPL.
A correlação foi estabelecida, plotando esses dados em gráficos do software Excel e buscando
o ajuste pela linha de tendência na forma de potência. O coeficiente de correlação R² permite
avaliar a “qualidade” da correlação. Varia de 0 a 1, sendo desejável que seu valor se aproxime
da unidade. Segundo Berti (2005), em estudos experimentais desta natureza, são consideradas
aceitáveis as correlações com R² > 0,5.
Num primeiro momento foram plotados todos os dados. O valor de R² obtido foi considerado
insatisfatório (R² < 0,5). Fazendose uma análise dos dados, pode-se perceber que alguns pontos
notavelmente divergem da tendência apresentada. Assim, na Figura 10
apresenta-se o gráfico onde os pontos considerados espúrios foram excluídos.
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Para aterros compactados e camadas de pavimento com este mesmo material, correlações mais
amplas (envolvendo maiores densidades e por conseqüência valores menores de DN) a serem
obtidas com o mesmo procedimento metodológico, sejam promissoras. A observância ao
intervalo de validade das equações propostas faz-se necessário. Extrapolações podem levar a
estimativas incorretas e, portanto, não são recomendadas.
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5. CONCLUSÃO
O trabalho realizado confirma o potencial dos penetrômetros em obras viárias. Referências são
feitas quanto ao emprego dos mesmos no controle de compactação, avaliação de vias não
pavimentadas existentes, controle de camadas estabilizadas, campanhas rápidas de
reconhecimento de subleito, entre outros. Dentre as vantagens, podemos citar que o ensaio não
afeta a estrutura da camada ensaiada, é de fácil operação e de rápida execução, possui baixo
custo de aquisição e manutenção, não requer mão-de-obra especializada e seus resultados
apresentam boa repetibilidade.
Outro ganho importante com a utilização dos penetrômetros é sua habilidade em avaliar a
capacidade de suporte dos solos em profundidade, ou seja, pode-se medir a resistência do
subleito ou das camadas do pavimento, sem destruir as superiores. Pode-se traçar, através das
curvas DPL ou DCP, um perfil da resistência do solo ao longo de uma ou mais camadas, sendo
capaz de atingir até 90 cm de profundidade.
As correlações obtidas foram consideradas satisfatórias, sendo indicadas para a estimativa
do valor do CBR para o subleito natural em areias litorâneas com mesma mineralogia e
distribuição granulométrica daquela estudada. Também se estima que para aterros compactados
e camadas de pavimento com este mesmo material, correlações mais amplas, sejam
promissoras.
É importante ter ciência de que é necessário se obter uma curva de calibração para cada tipo de
solo estudado e que extrapolações não são recomendadas. Da mesma forma, se alguma
característica física do penetrômetro ou a forma de execução do ensaio sofrerem modificações,
correlações anteriormente estabelecidas podem perder sua validade.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS