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Sumários
1. Da longa depressão do século XIV ao desenvolvimento económico do século
XV.
2. A economia nos séculos XIV-XV.
3. Da depressão económica do século XIV ao pré-capitalismo do século XV.
Características da Europa Rural e Urbana.
4. O Pré-Capitalismo do século XV.
5. A nova visão do Mundo e do outro trazida pelo início dos descobrimentos
marítimos dos séculos XV-XVI.
6. A economia europeia no século XV; consequências provocadas pelo início dos
Descobrimentos marítimos em termos económicos e sociais.
7. Consequências da Expansão Europeia para a economia; os primeiros passos na
mundialização da economia.
8. O comércio internacional; os primeiros passos na mundialização da economia;
as elites mercantis e as elites locais; o significado social da fundação dos
Colégios Jesuítas.
9. O comércio internacional e o Brasil; Holanda e França e a questão do “Mare
Clausum”; os interesses económicos ultramarinos e a problemática da
escravatura.
10. O momento holandês; linhas de força da supremacia económica da Holanda;
alterações dos equilíbrios económicos europeus na 2ª metade do século XVIII.
11. O choque civilizacional trazido pela expansão marítima.
12. A população europeia no século XVII; origem e consequências da supremacia
económica holandesa à luz da rivalidade colonial da 2ª metade do século XVII.
13. A rivalidade económica e colonial na segunda metade do século XVII e no
século XVIII; a política proteccionista dos Estados europeus e o reforço das
economias nacionais.
14. As diversas formas de proteccionismo dos estados europeus.
15. Do mercantilismo ao liberalismo político e económico.
16. Dos conflitos imperialistas coloniais à afirmação do poderio naval inglês; os
conflitos anglo-holandeses e anglo-franceses.
17. A França de Luís XIV.
18. A concorrência francesa e inglesa na América do Norte e no Índico; a Inglaterra
como primeira potência marítima e colonial.
19. A Hegemonia britânica no século XVIII; uma nova economia-mundo; o início da
Revolução agrícola e industrial na segunda metade do século XVIII; o
Fisiocratismo.
20. A revolução agrícola e industrial de meados do século XVIII; o Fisiocratismo.
Apontamentos 1º Teste
Companhia de Jesus
A contra-reforma nunca teria sido tão completa e tão bem sucedida como o foi se não
participassem nela os jesuítas.
Os jesuítas deram um novo e poderoso impulso de unidade ao rebanho católico.
O fundador dos jesuítas foi Inácio de Loyola, um fidalgo espanhol da região basca.
A sua organização era moldada pelo padrão de uma companhia militar.
Concebiam-se a si mesmos como defensores da verdadeira religião.
Obtiveram do papa autorização para confessar e dar absolvição.
Muito antes de findar o movimento da Reforma havia missionários jesuítas na África, Japão e
na China, na América do Norte e Sul.
Fundaram aos milhares, colégios e seminários, por toda a Europa e Novo Mundo.
1
- Vintém de Pedro taxa de um vintém ou péni do fim da Idade Média; arrecadar de um pequena
importância por ano, sobre cada lar da cristandade.
- Dízimo 1/10 da renda de cada cristão.
- Indulgências.
- Despensas.
- Recursos de decisões judiciais.
- Etc.
2
Ideias Ascéticos: os filósofos católicos dos fins da Idade Média desenvolveram uma bem elaborada
teoria com o objectivo de guiar o cristão em assuntos de produção e comércio. Essa teoria fundava-se
na premissa de que o negócio com fins lucrativos é essencialmente imoral. Ninguém tinha direito a mais
do que uma retribuição razoável em troca dos serviços prestados à comunidade. Toda a riqueza
adquirida de outra forma devia ser entregue à Igreja.
Revolução Comercial
Tanto a Renascença como as Reformas foram acompanhadas de transformações económicas
fundamentais.
As sublevações de ordem intelectual e religiosa dificilmente teriam sido possíveis se não
ocorressem alterações drásticas no padrão económico medieval.
Essa série de mudanças que assinala a transição da economia estática e contrária ao lucro, dos
fins da Idade Média, para o dinâmico regime capitalista do século XV e seguintes, é conhecida
como Revolução Comercial.
Causas da Revolução comercial:
1) Conquista do Monopólio comercial do Mediterrâneo pelas cidades italianas.
2) Desenvolvimento de um lucrativo comércio entre as cidades e os mercadores da Liga
Hanseática, no Norte da Europa.
3) Introdução de moedas de circulação geral, como o cucado veneziano e o florim
toscano.
4) Acumulação de capitais excedentes, fruto das especulações comerciais, marítimas ou
de mineração.
5) Procura de materiais bélicos e o estímulo dado pelos novos monarcas ao
desenvolvimento do comércio, a fim de criarem mais riquezas tributáveis.
6) Procura de produtos oriundos do Extremo Oriente, estimulada pelas narrativas de
viajantes, em especial pela fascinante descrição das riquezas da China, publicadas por
Marco Polo depois de voltar de uma viagem a esse país nos fins do século XIII.
Paternalismo: o governo devia exercer as funções de um zeloso guardião sobre as vidas dos
seus cidadãos.
Defensores do Mercantilismo
- Thomas Mun importante comerciante, director da Companhia Inglesa das Índias Orientais.
O Mercantilismo na Prática
1ª. 1651 (por Cromwell) – visava anular o predomínio holandês no comércio de transportes;
determinava que todos os produtos coloniais exportados para a metrópole fossem
embarcados em navios ingleses.
2ª. 1660 – confirmava a primeira e visava ainda que o envio de certos “artigos enumerados”
para os portos europeus deviam ser enviados primeiro para a Inglaterra, de onde após o
pagamento dos direitos alfandegários, poderiam ser reembarcados para outros portos.
Alemanha: Cameralistas. Interessaram-se principalmente em aumentar a força interna do
estado. O objectivo dominante era aumentar as rendas do estado (Kammer = nome dado ao
tesouro real). Foram proibidas as exportações de matérias-primas e as importações de
produtos manufacturados.
Nova Sociedade
Mudanças sociais significativas:
a) Crescimento mais rápido da população;
b) Maior igualdade e fluidez das classes;
c) Pouca melhoria para as classes inferiores;
d) Individualismo desenfreado.
Apontamentos aulas
Mediadores do comércio com o Oriente (antes de Portugal):
1. Liga Lombarda
2. Liga Hanseática
Corsários – tinham carta régia que os autorizava a atacar e roubar outros navios. Quando
apanhados não eram condenados à morte, ao contrário dos piratas.
Tratado de Vestefália – guerra dos 30 anos 1618-1648. Muito violenta, entre Espanha,
Inglaterra e Holanda.
Apontamentos 2º teste
Apontamentos aulas
O final do século XVIII e a primeira metade do século XIX foram marcados por grandes
transformações quer a nível técnico, quer a nível político-social.
As enclousers foram feitas por burgueses com sede de terra = prestígio. Despediram e
desalojaram imensas famílias camponesas.
Desde o século XVI, a agricultura inglesa registou alterações graduais e progressivas, sendo no
século XVII, admirada em toda a Europa. Foram grandes as inovações introduzidas na
agricultura ao longo desse século.
Aumento da produtividade:
1. Novas culturas – batata, milho grosso (maís da América), feijão e arroz (Ásia);
2. Novas pastagens, plantas forrageiras, fertilizantes, cruzamento de raças;
3. Abandono do pousio, selecção de sementes, rotação das sementeiras (trigo, nabos,
cevada e trevo).
Semeadoras mecânicas inventadas nos finais do século XVII por Jethro Tull e máquinas
agrícolas inventadas por Metormick.
Todas as alterações realizadas na agricultura e na criação de gado permitiram um novo regime
demográfico marcado pelo recuo da mortalidade e consequente inversão da tendência
demográfica.
Condições naturais:
existência de - carvão, ferro, pastagens
Condições geográficas:
canais, rios, portos, estradas
Condições humanas:
aumento demográfico, mão-de-obra
Condições sociais
nobreza activa, burguesia empreendedora
Condições políticas:
parlamentarismo, regime liberal
Condições económicas:
liberalismo económico, concorrência, exploração colonial
Apontamentos textos de apoio
Transformação da agricultura:
2. O Iluminismo
A filosofia do Iluminismo dirigiu-se sobre certo número de concepções fundamentais,
sobressaindo entre elas as seguintes:
a) A razão é o único guia infalível da sabedoria. Todo o conhecimento tem as suas
raízes na percepção sensorial, mas as impressões dos nossos sentidos não são
mais do que o material bruto da verdade, no qual precisa de ser purificado no
cadinho da razão antes que o possamos utilizar para explicar o mundo ou para
indicar o caminho de uma vida melhor;
b) O Universo é uma máquina governada por leis inflexíveis que o homem não pode
desprezar. A ordem na Natureza é absolutamente uniforme de nenhum modo
comporta milagres ou qualquer outra forma de intervenção divina;
c) A melhor estrutura da sociedade é a mais simples e a mais natural. A vida do
“nobre selvagem” é preferível à do homem civilizado, com as suas convenções
obsoletas, que só servem para perpetuar a tirania do clero e dos governantes. A
religião, o governo e as instituições económicas deveriam ser expurgados de todo
o artificialismo e reduzidos a uma forma coerente com a razão e a liberdade
natural;
d) Não existe pecado original. O homem não é congenitamente depravado, mas
levado a cometer actos de crueldade e de baixeza por padres intrigantes e
déspotas belicosos. A infinita perfectibilidade da natureza humana e, portanto, da
própria sociedade seria facilmente exequível se os homens tivessem a liberdade de
seguir directrizes da razão e dos seus instintos inatos.
O deísmo: é a mais típica filosofia religiosa iluminista. O seu criador parece ter sido um
inglês chamado Cherbury (1583-1648). No século XVIII as doutrinas deístas foram propagadas
por homens como Voltaire, Diderot, Rousseau, na França; Pope, Bolingbroke, Shaftesbury, na
Inglaterra; Paine, B. Franklin, e T. Jefferson, na América. Não satisfeitos em condenar os
elementos irracionais da religião, os deístas passaram a denunciar todas as formas de fé
organizada. O cristianismo não foi mais poupado do que as outras. As religiões instituídas eram
estigmatizadas por instrumentos de exploração que astutos velhacos tinham inventado para
poderem pilhar o povo ignorante. Não se interessavam somente em destruir o cristianismo,
mas também em construir uma religião mais simples e mais natural para o substituir. Os
princípios fundamentais dessa nova religião eram mais ou menos os seguintes:
a) Existe um Deus único que criou o Universo e estabeleceu as leis naturais que o
regem;
b) Deus não intervém nos negócios dos homens neste mundo; Ele não é uma
divindade caprichosa como o Deus dos cristãos e dos Judeus, que faz “um vaso
para a honra e a desonra”, segundo a sua fantasia;
c) Orações, sacramentos e ritos não passam de pantomimas inúteis; não é possível
embair ou subornar Deus, levando-O a violar as leis naturais em benefício deste ou
daquele indivíduo;
d) O homem é dotado de livre-arbítrio para escolher entre o bem e o mal; não há
predestinação de alguns para serem salvos e de outros para serem condenados,
mas as recompensas e as punições da vida futura são determinadas
exclusivamente pela conduta de cada um na terra.
3. Descobrimentos científicos revolucionários
Realizações nas ciências físicas: Matemática (Descartes, Newton, Leibniz); Física (Newton,
Galileu) progressos no conhecimento dos fenómenos eléctricos (Gilbert, Gray, Dufay, Volta,
Franklin); Química (Boyle)descobrimento do hidrogénio e do oxigénio (Black, Cavendish,
Priestley, Lavoisier); Biologia (Hooke, Malpighi, Leeuwenhoek, Swammerdam, Lineu, Buffon)
escassos progressos na medicina no século XVII; progressos da medicina no século XVIII
(inoculação e o desenvolvimento da vacinação contra a varíola); Geologia (surge de facto
durante a Revolução Intelectual, Hutton).
4. O classicismo na Arte
Se algum objectivo dominante se pode distingui na arte e na literatura dos séculos XVII e XVIII,
o mais evidente é o desejo de preservar ou de recapturar o espírito da Grécia e da Roma
antigas. Desprezavam em particular a Idade Média como uma longa noite de ignorância e de
barbarismo. Em todas essas atitudes os homens da Revolução Intelectual estavam a seguir as
pegadas dos humanistas. O classicismo dos seculos XVII e XVIII não era de modo algum
exactamente o mesmo que o dos humanistas. Por via de regra, foi muito mais sentimental,
grandioso e extravagante. Além disso, era menos sincero, visto que amiúde se via para
glorificar monarcas cínicos e os seus cortesãos frívolos e corruptos.
O estilo rococó e georgiano: durante o século XVIII, o pesado e pomposo estilo arquitectónico
da época de Luís XIV cedeu o lugar a novas adaptações do clássico. A primeira que se
desenvolveu foi a arquitectura rococó, na França, assim chamada devido às fantásticas volutas
e desenhos de conchas que com frequência eram empregues na decoração. O rococó diferia
do barroco não só por ser mais leve, mas também pela impressão de graça e de sumptuoso
refinamento que pretendia criar. Em lugar da luta pelo poder dinástico e pelo império colonial,
eram agora a indolente despreocupação e as maneiras elegantes da corte de Luís XV que
davam o tom à sociedade francesa. Nos meados do século XVIII manifestou-se uma reacção
contra o rococó e o barroco e fizeram-se esforços para produzir uma imitação mais verídica e
menos florida do clássico. Os melhores resultados foram conseguidos talvez na Inglaterra e nas
colónias americanas, com o desenvolvimento do chamado estilo georgiano ( o nome vem da
época em que os quatro Jorges reinaram sucessivamente na Inglaterra). Embora este estilo
conservasse alguns elementos do barroco, tinha ao menos o mérito clássico da simplicidade.
a) Revolução Intelectual;
b) Prosperidade alcançada pela expansão dos negócios durante a Revolução Comercial;
c) Progresso da Filosofia e da Ciência;
d) Recuo dos ideais, moralismos e preconceitos cristãos.
Idealismo social:
a) Reforma dos códigos penais tratamento mais brando dos prisioneiros. Salienta-se
Cesare Beccaria, jurista de Milão. Este condenava a teoria corrente de que as
penalidades deviam ser tão duras quanto possível a fim de refrear os criminosos
potenciais. Insistindo em que o objectivo dos códigos penais era a prevenção do crime
e reforma dos reincidentes, batia-se pela abolição da tortura. Condenava do mesmo
modo, a pena capital.
b) Oposição à escravidão diversos cientistas e filósofos denunciaram esta prática,
salienta-se Buffon e Rousseau.
c) Oposição à guerra o pacifismo foi outro ideal de muitos dos pensadores liberais. As
reflexões de Voltaire sobre a guerra não constituem, de nenhum modo, o único
exemplo de tais sentimentos. Salienta-se de igual forma Helvetius, Holbach, Rousseau
e Saint-Pierre. Rousseau considerava ilógica a tentativa de Grotius de estabelecer uma
distinção entre guerras justas e injustas. Saint-Pierre, por exemplo, terá até produzido
vários planos engenhosos para assegurar uma paz perpétua.
d) Maior simpatia pelas classes inferiores especialmente visível na fase final do
Iluminismo, com o progresso da razão e a crescente exaltação dos direitos naturais do
homem. A reacção contra os males da escravidão e da guerra traduziu-se, por fim,
num protesto contra todas as formas de sofrimento e de opressão. A classe média,
movida pela ambição de destronar a aristocracia, necessitava de apoio dos humildes
camponeses e trabalhadores urbanos. Devido a factores como esses, surgiu entre os
pensadores influentes a tendência de defender a causa do homem comum. Em
especial, disseminou.se o desprezo pela linhagem régia ou aristocrática. O grande
economista escocês Adam Smith deplorou o hábito de se sentir piedade por um patife
entronizado, como Carlos I, do que pelos milhares de cidadãos comuns chacinados na
guerra civil. Vários filósofos foram-se debatendo por uma igualdade absoluta de
privilégios e liberdades para todos os homens, como é o caso de Mably, o marquês de
Condorcet e Rousseau.
e) Revolta contra as bases sobrenaturais da moral cristã os filósofos iluministas
tentaram separar por completo a ética da religião e encontrar uma base, quer
racionalista, quer psicológica, para a conduta humana. A maioria dos filósofos
inclinava-se a crer que a moral tem as suas raízes nos instintos naturais do indivíduo
ou em considerações de utilidade social3.
3
A moral exemplificada pelos costumes e práticas das classes superiores: o século XVIII foi, em
particular, uma época de elegância requintada e de vida amena, em franca discrepância com os tabus
ascéticos da Igreja. As casas dos nobres eram esplendidamente adornadas. Os homens das classes
superiores usavam perucas empoadas, casacos de veludo com rendas nos punhos, meias de seda e
calções em tons pastel. Desde os dias da Renascença que a moda não tinha desempenhado papel tão
dominante na vida de ambos os sexos. A forma era tudo, a substância nada. As damas e cavalheiros da
melhor sociedade dirigiam os mais exagerados cumprimentos mesmo àqueles a quem odiavam
cordialmente e rebaixavam-se de modo asqueroso na presença dos seus superiores sociais. O facto é
que entre as classes superiores as maneiras substituíam em grande parte a moral. As damas e os
cavalheiros que dançavam o majestoso minuete e se portavam com graça tão encantadora costumavam
ridicularizar o amor conjugal como o remanescente de um passado bárbaro. O adultério estava na moda
e quase e que era considerado como uma virtude. Algumas vezes o marido convivia alegremente com os
amantes da esposa, pois ninguém nessa culta sociedade teria o mau gosto de demonstrar qualquer
sentimento de ciúme. A prostituição não só encontrava justificadores mas também defensores, e os
bordéis tinham normalmente permissão para permanecer abertos aos domingos, embora os teatros
fossem forçados a fechar as suas portas.