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UM POUCO DE SUA
HISTÓRIA
PROJETO
Viajando pelo conhecimento
ROSE CLEIA FARIAS VIGOLO
Secretária Municipal de Educação
LUCIA STEINHEUSEN
MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO
Coordenadoras dos Anos Iniciais
Araquari, Dezembro/2017
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ARAQUARI
UM POUCO SUA DE HISTÓRIA
Prefeito: Clenilton Carlos Pereira
Vice-prefeito: Ludjero Jasper Junior
Secretária Municipal de Educação: Rose Cléia Farias Vigolo
Secretária Adjunta de Educação: Liliane Panho Debacker
Coordenadora Geral: Alcemira Amara da Cunha
Coordenadoras dos anos iniciais: Lúcia Steinheusen e Marli de Vicente Pereira Pravato
PREFÁCIO 4
APRESENTAÇÃO 6
ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA 7
ARAQUARI EM NÚMEROS 8
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS 8
HINO E SÍMBOLOS 8
HINO MUNICIPAL DE ARAQUARI 8
BRASÃO DE ARAQUARI 9
BANDEIRA DE ARAQUARI 10
ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO 10
CENTRO 11
CÂMARA DE VEREADORES DE ARAQUARI 13
CULTURA EM ARAQUARI 17
ALGUNS PONTOS TURÍSTICOS 18
BAIRRO AREIAS PEQUENAS 19
BAIRRO BARRA DO ITAPOCU 22
BAIRRO MORRO GRANDE 24
BAIRRO ITINGA 29
LOTEAMENTO SÃO BENEDITO 36
BAIRRO PONTO ALTO 37
BAIRRO PORTO GRANDE 39
BAIRRO COLÉGIO AGRÍCOLA 41
BAIRRO RIO DO MORRO 43
BAIRRO CORVETA 43
BAIRRO GUAMIRANGA 45
BAIRRO RAINHA 47
BAIRRO ITAPOCU 50
COMUNIDADE DO JACU 53
ASSENTAMENTO JUSTINO DRASZERSKI 57
REFERÊNCIAS 60
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PREFÁCIO
Enfatizando e concordando que “Um povo sem o conhecimento de sua história, origem e
cultura é como uma árvore sem raízes.” Ressalto, dessa forma, a importância dessa obra,
produzida com o principal intuito de subsidiar os professores da Rede Municipal de Ensino, mas
que traz em suas linhas o desejo de ser utilizado como fonte de pesquisa a qualquer pessoa que
queira conhecer um pouco sobre a história de Araquari.
Há que se destacar o trabalho de pesquisa realizado pelos professores, especialistas e
coordenadores da Rede Municipal de Ensino de Araquari, sabemos que ainda temos muito a
avançar, porém este foi um passo importantíssimo para a realização de um livro que contemple
fatos relevantes pertinentes ao povo e a história de cada cidadão que contribui de forma direta ou
indireta para o pleno desenvolvimento dessa cidade.
4
No céu da minha terra
As estrelas parecem cristal
As flores são mais perfumadas
Beleza assim não há igual.
Amo Araquari
Terra querida
Amo Araquari
Terra da minha vida!
5
APRESENTAÇÃO
6
ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
7
ARAQUARI EM NÚMEROS:
Localização no Brasil: 26° 22′ 12″ S 48° 43′ 19″ O
Unidade Federativa: Santa Catarina
Mesorregião: Norte Catarinense IBGE/2008[1]
Microrregião: Joinville IBGE/2008[1]
Municípios Limítrofes: Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Guaramirim, Joinville,
Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú.
Distância até a capital: 169 km
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS:
Área da unidade territorial (km²): 383,993
População: 29.593 hab. Censo IBGE/2013
Densidade: 64,61 hab./km²
Altitude: 9 m
Clima: Mesotérmico úmido, com verão quente
HINO E SÍMBOLOS
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BANDEIRA
Fonte: http://www.sicop.sc.gov.br/mapavivo/relatorioAction.do?nuTitulo=1028974
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Fórum Comarca de Araquari -
https://portal.tjsc.jus.br/web/sala-de-imprensa/-/tribunal-de-justica-instala-nova-unidade-do-cejusc-
na-comarca-de-araquari
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Rio Parati - Centro
Fotografado por Carla - Abril/2017
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MACUQUINHA - A locomotiva alemã foi trazida para Araquari em 1905 com o objetivo de
transportar lenha, contudo, nunca foi utilizada. A locomotiva agora faz parte da história da
cidade e fica exposta ao lado da igreja Matriz de Araquari.
Fonte: http://www.turismo.araquari.sc.gov.br/c/museus
A Festa do Maracujá – A primeira Festa ocorreu em abril de 1995, o evento marca a cidade
de Araquari que é conhecida pela produção do fruto em grande escala e chegou a se tornar a
“Capital Catarinense do Maracujá”. O evento dura em média cinco dias e conta com shows
nacionais, shows regionais, apresentações culturais e muita comida típica. A festa atrai
milhares de visitantes e em sua última edição, alcançou aproximadamente 250 mil pessoas.
Oferece, além de doces, crepes e bebidas a base de maracujá, uma culinária com diversos
pratos. Os visitantes do evento encontraram um comércio diversificado com roupas,
acessórios e utilitários, plantas e também muitas atrações como parque de diversões e shows
com artistas regionais e nacionais.
Festa do Maracujá
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informal, criada para a confraternização entre seus visitantes e garantiu boas conversas, risos e
diversão.
A festa é organizada com o apoio da Prefeitura, Secretaria de Turismo, Lazer e Esportes,
Associação de Micro e Pequenas Empresas de Araquari e Balneário Barra do Sul (AMPE) e
da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Araquari (ACIAA).
Fonte: https://ndonline.com.br/files/images/2016/06/06-06-2016-14-58-16-stam-araq.jpg
4ª Edição da Stammtisch de Araquari -2016
Festa do Caranguejo – Como uma cidade de colonização açoriana e tendo em sua história e
cultura a pesca e a extração de caranguejos, em 2014, a cidade realizou por meio da Secretaria
de Turismo, Lazer e Esportes, a sua primeira edição da “Festa do Caranguejo”. O evento
recebeu mais de duas mil pessoas e aconteceu às margens do Rio Parati. Apresentou diversos
pratos preparados com o crustáceo e também algumas variedades com camarão ou marisco.
Enquanto o visitante saboreava a culinária, também se divertia com as atrações musicais.
Festa do Caranguejo
Rio Parati
O Bairro Areias Pequenas está situado às margens da BR 280, com uma população
aproximada de 85 famílias. A origem do nome do bairro deve-se ao pequeno porto de
pescadores e pequenas dunas de areias. A comunidade tem uma ligação forte com os
moradores do Linguado, por ter muitos amigos e parentes. Os moradores deram um apelido
ao bairro e muitos chamam carinhosamente de “Zareias”. As primeiras famílias que fizeram
parte da história do bairro foram: Fernandes, Budal, Gomes, Costa e Mendes.
No bairro encontramos Pesque Pague, Restaurante, Centro de Educação Infantil, Escola,
Igrejas, Mercearia e Empresas.
RELIGIÃO - Na comunidade de Areias Pequenas existem três igrejas: Comunidade Santa Efigênia
(Católica), Assembleia de Deus e Nascer em Cristo. Porém, a religião predominante é a Católica.
Podemos observar que a metade dos alunos que foi realizada a pesquisa são do Centro e que
a maioria desses, não são famílias de Araquari. Com o grande número de empresas que vieram se
instalar no município, muitas pessoas estão vindo de vários lugares do estado e até mesmo do país
com o sonho de conseguir um emprego.
Este bairro está localizado na Estrada Geral da Barra do Itapocu, situado às margens do Rio
Itapocu e a Lagoa da Cruz. O bairro Barra do Itapocu tem este nome, porque nele está situada a foz
do Rio Itapocu, também chamada Boca da Barra.
Para ter acesso ao bairro de Barra do Itapocu, segue-se pelo Viaduto do Itapocu, nas
margens da BR 101, seguindo pela Estrada Geral e tomando como rumo à esquerda na bifurcação
(divisa da Barra do Itapocu/Morro Grande). Acesso que também se dá ao município vizinho de
Balneário de Barra do Sul.
Como opção, os moradores desta localidade locomovem-se através de ônibus do transporte
urbano - intermunicipal, com saída do bairro Itinga, passando pelo município de Balneário de Barra
do Sul, e posteriormente, encerrando seu trajeto no município de Barra Velha.
TURISMO - Este bairro tem o privilégio de ser o único do município a ser banhado pelo
Oceano Atlântico. Sua praia é um dos pontos turísticos deste bairro, tendo como principal acesso, a
Ponte Pênsil. Ponte esta, que também é um dos cartões postais desta localidade.
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A praia da Barra do Itapocu está localizada na lateral da Estrada Geral da Barra do Itapocu.
Por estar num local privilegiado, a praia da Barra do Itapocu ainda é um lugar tranquilo e de imensa
beleza.
CULTURA - Entre as características culturais deste bairro que são significativas destaca-se
a Festa da Sagrada Família (Padroeiro da Comunidade Católica). Geralmente é realizada no 1º
domingo de Janeiro.
O Grupo da “Melhor Idade” (3ª Idade) - realiza algumas atividades com a comunidade,
promovendo cafés com sorteio de brindes, tarde dançante e outras manifestações culturais.
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BAIRRO MORRO GRANDE
HISTÓRICO
Este bairro está localizado na Estrada Geral do Morro Grande, situado às margens do Rio
Itapocu, fazendo divisa com a Rodovia BR 101.
Segundo pesquisa realizada com os pais da comunidade, não há registros oficiais sobre o
nome que deu origem ao bairro. As informações dos moradores locais atribuem o nome, ao fato de
existir no local um grande morro.
A população da localidade é composta de aproximadamente 185 famílias.
ECONOMIA
TURISMO - Este bairro conta com o Hotel Fazenda Morro Grande. Aberto para eventos
particulares da região.
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É importante ressaltar que esta escola já teve nomes diferentes;
Escola Mista de Morro Grande;
Escola Isolada Estadual de Morro Grande;
Escola Reunida Antenor Sprotte;
Escola Isolada Antenor Sprotte;
E nos dias atuais: Escola Municipal Antenor Sprotte.
As professoras que lecionaram na primeira escola foram a Professora Emília Borba
Carvalho e a Professora Maria do Carmo Magalhães.
No ano de 2000, a Escola Municipal Antenor Sprotte deixou de ser multisseriada, pois foi
feita uma nucleação com a Escola João Serafim Timóteo (Barra do Itapocu), na qual os alunos do
Morro Grande e da Barra do Itapocu formariam turmas únicas em cada unidade escolar.
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FOTOS - BARRA DO ITAPOCU
Foto da Lagoa da Cruz (ao fundo a Ponte Pênsil) Canoas – Margem da Lagoa da Cruz - Barra do
Itapocu - Foto cedida: Josilene M. Ramos Nunes
Molhe de Pedras
Surfista - Praia da Barra do Itapocu
Barra do Itapocu - Foto cedida por Silvana
Foto cedida por Silvana Margaret Amandio.
Margaret Amandio
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FOTOS: MORRO GRANDE
Fabricação de Esteiras
Morro Grande - Fonte: Facebook
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BAIRRO ITINGA
Professores EM Francisco Jablonsky
Itinga é um termo de origem Tupi que significa “água branca”, através da junção dos termos
y =água e Ting = branca.
Nos anos 60 existiam poucos moradores no bairro que tinham na lavoura sua subsistência.
Plantavam milho, mandioca, feijão e principalmente arroz.
Uma vez por semana, às sextas-feiras, esses colonos, em comboio, faziam percurso de 12
km até Joinville para então venderem seus produtos, como batata, laranja, banana, milho verde,
palmito, lenha em feixe e carvão. Na volta traziam bucho de boi, cabeça, mocotó, fígado, fazendo
uma parada na venda do João Raulino, considerada parada obrigatória e um local onde os colonos
confraternizavam e aproveitavam para contar vantagem e negociar cavalos.
A madeira era retirada com a força das juntas de bois, que apesar de mais lentos tinham
mais resistência que os cavalos. A lenha era retirada da mata nativa e vendida em metros para as
indústrias de Joinville.
Engenho de farinha e cana também existia no bairro e era local dos jovens se reunirem para
em ritmo de mutirão raspar mandioca para fabricação de farinha.
Na época, o Senhor Virgílio da Maia era o inspetor do quarteirão, responsável por garantir a
segurança e combater pequenos delitos.
A Senhora Helena Soares, era benzedeira e parteira do bairro. No esporte, o Olaria Futebol
Clube era a diversão aos domingos.
O rio Taquarimbo era o marco divisório entre Araquari e Joinville. Atualmente o limite
avança em 1 km em direção a Joinville.
Somente em 1972 que viria a luz elétrica e com ela os primeiros televisores. E em 1976
surgiram os primeiros loteamentos: São José, Santo Antônio, Santa Maria, São Benedito, Parati,
fato que possibilitou o desenvolvimento do bairro.
O Itinga tem uma população estimada em 15.363 habitantes tornando-o o bairro com o
maior número de pessoas. Localizado na SC 301, limita-se com o município de Joinville.
Atualmente algumas empresas se destacam no bairro: CliniLaves, Fundição Icaro Ltda,
Durín Indústria de Plásticos Ltda. No comércio temos o Supermercado Albino, Miquelute e Xavier
Material de Construção, Centro Comercial, Alan Churrascaria e Pizzaria, Restaurante do Gil,
Farmácia Joinvillense, Farmácia do Gilson,
A sociedade Esportiva de Lazer Lickfett foi fundada por Eduardo Lickfett e teve seu
primeiro jogo em 1950, possuindo 22 troféus no total. Futebol de campo, vôlei e society são as
modalidades esportivas desenvolvidas. Atualmente o campo é frequentado pelos veteranos aos
sábados e os mais novos aos domingos.
No sítio Coradelli há 17 lagos para pesque-pague, além de lanchonete e churrasqueira.
O Parque Aquático Vanuza é considerado um dos pontos turísticos do bairro. Recebem, nos
meses de verão, visitantes de segunda a segunda, sendo a maioria de Joinville e do Paraná. O
Parque está de acordo com as normas de segurança, com grades que separam as piscinas e os salva-
vidas. No Parque Aquático Vanuza, encontra-se áreas de lazer com piscinas, toboáguas, campo de
futebol e restaurante.
Francisco Jablonsky nasceu dia 11 de outubro na cidade de Anápolis no ano de 1928. Veio
para Araquari em 1953, estabelecendo-se no bairro Itinga onde trabalhou por seis anos como
lavrador em suas próprias terras.
Após algum tempo conheceu uma jovem descendente de alemães chamada Hilmgarth Beier,
com quem casou em 1956.
Participou durante muito tempo da comunidade São José organizando mutirões para a
limpeza da Escola Estadual São José do Itinga, atualmente E.E.B. Prefeito Higino Aguiar, onde
seus filhos e netos estudaram.
Conhecido como seu Chico era uma pessoa especial de grande educação, coração e muita
honestidade. Era amado por todos os seus amigos.
Sua morte em 12/08/2000 foi motivo de grande tristeza para os que o cercavam.
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Foto do Senhor Francisco Jablonsky e família.
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Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira
Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira situada a Rua Olaria
n°102, Bairro Itinga, Araquari atende 123 crianças, todos Pré I. Conta com 12 funcionários sendo
uma Diretora Daiane Cristina, uma professora auxiliar, três serventes e sete professores.
O CEI foi inaugurado em março de 2010 pelo Ex-Prefeito João Pedro Woitexem, vice Paulino
Sérgio Travasso, e secretaria da educação Rose Cléia Farias Vigolo.
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Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso
O Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso, foi fundado em vinte e cinco de
fevereiro de 2015. Atualmente o CEI atende 196 crianças e 40 funcionários de padrão geral.
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Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira
A Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira entrou em funcionamento em
09/08/2017 com o intuito de atender alunos do Ensino Médio. A unidade tem capacidade para
receber 1,4 mil alunos.
Atividade econômica:
No bairro Itinga a atividade econômica predominante é o comércio, onde encontramos o
Centro Comercial Itinga com muitas lojas, restaurantes e serviços.
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Com sede própria desde fevereiro de 2010 em Araquari/SC, a Durín possui uma linha completa com mais
de 1.000 produtos que vão desde Construção, Acabamento, Acessórios, Casa Jardim, Elétrica, Irrigação e
Decoração, um mix completo dividido em famílias que atendem às exigências dos mais variados gostos,
estilos e necessidades.
Uma marca que vem conquistando a preferência do consumidor e tem como missão criar soluções
inovadoras para o mundo da construção.
Você pode encontrar a Durín em pontos de venda de todo o Brasil, através de nossos representantes, canais
de vendas 0800-602-1100 e também com atuação na América Latina e Central.
No dia 01 de outubro de 1999 foi celebrada a primeira missa quando ainda chamava-se Setor
Pastoral São Luiz Gonzaga pelo Pe. Luiz Fachini e Pe. Gilberto Kraisch.
A Comunidade São Luiz Gonzaga foi elevada Paróquia no dia 08 de dezembro 2013, sendo seu
primeiro Pároco Pe. Dalcio Bonomini.
Paróquia São Luiz Gonzaga - Diocese de Joinville – SC
Congregação dos Pequenos Irmãos do Santíssimo Sacramento
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LOTEAMENTO SÃO BENEDITO
Professores EM São Benedito
Segundo o Projeto Político Pedagógico, (PPP) (2016, p.9) da escola, que contém o
diagnóstico da Realidade Global e Local, o loteamento São Benedito é uma comunidade carente,
em que estão inseridas pessoas de várias regiões do país e de diferentes culturas. No entanto, essas
famílias as compõem a comunidade sofrem com as mudanças, pois se mudam com freqüência por
diversas razões, por isso, existe a falta de caracterização ou de não possuir uma identidade no
município por conviverem pouco tempo no local.
No entanto, esse trabalho tem como objetivo entender as características e o povo que
compõe essa comunidade, por esse motivo, essa pesquisa esta baseada nas turmas do terceiro ano
do ensino fundamental, as quais são compostas por cinco turmas na Escola Municipal São
Benedito, que, para entender o social da escola, foi feito um questionário com instrumento, em
que foram obtidas informações descritas no trabalho. Esse questionário foi enviado para 143
famílias, mas apenas 117 responderam a pesquisa.
No entanto, com esse resultado e de forma explicita sobre os conhecimentos, deu para
concretizar, que muitos pais vieram de fora, de São Paulo, Rio grande do Sul, um de Pernambuco,
muitos do Paraná, outros de diversas regiões de Santa Catarina como: (Pouso Redondo, Joinville,
São Francisco do Sul, e poucos de Araquari). Mesmo mudando-se com freqüência são poucos os
que moram em casa de aluguel, pois deu para observar, que a maioria mora em residência própria.
Entretanto, essa pesquisa trouxe também os resultados de que hoje existe um índice de
poucos pais desempregados, sendo, que alguns trabalham nas empresas na região de Araquari
como (BMW, Durin, Clinilaves, etc...), e também nas empresas de Joinville como (Tupy, Ceasa,
Whirpool, Transtusa, etc...).
Dessa forma e, com o bom desenvolvimento das empresas e o mercado de trabalho
aquecido, a cidade de Araquari e região oferece para as famílias uma construção de vida
promissora, os quais podem seguir a própria cultura, como também a religiosidade de cada um,
sendo que a religião, predominante é a católica, a qual traz um número bem considerado, que é de
3 igrejas católicas na região, com uma no loteamento São Benedito, porém nem todos freqüentam
assiduamente essa igreja. No loteamento também possui outras igrejas evangélicas, como
Assembléia de Deus, Adventista e outras denominações.
Outro fator relevante, que foi observado esta em relação ao nível de escolaridade dos
adultos, pois, apenas um possui ensino superior, um cursando e poucos possuem o ensino médio
completo, sendo, que os demais apenas possuem o ensino fundamental completo e incompleto.
Portanto, esse resultado leva a entender que a falta de informação faz com que esses pais
sintam-se desmotivados pelas atividades físicas que a comunidade oferece, sejam eles nas praças,
ginásios, campos e até mesmo em academias. Deu para saber também que nas folgas e horas de
lazer, apenas visitam familiares, freqüentam as igrejas, ou assistem televisão, com exceção nos
dias de campeonato de futebol que acontecem no campo do Lickfett, situado no loteamento, o
qual é visto como ponto de referência e traz um histórico de mais de cinquenta anos, esse campo
sempre existiu, porém, teve uma época em que era o pasto para vacas e cavalos, etc...
E junto com os amigos jogadores, jogavam futebóis descalços e os mesmos roçavam o
mato quando ele estava alto. Com o passar dos anos e com o aumento da população Nilton
Lickefett resolveu investir nesse campo, pois ele era um amante do futebol, por isso manteve a
grama baixa e sempre roçada, fez um bar, um parquinho para crianças, cercou-o em volta e
começou a fazer campeonatos entre os times da comunidade o qual leva o nome de “Campo do
Perna”.
Sob tal enfoque, faz-se interessante saber que a família Lickefett doou o terreno para ser
construída a Escola Municipal São Benedito a qual hoje temos 717 alunos que estudam na
mesma, da pré-escola ao 5º ano do ensino fundamental. Neste ano de 2017, funcionam cinco
turmas de pré-escola da Educação Infantil, cinco turmas de 1º ano, cinco turmas de 2º ano, cinco
turmas de 3º ano, cinco turmas de 4º ano, cinco turmas de 5º ano.
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Assim, a escola está sob a direção geral de Sione Régis de Carvalho e Tânia Terezinha
Ferreira Maia, juntamente com duas orientadoras e uma supervisora, a qual conta também com
trinta e nove professores e oito serventes. Estes servidores que constituem a instituição atual
formam uma equipe e todos têm um papel importante na história de educação dessa comunidade
escolar.
Porém os alunos que residem no loteamento São Benedito e necessitam estudar no Ensino
Fundamental Dois e Ensino Médio, frequentam a Escola Estadual Higino Aguiar.
Vale ressaltar que a Escola Municipal São Benedito iniciou no ano de 1992 e o seu nome
foi escolhido em homenagem ao Santo Protetor das Cozinheiras. A escola está situada no
Município de Araquari no bairro Itinga, loteamento São Benedito. A escola cresceu muito nos
últimos anos necessitando de reformas.
Ainda no loteamento São Benedito está localizada a Fundição Ícaro LTDA, fundada em
1994, 3.500 m² de área construída. Fabrica uma linha própria de peças agrícolas e também peças
para outras empresas conforme o molde. Trabalha com fusão por indução eletromagnética.
Objetivo: Otimizar o tempo de produção, maior mobilidade, controle total sobre a qualidade final
do produto.
A Clinilaves, uma lavanderia industrial especializada em processamento de roupa
hospitalar, é uma empresa genuinamente catarinense e está situada no loteamento São Benedito.
Originalmente, a empresa iniciou suas atividades na cidade de Brusque, em 1999, e é mais uma
empresa que decidiu transferir para Araquari em 06/06/2011. Atende a mais de 60 hospitais e
clínicas médicas de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Balneário Camboriú e outras cidades. Na
área social, a empresa desempenha um papel importante, já que emprega 250 funcionários diretos
sendo 98% deles moradores do próprio bairro.
A MAB Confecção, outra empresa do loteamento São Benedito, é genuinamente local e
foi criada em 2013, para atender uma demanda de serviços voltada exclusivamente para a
produção de roupas hospitalares e para hotelaria. Está localizada na rua Itália e hoje emprega 30
funcionários, sendo 100% da própria região.
O Parque Aquático Vanuza, oferece a seus usuários e visitantes uma belíssima área. A
estrutura é formada por um amplo estacionamento gratuito para usuários e visitantes do parque,
quatro piscinas cristalinas (3 adultos e 1 infantil), dois toboáguas (1 adulto e 1 infantil), campo de
futebol de areia, cancha de bocha, mesas de sinuca e pimbolim, lanchonete, churrasqueira e
guarda-volumes. Disponibiliza a estrutura para eventos.
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HISTÓRICO DO BAIRRO PORTO GRANDE
Segundo relatos de moradores mais antigos do bairro, as estradas eram apenas caminhos
por onde os moradores das localidades vizinhas como: Ponto Alto, Corveta e Rainha, utilizavam
para trazer os produtos do seu cultivo próprio, vindo de carros de bois e carroças para o Porto com
um único objetivo, a troca de produtos agrícolas e peixes, que chegavam em grandes quantidades
por meio de rebocadores, vindos das localidades portuárias.
A comunidade do Porto Grande inicia sua história por volta de 1750. Os primeiros
habitantes, chegaram margeando o Rio Paraty, que na época possuía um expressivo volume de
água e que se caracterizava como único acesso para a localidade. Todos os habitantes da época
possuíam como meio de transporte a “canoa,”, logo o local denominado Porto (próximo a escola
Amaro Coelho) começou a obter uma grande quantidade de canoas, que constituía o meio de
locomoção viável para as principais e progressivas atividades.
Com a canoa vinham para a “sede”onde faziam suas compras, trocas, tinham acesso ao
Porto de São Francisco do Sul, e as grandes atividades pesqueiras em Balneário de Barra do Sul.
O Porto era de grande utilidade para a comunidade, tanto no aspecto social como
econômico, e por este motivo a comunidade passou a se chamar Porto Grande.
Amaro Coelho,
Cláudio de França,
Francisco Cabral,
José da Silva,
João Serafim Cabral,
Salvador de França,
Isaltina Laura Pereira de Oliveira,
Ermínio de Mira,
Maria Borges,
José Garcia,
Pedro Rosa de Oliveira,
Minigildo Maia ,entre outras mais.
Curiosidades
Para festejar a colheita, os habitantes da época tinham hábitos de dançar o “Fandango”,
para bater o arroz com os pés.
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Para raspar a mandioca na época da farinha os casais usavam uma técnica denominada “capote”,
onde o moço raspava a raiz da mandioca até a metade e passava para a moça que ele mais
apreciava para ela terminar a raspagem, dessa maneira iniciavam os namoros. Também dançavam
a “Chamarrita e a Dança de São Gonçalo”, ouviam Ternos de Reis e brincavam de “Boi de
Mamão e Boi na Mangueira”. Benzimentos e rezas faziam parte desses hábitos bem peculiar.
Curiosidades culturais
O “terno de reis” é um dos costumes ainda resistente ao tempo, na comunidade do bairro
Porto Grande, já que as demais danças hoje estão esquecidas.
O terno de reis é uma cantoria muito comum no litoral catarinense nas épocas de Natal e
Ano Novo, vozes que ao som de sanfonas, violões, pandeiros e tambores, saem nas noites à
visitar as famílias cantando versos em louvor ao nascimento do Menino Jesus, à chegada do Ano
Novo e o dia de Santos e Reis.
Eventos realizados na escola do bairro, Amaro Coelho, também proporcionam o resgate da
cultura da comunidade como: danças, festas e dramatizações.
O vocabulário e as falas são bem diversificados, porém falas como: Pirralho,
Pode crê! Chega aí! Falô! Mas credo! (são bem utilizadas)
Belosch Arafibras
Motormac Laffin
Tecno Jato/ Febratec Best Way Transformação De Polimeros
Walbert Dunnas Terraplanagem
Fonte Mercantil Realfort
Tirol Lumix
Sigmacrom Plasnorthon
AZB Premix
Vicobrás Açocorte
Plasforma Montserrat Distribuidora
Fulllog Mundial Flex Borrachas e Pláticos Ltda
Hd florestal Grupo Armenio
Biomás Ribeiro Plásticos
Quântica Unifortte
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Turismo
Com tanto desenvolvimento e progresso é uma pena que nosso bairro não tenha um ponto
turístico como referência ainda. Esperamos ansiosos por mais essa conquista, algo que beneficie a
comunidade e a todos que a visitam. Seria muito interessante se o berço da colonização da
comunidade fosse um desses pontos.
IFC/Campus Araquari
Uma das instituições pioneiras no ensino agrícola em Santa Catarina, localiza-se na
cidade de Araquari, às margens da BR 280, rodovia que liga Joinville, Araquari e São
Francisco do Sul.
Sua história tem início através de um acordo entre o estado de Santa Catarina e o
Governo Federal, com sua publicação no Diário Oficial da União nº 63, em 18 de março
de 1954. Este acordo criou a “Escola de Iniciação Agrícola de Araquari”.
Até 1959 a escola esteve em construção. Este ano de 1959 marcou o começo das
atividades do curso de Iniciação Agrícola, que contou em sua primeira turma com 20
alunos e passou a ser denominada “Escola de Iniciação Agrícola Senador Gomes de
Oliveira”.
No ano de 1968 a escola passou a ser vinculada a Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC. Desse modo, integrou-se ao sistema federal de ensino, oferecendo a
formação para técnicos agrícolas e estudantes que ingressavam no Segundo Grau.
Depois do ano de 1975 o curso oferecido pela instituição recebeu a nova nomenclatura
de Técnico em Agropecuária, similar ao que existe ainda hoje.
Uma grande mudança ocorreu no ano de 2008, através da Lei 11.892, que cria os
Institutos Federais. A partir deste momento, tem origem o Instituto Federal
Catarinense(IFC)com a integração das escolas agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e
Sombrio e dos colégios agrícolas de Araquari e Camboriú.
O antigo colégio se torna o Instituto Federal Catarinense/Campus Araquari e passa
a integrar a Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica.
Hoje, são oferecidos os Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em
Agropecuária, Informática, Química. Na modalidade Subsequente ao Ensino Médio é
ofertado o curso Técnico em Agrimensura. Também estão disponíveis os Cursos
Superiores em Ciências Agrícolas, Medicina Veterinária, Química, Sistemas de
Informação e Tecnologia em Redes de Computadores. Além de uma especialização em
Aquicultura e um mestrado em Produção e Sanidade Animal.
Ponto turístico
A ponte de ferro, localizada aos fundos do IFC, é um dos atrativos dessa região.
Principal elo de ligação férrea entre os municípios vizinhos de Araquari, Joinville e São
Francisco do Sul.
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BAIRRO RIO DO MORRO
Turismo
A região é muito procurada para fazer trilhas de motos, carros e bicicletas, pois
as paisagens como muitas árvores de várias espécies e ruínas de casarões naquela área,
são de uma beleza ímpar.
BAIRRO CORVETA
O bairro Corveta é cortado por uma das maiores rodovias deste país, a BR101.
O bairro também é ligado por um acesso secundário à BR280, através da Estrada Geral do
Porto Grande. Desta forma, nos últimos anos, grandes empresas vêm se instalando neste
local, tornando o bairro, o maior pólo industrial do município. Dentre outras, encontra-se
no bairro Corveta empresas multinacionais e de grande porte, como a Hyosung e o Grupo
BMW. Contribuem também para a economia do município as empresas, Fibratec,
Fortelev, Mineração Nilson, Mineração Veiga e muitas outras.
O bairro ainda contribui para a economia do município, através da agricultura,
pois possui a agricultura familiar, com plantações de maracujá, aipim, dentre outros.
Recentemente uma cervejaria se instalou nessa região e está se destacando
significativamente na cidade. O bairro conta com um Centro de Educação Infantil, que
atende crianças da própria localidade e de bairros vizinhos.
Podemos destacar os estudos que vem sendo realizados pela Universidade do Estado
de Santa Catarina e da Fundação Palmares, de que nessas terras havia um pequeno
quilombo.
43
POEMAS E ACRÓSTICOS TRABALHADOS PELOS 3º ANO
SOBRE O MUNICÍPIO
Eu moro em Araquari,
E faço tudo aqui!
Vejo o Rio Paraty,
E me orgulho daqui!
Cultura e religiosidade,
Festas e tradições.
Tem popularidade,
E muitas emoções.
Escrito por 3º ano I (professoras Aline e Simone)
Cidade especial
Morando em Araquari,
Podemos nos divertir.
Criar coisas novas,
E viver a sorrir!
Escrito por 3º ano III (professora Aline e Simone)
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GUAMIRANGA
A primeira Capela foi construída por um homem chamado Miguel por isso deu-
lhe o nome de Capela São Miguel. A Segunda Capela foi construída onde está a atual
Capela São Miguel hoje, ela foi dedicada a Imaculada Conceição e à Santo Antônio, só
mais tarde entre os anos de 1955 à 1960 é que foi construída a atual Capela São Miguel
Arcanjo com ajuda dos moradores e o Padre Mathias.
45
A primeira escola do bairro foi construída em madeira onde hoje é o bananal do
Sr. José Stoinski, o primeiro Professor foi o Sr. Antônio Angelim.
A Escola Municipal Cristina Marli Zipf Ribeiro, única escola do bairro hoje, foi
inaugurada em 1960 com o nome de “Escola Estadual Prefeito Emílio Manke Junior.
46
O Rio Itapocu margeia todo o bairro, ele é utilizado para captação de água para o plantio de arroz irrigado,
na pesca e na extração de minério.
As comunidades São Miguel, Lagoa Nova e Lagoa do Itaum destacam-se em sua religiosidade com a
Festa em Honra a São Miguel Arcanjo realizada anualmente na comunidade São Miguel no mês de
setembro. Como tradição em maio, a Capela São Miguel realiza a Novena diária e no final do mês a
Coroação de Nossa Senhora desde o ano de 1960.
O bairro possui comércio local, Centro Esportivo, Associação de Moradores (JOVASSA), duas
Igrejas Católicas, dois Cemitérios, uma Escola Pública Municipal, Posto de Saúde. A Prefeitura Municipal
atende o bairro com uma Secretaria Administrativa.
Os moradores do bairro podem fazer uso da Balsa no Rio Itapocú (sendo esta uma via de acesso entre
os municípios de Araquari à São João do Itaperiú, Guaramirim, Barra Velha e Massaranduba).
Na área de lazer o Centro Esportivo do Bairro é promovido competições e torneios de Futebol de
Campo, Futebol Society e Bocha, aumentando assim a visitação ao bairro.
O Salto do Guamiranga é utilizado na prática de esportes aquáticos (como descida de caiaque).
Por ser um bairro rural recebe inúmeras visitas de ciclistas que vem apreciar a tranqüilidade e belezas
existentes.
Atualmente residem no Guamiranga 135 famílias.
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Acertado o noivado da princesa D. Francisca de Bragança (filha do imperador D. Pedro I e irmã
de D. Pedro II), com o Príncipe de Joinville (filho de Luís Filipe I, rei dos franceses), o Governo Imperial
Brasileiro, nesse tempo chefiado por D. Pedro II, tratou logo de sancionar uma lei (n° 166 de 29 de
setembro de 1840) que garantia o dote que caberia à princesa.
Após estudo e consultas, foi decretado mais tarde que este patrimônio em terras pertencentes à Nação
deveria ser de 25 léguas quadradas e localizado na Província de Santa Catarina, entre os rios
Pirabeiraba e Itapocú, nas proximidades da baía de São Francisco. Esse patrimônio transferido para o
domínio particular da Princesa Dona Francisca, passou a ser conhecido por "Domínio Dona Francisca" e aí
a origem do seu nome. Para proceder a medição das terras dotais da Princesa Dona Francisca foi
designado Jerônimo Francisco Coelho, Tenente Coronel do Corpo Imperial de Engenheiros. As terras assim
demarcadas abrangiam a área de 155.812 hectares.
Por volta de 1843, esta região era quase inteiramente virgem, apenas encontrando alguns moradores
da orla marítima e no Planalto de Campo Alegre.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_Dona_Francisca
Redescobrindo Itapocu vídeo que fala sobre os sambaquis
https://valeitapocu.blogspot.com.br/2017/03/arquivo-historico-eugenio-victor.htm
Era 30 de agosto de 2010, na gestão da prefeita Cecília Ayroso Konell, quando o Arquivo Histórico
Eugênio Victor Schmöckel foi instalado num prédio alugado, no bairro Barra do Ribeirão Molha - próximo
ao Ribeirão Kramer e o antigo Curtume Schmidt .
Antigamente, a instituição funcionou no antigo prédio da Prefeitura - atual sede do Museu Histórico
Emílio da Silva - no prédio da Estação Ferroviária, espaço da instalação atual da Biblioteca Pública Rui
Barbosa - Avenida Getúlio Vargas - e na Rua ida Bona, centro, lateral do logradouro da Barrão do Rio
Branco.
Ademir Pfiffer – Historiador "Informou o conferencista não ter encontrado sambaquis além de 10
quilômetros no vale do Itapocu".
O que podemos tirar de conclusão sobre o parágrafo descrito acima por Beneval de Oliveira em
1944? Coincidência ou não, o sambaqui costeiro mais longínquo conhecido atualmente e que pertence a
bacia hidrográfica no vale do rio Itapocu, se encontra justamente a 10 quilômetros de sua foz com o mar
perto na região do rio Piraí (afluente do rio Itapocu na sua margem esquerda) e foi catalogado
aproximadamente 15 anos atrás com o nome de "Rainha 1" que fica na localidade de Corveta em Araquari.
Esta informação confirma que desde aquela época existe pouca incidência de sambaquis costeiros no vale do
rio Itapocu. Portanto, a importância de preservar os poucos sambaquis costeiros ainda existentes nas
imediações na região da foz do rio Itapocu (sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2, Itapocu, Rainha 1 e 2)
entre as cidades de Barra Velha e Araquari.
Projeto dos pesquisadores José Carlos Fagundes de Barra Velha e Fabio Krawulski Nunes de Jaraguá
do Sul sobre a história que cerca o rio Itapocu e que está sendo redescoberta neste documentário. Este vídeo
(preview), mostra a primeira fase do projeto sobre a história do Peabiru em torno do rio Itapocu e os
desbravadores da coroa espanhola que utilizaram a partir de sua foz para irem em direção ao interior do
Paraná e ao Paraguai no século XVI.Mais adiante, este projeto irá abordar entre outras questões relacionadas
direta ou indiretamente sobre o rio Itapocu a sua historiografia dos séculos XIX e XX."A conquista do novo
mundo também começou por Sambaqui costeiro Itapocu na localidade de Escalvado em Barra Velha - SC.
Este sambaqui costeiro foi estudado desde a década de 80 do século passado e catalogado com o
nome de "Itapocu", estando cerca de 200 metros da margem direita do rio Itapocu. (próximo da ponte da BR
101 no quilômetro 80). Durante a construção de uma piscina no local, foi encontrado um esqueleto humano
e uma machadinha de pedra. O mesmo fica cerca de 2 quilômetros de distância (no mesmo lado do rio) dos
sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2.
Fonte: https://tecnaly.blogspot.com.br/2016/03/informacao-publica-n-128-barra-velha-21.html
Mão de obra escrava era usada na Joinville do século 19
CASA DE ESCRAVO
Ao completar 125 anos da assinatura da Lei Áurea, o marco da abolição da escravatura no país, o
tema ainda continua sendo um tabu na história. Mas havia negros escravizados, sim, como em todo o país. E
não eram poucos. Embora não fosse permitido ao colono, a prática era comum nas famílias de origem lusa
que já habitavam estas terras, muito antes da Sociedade Colonizadora Dona Francisca começar a trazer para
cá os primeiros imigrantes.
No final da década de 40 do século 19, quando iniciaram os preparativos para o estabelecimento da
Colônia Dona Francisca nas terrais dotais da princesa de Joinville, já havia inúmeras famílias brasileiras,
estabelecidas há várias gerações. A Colônia, um empreendimento privado da Sociedade Colonizadora de
Hamburgo, ocupava uma área de oito léguas quadradas, que era apenas uma parte do dote da princesa (25 lé-
guas quadradas, no total).
Outra parte era o Domaine Dona Francisca, que englobava o restante das terras dotais que ainda
pertenciam ao príncipe – essas não haviam sido cedidas para a Sociedade Colonizadora. Havia ainda, o
Domaine D’Aumale, que pertencia ao duque de Aumale, irmão do príncipe de Joinville, e que ficava em
parte do que é hoje Pirabeiraba. E no entorno dessas áreas havia sesmarias, fazendas e sítios pertencentes a
famílias brasileiras de origem lusa – algumas bem próximas do centro da nova colônia germânica.
No livro de Carlos Ficker, “História de Joinville – Crônicas da Colônia Dona Francisca”, constam
algumas dessas famílias. Na região onde hoje é o Bairro Boa Vista, do outro lado do rio Cachoeira, havia a
propriedade de Agostinho Budal. Entre o Bucarein e o atual Itaum, havia a propriedade de Antônio Vieira e
mais adiante a sesmaria de Salvador Gomes e Afonso Miranda.
Para o Norte, na região onde hoje fica o aeroporto, as terras eram de João Cercal, Luiz Dias do
Rosário, Vicente Afonso do Rosário e outros – uma área que se encostava ao rio Cubatão. Na região ao lado
da “Rainha”, em Araquari, havia as terras do Coronel Camacho.
Para o Sul, nomes como Antônio da Veiga, João da Veiga, Manoel Gomes e Francisco da Maia já
estavam radicados, entre muitas outras famílias. No livro de Carlos Ficker consta que o Coronel Vieira, por
exemplo, se estabeleceu em 1826. “Com grande fazenda e muitos escravos.” Nos registros dos cemitérios e
igrejas eles apareciam, com a identificação de seus donos.
Na Coletoria Estadual havia ainda o registro do recolhimento de impostos sobre a circulação de
escravos (como uma mercadoria, um bem) e no livro de venda dos escravos, constava o imposto sobre
transferência. Quando eles iam ao Planalto Norte, por exemplo, mudavam de Estado, e era preciso pagar o
imposto. As famílias vinham de lá para comprar escravos aqui. Isso era registrado no tabelionato, explica a
pesquisadora Brigitte Brandenburg, comentando que nesse comércio muitas vezes as famílias de negros
eram separadas.
“Às vezes, as crianças não iam juntas”, comenta. Nessa época, segunda metade do século 19, a maior
parte dos cativos já era nascida no país – anteriormente, até por volta de 1860, os registros indicavam a
procedência, como “Benguela” (uma das denominações dada aos bantus, que viviam em vários locais da
costa africana) e “Mina” (vindos da Costa da Mina, na África), por exemplo.
Em seu livro, “Suedbrasilien”, publicado em 1850, o doutor Hemann Blumenau revelava que nas
províncias do Norte o número de escravos era elevado e a proporção em alguns casos chegava a um branco
para dez negros. “No Sul, a porcentagem é menor, como na Província de Santa Catarina, onde, numa
população de cerca de 90 mil almas, há apenas 14 mil escravos”, disse. João Vieira Sênior, da região que
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hoje é o Itinga, por exemplo, tinha 32 escravos. Já Salvador Gomes, quando morreu, tinha 40 cativos,
comenta Brigitte.
Ainda hoje, quem passa pela antiga Estrada da Serra, atual SC-40, em Pirabeiraba, pode observar
uma casa cuja construção é atribuída a João Gomes de Oliveira, descendente de Salvador Gomes. O imóvel
erguido na década de 60 do século 19 hoje pertence ao casal Wigando e Alzira Fleith, e tem suas
características preservadas. A casa foi comprada pelo pai de Alzira em junho de 1935. Ela lembra que ao
lado da casa, à direita, ainda era possível ver vários ranchos de madeira usados para abrigar os escravos na
roça de mandioca e Cana. Os escravos trabalhavam nos engenhos de farinha e na roça, cultivando mandioca
e cana. Também podiam ser encontrados em plantações de arroz. “Em São Francisco do Sul tinha muito
arroz”, comenta Brigitte Brandenburg. Paraty, onde hoje é Araquari, era uma área grande, com uma parte
cultivável e muitos banhados, o que demandava maior mão de obra.
Os imigrantes que eram trazidos da Europa para povoar a Colônia Dona Francisca não podiam ter
escravos. No livro “Era uma vez um simples Caminho”, a pesquisadora Elly Herkenhoff afirma que a
iniciativa de coibir o uso dessa mão de obra partiu da própria Sociedade Colonizadora de Hamburgo, em
1849, que solicitou a medida ao imperador Dom Pedro 2º. Isso não quer dizer que, em determinadas
situações, eles não tivessem. Um caso típico era quando um colono casava com uma moça de origem lusa,
que podia levar seu escravo – e algumas vezes levavam, já que não estavam habituadas ao trabalho
doméstico. “Os escravos eram herdados. Eles tinham filhos, que iam crescendo junto com as famílias. Não
precisavam comprar, vinham de herança”, explica Brigitte Brandenburg, citando o exemplo de um senhor
Seiler, que era casado com uma moça de uma família lusa abastada de Morretes (PR). Construtor de
moinhos, ele veio fazer trabalhos na colônia no final dos anos 70 e trouxe a família, com escravos.
A prática, porém, não era comum, já que a escravidão não era vista com bons olhos pelos moradores
da Colônia. “Não se podia impedir que o francisquense tivesse escravos. Mas quando João Gomes veio para
cá, ele consultou Frederic Brüstlein sobre a vinda de escravos”, recorda a pesquisadora, referindo-se a um
proprietário que adquiriu terras em Pirabeiraba, fora da colônia, mas ainda dentro do domínio do príncipe. A
carta consta da correspondência de Brüstlein, preservada no Arquivo Histórico de Joinville.
Foto: Arquivo Histórico de Joinville
http://desacato.info/mao-de-obra-escrava-era-usada-na-joinville-do-seculo-19/
BAIRRO ITAPOCU
Localizado no município de Araquari, o distrito de Itapocu está margeado ao norte pela BR-101 e ao
sul pelo rio Itapocu, um dos principais afluentes da região. Conhecido até o fim do século XIX como Porto
do Sertão, é uma região que se formou a partir da migração da região litorânea do sul de Santa
Catarina, especialmente de descendentes de portugueses açorianos e também migrantes da região
norte, sobretudo de São Paulo, onde aí se incluem os negros que migraram para formar a Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, por volta de 1854 (ALVES; LIMA e ALBUQUERQUE, 1990).
Itapocu, consequentemente, passou a ser um território de encontro dos antigos moradores (negros) e
seus amigos, conquistados nos novos territórios de moradia dos migrantes (SANTOS e SILVEIRA, 2001).
Itapocu tornou-se local de resistência, pois na década de 1960 ocorreu um rompimento com a Igreja Católica
Romana que marcou definitivamente a comunidade negra do Distrito.
Até a década de 1960 havia em Itapocu a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja do Sagrado
Coração de Jesus, semelhante ao que ocorre hoje, porém naquele período houve uma movimentação da
Igreja Católica Romana iniciada pelo então vigário de Araquari, Padre Aníbal Círico, com o aval do então
Bispo Dom Gregório Warmeling, para fazer uma junção das duas igrejas em uma única. Todavia a proposta
era de que, tão logo a junção das duas igrejas se efetivasse, seria desmanchado o prédio de uma delas. Após
conversar com membros da comunidade, incluindo o padre, o bispo e também alguns negros, não
necessariamente representantes da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, ficou decidido que a igreja a ser
desmanchada seria a de Nossa Senhora do Rosário.
Porém, com a derrubada da igreja na década de 1960, não foi possível conciliar celebrações que até a
ocasião eram realizadas em igrejas separadas, até mesmo com rituais diferentes. Após um período que não
se conseguiu precisar, houve uma nova separação, mais conflituosa e que revelou o distanciamento religioso
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e cultural, que não se percebia ou não se queria perceber até então. Porém há lembranças até hoje do lugar
de os negros sentarem na igreja dos brancos; os negros deveriam sentar-se no lado direito, enquanto os
brancos do lado esquerdo, não há uma explicação lógica para isso, apenas separação (FINDLAY, 2005).
Embora todo rompimento seja conflituoso, para os negros de Itapocu o que houve foi mais do que se
pressupõe, pois está presente na memória e consequentemente na fala dessa comunidade negra a lembrança
da igreja demolida, como “espaço” sagrado violado, pela própria igreja que mantinha.
Essa passagem configura-se como um dos elementos comprobatórios de que, mesmo com o “espaço
físico”, nesse caso a igreja, tendo sido violado, a comunidade consegue manter o “espaço simbólico” em sua
memória social e não deixa de preservar suas identidades. O Grupo Catumbi de Itapocu é composto por
homens, de quantidade indefinida, podendo ser a partir de dez e chegando a 30, e por duas mulheres, que
apenas têm a função de levarem as bandeiras, enquanto os homens, em suas manifestações, cantam, dançam
e tocam tambores, em honra a Nossa Senhora do
Rosário, e são uma espécie de guardiões da Santa e mantenedores da igreja. As bandeiras, uma azul e
a outra branca, acompanham o cortejo sempre quando o Grupo Catumbi se apresenta, de forma muito
semelhante à utilizada pela cantoria do
Divino Espírito Santo. O culto ao Divino Espírito Santo, de origem portuguesa, veio para o litoral
catarinense do Arquipélago dos Açores (FARIAS, 1998). Em ambas as manifestações, no cortejo, as
bandeiras vão à frente, mais no caso da Nossa Senhora do Rosário a elas seguem o Capitão, os
Tambolireiros e os Dançantes. Essa sequência ocorre em ensaios normais4, em dias festivos aparecem as
figuras do Capelão, do Rei e da Rainha. Desde 2004 aparecem crianças (meninos) que foram inseridos no
Grupo Catumbi, geralmente são filhos, sobrinhos ou netos dos dançantes adultos, chamados de Catumbi
Mirim.
Além da manifestação artística e cultural encenada pelo Grupo Catumbi, outras tarefas são atribuídas
ao Grupo, como organizar a festa e acompanhar as bandeiras. Mesmo havendo um momento específico de
visita das bandeiras às casas da comunidade de Itapocu, são elas um dos elementos simbólicos que estão
sempre acompanhando o Grupo Catumbi, devidamente carregadas por duas mulheres da comunidade.
Também durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário o grupo acompanha o translado da Imagem de
Nossa Senhora do Rosário e das Coroas com seus respectivos rei e rainha. Durante a festa há a escolha de
um casal que será o rei e a rainha da festa do ano seguinte, cujo reinado durará um ano. Os membros reais,
geralmente, representam duas famílias, em razão de que é por conta deles que correm os gastos com o
banquete a ser oferecido no dia da festa, após a coroação. Esse ritual é acompanhado pelos juízes da festa,
que são as testemunhas da coroação.
EXPEDIÇÃO DE JOURDAN
Na expedição que o engenheiro Emilio Carlos Jourdan engenheiro designado a demarcar as terras das
margens do Rio Itapocu. Começando desde o rio Itapocu, rio Jaraguá na vila em Joinville com intuito de
arrendar as terras demarcadas na margem direita do rio Itapocu pertencente ao Conde d’Eu e a Princesa
Isabel. Isso aconteceu no ano 1876.
Quando Jourdan arrastou a primeira viagem embarcando no porto do então “Sertão” (hoje Itapocu),
havia entrado em entendimento com os senhores Onofre Rosa e Carl Walter, pessoas relacionadas na época.
Este era alemão e migrava solteiro. Viria ser posteriormente comprade de Jourdan por lhe batizar o Emilio
Charles. Ali Jourdan conseguiu 05 homens conhecedores de longo percurso no volumoso Itapocu, pelo qual
nos anos de 1878, entraram veleiros de bom Caldo Calado para transportar produtos agrícolas das regiões de
Corveta, Ribeirão da Corda, Morro Grande do Ai.
Daquele porto, a 13 de abril de 1877, partia pela madrugada de quinta-feira santa, grande canoa
remada por Calixto Domingos Borges Trajano Polfino Nascimento de Oliveira, João Pães e Alexandre
Padillha (Branco) Jourdan acompanhado.
O roteiro durou até sexta-feira santa quando chegaram e aportavam numa ilha, em Jaraguá, defronte
da atual FAMAC.
Sábado de aleluia (15 de abril), pelo clarear do dia passou-se a canoa a margem direita do rio
entrando por um forte ribeirão, onde ficavam escondidos aos botocudos, senhores absolutos da região. Foi
51
ali que Jourdan pronunciou, com sotaque estrangeiro – “Rapazes aqui eu quero fundar a grande usina de
açúcar. Esta terra será de grande futuro para o Brasil.”
No Sertão (Itapocu) era plantada cana de açúcar, solo arenoso próprio para esse plantio. Pés de café,
pés de rícino, feijão, milho, fumo e legumes.
Eu, Maria Borges Ferreira (Dona Quininha), nasci em uma comunidade chamada Ribeirão da Corda
próxima do Rainha. Estudei na Escola Estadual Isolada Mista do Bairro Rainha a 1ª série e a 2ª série por
dois anos, entre 1943 e 1945, que ficava localizada onde o Sr. João Ignácio (João Tianga) morava, casa que
na época era do professor João Agnelo Vieira, que foi o primeiro professor e depois outros.
Conheci a capela do bairro e fiz a catequese com os professores e com o Padre José Augusto do
Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Fiz a primeira comunhão com o Padre José nesta capela,
posteriormente, esta capela se tornou o segundo local onde funcionou a escola no bairro. Em 1946 fui
estudar na Escola Estadual do Coqueiro, fiz a terceira série, terminei e então fui para Jaraguá do Sul estudar
de 1947 a 1953. Depois de 07 anos terminando o normal regional, voltei para minha comunidade e fui
nomeada professora desta escola no dia 16 de março de 1954, onde eu servia a capela como catequista,
preparava as crianças para a primeira comunhão. Os Padres foram: Pe Ambrósio e Pe Henrique e também o
Pe José do Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Lembro-me que chamavam de capela da Rainha. Sei que
tinha a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto e a Santa Cruz. Tinha outra capela perto da Santa Cruz, que
todo ano dia 03 de maio comemoravam o Dia da Santa Cruz. No dia 21 de novembro de 1959 me casei com
Crispim em Araquari, quatorze anos dei aula na Escola Estadual de Rainha, povo da roça tinha engenho de
farinha, minha família também era da roça.
Em 1960 eu cheguei pra morar no Bairro Rainha, tinha 10 anos de idade. Ainda nos anos 60 entrei
para estudar nesta escola, conhecida por Escola Estadual de Rainha, era uma casa de madeira, tinha uma
porta e três janelas, o trinco de madeira para fechá-la. A professora chamava-se Maria Borges Ferreira.
Havia 45 alunos, todos numa só sala, nas carteiras cabiam 05 crianças cada uma. Mais tarde foi desdobrada
para 02 turnos e a escola passou a se chamar de Escola Estadual Desdobrada de Rainha, depois Escola
Isolada Rainha, atualmente chamada de Escola Municipal João Agnelo Vieira, este o fundador da escola da
época. Quando ele dava aulas os alunos escreviam em lousas e apagavam com saliva, minha mãe estudou
com esse professor, era família do bairro Corveta. Vocês gostariam de saber por que esta localidade se
chama Rainha? Ouvi dizer que a Rainha D. Francisca tinha o domínio desta região, de Joinville até aqui, por
isso o nome desta localidade, hoje esta localidade é conhecida como Zé do Brejo, mas na época era chamada
de Rainha de dentro e dava saída para Barra do Sul pelo estivado e onde ficava a escola e a igreja era
chamada de Rainha de fora. Mais tarde, em 1966 eu estava com 16 anos, comecei a dar aula no bairro
Rainha II (Rainha de dentro) e continuei por 14 anos. Na localidade Rainha de fora foi construído a nova
escola (terceiro prédio) onde várias professoras trabalhavam entre elas Maria Borges Ferreira (Dona
Quininha), a Maria Amélia Duarte e Maria da Conceição que vinham de Araquari, onde hoje funciona o
Centro de Educação Infantil João Ignácio Filho.
O preparo da merenda era executado por dois alunos que eram escalados para esta tarefa em forma
de rodízio, era somente leite em pó que se não soubesse preparar ficava embolado, o fogo era feito no chão
em cima de alguns tijolos e a lenha eram os meninos que buscavam nas capoeiras.
A água para beber era buscada no ribeirão que ficava nas terras do Sr. João Ignácio (João Tianga).
As brincadeiras de meninas eram brincadeiras de roda como a ratoeira e a do limão e passa anel, já os
meninos brincavam de esconde-esconde e bolinha de gude.
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PÉROLAS DO BAIRRO RAINHA
COMUNIDADE DO JACU
Sonia Eronides da Cunha
Moradora do Jacu
Nasci em Joinville, no dia 29 de abril de 1967. Quando vim morar no Morro do Jacu eu era
bem pequena, praticamente me criei ali. Estudei na Escola Isolada Estadual do Jacu, onde conclui
as séries iniciais do Ensino Fundamental. A professora chamava-se Maria Salete da Cunha. Casei
com 15 anos de idade e tive três lindos filhos. Hoje estão todos casados e tenho 05 maravilhosos
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netos. Comecei a trabalhar com 28 anos na escola como merendeira, concursada pela Prefeitura.
Na escola no Jacu trabalhei nos anos de 1996 até 2003. Neste ano de 2003 a escola foi desativada
e centraram todos os alunos na escola do bairro Rainha. Todos tiveram que ir para lá, os alunos e
eu. Foi então que estou até hoje trabalhando como merendeira na Escola Municipal João Agnelo
Vieira. Perguntaram-me se eu conhecia a história que dá origem do nome Jacu, onde moro. Pois
então, vocês devem estar curiosos para saber como surgiu o nome Morro do Jacu, não é? Dizem
os moradores mais antigos da comunidade (inclusive meu avô), que nesse morro havia muitos
passarinhos que se chamava Jacu. Daí vem o nome do morro, Morro do Jacu.
Como moradora, tenho muito orgulho em morar nessa comunidade. Atualmente ainda
existem muitos agricultores que cultivam banana, arroz, maracujá e outros. Sou casada e muito
feliz junto ao meu Altair da Cunha. Hoje já não tem tantos pássaros Jacu (nem sei se existe mais).
Só o que guardo são lembranças e saudades das pessoas que se foram e de um tempo que não
volta mais.
Tudo começou no dia 16 de julho de 1994. Eram 03 famílias que vieram morar no bairro
de Itapocu no municipio de Araquari. Não era uma ocupação, pois era de comum acordo com o
dono da fazenda (Walfrido da Silva Lima). Ele iria negociar as terras com o INCRA para que
pudesse fazer um assentamento onde daria o direito e para dignidade 10 famílias poderem morar.
No início morávamos em barracas. Foram anos de negociação até sair o tão sonhado
assentamento. Enfrentamos muitos obstáculos até se formar o grupo de pessoas que temos hoje
aqui no assentamento. As casas foram construídas anos depois. Tudo levou muito tempo para ser
construído, mas neste assentamento hoje vive um povo muito feliz.
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HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA
O NEGRO EM ARAQUARI
Alaide Honorato da Silva
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A TRAJETÓRIA DO NEGRO
RELIGIOSIDADE
Dança masculina, um dos símbolos do Catumbi do Itapocu, reverencia Nossa Senhora do Rosário
Fonte: https://ndonline.com.br/joinville/noticias/sincretismo-no-catumbi-de-itapocu
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
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meio de saberes, tecnologias, formas específicas de manejar, lidar e cuidar da natureza passam a
ser conhecidos e assumidos como parte do acervo cultural do Brasil.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Felizmente outra história está sendo escrita por meio de novas pesquisas que tem
incorporado em seus temas a presença e a cultura negra, colaborando dessa forma para
desconstruir o imaginário de que Santa Catarina é uma terra de “tradições européias” e de um
estado próspero graças exclusivamente aos descendentes de europeus.
A tendência é que a força das culturas consideradas negadas e silenciadas nos currículos
escolares cresça ainda mais. Os ditos excluídos começam a agir e a exigirem mudanças ainda mais
significativas no campo curricular e na prática docente, mudanças essas que valorizem as diversas
culturas formadoras da história nacional, de tal modo que a cultura africana e a indígena sejam
vistas de outro viés e não apenas pelo viés eurocêntrico colonizador. Sobre culturas silenciadas,
um ponto interessante levantando por Gomes (2012, p.8) é que não se pode confundir esse
silenciamento com o desconhecimento sobre o tema. Para ela, “é preciso colocá-lo no contexto do
racismo ambíguo brasileiro e do mito da democracia racial e sua expressão na realidade social e
escolar, ou seja, o silêncio parte-se de algo que se sabe, mas não se quer falar ou é impedido de
falar.” (GOMES, 2012, p.8). Dessa forma a discriminação racial se faz presente na instituição
escolar a partir do silenciamento ritualístico do professor. A lei 10.639/03 vem para romper com
esse silencio e apresenta rupturas no campo curricular e epistemológico de ensino, tornando
possível a “fala” daqueles considerados minorias, um diálogo intercultural emancipador,
considerando a existência de um “outro” enquanto sujeito ativo. Tendo em vista que para Alberti a
história e cultura afro-brasileira e indígena encaixam-se no que ela chama de “temas sensíveis”,
(ALBERTI, 2013, p.36). É nesta perspectiva que se insere o Projeto “Conhecendo Nosso Povo”a
ideia da polarização que existe em torno da nossa história de uma sociedade mista com as suas
diferenças e que somos de fato uma sociedade multicultural.
Referências
AFRICANIDADE BRASILEIRA - TV escola MEC 2013
GOMES, Nilma Lino. Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade.
MUNANGA, Kabengele org. Estratégias políticas de combate à discriminação racial. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo: Estação Ciência, 1996.
ROMÃO, Jeruse Maria. A África Está em Nós: história e cultura afro-brasileira: africanidade
Catarinense livro 5/ José Bento da Rosa da Silva. - João Pessoa Pernambuco: Editora Grafse
2009.
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POVOS INDÍGENAS DE ARAQUARI
Tribo indígena é uma forma de organização social e cultural. Os índios brasileiros se organizam
em tribos, sendo que cada índio possui uma função dentro desta organização. Homens são
responsáveis pela caça e guerra, mulheres pela comida e agricultura e as crianças brincam e
aprendem.
Lideranças da tribo - Cada tribo possui um cacique (espécie de chefe) e um pajé (espécie de
sacerdote conhecedor de ervas, rituais e aspectos culturais da tribo).
Diferenças entre as tribos - Cada tribo possui aspectos culturais (danças, jogos, crenças, rituais)
que a diferencia de outras.
Aldeias:
Cacique Ronaldo mostra os artesanatos produzidos na Marta, de 49 anos, é a moradora mais velha da tribo
Aldeia Tiaraju Tiaraju Foto: Pena Filho / Agencia RBS
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REFERÊNCIAS
A Notícia. http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/noticia/2012/04/indios-tentam-preservar-tradicoes-na-
aldeia-guarani-tiaraju-no-norte-de-sc-3732035.html
https://scontent.fbnu3-1.fna.fbcdn.net/v/tacessada em 29/04/2017
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