Вы находитесь на странице: 1из 60

ARAQUARI

UM POUCO DE SUA
HISTÓRIA

PROJETO
Viajando pelo conhecimento
ROSE CLEIA FARIAS VIGOLO
Secretária Municipal de Educação

ALCEMIRA AMARA DA CUNHA


Coordenadora Geral
Organizadora da edição

LUCIA STEINHEUSEN
MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO
Coordenadoras dos Anos Iniciais

Araquari, Dezembro/2017
1
ARAQUARI
UM POUCO SUA DE HISTÓRIA
Prefeito: Clenilton Carlos Pereira
Vice-prefeito: Ludjero Jasper Junior
Secretária Municipal de Educação: Rose Cléia Farias Vigolo
Secretária Adjunta de Educação: Liliane Panho Debacker
Coordenadora Geral: Alcemira Amara da Cunha
Coordenadoras dos anos iniciais: Lúcia Steinheusen e Marli de Vicente Pereira Pravato

Projeto: Viajando pelo Conhecimento

ALAIDE HONORATO DA SILVA


ALCEMIRA AMARA DA CUNHA
ALINE DA SILVA PEREIRA
ANA PAULA SALFER
ANA RUTE IVOSEK
CARLA CRISTINA XAVIER
CARLA MEIRE SILVA
DAIANE KELY PELLIZZARI
DANIELA DOS ANJOS
DIONE CORRÊA DE MIRANDA POCERA
EDILENE REGINA BARBOSA
ELIZANDRA MARIA RAUBER
ELIZANDRA ZAMARCHI ALVARISTO
ISMARINA SILVANO
IVONE DE OLIVEIRA SILVA KUBIACK
JÓICE BOSS
JOICELEIDE DE OLIVEIRA
JOSEDI FERREIRA BEZERRA SILVA
JOSIANE FORTUNATO
JULIANA SANTANA
LÚCIA STEINHEUSEN
MARCIA REGINA DE CRISTO CLARO
MARCIANA DA MAIA VICENTE
MARIA APARECIDA DE JESUS
MARIZETE DE OLIVEIRA CALEGARI
MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO
MIDIAN SOUSA ESPÍNDOLA MOURA
ROSÂNGELA APARECIDA ALVES
SIMONE SCHLICHTING FIAMONCINI
SUÉLLEN C. L. ARAÚJO
TÂNIA MARIA TOMAZ HOEGEN

MIRIAN TANTCH BALLOCK


Revisão
2
SUMÁRIO

PREFÁCIO 4
APRESENTAÇÃO 6
ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA 7

ARAQUARI EM NÚMEROS 8
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS 8
HINO E SÍMBOLOS 8
HINO MUNICIPAL DE ARAQUARI 8
BRASÃO DE ARAQUARI 9
BANDEIRA DE ARAQUARI 10
ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO 10
CENTRO 11
CÂMARA DE VEREADORES DE ARAQUARI 13
CULTURA EM ARAQUARI 17
ALGUNS PONTOS TURÍSTICOS 18
BAIRRO AREIAS PEQUENAS 19
BAIRRO BARRA DO ITAPOCU 22
BAIRRO MORRO GRANDE 24
BAIRRO ITINGA 29
LOTEAMENTO SÃO BENEDITO 36
BAIRRO PONTO ALTO 37
BAIRRO PORTO GRANDE 39
BAIRRO COLÉGIO AGRÍCOLA 41
BAIRRO RIO DO MORRO 43
BAIRRO CORVETA 43
BAIRRO GUAMIRANGA 45
BAIRRO RAINHA 47
BAIRRO ITAPOCU 50
COMUNIDADE DO JACU 53
ASSENTAMENTO JUSTINO DRASZERSKI 57

HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA – O NEGRO EM ARAQUARI 54

POVOS INDÍGENAS DE ARAQUARI 59

REFERÊNCIAS 60

3
PREFÁCIO

Enfatizando e concordando que “Um povo sem o conhecimento de sua história, origem e
cultura é como uma árvore sem raízes.” Ressalto, dessa forma, a importância dessa obra,
produzida com o principal intuito de subsidiar os professores da Rede Municipal de Ensino, mas
que traz em suas linhas o desejo de ser utilizado como fonte de pesquisa a qualquer pessoa que
queira conhecer um pouco sobre a história de Araquari.
Há que se destacar o trabalho de pesquisa realizado pelos professores, especialistas e
coordenadores da Rede Municipal de Ensino de Araquari, sabemos que ainda temos muito a
avançar, porém este foi um passo importantíssimo para a realização de um livro que contemple
fatos relevantes pertinentes ao povo e a história de cada cidadão que contribui de forma direta ou
indireta para o pleno desenvolvimento dessa cidade.

4
No céu da minha terra
As estrelas parecem cristal
As flores são mais perfumadas
Beleza assim não há igual.

Amo Araquari
Terra querida
Amo Araquari
Terra da minha vida!

Minha terra tão amada


Que a minha vida conduz
Minha terra abençoada
E protegida por Bom Jesus

A natureza de beleza rara


Tem somente aqui
Cidade com essa cara
Só mesmo Araquari!

Autor: Eduardo Maia Pereira de Souza


Ex-aluno da EM João Agnelo Vieira

5
APRESENTAÇÃO

Como já enfatizou o escritor Nildo Lage: “A cultura de um povo é o seu maior


patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores, é permitir que as novas
gerações não vivam sob o anonimato.” É assim que este material revela sua importância à medida
que traz um pouco da história de Araquari.
Organizado com muito cuidado e carinho a partir do Projeto Viajando pelo Conhecimento
com o intuito subsidiar os professores, principalmente, dos 3º Anos do Ensino Fundamental, que
trabalham mais profundamente, a história e aspectos gerais do município de Araquari com seus
alunos.
Apesar de ser um assunto de extrema relevância, nos últimos anos, percebemos que
muitos professores da nossa Rede Municipal de Ensino, trabalhavam o tema sem ter maior
aprofundamento de informações, muitos não conheciam in loco as diversas comunidades que
compõem o município. Muitas vezes recebiam as informações sobre determinadas localidades no
momento da viagem de estudo realizada junto com seus alunos.
Dessa maneira e com o principal objetivo de capacitar os Professores dos Terceiros Anos
do Ensino Fundamental para desenvolver a temática sobre o Município de Araquari com
propriedade, construímos o projeto a partir de uma Viagem de Estudos, para que inicialmente os
professores fossem oportunizados a conhecer as diversas comunidades que compõem nossa
cidade.
Após pudemos discutir sobre alguns pontos importantes e durante o processo de formação,
proposta pelo projeto, puderam realizar em cada uma de suas comunidades o levantamento de
informações relevantes que hoje enriquece este material produzido por todos os envolvidos.

6
ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

O município de Araquari foi colonizado basicamente por imigrantes açorianos, que


chegaram ao litoral catarinense entre os anos 1748 a 1756, e desde então, a cultura açoriana
enraizou-se e caminhou de mãos dadas com as mais diversas culturas, como no caso a indígena e
a africana, ambas importantes nesta região criando assim, um mosaico cultural e religioso.
Como muitas cidades litorâneas do Estado de Santa Catarina, Araquari tem seu mito
fundador vinculado ao processo de ocupação européia na América, já na primeira fase das grandes
navegações. Segundo informações obtidas nos documentos disponibilizados pela Secretaria de
Cultura do município, sobre o surgimento da cidade, convencionou-se que a fundação européia de
Araquari situa-se 40 anos depois do descobrimento do Brasil.
O navegador espanhol Álvaro Nunes Cabeza de Vaca aportou onde hoje é Barra Velha e
incentivou a exploração da região norte, até então habitada por indígenas. A expedição reuniu 250
homens da confiança de Cabeza de Vaca, 40 cavalos, alguns escravos e um grupo de índios
catequizados pelos jesuítas. Um mês depois, chegavam a Araquari. A primeira denominação do
local foi Paranaguá-Mirim, que significa “boca de barra” (em tupi guarani), dada por Manoel
Vieira, e depois Paraty.
Em 1658, os primeiros bandeirantes portugueses fixaram-se na região, habitada por índios
carijós, mas a fundação efetiva da vila só aconteceu em 1848, quando uma nau portuguesa
aportou em Paraty sob o comando de Manoel Vieira, que ali fundou uma pequena colônia. A ele
teria se juntado outro pioneiro, de nome Joaquim da Rocha Coutinho. Os dois decidiram fundar
uma vila, mas não conseguiram chegar a um acordo quanto ao local.
O Juiz da Comarca de São Francisco decidiu em favor de Rocha Coutinho que mandou
construir casas às margens do rio Parati, cercando pastagens e plantações. Sendo ambos
considerados os fundadores da freguesia de Senhor Bom Jesus do Paraty em 1854, mas ainda
fazendo parte do município de São Francisco do Sul.
O arraial do Parati, como era chamada a localidade, pertencia a então vila de Nossa
Senhora das Graças do Rio São Francisco e foi elevada à categoria de freguesia (ou distrito) pela
Lei Provincial Número 375, de 8 de junho de 1854. O território compreendido entre os rios
Cubatão e Itapocú no município de São Francisco foi desmembrado da Paróquia de Nossa
Senhora da Graça, para formar a Freguesia Senhor Bom Jesus do Parati.
A Matriz da freguesia foi construída em terras doadas por Manoel Pereira Lima e sua
mulher. A emancipação política aconteceu no dia 05 de abril de 1876 e o primeiro prefeito,
Francisco José Dias de Almeida foi empossado somente em 1887. Em 1923, após muitos anos de
vida autônoma, Paraty perdeu a condição de município e voltou a fazer parte de São Francisco do
Sul.
Durante este período Parati era administrada por um Conselho Municipal (espécie de
Câmara de Vereadores), composto por cinco membros: Crispim Henrique Ferreira (presidente),
Jovenal Pereira Walter, Hercílio Rosa, Onofre José Bernardes e Emílio Manoel Junior. E somente
em 1925, o distrito voltou à categoria de Cidade.
De acordo com o Decreto Lei Nº. 941, de 31 de dezembro de 1943, passou a chamar-se
Araquari (rio de refúgio dos pássaros, em tupi-guarani), o nome foi dado em função do canal que
serve de divisa entre os municípios de Araquari e São Francisco do Sul, onde em seus banhados
habitavam expressiva quantidade de aves aquáticas como biguás, garças, socós, gaivotas e outros
tipicamente terrestres como a araquã.
Em mapas antigos, o nome é grafado como Lecori, Ancori, Lencori, Aracoary e Araquari,
a grafia exata provavelmente provém de “ará” (papagaio grande); “quara” ou “cuara” (buraco,
garganta, refúgio) e “y” (água).

7
ARAQUARI EM NÚMEROS:
Localização no Brasil: 26° 22′ 12″ S 48° 43′ 19″ O
Unidade Federativa: Santa Catarina
Mesorregião: Norte Catarinense IBGE/2008[1]
Microrregião: Joinville IBGE/2008[1]
Municípios Limítrofes: Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Guaramirim, Joinville,
Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú.
Distância até a capital: 169 km

CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS:
Área da unidade territorial (km²): 383,993
População: 29.593 hab. Censo IBGE/2013
Densidade: 64,61 hab./km²
Altitude: 9 m
Clima: Mesotérmico úmido, com verão quente

HINO E SÍMBOLOS

A Lei Ordinária nº 1318/1996 aprova o Hino Municipal de Araquari de autoria de Letra:


Dauro Stazak; Música: Jairo Basílio Espindula e Rui José Gaspareto após a participação em um
Concurso para a escolha da letra do Hino Oficial de Araquari.
Dauro Stazak - nasceu em São Francisco do Sul em 09/10/1934, filho de Francisco Stazak
e Maria Ramos Stazak.
Jairo Basílio Espíndula – natural de São Francisco do Sul, nasceu dia 14/06/1954, casado
com Noemi Maria Espíndula com quem teve dois filhos.
Dauro Stazak e Jairo Basílio Espíndula, amigos de longa data, sendo o primeiro um poeta
e o segundo um músico, sendo esta, à combinação perfeita para a criação do Hino deste
Município, para tanto, contaram com o auxílio do Mestre da Banda do 62º Batalhão de Infantaria -
Joinville, Capitão Rui José Gaspareto para fazer os arranjos musicais.

HINO MUNICIPAL DE ARAQUARI


Letra: Dauro Stazak
Música: Jairo Basílio Espindula e Rui José
Gaspareto

Araquari, minha terra querida


Junto às margens do Rio Parati
És tesouro, orgulho e guarida
Desta gente que vive por ti.
Desde o arrojo dos teus fundadores
Ao trabalho de lusos e escravos, E nas campinas de chão verdejantes,
Braços fortes de teus pescadores Os colonos plantando ali
Nos legaram este povo tão bravo. Com amor e as mãos calejadas,
Todos frutos sagrados pra ti.
Terra virgem, campos e montes, A alegria estampada na fronte
Primavera, feliz floração… Deste povo garboso e aguerrido;
És tão pura qual água das fontes São prenúncios de um novo horizonte
A regar o meu coração. Do meu berço tão belo e querido.
E na praça central da cidade
Sob o teto da Igreja Matriz,
Bom Jesus abençoa a igualdade
De teu povo altivo e feliz.
8
BRASÃO DE ARAQUARI

Um Brasão é um conjunto de sinais, insígnias e ornamentos do escudo que representa


aspectos econômicos, físicos e culturais de um município, estado ou país.
O Brasão de Araquari foi instituído pela Lei nº 1245 de 23/11/1994, alterando a Lei nº
473/1975, que traz em seu Artigo 1º o seguinte texto:

“Fica instituído o novo Brasão das Armas do Município, ou seja, as Armas


Municipais, criadas pela Lei nº 473 de 01 de Agosto de 1975, devendo o
Brasão conter as seguintes medidas:
O cantão superior direito terá o tamanho de 3,5 (três e meio) módulo de
largura, por 3 (três) módulos de altura, tendo ao centro o sol nascendo no
horizonte do oceano, representa o Balneário de Barra do Itapocu,
ocupando por inteiro este módulo. O cantão superior esquerdo terá as
mesmas medidas do direito, tendo ao centro a figura de um Bandeirante
Português, proporcionalmente distribuído.
Ao centro do Brasão estará contido o Rio Paraty, dividindo os campos
superiores do campo inferior, com a largura de 1 (um) módulo.
A parte inferior do Brasão estará representando os produtos que fazem a
economia do Município.
Estarão representadas as lavouras de Banana, Maracujá e a Pecuária
através da pastagem representada pelo campo verde, bem como os
reflorestamentos de Pinus Heliótis.
Contornado a parte inferior do Brasão estarão contidas espigas de arroz,
representando a maior fonte de economia do Município.
Sobre o Brasão das Armas teremos uma torre representando a soberania do
Município.”

9
BANDEIRA

A Lei Ordinária nº 471 de 01/08/1975 instituiu a Bandeira Municipal de Araquari, que


diz em seu artigo 1º
“Fica instituída a Bandeira Municipal, que tem a seguinte descrição
heráldica: dividida em dois campos iguais, no sentido horizontal, sendo o
campo superior na cor vermelha e o campo inferior na cor azul, tendo
brocante sobre o ponto de honra o Brasão das armas do Município, no
centro da Bandeira.”

ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE


MUNICIPAL DE ENSINO

 CEI ANTENOR SPROTTE


 CEI BRUNO MAGALHÃES
 CEI CRIANÇA BELA
 CEI JOÃO GERALDO CORRÊA
 CEI JOÃO IGNÁCIO FILHO
 CEI JOÃO LUIZ DO ROSÁRIO
 CEI LINDOLPHO JOSÉ DA SILVA
 CEI MARIA DE LURDES MAX
 CEI PEQUENO ANJO
 CEI PEQUENO PRÍNCIPE
 CEI PROFESSORA JANAINA ESTELA DE OLIVEIRA
 CEI PROFESSORA MARIZE TRAVASSO
 CEI SANTO ANTÔNIO
 CEI VOVÓ BRANDINA
 CEI VOVÓ CANTINHO DA JUSTINA
 ESCOLA MUNICIPAL AMARO COELHO
 ESCOLA MUNICIPAL ANTENOR SPROTTE
 ESCOLA MUNICIPAL CRISTINA MARLI ZIPF RIBEIRO
 ESCOLA MUNICIPAL E CEI JOÃO SERAFIM TIMÓTEO
 ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO JABLOSKY
 ESCOLA MUNICIPAL JOÃO AGNELO VIEIRA
 ESCOLA MUNICIPAL PONTO ALTO
 ESCOLA MUNICIPAL ROSALVO FERNANDES
 ESCOLA MUNICIPAL SÃO BENEDITO
10
CENTRO
No centro da cidade encontramos basicamente tudo que precisamos de fácil acesso e
locomoção. Prefeitura, Lojas e Comércios, Bancos, Posto de Saúde e Pronto Atendimento,
Delegacia, Fórum, Santuário Senhor Bom Jesus, Largo da Carioca entre outros. Encontramos
ainda dois Centros de Educação Infantil e uma Escola de Educação Básica.

Prefeitura Municipal de Araquari e Secretaria Municipal de Educação


Fonte: http://catarinas.info

Pronto Atendimento – Prefeito Aci Ferreira de Oliveira


Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/02/prefeitura-de-araquari-cancela-
festa-de-aniversario-e-carnaval-na-cidade.html

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ALMIRANTE BOITEUX

Fonte: http://www.sicop.sc.gov.br/mapavivo/relatorioAction.do?nuTitulo=1028974
11
Fórum Comarca de Araquari -
https://portal.tjsc.jus.br/web/sala-de-imprensa/-/tribunal-de-justica-instala-nova-unidade-do-cejusc-
na-comarca-de-araquari

Câmara de Vereadores de Araquari


Fonte: http://polopoly10.suitasistemas.com/preview/www/

Santuário Senhor Bom Jesus de Araquari - Centro


Fotografado por Carla - Abril/2017

12
Rio Parati - Centro
Fotografado por Carla - Abril/2017

Largo da Carioca - Centro


Fotografado por Carla - Abril/2017

CÂMARA DE VEREADORES DE ARAQUARI


A Câmara Municipal de Araquari, também conhecida como Poder Legislativo, é uma
instituição pública político-administrativa do Município, sendo composta por representantes
do povo, eleitos pelo sistema proporcional.
Dentro de sua área de atuação, a Câmara Municipal propõe, delibera e vota Projetos de Leis,
Projetos de Decretos Legislativos, Projetos de Resoluções e demais matérias, garantindo
qualidade de vida da comunidade.
A Câmara Municipal tem função legislativa, de fiscalização financeira, orçamentária e
patrimonial, de controle externo do Executivo, de julgamento político-administrativo, este de
acordo com a legislação pertinente, de organização e administração dos seus assuntos internos
e de gestão dos assuntos de sua economia interna.

É constituída por 13 vereadores eleitos pelo voto popular.


13
Vereadores eleitos - 2017/2020:

 Adelir Antônio Ramos


 Altair Aparecido Tobias
 Celio Gomes
 Cristiano Bertelli
 Emerson Cezar Vieira
 Jeferson Dias da Silva
 João Sebastião da Silva
 Liniquer Paulini
 Márcio Corrêa
 Osmar Della Justina
 Sanderlei de Jesus Duarte
 Sidnei Xavier (Presidente da Câmara de Vereadores)
 Silvio Umbelino

ESPAÇO DA MEMÓRIA PADRE ANÍBAL CÍRICO - O Espaço da Memória de Araquari


está localizado na Avenida Nereu Ramos, nº 101, no Centro da cidade. No local é possível
verificar fotos e documentos antigos da cidade, assim como ferramentas, utensílios
domésticos, entre outros objetos que fazem parte da história de Araquari.

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA - A Estação Ferroviária de Araquari foi inaugurada em 1910 e


era utilizada como parada por um trem turístico à vapor que passava pelo trecho de Rio
Negrinho.

14
MACUQUINHA - A locomotiva alemã foi trazida para Araquari em 1905 com o objetivo de
transportar lenha, contudo, nunca foi utilizada. A locomotiva agora faz parte da história da
cidade e fica exposta ao lado da igreja Matriz de Araquari.

Fonte: http://www.turismo.araquari.sc.gov.br/c/museus

Biblioteca Municipal Victor Antônio de Oliveira


Fonte: http://www.araquari.sc.gov.br/noticia/2058/biblioteca-municipal-infantojunvenil-tem-contacao-
de-historia-na-programacao-especial-para-criancas

Casa de Cultura Theodoro Martins Xavier


Fonte: http://www.folhadearaquari.com.br/araquari/alunos-da-funda%C3%A7%C3%A3o-de-cultura-
de-araquari-apresentam-espet%C3%A1culo-madagascar-no-pr%C3%B3ximo-s%C3%A1bado-
1.1947086
15
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ANTENOR SPROTTE
Fundado em 01 de março de 1987 o CEI Antenor Sprotte conta hoje com 26 funcionários e
atende aproximadamente 83 crianças de quatro meses a dois anos e onze meses de idade. Ele
surgiu a partir da necessidade apresentada pela comunidade em ter um lugar adequado para
deixar os filhos enquanto as mães partiam para mais uma jornada de trabalho.

Centro de Educação Infantil Antenor Sprotte – Centro


Foto Tirada por Carla Meire - Maio 2017

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL VOVÓ BRANDINA


O Centro de Educação Infantil Vovó Brandina foi inaugurado na Rua Bom Jesus no Centro de
nosso município no dia 27 de março de 2010, com o intuito de melhor atender crianças com
idade de três a quatro anos. Para melhor atender nossas crianças o CEI foi reinaugurado em
maio de 2013, localizando-se atualmente na Rua Coronel Almeida no mesmo bairro.
O CEI recebeu este nome em homenagem a Senhora Brandina Almeida na qual era conhecida
na época como a Vovó do picolé. Era uma senhora simpática, alegre e carinhosa. Pois fazia
seus picolés com amor e dedicação.
Esta Instituição conta hoje com 17 funcionários que juntos formam uma equipe responsável
pelo atendimento de aproximadamente 110 crianças.

Centro de Educação Infantil Vovó Brandina– Centro


Foto Carla Meire- Maio 2017
16
CULTURA EM ARAQUARI

FESTAS - Araquari se orgulha em promover as festas mais conhecidas da região norte de


Santa Catarina.
Além das Festas mais conhecidas há também as festas religiosas dos padroeiros das
comunidades católicas e outras organizadas por igrejas evangélicas, associações e prefeitura.

Festa do Senhor Bom Jesus de Araquari – Padroeiro amado do município e de muitos


romeiros que anualmente se deslocam para Araquari, em busca de milagres e proteção, ou
mesmo para agradecer uma graça recebida. Foi pela força da fé que nossa cidade se tornou
conhecida por celebrar a Festa do Senhor Bom Jesus de Araquari. Durante as celebrações,
centenas de fieis pagam suas promessas e seguem em procissão. A festa tem início no dia 28
de julho e segue até o dia 6 de agosto, recebendo pessoas de diversas cidades. Além das
novenas, missas e procissões, o evento que é uma data especial para a cidade, uma data
histórica e de representação de fé, também conta com feiras de artesanato e comidas típicas.

Festa do Senhor Bom Jesus – Centro

A Festa do Maracujá – A primeira Festa ocorreu em abril de 1995, o evento marca a cidade
de Araquari que é conhecida pela produção do fruto em grande escala e chegou a se tornar a
“Capital Catarinense do Maracujá”. O evento dura em média cinco dias e conta com shows
nacionais, shows regionais, apresentações culturais e muita comida típica. A festa atrai
milhares de visitantes e em sua última edição, alcançou aproximadamente 250 mil pessoas.
Oferece, além de doces, crepes e bebidas a base de maracujá, uma culinária com diversos
pratos. Os visitantes do evento encontraram um comércio diversificado com roupas,
acessórios e utilitários, plantas e também muitas atrações como parque de diversões e shows
com artistas regionais e nacionais.

Festa do Maracujá

Stammtisch – Na cultura alemã e austríaca é um local de encontro reservado para reunir


pessoas para conversar, comer, beber e até fechar negócios. Dessa forma no ano de 2013,
Araquari deu início também a sua primeira Stammtisch, a conhecida festa dos amigos que vai
acontecer anualmente. Em sua primeira edição, a festa recebeu mais de 3 mil pessoas.
Organizada em tendas, na Praça do Centro da Cidade obteve a característica de uma festa

17
informal, criada para a confraternização entre seus visitantes e garantiu boas conversas, risos e
diversão.
A festa é organizada com o apoio da Prefeitura, Secretaria de Turismo, Lazer e Esportes,
Associação de Micro e Pequenas Empresas de Araquari e Balneário Barra do Sul (AMPE) e
da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Araquari (ACIAA).

Fonte: https://ndonline.com.br/files/images/2016/06/06-06-2016-14-58-16-stam-araq.jpg
4ª Edição da Stammtisch de Araquari -2016

Festa do Caranguejo – Como uma cidade de colonização açoriana e tendo em sua história e
cultura a pesca e a extração de caranguejos, em 2014, a cidade realizou por meio da Secretaria
de Turismo, Lazer e Esportes, a sua primeira edição da “Festa do Caranguejo”. O evento
recebeu mais de duas mil pessoas e aconteceu às margens do Rio Parati. Apresentou diversos
pratos preparados com o crustáceo e também algumas variedades com camarão ou marisco.
Enquanto o visitante saboreava a culinária, também se divertia com as atrações musicais.

Festa do Caranguejo

Alguns dos Pontos Turísticos de Araquari


Araquari possui uma grande variedade de opções para o visitante conhecer e apreciar. Entre
os mais conhecidos e tradicionais, está o Santuário Senhor Bom Jesus, no centro da cidade,
que é um local de turismo religioso. Além deste, há inúmeros outros, como o Rio Parati, o
Largo da Carioca e a Estação Ferroviária, também no centro. O Canal do Linguado, às
margens da BR-280, a réplica da Nau do Descobrimento do Brasil, às margens da BR-101, no
bairro Rainha. As quedas d’água e a lindíssima igreja do Guamiranga também são pontos do
município que merecem uma parada para apreciar, assim como, a Praia da Barra do Itapocu.
Em nossa cidade, cada cantinho tem o seu valor.

Santuário Senhor Bom Jesus de Araquari


18
Salto do Guamiranga

Rio Parati

Ponte Pênsil da Barra do Itapocu

BAIRRO AREIAS PEQUENAS


HISTÓRICO

O Bairro Areias Pequenas está situado às margens da BR 280, com uma população
aproximada de 85 famílias. A origem do nome do bairro deve-se ao pequeno porto de
pescadores e pequenas dunas de areias. A comunidade tem uma ligação forte com os
moradores do Linguado, por ter muitos amigos e parentes. Os moradores deram um apelido
ao bairro e muitos chamam carinhosamente de “Zareias”. As primeiras famílias que fizeram
parte da história do bairro foram: Fernandes, Budal, Gomes, Costa e Mendes.
No bairro encontramos Pesque Pague, Restaurante, Centro de Educação Infantil, Escola,
Igrejas, Mercearia e Empresas.

ECONOMIA - Com o desenvolvimento do município de Araquari o bairro cresceu e também


evoluiu. Hoje a principal atividade econômica é o trabalho em empresas locais e fora do
município.
19
As indústrias e comércios que se destacam são:

Empresa Q’Limpa Indústria e Comércio de Produtos de Limpeza


Foi fundada em 2006, mas a marca Lírio do Campo já existe há dezessete anos no mercado.
A empresa surgiu com o objetivo de industrializar e comercializar produtos de limpeza de
excelência no mercado, priorizando sempre o custo-benefício ao cliente.

Empresa Q Limpa– Areias Pequenas Restaurante Don Vígolo- Areias Pequenas

ANJUU Importação, Exportação e Comércio de Confecções LTDA.


Cocada Domingos - Pequeno comércio local onde se encontra produtos de primeira necessidade.

Mercearia Domingues-Areias Pequenas


Foto tirada pela moradora Delir da Costa

Pesque e Pague do Sinuelo - O local proporciona atividade ao ar livre, recreação e fitness.


Ambiente agradável para trazer a família.

Pesque Pague Sinuelo Areias Pequenas


20
ETNIA - Predominante nessa região a etnia negra.

RELIGIÃO - Na comunidade de Areias Pequenas existem três igrejas: Comunidade Santa Efigênia
(Católica), Assembleia de Deus e Nascer em Cristo. Porém, a religião predominante é a Católica.

CULTURA - No mês de setembro acontece a festa da padroeira, Santa Efigênia, que é


homenageada pela Igreja Católica. Conforme relato de moradores antigamente grupos de roda de
samba, de pau-de-fitas e terno de reis animavam a festa. Esses grupos se extinguiram e hoje a festa
é celebrada no salão da igreja, com novenas, cortejos e missas.

ESCOLA MUNICIPAL ROSALVO FERNANDES


A Escola Municipal Rosalvo Fernandes está situada na Rua Antônio Miguel Budal no Bairro de
Areias Pequenas, número 480.
Criada pela Lei nº 983/90 de 22 de novembro de 1990. Recebeu o nome em homenagem a um
morador da comunidade, senhor Rosalvo Fernandes, conhecido por todos como Seu Teté. Pescador,
advindo das primeiras famílias residentes no bairro, fez uma doação para a construção da primeira
escola, que teve o número de crianças aumentando sendo necessária a mudança para um espaço
maior.
Hoje a escola atende aproximadamente 510 alunos, procedentes das comunidades de Barrancos,
Linguado, Areias Pequenas, Volta Redonda e Centro. Os alunos destas localidades utilizam-se do
transporte escolar oferecido pela prefeitura do município.
O resultado da pesquisa realizada entre os 135 alunos dos 3º Anos quanto ao atendimento às
comunidades ficaram assim distribuídas:

Areias Pequenas 15 alunos


Barrancos 5 alunos
Linguado 3 alunos
Volta Redonda 35 alunos
Centro 77 alunos

Podemos observar que a metade dos alunos que foi realizada a pesquisa são do Centro e que
a maioria desses, não são famílias de Araquari. Com o grande número de empresas que vieram se
instalar no município, muitas pessoas estão vindo de vários lugares do estado e até mesmo do país
com o sonho de conseguir um emprego.

Escola Municipal Rosalvo Fernandes - Bairro Areias Pequenas


Fotografada por Carla - Abril 2017
21
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL PEQUENO PRÍNCIPE
O Centro de Educação Infantil foi criado em 2012, possui três salas e atende 54 crianças na faixa
etária dos quatro meses a cinco anos de idade, das comunidades de Areias Pequenas, Entrada da
Barra, Barrancos, Volta Redonda e Rua João Luiz Filho (Inferninho).

Centro de Educação Infantil Pequeno Príncipe – Areias Pequenas


Foto Tirada por Carla Meire - Maio 2017

BAIRRO BARRA DO ITAPOCU


HISTÓRICO

Este bairro está localizado na Estrada Geral da Barra do Itapocu, situado às margens do Rio
Itapocu e a Lagoa da Cruz. O bairro Barra do Itapocu tem este nome, porque nele está situada a foz
do Rio Itapocu, também chamada Boca da Barra.
Para ter acesso ao bairro de Barra do Itapocu, segue-se pelo Viaduto do Itapocu, nas
margens da BR 101, seguindo pela Estrada Geral e tomando como rumo à esquerda na bifurcação
(divisa da Barra do Itapocu/Morro Grande). Acesso que também se dá ao município vizinho de
Balneário de Barra do Sul.
Como opção, os moradores desta localidade locomovem-se através de ônibus do transporte
urbano - intermunicipal, com saída do bairro Itinga, passando pelo município de Balneário de Barra
do Sul, e posteriormente, encerrando seu trajeto no município de Barra Velha.

ECONOMIA - Tem como principal atividade econômica e fonte de renda, a pesca


artesanal. A agricultura também faz parte da economia local. Mas hoje, muitos moradores
trabalham em grandes empresas localizadas dentro e fora do município.
Na localidade, há poucos comércios: mercearia, agropecuária, material de construção,
panificadora, lanchonete, mercado, sorveteria, restaurante e comércio de pescados.

TURISMO - Este bairro tem o privilégio de ser o único do município a ser banhado pelo
Oceano Atlântico. Sua praia é um dos pontos turísticos deste bairro, tendo como principal acesso, a
Ponte Pênsil. Ponte esta, que também é um dos cartões postais desta localidade.

22
A praia da Barra do Itapocu está localizada na lateral da Estrada Geral da Barra do Itapocu.
Por estar num local privilegiado, a praia da Barra do Itapocu ainda é um lugar tranquilo e de imensa
beleza.

ETNIA - Predomina a etnia açoriana.

RELIGIÃO - A população desta localidade é predominantemente Católica Apostólica


Romana, seguida de outras religiões.

CULTURA - Entre as características culturais deste bairro que são significativas destaca-se
a Festa da Sagrada Família (Padroeiro da Comunidade Católica). Geralmente é realizada no 1º
domingo de Janeiro.
O Grupo da “Melhor Idade” (3ª Idade) - realiza algumas atividades com a comunidade,
promovendo cafés com sorteio de brindes, tarde dançante e outras manifestações culturais.

ESCOLA JOÃO SERAFIM TIMÓTEO


A Escola Municipal João Serafim Timóteo está situada na Estrada Geral da Barra do
Itapocu, número 8005.
Esta escola primeiramente chamava-se Escola Isolada Máquina, assim denominado, por
funcionar neste local, uma máquina de bater arroz, utilizada como ponto de referência. Em 22 de
março de 2001, pela Lei Municipal 1571/2001, a Escola Isolada Máquina passou a denominar-se
Escola Municipal João Serafim Timóteo. Uma homenagem póstuma ao ilustre Cidadão
Araquariense, que sempre viveu nesta localidade, desde o nascimento em 08/01/1919, até o seu
falecimento em 20/07/1997.

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL JOÃO SERAFIM TIMÓTEO


Estando nosso município em pleno desenvolvimento e após um estudo realizado na
comunidade, viu-se a necessidade e o desejo da instalação de um espaço destinado às crianças.
Desta forma, as mães poderiam deixar seus filhos na creche, aumentando assim a renda familiar.
Depois de algumas adaptações foram iniciadas as atividades no dia 09 de abril de 2012 e
pela Lei Ordinária 2675/2012, fica denominado Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo.
O Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo, funciona junto às dependências da
Escola Municipal João Serafim Timóteo. Esta organização é possível porque na Escola Municipal
João Serafim Timóteo o atendimento era realizado apenas para as turmas de Pré II e o 1º Ano.
Então, surgiu espaço para as turmas do Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo.

Escola e Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo - Barra do Itapocu


Foto cedida: Simone Amábile Fiamoncine de Souza

23
BAIRRO MORRO GRANDE
HISTÓRICO

Este bairro está localizado na Estrada Geral do Morro Grande, situado às margens do Rio
Itapocu, fazendo divisa com a Rodovia BR 101.
Segundo pesquisa realizada com os pais da comunidade, não há registros oficiais sobre o
nome que deu origem ao bairro. As informações dos moradores locais atribuem o nome, ao fato de
existir no local um grande morro.
A população da localidade é composta de aproximadamente 185 famílias.

ECONOMIA

A principal atividade econômica é a pesca artesanal, seguida da agricultura: com plantações


de hortaliças.
As indústrias que se destacam são:
 Fibratec: Fábrica de piscinas em fibra;
 Pedras Morro Grande: Que trabalha com extração de pedras;
 GS Extração e Mineração de Areia: Extração de areias;
 Cubatão Dragagem Ltda: Dragagem do rio;
 Porto de Areia Santa Maria: extração de areia.
No comércio local, destaque para: mercados, loja de roupas, bares e venda de pescados.

TURISMO - Este bairro conta com o Hotel Fazenda Morro Grande. Aberto para eventos
particulares da região.

ETNIA - Predomina a etnia açoriana.

RELIGIÃO - A população desta localidade é predominantemente Evangélica, seguida dos


Católicos Apostólicos Romanos.

CULTURA - A Festa de São Sebastião (Padroeiro da Comunidade Católica). Geralmente é


realizada no mês de Janeiro.
Algumas atividades culturais também são realizadas pela Associação de Moradores do
bairro.

ESCOLA MUNICIPAL ANTENOR SPROTTE


A primeira escola do Morro Grande estava situada no terreno do Senhor José de Olinda. Era
de madeira, possuía um formato bangalô e seu teto era de palha. Segundo registros antigos, a escola
começou suas atividades no ano de 1949.
Por volta de 1965, foi construída pelo governo estadual uma nova escola: sem cozinha, com
banheiro de madeira, também conhecida como “patente”. Os alunos que frequentavam a escola,
naquela época, ainda tinham que enfrentar caminhadas a pé, por vezes, descalços, andando por
picadas feitas para passagem de carroças, até chegarem à escola.
O terreno onde se localiza a atual escola foi doado pelo Senhor Sabino Vicente da Silva e
Senhora Candinha da Silva. A escola foi construída com paredes de alvenaria, mas não tinha
cozinha, nem banheiros instalados. Depois de algum tempo, foi reformada e ampliada.
No ano de 1989, iniciou o convênio da municipalização entre os governos estadual e
municipal, fato que favoreceu a administração mais direta. Este convênio durou dez anos, sendo que
em seu término a escola passou a ser municipal.

24
É importante ressaltar que esta escola já teve nomes diferentes;
 Escola Mista de Morro Grande;
 Escola Isolada Estadual de Morro Grande;
 Escola Reunida Antenor Sprotte;
 Escola Isolada Antenor Sprotte;
 E nos dias atuais: Escola Municipal Antenor Sprotte.
As professoras que lecionaram na primeira escola foram a Professora Emília Borba
Carvalho e a Professora Maria do Carmo Magalhães.
No ano de 2000, a Escola Municipal Antenor Sprotte deixou de ser multisseriada, pois foi
feita uma nucleação com a Escola João Serafim Timóteo (Barra do Itapocu), na qual os alunos do
Morro Grande e da Barra do Itapocu formariam turmas únicas em cada unidade escolar.

RELATO DE MEMÓRIA - Cemitério Comunitário do Morro Grande


Ricardo da Costa
(Professor e Morador a 38 anos do Bairro da Barra do Itpocu)

No início da colonização do nosso município, na comunidade do Morro Grande e arredores


da região não havia cemitério. O único cemitério da região ficava situado às margens da Lagoa da
Cruz, lagoa esta, que faz divisa entre a comunidade da Barra do Itapocu, Araquari e a Lagoa da
Coroa Grande em Barra Velha.
Como o cemitério ficava às margens da lagoa, era preciso descer o Rio Itapocu para realizar
os enterros dos mortos na região.
Os corpos eram transportados em canoas até o local do sepultamento, que na maioria das
vezes era tarefa difícil. A influência das marés e dos ventos tornava o cortejo arriscado e perigoso,
pois havia grande possibilidade das canoas afundarem antes de chegar ao local dos sepultamentos.
Na maioria das vezes, os corpos eram levados apenas por duas pessoas, pescadores da
comunidade.
Essa condição de sepultamento ocorreu por muitos e muitos anos.
Diante das dificuldades que os moradores encontravam para enterrarem seus entes queridos,
começou-se a pensar na alternativa de construir um cemitério na comunidade do Morro Grande,
onde pudesse atender a população do Morro Grande e da Barra do Itapocu. Então, alguns moradores
do Morro Grande foram até a Prefeitura Municipal de Araquari pedir autorização ao Prefeito da
época Senhor Higino Aguiar, o mesmo concordou com a hipótese, desde que houvesse um local
apropriado para a construção do cemitério.
Após acordo firmado com o prefeito e os moradores da comunidade do Morro Grande, o
Senhor Sabino Vicente da Silva, prontificou-se a doar as terras para a instalação do cemitério.
Nas terras doadas por esse importante morador, foi construído o cemitério e a atual escola da
comunidade, ficando a Escola Municipal Antenor Sprotte, localizada nos dias atuais, na frente do
terreno doado pelo Senhor Sabino Vicente da Silva.
Aos fundos, está localizado o Cemitério Comunitário do Morro Grande, fundado no dia
10/02/1959, pelo Senhor Joaquim Batista. (✮14/10/1900 †23/12/1981).
O primeiro sepultamento feito neste cemitério foi o corpo de uma menina de dois anos e
nove meses de idade, no ano de 1959.
Nos dias atuais a comunidade do Morro Grande possui o cemitério em regime comunitário.
Administrado por uma comissão própria e mantida com recursos arrecadados dos associados. Por
ser comunitário atende as comunidades da Barra do Itapocu e do Morro Grande.

25
FOTOS - BARRA DO ITAPOCU

Praia da Barra do Itapocu – Surfistas / Lagoa da Cruz – Barra do Itapocu


Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017 Fonte: Google

Barco de Pesca – Praia da Barra do Itapocu / Praia da Barra do Itapocu


Fotografado por Gilberto Menegazzo - Abril/2017 Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017

Lagoa da Cruz / Fotografada por Gilberto Ponte Pênsil


Menegazzo - Abril/2017 Fonte: Instituto de Previdência Social dos
Servidores Públicos de Araquari – IPREMAR

Lagoa da Cruz / Fotografada por Gilberto Ponte Pênsil


Menegazzo - Abril/2017 Fonte: Instituto de Previdência Social dos
Servidores Públicos de Araquari – IPREMAR
26
Lagoa da Cruz - Barra do Itapocu - Foto cedida:
Vista da Praia para o Continente
Josilene Maria Ramos Nunes
Barra do Itapocu

Foto da Lagoa da Cruz (ao fundo a Ponte Pênsil) Canoas – Margem da Lagoa da Cruz - Barra do
Itapocu - Foto cedida: Josilene M. Ramos Nunes

Surfista no Molhe de Pedras Praia Barra do Ponte Pênsil


Itapocu - Foto cedida por Silvana Margaret Barra do Itapocu - Foto: Gilberto Menegazzo
Amândio

Molhe de Pedras
Surfista - Praia da Barra do Itapocu
Barra do Itapocu - Foto cedida por Silvana
Foto cedida por Silvana Margaret Amandio.
Margaret Amandio
27
FOTOS: MORRO GRANDE

Escola Municipal Antenor Sprotte - Acervo da Escola

Escola Municipal Antenor Sprotte - Acervo da Escola

Pescador Lagoa da Cruz (Morro Grande)

Fabricação de Esteiras
Morro Grande - Fonte: Facebook
28
BAIRRO ITINGA
Professores EM Francisco Jablonsky
Itinga é um termo de origem Tupi que significa “água branca”, através da junção dos termos
y =água e Ting = branca.
Nos anos 60 existiam poucos moradores no bairro que tinham na lavoura sua subsistência.
Plantavam milho, mandioca, feijão e principalmente arroz.
Uma vez por semana, às sextas-feiras, esses colonos, em comboio, faziam percurso de 12
km até Joinville para então venderem seus produtos, como batata, laranja, banana, milho verde,
palmito, lenha em feixe e carvão. Na volta traziam bucho de boi, cabeça, mocotó, fígado, fazendo
uma parada na venda do João Raulino, considerada parada obrigatória e um local onde os colonos
confraternizavam e aproveitavam para contar vantagem e negociar cavalos.
A madeira era retirada com a força das juntas de bois, que apesar de mais lentos tinham
mais resistência que os cavalos. A lenha era retirada da mata nativa e vendida em metros para as
indústrias de Joinville.
Engenho de farinha e cana também existia no bairro e era local dos jovens se reunirem para
em ritmo de mutirão raspar mandioca para fabricação de farinha.
Na época, o Senhor Virgílio da Maia era o inspetor do quarteirão, responsável por garantir a
segurança e combater pequenos delitos.
A Senhora Helena Soares, era benzedeira e parteira do bairro. No esporte, o Olaria Futebol
Clube era a diversão aos domingos.
O rio Taquarimbo era o marco divisório entre Araquari e Joinville. Atualmente o limite
avança em 1 km em direção a Joinville.
Somente em 1972 que viria a luz elétrica e com ela os primeiros televisores. E em 1976
surgiram os primeiros loteamentos: São José, Santo Antônio, Santa Maria, São Benedito, Parati,
fato que possibilitou o desenvolvimento do bairro.
O Itinga tem uma população estimada em 15.363 habitantes tornando-o o bairro com o
maior número de pessoas. Localizado na SC 301, limita-se com o município de Joinville.
Atualmente algumas empresas se destacam no bairro: CliniLaves, Fundição Icaro Ltda,
Durín Indústria de Plásticos Ltda. No comércio temos o Supermercado Albino, Miquelute e Xavier
Material de Construção, Centro Comercial, Alan Churrascaria e Pizzaria, Restaurante do Gil,
Farmácia Joinvillense, Farmácia do Gilson,
A sociedade Esportiva de Lazer Lickfett foi fundada por Eduardo Lickfett e teve seu
primeiro jogo em 1950, possuindo 22 troféus no total. Futebol de campo, vôlei e society são as
modalidades esportivas desenvolvidas. Atualmente o campo é frequentado pelos veteranos aos
sábados e os mais novos aos domingos.
No sítio Coradelli há 17 lagos para pesque-pague, além de lanchonete e churrasqueira.

O Parque Aquático Vanuza é considerado um dos pontos turísticos do bairro. Recebem, nos
meses de verão, visitantes de segunda a segunda, sendo a maioria de Joinville e do Paraná. O
Parque está de acordo com as normas de segurança, com grades que separam as piscinas e os salva-
vidas. No Parque Aquático Vanuza, encontra-se áreas de lazer com piscinas, toboáguas, campo de
futebol e restaurante.

Parque Aquático Vanuza


29
O bairro Itinga possui 2 postos de saúde, Unidade de Saúde Nicanor Corrente localizado no
loteamento São José e Unidade de Saúde Geny Westrupp Kunhen localizado no loteamento Jardim
Gustavo.

ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO JABLONSKY


A Escola Municipal Francisco Jablonsky foi inaugurada no dia 20 de abril de 2007. Contava
com 6 salas de aula, secretaria, direção, sala de professores, depósito, cozinha e banheiros.
No ano de 2011 foi ampliada com mais 8 salas de aula.
Atualmente conta com 15 salas de aula, 1 sala de aula adaptada com divisória, sala de
direção, sala de especialistas, sala dos professores, secretaria, biblioteca, cozinha, depósito e
banheiros.
Somos no total de 49 funcionários e atendemos 871 crianças.

Francisco Jablonsky nasceu dia 11 de outubro na cidade de Anápolis no ano de 1928. Veio
para Araquari em 1953, estabelecendo-se no bairro Itinga onde trabalhou por seis anos como
lavrador em suas próprias terras.
Após algum tempo conheceu uma jovem descendente de alemães chamada Hilmgarth Beier,
com quem casou em 1956.
Participou durante muito tempo da comunidade São José organizando mutirões para a
limpeza da Escola Estadual São José do Itinga, atualmente E.E.B. Prefeito Higino Aguiar, onde
seus filhos e netos estudaram.
Conhecido como seu Chico era uma pessoa especial de grande educação, coração e muita
honestidade. Era amado por todos os seus amigos.
Sua morte em 12/08/2000 foi motivo de grande tristeza para os que o cercavam.
30
Foto do Senhor Francisco Jablonsky e família.

Centro de Educação Infantil Criança Bela


O Centro de Educação Infantil Criança Bela, foi fundado em 20 de novembro de 1987 e
surgiu da necessidade apresentada pela comunidade do bairro Itinga em ter um lugar adequado para
deixar seus filhos enquanto suas mães partiam para a sua jornada diária de trabalho, a fim de
garantir o sustento de suas famílias, tendo assim a quem confiar a educação e o cuidado de seus
filhos, outro fator importante foi o grande crescimento populacional. Há muitos anos atrás no bairro
Itinga só havia um CEI que atendia a demanda de crianças da região, conforme os anos foram se
passando, este já não tinha mais capacidade de atender a procura e a necessidade dos pais.
Então, com a preocupação de oferecer novas vagas, infra-instrutora adequada e educação de
qualidade a primeira infância a Secretaria Municipal de Educação juntamente com o governo do
município resolveram no dia 6 de abril de 2009 dar início a uma nova etapa e assumir um
compromisso com a comunidade local visando o bem estar e a formação do cidadão. Para que isso
fosse possível, foi necessário o engajamento de toda uma equipe (Diretora e demais funcionárias)
bem como a comunidade (Pais) que aguardavam ansiosos o início das atividades, para dar a sua
contribuição a fim de que a estrutura do local estivesse adequada a nova situação.
O Centro de Educação Infantil recebeu este nome como forma de homenagem as crianças
que em sua inocência são belas.
Atualmente, o Centro de Educação Infantil Criança Bela é uma instituição na qual170
crianças recebem alimentação, cuidados e toda parte pedagógica. Estas crianças que tem entre 3
meses e 4 anos, são atendidas por 38 funcionários, e são divididas por idade em turmas (berçário I,
berçário II, Maternal e Jardim) com no máximo 20 a 25 alunos.

31
Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira
Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira situada a Rua Olaria
n°102, Bairro Itinga, Araquari atende 123 crianças, todos Pré I. Conta com 12 funcionários sendo
uma Diretora Daiane Cristina, uma professora auxiliar, três serventes e sete professores.
O CEI foi inaugurado em março de 2010 pelo Ex-Prefeito João Pedro Woitexem, vice Paulino
Sérgio Travasso, e secretaria da educação Rose Cléia Farias Vigolo.

Centro de Educação Infantil Cantinho da Vovó Justina


O Centro de Educação Infantil Cantinho da Vovó Justina, localiza-se a Rua Rui Carlos dos
Santos nº. 367, loteamento Elizabete. Iniciou suas atividades no ano de 2.009, sendo inaugurado
pela Gestão 2009/2012 para atender a demanda da comunidade do bairro Itinga. Atualmente a
Diretora Amanda dos Santos, conta com uma equipe de 13 profissionais engajados com uma
educação de qualidade, entre eles 09 são professores.
Tem como fundamento o respeito aos direitos da criança.
Essa instituição atende atualmente 83 crianças, com faixa etária de dois a quatro anos. E
para melhor atender a comunidade abriremos mais 3 salas de aula neste ano de 2017.

32
Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso

O Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso, foi fundado em vinte e cinco de
fevereiro de 2015. Atualmente o CEI atende 196 crianças e 40 funcionários de padrão geral.

Escola Básica Prefeito Higino Aguiar


A Escola Isolada São José do Itinga, iniciou suas atividades no ano de 1946 quando
funcionava em uma única sala de aula anexa à Igreja Católica da Comunidade. Depois de
construídas mais 04 salas de aula, já no atual local de funcionamento, sendo vinculada ao Estado,
passou então a denominar-se Escola Básica Prefeito Higino Aguiar, e também autorizado o
funcionamento de 5ª a 8ª série do Ensino de 1° Grau. Atualmente, denomina-se "Escola de
Educação Fundamental Prefeito Higino Aguiar pela portaria 017/28/03/2000. A escola possui 13
salas de aula, 01 sala para DA, sala dos professores, sala de laboratório de informática, secretaria,
depósito de merenda, lavanderia, 05 banheiros, sala de educação física, quadra de esportes coberta e
um pequeno refeitório.

33
Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira
A Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira entrou em funcionamento em
09/08/2017 com o intuito de atender alunos do Ensino Médio. A unidade tem capacidade para
receber 1,4 mil alunos.

Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira


Fonte: http://www.89fmjoinville.com/2017/08/09/nova-escola-em-araquari

Atividade econômica:
No bairro Itinga a atividade econômica predominante é o comércio, onde encontramos o
Centro Comercial Itinga com muitas lojas, restaurantes e serviços.

Durín Acessórios e Conexões


Durín Acessórios e Conexões

34
Com sede própria desde fevereiro de 2010 em Araquari/SC, a Durín possui uma linha completa com mais
de 1.000 produtos que vão desde Construção, Acabamento, Acessórios, Casa Jardim, Elétrica, Irrigação e
Decoração, um mix completo dividido em famílias que atendem às exigências dos mais variados gostos,
estilos e necessidades.
Uma marca que vem conquistando a preferência do consumidor e tem como missão criar soluções
inovadoras para o mundo da construção.
Você pode encontrar a Durín em pontos de venda de todo o Brasil, através de nossos representantes, canais
de vendas 0800-602-1100 e também com atuação na América Latina e Central.

Conservas Rio do Morro Ltda.

Localizada no município de Araquari, estado de Santa Catarina. A organização encontra-se na


Estr. Rio Do Morro. Esta empresa de capital privado foi fundada no ano de 1996.

Paróquia São Luiz Gonzaga

No dia 01 de outubro de 1999 foi celebrada a primeira missa quando ainda chamava-se Setor
Pastoral São Luiz Gonzaga pelo Pe. Luiz Fachini e Pe. Gilberto Kraisch.
A Comunidade São Luiz Gonzaga foi elevada Paróquia no dia 08 de dezembro 2013, sendo seu
primeiro Pároco Pe. Dalcio Bonomini.
Paróquia São Luiz Gonzaga - Diocese de Joinville – SC
Congregação dos Pequenos Irmãos do Santíssimo Sacramento

Pároco eleito: Pe. Jone do Dileto Amor

35
LOTEAMENTO SÃO BENEDITO
Professores EM São Benedito

Segundo o Projeto Político Pedagógico, (PPP) (2016, p.9) da escola, que contém o
diagnóstico da Realidade Global e Local, o loteamento São Benedito é uma comunidade carente,
em que estão inseridas pessoas de várias regiões do país e de diferentes culturas. No entanto, essas
famílias as compõem a comunidade sofrem com as mudanças, pois se mudam com freqüência por
diversas razões, por isso, existe a falta de caracterização ou de não possuir uma identidade no
município por conviverem pouco tempo no local.
No entanto, esse trabalho tem como objetivo entender as características e o povo que
compõe essa comunidade, por esse motivo, essa pesquisa esta baseada nas turmas do terceiro ano
do ensino fundamental, as quais são compostas por cinco turmas na Escola Municipal São
Benedito, que, para entender o social da escola, foi feito um questionário com instrumento, em
que foram obtidas informações descritas no trabalho. Esse questionário foi enviado para 143
famílias, mas apenas 117 responderam a pesquisa.
No entanto, com esse resultado e de forma explicita sobre os conhecimentos, deu para
concretizar, que muitos pais vieram de fora, de São Paulo, Rio grande do Sul, um de Pernambuco,
muitos do Paraná, outros de diversas regiões de Santa Catarina como: (Pouso Redondo, Joinville,
São Francisco do Sul, e poucos de Araquari). Mesmo mudando-se com freqüência são poucos os
que moram em casa de aluguel, pois deu para observar, que a maioria mora em residência própria.
Entretanto, essa pesquisa trouxe também os resultados de que hoje existe um índice de
poucos pais desempregados, sendo, que alguns trabalham nas empresas na região de Araquari
como (BMW, Durin, Clinilaves, etc...), e também nas empresas de Joinville como (Tupy, Ceasa,
Whirpool, Transtusa, etc...).
Dessa forma e, com o bom desenvolvimento das empresas e o mercado de trabalho
aquecido, a cidade de Araquari e região oferece para as famílias uma construção de vida
promissora, os quais podem seguir a própria cultura, como também a religiosidade de cada um,
sendo que a religião, predominante é a católica, a qual traz um número bem considerado, que é de
3 igrejas católicas na região, com uma no loteamento São Benedito, porém nem todos freqüentam
assiduamente essa igreja. No loteamento também possui outras igrejas evangélicas, como
Assembléia de Deus, Adventista e outras denominações.
Outro fator relevante, que foi observado esta em relação ao nível de escolaridade dos
adultos, pois, apenas um possui ensino superior, um cursando e poucos possuem o ensino médio
completo, sendo, que os demais apenas possuem o ensino fundamental completo e incompleto.
Portanto, esse resultado leva a entender que a falta de informação faz com que esses pais
sintam-se desmotivados pelas atividades físicas que a comunidade oferece, sejam eles nas praças,
ginásios, campos e até mesmo em academias. Deu para saber também que nas folgas e horas de
lazer, apenas visitam familiares, freqüentam as igrejas, ou assistem televisão, com exceção nos
dias de campeonato de futebol que acontecem no campo do Lickfett, situado no loteamento, o
qual é visto como ponto de referência e traz um histórico de mais de cinquenta anos, esse campo
sempre existiu, porém, teve uma época em que era o pasto para vacas e cavalos, etc...
E junto com os amigos jogadores, jogavam futebóis descalços e os mesmos roçavam o
mato quando ele estava alto. Com o passar dos anos e com o aumento da população Nilton
Lickefett resolveu investir nesse campo, pois ele era um amante do futebol, por isso manteve a
grama baixa e sempre roçada, fez um bar, um parquinho para crianças, cercou-o em volta e
começou a fazer campeonatos entre os times da comunidade o qual leva o nome de “Campo do
Perna”.
Sob tal enfoque, faz-se interessante saber que a família Lickefett doou o terreno para ser
construída a Escola Municipal São Benedito a qual hoje temos 717 alunos que estudam na
mesma, da pré-escola ao 5º ano do ensino fundamental. Neste ano de 2017, funcionam cinco
turmas de pré-escola da Educação Infantil, cinco turmas de 1º ano, cinco turmas de 2º ano, cinco
turmas de 3º ano, cinco turmas de 4º ano, cinco turmas de 5º ano.
36
Assim, a escola está sob a direção geral de Sione Régis de Carvalho e Tânia Terezinha
Ferreira Maia, juntamente com duas orientadoras e uma supervisora, a qual conta também com
trinta e nove professores e oito serventes. Estes servidores que constituem a instituição atual
formam uma equipe e todos têm um papel importante na história de educação dessa comunidade
escolar.
Porém os alunos que residem no loteamento São Benedito e necessitam estudar no Ensino
Fundamental Dois e Ensino Médio, frequentam a Escola Estadual Higino Aguiar.
Vale ressaltar que a Escola Municipal São Benedito iniciou no ano de 1992 e o seu nome
foi escolhido em homenagem ao Santo Protetor das Cozinheiras. A escola está situada no
Município de Araquari no bairro Itinga, loteamento São Benedito. A escola cresceu muito nos
últimos anos necessitando de reformas.
Ainda no loteamento São Benedito está localizada a Fundição Ícaro LTDA, fundada em
1994, 3.500 m² de área construída. Fabrica uma linha própria de peças agrícolas e também peças
para outras empresas conforme o molde. Trabalha com fusão por indução eletromagnética.
Objetivo: Otimizar o tempo de produção, maior mobilidade, controle total sobre a qualidade final
do produto.
A Clinilaves, uma lavanderia industrial especializada em processamento de roupa
hospitalar, é uma empresa genuinamente catarinense e está situada no loteamento São Benedito.
Originalmente, a empresa iniciou suas atividades na cidade de Brusque, em 1999, e é mais uma
empresa que decidiu transferir para Araquari em 06/06/2011. Atende a mais de 60 hospitais e
clínicas médicas de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Balneário Camboriú e outras cidades. Na
área social, a empresa desempenha um papel importante, já que emprega 250 funcionários diretos
sendo 98% deles moradores do próprio bairro.
A MAB Confecção, outra empresa do loteamento São Benedito, é genuinamente local e
foi criada em 2013, para atender uma demanda de serviços voltada exclusivamente para a
produção de roupas hospitalares e para hotelaria. Está localizada na rua Itália e hoje emprega 30
funcionários, sendo 100% da própria região.
O Parque Aquático Vanuza, oferece a seus usuários e visitantes uma belíssima área. A
estrutura é formada por um amplo estacionamento gratuito para usuários e visitantes do parque,
quatro piscinas cristalinas (3 adultos e 1 infantil), dois toboáguas (1 adulto e 1 infantil), campo de
futebol de areia, cancha de bocha, mesas de sinuca e pimbolim, lanchonete, churrasqueira e
guarda-volumes. Disponibiliza a estrutura para eventos.

BAIRRO PONTO ALTO


E M Ponto Alto

O bairro Ponto Alto está situado na zona rural do município de Araquari SC a


aproximadamente 10 km do cento da cidade até o bairro.
Entre os primeiros moradores do Bairro Ponto Alto estavam José Júlio Moreira, Fabrício
Moreira (este veio a ser prefeito do município de Araquari), Carlota Mafra da Maia, José
Fagundes, José Bento Gonçalves, Manoel Bento Gonçalves, família Correia, Cabral e Borba.
Vieram para esta comunidade aproximadamente nos anos de 1930 a 1940. O bairro antigamente
chamava-se Ponte Alta, passou a ser chamado Ponto Alto mais tarde, pelo motivo de ser um
bairro com muitas subidas, ou seja, um dos pontos mais altos do município de Araquari.
A estrada antigamente passava pela Rua Guarajuba e continuava com sentido a Joinville,
passando pela comunidade que fica localizada hoje atrás do Posto Maiochi. A segunda rua que
hoje é a principal, foi aberta mais tarde.
A igreja da comunidade nasceu aproximadamente no ano de 1970 a 1976, o nome era pra ser
Santo Antônio e sua instalação era pra ser no terreno do Sr. Augusto dos Santos. A comunidade
começou a construção, mas por fim as obras não continuaram, a mesma ficou parada por alguns
37
anos e somente após uns 5 anos foi decidido que a igreja não seria mais ali. Como no bairro ainda
não havia uma igreja, a família Borba resolveu fazer uma doação. Doaram parte de seu terreno
para a construção da igreja e da escola e assim começaram as obras. Algumas pessoas que ficaram
responsáveis pelo andamento da construção da igreja foram: Agnor Bicalho, Maria de Oliveira
Melo, João de Borba, Garcia e Lulu Cabral.
Depois de pronta o Sr. João de Borba doa a imagem de Nossa Senhora Aparecida para
igreja, tornando-se assim a padroeira da comunidade.
Na comunidade também não tinha escola fixa. As aulas eram dadas nas residências dos
moradores. Uns dos moradores que cederam parte de sua residência, que viraria uma escola foram
o Sr. Augusto dos Santos e Paulino Correia. Mais tarde por volta do ano de 1970, com a doação
do terreno do Sr. João de Borba o exército constrói a escola, que na época era feita de madeira.
A primeira escola do bairro como era pequena e de madeira, tinha uma sala só. A sala era
para todas as séries, era multisseriada, estudavam alunos de 1ª, 2ª, 3ª, 4ª séries juntos. A
professora era a responsável por todas as matérias que existiam. Tinha uma cozinha bem
pequena, somente uma pessoa era professora, merendeira, diretora e secretária. Possuía apenas um
banheiro de madeira fora e era para todos.
No ano de 1988 foi demolida a construção de madeira e construído a escola de alvenaria
com verba estadual e ajuda da comunidade. A escola já existia há mais de 50 anos e teve início na
residência do Sr Augusto dos Santos. Então houve a doação de terreno para construção do
educandário, pelo senhor Vicente de Borba. A escola foi construída pela comunidade e foi
inaugurada no dia 14 de junho de 1964, vindo ser constantemente reformada pelo exército. Seu
primeiro nome era “Escola Isolada Estadual Ponto Alto”.
No ano de 1992 a escola é municipalizada, passando a chamar-se Escola Municipal Ponto
Alto. No ano de 2005 houve um reforma geral em suas dependências, solicitação da comunidade
para suas melhorias.
A Escola Municipal de Ponto Alto, está localizada na Rua José Júlio Moreira, 2271 na
comunidade Ponto Alto é mantida atualmente pela prefeitura de Araquari.
Transporte público na época não tinha. O meio de locomoção era a carroça, puxadas por
cavalos, bicicletas ou a pé. Atualmente no bairro temos ônibus escolar e o coletivo que sai do
Cento da cidade/via Ponto Alto e ponto final do Itinga.
Hoje a comunidade possui duas festas das quais muitas pessoas participam. A primeira
religiosa, em comemoração a Nossa Senhora Aparecida e a segunda, dos veteranos, ao qual se
reúnem as pessoas das antigas.
A economia do bairro baseia-se principalmente na agricultura (plantação de bananas, aipim,
alface, feijão e na produção de ovos). Quem passa pelo Ponto Alto, aqui em Araquari, olha para
cima, tem diante dos olhos uma beleza natural em folhas verdes que cobrem 25 hectares de terra,
são bananeiras de seu Nílton Garcia. Ele é natural de Morro do Jacú e veio para a localidade do
Ponto Alto, em 1961 quando seu pai resolveu mudar-se com a família. Com muito verde, muitas
plantas e apenas um corredor de terra entre elas. O caminho parece uma alameda de bananeiras.
Um lugar calmo, singelo e em constante contato com a natureza. O silêncio revela ali, apenas o
cantar dos pássaros e o assovio do vento que ora e outra, entoa seu grito nos dias mais frios.
Hoje no bairro possui aproximadamente quinze empresas e micro – empresas, que oferecem
empregos diretos e indiretamente aos moradores locais e região.
A comunidade é composta por 113 residências familiares e aproximadamente 680
habitantes.
Na área de lazer temos a associação dos moradores, onde promove encontros da terceira
idade uma vez por semana e o campo de futebol society.
O bairro possui três ruas e seus nomes foram em homenagem aos primeiros moradores, Rua
José Júlio Moreira, Rua Jú Viniano da Maia e a Rua Guarajuba.

38
HISTÓRICO DO BAIRRO PORTO GRANDE

Segundo relatos de moradores mais antigos do bairro, as estradas eram apenas caminhos
por onde os moradores das localidades vizinhas como: Ponto Alto, Corveta e Rainha, utilizavam
para trazer os produtos do seu cultivo próprio, vindo de carros de bois e carroças para o Porto com
um único objetivo, a troca de produtos agrícolas e peixes, que chegavam em grandes quantidades
por meio de rebocadores, vindos das localidades portuárias.
A comunidade do Porto Grande inicia sua história por volta de 1750. Os primeiros
habitantes, chegaram margeando o Rio Paraty, que na época possuía um expressivo volume de
água e que se caracterizava como único acesso para a localidade. Todos os habitantes da época
possuíam como meio de transporte a “canoa,”, logo o local denominado Porto (próximo a escola
Amaro Coelho) começou a obter uma grande quantidade de canoas, que constituía o meio de
locomoção viável para as principais e progressivas atividades.
Com a canoa vinham para a “sede”onde faziam suas compras, trocas, tinham acesso ao
Porto de São Francisco do Sul, e as grandes atividades pesqueiras em Balneário de Barra do Sul.
O Porto era de grande utilidade para a comunidade, tanto no aspecto social como
econômico, e por este motivo a comunidade passou a se chamar Porto Grande.

Algumas famílias colonizadoras do bairro:

Amaro Coelho,
Cláudio de França,
Francisco Cabral,
José da Silva,
João Serafim Cabral,
Salvador de França,
Isaltina Laura Pereira de Oliveira,
Ermínio de Mira,
Maria Borges,
José Garcia,
Pedro Rosa de Oliveira,
Minigildo Maia ,entre outras mais.

Localização do bairro Porto Grande


Inicia-se no ponto de cruzamento da linha de alta tensão sobre o Rio Icaraí, seguindo por
esta, no sentido sudoeste, até 100 metros antes da Estrada Geral da Corveta, e seguindo no sentido
sul extensão de 1000 metros por uma linha paralela distante 100 metros do eixo no sentido
noroeste, por uma linha seca, paralela e distante 100 metros da Rua 086 do loteamento Parque
Residencial Cerro Azul, até um ponto distante 500 metros do eixo da BR280, e seguindo no
sentido oeste por uma linha paralela à BR280, distante 500 metros até, uma extensão de 1800
metros, no sentido noroeste, passando sobre o trevo de cruzamento da BR 280 com a SC 301, até
o encontro com o Rio Itinga, descendo a SC pelo mesmo, no sentido nordeste até a foz do Rio
Icaraí, subindo por este, no mesmo sudeste, até o ponto de origem, no cruzamento com a linha de
alta tensão.

Curiosidades
Para festejar a colheita, os habitantes da época tinham hábitos de dançar o “Fandango”,
para bater o arroz com os pés.

39
Para raspar a mandioca na época da farinha os casais usavam uma técnica denominada “capote”,
onde o moço raspava a raiz da mandioca até a metade e passava para a moça que ele mais
apreciava para ela terminar a raspagem, dessa maneira iniciavam os namoros. Também dançavam
a “Chamarrita e a Dança de São Gonçalo”, ouviam Ternos de Reis e brincavam de “Boi de
Mamão e Boi na Mangueira”. Benzimentos e rezas faziam parte desses hábitos bem peculiar.

Curiosidades culturais
O “terno de reis” é um dos costumes ainda resistente ao tempo, na comunidade do bairro
Porto Grande, já que as demais danças hoje estão esquecidas.
O terno de reis é uma cantoria muito comum no litoral catarinense nas épocas de Natal e
Ano Novo, vozes que ao som de sanfonas, violões, pandeiros e tambores, saem nas noites à
visitar as famílias cantando versos em louvor ao nascimento do Menino Jesus, à chegada do Ano
Novo e o dia de Santos e Reis.
Eventos realizados na escola do bairro, Amaro Coelho, também proporcionam o resgate da
cultura da comunidade como: danças, festas e dramatizações.
O vocabulário e as falas são bem diversificados, porém falas como: Pirralho,
Pode crê! Chega aí! Falô! Mas credo! (são bem utilizadas)

Atualidades do Bairro Porto Grande


Economia

Nosso bairro está em constante transformação e desenvolvimento, a cada dia, novas


empresas e novos moradores, principalmente os estrangeiros haitianos, começam a criar vínculos
com a comunidade.
Percebe-se o grande crescimento de novas instalações de empresas de pequeno e médio
porte, em especial, em uma área específica da localidade, o Parque Industrial do Porto Grande,
são vários galpões, que abrigam diversas empresas, depósitos e armazéns nos mais variados
ramos.
As atividades econômicas do bairro são bem diversificadas: verdureiras, bares, materiais
de construção, lojas de móveis, padarias, locadoras, farmácia, agropecuárias, lanchonetes,
borracharias, mecânicas, restaurantes, materiais elétricos, floricultura, mercados e mercearias,
empresas plásticas, de moldagem, alimentícias, escola técnica (SENAI), prestadoras de serviços
entre outras. O bairro conta também com um Centro Comercial. As atividades agrícolas também
se fazem presente, porém não tão evidentes quanto ao pólo industrial predominante atualmente.

Algumas empresas do bairro:

Belosch Arafibras
Motormac Laffin
Tecno Jato/ Febratec Best Way Transformação De Polimeros
Walbert Dunnas Terraplanagem
Fonte Mercantil Realfort
Tirol Lumix
Sigmacrom Plasnorthon
AZB Premix
Vicobrás Açocorte
Plasforma Montserrat Distribuidora
Fulllog Mundial Flex Borrachas e Pláticos Ltda
Hd florestal Grupo Armenio
Biomás Ribeiro Plásticos
Quântica Unifortte
40
Turismo

Com tanto desenvolvimento e progresso é uma pena que nosso bairro não tenha um ponto
turístico como referência ainda. Esperamos ansiosos por mais essa conquista, algo que beneficie a
comunidade e a todos que a visitam. Seria muito interessante se o berço da colonização da
comunidade fosse um desses pontos.

HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL AMARO COELHO


Nossa escola, foi fundada em 17/03/1966, temos como patrono o senhor Amaro Coelho,
homem forte e defensor dessa comunidade, gostava de ajudar as pessoas. Antigamente as pessoas
da nossa comunidade buscavam o saber, eram obrigadas a se reunir cada dia na casa de uma
pessoa para garantir seus estudos. Com o passar do tempo, o número de pessoas que queriam
estudar aumentava, pois a comunidade estava crescendo. Até que Dona Libânia, esposa do senhor
Amaro Coelho, assina a doação de um terreno, atendendo a um pedido de seu esposo que sonhava
em ter uma ESCOLA na comunidade. A escolha do nome da nossa escola é uma homenagem ao
seu esposo, Amaro Coelho, que na época, já era falecido.
Muitos professores por aqui passaram e cada um deixou sua marca na história dessa
escola. Tivemos como primeira diretora a senhora Norma Scheurmann, hoje já falecida.
Atualmente nossa escola está sob a direção da senhora Andréa Tonet, tem aproximadamente 400
alunos, nos períodos: matutino e vespertino. Compõem o quadro de funcionários: 2 especialistas,
1 Adm. Escolar, 22 professores e 5 serventes, atende os alunos da pré-escola até o 5º ano, vindo
das regiões do Porto Grande, Colégio Agrícola,Corveta, alguns do Rio do Morro e Itinga.
Na escola Amaro Coelho é muito bom de aprender!

Música da Escola Municipal Amaro Coelho

Eu estudo em uma escola maravilhosa,


Eu estudo em uma escola sensacional,
No futuro não muito distante daqui
Alcançarei meu ideal Saudades eu sei que vou sentir
O sonho de uma vida bem melhor começa Quando não mais estiver aqui
aqui Pois uma profissão terei
Junto com os meus amigos e professores eu Dela não me esquecerei
aprendi
O sonho de uma vida bem melhor começa
Refrão aqui
Ei,ei, como é bom estudar Junto com os professores eu aprendi...
Ei,ei, um dia eu vou me formar
Minha família vai se orgulhar Letra e música da professora:
Pois vou trabalhar Angelita Leandra Estevão
Nela eu me espelho Amaro Coelho

BAIRRO COLÉGIO AGRÍCOLA

Serviços prestados na Comunidade:


Situado as margens da BR 280, entre os quilômetros 26 à 30. Conta com algumas
empresas, mercados, lojas, restaurantes, padarias, bares, lanchonetes, igrejas,
transportadoras, Centro de recuperação para dependentes químicos, Corpo de Bombeiros
41
Militar, Centro de educação infantil, prestadoras de serviços variados. As festas mais
comuns nessa localidade, são as festas religiosas e juninas. Nesta localidade está situado o
Instituto Catarinense de Ensino/Campus Araquari.

IFC/Campus Araquari
Uma das instituições pioneiras no ensino agrícola em Santa Catarina, localiza-se na
cidade de Araquari, às margens da BR 280, rodovia que liga Joinville, Araquari e São
Francisco do Sul.
Sua história tem início através de um acordo entre o estado de Santa Catarina e o
Governo Federal, com sua publicação no Diário Oficial da União nº 63, em 18 de março
de 1954. Este acordo criou a “Escola de Iniciação Agrícola de Araquari”.
Até 1959 a escola esteve em construção. Este ano de 1959 marcou o começo das
atividades do curso de Iniciação Agrícola, que contou em sua primeira turma com 20
alunos e passou a ser denominada “Escola de Iniciação Agrícola Senador Gomes de
Oliveira”.
No ano de 1968 a escola passou a ser vinculada a Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC. Desse modo, integrou-se ao sistema federal de ensino, oferecendo a
formação para técnicos agrícolas e estudantes que ingressavam no Segundo Grau.
Depois do ano de 1975 o curso oferecido pela instituição recebeu a nova nomenclatura
de Técnico em Agropecuária, similar ao que existe ainda hoje.
Uma grande mudança ocorreu no ano de 2008, através da Lei 11.892, que cria os
Institutos Federais. A partir deste momento, tem origem o Instituto Federal
Catarinense(IFC)com a integração das escolas agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e
Sombrio e dos colégios agrícolas de Araquari e Camboriú.
O antigo colégio se torna o Instituto Federal Catarinense/Campus Araquari e passa
a integrar a Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica.
Hoje, são oferecidos os Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em
Agropecuária, Informática, Química. Na modalidade Subsequente ao Ensino Médio é
ofertado o curso Técnico em Agrimensura. Também estão disponíveis os Cursos
Superiores em Ciências Agrícolas, Medicina Veterinária, Química, Sistemas de
Informação e Tecnologia em Redes de Computadores. Além de uma especialização em
Aquicultura e um mestrado em Produção e Sanidade Animal.

Ponto turístico
A ponte de ferro, localizada aos fundos do IFC, é um dos atrativos dessa região.
Principal elo de ligação férrea entre os municípios vizinhos de Araquari, Joinville e São
Francisco do Sul.

Algumas empresas do bairro:

Varp Transporte e Logística Recicle Catarinense de Resíduos


Heismann Do Brasil Scheneider
Sampaio Distribuidora de Aço Arabras
Metalgalvano Aliança Serralheria Galvanoplastia e
Perfilville Pintura a Pó

42
BAIRRO RIO DO MORRO

A estrada geral do Rio do Morro liga os municípios de Araquari e Joinville,


cercada de muita vegetação, possui áreas ainda com vegetações nativas, fazendas, sítios e
chácaras.
Possui algumas lagoas de pesque pague, bar, igrejas, pequenos comércios. A
população é pequena naquela região e algumas famílias vivem da agricultura e da
pecuária. As festas tradicionais dessa comunidade são as religiosas e juninas.
Sua extensão é cortada pela linha férrea. Atualmente a sua estrada principal está
sendo preparada para receber uma nova pavimentação, pois isso, facilitará muito o acesso
entre as duas cidades vizinhas.

Algumas empresas do bairro:

Ciser Locação Mini Escavadeiras


Joinlaca Pinturas
Conservas Rio do Morro

Turismo
A região é muito procurada para fazer trilhas de motos, carros e bicicletas, pois
as paisagens como muitas árvores de várias espécies e ruínas de casarões naquela área,
são de uma beleza ímpar.

BAIRRO CORVETA
O bairro Corveta é cortado por uma das maiores rodovias deste país, a BR101.
O bairro também é ligado por um acesso secundário à BR280, através da Estrada Geral do
Porto Grande. Desta forma, nos últimos anos, grandes empresas vêm se instalando neste
local, tornando o bairro, o maior pólo industrial do município. Dentre outras, encontra-se
no bairro Corveta empresas multinacionais e de grande porte, como a Hyosung e o Grupo
BMW. Contribuem também para a economia do município as empresas, Fibratec,
Fortelev, Mineração Nilson, Mineração Veiga e muitas outras.
O bairro ainda contribui para a economia do município, através da agricultura,
pois possui a agricultura familiar, com plantações de maracujá, aipim, dentre outros.
Recentemente uma cervejaria se instalou nessa região e está se destacando
significativamente na cidade. O bairro conta com um Centro de Educação Infantil, que
atende crianças da própria localidade e de bairros vizinhos.
Podemos destacar os estudos que vem sendo realizados pela Universidade do Estado
de Santa Catarina e da Fundação Palmares, de que nessas terras havia um pequeno
quilombo.

43
POEMAS E ACRÓSTICOS TRABALHADOS PELOS 3º ANO
SOBRE O MUNICÍPIO

Araquari, minha cidade

Eu moro em Araquari,
E faço tudo aqui!
Vejo o Rio Paraty,
E me orgulho daqui!

Cultura e religiosidade,
Festas e tradições.
Tem popularidade,
E muitas emoções.
Escrito por 3º ano I (professoras Aline e Simone)

Amamos nossa cidade,


Respeitamos e
Acreditamos
Que através da
União, do trabalho e da educação
Alcançaremos o sucesso, a vitória e
Realizaremos o sonho da
Igualdade e da justiça!
Escrito por 3ºano II (professora Joiceleide)

Cidade especial

A nossa cidade é especial


Porque nela podemos estudar,
Morar, brincar e trabalhar.
Tudo nela é sensacional!

Morando em Araquari,
Podemos nos divertir.
Criar coisas novas,
E viver a sorrir!
Escrito por 3º ano III (professora Aline e Simone)

Adorável é a minha cidade,


Ruas tranquilas ainda existem
Abelhas, pássaros, árvores e mais...
Queimadas não precisamos jamais
Unidos protegeremos
A nossa natureza, os
Rios não poluiremos e uma
Incrível cidade teremos!
Escrito por 3º ano IV (professora Joiceleide)

44
GUAMIRANGA

O bairro Guamiranga situa-se na Estrada Geral Guamiranga, Zona Rural do


Município de Araquari.
De acordo com o lingüista Silveira Bueno o Termo Guamiranga vem do Tupi
Guarani cujo significado seria Enseada ou Baia Vermelha. Já outros registros de
Teodoro Sampaio traduzem como Folha Vermelha ou Lobo vermelho. Pois parece que
primeiro chamava-se Guaramiranga e mais tarde passou para Guamiranga.
Guará = lobo e Miranga = vermelho.
Guaramirim adota como significado “lobo vermelho”, conforme registros de
relatos pelo Frei Aurélio, Devido a Estrada Geral Guamiranga fazer divisa com o
município de Guaramirim.
Os fundadores do Bairro foram João Valentim dos Santos, Antonio Francisco
Elias, José Julião da Rosa, Otaviano Rosa e Outros.
No ano de 1914 desceram pelo Rio Itapocu, aportaram onde hoje é a ponte
Pênsil, desbravaram com picadas, roçadas, enfrentaram os perigos da mata e até índios.
Estes fundadores casaram-se e constituíram suas famílias.
No passado existia no bairro armazém, farmácia, celaria, sapataria, tafona
(fabriqueta de farinha de mandioca), Sub Sede dos Sindicatos dos trabalhadores Rurais
onde havia atendimento odontológico, médico, posto de enfermagem e houve um tempo
que teve até uma Unidade de Atendimento do Banco do Brasil para atender os
agricultores da localidade. As diversões da época eram o futebol de fim de semana, os
bailes e as famosas domingueiras.

A primeira Capela foi construída por um homem chamado Miguel por isso deu-
lhe o nome de Capela São Miguel. A Segunda Capela foi construída onde está a atual
Capela São Miguel hoje, ela foi dedicada a Imaculada Conceição e à Santo Antônio, só
mais tarde entre os anos de 1955 à 1960 é que foi construída a atual Capela São Miguel
Arcanjo com ajuda dos moradores e o Padre Mathias.

45
A primeira escola do bairro foi construída em madeira onde hoje é o bananal do
Sr. José Stoinski, o primeiro Professor foi o Sr. Antônio Angelim.
A Escola Municipal Cristina Marli Zipf Ribeiro, única escola do bairro hoje, foi
inaugurada em 1960 com o nome de “Escola Estadual Prefeito Emílio Manke Junior.

A economia do bairro baseia-se principalmente na agricultura (plantação de


arroz e banana) e alguns na pecuária. Os pequenos proprietários trabalham no sistema
de agricultura familiar. Apesar de haver muitas plantações, no bairro pode-se observar
muitas vegetações naturais, que embelezam ainda mais o local. A localidade possui três
empresas: a Fábrica de musse Tia Nica e as Marmorarias São Miguel e MD.

O bairro possui dois pontos turísticos: a Ponte Pênsil e o Salto do Guamiranga.

46
O Rio Itapocu margeia todo o bairro, ele é utilizado para captação de água para o plantio de arroz irrigado,
na pesca e na extração de minério.

As comunidades São Miguel, Lagoa Nova e Lagoa do Itaum destacam-se em sua religiosidade com a
Festa em Honra a São Miguel Arcanjo realizada anualmente na comunidade São Miguel no mês de
setembro. Como tradição em maio, a Capela São Miguel realiza a Novena diária e no final do mês a
Coroação de Nossa Senhora desde o ano de 1960.
O bairro possui comércio local, Centro Esportivo, Associação de Moradores (JOVASSA), duas
Igrejas Católicas, dois Cemitérios, uma Escola Pública Municipal, Posto de Saúde. A Prefeitura Municipal
atende o bairro com uma Secretaria Administrativa.
Os moradores do bairro podem fazer uso da Balsa no Rio Itapocú (sendo esta uma via de acesso entre
os municípios de Araquari à São João do Itaperiú, Guaramirim, Barra Velha e Massaranduba).
Na área de lazer o Centro Esportivo do Bairro é promovido competições e torneios de Futebol de
Campo, Futebol Society e Bocha, aumentando assim a visitação ao bairro.
O Salto do Guamiranga é utilizado na prática de esportes aquáticos (como descida de caiaque).
Por ser um bairro rural recebe inúmeras visitas de ciclistas que vem apreciar a tranqüilidade e belezas
existentes.
Atualmente residem no Guamiranga 135 famílias.

REGISTROS DA HISTÓRIA DOS BAIRROS E DAS COMUNIDADES ATENDIDAS PELA


ESCOLA MUNICIPAL JOÃO AGNELO VIEIRA.

47
Acertado o noivado da princesa D. Francisca de Bragança (filha do imperador D. Pedro I e irmã
de D. Pedro II), com o Príncipe de Joinville (filho de Luís Filipe I, rei dos franceses), o Governo Imperial
Brasileiro, nesse tempo chefiado por D. Pedro II, tratou logo de sancionar uma lei (n° 166 de 29 de
setembro de 1840) que garantia o dote que caberia à princesa.
Após estudo e consultas, foi decretado mais tarde que este patrimônio em terras pertencentes à Nação
deveria ser de 25 léguas quadradas e localizado na Província de Santa Catarina, entre os rios
Pirabeiraba e Itapocú, nas proximidades da baía de São Francisco. Esse patrimônio transferido para o
domínio particular da Princesa Dona Francisca, passou a ser conhecido por "Domínio Dona Francisca" e aí
a origem do seu nome. Para proceder a medição das terras dotais da Princesa Dona Francisca foi
designado Jerônimo Francisco Coelho, Tenente Coronel do Corpo Imperial de Engenheiros. As terras assim
demarcadas abrangiam a área de 155.812 hectares.
Por volta de 1843, esta região era quase inteiramente virgem, apenas encontrando alguns moradores
da orla marítima e no Planalto de Campo Alegre.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_Dona_Francisca
Redescobrindo Itapocu vídeo que fala sobre os sambaquis
https://valeitapocu.blogspot.com.br/2017/03/arquivo-historico-eugenio-victor.htm

Era 30 de agosto de 2010, na gestão da prefeita Cecília Ayroso Konell, quando o Arquivo Histórico
Eugênio Victor Schmöckel foi instalado num prédio alugado, no bairro Barra do Ribeirão Molha - próximo
ao Ribeirão Kramer e o antigo Curtume Schmidt .
Antigamente, a instituição funcionou no antigo prédio da Prefeitura - atual sede do Museu Histórico
Emílio da Silva - no prédio da Estação Ferroviária, espaço da instalação atual da Biblioteca Pública Rui
Barbosa - Avenida Getúlio Vargas - e na Rua ida Bona, centro, lateral do logradouro da Barrão do Rio
Branco.
Ademir Pfiffer – Historiador "Informou o conferencista não ter encontrado sambaquis além de 10
quilômetros no vale do Itapocu".
O que podemos tirar de conclusão sobre o parágrafo descrito acima por Beneval de Oliveira em
1944? Coincidência ou não, o sambaqui costeiro mais longínquo conhecido atualmente e que pertence a
bacia hidrográfica no vale do rio Itapocu, se encontra justamente a 10 quilômetros de sua foz com o mar
perto na região do rio Piraí (afluente do rio Itapocu na sua margem esquerda) e foi catalogado
aproximadamente 15 anos atrás com o nome de "Rainha 1" que fica na localidade de Corveta em Araquari.
Esta informação confirma que desde aquela época existe pouca incidência de sambaquis costeiros no vale do
rio Itapocu. Portanto, a importância de preservar os poucos sambaquis costeiros ainda existentes nas
imediações na região da foz do rio Itapocu (sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2, Itapocu, Rainha 1 e 2)
entre as cidades de Barra Velha e Araquari.
Projeto dos pesquisadores José Carlos Fagundes de Barra Velha e Fabio Krawulski Nunes de Jaraguá
do Sul sobre a história que cerca o rio Itapocu e que está sendo redescoberta neste documentário. Este vídeo
(preview), mostra a primeira fase do projeto sobre a história do Peabiru em torno do rio Itapocu e os
desbravadores da coroa espanhola que utilizaram a partir de sua foz para irem em direção ao interior do
Paraná e ao Paraguai no século XVI.Mais adiante, este projeto irá abordar entre outras questões relacionadas
direta ou indiretamente sobre o rio Itapocu a sua historiografia dos séculos XIX e XX."A conquista do novo
mundo também começou por Sambaqui costeiro Itapocu na localidade de Escalvado em Barra Velha - SC.

Datação do local: Inconclusivo (entre 5.000 a 2.000 anos A.P.)


48
TRADIÇÃO: HOMEM DO SAMBAQUI

Este sambaqui costeiro foi estudado desde a década de 80 do século passado e catalogado com o
nome de "Itapocu", estando cerca de 200 metros da margem direita do rio Itapocu. (próximo da ponte da BR
101 no quilômetro 80). Durante a construção de uma piscina no local, foi encontrado um esqueleto humano
e uma machadinha de pedra. O mesmo fica cerca de 2 quilômetros de distância (no mesmo lado do rio) dos
sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2.
Fonte: https://tecnaly.blogspot.com.br/2016/03/informacao-publica-n-128-barra-velha-21.html
Mão de obra escrava era usada na Joinville do século 19

CASA DE ESCRAVO

Ao completar 125 anos da assinatura da Lei Áurea, o marco da abolição da escravatura no país, o
tema ainda continua sendo um tabu na história. Mas havia negros escravizados, sim, como em todo o país. E
não eram poucos. Embora não fosse permitido ao colono, a prática era comum nas famílias de origem lusa
que já habitavam estas terras, muito antes da Sociedade Colonizadora Dona Francisca começar a trazer para
cá os primeiros imigrantes.
No final da década de 40 do século 19, quando iniciaram os preparativos para o estabelecimento da
Colônia Dona Francisca nas terrais dotais da princesa de Joinville, já havia inúmeras famílias brasileiras,
estabelecidas há várias gerações. A Colônia, um empreendimento privado da Sociedade Colonizadora de
Hamburgo, ocupava uma área de oito léguas quadradas, que era apenas uma parte do dote da princesa (25 lé-
guas quadradas, no total).
Outra parte era o Domaine Dona Francisca, que englobava o restante das terras dotais que ainda
pertenciam ao príncipe – essas não haviam sido cedidas para a Sociedade Colonizadora. Havia ainda, o
Domaine D’Aumale, que pertencia ao duque de Aumale, irmão do príncipe de Joinville, e que ficava em
parte do que é hoje Pirabeiraba. E no entorno dessas áreas havia sesmarias, fazendas e sítios pertencentes a
famílias brasileiras de origem lusa – algumas bem próximas do centro da nova colônia germânica.
No livro de Carlos Ficker, “História de Joinville – Crônicas da Colônia Dona Francisca”, constam
algumas dessas famílias. Na região onde hoje é o Bairro Boa Vista, do outro lado do rio Cachoeira, havia a
propriedade de Agostinho Budal. Entre o Bucarein e o atual Itaum, havia a propriedade de Antônio Vieira e
mais adiante a sesmaria de Salvador Gomes e Afonso Miranda.
Para o Norte, na região onde hoje fica o aeroporto, as terras eram de João Cercal, Luiz Dias do
Rosário, Vicente Afonso do Rosário e outros – uma área que se encostava ao rio Cubatão. Na região ao lado
da “Rainha”, em Araquari, havia as terras do Coronel Camacho.
Para o Sul, nomes como Antônio da Veiga, João da Veiga, Manoel Gomes e Francisco da Maia já
estavam radicados, entre muitas outras famílias. No livro de Carlos Ficker consta que o Coronel Vieira, por
exemplo, se estabeleceu em 1826. “Com grande fazenda e muitos escravos.” Nos registros dos cemitérios e
igrejas eles apareciam, com a identificação de seus donos.
Na Coletoria Estadual havia ainda o registro do recolhimento de impostos sobre a circulação de
escravos (como uma mercadoria, um bem) e no livro de venda dos escravos, constava o imposto sobre
transferência. Quando eles iam ao Planalto Norte, por exemplo, mudavam de Estado, e era preciso pagar o
imposto. As famílias vinham de lá para comprar escravos aqui. Isso era registrado no tabelionato, explica a
pesquisadora Brigitte Brandenburg, comentando que nesse comércio muitas vezes as famílias de negros
eram separadas.
“Às vezes, as crianças não iam juntas”, comenta. Nessa época, segunda metade do século 19, a maior
parte dos cativos já era nascida no país – anteriormente, até por volta de 1860, os registros indicavam a
procedência, como “Benguela” (uma das denominações dada aos bantus, que viviam em vários locais da
costa africana) e “Mina” (vindos da Costa da Mina, na África), por exemplo.
Em seu livro, “Suedbrasilien”, publicado em 1850, o doutor Hemann Blumenau revelava que nas
províncias do Norte o número de escravos era elevado e a proporção em alguns casos chegava a um branco
para dez negros. “No Sul, a porcentagem é menor, como na Província de Santa Catarina, onde, numa
população de cerca de 90 mil almas, há apenas 14 mil escravos”, disse. João Vieira Sênior, da região que

49
hoje é o Itinga, por exemplo, tinha 32 escravos. Já Salvador Gomes, quando morreu, tinha 40 cativos,
comenta Brigitte.
Ainda hoje, quem passa pela antiga Estrada da Serra, atual SC-40, em Pirabeiraba, pode observar
uma casa cuja construção é atribuída a João Gomes de Oliveira, descendente de Salvador Gomes. O imóvel
erguido na década de 60 do século 19 hoje pertence ao casal Wigando e Alzira Fleith, e tem suas
características preservadas. A casa foi comprada pelo pai de Alzira em junho de 1935. Ela lembra que ao
lado da casa, à direita, ainda era possível ver vários ranchos de madeira usados para abrigar os escravos na
roça de mandioca e Cana. Os escravos trabalhavam nos engenhos de farinha e na roça, cultivando mandioca
e cana. Também podiam ser encontrados em plantações de arroz. “Em São Francisco do Sul tinha muito
arroz”, comenta Brigitte Brandenburg. Paraty, onde hoje é Araquari, era uma área grande, com uma parte
cultivável e muitos banhados, o que demandava maior mão de obra.
Os imigrantes que eram trazidos da Europa para povoar a Colônia Dona Francisca não podiam ter
escravos. No livro “Era uma vez um simples Caminho”, a pesquisadora Elly Herkenhoff afirma que a
iniciativa de coibir o uso dessa mão de obra partiu da própria Sociedade Colonizadora de Hamburgo, em
1849, que solicitou a medida ao imperador Dom Pedro 2º. Isso não quer dizer que, em determinadas
situações, eles não tivessem. Um caso típico era quando um colono casava com uma moça de origem lusa,
que podia levar seu escravo – e algumas vezes levavam, já que não estavam habituadas ao trabalho
doméstico. “Os escravos eram herdados. Eles tinham filhos, que iam crescendo junto com as famílias. Não
precisavam comprar, vinham de herança”, explica Brigitte Brandenburg, citando o exemplo de um senhor
Seiler, que era casado com uma moça de uma família lusa abastada de Morretes (PR). Construtor de
moinhos, ele veio fazer trabalhos na colônia no final dos anos 70 e trouxe a família, com escravos.
A prática, porém, não era comum, já que a escravidão não era vista com bons olhos pelos moradores
da Colônia. “Não se podia impedir que o francisquense tivesse escravos. Mas quando João Gomes veio para
cá, ele consultou Frederic Brüstlein sobre a vinda de escravos”, recorda a pesquisadora, referindo-se a um
proprietário que adquiriu terras em Pirabeiraba, fora da colônia, mas ainda dentro do domínio do príncipe. A
carta consta da correspondência de Brüstlein, preservada no Arquivo Histórico de Joinville.
Foto: Arquivo Histórico de Joinville
http://desacato.info/mao-de-obra-escrava-era-usada-na-joinville-do-seculo-19/

BAIRRO ITAPOCU

Localizado no município de Araquari, o distrito de Itapocu está margeado ao norte pela BR-101 e ao
sul pelo rio Itapocu, um dos principais afluentes da região. Conhecido até o fim do século XIX como Porto
do Sertão, é uma região que se formou a partir da migração da região litorânea do sul de Santa
Catarina, especialmente de descendentes de portugueses açorianos e também migrantes da região
norte, sobretudo de São Paulo, onde aí se incluem os negros que migraram para formar a Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, por volta de 1854 (ALVES; LIMA e ALBUQUERQUE, 1990).
Itapocu, consequentemente, passou a ser um território de encontro dos antigos moradores (negros) e
seus amigos, conquistados nos novos territórios de moradia dos migrantes (SANTOS e SILVEIRA, 2001).
Itapocu tornou-se local de resistência, pois na década de 1960 ocorreu um rompimento com a Igreja Católica
Romana que marcou definitivamente a comunidade negra do Distrito.
Até a década de 1960 havia em Itapocu a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja do Sagrado
Coração de Jesus, semelhante ao que ocorre hoje, porém naquele período houve uma movimentação da
Igreja Católica Romana iniciada pelo então vigário de Araquari, Padre Aníbal Círico, com o aval do então
Bispo Dom Gregório Warmeling, para fazer uma junção das duas igrejas em uma única. Todavia a proposta
era de que, tão logo a junção das duas igrejas se efetivasse, seria desmanchado o prédio de uma delas. Após
conversar com membros da comunidade, incluindo o padre, o bispo e também alguns negros, não
necessariamente representantes da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, ficou decidido que a igreja a ser
desmanchada seria a de Nossa Senhora do Rosário.
Porém, com a derrubada da igreja na década de 1960, não foi possível conciliar celebrações que até a
ocasião eram realizadas em igrejas separadas, até mesmo com rituais diferentes. Após um período que não
se conseguiu precisar, houve uma nova separação, mais conflituosa e que revelou o distanciamento religioso

50
e cultural, que não se percebia ou não se queria perceber até então. Porém há lembranças até hoje do lugar
de os negros sentarem na igreja dos brancos; os negros deveriam sentar-se no lado direito, enquanto os
brancos do lado esquerdo, não há uma explicação lógica para isso, apenas separação (FINDLAY, 2005).
Embora todo rompimento seja conflituoso, para os negros de Itapocu o que houve foi mais do que se
pressupõe, pois está presente na memória e consequentemente na fala dessa comunidade negra a lembrança
da igreja demolida, como “espaço” sagrado violado, pela própria igreja que mantinha.
Essa passagem configura-se como um dos elementos comprobatórios de que, mesmo com o “espaço
físico”, nesse caso a igreja, tendo sido violado, a comunidade consegue manter o “espaço simbólico” em sua
memória social e não deixa de preservar suas identidades. O Grupo Catumbi de Itapocu é composto por
homens, de quantidade indefinida, podendo ser a partir de dez e chegando a 30, e por duas mulheres, que
apenas têm a função de levarem as bandeiras, enquanto os homens, em suas manifestações, cantam, dançam
e tocam tambores, em honra a Nossa Senhora do
Rosário, e são uma espécie de guardiões da Santa e mantenedores da igreja. As bandeiras, uma azul e
a outra branca, acompanham o cortejo sempre quando o Grupo Catumbi se apresenta, de forma muito
semelhante à utilizada pela cantoria do
Divino Espírito Santo. O culto ao Divino Espírito Santo, de origem portuguesa, veio para o litoral
catarinense do Arquipélago dos Açores (FARIAS, 1998). Em ambas as manifestações, no cortejo, as
bandeiras vão à frente, mais no caso da Nossa Senhora do Rosário a elas seguem o Capitão, os
Tambolireiros e os Dançantes. Essa sequência ocorre em ensaios normais4, em dias festivos aparecem as
figuras do Capelão, do Rei e da Rainha. Desde 2004 aparecem crianças (meninos) que foram inseridos no
Grupo Catumbi, geralmente são filhos, sobrinhos ou netos dos dançantes adultos, chamados de Catumbi
Mirim.
Além da manifestação artística e cultural encenada pelo Grupo Catumbi, outras tarefas são atribuídas
ao Grupo, como organizar a festa e acompanhar as bandeiras. Mesmo havendo um momento específico de
visita das bandeiras às casas da comunidade de Itapocu, são elas um dos elementos simbólicos que estão
sempre acompanhando o Grupo Catumbi, devidamente carregadas por duas mulheres da comunidade.
Também durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário o grupo acompanha o translado da Imagem de
Nossa Senhora do Rosário e das Coroas com seus respectivos rei e rainha. Durante a festa há a escolha de
um casal que será o rei e a rainha da festa do ano seguinte, cujo reinado durará um ano. Os membros reais,
geralmente, representam duas famílias, em razão de que é por conta deles que correm os gastos com o
banquete a ser oferecido no dia da festa, após a coroação. Esse ritual é acompanhado pelos juízes da festa,
que são as testemunhas da coroação.

EXPEDIÇÃO DE JOURDAN

Na expedição que o engenheiro Emilio Carlos Jourdan engenheiro designado a demarcar as terras das
margens do Rio Itapocu. Começando desde o rio Itapocu, rio Jaraguá na vila em Joinville com intuito de
arrendar as terras demarcadas na margem direita do rio Itapocu pertencente ao Conde d’Eu e a Princesa
Isabel. Isso aconteceu no ano 1876.
Quando Jourdan arrastou a primeira viagem embarcando no porto do então “Sertão” (hoje Itapocu),
havia entrado em entendimento com os senhores Onofre Rosa e Carl Walter, pessoas relacionadas na época.
Este era alemão e migrava solteiro. Viria ser posteriormente comprade de Jourdan por lhe batizar o Emilio
Charles. Ali Jourdan conseguiu 05 homens conhecedores de longo percurso no volumoso Itapocu, pelo qual
nos anos de 1878, entraram veleiros de bom Caldo Calado para transportar produtos agrícolas das regiões de
Corveta, Ribeirão da Corda, Morro Grande do Ai.
Daquele porto, a 13 de abril de 1877, partia pela madrugada de quinta-feira santa, grande canoa
remada por Calixto Domingos Borges Trajano Polfino Nascimento de Oliveira, João Pães e Alexandre
Padillha (Branco) Jourdan acompanhado.
O roteiro durou até sexta-feira santa quando chegaram e aportavam numa ilha, em Jaraguá, defronte
da atual FAMAC.
Sábado de aleluia (15 de abril), pelo clarear do dia passou-se a canoa a margem direita do rio
entrando por um forte ribeirão, onde ficavam escondidos aos botocudos, senhores absolutos da região. Foi

51
ali que Jourdan pronunciou, com sotaque estrangeiro – “Rapazes aqui eu quero fundar a grande usina de
açúcar. Esta terra será de grande futuro para o Brasil.”
No Sertão (Itapocu) era plantada cana de açúcar, solo arenoso próprio para esse plantio. Pés de café,
pés de rícino, feijão, milho, fumo e legumes.

BAIRRO RAINHA - Relatos da história do bairro

Entrevistado: Maria Borges Ferreira (Dona Quininha).


Entrevistador: Mariselma Justina de Borba.

Eu, Maria Borges Ferreira (Dona Quininha), nasci em uma comunidade chamada Ribeirão da Corda
próxima do Rainha. Estudei na Escola Estadual Isolada Mista do Bairro Rainha a 1ª série e a 2ª série por
dois anos, entre 1943 e 1945, que ficava localizada onde o Sr. João Ignácio (João Tianga) morava, casa que
na época era do professor João Agnelo Vieira, que foi o primeiro professor e depois outros.
Conheci a capela do bairro e fiz a catequese com os professores e com o Padre José Augusto do
Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Fiz a primeira comunhão com o Padre José nesta capela,
posteriormente, esta capela se tornou o segundo local onde funcionou a escola no bairro. Em 1946 fui
estudar na Escola Estadual do Coqueiro, fiz a terceira série, terminei e então fui para Jaraguá do Sul estudar
de 1947 a 1953. Depois de 07 anos terminando o normal regional, voltei para minha comunidade e fui
nomeada professora desta escola no dia 16 de março de 1954, onde eu servia a capela como catequista,
preparava as crianças para a primeira comunhão. Os Padres foram: Pe Ambrósio e Pe Henrique e também o
Pe José do Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Lembro-me que chamavam de capela da Rainha. Sei que
tinha a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto e a Santa Cruz. Tinha outra capela perto da Santa Cruz, que
todo ano dia 03 de maio comemoravam o Dia da Santa Cruz. No dia 21 de novembro de 1959 me casei com
Crispim em Araquari, quatorze anos dei aula na Escola Estadual de Rainha, povo da roça tinha engenho de
farinha, minha família também era da roça.

Entrevistada: Ivone Nascimento Alexandre


Entrevistador: Mariselma Justina de Borba.

Em 1960 eu cheguei pra morar no Bairro Rainha, tinha 10 anos de idade. Ainda nos anos 60 entrei
para estudar nesta escola, conhecida por Escola Estadual de Rainha, era uma casa de madeira, tinha uma
porta e três janelas, o trinco de madeira para fechá-la. A professora chamava-se Maria Borges Ferreira.
Havia 45 alunos, todos numa só sala, nas carteiras cabiam 05 crianças cada uma. Mais tarde foi desdobrada
para 02 turnos e a escola passou a se chamar de Escola Estadual Desdobrada de Rainha, depois Escola
Isolada Rainha, atualmente chamada de Escola Municipal João Agnelo Vieira, este o fundador da escola da
época. Quando ele dava aulas os alunos escreviam em lousas e apagavam com saliva, minha mãe estudou
com esse professor, era família do bairro Corveta. Vocês gostariam de saber por que esta localidade se
chama Rainha? Ouvi dizer que a Rainha D. Francisca tinha o domínio desta região, de Joinville até aqui, por
isso o nome desta localidade, hoje esta localidade é conhecida como Zé do Brejo, mas na época era chamada
de Rainha de dentro e dava saída para Barra do Sul pelo estivado e onde ficava a escola e a igreja era
chamada de Rainha de fora. Mais tarde, em 1966 eu estava com 16 anos, comecei a dar aula no bairro
Rainha II (Rainha de dentro) e continuei por 14 anos. Na localidade Rainha de fora foi construído a nova
escola (terceiro prédio) onde várias professoras trabalhavam entre elas Maria Borges Ferreira (Dona
Quininha), a Maria Amélia Duarte e Maria da Conceição que vinham de Araquari, onde hoje funciona o
Centro de Educação Infantil João Ignácio Filho.
O preparo da merenda era executado por dois alunos que eram escalados para esta tarefa em forma
de rodízio, era somente leite em pó que se não soubesse preparar ficava embolado, o fogo era feito no chão
em cima de alguns tijolos e a lenha eram os meninos que buscavam nas capoeiras.
A água para beber era buscada no ribeirão que ficava nas terras do Sr. João Ignácio (João Tianga).
As brincadeiras de meninas eram brincadeiras de roda como a ratoeira e a do limão e passa anel, já os
meninos brincavam de esconde-esconde e bolinha de gude.

52
PÉROLAS DO BAIRRO RAINHA

Termos utilizados pelos moradores da região do Bairro Rainha cotidianamente:

Acrocado - sentado no chão ou no calcanhar Bochicho - cochichar


Abobado - metido Cabeu - coube
Aguaceiro - chuva forte Cacalhada - sem moral
Amuado - mal humorado Bateu a cassuleta - morrer
Antionti - antes de ontem Cafundó - lugar longe
Apurado-ir no banheiro Camaçada - surra
Ariar - dar brilho Cambacica - pessoa pequena
Arrancar - sair Cambito - perna fina
Arretar - alisar alguém Canga - peça de madeira para prender os bois
Assuntado - cabeça no lugar, prestar atenção Capenga - torto
Atazanar - incomodar Capilé - suco
Atorar - cortar pelo meio Capotar - dormir
Aturar - suportar Carcar - escapar, cair fora
Alvoroçado - agitado Cardeneta - mesmo que caderneta (usava para
Avoado - aéreo anotar as compras)
Bacio-vaso sanitário Carrada - muito; porção de barro.
Bafafá-falatório Cartapaço - bolsa de pano
Baiacu - pessoa barrigudo nome de um peixe que Catatumba - túmulo
incha quando se sente ameaçado Cepo - tronco de madeira
Baitaca - pessoa que fala muito Chapado - bêbado
Balela - conversa mole Chimia - mistura de ovo e açúcar bem batido (com
Barbaridade-espanto surpresa ovo cozido ou cru) para passar no pão
Bardoso - que tem barda (mimado) Chineca - pão doce
Béco - bezerro Chispar - sumir
Bica - queda d’água natural Chuchar - empurrar
Bico - chupeta Chulapa - tapa
Biju - massa feita de farinha de mandioca Chupim - pessoa folgada (gosta de se aproveitar
Birrento-teimoso dos outros)
Biruta-louca Cocho - tanque de lavar
Bizolhar - dar uma olhadinha Constipação - gripe
Bobiça - coisa sem importância, besteira, Corrido - aquele que corre do jogo (medroso)
palhaçada. Croque - tapa na cabeça
Boca de coivara – quem tem os dentes muito Cuia - espécie de concha
estragados Curisco - pessoa pequena e rápida
Bonéu - boné Desvaziar - esvaziar
Brecar - frear Dijaojinha - a bem pouco tempo
Bufar - reclamar Égua – expressão de espanto
Butuca - mosca que pica Embasado - sufocado

COMUNIDADE DO JACU
Sonia Eronides da Cunha
Moradora do Jacu

Nasci em Joinville, no dia 29 de abril de 1967. Quando vim morar no Morro do Jacu eu era
bem pequena, praticamente me criei ali. Estudei na Escola Isolada Estadual do Jacu, onde conclui
as séries iniciais do Ensino Fundamental. A professora chamava-se Maria Salete da Cunha. Casei
com 15 anos de idade e tive três lindos filhos. Hoje estão todos casados e tenho 05 maravilhosos
53
netos. Comecei a trabalhar com 28 anos na escola como merendeira, concursada pela Prefeitura.
Na escola no Jacu trabalhei nos anos de 1996 até 2003. Neste ano de 2003 a escola foi desativada
e centraram todos os alunos na escola do bairro Rainha. Todos tiveram que ir para lá, os alunos e
eu. Foi então que estou até hoje trabalhando como merendeira na Escola Municipal João Agnelo
Vieira. Perguntaram-me se eu conhecia a história que dá origem do nome Jacu, onde moro. Pois
então, vocês devem estar curiosos para saber como surgiu o nome Morro do Jacu, não é? Dizem
os moradores mais antigos da comunidade (inclusive meu avô), que nesse morro havia muitos
passarinhos que se chamava Jacu. Daí vem o nome do morro, Morro do Jacu.
Como moradora, tenho muito orgulho em morar nessa comunidade. Atualmente ainda
existem muitos agricultores que cultivam banana, arroz, maracujá e outros. Sou casada e muito
feliz junto ao meu Altair da Cunha. Hoje já não tem tantos pássaros Jacu (nem sei se existe mais).
Só o que guardo são lembranças e saudades das pessoas que se foram e de um tempo que não
volta mais.

ASSENTAMENTO JUSTINO DRASZERSKI


Sidiane A. Vieira
Moradora do Assentamento

Tudo começou no dia 16 de julho de 1994. Eram 03 famílias que vieram morar no bairro
de Itapocu no municipio de Araquari. Não era uma ocupação, pois era de comum acordo com o
dono da fazenda (Walfrido da Silva Lima). Ele iria negociar as terras com o INCRA para que
pudesse fazer um assentamento onde daria o direito e para dignidade 10 famílias poderem morar.
No início morávamos em barracas. Foram anos de negociação até sair o tão sonhado
assentamento. Enfrentamos muitos obstáculos até se formar o grupo de pessoas que temos hoje
aqui no assentamento. As casas foram construídas anos depois. Tudo levou muito tempo para ser
construído, mas neste assentamento hoje vive um povo muito feliz.

EEB TITOLIVIO VENANCIO ROSA

EEB TITOLIVIO VENANCIO ROSA


Endereço: Rua: ONOFRE ROSA, 96 - ITAPOCU

54
HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA
O NEGRO EM ARAQUARI
Alaide Honorato da Silva

A Constituição da República Federativa do Brasil, lei maior de nossa nação, possui


enquanto pressuposto.
(...) assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança,
o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social (...).
(BRASIL, 1988, p. 1)
Seus princípios, baseados na prevalência dos Direitos Humanos, na tolerância às
diferenças e repúdio a quaisquer formas de discriminação tiveram, no campo educacional, sua
transposição na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, que confere ao
contexto educacional a especificidade de articular com a diversidade, por meio do respeito às
manifestações culturais, bem como um currículo que atenda às necessidades de todas as partes
envolvidas na relação ensino – aprendizagem. Em diversos estudos realizados em nosso país,
descobriu-se que grande parte dos alunos negros possui dificuldade, ou mesmo total impedimento
em afirmar sua origem étnica. Uma das causas para este mal é a ausência de referências positivas
na narrativa da história dos negros tanto no Brasil, quanto de sua história ainda em continente
africano. Sendo assim, configura-se uma lacuna no autoconceito do negro em nosso país. Com o
intuito de sanar, amenizar esta situação de ausência da historicidade da cultura negra encontra-se
nichos para construir, na dimensão do senso comum: um particular mítico, dotado de histórias
preconceituosas, piadas depreciativas e explicações sem nenhuma base científica sem a ausência
de dados históricos e culturais que construiu uma nação sem referências acerca do negro
propriamente dito, assim como do continente africano. A luta então se fortaleceu no resgate dessa
identidade fragilizada, sob a égide do Movimento Negro Unificado que, por meio da fomentação
da lei 10.639/03 no Senado Federal, aprovou a obrigatoriedade do ensino de história e cultura
africana e afro-brasileira. Chega então no cotidiano escolar, a oportunidade de desvendar o outro
lado da história, seus motivos, costumes, tradições, tão silenciados ao longo de séculos de
eurocentrismo na educação brasileira. Segundo o documento oficial, a lei 10.639/ 03 (...) “altera a
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro brasileirae dá outras providências”. (BRASIL, 2006). Dentre suas
providencias, o documento ratifica mudanças na LDB, que passa a vigorar acrescida dos artigos
26-A, 79-A e 79-B; visa também abranger estabelecimentos de ensino fundamental, médio,
oficiais e particulares, a fim de implantar, no currículo dessas instituições, conteúdos sobre o
estudo da História da África e dos africanos, da luta dos negros em terras brasileiras, da cultura
negra brasileira, e do negro na formação da sociedade nacional. Além disso, insere, no calendário
letivo, o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Emana da sanção dessa
lei, a importância de uma ação pedagógica na inserção dos valores referentes à História da África,
da cultura afro-brasileira tanto na dimensão ontológica quanto epistemológica da formação do
educando, pois “com a aprovação da Lei 10.639, é obrigatório o ensino de história da África e da
cultura afro-brasileira em todas as escolas de ensino fundamental, médio e superior”. (BENCINI,
2004, p. 48).
Desta forma o Projeto Conhecendo Nosso Povo tem como proposta trazer subsídios
teóricos, que operam como fundamentos para os professores conhecerem o município e
reconhecerem as contribuições dos diferentes povos que aqui habitam e a diversidade étnico
cultural que interferem constantemente no seu cotidiano.

55
A TRAJETÓRIA DO NEGRO

Mesmo com um precedente histórico de sofrimento e humilhações a trajetória do negro em


terras brasileiras também foi marcada por uma série de lutas e combates às formas de exploração
as quais eram submetidos os seus. Aos poucos vamos desvencilhando este passado que clamava
por justiça de diversas formas. Fosse pela diplomacia, como na ocasião do comando de Ganga
Zumba em Palmares, ou das sangrentas batalhas pela liberdade, deflagradas por seu sobrinho e
sucessor Zumbi.
Em 1540, apenas 40 anos após a chegada de Cabral à costa brasileira, o navegador
espanhol Álvaro Nunes Cabeza de Vaca aportou onde hoje é o município de Barra Velha. O
explorador incentivou a colonização da região norte do estado, até então habitada por indígenas da
etnia Carijós. A expedição composta por europeus, escravos africanos e índios catequizados pelos
jesuítas, levou cerca de um mês para chegar ao local onde seria fixado o povoado. A primeira
denominação dada ao local foi Paranaguá Mirim ou Enseada Pequena, em Tupi Guarani. O nome
Paraty (Tainha Pequena) veio mais tarde. E somente a partir de 1943 a cidade ganhou a
denominação de Araquari, ou rio de refúgio dos pássaros, em Tupi-Guarani.
Em 1658, os primeiros bandeirantes portugueses fixaram-se na região. Mas o município de
Araquari foi colonizado basicamente por imigrantes açorianos, que chegaram ao litoral
catarinense entre os anos 1748 a 1756.
Entretanto, a fundação efetiva da vila só aconteceu em 1848, com a chegada de Joaquim
da Rocha Coutinho. Ao chegar, o senhor de escravos, já encontrou estabelecido à margem
esquerda do rio Parati, o português Manoel Viera. Os dois decidiram fundar uma vila.
Joaquim da Rocha Coutinho e Manoel Viera são considerados os fundadores da freguesia
de Senhor Bom Jesus do Paraty, parte do município de São Francisco do Sul. As casas eram
construídas às margens do rio Parati e Cubatão, local onde ainda hoje existem ruínas de casarios
antigos.
O arraial do Parati, como era chamado à localidade, pertencia a então vila de Nossa
Senhora das Graças do Rio São Francisco e foi elevada à categoria de freguesia (ou distrito) pela
Lei Provincial Número 375, de 8 de junho de 1854.
A emancipação política aconteceu por meio da Lei Provincial Nº 797, de 5 de abril de
1876. A instalação oficial se deu em janeiro de 1877 e o primeiro prefeito, Francisco José Dias de
Almeida tomou posse somente em 1887.
Em 1923, o município perdeu a autonomia e voltou a pertencer a São Francisco do Sul por
dois anos, quando foi administrado por um Conselho Municipal, composto por cinco membros.
A cultura açoriana enraizou-se e caminhou de mãos dadas com as mais diversas culturas,
entre elas a indígena e a africana. Todas importantes na construção das povoações desta região,
criando um mosaico cultural e o sincretismo religioso esta pluralidade cultural é representada no
hino de Araquari.

RELIGIOSIDADE

Araquari é uma cidade impregnada de religiosidade e misticismo. Seus pontos turísticos e


patrimônio histórico são cercados por lendas e histórias de devoção.
A Matriz da Freguesia Senhor Bom Jesus do Parati foi construída por determinação da
Coroa Portuguesa e concluída em 1858 com o esforço dos devotos, em terras doadas por Manoel
Pereira Lima e sua mulher.
Entre as atrações da nova igreja, reconstruída no mesmo lugar um século mais tarde, está a
“sala dos milagres”. A Igreja recebe milhares de romeiros e turistas, principalmente para a festa
religiosa do Senhor Bom Jesus de Araquari.
A festa realizada anualmente entre os dias 28 de julho a 06 de agosto há mais de 150 anos
é uma das principais atrações turísticas do município. Após as novenas, os festejos culminam com
a procissão do Senhor Bom Jesus, no dia 6 de agosto, pelas ruas da cidade.
56
Outras comunidades da cidade realizam suas festas de padroeira, mas a mais tradicional é
a da comunidade de Nossa Senhora do Rosário, de Itapocu, que realiza, desde o ano de 1854, na
semana do Natal, o Catumbi, folguedo de origem africana.
A localidade de Itapocu era conhecida como Porto do Sertão, um reduto de negros
escravos e libertos oriundos das regiões vizinhas e de outras do país, que mantinham o Catumbi
como uma de suas manifestações culturais.
Em 1854, os negros criaram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e incluíram a festa
no calendário religioso. Apesar de ter sofrido algumas intervenções da Igreja Católica Romana
pela posse das terras da igreja usada pelos negros da comunidade, e migrado para a Igreja Católica
Brasileira, o grupo sobrevive ao longo desses 157 de história, como um marco de resistência,
organização cultural e como referencial de vida para os negros da região.

Dança masculina, um dos símbolos do Catumbi do Itapocu, reverencia Nossa Senhora do Rosário
Fonte: https://ndonline.com.br/joinville/noticias/sincretismo-no-catumbi-de-itapocu

COMUNIDADES QUILOMBOLAS

Desde o início da chegada do negro no Brasil, aproximadamente 1530, os documentos


oficiais apontam fugas de escravos e formação de agrupamentos como forma de resistência à
escravidão.
A definição de comunidades quilombolas pelo Decreto 4.887 é a seguinte:
Art. 2º Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para fins deste
Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica
própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra
relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.
§ 1º Para fins desse Decreto, a caracterização dos remanescentes das comunidades dos
quilombos será atestada mediante autodefinição da própria comunidade.
Em Santa Catarina estima-se em 200 comunidades de quilombo (segundo o INCRA).
Desta apenas sete estão certificadas, enquanto outras se encontram em processo de autodefinição.
Em Araquari temos duas comunidades identificadas pelo INCRA: Areias Pequenas e Itapocu.
Os territórios quilombolas são considerados patrimônio cultural brasileiro.
Nesse contexto, os processos de regularização das terras quilombolas representam a
possibilidade de se conhecer e de acessar a história daqueles que foram silenciados e
desconsiderados na historiografia oficial, nos mapas geográficos e nos censos demográficos. Por

57
meio de saberes, tecnologias, formas específicas de manejar, lidar e cuidar da natureza passam a
ser conhecidos e assumidos como parte do acervo cultural do Brasil.

CONSIDERAÇOES FINAIS

Felizmente outra história está sendo escrita por meio de novas pesquisas que tem
incorporado em seus temas a presença e a cultura negra, colaborando dessa forma para
desconstruir o imaginário de que Santa Catarina é uma terra de “tradições européias” e de um
estado próspero graças exclusivamente aos descendentes de europeus.
A tendência é que a força das culturas consideradas negadas e silenciadas nos currículos
escolares cresça ainda mais. Os ditos excluídos começam a agir e a exigirem mudanças ainda mais
significativas no campo curricular e na prática docente, mudanças essas que valorizem as diversas
culturas formadoras da história nacional, de tal modo que a cultura africana e a indígena sejam
vistas de outro viés e não apenas pelo viés eurocêntrico colonizador. Sobre culturas silenciadas,
um ponto interessante levantando por Gomes (2012, p.8) é que não se pode confundir esse
silenciamento com o desconhecimento sobre o tema. Para ela, “é preciso colocá-lo no contexto do
racismo ambíguo brasileiro e do mito da democracia racial e sua expressão na realidade social e
escolar, ou seja, o silêncio parte-se de algo que se sabe, mas não se quer falar ou é impedido de
falar.” (GOMES, 2012, p.8). Dessa forma a discriminação racial se faz presente na instituição
escolar a partir do silenciamento ritualístico do professor. A lei 10.639/03 vem para romper com
esse silencio e apresenta rupturas no campo curricular e epistemológico de ensino, tornando
possível a “fala” daqueles considerados minorias, um diálogo intercultural emancipador,
considerando a existência de um “outro” enquanto sujeito ativo. Tendo em vista que para Alberti a
história e cultura afro-brasileira e indígena encaixam-se no que ela chama de “temas sensíveis”,
(ALBERTI, 2013, p.36). É nesta perspectiva que se insere o Projeto “Conhecendo Nosso Povo”a
ideia da polarização que existe em torno da nossa história de uma sociedade mista com as suas
diferenças e que somos de fato uma sociedade multicultural.

Referências
AFRICANIDADE BRASILEIRA - TV escola MEC 2013

GOMES, Nilma Lino. Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade.

MUNANGA, Kabengele org. Estratégias políticas de combate à discriminação racial. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo: Estação Ciência, 1996.

ROMÃO, Jeruse Maria. A África Está em Nós: história e cultura afro-brasileira: africanidade
Catarinense livro 5/ José Bento da Rosa da Silva. - João Pessoa Pernambuco: Editora Grafse
2009.

58
POVOS INDÍGENAS DE ARAQUARI

Tribo indígena é uma forma de organização social e cultural. Os índios brasileiros se organizam
em tribos, sendo que cada índio possui uma função dentro desta organização. Homens são
responsáveis pela caça e guerra, mulheres pela comida e agricultura e as crianças brincam e
aprendem.

Lideranças da tribo - Cada tribo possui um cacique (espécie de chefe) e um pajé (espécie de
sacerdote conhecedor de ervas, rituais e aspectos culturais da tribo).

Diferenças entre as tribos - Cada tribo possui aspectos culturais (danças, jogos, crenças, rituais)
que a diferencia de outras.

Em Araquari atualmente há aproximadamente 348 membros da etnia Guarani M'bya. E 04 Escolas


bilíngue.

Aldeias:

1- Ywapuru - 07 famílias 5- Tarumã - 08 famílias


2- Jaboticabeira- 15 famílias 6- Piraí - 22 famílias
3- Pindoty- 07 famílias
4- Tarumã Mirim- 04 famílias

Cacique Ronaldo mostra os artesanatos produzidos na Marta, de 49 anos, é a moradora mais velha da tribo
Aldeia Tiaraju Tiaraju Foto: Pena Filho / Agencia RBS

Fontes: Dados repassados pela FUNAI - Joinville

59
REFERÊNCIAS

A Notícia. http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/noticia/2012/04/indios-tentam-preservar-tradicoes-na-
aldeia-guarani-tiaraju-no-norte-de-sc-3732035.html

http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/cultura-e-variedades/guia-mais/noticia acessado em 29/04/2017.

http://www.araquari.sc.gov.br/c/pontos-turisticos acessado em 29/04/2017.

http://www.araquari.sc.gov.br/noticia acessado em 29/04/2017.

https://scontent.fbnu3-1.fna.fbcdn.net/v/tacessada em 29/04/2017

Livro Araquari do Tamanho do Coração. Secretaria Municipal de Educação. Araquari: 1ª Edição,


2013.

Notícias do Dia. https://ndonline.com.br/joinville/noticias/aldeia-de-araquari-nao-comemora-o-


dia-do-indio-se-mantem-com-artesanato-e-aposta-na-educacao

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAQUARI. http://www.araquari.sc.gov.br/

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ARAQUARI. Araquari do Tamanho do


Coração, 1ª Edição, Impressão Gráfica 91

TRIBO INDÍGENA. http://www.suapesquisa.com/o_que_e/tribo_indigena.htm

60

Вам также может понравиться