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MOITA LOPES, Luiz Paulo (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar.

São
Paulo: Parábola Editorial, 2006.

Introdução: Uma linguística aplicada mestiça e ideológica: interrogando o campo


como linguista aplicado (MOITA LOPES)

[...] me conduziram à necessidade de pensar uma linguística aplicada (LA) que dialogasse
com teorias que estão atravessando o campo das ciências sociais e das humanidades. [...]
interdisciplinar/transdisciplinar, [...] criar inteligibilidade sobre problemas sociais em que
a linguagem tem um papel central. [...] epistemologia e as teorizações que falem ao
mundo atual e que questionem uma série de pressupostos que vinham informando uma
LA modernista. (MOITA LOPES, 2006, p. 14).

Rampton (1997) indica que a LA está se tornando ‘um espaço aberto’ ou ‘com múltiplos
centros’, no qual se encontram concepções singulares e divergentes de LA. (MOITA
LOPES, 2006, p. 15).

A necessidade de atentar para teorizações extremamente relevantes nas ciências sócias e


nas humanidades que precisam ser incorporadas à LA. Tais teorizações se prendem
principalmente a compreensões referentes à natureza do sujeito social, advindas de uma
problematização dos ideais modernistas, que têm implicações na natureza epistemológica
(MOITA LOPES, 2006, p. 15).

A LA não é aplicação linguística. (MOITA LOPES, 2006, p. 17).

[...] a pesquisa em LA caracterizada como a ‘outra linguística’. Trata-se, na verdade, de


uma área que é fonte de perplexidade para muitos colegas de outros campos dos chamados
estudos linguísticos (cf. Moita Lopes, 2004).

LA contemporânea é o envolvimento de uma reflexão contínua [...] um campo que se


repensa insistentemente (cf. Pennycook, 2001). Tal característica pode ser bastante
problemática para campos cristalizados, seguidores de visões de conhecimento como
construção de verdade (MOITA LOPES, 2006, p. 17).

Uma teoria linguística pode fornecer uma descrição mais acurada de um aspecto
linguístico do que outra, mas ser completamente ineficiente do ponto de vista do processo
de ensinar/aprender línguas. (MOITA LOPES, 2006, p. 18)

[...] os conhecimentos que as pessoas têm de suas práticas linguísticas, seja mais útil para
o processo de ensinar/aprender do que uma descrição informada por determinada teoria
(MOITA LOPES, 2006, p. 18)

A compreensão apressada e pouco lúcida de que o seu aparato teórico poderia focalizar
questões além de seu alcance. [...] essa relação unidirecional entre teoria linguística e a
prática de ensinar/aprender línguas, típica da chamada aplicação de linguística, que não
contempla nem a possibilidade a prática alterar a teoria (MOITA LOPES, 2006, p. 18 -
19)

Arcabouço teórico interdisciplinar [...] lógica da interdisciplinaridade possibilita então à


LA escapar de visões preestabelecidas e trazer à tona o que não é facilmente
compreendido ou o que escapa aos percursos de pesquisa já traçados, colocando o foco
da pesquisa no que é marginal (MOITA LOPES, 2006, p. 19).

LA não como conhecimento disciplinar, mas como Indisciplinar (Moita Lopes, 1998) ou
como antidisciplinar e transgressivo (Pennycook, 2001). (MOITA LOPES, 2006, p. 19)

“um rei sem reino” (Fauré, 1992), no entanto, Celani (1998) sabiamente pergunta: “Há
lugar para reinos no domínio do saber?” (MOITA LOPES, 2006, p. 19)

LA não tenta encaminhar soluções ou resolver os problemas com que se defronta ou


constrói. Ao contrário, a LA procura problematiza-los ou criar inteligibilidades sobre eles,
de modo que alternativas para tais contextos de usos da linguagem possam ser
vislumbradas. (MOITA LOPES, 2006, p. 20)

[...] foi certamente o viés de interdisciplinaridade que causou mais impacto no


desenvolvimento da LA contemporânea. E é esse viés que leva à formulação de uma LA
mestiça ou nômade (MOITA LOPES, 2006, p. 20)

A necessidade de reinvenção deva ser compreendida como central em qualquer


empreendimento de pesquisa (MOITA LOPES, 2006, p. 21)

[...] no mundo contemporâneo, ‘não podemos mais depender de grandes argumentos e


ideias transcendentais infalíveis’ (Butler, 2002). Precisamos justifica-los, discuti-los e
considera-los à luz de escolhas técnicas para práticas sócias que vivemos, ao pensar
alternativas para o futuro. (MOITA LOPES, 2006, p. 21)

[...] no contexto aplicado [...] onde as pessoas vivem e agem, deve considerar a
compreensão das mudanças relacionadas à vida sociocultural, política e histórica que elas
experienciam. (MOITA LOPES, 2006, p. 21)

[...] LA ideológica, compreendida por Pennycook 2001, que ‘todo conhecimento é


político’ (MOITA LOPES, 2006, p. 21)

Politizar o ato de pesquisar e pensar alternativas para a vida social são parte intrínseca
dos novos modos de teorizar e fazer LA. [...] centralidade das questões sociopolíticas e
da linguagem na constituição da vida social e pessoal. (MOITA LOPES, 2006, p. 22)

[...] impacto produzido por ciências sócias e nas humanidades por teorias que têm
interrogado a modernidade, acarretando profundos questionamentos sobre os tipos de
conhecimento produzidos e tentando explicar as mudanças contemporâneas que vivemos.
(MOITA LOPES, 2006, p. 22)

[...] pertinência e relevância dos conhecimentos teóricos e metodológicos que utilizamos


para fazer nossas pesquisa no contexto aplicado em um mundo em mudança. LA
modernista. (MOITA LOPES, 2006, p. 22).

[...] à definição do sujeito social como homogêneo, trazendo à tona seus atravessamentos
identitárias, construídos no discurso (MOITA LOPES, 2006, p. 22).
[...] são necessárias teorizações que dialoguem com o mundo contemporâneo, com as
práticas sociais que as pessoas vivem, como também desenhos de pesquisa que
considerem diretamente os interesses daqueles que trabalham, agem etc. no contexto de
aplicação – uma dimensão que o campo da LA raramente contempla. É preciso que
aqueles que vivem as práticas sociais sejam chamados a opinar sobre os resultados de
nossas pesquisas, como também a identificar nossas questões de pesquisa como sendo
válidas de seus pontos de vista: uma dimensão essencial em área aplicadas. (MOITA
LOPES, 2006, p. 23).

Originária de um mundo que entendia a pesquisa como necessariamente positivista, a


pesquisa em ciências sócias hoje questiona as formas tradicionais de conhecimento e abre
um leque muito grande de desenhos de pesquisa de natureza interpretativista (Moita
Lopes, 1994) e de modos de construir conhecimento sobre a vida social. (MOITA
LOPES, 2006, p. 25)

As questões que este livro focaliza estão,

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