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A condição
de Proletariedade
Precariedade do Trabalho no Capitalismo Global
Editora Praxis
Projeto Editorial Praxis
http://editorapraxis.cjb.net
A condição
de Proletariedade
Precariedade do Trabalho no Capitalismo Global
Editora Praxis
2009
Copyright do Autor, 2006
ISBN 978-85-7917-010-2
Conselho Editorial
Prof. Dr. Antonio Thomaz Júnior – UNESP
Prof. Dr. Ariovaldo de Oliveira Santos – UEL
Prof. Dr. Francisco Luis Corsi – UNESP
Prof. Dr. Jorge Luis Cammarano Gonzáles – UNISO
Prof. Dr. Jorge Machado – USP
Prof. Dr. José Meneleu Neto – UECE
Produção Gráfica
Canal6 Projetos Editoriais
www.canal6.com.br
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7917-010-2
CDD 331.0981
“A Tempestade” (1611)
William Shakespeare
O
livro “A condição de proletariedade – a precariedade do
trabalho capitalismo global” reúne ensaios elaborados no
decorrer de 2008 e 2009 no bojo do curso de extensão à dis-
tância “O mundo do trabalho através do cinema – a precariedade
do trabalho capitalismo global” – Segunda Edição. Eles representam
um amplo esforço de elaboração crítica que visa sugerir, a título me-
ramente preliminar, as bases teóricas para a crítica do trabalho es-
tranhado e critica da vida cotidiana no capitalismo global, além de
apresentar os rudimentos do que seria uma teoria da classe social do
proletariado numa perspectiva critico-dialética.
O livro possui caráter meramente ensaístico, sem pretensões de
esgotar os assuntos tratados. Nosso objetivo foi subsidiar o inves-
tigador da área do trabalho em suas várias instâncias disciplinares
com um esclarecimento categorial necessário para desvelar as entra-
nhas do mundo burguês.
Agradeço a oportunidade de interlocução direta (ou indireta)
com Alessandro Moura, Esdras Selegrin, Arakin Monteiro, Paulo
Mazzini, Paula Hypolito de Araújo, Edvânia Lourenço, Claudio Pin-
to, Jeinni Puziol, Silvia Correia, Francisco Luis Corsi, José Marango-
ni Camargo, Valéria Coelho e Thayse Palmela. Todos eles contribuí-
ram, em alguma medida, para provocar (e instigar) minhas reflexões
sobre o novo (e precário) mundo do trabalho e as misérias presentes
da vida burguesa no capitalismo global.
11 Capitulo 1
Trabalho e Capitalismo Global
Uma Análise histórico-critica
63 Capitulo 2
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
115 Capitulo 3
Estranhamento e fetichismo social
Notas teórico-críticas
127 Capitulo 4
O Proletário-Mascate
149 Capitulo 5
Trabalho e Estranhamento no Capitalismo Global
185 Capitulo 6
A disputa pelo Intangível
Estratégias gerenciais do capital na era da globalização
213 Capitulo 7
Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
229 Capitulo 8
Capitalismo como farsa
N
osso objetivo é desvelar o significado do conceito de capita-
lismo global para que possamos depois, salientar o que con-
sideramos como sendo os principais traços do metabolismo
social do trabalho nas condições da mundialização do capital. Na
verdade, capitalismo global é o capitalismo histórico nas condições
da mundialização do capital. É o que explicaremos mais adiante.
Num primeiro momento, iremos vincular a estrutura da eco-
nomia do capitalismo mundial em sua fase de globalização com o
metabolismo social do trabalho. Esta é a perspectiva metodológica
do materialismo histórico – explicitar o vínculo orgânico entre eco-
nomia do capital e vida social – com destaque para o mundo so-
cial do trabalho. Uma verdadeira análise dialético-materialista deve
apreender as interconexões causais complexas entre forma de ser do
desenvolvimento capitalista mundial nas últimas décadas e as meta-
morfoses do mundo social do trabalho. É buscar investigar o sentido
da totalidade concreta do capitalismo mundial nas condições da crise
estrutural do capital.
Outro aspecto metodológico que é importante salientar é que o
tratamento critico-histórico dos problemas que atingem o homem
que trabalha deve partir radicalmente de uma ótica histórico-mun-
dial, pois é com o capitalismo global que torna-se mais candente a
posição de indivíduos histórico-mundiais (expressão utilizada por
Marx e Engels no livro “Ideologia Alemã”). Enfim, é importante si-
tuar o objeto de investigação crítica no contexto histórico-mundial,
expondo o complexo de mediações concretas que o vinculam à cena
do capitalismo-mundo.
11
Capítulo 1
12
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Tese 1
Expansionista
Incontrolável
Capital
Incorrigível
Insustentável
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Capítulo 1
14
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Teoria da
exploração
Crítica do
capital
Teoria do
estranhamento
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Capítulo 1
Objetivação Exteriorização
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Objetivação/exteriorização
Produtos (objetos técnicos)
Valores
Instituições sociais
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Capítulo 1
Objetivação/
Estranhamento
Exteriorização
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Tese 2
Desde a sua origem, em fins do século XIV, o capitalismo moder-
no como sistema mundial de poder e modo de produção de mercado-
rias, passou por duas principais etapas de desenvolvimento históri-
co: o capitalismo comercial e o capitalismo industrial.
É com a última etapa – o capitalismo industrial – que se inaugu-
ra o mercado mundial e se explicita a forma de ser do capital como
modo de controle estranhado do metabolismo social.
O capitalismo industrial – o sistema da grande indústria e ma-
quinaria – que emerge na configuração sócio-territorial do Ocidente
em fins do século XIX, possui uma etapa internacional propriamen-
te dita, marcada pela expansão colonialista e imperialista (com a
afirmação dos Estados-nações construtos de burguesias nacionais);
e o que podemos considerar uma etapa global, que irá caracterizar
a mundialização do capital (é o que denominamos de capitalismo
global que é nada mais e nada menos que o capitalismo histórico na
fase da mundialização do capital).
21
Capítulo 1
Capitalismo Internacional
› Capitalismo Global
Segunda Terceira
Primeira Modernidade
Modernidade Modernidade
22
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
23
Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Modernidade do Capital
Primeira Modernidade
(séc. XVI-séc. XVIII)
Segunda Modernidade
(séc. XIX-séc. XX)
Terceira Modernidade
(séc. XXI...)
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Capítulo 1
28
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Produção
Taylorismo
Fordismo
Toyotismo
Reprodução Social
Americanismo
Globalismo
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Tese 3
O que nos interessa é tratar da etapa do capitalismo global mar-
cado pela crise estrutural do capital. A crise estrutural do capital que
se desenvolve com intensidade e amplitude a partir de meados da dé-
cada de 1970, projeta homens e mulheres numa nova temporalidade
sócio-histórica (o que, por exemplo, David Harvey irá denominar de
“condição pós-moderna”). Ela constitui o que denominamos acima
de terceira modernidade do capital. Enfim, há uma ruptura histórica
significativa com impactos na dinâmica histórica do sistema mun-
dial do capital – é o que queremos salientar abaixo.
O conceito de crise estrutural do capital é um importante nexo
categorial para explicar o complexo de mutações sociais que atingem
a civilização do capital no último quartel do século XX. Mas, o que
é a crise estrutural do capital?
Vejamos o que nos diz Istvan Meszáros, nesta longa citação do
livro “Para Além do Capital”.
Diz ele: “[...] a crise do capital que experimentamos hoje é fun-
damentalmente uma crise estrutural. Assim, não há nada especial
em associar-se capital a crise. Pelo contrário, crises de intensidade
e duração variadas são o modo natural de existência do capital: são
maneiras de progredir para além de suas barreiras imediatas e, desse
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Abrangência universal
Alcance global
Temporalidade permanente
Modo rastejante
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Capítulo 1
34
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Tese 4
É com a crise estrutural do capital e a nova temporalidade his-
tórica aberta pelo candente acúmulo de contradições capitalistas em
meados da década de 1970, que ocorrem mutações importantes na
dinâmica capitalista, seja na instância da produção, seja na instância
da reprodução social. É o que podemos chamar de complexo de res-
truturações capitalistas.
A totalidade concreta da reestruturação capitalista implica ondas
reestruturativas de largo espectro na economia, produção, politica,
cultura, tecnologia e psicologia social, processos reestruturativos que
iriam marcar as décadas de 1980 e 1990. Surge um novo e precário
mundo do trabalho, um novo mundo da economia (financeirização),
mundo da política (Estado neoliberal), mundo da cultura (pós-mo-
dernismo), mundo da tecnologia (III Revolução Industrial com suas
terceira e quarta revoluções tecnológicas) e mundo da sociabilidade
(o sócio-metabolismo da barbárie).
No bojo deste complexo de complexos, iremos salientar o com-
plexo de reestruturação produtiva, que atinge mais diretamente o
mundo do trabalho, e que é um dos principais elementos reestrutu-
rativos do capital em sua etapa de mundialização.
Com a crise estrutural do capital emerge um novo e precário
mundo do trabalho convulsionado pelas inovações tecnológico-
organizacionais e inovações sócio-metabólicas levadas a cabo pelos
grandes empresas e suas redes de subcontratações sob o espírito do
toyotismo.
Nos últimos trinta anos de mundialização do capital, emerge
com a crise estrutural do capital e suas ondas reestruturativas, uma
nova dinâmica de produção e acumulação capitalista marcada pela
acumulação predominantemente financeirizada, acumulação flexí-
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Capítulo 1
Acumulação flexível
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
- A acumulação flexível
David Harvey no livro “A Condição Pós-Moderna” nos apresen-
tou o conceito de “acumulação flexível”, que surge a partir da crise
do fordismo em meados da década de 1970. O novo modo de acu-
mulação capitalista surge em contraste com a “acumulação rígida”
ou “acumulação fordista-keynesiana”, que marcou o capitalismo do
imediato pós-guerra.
Mas a “acumulação flexível” é tão-somente uma descontinuidade
no interior de uma continuidade plena – o capitalismo da grande in-
dústria. O novo complexo de reestruturação produtiva que surge sob
a “acumulação flexível” expõe, nas condições da crise estrutural do
capital, o em–si “flexível” do estatuto ontológico-social do trabalho
assalariado. A “acumulação flexível” apenas exacerba um traço onto-
lógico da forma de ser do capital e do trabalho assalariado – a catego-
ria de flexibilidade sob a grande indústria, explicitada, por um lado,
pela precarização (e desqualificação) contínua e incessante da força
de trabalho e, por outro lado, pelas novas especializações (e qualifica-
ções) de segmentos da classe dos trabalhadores assalariados.
Em “O Capital”, Marx afirma que “[a indústria moderna] exige,
por sua natureza, variação do trabalho, isto é, fluidez das funções,
mobilidade do trabalhador em todos os sentidos”. E ressalta ainda,
em outra passagem, “a elasticidade que a máquina e a força humana
revelam, quando são simultaneamente distendidas ao máximo pela
diminuição compulsória da jornada de trabalho”. Portanto, a cate-
goria da flexibilidade é um traço ontológico do trabalho assalariado
e capital sob a grande indústria.
Mas, as novas condições históricas do capitalismo global – vi-
gência do capital financeiro, constituição do Estado neoliberal e
instauração da nova base tecnológico-informacional em rede – con-
tribuíram para a explicitação radical do em–si “flexível” do estatuto
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Capítulo 1
38
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
40
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
42
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Acumulação
predominantemente Acumulação
financeirizada flexível
Acumulação por
espoliação
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Capítulo 1
52
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
53
Capítulo 1
Tese 5
Iremos denominar o novo metabolismo social que surge das no-
vas condições históricas de reprodução expandida do capital sob a
acumulação predominantemente financeirizada/acumulação flexí-
vel/acumulação por espoliação, de sócio-metabolismo da barbárie,
um dos elementos causais que contribuiu para a debilitação do mo-
vimento social do trabalho e para a crise do sindicalismo nos princi-
pais países capitalistas.
Na instância da reprodução social, vigora com a nova tempora-
lidade histórica aberta pela crise estrutural do capital, um novo tipo
de sociabilidade – o sócio-metabolismo da barbárie que se caracteriza
pela vigência de fenômenos de estranhamento e fetichismos sociais.
A barbárie social é decorrente da derrota histórica da classe do
trabalho nas condições da luta de classes do pós-guerra e da crise da
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capítulo 1
Gráfico 1
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Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
Gráfico 2
Desemprego da Juventude no Mundo (1993-2003)
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Capítulo 1
60
Trabalho e Capitalismo Global – Uma Análise histórico-critica
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Capitulo 2
A Condição de Proletariedade
na Modernidade Salarial
N
osso objetivo neste capítulo é apresentar o conceito de condição
de proletariedade, considerado por nós como a condição exis-
tencial fundamental (e fundante) da modernidade do capital,
que implica homens e mulheres despossuídos dos meios de produção
de sua vida social, na situação de “classe social” do proletariado.
A “classe” (entre aspas) do proletariado é o conjunto social de
homens e mulheres, alienados da propriedade/controle social dos
meios de produção da vida, que estão subsumidos a uma condição
existencial histórico-particular – a condição de proletariedade.
A condição de proletariedade abre um campo de possibilidades con-
cretas para a constituição da classe social do proletariado propriamente
dita, posta como sujeito histórico-coletivo da civilização do capital.
Deste modo, a analítica existencial do proletariado, que apresen-
taremos seguir, é a base categorial-objetiva para construirmos uma
teoria da classe social do proletariado capaz de indicar as perspecti-
vas da práxis emancipatória no século XXI.
Num primeiro momento, iremos tratar da distinção crucial, no
legado marxiano, entre teoria do estranhamento e teoria da explora-
ção. Salientaremos que a teoria social da classe do proletariado que
iremos desenvolver, tem como base teórico-metodológica, a teoria
do estranhamento apresentado – em seus princípios fundamentais
– por Karl Marx.
Depois, discutiremos, mais uma vez, o significado de trabalho
estranhado, estranhamento e fetichismo social. É a partir deste arca-
bouço categorial que iremos apresentar o que é a “classe” do prole-
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
Crítica do Capital
Totalidade social
65
Capítulo 2
Teoria do Estranhamento
S ↔O Fetichismo
social
“S” C
(Figura 1)
Teoria do estranhamento
66
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
Teoria do fetichismo
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Capítulo 2
(Figura 2) (Figura 3)
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
O trabalho estranhado
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Capítulo 2
trabalho estranhado
(figura 4)
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
71
Capítulo 2
Condição de proletariedade
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
78
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
Produto Atividade
De si e dos
Outros
- A condição de proletariedade
O trabalho estranhado é uma forma histórica do trabalho huma-
no-social. Existem múltiplas significações da categoria de trabalho:
trabalho como categoria ontológica do ser social; trabalho estranha-
do como trabalho histórico das sociedades da propriedade privada/
divisão hierárquica do trabalho; trabalho capitalista como trabalho
estranhado que aparece como trabalho abstrato, distinguindo-se
deste modo, no plano da dinâmica de acumulação de capital, tra-
balho produtivo-trabalho improdutivo; neste contexto analítico da
produção do capital distingue-se também, além do trabalho abstra-
to, o trabalho concreto. Outras acepções de trabalho são trabalho
socialmente necessário, trabalho útil, etc.
80
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
81
Capítulo 2
82
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
Subalternidade
Acaso e contingencia
Insegurança e descontrole existencial
Incomunicabilidade
Deriva pessoal e sofrimento
Risco e periculosidade
Invisibilidade social
Experimentação e manipulação
Prosaísmo e desencantamento
Corrosão do caráter
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
“classe” do proletariado
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
“classe” classe
consciência social
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
exploração espoliação
opressão
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
Trabalho estranhado
Trabalho assalariado
Subordinação/subsunção
do trabalho ao capital
(formal, real, ideal)
O “trabalhador coletivo”
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
103
Capítulo 2
Formas da Subalternidade/Assujeitamento do
Trabalho Vivo ao Capital
Modo real
(objetivado no sistema de máquinas)
Modo formal
(objetivado no contrato de trabalho)
Modo ideal
(objetivado no controle sociometabólico do capital)
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
106
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
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Capítulo 2
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A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
111
Capítulo 2
112
A Condição de Proletariedade na Modernidade Salarial
113
Capitulo 3
B
uscaremos é esclarecer o significado das categorias de estra-
nhamento e fetichismo social. Nossas reflexões teórico-criti-
cas são desenvolvidas a partir do arsenal categorial marxiano,
embora não se reduza a ele. O que apresentamos é uma contribuição
autoral à uma teoria critica do capital como relação social de produ-
ção e modo de controle estranhado do metabolismo social.
Primeiro, distinguimos trabalho estranhado de estranhamento
propriamente dito (ou vida social estranhada). No Terceiro Manus-
crito dos “Manuscritos de Paris” (1844), Karl Marx trata do “tra-
balho estranhado”, embora já demonstrasse, naqueles escritos de
juventude, que trabalho estranhado implica em vida social estra-
nhada. O último capítulo da “Ontologia do Ser Social”, de Georg
Lukács se intitula “O estranhamento”. O velho Lukács busca tratar
principalmente de fenômenos sociais que dizem respeito à instân-
cia da reprodução social, embora não deixasse de reconhecer que o
pressuposto estrutural do estranhamento é o trabalho estranhado
propriamente dito. Assim, enquanto o trabalho estranhado pertence
à instancia da produção social, instância-base da vida social, a vida
estranhada ou estranhamento (e fetichismos) são elementos catego-
riais das instâncias da reprodução social ou da esfera da circulação
das mercadorias.
O trabalho estranhado (“Entfremdung Arbeit”, em alemão) é a
forma estrutural originária da vida social estranhada das sociedades
de classe, marcada por estranhamentos que perpassam seu metabo-
lismo social obstaculizando o desenvolvimento humano-genérico
das individualidades pessoais de classe. No caso da sociedade bur-
115
Capítulo 3
Fetichismo Reprodução
social
Estranhamento
Produção
Trabalho Estranhado
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Estranhamento e fetichismo social – Notas teórico-críticas
117
Capítulo 3
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Estranhamento e fetichismo social – Notas teórico-críticas
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Capítulo 3
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Estranhamento e fetichismo social – Notas teórico-críticas
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Capítulo 3
Opacidade e intransparencia
Impessoalidade e
Abstratividade
Forma-imagética e
Distanciamento
Coisidade e exterioridade
Descontrole e alienação
Manipulação e Auto-Engano
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Estranhamento e fetichismo social – Notas teórico-críticas
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Capítulo 3
124
Estranhamento e fetichismo social – Notas teórico-críticas
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Capitulo 4
O Proletário-Mascate
S
ob o capitalismo global acirra-se a centralização e concentra-
ção do capital no mercado mundial. Aumenta a concentra-
ção de renda nos países ricos. Na década de 1980, quando se
abre a era neoliberal com a mundialização do capital e a constitui-
ção de uma oligarquia global, cresce o acúmulo de capital-dinheiro
que busca rentabilidade. Na medida em que se vive uma crise de
superprodução sob as condições de acirrada concorrência mundial e
de mercados restritos, devido a baixa capacidade aquisitiva, tende a
restringir-se a margem de valorização da massa de capital-dinheiro
que busca o mercado financeiro como fonte de valorização fictícia.
É a crise de sobreacumulação que leva à financeirização da riqueza
capitalista. O capitalismo global é o capitalismo das bolhas especu-
lativas. Por outro lado, os ricos ficam mais ricos na medida em que
nunca foram tão favoráveis as condições político-sociais para a acu-
mulação do capital.
Nos últimos “trinta anos perversos” do capitalismo global tende
a emergir uma nova forma de ser da proletariedade. Torna-se per-
ceptível a imersão integral do homem proletário no império da mer-
cadoria, implicando, por completo, sua subjetividade na trama feti-
chizada do mercado. É com o capitalismo global, sob a dominação
neoliberal , que se busca reduzir a vida social à lógica de mercado,
e onde o fetichismo da mercadoria se impõe. Na verdade, operários
e empregados tornam-se quase executivos de venda, tornando-se
“proletários-mascate”, um imenso contingente de trabalhadores
assalariados, vendedores de mercadorias e prestadores de serviços
127
Capítulo 4
como mercadorias dos mais diversos tipos, que implicam, cada vez
mais, sua subjetividade com a trama do mercado.
Ora, sob a sociedade do capitalismo global, homens e mulheres
assalariados estão sempre vendendo alguma coisa, principalmente a
sua imagem pessoal. O importante não é ser, mas parecer ser ou ter.
Vivem na “corda bamba”, o que é um aspecto da exacerbação da con-
tingência de classe. Na verdade, o proletário-mascate é um homem
dividido entre a dimensão pessoal e a dimensão de classe. Ele tem seu
tempo de vida consumido pelo tempo do mercado.
O trabalhador assalariado do capitalismo global tende a estar
hoje mais do que nunca implicado com disposições mercantis, ten-
do em vista a redução do contingente de proletários operários in-
dustriais e a ampliação do contingente de proletários empregados
ligados às atividades de serviços, onde é intenso o contato com o
mundo das mercadorias e da relação de venda-e-compra.
Esta nova relação salarial do proletário moderno significa maior
implicação da subjetividade humana com a forma-mercadoria.
Torna-se mais clara as dimensões do dilaceramento da personalida-
de humana pela implicação mercantil. A presença do mercado no
tocante ao envolvimento do trabalho vivo que se compromete com
a venda da mercadoria é muito intensa na atividade do corretor de
imóveis. O trabalho do proletário de vendas exige o envolvimento do
cliente ou a “captura” da sua subjetividade. Ao mesmo tempo, o em-
pregado compromete também, do mesmo modo, a sua subjetividade
no processo de trabalho de venda. Enfim, é uma intensa intervenção
dialógica que visa abrir oportunidades de negócio.
No contato pessoal com o cliente, o trabalho vivo do vende-
dor, simula e dissimula atitudes e sentimentos em prol da venda da
mercadoria. O vendedor busca criar espaços de aproximação para
manipular o desejo do cliente. O que parecer ser uma relação hu-
mana, é uma relação coisal. Na verdade, a relação vendedor-cliente
é uma relação humana reificada. O fetichismo que impregna o pro-
duto-mercadoria adere à razão dialógica do vendedor. No processo
de trabalho, os assalariados de vendas encetam um diálogo-fetiche
128
O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
Força
Trabalho Forçacomo
vivode trabalho de trabalho
mercadoria
como mercadoria
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
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O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
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O Proletário-Mascate
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O Proletário-Mascate
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Capítulo 4
146
O Proletário-Mascate
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Capitulo 5
Trabalho e Estranhamento no
Capitalismo Global
O
mundo social do trabalho é constituído com um contin-
gente de homens desempregados, individualidades de clas-
se imersas em relações sociais estranhadas e enredados em
percepções (e auto-percepções) constituídas pelos valores-fetiches
da sociedade do trabalho estranhado (por exemplo, o valor-fetiche
da carreira e do sucesso profissional).
O universo existencial de uma fração da classe do proletariado
– os “proletários de classe média”, individualidades de classe perten-
centes à “classe média” assalariada, enredados intensamente com os
referentes sociológicos de status e prestigio social e com os valores-
fetiches que constituem o mundo das mercadorias.
A precarização do trabalho não se restringe às determinações
imediatas do local de trabalho e do estatuto salarial propriamente
dito. Precarização do trabalho implica determinações mediatas da
vida cotidiana, direto ou indiretamente ligadas ao mundo do traba-
lho e que estão enredadas na vida pessoal de cada um. Assim, a pre-
carização do trabalho implica a vida pessoal, mesmo daqueles que
não estão empregados ou ligados à instância do trabalho propria-
mente dito. Na medida em que homens e mulheres estão enredados
com valores-fetiches vinculados a uma identidade social dada pelo
trabalho estranhado como valor moral, eles estão indiretamente
vinculados ao mundo do trabalho estranhado.
Um dos traços estruturais da sociedade burguesa é o trabalho
como valor moral – isto é, o trabalho mais qualificado e que implica
carreira profissional. É ele que organiza a vida cotidiana dos indiví-
149
Capítulo 5
150
Trabalho e Estranhamento no Capitalismo Global
151
Capítulo 5
152
Trabalho e Estranhamento no Capitalismo Global
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Capítulo 5
Produção Reprodução
Social
Trabalho I Trabalho II
Valores-fetiches
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Capítulo 5
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Capítulo 5
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Capítulo 5
[s] [o]
[objetivação]
[s] [o]
“espaço [exteriorização]
interior” do
indivíduo
[s]’ X
[exteriorização da interioridade]
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Capítulo 5
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Capítulo 5
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A superpopulação relativa
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Capítulo 5
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Capítulo 5
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Capítulo 5
- O lumpenproletariado
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Capítulo 5
População líquida
lumpenprole-
tariado
População
latente
População estaganda
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Capítulo 5
Revoluções Tecnológicas
Politicas Neoliberais
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Capítulo 5
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Trabalho e Estranhamento no Capitalismo Global
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Capitulo 6
U
m das dimensões cruciais do complexo de reestruturação
produtiva que se desenvolve sob o novo regime de acumula-
ção flexível é a constituição de estratégias gerenciais voltadas
para a “captura” da subjetividade do trabalho vivo. O núcleo ideo-
lógico do novo regime de acumulação flexível é o toyotismo, posto
como a ideologia orgânica do novo complexo de reestruturação pro-
dutiva que surge com a mundialização do capital. O nexo essencial
do toyotismo é a “captura” da subjetividade, traço significativo das
ideologias gerenciais dos últimos trinta anos. A disputa pela subje-
tividade ocorre no interior de um processo de disseminação de uma
pletora de valores-fetiches, expectativas e utopias de mercado que
constituem o que denominamos “inovações sócio-metabólicas” que
perpassam não apenas o espaço da produção, mas o espaço da re-
produção social. O que significa que a “captura” da subjetividade é
não apenas um fato da gestão das empresas, mas um processo so-
cial complexo que implica produção e reprodução social, trabalho
e cotidiano, compondo a nova base sócio-metabólica do que Georg
Lukács denominou “capitalismo manipulatório”.
O objetivo deste ensaio é tentar expor alguns elementos teórico-
analiticos que possam contribuir para a apreensão dos significados
da “captura” da subjetividade do trabalho vivo, nexo essencial das
estratégias gerenciais do capital na era da globalização. Em primeiro
lugar, iremos expor as evidências da obsessão pelo controle/mani-
pulação/captura da subjetividade do trabalho nas práticas de gestão
empresarial. É o que iremos denominar de obsessão pelo intangível,
que se tornou a meta suprema do toyotismo. Para elem dos discur-
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Capítulo 6
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tal deve ter uma relação orgânica com aquilo que se exterioriza na
forma da ação concreta.
Enfim, para que a organização produtiva possa se manter, o ho-
mem que trabalha deve ser capaz de significar aquilo que realiza.
Por isso, o surgimento daquilo que chamamos de inovações sócio-
metabólicas com sua pletora de valores-fetiches e a tempestade de
ideologias de mercado, determinações fundamentais para a conso-
lidação do toyotismo como novo modelo produtivo do capital. Ora,
as ideologias são o substrato de força e consenso do nexo psicofísico.
Mais do que no fordismo, o toyotismo exige um tipo específico de
homem possuidor de uma estrutura de gestos e pensamento.
Gramsci observa que a taylorização e fordização iriam exigir
valores disciplinares e metódicos que iriam se expressar por meio
da repressão/regulamentação dos instintos sexuais. A preocupação
com a questão da sexualidade fez com que inspetores da Ford “in-
vadissem” a vida privada dos operários por extensiva investigação.
Como observa Ruiz, “Gramsci intui, longe de ser uma preocupação
de ordem meramente religiosa ou fortuita, que essa ação tinha ob-
jetivos educativos: incutir uma nova ética sexual em conformidade
com a nova ética produtiva” (RUIZ, 1998).
Ora, o fordismo, mais que o toyotismo, é uma concepção de
mundo e uma filosofia que visava a interferir concretamente nos
comportamentos humanos, moldando-os e direcionando-os. O ins-
tinto sexual tem que ser regulado em conformidade com a racionali-
zação da produção porque a libido é a energia psíquica que organiza
as disposições psicofísicas do trabalho vivo. Em sua época, Gramsci
percebeu duas tentativas de criar um novo homem produtivo em
consonância com a exigência de organização e programação econô-
mica de que o capitalismo necessitava para continuar como sistema
economicamente viável: o Americanismo e o processo de militari-
zação das fábricas implementadas por Trotsky na União Soviética.
Henry Ford e Leon Trostky percebiam a necessidade de transforma-
ção de comportamentos e hábitos, visando a adaptação a necessida-
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4. A subjetividade em desefetivação
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5. A subjetividade é intersubjetiva
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Capítulo 6
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Capitulo 7
O
alarme da crise estrutural do ecossistema ameaçado pelas
alterações climáticas foi dado pelo “Relatório de Desenvol-
vimento Humano 2007/2008”, do PNUD - Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento, que se intitula “Combater
as Alterações Climáticas: Solidariedade humana num mundo divi-
dido”. Ele apresenta uma abordagem contundente à ameaça que o
aquecimento global representa para a humanidade. Coloca-se a pers-
pectiva da catastrofe ecológica global. O documento argumenta que
o mundo está a ser arrastado até um “ponto sem retorno”, o qual po-
derá conduzir os países e os cidadãos mais pobres do mundo a “uma
irreversível queda em espiral, precipitando centenas de milhões de
pessoas para condições de subnutrição, escassez de água, ameaças
ecológicas e de perda de meios de subsistência”. Diz o Coordenador
do PNUD, Kemal Dervi: “Em última análise, as alterações climáticas
constituem uma ameaça à humanidade no seu todo. Todavia, são
os pobres, cidadãos sem responsabilidade pela dívida ecológica que
estamos a acumular, que enfrentam os custos humanos mais graves
e imediatos.” (PNUD, 2007)
O Relatório apresenta evidências acerca dos mecanismos através
dos quais os impactos ecológicos das alterações climáticas poderão
afectar os trabalhadores mais pobres. Nas sociedades divididas em
classe, a catastrofe ecológica, num primeiro momento, será seletiva
em seus efeitos terriveis. Ela atingirá, de imediato, a ampla parce-
la da população trabalhadora mais pobre. Concentrando-se nos 2,6
bilhões de pessoas que sobrevivem com menos de US$2 por dia, os
autores do Relatório alertam para o fato de as forças disparadas pelo
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Capítulo 7
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Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Capítulo 7
220
Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Capítulo 7
222
Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Capítulo 7
O sociometabolismo da barbarie
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Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Capítulo 7
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Crise estrutural do capital, barbarie social e catastrofe ecológica
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Capitulo 8
O
capitalismo global é a etapa do capitalismo mundial na épo-
ca da crise estrutural do capital. Explicitam-se de forma
candente as contradições sistêmicas irremediáveis da “civi-
lização do capital” em seu período de decadência histórica. O verda-
deiro sentido da idéia de crise estrutural do capital não está na inca-
pacidade do sistema mundial produtor de mercadorias se expandir
ou fazer crescer a produção de riqueza abstrata, mas sim na aguda
explicitação de sua incapacidade objetiva em realizar as candentes
promessas do processo civilizatório como pressuposto negado do
desenvolvimento humano-histórico.
Desde seus primórdios, o desenvolvimento do capitalismo his-
tórico caracterizou-se pela candente dialética entre promessas e frus-
tração. Por exemplo, na Revolução Francesa de 1789, com seus ideais
de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, a burguesia se apropriou
(e perverteu) ideais de emancipação humana. Foi o caso clássico de
promessa e frustração (ou de revolução e contra-revolução), traço es-
sencial da ontologia politica das revoluções burguesas. Mas a maior
explicitação contraditória do capital ocorre no desenvolvimento da
base técnica do sistema social produtor de mercadorias que, ao mes-
mo tempo que reduz as barreiras naturais, oprime homens e mulhe-
res em relações sociais estranhadas fetichizadas.
Karl Marx conseguiu atentar para esse traço estrutural do meta-
bolismo social do capital, onde a promessa de emancipação social se
frustra e interverte-se em sua própria negação. No discurso pronun-
ciado na festa de aniversário do jornal cartista “People’s Paper”, em
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Capítulo 8
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Capitalismo como farsa
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Capitalismo como farsa
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Capitalismo como farsa
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Capitalismo como farsa
Resignificaçao perversa do
universo locucional
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Capitalismo como farsa
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Referências bibliográficas
241
Capítulo 8
MARX, Karl (1996). O Capital – Critica da Economia Politica. São Paulo: Edi-
tora Abril.
242
Capitalismo como farsa
MÉSZÁROS, István (2002). Para além do capital – Rumo a uma teoria da tran-
sição. Campinas/São Paulo. Editora da UNICAMP/Boitempo Editorial.
RAVELLI, Marco (1995) “Economia e Modello Sociale Nel Passagio tra For-
dismo e toyotismo”, In INGRAO, Pietro (org). e ROSSANDA, Rossana (org.),
Appuntamenti di fine secolo, Manifestalibri: Roma.
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