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ROMANTISMO 1ª Geração

PORTUGAL: 1825 – Camões, Almeida BRASIL: 1865 – Suspiros poéticos e


Garret (1799-1854) saudades, Gonçalves de Magalhães (1811
 Apego a alguns valores clássicos – 1882)
do Arcadismo  Nacionalismo
 Nacionalismo  Vocabulário e linguagem com
 Medievalismo elementos culturais brasileiros
 Nativismo
PROSA PROSA
Almeida Garret: Viagens na minha terra José de Alencar (1829- 1877): Romances
(1846) indianistas, urbanos, regionalistas e
Alexandre Herculano (1810- 1877) histórico.
Feliciano de Castilho Joaquim Manoel de Macedo (1820 -
1882): A moreninha

POESIA POESIA
Almeida Garret Gonçalves Dias (1823- 1864)
Este inferno de amar Canção do exílio
Este inferno de amar - como eu amo! - "Minha terra tem palmeiras,
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Onde canta o Sabiá;
Esta chama que alenta e consome, As aves, que aqui gorjeiam,
Que é a vida - e que a vida destrói - Não gorjeiam como lá.
Como é que se veio a atear, Nosso céu tem mais estrelas,
Quando - ai quando se há-de ela apagar? Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Eu não sei, não me lembra: o passado, Nossa vida mais amores.
A outra vida que dantes vivi Em cismar, sozinho, à noite,
Era um sonho talvez... - foi um sonho - Mais prazer encontro eu lá;
Em que paz tão serena a dormi! Minha terra tem palmeiras,
Oh! que doce era aquele sonhar... Onde canta o Sabiá.
Quem me veio, ai de mim! despertar? Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Só me lembra que um dia formoso Em cismar — sozinho, à noite —
Eu passei... dava o sol tanta luz! Mais prazer encontro eu lá;
E os meus olhos, que vagos giravam, Minha terra tem palmeiras,
Em seus olhos ardentes os pus. Onde canta o Sabiá.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Não permita Deus que eu morra,
Mas nessa hora a viver comecei... Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

ROMANTISMO 2ª Geração – ULTRARROMÂNTICA ou BYRONIANA


 Subjetivismo/ egocentrismo
 Pessimismo/ spleen (melancolia, angústia - depressão)/ apreço pela morte
 Escapismo/ evasão da realidade/ suicídio
 Satanismo
 Aspectos noturnos
 Mulher idealizada/ amor platônico

PROSA PROSA
Camilo Castelo Branco Álvares de Azevedo (1831- 1852)
Amor de perdição (1862) e Amor de Noite na Taverna
salvação (1864)
POESIA POESIA
Soares de Passos (1826- 1860) Álvares de Azevedo – Lira dos vinte
anos
O Noivado do Sepulcro Fagundes Varela (1841 – 1875)

Vai alta a lua! na mansão da morte Casemiro de Abreu (1839- 1860)


Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte Meus oito anos
Só tem descanso quem ali baixou. Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Que paz tranquila!... mas eis longe, ao Da minha infância querida
longe Que os anos não trazem mais!
Funérea campa com fragor rangeu; Que amor, que sonhos, que flores,
Branco fantasma semelhante a um Naquelas tardes fagueiras
monge, À sombra das bananeiras,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu. Debaixo dos laranjais!

Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão Como são belos os dias


celeste Do despontar da existência!
Campeia a lua com sinistra luz; - Respira a alma inocência
O vento geme no feral cipreste, Como perfumes a flor;
O mocho pia na marmórea cruz. O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio O mundo - um sonho dourado,
espanto A vida - um hino d'amor!
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto, Que auroras, que sol, que vida,
Com lentos passos caminhou além. Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Chegando perto duma cruz alçada, Naquele ingênuo folgar!
Que entre ciprestes alvejava ao fim, O céu bordado d'estrelas,
Parou, sentou-se e com a voz magoada A terra de aromas cheia,
Os ecos tristes acordou assim: As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar, Oh! dias da minha infância!
"Por que atraiçoas, desleal, mentida, Oh! meu céu de primavera!
"O amor eterno que te ouvi jurar? Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã.
(...) Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
"Abandonado neste chão repousa De minha mãe as carícias
"Há já três dias, e não vens aqui... E beijos de minha irmã!
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!

"Ai, quão pesada me tem sido!" e em


meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.

(...)
- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda,
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços
tem.

(...)

"Não, não perdeste meu amor jurado:


"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.

"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo


"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?

"Saudosa ao longe vês no céu a lua?


- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.

"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,


"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"

(...)

Quando risonho despontava o dia,


Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém mais tarde, quando foi volvido


Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
ROMANTISMO 3ª geração
 Pré- Realismo
 Amor carnal (Brasil)
 Condoreirismo ou Geração hugoana (Brasil)
 Mulher real
PROSA POESIA
Júlio Dinis (1839- 1871) Castro Alves (1841 – 1871)
As pupilas do Sr. Reitor
Navio Negreiro

IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a
noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras
voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
EXERCÍCIOS
1. (EspCex) A respeito do Romantismo, é correto afirmar que
a) é o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil, iniciado com a publicação
do poema epic° "Prosopopéia", e retrata um estado de tensão e desequilíbrio do
homem da época. 0 rebuscamento da linguagem é reflexo do conflito entre o
terreno e o celestial.
b) é uma escola que busca seguir os modelos greco–latinos, inspirada na frase de
Horacio "Fugere urbem" e na teoria do "Bom selvagem" de Rousseau. Seus
autores voltam–se para a natureza em busca da simplicidade.
c) é um movimento exclusivamente poetic°, que persegue a objetividade temática e
o culto da forma, centrados na estética da "arte pela arte". Sua influencia é
basicamente francesa e teve grande aceitação na sociedade brasileira.
d) a principal característica do movimento é a combinação de recursos estéticos,
como a musicalidade, as sugestões cromáticas e sinestésicas. Sua principal
marca é o subjetivismo, nas manifestações metafísicas e espirituais.
e) um período voltado a pesquisa e a valorização da nacionalidade brasileira, que
se inicia com esforços para a construção de uma cultura autentica e única,
buscando valorizar nosso passado historic° e exaltar a natureza pátria.

2. Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à


questão.

Muitos acontecimentos se tinham passado entre eles nestes dois dias; há circunstâncias
em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária, e devoram meses e
anos num só minuto.
Reunidos nesta sala pela necessidade extrema do perigo, vendo-se a cada momento,
trocando ora uma palavra, ora um olhar, sentindo-se enfim perto um do outro, esses dois
corações, se não se amavam, compreendiam-se ao menos.
Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num
olhar, dessa paixão profunda e resignada que se curvava a seus pés sorrindo
melancolicamente. Sentia-se fraco para resistir, e entretanto o seu dever mandava que
resistisse.
Ele amava, ou cuidava* amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido; e na
situação em que se achavam, aquela promessa era mais do que um juramento, era uma
necessidade imperiosa, uma fatalidade que se devia cumprir.
Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? Não seria infame, indigno,
aceitar o amor que ela lhe oferecera suplicando? Não era seu dever destruir naquele
coração esse sentimento impossível?
(José de Alencar, O guarani)
* imaginava
O trecho apresenta uma temática muito explorada no Romantismo, que diz respeito:
a) às ações guiadas puramente por impulsos instintivos e carnais.
b) ao casamento entre parentes em famílias aristocráticas.
c) à crítica ao materialismo da sociedade burguesa e capitalista.
d) a um amor que, a princípio, não pode se concretizar.
e) aos conflitos de interesses entre patrões e operários.

3. Sobre o Romantismo no Brasil, marque a afirmação correta.


a) A arte romântica pôs fim a uma tradição clássica de três séculos e dá início a
uma nova etapa na literatura, voltada aos assuntos contemporâneos -
efervescência social e política, esperança e paixão, luta e revolução - e ao
cotidiano do homem burguês.
b) O lema da bandeira brasileira "Ordem e Progresso" é nitidamente marcado
pelos ideais românticos: parte da suposição de que é necessário ordem social
para que haja o progresso da sociedade.
c) O romantismo era um movimento antimaterialista e antirracionalista, que usava
símbolos, imagens, metáforas e sinestesias com a finalidade de exprimir o
mundo interior, intuitivo e antilógico.
d) O movimento inspirou-se em uma lendária região da Grécia Antiga, dominada
pelo deus Pan e habitada por pastores, que viviam de modo simples e
espontâneo e se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o
amor e o prazer.
e) O estilo romântico registra o espírito contraditório de uma época que se divide
entre as influências do Renascimento - o materialismo, o paganismo e o
sensualismo - e da onda de religiosidade trazida sobretudo pela Contrarreforma.

4. (UFRR 2009) “No período romântico, a Literatura de cada nação européia


buscava freqüentemente colocar em evidência seus respectivos heróis nacionais,
representados por reis e cavaleiros andantes medievais. (...) Assim como os
europeus buscavam um herói que representasse suas origens nacionais, alguns
autores brasileiros faziam o mesmo.”
(José Luis Jobim e Roberto Acízelo de Souza. Iniciação à Literatura Brasileira, p. 115)
Esta reflexão se refere ao:
(A) Ultra-Romantismo.
(B) Indianismo.
(C) Condoreirismo.
(D) Medievalismo.
(E) Individualismo.
5. (UFRR 2011)
TEXTO 1
Se se morre de amor
Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar a tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!
(Gonçalves Dias)
O lirismo amoroso também aparece na obra de Gonçalves Dias, poeta romântico da
1ªgeração. A exemplo, o poema Se se morre de amor, que substancialmente configura-
se como:
(A) Uma espécie de profissão de fé a respeito dos limites entre a paixão e o amor,
apontando diferenças, estabelecendo parâmetros e, enfim, trazendo à tona a emoção sem
se distanciar da razão.
(B) Uma confissão de amor feita por alguém que não tem seus sentimentos
correspondidos e, portanto, despreza o fato de amar.
(C) Uma canção de amor feita e oferecida a alguém distante, que jamais poderá
corresponder a esse sentimento.
(D) Uma situação de amor correspondido, porém impossível de ser vivido, tendo em
vista a correria cotidiana e a falta de tempo para amar.
(E) Uma declaração que revela o seguinte: amar não faz bem à saúde, por isso muitas
pessoas matam e morrem por amor.
5. (UFRR 2018) TEXTO II
―Caía então luz de chapa sobre ela, iluminando-lhe o rosto, parte do colo e da cabeça,
coberta por um lenço vermelho atado por trás da nuca. Apesar de bastante descorada e
um tanto magra, era Inocência de beleza deslumbrante. Do seu rosto irradiava singela
expressão de encantadora ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, a
custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a
ponto de projetarem sombras nas mimosas faces. Era o nariz fino, um bocadinho
arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente torneado. Ao erguer a cabeça
para tirar o braço de sob o lençol, descera um nada a camisinha de crivo que vestia,
deixando nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um ou outro sinal de
nascença.‖
(TAUNAY, Visconde de. Inocência. São Paulo: DCL, 2013.)
Sobre a figura feminina na visão do Romantismo, e sobre o enredo do romance
Inocência, só NÃO se pode afirmar que:
A) A vida enclausurada da personagem Inocência teve fim quando seu pai finalmente
aceita seu romance com o Dr. Cirino por conta da vida confortável que ele lhe
proporcionaria, característica romântica de apego aos ideais burgueses.
B) A descrição da personagem Inocência revela a preferência da escola do Romantismo
pela exaltação da figura feminina nos moldes medievais de vassalagem amorosa.
C) A personagem Inocência é apresentada com aura de santidade e pureza, o que
implica ser descrita fisicamente com termos que sugerem pudor e moralidade.
D) Inocência não tem poder de escolha e está prometida a um noivo descrito pelo
narrador como homem rude e grosseiro, o oposto da amabilidade e civilidade da heroína
romântica.
E) O fato de Inocência recusar o noivo foi considerado desonra e sua desobediência ao
pai tornou-se ato passível de punição.
6. (ENEM 2010)
Soneto
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
(AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.)
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém
configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento
desse lirismo é
A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
C) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
D) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.

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