Вы находитесь на странице: 1из 7

Fls.

_____
Poder Judiciário da União
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Órgão : 4ª TURMA CÍVEL


Classe : APELAÇÃO
N. Processo : 20110111041159APC
(0086425-33.2011.8.07.0015)
Apelante(s) : DISTRITO FEDERAL
Apelado(s) : FABIANO DE OLIVEIRA ANANIAS
Relator : Desembargador CRUZ MACEDO
Revisor : Desembargador FERNANDO HABIBE
Acórdão N. : 837114

EMENTA

PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


IPVA. EXTINÇÃO. ALTERAÇÃO DO POLO PASSIVO.
IMPOSSIBILIDADE. LEGITIMIDADE PASSIVA.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ALIENANTE.
AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO ÓRGÃO COMPETENTE.
1. Não se admite a inclusão do adquirente do veículo cujo
nome não consta da certidão de dívida ativa executada no polo
passivo da execução fiscal, nos termos da Súmula nº 392 do
STJ. Precedentes.
2.Se o alienante deixou de comunicar a venda de veículo ao
órgão público competente, responderá solidariamente pelo
pagamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos
Automotores - IPVA, nos termos do artigo 1º, § 8º, inciso III, da
Lei nº 7.431/1985.
3. Recurso parcialmente provido.

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 1


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores da 4ª TURMA CÍVEL do


Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, CRUZ MACEDO - Relator,
FERNANDO HABIBE - Revisor, ARNOLDO CAMANHO - 1º Vogal, sob a
presidência do Senhor Desembargador FERNANDO HABIBE, em proferir a
seguinte decisão: DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, UNÂNIME, de
acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.
Brasilia(DF), 19 de Novembro de 2014.

Documento Assinado Eletronicamente


CRUZ MACEDO
Relator

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 2


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

RELATÓRIO

Cuida-se de recurso de apelação interposto pelo DISTRITO


FEDERAL em face da sentença proferida pelo Juízo da Vara de Execução Fiscal do
Distrito Federal nos autos da ação de execução fiscal ajuizada em desfavor de
FABIANO DE OLIVEIRA ANANIAS, que extinguiu o feito, sem resolução do mérito,
ante o reconhecimento de ilegitimidade passiva.
O autor sustenta em seu recurso, às fls. 20/25, a existência de
responsabilidade solidária entre o alienante e o adquirente de veículo, em relação
aos débitos do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA
incidentes anteriormente à comunicação da alienação ao órgão competente.
Afirma, ainda, que é possível a inclusão do adquirente do bem no
polo passivo mesmo após o ajuizamento da execução fiscal. Traz jurisprudência que
entende amparar-lhe o direito.
Sem contrarrazões.
Preparo dispensado.
É o relatório.

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 3


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

VOTOS

O Senhor Desembargador CRUZ MACEDO - Relator


Presentes os pressupostos recursais, conheço do recurso de
apelação.
No caso em apreço, restou comprovada a existência de contrato de
compra e venda do veículo anteriormente ao fato gerador do Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, por meio do DUT devidamente
assinado (fl. 8), o que motivou o pedido do Distrito Federal de alteração do polo
passivo e de manutenção do apelado como responsável solidário.
Entretanto, de acordo com a Súmula nº 392 do Superior Tribunal de
Justiça, "A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a
prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução." [Grifei]
Nesse passo, conforme o supracitado enunciado de súmula do
Superior Tribunal de Justiça, não é admitida a emenda da certidão de dívida ativa
para alteração do sujeito passivo da obrigação tributária.
No mesmo sentido, eis os seguintes julgados deste egrégio Tribunal
de Justiça, in verbis:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. IPVA.


MODIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO DA EXECUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. STJ 392."
(Acórdão n.738046, 20120020248837AGI, Relator: FERNANDO HABIBE, 4ª
Turma Cível, Data de Julgamento: 20/11/2013, Publicado no DJE:
29/11/2013. Pág.: 152)
"PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ALTERAÇÃO DO PÓLO
PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Não se admite a inclusão do adquirente
do imóvel cujo nome não consta da certidão de dívida ativa executada no
pólo passivo da execução fiscal, nos termos da Súmula 392 do STJ. 2.
Recurso improvido." (Acórdão n.729664, 20100111186329APC, Relator:
ANTONINHO LOPES, Revisor: CRUZ MACEDO, 4ª Turma Cível, Data de
Julgamento: 22/08/2012, Publicado no DJE: 11/11/2013. Pág.: 281)
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. INCLUSÃO DOS
NOVOS ADQUIRENTES DO IMÓVEL NO POLO PASSIVO. AUSÊNCIA DE

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 4


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. INDEFERIMENTO. SÚMULAN. 392/STJ. -


Nos termos do Enunciado n. 392 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça,
'a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a
prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro
material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução'.
Dessa forma, afigura-se correta a decisão que indeferiu o pedido de
inclusão de co-responsáveis tributários, cujos nomes não constam da
Certidão de Dívida Ativa executada, no polo passivo da execução fiscal. -
Recurso desprovido. Unânime."
(Acórdão n.708134, 20130020070449AGI, Relator: OTÁVIO AUGUSTO, 3ª
Turma Cível, Data de Julgamento: 21/08/2013, Publicado no DJE:
04/09/2013. Pág.: 132)

Apesar de reconhecer a impossibilidade de modificação do sujeito


passivo da execução fiscal, entendo que não é o caso de extinção do feito sem
resolução do mérito, pois o apelado é responsável solidário pelo pagamento do
tributo, eis que a venda do bem móvel foi realizada em 2006, mas a comunicação à
Secretaria de Estado de Fazenda do DF somente ocorreu em dezembro de 2011 (fl.
6), após o ajuizamento da presente execução fiscal.
Vejamos o disposto no Art. 1º, §8º, inciso III, da Lei nº 7.431/85: "Art.
1º - É instituído, no Distrito Federal, o imposto sobre a propriedade de veículos
automotores devido anualmente, a partir do exercício de 1986, pelos proprietários de
veículos automotores registrados e licenciados nesta Unidade da Federação. (...) §
8º São responsáveis, solidariamente, pelo pagamento do IPVA: (...) III - o
proprietário de veículo de qualquer espécie, que o alienar e não comunicar a
ocorrência ao órgão público encarregado do registro e licenciamento, inscrição ou
matrícula;"
Eis o entendimento deste egrégio Tribunal de Justiça sobre a
matéria, in verbis:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO. COBRANÇA


DE IPVA. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO ÓRGÃO DE TRÂNSITO
COMPETENTE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ALIENANTE. 1)
Deixando o alienante de comunicar a venda de veículo ao órgão público

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 5


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

competente, nos termos do artigo 1º, § 8º, inciso III, da Lei nº 7.431/1985,
responde solidariamente pelo pagamento do Imposto Sobre a Propriedade
de Veículos Automotores - IPVA. 2) Agravo de instrumento conhecido e
desprovido."(Acórdão n.703816, 20130020112858AGI, Relator: SILVA
LEMOS, 3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 14/08/2013, Publicado no
DJE: 21/08/2013. Pág.: 111)
"TRIBUTÁRIO. IPVA. LANÇAMENTO. NOTIFICAÇÃO PRESUMIDA.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. EXISTÊNCIA. APELO IMPROVIDO. A
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça reafirmou entendimento de
que o envio ao endereço do contribuinte da guia de cobrança do tributo, no
caso o IPVA, configura notificação presumida do seu lançamento, que pode
ser afastada pelo contribuinte, a quem cabe a prova de que não recebeu a
guia (REsp 1114780/SC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 12/05/2010, DJe 21/05/2010). É de responsabilidade do
alienante comunicar ao DETRAN a transmissão da propriedade do veículo,
sob pena de manter-se solidariamente responsável pela exação sem o
benefício de ordem, a teor do art. 1º, § 8º, III, da Lei 7.431/85. Na ausência
de condenação, deve o magistrado fixar os honorários equitativamente, com
base no art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil. Recurso conhecido e
improvido." (Acórdão n.758541, 20130110559914APC, Relator: ANA
CANTARINO, Revisor: JAIR SOARES, 6ª Turma Cível, Data de Julgamento:
05/02/2014, Publicado no DJE: 21/02/2014. Pág.: 363)

DISPOSITIVO
Com essas considerações, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao
recurso, para, reformando a r. sentença, determinar o prosseguimento do feito
somente em relação ao apelado.
É como voto.

O Senhor Desembargador FERNANDO HABIBE - Revisor


Com o relator

O Senhor Desembargador ARNOLDO CAMANHO - Vogal


Com o relator
Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 6


Fls. _____
Apelação 20110111041159APC

DECISÃO

DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, UNÂNIME

Código de Verificação :2014ACO6LR87FZYNVORTZZXB2R7

GABINETE DO DESEMBARGADOR CRUZ MACEDO 7

Вам также может понравиться