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A Democracia Grega, tendo sua origem em Atenas, teve seus altos e baixos,

e diversos fatores contribuíram para seu surgimento, como também seu fim. Pode se
dizer que, como o próprio nome democracia sugere, (vindo do grego demokratos;
demos – povo, kratos – poder), ela surgiu pela revolta da população, camponeses e
mercadores, contra uma oligarquia tirana na época, século V a.C, que cobravam
altos preços pelas terras férteis a qual eram necessárias para se viver. Também foi
um fator que contribuiu para a expansão territorial da Grécia, por parte da população
que saia em busca de terras pelo Mediterrâneo.
O conhecimento das leis era poder, e como na época as leis não eram
escritas, os aristocratas eram quem tinham o poder, por memorizar as leis e usá-las
a sua forma. Dentre o movimento contra esses tiranos e por uma nova política,
diversos legisladores surgiram, contribuindo com leis que viriam a ser a base da
democracia, entre eles Sólon, que aboliu a escravidão por dívidas em 594 a.C., além
de criar a Bulé, um Conselho formado por 400 membros que administrava a cidade,
bem como a Eclésia, a assembleia onde os cidadãos discutiam e votavam as leis
criadas pela Bulé.
A Democracia surgiu oficialmente com Clístenes em 510 a.C., considerado o
pai da democracia ateniense. Ele ampliou o poder da assembleia popular, tendo em
suas medidas no governo de Atenas a divisão da cidade em 10 partes, alterando a
divisão antiga da cidade por tribos que sustentava a aristocracia. A Bulé passou a ter
500 membros e a Eclésia 6 mil cidadãos de todas as classes.
Por conta da expansão persa pelo Mediterrâneo, a democracia era sempre
usada para promover guerras. Dada circunstância, Atenas passou a produzir frotas
navais, com Trirremes e potentes navios para enfrentar os Persas. O poder do povo
passou a ter força militar. Com a Batalha de Salamina, entre Atenas e o império
Persa em 483 a.C., Atenas saiu vitoriosa, elevando a moral democrática. Após a
batalha, foi formada a Liga de Delos, que a princípio vinha com o objetivo de juntar
diversas cidades da região, em um território neutro, para se ajudarem a formar um
exército para futuras ameaças dos persas. Atenas passou a cobrar tributos, em
forma de dinheiro e grãos, como “pagamento sobre a proteção”. A partir dai, nota-se
mais claramente a corrupção da democracia, que passa a ser mais evidente com o
passar do tempo.
Péricles, um político que ganhou fama e poder na época, passou a ser
aclamado pelo povo. Com argumentos persuasivos, ele concentrou o poder da Liga
de Delos em Atenas, e em 438 a.C. constrói o Panternon. Sendo considerado como
um populista, foi acusado de grandes gastos em obras públicas indevidas. Procurou
uma união política da Grécia, como também a supremacia ateniense, mas falhou.
Em sua tentativa de estabelecer a supremacia ateniense, a Democracia de Atenas
via como rival o Totalitarismo de Esparta. Dessa forma, a Guerra do Peloponeso
teve início durante o governo de Péricles.
Nota-se então que a democracia ganhou força com as riquezas acumuladas
com os pagamentos feitos pelas cidades. Uma revolta contra a aristocracia da época
foi o que estimulou o surgimento dela própria. Pode-se dizer também que a partir
dos debates nas Eclesias, os cidadãos buscavam sempre a retórica, para seus
debates. E por ser uma sociedade com “livre expressão”, isso estimulou o
pensamento individual, cultura e artes, o qual passou a surgir os filósofos e
pensadores de diversos tipos.
Porém, a Democracia passa a se destruir começando pelas suas
contradições que se acentuaram nesse período. O culto aos deuses por vezes
estava indiretamente ligado à política. E a religião intrigava os naturalistas e
racionalistas, os fazendo trazer diversas interpretações divergentes. Diversos
pensadores que traziam pensamentos divergentes à religião era punido com a morte.
Sócrates pode nos trazer um dos maiores exemplos do colapso da
Democracia ateniense. Por fazer diversos questionamentos, levando a aporias de
diversas formas pessoas de diversas classes, ele passava a ter uma legião de
admiradores como também de inimigos. Discussões morais vinham à tona, quando
se passavam a escolher, democraticamente, fazer sacrifícios humanos às
divindades. Um grande amigo de Sócrates, Alcibíades, era o general da época na
guerra contra Esparta, e por conta de uma onda de pensamentos que iam de contra
os deuses, Atenas passou a perseguir tanto Alcibíades, como Sócrates e quem
simpatizasse. O general então fugiu para Esparta, ajudando-os a derrotar Atenas.
Foi nessa época de crise, de desconfiança e “caça às bruxas”, que diversos
direitos democráticos foram revogados, como a tortura. Com a democracia, passou-
se a matar, torturar quem pensasse o contrário, decidissem guerras, entre outras
coisas não descobertas ainda, mostrando o que seria uma “Tirania” da democracia,
o que levou a Sócrates morrer bebendo o veneno, e logo após, arrependidos,
erguerem uma estátua em sua homenagem.

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