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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível desta Capital.

brasileiro, casado, aposentado , residente e domiciliado em Curitiba-PR, portador do RG n.281.290-


PR, por intermédio de seus procuradores judiciais infra-assinados, inscritos na OAB-PR., sob n.l0l98
e 17.859, com escritório nesta Capital, na Rua Emiliano Perneta,303,cj.44, onde recebem intimações,
vem propor uma

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, com fundamento nos artigos 159, 1518, , 1522, do Código Civil
Brasileiro, e artigo 7o, inciso XXVIII da Constituição Federal do Brasil, contra

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO CARLOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado com sede
nesta Capital, na Rua Coronel F. H. Santos, 1.540, fone:366-34-77, o que faz pelos seguintes
fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

DOS FATOS
1. A família do requerente há mais de 01(um) século tinha a posse e o domínio da área de
aproximadamente 10(dez) alqueires na localidade denominada "Carambiú".

Conforme se comprova com a inclusa certidão(doc.02) da referida área era de propriedade do


requerente, e os ascendentes já tinham documentos de posse desde o século passado(doc.03).
Em 1.984, o requerido - Hospital e Maternidade São Carlos Ltda. - ingressou com ação de
Reintegração de Posse contra o requerente, a qual resultou num acordo em audiência(doc.04).

2. Ocorre que desde 1.977 o requerido impediu o requerente de fazer a colheita dos frutos de seu
trabalho de muitos anos.
O requerente é comerciante antigo e muito conhecido na região pela alta qualidade de sua produção
de bananas. O requerente comercializava em média 90(noventa) toneladas por mês de bananas, e a
produção de 100(cem) pés de laranja, tendo inclusive prova documental - declaração de um
comprador na média mensal adquirida em anos anteriores(doc.05) - dessa produção.
Além de ser impedido de efetuar a colheita das bananas e laranjas, também deve ser indenizado pelas
02(duas) casas (meia água) de aproximadamente 32 m2 cada uma.

3.Não é justo que além de perder a terra onde morava e da qual tirava o sustento de sua família,
também não seja indenizado pelo fruto de seu trabalho de vários anos, o qual foi impedido de
proceder a colheita e a venda das frutas pelo requerente plantadas.

Então , mesmo que o desfecho da ação de Reintegração de Posse - autos n.224/84- tenha sido
totalmente desfavorável ao requerente, deve o requerido - Hospital e Maternidade São Carlos Ltda.,
pelo menos indenizar os prejuízos pela perda de sua plantação, bem como pelas duas(02) casas
construídas pelo autor.

4.Assim sendo, o autor tem direito a indenização pela perda de toda a sua produção de bananas,
laranjas, e ainda indenização das casas que foram construídas na área do litígio. Conforme o
demonstrativo abaixo, as importâncias pleiteadas pelo autor são as seguintes:

1- Indenização pela produção das bananeiras:

90.000 Kg por mês - eqüivale a 1.080.000 Kg por ano;


De 1.977 até 1.985 = 08 anos;
1.080.000 kg X 08 anos eqüivale a 8.640.000 Kg;
8.640.000 Kg X Cr$3.000,00 (preço do Quilo da Banana fornecido pelo Ceasa) eqüivale a
Cr$25.920.000.000,00(vinte e cinco bilhões, novecentos e vinte milhões de cruzeiros).

2- Indenização pela produção dos laranjais:

um pé de laranja produz uma caixa e meia por ano;


cem pés de laranja produzem 150 caixas de laranja por ano;
150(caixas) X Cr$60.000,00(preço da caixa de laranja fornecido pelo Ceasa) eqüivale a
Cr$9.000.000,00 por ano;
De 1.977 até 1.985 = 08 anos;
Cr$9.000.000,00 X 08 anos = Cr$72.000.000 00(setenta e dois milhões de cruzeiros).

3- Indenização pela perda das duas casas:

Cada casa de 4mtsX8mts eqüivale a 32m2 cada uma;


32 m2 X Cr$1.500.000,00(valor fornecido pela Câmara de Valores Imobiliários) eqüivale a
Cr$48.000.000,00;
02 (casas) X Cr$48.000.000,00 = Cr$96.000.000,00 (noventa e seis milhões de cruzeiros).

4- Total da indenização devida:

Indenização pela produção de bananas - Cr$25.920.000.000,00


Indenização pela produção das laranjas - Cr$ 72.000.000,00
Indenização pelas casas construídas - Cr$ 96.000.000,00

Total........................... - Cr$26.088.000.000,00(vinte e seis bilhões, e oitenta e oito milhões de


cruzeiros).

5.RESPONSABILIDADE CIVIL.
TEORIA SUBJETIVA. CULPA GRAVE..

Dispõe o artigo 159 do Código Civil:

"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito,
ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto neste Código,


arts.1.518 a 1.532 e 1537 a 1.553."

Na sistemática do Direito Civil, o ato ilícito - artigo 159 - é visualizado como a violação do direito
ou prejuízo causado a outrem, por dolo ou culpa, tendo como característica fundamental a
recomposição do dano resultante. A responsabilidade civil pressupõe o ato ilícito comissivo ou
omissivo, a culpabilidade "lato sensu" mediante dolo ou culpa, o dano material ou moral e o nexo
causal, entre o ato ilícito e o evento doloso.
O legislador pátrio, conservou, como fundamento da responsabilidade civil, a culpa, adotando a
teoria subjetiva.
A responsabilidade civil, por ato ilícito, pressupõe:

ato ilícito;
a prova cabal da culpa ou do dolo;
a evidência do dano;
e o nexo causal entre o ato e o evento lesivo.
Foi o que ocorreu " in casu".

6. Assim sendo, o autor está se utilizando do remédio jurídico competente para requerer a reparação
do prejuízo sofrido pela ação do requerido, de impedir o requente de efetuar a colheita e
comercialização das bananas as quais eram repensáveis pelo sustento de sua família. Sendo assim o
dever de reparar o prejuízo é notório e imperativo.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer-se à Vossa Excelência:

a)A concessão do benefício da Justiça Gratuita, visto ser a requerente pessoa comprovadamente
carente, conforme atestado de pobreza incluso, nos termos da Lei no1.060 de fevereiro de 1.950,
com as alterações efetuadas pela Lei 7510 de julho de 1.986;

b)A citação do representante legal do Hospital e Maternidade São Carlos Ltda. no endereço
mencionado, para que querendo conteste a presente ação, sob pena de revelia;

d)A produção de todas as provas em direito admitidas, pericial e testemunhal cujo rol segue abaixo
indicado, os quais comparecerão em juízo independentemente de intimação;

e)Finalmente, requer seja julgado procedente a presente ação, condenando a requerida no pedido, ao
pagamento da indenização pela não colheita e comercialização das bananas e laranjas, bem como
pela construção das duas casas na área do litígio no valor aproximado de
Cr$26.088.000.000,00(vinte e seis bilhões, e oitenta e oito milhões de cruzeiros)e custas e
honorários advocatícios, sobre o valor total da condenação.

Estima-se o valor da causa em Cr$26.088.000.000,00(vinte e seis bilhões e oitenta e oito milhões de


cruzeiros).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Curitiba, 14 de abril de l993.
Máriz Mendes May
Advogada

Marcelo Chedid
Advogado

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