Вы находитесь на странице: 1из 6

A Estrutura Contemporânea da Espoliação1

Significado de Espoliação
Substantivo feminino Apropriação
ilegal de algo que não lhe pertence;
esbulho. Ação de privar uma pessoa
de alguma coisa que lhe pertence por
direito, através de violência ou fraude;
aquilo que foi ilegalmente apropriado.
Ação ou efeito de espoliar, de privar
alguém da posse do que lhe pertence.
Etimologia: da palavra espoliação do
latim spoliationis, "usurpação, roubo".

Um talismã Vazio de Poderes:


Retrata o surgimento do imperialismo Americano que após a segunda 1939 a
1945, guerra mundial assumiu o lugar da Europa se tornando dominante na
América do Sul com sua política de absorção de todas as matérias primas,
facilitando empréstimos e dominando financeiramente a região.
A dominação continuou com a inserção de fábricas americanas em todos os
países latinos com a introdução de filiais das empresas trazendo ao povo o estilo
de vida americano e fazendo uma concorrência desleal com as empresas locais
que não possuíam desenvolvimento suficiente para contrapor um poderio
desses.
A exploração americana não acabou com a implantação de seu parque industrial,
o país apenas diversificou seu leque de atuação mantendo suas bases como
ferrovias, energia elétrica, empréstimos e idealismo.
São as sentinelas que Abriram as Portas: A Esterilidade Culpável da Burguesia
Nacional.
O capitalismo competitivo implementado não se contenta em exportar produtos,
estão utilizando de seu grande poder econômico para impor sua vontade nas
nações mais pobres. As exportações ocorrem em uma modalidade nova e o

1
Bastiat afirmou que o único propósito do governo é proteger o direito de um indivíduo a vida, liberdade e
propriedade, e que é perigoso e moralmente errado para o governo interferir em outros assuntos individuais.
A partir disso, Bastiat concluiu que a lei não pode defender a vida, a liberdade e a propriedade se ela
promove a “espoliação legal”, que ele definiu como o uso da força e das leis governamentais para tirar algo
de uma indivíduo e dá-lo para outros (em oposição a transferência de propriedade via contratos
mutualmente-aceitos, sem uso de fraude nem ameaças violentas contra a outra parte, o que Bastiat
considerou uma legítima transferência de propriedade). [1]
produto são as próprias fábricas. A multinacional tem monopólios de dimensões
infinitas exercendo suas atividades nos mais longínquos rincões do mundo.
Os oligopólios2 estrangeiros se apoderaram não somente dos parques
industriais, mas também monopolizaram as tecnologias mais modernas,
aproveitando-se da ingerência comercial dos governos e com isso os mercados
latinos foram se integrando ao mercado interno das corporações multinacionais.
Será mesmo correto dizer “, o Brasil é nosso"?
São vários os exemplos de que essa frase está sendo dita, mas em outros
idiomas. Por tantas vezes nossas riquezas naturais são dadas a preços de
banana para impérios estrangeiros por um punhado de dinheiro na mão do
político certo.
Os erros continuaram ocorrendo nos governos seguintes com redução de
impostos para montadoras, sufocando a indústria nacional, ofertas de
extraterritorialidade para empresas estrangeiras, tudo em uma tentativa de
capitalização, mas que cada vez mais sufocava a industrial nacional.
A permissão do fluxo direto de crédito para empresas estrangeiras sufocou a
indústria com investimento nacional que não tinha o mesmo acesso a
empréstimos com taxas baixas e ainda garantia do governo o Fundo Monetário
Internacional introduziu nos mercados latinos grandes quantidade de dinheiro,
mas esse investimento acabou por engessar o poder aquisitivo do mercado
interno que sobre a bandeira estabilização monetária acabou por colocar a
indústria nacional sob os pés das corporações imperialistas.
A chantagem financeira e tecnológica se soma a concorrência desleal das
multinacionais que podem se dar ao luxo de perder dinheiro pelo tempo que for
necessário para acabar com a concorrência local e quando a empresa nacional
não suportar mais é adquirida pela estrangeira que monopolizará o mercado,
destruindo o investimento nacional e aumentado ainda mais o imperialismo
americano.
A capitalização dos recursos nacionais para as filiais imperialistas se explica pela
proliferação das sucursais bancárias norte-americanas, que servem para desviar
as poupanças sul-americanas para as empresas norte-americanas. Enquanto as
empresas nacionais são sufocadas pela falta de credito os bancos norte-
americanos canalizam a poupança interna dos países onde operam para o uso
das corporações multinacionais.
O autor inicia o texto falando sobre o capitalismo, que nos nossos dias exibe em
seu centro universal de poder, uma identidade evidente dos monopólios privados
e do aparato estatal.
Entra em ação, o mecanismo de empréstimo, operando assim alguns
organismos internacionais, nos quais os Estados Unidos exercem sua

2
É um sistema que faz parte da economia política que caracteriza um mercado onde existem poucos
vendedores para muitos compradores.
incontestável hegemonia: o Fundo Monetário Internacional e seu irmão gêmeo,
o Banco de Reconstrução e Desenvolvimento, e o BID, Banco Interamericano de
Desenvolvimento, que se outorgam o direito de decidir a política econômica que
hão de seguir os países que solicitam os créditos.
Os empréstimos para a indústria mineira, comunicações, e os créditos
compensatórios, só a América Latina proporciona a maioria dos recursos
ordinários de capital do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
As imposições quanto à concessão de crédito são percebidos nos contratos da
Agência para o Desenvolvimento Internacional, AID, não só implicam
mercadorias e fretes norte-americanos, mas, além disso, habitualmente proíbem
o comércio com alguns países como Cuba e Vietnã do Norte e obrigam a aceitar
a tutela administrativa de seus técnicos. Impõem a eliminação dos impostos e
taxas aduaneiras para os produtos importados com créditos.
As condições mais prejudiciais raramente figuram nos textos dos contratos e dos
compromissos públicos, e se escondem nas secretas disposições
complementares.
É notável a posição do autor quanto aos ônus acarretados pelos empréstimos,
fazendo que cheguemos à conclusão de submissão e desrespeito, perante aos
O senador Jacob Javits, "a América Latina proporciona uma excelente
oportunidade para que Os Estados Unidos, ao convidar a Europa para entrar,
mostrem que não buscam uma posição de domínio ou exclusividade...”.
Muitos exemplos poderiam ser dados de outras santas alianças semelhantes.
Quando Fidel Castro se dirigiu ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário
Internacional, nos primeiros tempos da Revolução cubana, para reconstruir as
reservas de divisas estrangeiras esgotados pela ditadura de Batista, ambos os
organismos lhe responderam que primeiro devia aceitar um programa de
estabilização que implicava, como em todas as partes, o desmantelamento do
Estado e a paralisia das reformas de estrutura, uma metáfora usada foi
comparando como todas as demais máquinas caça-níqueis das altas finanças
internacionais, o Banco constitui também um eficaz instrumento de extorsão, em
benefício de poderes muito concretos.
Empréstimos aumentam e as inversões se sucedem e, em conseqüência,
crescem os pagamentos por amortizações, juros, dividendos e outros serviços;
para cumprir com esses pagamentos se recorre a novas injeções de capital
estrangeiro, que geram compromissos maiores, e assim sucessivamente.
O serviço da dívida devora uma proporção crescente das receitas das
exportações, por isso, impotentes - por obra da inflexível deterioração dos preços
- para financiar as importações necessárias; os novos empréstimos são
imprescindíveis, como o ar aos pulmões, para que os países possam ser
abastecidos.
O intercâmbio de mercadorias constitui, junto com as inversões diretas no
exterior e os empréstimos, a camisa de força da divisão internacional do trabalho.
A América Latina dispõe de lã, algodão e fibras naturais em abundância, e conta
com uma indústria têxtil já tradicional, mas apenas participa de 0,6% das
compras de fios e tecidos da Europa e Estados Unidos. A região foi condenada
a vender produtos primários, para dar trabalho às fábricas estrangeiras;
acontece que estes produtos "são exportados, em uma grande maioria, por
fortes consórcios com vinculações internacionais, que dispões das relações
necessárias nos mercados mundiais para colocar seus produtos nas condições
mais convenientes" interesses dos países compradores, isto é, aos preços mais
baixos.
Outro grande explorador é a Europa, que não fica atrás na aplicação de barreiras
aduaneiras, tributárias e sanitárias contra os produtos latino-americanos.
Esta eficiência na coordenação das operações em escala mundial,
completamente à margem do "livre jogo das forças de mercado", não se traduz,
é claro, em preços mais baixos para os consumidores nacionais, mas sim em
lucros maiores para os acionistas estrangeiros.
É absurdo o caso dos automóveis, todos estes fatores não impedem, mas sim
determinam que os carros produzidos na região sejam muito mais caros do que
nos países de origem das mesmas empresas.
Na realidade, chega inclusive a ser menos: as sociedades mistas, que
constituem um dos poucos orgulhos ainda acessíveis à burguesia latino-
americana, simplesmente decoram o poder estrangeiro com a participação
nacional de capitais que podem ser majoritários, mas nunca decisivos frente à
fortaleza de cônjuges de fora.
A América Latina não aplica em seu próprio benefício os resultados da pesquisa
científica, pela simples razão que não tem nenhuma, e em conseqüência se
condena a padecer a tecnologia dos poderosos, que castiga e desloca as
matérias-primas naturais, porém não é capaz de criar uma tecnologia própria
para sustentar e desenvolver seu próprio desenvolvimento. O mero transplante
da tecnologia dos países adiantados não só implica a Subordinação cultural e,
definitivamente, também a subordinação econômica, mas, além disso, depois de
quatro séculos e meio de experiência na multiplicação dos oásis de modernismo
importado em meio dos desertos de atraso e da ignorância, pode afirmar-se que
não resolve.
As universidades latino-americanas formam, em pequena escala, matemáticos,
engenheiros e programadores que não encontram trabalho, senão no exílio:
damo-nos ao luxo de proporcionar aos Estados Unidos nossos melhores
técnicos e os cientistas mais capazes, que emigram tentados pelos altos salários
e as grandes possibilidades abertas, no norte, à pesquisa. Por outro lado, cada
vez que uma universidade ou um centro de cultura superior tenta, na América
Latina, impulsionar as ciências básicas para lançar as bases de uma tecnologia
não copiada dos moldes e dos interesses estrangeiros.
O desenvolvimento é um banquete com poucos convidados, embora seus
resplendores enganem, e os pratos principais estão reservados às mandíbulas
estrangeiras.
Terras ricas, subsolos riquíssimos, homens muito pobres neste reino de
abundância e o desamparo: a imensa marginalização dos trabalhadores que o
sistema lança à margem da estrada frustra o desenvolvimento do mercado
interno e abate o nível dos salários.
Crescem a burocracia e as populações marginais, aonde vão parar sorvedouro
sem fundo, os homens despojados do direito do trabalho. As fábricas não
oferecem refúgio à mão de obra excedente. Dentro de cada país se reproduz o
sistema internacional de domínio que cada país padece.
A concentração da indústria em determinadas zonas reflete a concentração
prévia da demanda nos grandes portos ou zonas exportadoras. Oitenta por cento
da indústria brasileira está localizada no triângulo do Sudeste - São Paulo, Rio
de Janeiro e Belo Horizonte, enquanto o nordeste famélico tem uma participação
cada vez menor.
São os que afirmam que os Estados Unidos pouco ou nada têm a ver com
integração latino-americana, pela simples razão de que os Estados Unidos não
fazem parte da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) nem
do Mercado Comum Centro-Americano.
Na documentação oficial da ALALC costuma-se exaltar a função do capital
privado no desenvolvimento da integração. Foi mostrado que em mãos está este
capital privado.
O desarmamento alfandegário, que libera gradualmente a circulação de
mercadorias dentro da área da ALALC está destinado a reorganizar, em
beneficio das grandes corporações multinacionais, a distribuição dos centros de
produção e dos mercados da América Latina. Reina a "economia de escala": na
primeira fase, cumprida nestes últimos anos, se aperfeiçoou a estrangeirização
das plataformas de lançamento - as cidades industrializadas -, que terão de se
projetar sobre o mercado regional em seu conjunto.
Para que o imperialismo norte-americano possa, hoje em dia, integrar para reinar
na América Latina, foi necessário que o Império britânico contribuísse para
dividir-nos com os mesmos rins.
O atual processo de integração não nos faz reencontrar nossa origem nem nos
aproxima de nossas metas. Bolívar tinha afirmado certeira profecia, que os
Estados Unidos pareciam destinados pela providência para alastrar a América
de misérias em nome da liberdade.
A causa nacional latino-americana é, antes de tudo, uma causa social: para que
a América Latina possa renascer, terá de começar por derrubar seus donos, país
por país. Abrem-se tempos de rebelião e mudança. Há aqueles que creem que
o destino descansa nos joelhos dos deuses, mas a verdade é que trabalha, como
um desafio candente, sobre as consciências dos homens.

Вам также может понравиться