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Capítulo III
AS DUAS CULTURAS
1. O Discurso do Vivente

Vimos que o pensamento ocidental foi sucessivamente dominado por dois


modelos : o de Aristóteles e depois o de Galileu. Qual deles escolher? Para ;- '.?:"'
compreender os processos naturais será preciso observar o movimento dos •-',
asaos , ou ef!tão os seres vivos que povoam a terra? Dissemos já que o ·
~ s~ ~volvimento da ciência moderna _f9i___m_arcado pelo a bando-no-aã inspira-
ção vitalista e, em particular, das causas finais aristotélicas. as a qü estâo d ã ~
organização - dos- seres -·vivôs continua posta, e Díd.erot, por exemplo, na
própria época do triunfo newtoniano, sublinha que ela foi , de fato , rechaçada ,
pela física . Ele imagina-a perturbando o sono dos físicos , a partir de então
incapazes de a pensarem acordados, isto é , no quadro das suas teorias . ....
D'Alembert sonha: '"um ponto VIVO ... \ao: esfoüengãriãêfõ ."-Prim eiro, nada;
I depois Üm ponto vivo .. . A esse ponto vivo junta-se um outro , e ainda um
outro ; e dessas junções sucessivas resulta um ser uno, pois eu sou realmente
~ uno , disso não posso duvidar. (Dizendo isto , ele se tateava por todo lado.) Mas
1
como terá acontecido esta unidade... Olha, filósofo : eu bem \·ejo um
agregado, um tecido de pequenos seres sensíveis; mas um animal. .. um todo .. .
tendo consciê~<:~d_a ~ua l:1!1ida_d~'. :\~o o vej~, não , não_? \·ejo~ - ·
Num diálogo imaginário com d 'Alembert, Diderot coloca-se ele próprio
em cena , pondo em relevo a insuficiência da explicação mecanicista: "Vedes
e~ vo? É com isto que se derrubam todas a~_e_scolas de teologia e todos os
templos d a-·terra~ (fqü"e{~~!~-ovo? Uma m~_s~~ ii:isensível, antes que 0 "germe
a~ s~ja ínt~ocf~~ciõ~.'. -êo~q p~ssará est~_ m~ssa a uma outra organização, à
se11~bilidade, à · vida? Pelo calor. Quem pr_oduzirá o calor? ~ 9 1~ ovi1'!2e1~to?
Quais-~~;:ã~-- ~; - efeitos sucessivos desse movimento? Em lugar de me
~~SR<>nderdes, se·nt~ú--'V()Se- sígãmõ-los ·com a vista de momento a ITlO-ÍnetH_o .-
~ 1 p rimeiro Ju_gar, é -~~ P<?t~!<?}t~e oscila, um filamento q:1e s~-e_ste~-~-~ e
colore; carne que sel'õrma, um b1~0 2_pontas ? _e asa~,-<_>,lh~ s.:. P~ª~~~ 9..~~-: u~.gen~i-
~ a matéria amarelada q~~ c!esen~ola e pro_~ uz --~~- ~~1t~st!nos; e um
anílnãc~·ar,aa voa irr1'i"à-:S~ foge, ª pr~~~11:na-se, _g_l!~~A:~~-?. S<!_f!_~. a_ma, ~eseja,
~ tem toda ~ vossa _i~~!ç~o: t~>dos os vosso_s -~tos, ele os e xec~nª~-
l~ te"õdedeis:CÕÍn<>- Descártes, ~~~_e_ ~ uma eura maqmna _tn~l ~a~~\'a ?7'1as as
--- -··--------,---- ._ __ .-- - -- -·.. ~
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35 m3.i · anti<Ta..- fontes de inspira ão da
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::-. e:r~- -::e -_:-:-: 2 :-:·. 2.ss2 C::.;e ?2:-ece L se ns1,·el. de forma· diferenciada , precisa-
r. :: r: :i:- ~ r.l :;-_o ::-.e:-::o e no :u g-ar ooon un o . num nroces
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o coo rdenado e
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Ce,:-:-.r.J ad:-:-11::::- q1..:. e a ~assa :nene. e até a mas a ne,nonia na animada pelas
:r_, :-ça~ de :::-. :e:--aç~o g:-a \·::aciona . possa fundam entar a explicação desse
a_:)arec:;;.er.w d e es:ru·~ras \ocais organi zad as e ati,·as? Pois é \·erdade que as
.~:5 ::-.e ·.•: :0n:2.r.as do ::10\·im en w descre,·em as traje tórias circulares e elípticas
que U.Jr:.s:i : uem ~ormas locali zadas numa região limitada do espaço , mas
desc-:-e., e rr. 2f;r.a' a parábola e a hipérbole. que se desenvoh·em até o infinito.
O círc1lrJ e a hipérbole são de termi nados pela mesma força , só variam as
U.Jnd ições rn ic1ais da raje ó r ia , posição e ,·elocidade. O sistema _J:!~W_tQniano
u .. ns 1t.1i um s1stema do mundo. A totalidade dos corpos do Universo está em
interaçãrJ e nada pri\·ilegia os mo,·imentos r estritos a u IC,~spaço em
r~Ía~ão as rajetó~ ias se~ fi m ítes es aciais. O sistema n e ~ ~ o não. d~.
sen u drJ algum a diferenciação do espaço, à constituição de limites naturais, a
apariçãrJ de um funcion a me nto organizado , em resumo , a nenhum ~
prrJcess(JS que o desen,·olvimento de um ser ,·i\'? implica.

\ 1as Dide~o~ não ~esespera . A ciência está apenas começando - esc~e,·e


ele - , a meca nica racio nal era somente uma primeira tentativa, demasiado
ab_strata , ~- 0 ~spetáculo ?~
ovo bastará par~ lhe derrubar as pretensões . A:
crian ças Jª nem e os filosofas replicam. E por isso que ele compara ~
t rabalhos dos grandes mecânicos, os Euler Bernoulli e d'A lembert as
pirá mides egípcias , tes~emunho grandioso do' gênio dos seus construtores
mas que , dora v~ nte,_~na~ fazem mais do que subsisrir, solitárias e abaoclona-
das. A verdadeira C1enc1a, viva e fecunda, continuará alguresH.

Essa ciê ncia nova, ciê nc:Ja da natu_reza viva _e organizada , p~ rece-lhe , a liá '> ,
65
A Nova Aliança

d ' ·na Em ambos os


já existir. D'Holbach estuda a química, Diderot a me 10 . · de roduzir
casos, trata-se de opor a matéria ativa, capaz de se ~r~aniza_r, P stenta / ?
seres Yi\·os, à massa inerte e às leis uni\'ersais da mecamca. Dide~ot s~es no _,.,
ue a matéria é sensível, e até mesmo a pedra tem surda_s sensaço ' tas
~-.:;;.-
9,entido-:-- - at1\'amente cer , ..,
de que as moléculas que a compõem procuram . _ A
~ - - -- - d s e aversoes.
éÕmbinações, evitam outras e são regidas por seus eseJO . . 'd d d
; nsibilidacle do organismo inteiro· não é senão a soma das sensibihb ªl _es e
suas panes, ta1 corno oenxame de abelhas, de comportament<? gl0 a men_te
- .- - t e as abelhas· nao
coerente, e criado pe a interação local, pouco a pouco, ~n r '
existe mais alma humana do que alma da colmeiaª.
O protesto \'italista de Diderot contra a física e as leis uni\'~rsais ?º
f
movimento origina-se em sua recusa de todo dualismo espiritualista. _e r~ iso
que a naturez~~!]al se~ descrita de tal ~ado que possa exp}~car, sem
absurdos, a existência fundamentalmente natural do homem. ~ao sen?o
assim - e é o que acontêcec orn a-mêcânica racional-, a descrição cientÍ~ICa
de uma natureza autôrnata terá por correlato o autômato dotado de alma, nisso
estranho à natureza.
\o século XVIII, é muito comum a dupla inspiração, química e médica,
do naturalismo materialista, que Diderot opõe à física da sua época. Enquanto
os biologistas especulam sobre o animal-máquina, a preexistência de germes e
a grande cadeia dos seres vivos, problemáticas essas assumidas de parte a
parte pela teologia 76 , são por \'ezes os químicos e os médicos, que são
diretamente colocados perante a complexidade dos processos reais, a sua
di\'ersidade e a singularidade dos comportamentos da matéria e da ,·ida.
No fim do século XVIII, a química e a medicina, igualmente do ponto de
\·ista metodológico, são ciências pri\'ilegiadas para os que. lutam contra o
"espírito de sistema" dos físicos, por urna ciência respeitosa da diversidade dos
processos naturais: um físico poderia ser um puro espírito ; uma criança sem
experiência, mas genial; um médico ou um químico, por seu lado, têm de
possuir experiência e habilidade, saber decifrar os sinais e reconhecer os
indícios. '.\este sentido, a química e a medicina são artes, supõem ·'golpe de
\·ista", assiduidade, observação obstinada;;. >Jo artigo que escre\'eu para a
Enciclopédia de Diderot e que constituiu urna eloqüente defesa da química
contra o imperialismo abstrato dos newtonianos ~. Venel conclui que a
química é urna paixão de louco. - -- -
O protesto dos químicos e dos médicos·, bem como o dos práticos
c?~frontados com a doença, a infecção e a corrupção, contra a generalização
f~s~ca, os tranqüilos mecanicismos e a calma das leis universais às quais os
Íl~ICos achavam por bem reduzir o corpo vivo, era já antigo na época de
Di_derot. Deve aqui ser evocada a figura eminente de Stahl, pai do vitalismo e
criador do primeiro sistema químico coerente e fecundo.
~firma Stahl que as leis universais se aplicam ao ser \'ivo apenas no
sentido em que são elas que o destinam à morte, à decomposição; as matérias

' ....... ,_
66 Ih a Prigogi ne e lsabe lle Slengers

rle que O er \·in> é co n rituído ão de tal maneira_fr ágeis, decompõem-se tão


f acilrne nte que. se fosse regi o apenas pelas leis comuns da matéria, não
:·e i·riria um ó instante à corrupção e à dissolução. Se, apesar dis o, o ser \"ivo
ub i te. é preciso que ha ja nele um ·'pri ncípio de conser\'açào" que co nstitua
e mantenha o equilíbrio social harmon ioso da textura e estrutura do seu corpo
- seja qual for a du ração da sua \·ida em relação à de uma ped ra ou de
qual uer outro ~orpo-inanimado . ...\ admirá\·el duração de \·ida do corpo \'i \"o.
, dada a extrema corruptibilidade da matéria que o compõe, manifesta a ação
de um "princípio natural , permanente e imanente", duma ca!:lsa _panicular
estranha às leis da matéria inanimada, e que luta sem cessar contra a
corru eçã~ sem_p_!'e ~tuante. a qual. por sua \'ez , resulta dessas lei · ·.
Esta análise do pro blema da \·ida é-nos, simultaneamente, próxima e
afastada: próxima, por sua consciência clara da precariedade da ,·ida e de sua
singu laridade em relação às leis gerais da dissolução e da dispersão: afastada.
porq ue. tal como Aristóteles. Sta hl definiu , antes de mais, o ser ,·i\'o em
term os estáticos, em termos de conserração e não de transformação. Com
efeito, pode-se reconhecer ess~ mesmo pri \'ilégio co ncedido à permanência
no que co ncerne ao pro blema do er \'i,·o. na primazia que certos biólogos. em
nossos dias, at ribuem à informação genétiLa. \ ormalmente. nos textos desse.
biólogos, encontra-se o tipo de ,·ocabulário empregado por Stahl : as enzima
·· lutam" contra a degradação, perm item ao corpo retardar a morte de um
cor po ,·otado inexora \'elme nte ;'1 morre pela fí ica: a orga niza~·ão cem titui um
desafi o às leis da natureza e a única e\'olução "norm al" é a que le\'·1 ú morre
( ,·e r capítulo \ ' r. --1 ).

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w 1cl t· 111d1c;i r ;1111 n ,111 ;1s 1c 11 clt· 11 c ia s p; 1r ;1 , 1 d isso lu \ ·;·10 t' dl' -;n rg; 111i 1.a 1_ :111: 11
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' ' dj) <' l l. h 'l t ' 1111 1 Í,I\ .1, \ 1~ 1111 '1 ,11 11 " lll,I .
.-\ :\ ova Aliança 67

estes dois pontos de ,·ist,l loLtlll postos crn r~tusa"·. Sobretudo n,t .- \lcrnanh;t. <>
1cri110 ·· aut<·,rné.lto·· tornou-se pc_jor;tti,·o : a ati,·idadc llllT,'t nica ll :to \H->c 1na is o
prohlc1na da 11.ttlllTl.tl i11tcr11;1 <>li externa d ;1 fin tdicL1de org(t 11i1.,1dora. 111 ;1s
tr,1nsfor111ou -sc c1n si11ú11imo de artifício e ele 111ortc : s,-10-lhc <>post;1s . nu111
ro11q ~lexo ~\lll' nos t:·_ familiar. é.IS nrnJ>cs de ,·ida . cspo11tancicLidc . lihcnbdc e
espírito . 1-.ssa <>posH/ 10 L' rcfot\·ada pel,t existente cnt rc o c11tc11di1nc11to
laku\(1dor e 111,111ipulaclor. e a li,Tc ati,·idade esperul (1ti,·,1 do espírito. l"ttpa1 ele
j 1111 ta r-sc i1ncd iata n1cn tc . sc1n o cs frn\·o laborioso cLt riC:·11ri,1 ohjct i,·.t . ;1
ati\'id ;1c\c espiritual que constitui ,l 11atu1-e1.;1.
F.rn resu1no . pode cli1.l-r-sc que o conl1ecirne11to filos<'>firo dé.l 1utu1-e1.a -
sl.'gu ndo essa 1H >\'a defi n i</ to dos ca rn pos do pe11s,1rne11t o - de,·i,t csté.l r rna is
pn·>x i1110 do µ/ 11 io ,l rt íst iro. cLt , l ti\' idade do cri,tdor q uc e 11 t ra e111 rcsso ll :t IH'itl
direta com é.l da nat lllTl.,l criadora e produtora de forrnas . do que do t rahalho
científico . () hon1crn de cit·ncia 11:to scri,t Cé.l}>é.ll. ele se dirigir ;1 natu1-e1.a sen,-to
l'< ' 11 l(> a ~~l~. ~~( ~~i tÍ!l ~-; ·-zre-;~L~jet Z;·; -pãrt i~t.l l,D"l'~- ~ ;;\11 i-~i 1c~·~~-i~ _~. --~i~::_
11 ~l~ 1~Tt~-~· i~~:
torn,tna ,1ssi111 posse de unia 11,ttu1-e1.a que sub mete e controla. n1as desconhc-
n : . () ,·erdaêl e i i·7) ((~ll l1 ~-r;11e1-;t~ ;F••;~~-~);;t r:;-s~-- a~ss i lll. \H >1~ s.(11ZL;~- f< )l' ~l ( i,)
<tlré.llllT. cl~t rÍl' IU-Ía~-~-~-- ___• __...... ,_,r

\: i-l<> se trata aqui de h istúria da filosofia. rnas si lll plcs111c11 te de su hli 11 ha r


,ttt· que ponto endureceu a crítica l'ilosúl'ica da cii·11cia : 11:10 s:lo 111ais
com hat idas prcte11sc->es u 111 pouco i ngt·n uas e ccg;ts. que hasta ria repetir he111
alto para Ll1.er rir as cri.t11,as e ridiculari1.ar o que as fon11ula. 111as o prúprio
tipo de ro11 !teci 1nc11to q uc prod u1. o s,thcr e\. pcri 111<: 11tal e ma te111:tt ico da
11,ttu1T1.,1. F. o n,rnhate t· tra,·ado com argume11tos que 11:10 dcixan1 de
recorcitll' os que csho,·,1111os 110 pri111eiro rapít ulo deste li\'r<>. ..\ esse conhcci-
111e11t<> 11.-10 se rcpro\'a os limites 111as a sua pr<'>pria nature1.a. e t· u111 outro
u >I il 1eri Illl'llt o . ri t ·ai. f u ndadn nu ma outra fortllil de proceder. que se ,li 1u ncia .
.-\ n1 lt u r,t e I H.'011 t ra-se dcst<: modo pola ri1.ada ~l ,·olt a de duas posi,<->l'S que se
,tl'rnllta111 . sem rerniss:t<> .
.- \ t l'é.l 11 si,;10 enllT Diderol e os rom:u1t iros e. mais precisa mente . e11t re os
d()is 111od()s de rela,·:10 rrít ica ;1 rit'·nria que ,ll'é.t ha 1110s de deli lll',l r pode ser
L·-.da rericl.t . d<> ponl O de \'isté.l fi los<.>f in >. pela t ra 11sfon11,t,,-u > da 111a nei r.1 ck
p,·,r o pr<>hlcnia da rii·il<.'i,t que Kant in1pús. \:o ,tspecto que nos interessa . o
t·-.:-.c1H i.d t:· .t lTitir, 1 kantiana ter idcntifirado o objeto ricntífiro em geral ro111 o
t>hjct() 1ic,,tt11lit1IH>. defi 11 indo assi111 u>1110 i111possí,-el lllllil opos1<.:,to ao
llll'Ctllicis1111) que 11 : l<) esteja COllll'il a pn'>pria l'll'llCi.t ~·· por l'Ollsegu11lll' .
dL'j)l'l·tia<-,,-,1 > do lral>alho do l.'llte1Hli111t·11t<> l'III \H<>\l'lto de u111 tipo de
rn1il1 u i111c11\() r.1dic.d111t·11te dilL'lTlltl' .

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