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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO


DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VEZ DO MESTRE

CRIATIVIDADE DO MOVIMENTO

CRISTIANE ROSA DE MACEDO

Orientador: Prof.o MARCOS ANTÔNIO CHAVES

Rio de Janeiro
Fevereiro de 2002
2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES


PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VEZ DO MESTRE

CRIATIVIDADE DO MOVIMENTO

CRISTIANE ROSA DE MACEDO

Trabalho monográfico
apresentado como requisito
parcial para obtenção do Grau
de Especialista em
Psicomotricidade.

Rio de Janeiro
Fevereiro de 2002
3

Agradeço a Deus, o maior


criador, aquele que melhor sabe
desenvolver sua criatividade.
4

Estímulos sempre obtive ao longo


de minha vida e graças a eles
hoje pesquiso esses estímulos e
seus resultados. Por isso, dedico
esse trabalho aos meus alunos,
professores, à minha família e
Alessandro Alex que me
estimulam a desenvolver minha
criatividade.
5

Somos livres dentro de


nossos próprios limites, por isso
precisamos conhecê-los para que
tenhamos liberdade de criar.

Cristiane Rosa
6

SUMÁRIO

- Resumo ______________________________________________________ 7

- Introdução: Criatividade do Movimento _____________________________ 8

- Capítulo I: Hereditariedade da Criatividade _________________________ 10

- Capítulo II: A Criatividade no Processo de Adaptação _________________ 14

- Capítulo III: Esquemas e equilíbrio no Processo Criativo_______________ 17

- Conclusão ____________________________________________________ 21

- Bibliografia ___________________________________________________ 23

- Anexos _______________________________________________________ 25
7

RESUMO

A criatividade está presente na história humana,

tornando essencial um estudo para melhor entender o seu

processo e desenvolvimento.

A criatividade é inerente ao homem, mas precisa

ser estimulada para se desenvolver.

Essa pesquisa se delimitou nos estudos de

Piaget e sua ligação com a criatividade.


8

Introdução:

CRIATIVIDADE DO MOVIMENTO

A criatividade se faz presente desde o surgimento do homem.

Na história humana percebe-se a presença da criatividade em vários setores. Seja pessoal,

social, política, artístico entre outros, o homem está sempre criando projetos e pesquisas que

ajudem-no e a sua sociedade.

Criatividade é uma qualidade do criador, aquele que cria ou

criou, aquele que é fecundo ou fértil. O criar não é tirar do nada, não é dar origem e sim

fecundar, desenvolver a imaginação a partir das vivências do dia-a-dia.

Sem estímulos a criatividade se congela, assim o indivíduo

apenas reproduz idéias, conceitos e ações que já foram criadas um dia com base em estímulos

do seu meio. Por isso, a criatividade é reflexo de uma sociedade. Para haver desenvolvimento

sócio-cultural é preciso criar, criar de acordo com a nossa sociedade e com a nossa cultura,

ficando atento para novos estímulos de uma sociedade que por muitos anos apenas se

contentou em reproduzir.

Existem várias teorias sobre a criatividade e vários teóricos

que direta e indiretamente estudaram o criar. Mas essa pesquisa se delimitou na relação de

Jean Piaget (1896/1980) com o seu estudo dos processos de pensamento (sujeito epistêmico) e

sua vinculação com a criatividade do movimento.

Jean Piaget apresentou uma visão interacionista. Mostrou o

homem num processo ativo de contínua interação com o meio, procurando entender quais os
9

mecanismos mentais que o sujeito usa na vida para entender o mundo. A adaptação à realidade

externa depende basicamente do conhecimento.

O meio no qual o sujeito vive é fundamental na construção do

seu conhecimento e na sua liberdade de criar, quanto mais estímulos esse sujeito obtiver,

maior será sua capacidade de criar ou conhecer. A riqueza ou escassez de estímulos, tanto no

plano social como físico, influencia no desenvolvimento do indivíduo.

O indivíduo precisa ser instigado a não conformar-se com o

meio que o cerca, pois o descontentamento cotidiano em relação ao já conhecido é a matéria-

prima para o ato de criar.


10

Capítulo I:

HEREDITARIEDADE DA CRIATIVIDADE

Pesquisando Piaget pode-se entender melhor os princípios da

criatividade. Partindo de seus estudos faz-se um elo com a criatividade do movimento para

assim se entender melhor o seu processo físico e psíquico.

No entender de Jean Piaget, o indivíduo possui uma

hereditariedade que é fundamental a essa pesquisa:

“O sujeito herda uma série de estruturas


biológicas (sensoriais e neurológicas) que predispõem ao
surgimento de certas estruturações mentais. Por tanto, a
inteligência não a herdamos. Herdamos um organismo
que vai amadurecer em contato com o meio ambiente.
Desta interação organismo-ambiente resultaram
determinadas estruturas cognitivas que vão funcionar de
modo semelhante durante toda a vida do sujeito”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 55).

A hereditariedade do ser criativo é relativa às suas estruturas

biológicas que predispõem ao nascimento de estruturas mentais que por sua vez dão origem às

estruturas de movimento. Criar um movimento é estar em harmonia com as estruturas mentais

e físicas.

A criatividade do movimento depende de uma construção que

ocorre ao longo da vida independente da profissão, seja atores, bailarinos, coreógrafos ou


11

mesmo uma doméstica, pois através da criatividade do movimento o sujeito terá liberdade de

movimentar-se, podendo entender diversas formas de executar o mesmo objetivo tornando-se

assim um sujeito autônomo de suas idéias e movimentos.

A consciência corporal e espacial é primordial na criatividade

do movimento, por isso é preciso entender que corpo é esse e quais os seus limites. Tais

limites se modificam ao longo da vida, podendo ser denominado limites temporais.

A busca do conhecimento desses limites se torna essencial

para uma interação do corpo em sua totalidade (mente/corpo) e o meio ambiente que esse

corpo vive.

Através desses conhecimentos é possível compreendermos as

facilidades e dificuldades de expressar-se com movimento. As facilidades são construídas ao

longo da vida através de experimentações vivenciadas que vão determinar o tipo de liberdade

que esse individuo terá.

A entrega ou bloqueio depende das influências ocorridas

durante essas vivências. O sujeito se sentindo seguro, livre para tentativas, mesmo que essas

não satisfaçam seus objetivos, ele terá liberdade em tentar, não existe certo e errado, existe

busca de conhecimento que variam de indivíduo para indivíduo, tanto quanto o tempo para

atingir os objetivos.

A busca é o criar, pois através desta busca ou tentativas é que

o indivíduo cria sua melhor forma de executar o movimento desejado, construindo um alicerce

físico e mental que o ajudará nas tarefas mais fáceis às mais rebuscadas.

Os bloqueios, na maioria dos casos, são mentais, o sujeito

acredita não ter autonomia para as experimentações que muitas vezes são decididas pelo meio,
12

ou melhor, pela sociedade que discrimina a liberdade do movimento, formatando um padrão

de conduta para ser seguido, com algumas classificações quanto ao sexo, idade ou classe

social. Mesmo estando sozinho as influências sociais impregnadas não permitem sua

mobilidade.

O sujeito torna-se um prisioneiro em seu próprio corpo, sem

liberdade de movimento, sendo este um corpo feito para movimentar-se, expressar-se de

diversas formas e relacionar-se com outros corpos.

Conhecer a nossa verdadeira identidade nos torna mais livres

para experimentar novas possibilidades de movimento. Tendo consciência da minha

identidade posso experimentar sem medo de se perder ou ser confundido com outras

identidades:

“Somos as personagens de uma história que nós


mesmos criamos, fazendo-nos autores e personagens ao
mesmo tempo... é muito freqüente nos revelarmos através
daquilo que ocultamos. Somos ocultação e revelação”.
(CIAMPA, 1983, p. 60)

A diferença e igualdade é algo interessante em se tratando da

criatividade do movimento. Não existe igualdade, pois cada corpo é único, o que torna

singular cada movimento deste corpo. Esse movimento pertence a um tempo e a um espaço

determinado, de tal modo que cada instante de minha existência como indivíduo é um

momento de minha concretude.


13

Cada instante de movimento singular se torna minha

totalidade, o movimento é sempre inédito, ficando apenas na lembrança de um tempo e um

espaço.
14

Capítulo II:

A CRIATIVIDADE NO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO

O ser humano está sempre se adaptando à sua realidade:

“Estamos sempre rompendo o estado de equilíbrio


do organismo e buscando comportamentos mais
adaptativos (...). Jean Piaget valoriza a curiosidade
intelectual e a criatividade, sugerindo que o ato de
conhecer é prazeroso e gratificante tanto para a criança
como para o adolescente e o adulto, e se constitui numa
força motivadora para o seu próprio desenvolvimento”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 55)

No processo de adaptação, estão implicados dois processos

complementares: a assimilação e a acomodação. O ato de criar é prazeroso, pois gera uma

solução para um determinado problema.

Poderia dissertar que a criatividade seria uma acomodação;

pois, após o processo de assimilação de algumas informações novas, de algumas

experimentações e vivências consegue-se acomodar melhor, criar.

A assimilação possibilita novas formas de interação com o

ambiente, proporcionando uma adaptação cada vez mais complexa e eficiente. Nesse sentido,

é gratificante para o organismo que se sente mais apto a lidar com situações novas.
15

“A assimilação se refere à tentativa, feita pelo


sujeito, de solucionar uma determinada situação,
utilizando uma determinada estrutura mental já formada,
isto é, a nova situação, ou o novo elemento é incorporado
e assimilado a um sistema já pronto”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 57)

A criatividade está em processo quando se trata de uma

situação inusitada, o processo de assimilação se encarrega de apropriar-se de um fato novo. O

sujeito frente à determinada situação assimila as informações ocorridas e cria uma melhor

maneira de se adaptar.

Numa situação inédita de movimento o sujeito precisa criar

possibilidades de executar esse novo movimento, desenvolvendo sua criatividade de forma

que se harmonize com todos os fatores de coordenação, lateralidade, espaço, ritmo, implícitos

neste novo desafio.

Agora, em se tratando de elementos novos incorporados e

assimilados a sistemas prontos, o sujeito junta num só corpo novas características que

possibilitam um novo movimento, pois é necessária uma nova organização para esses

elementos introduzidos.

Com isso, o indivíduo amplia sua capacidade e possibilidades

de movimentar-se seja com movimentos simples ou compostos, associado a outros

movimentos.

Ao juntar novas informações são necessárias estruturas mais

adequadas e eficientes que estejam de acordo com os novos elementos:


16

“O sujeito tentará novas maneiras de agir,


levando agora em consideração as propriedades
específicas daquele objeto. Isto é, irá modificar suas
estruturas antigas para poder dominar novas situações. A
este processo de modificação de estruturas antigas com
vistas à solução de um novo problema de ajustamento, a
uma nova situação, Piaget denominou acomodação”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 57 e 58)

Quando se está tentando resolver algum problema ou situação

nova, a criatividade está em processo, pois ocorrem experimentações e vivências que vão

ajudar no processo criativo, e a partir delas a criatividade se concretiza. A acomodação

consiste na obtenção de sucesso na busca de uma adaptação nova a exigência da realidade.

O criar se estabelece como fato no processo de acomodação,

ou seja, a assimilação se refere ao processo e a acomodação ao resultado de criar.

Os processos de assimilação e acomodação são

complementares e acham-se presentes durante toda a vida do indivíduo e permitem um estado

de adaptação intelectual e criativa.


17

Capítulo III:

ESQUEMAS E EQUILÍBRIO NO PROCESSO CRIATIVO

Para Jean Piaget os esquemas têm por objetivo organizar as

estruturas mentais. Essa organização permite uma base para os pensamentos e ações, isto é,

conseguimos armazenar informações que foram obtidas através das vivências:

“O conceito de esquema se refere a uma unidade


estrutural básica de pensamento ou de ação e que
corresponde, de certa forma, à estrutura biológica que
muda e se adapta, ou seja, é um elemento estático, porém
dinâmico e variado em conteúdo”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 59)

Seria muito complicado o processo da criatividade no

movimento sem a presença dos esquemas cerebrais, pois graças a eles tem-se uma noção do

tempo, do espaço, da lógica, da causalidade, da moralidade, da linguagem e do corpo; tal

processo se dá antes mesmo de ocorrer a ação ou movimento.

Com essa memória muitas vezes inconsciente a criatividade

motora se amplia. Não é necessário questionar-se a todo instante a respeito de informações

que já foram obtidas. O indivíduo não pensa qual musculatura precisa ser acionada, quais os

apoios serão utilizados, qual será o percurso do corpo, que postura deve-se ter para andar, por

exemplo. Todas essas informações já foram incorporadas, ou melhor, estruturadas numa

pessoa que já aprendeu andar. Vale ressaltar que esse sujeito antes de saber andar teve que

aprender, e com isso se adaptar às novas exigências do seu desenvolvimento.


18

Esse indivíduo teve que passar por todo um processo criativo

para conseguir seu objetivo. Com o objetivo alcançado o sujeito poderá através de seus

esquemas cerebrais criar novas possibilidades ou ações de movimento. O andar poderá ser

associado a uma variedade de movimentos com braços, cabeça, tronco ou servir como base

para correr ou pular, por exemplo.

Os esquemas são estruturas estáticas, porém dinâmicas. A

mudança se torna essencial na presença de algum elemento novo; é necessário destruir ou

desmembrar os esquemas antigos para associação ou construção de novos esquemas. Para

ocorrer essas construções de esquemas a disponibilidade do sujeito deve ser acionada. A busca

é primordial para o conhecimento e desenvolvimento da criatividade.

“A aquisição do conhecimento não é mais que


uma seqüência de aproximações, de ‘erros relativos’
progressivamente corrigidos no remanejamento contínuo
onde cada descoberta é uma ruptura, um ato criativo, que
questiona o ‘conhecido’”.
(LAPIERRE, 1986, p. 60)

Ao questionar o conhecido ampliam-se as possibilidades desse

conhecimento, e só assim são revelados várias versões e caminhos deste. Talvez só assim, se

torne realmente um conhecimento, com isso pode-se compreender vários ângulos deste mesmo

objetivo. Quem sabe por isso criar seja tão fascinante, pois criar e saber caminham juntos.

Criar implica no conhecimento e no desejo de sobrevivência e adaptação. Criar é, portanto, de

início, responder a um desejo de sobrevivência. É criar para si mesmo, só secundariamente a


19

criação se torna meio de comunicação, e só depois de socializar-se, que o desejo de criar

torna-se desejo de criar para o outro. A criação nos permite um equilíbrio:

“O conceito de equilíbrio, ou melhor, do processo


de equilibração; permite que as pessoas sejam solicitadas
a solucionar situações e problemas novos. A cada
solicitação este equilíbrio é rompido e ocorre uma
movimentação das estruturas mentais no sentido de
solucionar este desequilíbrio e atingir novamente o estado
de equilíbrio. Este será conseguido no momento em que o
problema for solucionado”.
(RAPPAPORT, 1981, p. 61)

O ser humano está sempre se equilibrando, pois está sempre

criando. A criatividade impulsiona ao desequilíbrio, e nesse sentido pode-se relatar que o

desenvolvimento consiste numa passagem constante de um estado de equilíbrio para um

estado de desequilíbrio ou o desenvolvimento consiste em criar.

Sem o desequilíbrio não existiria a criatividade, pois é ele o

grande estimulador do ato de criar. Através da necessidade do equilíbrio, de uma melhor

adaptação, é que a criatividade acontece.

Frente a um problema sente-se a necessidade de solucionar

determinada situação, pois o equilíbrio foi rompido em contato com um novo elemento. Para

solucionar o desequilíbrio, as estruturas cerebrais se movimentam proporcionando uma

acomodação adequada. Com o alcance da solução o equilíbrio se estabelece novamente.


20

O homem está sempre desestruturando e estruturando novos

esquemas; sempre sofrendo desequilíbrios, pois sem eles não obteria o conhecimento e nem

conheceria a liberdade da criatividade do movimento.

“A atividade motora espontânea é vivida no


presente, um presente que evolui a modificar-se sem
cessar, colocando em questão o passado, e preparando um
futuro que é, ele próprio, evolução constante através de
uma seqüência de presentes. Por isso que pensamos que
essa atividade é a base da criatividade, dessa busca
constante onde nada jamais é fixo, onde nada se repete.
Mas vimos que em certos momentos esse movimento
perpétuo imobiliza-se na busca de uma estrutura, de uma
certa permanência. Essa permanência é uma tentativa de
projeção do presente no futuro, mas ela vai tornar-se
testemunha do passado. Passamos então da criatividade à
criação.”
(RAPPAPORT, 1981, p. 70)

Vivenciar o presente com base no futuro, para alcançar o

futuro, para a nossa evolução, para o nosso conhecimento, busca de todos os dias, de todos os

contatos com o desconhecido que se faz presente a todos os instantes, pois nada permanece na

imobilidade, nem o que é visto, nem o que se é. Então crie.


21

CONCLUSÃO

A criatividade é movimento, e para que ela aconteça é preciso

que haja movimento, é preciso vivenciar, experimentar, buscar, pesquisar, para que a

criatividade se expresse corporalmente. Todo ser humano é criativo por natureza, porém é

preciso que haja movimento para que possa conhecer os seus limites e possibilidades, criando

novos esquemas corporais para tais movimentações. A musculatura, o sentimento, a

sensibilidade, a consciência corporal precisam ser trabalhadas para ultrapassar as fronteiras do

movimento.

A criatividade do movimento é uma busca constante, pois o

corpo que se move hoje não é o mesmo que se move após um mês, uma semana, um dia, uma

hora. Dialeticamente a estruturação é uma desestruturação constante de esquemas que permite

uma liberdade de criação de movimento. A liberdade está dentro dos limites do indivíduo, por

isso, é necessário conhecê-los para ter liberdade.

A liberdade de criar pode ser ampliada de acordo com os

estímulos de cada pessoa. Os seres humanos estão sempre em busca de uma definição, de uma

explicação, são seres curiosos e quanto mais inquietos ficam, mais criativos tornam-se.

A criatividade se relaciona com a história, pois o homem é um

ser histórico. A história pessoal e cultural está impregnada nele, determinada pelo tempo e

espaço em que vive.

A criatividade do movimento se manifesta no homem desde

que ele habitava as cavernas. Ele já utilizava sua linguagem corporal para expressar seus

pensamentos, seus desejos e conceitos de mundo que ele conhecia. Com o passar do tempo o
22

ele foi dando formas, ritmo e movimento a esse mundo; se transformou e transformou o

mundo. Com sua criatividade do movimento metamorfoseou o seu corpo e seu movimento,

tanto quanto o homem é diversificado e singularizado.

Ao criar,
O criador que acredita saber o criar,
É um inocente sabedor.
Inocente no saber,
Inocente no criar.
Não sabe,
Mas acredita saber.
E quando acredita,
Mesmo não sabendo,
Pois não pode saber.
Se souber não é criar,
E sim reproduzir um criador.
Acreditar saber é primordial,
Mesmo sem saber.
Pensar saber traz o saber
E o criar...
Cristiane Rosa
23

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Manuel Caetano Queiroz. Educação pela Criatividade. Recife: Universitária,

1987.

ARAUJO, Hilton Carlos. Educação através do teatro. Rio de Janeiro: Eitex, 1972.

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e não ator com vontade de dizer algo

através do teatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.

CIAMPA, Antonio da Costa. Psicologia Social, O homem em movimento. São Paulo:

Brasiliense, 1983.

GRINBERG, Luiz Paulo. JUNG, O Homem Criativo. São Paulo: FTD, 1997.

KATZ, Helena. Lições de Dança I. Rio de Janeiro: UniverCidade, 1998.

LAPIERRE, André. Fantasmas Corporais e Prática Psicomotora. São Paulo: Manole, 1984.

________________. A simbologia do Movimento. Psicomotricidade e Educação. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1988.

MARIE, Rose. Criatividade e Processos Cognitivos. Rio de Janeiro, Vozes LTDA, 1977.

MARTINS, Mirian Celeste Ferreira. Didática do ensino da arte: A língua do Mundo:

poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do desenvolvimento. Vol. I. São Paulo: EPU, 1981.
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ANEXOS
25

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