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CAPÍTULO 3
Em um sonho, o rei Nabucodonosor viu uma grande estátua, a cabeça da qual era de
ouro, os peitos e os braços de prata, o corpo de bronze, as pernas de ferro, e os pés
parte de ferro e parte de barro. Uma pedra, cortada sem o auxílio de mãos, foi então
lançada sobre os pés da estátua, que caiu e foi esmiuçada, e a pedra tornou-se um
grande monte que ocupou toda a terra. [3]
"Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a
glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais
do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de
ouro. E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de
bronze, o qual dominará sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro;
pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas,
assim ele esmiuçará e fará em pedaços. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos,
em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo
haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro
de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim
por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro
misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se
ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias
desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este
reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele
mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma
pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o
ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e
fiel a sua interpretação." [Daniel 2:37-45]
A soberania predita de Judá passou bem além dos limites da mera supremacia entre as
tribos de Israel. Foi um cetro imperial que foi confiado ao Filho de Davi.
"Também o farei meu primogênito mais elevado do que os reis da terra." [Salmos
89:27]
"E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão." [Salmos
72:11]
Essas foram as promessas que Salomão herdou; e a breve glória de seu reinado deram
provas de quão completamente elas poderiam ter sido realizadas [2 Crônicas 9:22-28]
se ele não tivesse se desviado e trocado pelos prazeres sensuais do presente as
possibilidades mais esplêndidas que foram abertas diante do homem mortal. O sonho
de Nabucodonosor da grande estátua e a visão de Daniel na interpretação desse
sonho, foram uma revelação divina que o cetro perdido da casa de Davi tinha passado
para as mãos dos gentios, para permanecer com eles até o dia quando "o Deus do céu
levantará um reino que não será jamais destruído" [Daniel 2:44]
O Daniel do segundo capítulo era um homem jovem que tinha acabado de entrar em
uma carreira de extraordinária dignidade e poder, como poucos já conheceram. O
Daniel do sétimo capítulo era um santo já idoso que, tendo passado por provações,
ainda possuía um coração tão fiel a Deus e ao Seu povo como quando, alguns sessenta
anos antes, ele entrou pelas portas da cidade das muralhas largas como um cativo e
um estrangeiro sem amigos. A data da visão anterior foi aproximadamente o tempo da
revolta de Joaquim, quando o orgulho racial e o credo ainda levava os judeus a
sonharem com a independência. Ao tempo da última visão mais de quarenta anos
tinham se passado desde que Jerusalém tinha sido deixada em ruínas, e o último rei
da casa de Davi tinha entrado acorrentado pelos portões de bronze da Babilônia.
O profeta então começa a recapitular a visão e sua linguagem permite uma resposta
explícita à única questão que pode sensatamente ser levantada sobre as palavras que
acabam de ser citadas, isto é, se o "reino dos santos" seguirá imediatamente após o
encerramento do quarto império gentílico. [10] Ele acrescenta, "Então tive desejo de
conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros,
muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava,
fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres
que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e diante do qual caíram três, isto é,
daquele que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e cujo parecer era
mais robusto do que o dos seus companheiros. Eu olhava, e eis que este chifre fazia
guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. Até que veio o ancião de dias, e fez
justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o
reino."
Essa foi a investigação da profecia. Aqui está a interpretação que lhe foi dada em
resposta:
"O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos;
e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez
chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro,
o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o
Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e
eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.
Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o
desfazer até ao fim. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo
o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno,
e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." [Daniel 7:19-27]
Se a história registra qualquer evento que possa estar dentro da abrangência dessa
profecia é uma questão de opinião. Que ela ainda não foi cumprida é uma questão
simples de ver. [12] A terra romana será um dia dividida em dez reinos separados, e
a partir de um desses se levantará aquele terrível inimigo de Deus e de Seu povo, cuja
destruição será um dos eventos do segundo advento de Cristo.
Cap. 5. O banquete de Belsazar. Babilônia é conquistada por Dario, o medo (538 AC).
Cap. 6. Daniel é promovido por Dario; recusa-se a adorá-lo e é lançado na cova dos
leões. Seu livramento e subseqüente prosperidade (537 AC ?).
[5] Acreditar que tal profecia possa algum dia ser realizada pode parecer fanatismo e
tolice, mas pelo menos vamos aceitar a linguagem das Escrituras, e não cair no cego
absurdo de esperar o cumprimento de teorias baseadas naquilo que os homens
conjeturam que os profetas devem ter predito.
[7] Daniel 6:1-2. Daniel não poderia ter menos de oitenta anos naquele tempo. Veja a
tabela cronológica no Apêndice 1, post.
[8] É improvável que Daniel tivesse menos de 21 anos de idade quando foi colocado
na chefia do império no segundo ano de Nabucodonosor. A idade até a qual ele viveu
torna igualmente improvável que ele tivesse mais. Seu nascimento teria ocorrido,
conforme sugerido anteriormente, em aproximadamente 625 AC, na época de
Nabopolassar e cerca de três anos depois da morte de Josias, um tipo de rei que nunca
tinha havido em Israel, desde os dias de Samuel [2 Crônicas 35:18-19; 2 Reis 23:25]
"Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro
ventos do céu agitavam o mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos
outros, subiam do mar. O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu
olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como
um homem, e foi-lhe dado um coração de homem. Continuei olhando, e eis aqui o
segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca
três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita
carne. Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo,
e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças,
e foi-lhe dado domínio. Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis
aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes
de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Estando
eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do
qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos,
como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. Eu continuei olhando, até
que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca
como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de
fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele;
milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-
se o juízo, e abriram-se os livros. Então estive olhando, por causa da voz das grandes
palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo
desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; e, quanto aos outros animais, foi-
lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço de tempo.
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E
foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas
o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal,
que não será destruído."
[10] Certos autores advogam uma interpretação dessas visões que associa os "quatro
reinos" a Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Essa visão, com a qual o nome do
professor Wescott está identificado, afirma observar meramente a ordem para
distingüi-la de outra com a qual ela tem sido confundida, até em uma obra de
pretensões como The Speaker's Commentary (vol. 6, pg 333, Excursus on the Four
Kingdoms). O experiente autor de Ordo Saeclorum (Cap. 616, etc.), citando Maitland,
que por sua vez segue Lacunza (Ben Ezra), argumenta que a ascensão de Dario, o
medo, ao trono de Babilônia não envolveu uma mudança do império. Além disso, esses
autores defendem a idéia que a descrição do terceiro reino faz lembrar Roma, em vez
de a Grécia. Portanto, de acordo com essa visão, os reinos são Babilônia, o primeiro;
Pérsia, o segundo; Roma, o terceiro; o quarto será um reino futuro que se levantará
nos últimos dias. Mas, conforme já observado (pg 32, ante), o livro de Daniel distingüe
expressamente Babilônia, Média-Pérsia e Grécia como "reinos" dentro da abrangência
da profecia.
[11] Daniel 7:19-27. Sobre essa visão, veja Pusey, Daniel, pg 78-79