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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
DISCIPLINA: ECONOMIA INTERNACIONAL I
PROFESSOR: LUCAS MILANEZ DE LIMA ALMEIDA
ALUNA: NATÁLIA BATISTA PIRES DE OLIVEIRA
PERÍODO: 2017.2

2ª AVALIAÇÃO (INDIVIDUAL)

ATENÇÃO 1: As respostas individuais à presente avaliação devem ser entregues por vias digital,
através da Tarefa do Sigaa, e impressa, ao Departamento de Economia, até às 18:00 do dia 25 de maio
de 2018.

ATENÇÃO 2: Nas respostas, não coloque absolutamente nenhuma frase que não seja de sua própria
autoria. Claro que, como toda prova, as ideias que vocês irão expressar nas respostas vieram de outros
autores. Contudo, vocês devem mostrar que compreenderam o assunto e são capazes de articular, com
suas próprias palavras, um raciocínio explicativo rigoroso acerca deste.

QUESTÕES

1) Quais as características fundamentais do Antigo Sistema Colonial? Qual o papel exercido por
este Sistema na formação do Capitalismo (na Europa e no Mundo)?

As características fundamentais do Antigo Sistema Colonial estão na forma de organização do


sistema colonial baseadas na doutrina mercantilista. Essa forma de organização deu todo suporte
à colonização europeia no período que vai do século XVI ao final do século XVIII. Esse período
é marcado pelo regime absolutista, transição do feudalismo para a produção capitalista, abrange
os descobrimentos marítimos através da expansão ultramarina, a colonização do Novo Mundo e
a Revolução Industrial.
O Antigo Sistema Colonial era fundamentado por teorias mercantilistas as quais eram aplicadas
através de leis criadas para atender a doutrina mercantilista. Essas leis regiam as relações entre
metrópoles – as quais eram o centro de decisões político-administrativo – e suas respectivas
colônias – subordinadas as decisões das metrópoles – ; além das relações de comércio exterior
de uma metrópole para outra, geralmente essas transações comerciais tinham vínculos políticos
administrativos que eram firmados por casamentos reais entre as nações.
A teoria mercantilista e a legislação ultramarina eram, segundo Novais, o denominador comum
nas circunstâncias históricas das relações metrópole-colônia. Toda legislação ultramarina era
feita para sustentar a relação de dependência política e econômica da colônia, de forma que esta
se estruturasse unicamente para o desenvolvimento, dinamismo da economia interna e externa da
metrópole
A principal ideia do mercantilismo era o acúmulo de metais, quanto mais metais uma nação
tivesse, melhor para sua balança comercial, sendo assim as políticas econômicas eram criadas
para atender a doutrina da balança favorável e não para atender as necessidades da sociedade de
forma embasada em estudos sistemáticos, as políticas eram feitas para atender aos objetivos da
doutrina mercantilista.
As políticas eram protecionistas e as intervenções estatais eram direcionadas para o estímulo da
exportação do excedente produzido pelas empresas para garantir lucratividade e a entrada de
bullions na nação. Além de subsidiar o custo da produção interna para desestimular as
importações, o que culminava na restrição do consumo interno.
O Antigo Sistema Colonial exerceu um papel de instrumento da acumulação primitiva da era
mercantilista. Com a transição da estrutura feudal para a produção capitalista, o capital
comercial gerado nas economias feudais passa a desempenhar um papel não só de circulação de
mercadoria mas também de acumulação devido a lógica mercantilista, essa acumulação era
gerida e centralizada pelo Estado absolutista, tinha dois objetivos principais: o desenvolvimento
da economia de mercado, interna e externamente e o financiamento da corrida ultramarina.
Diante disso, as colônias tinham o papel de fomentadores da acumulação de capital da metrópole
e burguesia, através da exploração de matérias primas e metais preciosos, além de servirem
como consumidores de produtos manufaturados externamente. Essa acumulação primitiva de
capital juntamente com a expansão das atividades ultramarinas e ascensão da burguesia,
promoveu a transição da economia mercantil para a economia capitalista, o regime serviu para o
assalariado e financiou a Revolução Industrial.

2) O que foi a Revolução Industrial? A Inglaterra foi a única economia nacional que conseguiu
realizar tal transformação ao longo do Século XIX? Por quê?

Não se tem um consenso sobre a procedência do conceito da Revolução Industrial, antes se tinha
uma evolução industrial que começou a partir da produção artesanal familiar e se tinha várias
pequenas unidades produtivas. Pode-se dizer que esse processo se modificou devido a três
fatores: acúmulo de capitais, êxodo rural e a introdução de máquinas que aceleravam a produção.
Convencionalmente se diz que a Revolução Industrial surgiu e se consolidou em meados do
século XVIII na Inglaterra. Caracterizou-se pela mudança dessa forma artesanal familiar de
produção para um processo de produção em larga escala através de máquinas, trabalhadores
assalariados e da divisão do trabalho.

A Inglaterra não foi a única que conseguiu realizar tal transformação ao longo do século XIX,
mas tem-se uma unanimidade na literatura de que esse processo se iniciou na Inglaterra devidos
a diversas condições políticas, econômicas e sociais que se tinha na sociedade inglesa. Dentre
eles tem-se que a Inglaterra era uma potência marítima, o que facilitou o processo de acúmulo de
capital comercial que iria servir para financiar o capital industrial; a Revolução Gloriosa
possibilitou que a burguesia se libertasse de um Estado centralizado e intervencionista e
possibilitasse a expansão burguesa através da zona de livre comércio da Europa; além disso, com
a revolução agrícola do século XVIII acompanhada a expropriação de terras de camponeses,
houve um grande exôdo rural e se formou grande reserva de força de trabalho. Já no final do
século XIX, de 1860 a 1900, outros países da Europa como Alemanha, França, Rússia e Itália
começaram a acompanhar o processo de mudanças produtivas da manufatura para a
industrialização.

3) Uma das descobertas da Teoria Econômica de Marx, publicada já no Livro I de “O Capital”


(1867), é a de que a concorrência entre capitalistas tende à formação de monopólios (Lei Geral
da Acumulação Capitalista). Do ponto de vista histórico, quando isto se generalizou e se tornou
uma regra para as economias nacionais? Qual o nome dado à esta fase do capitalismo? Quais
suas características básicas?

Do ponto de vista histórico, o imperialismo ou capitalismo monopolista, início no último terço


do século XIX e se estabeleceu no fim do século XIX e começo do século XX após a crise
econômica de 1873, na qual a indústria pesada assumiu o protagonismo no processo produtivo.
Na Inglaterra o imperialismo caracterizou-se como colonial manifesto e na França, um caráter
usurário. As características básicas do imperialismo são definidas por Lênin da seguinte forma:
“ 1) A concentração da produção e do capital, atingindo um grau tão alto de desenvolvimento
que cria os monopólios, os quais desempenham papel decisivo na vida econômica; 2) A fusão
do capital bancário com o capital industrial e a criação, sôbre a base dêste “capital financeiro”,
da oligarquia financeira; 3) A exportação do capital, diversamente da exportação de
mercadorias, adquire uma significação particularmente importante; 4) Formam-se as uniões
monopolistas internacionais de capitalistas, que dividem o mundo entre si; 5) Termina a divisão
territorial do mundo entre as maiores potências capitalistas.”

4) Lênin foi um dos primeiros a investigar a chamada Lei do Desenvolvimento Desigual e


Combinado das economias capitalistas. De que se trata este Lei? Discorra sobre as características
das economias que ocupam os dois estratos fundamentais da Economia Mundial, a saber, as
imperialistas e as dependentes. Mostre como ambas são “os dois lados de uma mesma moeda”,
ou seja, como elas interagem (coexistem) para formar o capitalismo mundial.

A lei do desenvolvimento desigual e combinado é uma lei científica que visa a análise e a
caracterização da formação sócio-econômica em desenvolvimento nos países atrasados do
sistema capitalista, através de uma análise histórica da composição do capital nesses países
durante o imperialismo. Possui dois aspectos teóricos, no primeiro refere-se às diversas
proporcionalidades no crescimento social. No segundo, à correlação concreta de fatores
econômicos sociais desenvolvidos de forma desigual no processo histórico.

Isso pode ser observado no processo de Industrialização da Inglaterra, sendo um dos países
pioneiros na industrialização, saiu a frente de outros países no processo da expansão marítima e
exploração de colônias e assim ficando a frente no processo de acumulação de capital, tornando-
se a potência capitalista à época do imperialismo. Essas disparidades deu um caráter de expansão
ou compressão ao capitalismo mercantil e conferiu distintas proporções de desenvolvimento da
sociedade inglesa em relação as outras nações, nos aspectos econômicos, estruturas de classes,
instituições sociais e setores da cultura. A partir disso pode-se perceber a base da lei do
desenvolvimento desigual. As discrepâncias entre os diversos fatores da história são a essência
para o surgimento de um fenômeno nas economias dependentes, no qual o perfil de uma etapa
inferior de desenvolvimento social se mescla com as de outra, superior.

5) O capitalismo nos países centrais, a partir da crise de 1929-33, passou a manifestar-se por meio
do Welfare State (Estado de Bem-Estar Social). Esta foi a época dos Anos Dourados do
capitalismo. Discorra sobre as características deste período e sobre o papel exercido pelo Estado
na economia. É correto afirmar que o capitalismo mudou sua essência? Por quê?

Depois da Segunda Guerra, a economia mundial passou a desfrutar de um período de


prosperidade, durante as décadas de 1950-1960, com uma taxa de 4,9% a.a. de crescimento do
PIB. Um período de exceção da trajetória do capitalismo, caracterizado pelo uso das teorias
keynesianas e modelo de produção fordista e pela forma de controle social estabelecida pelo
Estado de Bem-Estar Social.

O crescimento desse período teve com base a II Revolução Industrial, colheu os resultados da
reestruturação tecnológica industrial, comercial e financeira do mundo capitalista após a crise
de 1929. Também contou com a modificação no padrão de consumo da população através
massificação do consumo de bens duráveis fomentados pelo modelo fordista de produção. Mas
esses fatores, em si, não determinaram um modo de desenvolvimento e sua capacidade de
abrangência, foi necessário um movimento consciente da luta de classes que reivindicasse
mudanças na forma de gerir a economia, no papel e estrutura de estado, na relação salarial e no
padrão de consumo.

Dessa forma ocorreram mudanças no papel do estado que passou a intervir de forma intensiva
na economia, estimulando e mantendo o ritmo de crescimento econômico. Para tal, foram
utilizados os instrumentos de política monetária e fiscal para planejar e coordenar o processo de
industrialização e modernização das economias capitalistas. Através das políticas econômicas o
Estado assumiu a expansão e manutenção do nível da demanda agregada até atingir o nível de
atividade próxima ao pleno-emprego, tomando para si a responsabilidade de assegurar o
crescimento econômico e incluir a classe trabalhadora nesse processo.

Apesar dessas mudanças na forma de gerir o sistema econômico, isso não causou
transformações na essência do capitalismo pois o processo de acumulação do capital e o modo
de reprodução capitalista continuou a acontecer, ele apenas se manifesta de outras formas ao
longo da história.
6) A crise estrutural da década de 1970 significou a falência do Welfare State e a ascensão do
Neoliberalismo. Discorra sobre as recomendações do Consenso de Washington e como isto altera
a forma de atuação dos países imperialistas.

7) Faça um resumo sobre a divisão internacional do trabalho, da sua forma inicial à atual,
articulando isto com as transformações do capitalismo mundial estudadas ao longo da disciplina
e como isto foi decisivo para que, historicamente, os países (e regiões) ocupassem seus
respectivos lugares na hierarquia do sistema mundial.

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