Вы находитесь на странице: 1из 70

..

• .f .

Pobreza ·.urb·ana
IMPORTANTE!
Este material foi disponibilizado EXCLUSIVAMENTE para uso pessoal e não comercial. Caso
seja utilizado parte dele cite a fonte com a sua devida referência.
Veja outras publicações em:
http://geografiaacademicadownload.blogspot.com.br/
Curta nossa página no Facebook para receber as atualizações
https://www.facebook.com/geografiaacademica
Siga-nos no Twitter
https://twitter.com/GeoAcademica
CoLEÇ-1\0 MILTON SANTOS 16

Pobreza Urbana
MILTON SANTOS

Pobreza Urbana
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitora Suely Vilela


Vice-reitor Franco Maria Lajolo

Com uma bibliografia internacional


EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
organizada com a colaboração de
Diretor-presidente Plinio Martins Filho Maria Alice Ferraz Abdala
COMISSÃO EDITORIAL
Presidente José Mindlin
Vice-presidente Carlos Alberto Barbosa Dantas
Adolpho José Melfi
Benjamin Ahdala Júnior
Maria Arminda do Nascimento Arruda
Nélio Marco Vincenzo Bizzo
Ricardo Tuledo Silva

Diretora Editorial Silvana Biral


Editoras-assistentes Marilena Vizentin
Carla Fernanda Fontana
Copyright© 1978 by Família Santos

1~ edição 1978 (Hucitec)


2~ edição 1979 (Hucitec)
SUMÁRIO
3~ edição 2009 (Edusp)

Edição atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Ficha catalográfica elaborada pelo Departamento


Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP

Santos, Milton, 1926-2001.


\
Pobreza urbana I Milton Santos; com uma bibliografia interna-
cional organizada com a colaboração de Maria Alice Ferraz Abdala.
- 3.ed. -São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
136 p.; 14 x 21 cm - (Coleção Milton Santos ; 16). 9
Apresentação ..........•••..••.•...•.....•••..••.......••...•••...•••.•.........•••.•......••••.•.••
ISBN 978-85-314-1158-8
POBREZA URBANA
1. Geografia urbana. 2. Sociologia urbana. L Abdala, Maria
Alice Ferraz. II. Titulo. III. Série. 13
PODE-SE DEFINIR A "POBREZAii? ••••····•••••••••••••••••·••·•·•••••••••••···•••••••••··

CDD 307.76 23
EXPLICAÇÕES PARCIAIS DA POBREZA URBANA ··••••••••••····•••••••••••·••••·••••••

)-
A POBREZA URBANA NO TERCEIRO MuNDo:
MARGINALIDADE OU BIPOLARIZAÇÃO? ••••.•.•...•••••.••••••..•••..•••.•••••••.••••.••• 35

Direitos reservados à Q CIRCUITO INFERIOR, CHAMADO "SETOR INFORMALii ·POR QUt? ....... . 57

Edusp - Editora da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO E DA POBREZA:
S· 77
6º andar - Ed. da Antiga Reitoria - Cidade Universitária CONSUMISMO OU IGUALITARISMO? ..................................................... .
05508-010 - São Paulo - SP - Brasil
Divisão Comercial: Te!. (11) 3091-4008 / 3091-4150 Bibliografia Internacional ................................................................... . 87
SAC (l l) 3091-2911 - Fax (11) 3091 -4151
www.edusp.com.br - e-mail: edusp@usp.br

Printed in Brazil 2009

Foi feito o depósito legal


APRESENTAÇÃO

problema da pobreza ganhou, em nossos dias, uma atualidade

O incontestável por duas grandes razões: em parte pela gene-


ralidade do fenômeno que atinge a todos os países, embora
em particular aflija mais duramente os países subdesenvolvidos, mas
também pelo fato de que a urbanização galopante que estes últimos co-
nhecem _é acompanhada P~ia-e~p-~~;ã~:-;~~~~~~;ig~;i~d~ ~;p;~São
~a pobr~z~, ~~·s~~-q~~-e~t~·Sé'âp~esente de fúfrn~ ·p~rti'Zular ~especifi~a
em cada país e nas diferentes cidades de um mesmo país.
Este livro, dedicado a esse tema, compõe-se de duas partes: a primei-
ra procura colocar a questão de forma crítica, enquanto a segunda
pretende oferecer uma bibliografia internacional do assunto.
Na primeira parte retomamos a árdua questão da definição da po-
breza (Capítulo 1 - Pode-se Definir a "Pobreza"?), para indagar, em
seguida, se o problema não tem sido frequentemente colocado de modo
equívoco (Capítulo 2-Explicações Parciais da Pobreza Urbana). Mais
adiante (Capítulo 3 -A Pobreza Urbana no Terceiro Mundo: Margina-
lidade ou Bipolarização?), tentamos resumir um debate, apaixonante
na época em que se fez, sobre o problema da "marginalidade", e ao
mesmo tempo sugerimos um enfoque que leva em conta a existência,
na economia urbana, de dois circuitos interdependentes mas hierarqui-
camente organizados: o circuito superior e o circuito inferior. Este vem
sendo chamado de "setor informal", denominação que permite uma
discussão aprofundada, levando dos aspectos semânticos e filosóficos
ao lado propriamente político da questão (Capítulo 4 - O Circuito
Inferior, Chamado "Setor Informal''. Por quê?). Finalmente, discutimos
as relações entre pobreza e teoria do desenvolvimento, para avançar
algumas ideias relativas à esperada possibilidade de extinção dessa
chaga que se alastrou no mundo ao mesmo tempo em que a economia
conhecia índices de crescimento favoráveis (Capítulo 5 - Teorias do
Desenvolvimento e da Pobreza: Consumismo ou Igualitarismo).
Quanto à bibliografia, ela está long\, de ser completa. Os títulos que
aí reunimos, somando cerca de oitocentos, permitirão, todavia, ao leitor
melhor situar-se, diante de um elenco de informações oriundo de diver-
sas partes do mundo e atendendo a diversas tendências do pensamento POBREZA URBANA
social. Estamos certos de que muitos trabalhos de valor escaparam ao
nosso recenseamento, e nos protegemos dessa falha no triste consolo de
que tarefas desse tipo terminam sempre por cometer injustiças, ainda
que involuntárias. Nesse trabalho fui pacientemente ajudado pela geó-
grafa Maria Alice Ferraz Abdala, que se dispôs ao ingrato trabalho de
percorrer bibliotecas e completar a documentação também por outras
vias. Desejo exprimir-lhe, aqui, meu reconhecimento e minha gratidão.
A publicação deste volume foi possível graças à colaboração que nos
foi oferecida pela Universidade Federal de Pernambuco, na ocasião em
que se realiza no Recife o Seminário Nacional sobre Pobreza Urbana
e Desenvolvimento (4 a 7 de dezembro de 1978), promovido pelo
Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano (mestrado).
Um agradecimento particular é, aqui, endereçado ao professor Adalmi
Beserra Alencar, que teve a iniciativa de me sugerir esse trabalho.

MILTON SANTOS
Outubro, 1978
l

PODE-SE DEFINIR A "POBREZA"?

abordagem do problema da pobreza nos países subdesenvol-

A vidos é cheia de dificuldades e ciladas. As dificuldades são


encobertas pelos deficientes instrumentos de pesquisa, tais
como estatísticas e classificações duvidosas, enquanto a confusão a
respeito dos objetivos e as formulações teóricas falsas ou incompletas
representam verdadeiras arapucas.
?1</: ~- - '
A F AL~NCIA DAS ESTATÍSTICAS Jt ~ t)<>J:sLu~
'

A maioria dos escritores queixam-se de que as estatísticas são inade- o


m
quadas, por não serem adaptáveis ou por serem insuficientes, ou ainda "z
devido a problemas de interpretação - frequentemente insatisfatória
">
-, isso para não mencionar a manipulação (Aguilar, 1974, p. 166) que
"o
é feita sob o pretexto de ajustá-las às condições locais, ou até mesmo •
com finalidades abertamente políticas (Feder, 1973, pp. 5-6). "m
,.
N

As perguntas essenciais se subordinam a um modelo internacional


(Santos, 1972). As pesquisas realizadas por organizações locais ou por
pesquisadores independentes para compensar as deficiências dos re-
sultados são, infelizmente, muito poucas e pouco acessíveis. Isso coloca determinante na construção teórica. Isso ocorre por exemplo com o
problemas fundamentais e torna mesmo difícil qualquer tentativa de problema da definição de emprego, de desemprego e de subemprego.
comparação ou de compreensão das realidades locais. Frequentemente, Recentemente, Guy Caire (1971) deu uma interpretação apropria-
o trabalho desenvolve-se com material mal selecionado e interpretado da das estatísticas de subemprego e desemprego, lembrando-nos que
erroneamente, visto que a elaboração das estatísticas é feita obede- esses conceitos
cendo a uma transferência de conceitos elaborados para a Europa ou
América do Norte e aplicados nos países subdesenvolvidos. O peso [... ]quando aplicados àos países do Terceiro Mundo, exigem uma reinterpre-
tação e que as medidas estatísticas gerais ou específicas deixam muito a desejar;
das ideias feitas, a lei do mínimo esforço, o prestígio do exemplo, tudo
por exemplo, o método da mais-valia (diferença entre a quantidade de trabalho
contribui para manter um instrumento de pesquisa baseado em ideias disponível e a quantidade de trabalho socialmente necessário, o que exige conse-
preconcebidas. quentemente a escolha arbitrária de uma norma de produtividade) ou o método da
É evidente que não se 2ode dispensar infQ!'~Matístic~~.IJ!ªS renda (número de trabalhadores de tempo integral, real ou potencial, que possuem
recursos abaixo de um determinado nível, o que leva a considerar o trabalho pro-
é preciso recusar_a essas informações .!!!!l__'\'.alc~.~--próprio e suficiente.
dutivo a longo prazo, curto prazo ou prazo indeterminado). Convém acrescentar
As estatísticas só expressam a reali\:lade quando recolhidas através de que é precária a adaptação dos coeficientes de emprego ativo, determinados pelos
,-.« uma teoria válida; estatísticas e teoria se completam. recenseamentos, aos empregos tradicionais e às numerosas atividades organizadas
No que diz respeito às estatísticas já existentes, o problema não é em torno das unidades familiares como unidades de trabalho.
simplesmente abandoná-las sem maior consideração, e sim selecioná-las
e usá-las com aquele senso crítico agudo reivindicado por Polly Hill A heterogeneidade das informações constitui outra dificuldade
(1966, p. 18). Isso poderia autorizar que fossem usadas totalmente, encontrada ao se elaborar trabalhos mais meticulosos de comparação e
em parte, ou simplesmente desprezadas. Assim, a utilização de dados síntese. A pesquisa socioeconômica está interessada nos mais diferentes
estatísticos numa estrutura de análise e interpretação suscita problemas temas em cada país, dependendo de seu nível econômico, da urgência
metodológicos, o que nos leva novamente aos problemas teóricos. com que os problemas precisam ser resolvidos e das opções políticas e
As estatísticas dependem de uma compreensão sistemática, do meca- interesses governamentais. Além do que os procedimentos adotados na
nismo dos fenômenos que se quer estudar. Há necessidade, portanto, realização e execução do recenseamento variam com frequência, como
de categorias analíticas que permitam a obtenção de dados e também também variam os intervalos entre os recenseamentos.
a correção dos não confiáveis, o que ajudará na escolha das pesquisas Outro tipo de obstáculo é a definição dos limites urbanos. Os cri-
complementares necessárias. Com efeito, segundo Ch. Bettelheim térios sobre o que é "urbano", quase tão numerosos quanto os países a
(1952), "toda medida implica na elaboração do conceito daquilo que que se referem, sã'o tão diversos que não permitem nenhuma tentativa
<
z é medido [... ] Uma medida resulta de um processo de abstração que, de generalização. O mesmo ocorre em relação à noção de "terciário"
<
• desde o início, elimina totalmente certas qualidades". Seria portanto e "terciarização". A maioria dos trabalhos sobre o Terceiro Mundo
"o
< necessário reexaminar e renovar nossos conceitos, antes mesmo de referem-se a uma terciarização da sociedade e da economia, e a uma
N
• coletar estatísticas (McGee, 1971, p. 68). Em outras palavras, são os urbanização terciária. Na verdade, trata-se de uma expr.essão de
"•o conceitos, ou seja, a elaboração teórica, que assumem o papel primor- certo modo já clássica, usada para designar uma atividade nova. Por
" dial. A menos que o pesquisador seja consciente disso, os instrumentos exemplo, a população e as atividades que classificamos como sendo
de pesquisa, e até mesmo os métodos, podem desempenhar um papel o Circuito Inferior da economia urbana (Santos, 197la) não são ne-
cessariamente terciárias, como também não o é o protoproletariado restringem o problema a parâmetros de natureza puramente material.
estudado por McGee (1974). O uso de um.a ~~ectiva herdada - a O. Lewis (1969, p. 115) é ainda mais explícito quando afirma que se
repartição tradicional da economia em setores primário, secundário e pode obter uma descrição aproximada de pobreza definindo-a como
terciário, uma divisão formal proposta por Colin Clark - é_ IJ~a a incapacidade de satisfazer necessidades de tipo material.
d~c.11.ldad~~.mLex.Plica.r,J)JL~lo__illffiQ§. em. avaliar _cor,r:<j;êUJ,.eJJJ:e Isso ajudaria a distinguir miséria de pobreza, como fizeram Sidney e
qs problemas.ligados.à.pob.n:za uas.çi.d<!.<k~. O aparelho estatístico é Beatrice Webb (1911)? Os pobres, por essa definição, seriam "aqueles
prisioneiro de uma noção geral que não está de acordo com a reali- que têm um poder de compra mais reduzido que o considerado nor-
dade. Outro inconveniente provém do fato de que atualrp.<o.n~e mal para o ambiente em que vivem". Os mjseráyeis estariam priY.ados
muito mais atenção ao fenômeno das favelas do que mesmo _à situação da sati~faç~o .\k ·ª]ggmª>-4'!~....!lt:.C.W.idades Yitaiá._.4tunaneira que a
4ª. pobreza como um todo. Essa preferência aparece claramente nos ~~ú_d,~---~-.<l:_!o~i!~~~ª.!.9.E!!~r=~-e-iam_p~:_~~!:.i!-s__~ PºE.~º de fazer perigar
resultados estatísticos que frequentemente são de interesse mais antro- .a pfÓ!'fÍ.iLY.id.@.
pológico ou puramente econométrico que socioeconômico. Contudo, Carter (1970, p. 58) introduz a noção de "relatividade" ao afirmar
seja qual for a motivação, o resultadA é o mesmo: o empobrecimento que '~a riqueza só traz satisfação quando comparada com o nível de ~;,\_, ,_.
da pesquisa e uma tendência para distorcer a compreensão global das vida de outros". Ou seja, ~~estar satisfeito é ser suficientemente rico r..-,--{ '--.,
realidades do mundo "marginal". para não sofrer de inveja". Mesmo assim, permanece o problema de "-'- ~,-.,\/
,...,."-"
É necessário, portanto, insistir na dificuldade de chegar a uma definir em que consiste a necessidade. ()_)" "'..-
comparação válida das situações nacionais. Dificilmente seria possível A questão da pobreza não pode, na verdade, ficar restrita a defi· \''
uma comparação de variáveis isoladas, e isso mesmo só se poderia nições parciais. Já se tentou também estabelecer um limiar estatístico
obter após uma tentativa preliminar de identificação. Ademais, como e,xªto da pobre_Z.fu._1Qmªndo_co_mopo11to_de i;ef~rênc_i_a~ p()_r e_2'emplo,
os fenômenos em questão são fatos essencialmente complexos - com- s!'lários, e. ~()_i:a.s_.\l;:. trabalhp. Mas a _n()ç~() fie "liu.ha_ d.e p.ubr.eza",
postos portanto de variáveis múltiplas -, é preciso usar com cuidado av~liada __4~~-~~~ _ [<;>.,i:_µi_a por órgão_~--~n-~er1:1:_~_~J?,na_i_s _i11t~r~s_§.açtQS... em iµ-
a estrutura estatística, e ir além dela. Do contrário, c:o_!'.!'.~-=~-..2.._risco formações quantitativas, e por planejadores preocupados em oferecer
de apenas oferecer uma lista, que pode até ser prolífica, de variáveis sol~es con~ªbeis, não consti~ui um parâmetr? válido e não_permite
'e
isoladas que caracterizam uma determinada situação, e ao mesmo SQmP"!.!'529· Conforme salientou J. K. Galbraith, a noção de "linha o
tempo bloquear guaisg~E!_?]uções. É imprescindível dominar o pleno de pobreza" nem ao menos conduz a uma medida precisa, sendo o "
funcionamento das variáveis, sua tendência a reagir reciprocamente, defeito mais grave o seu caráter estático: ~'Numa economia de cresci- "
para poder então inferir leis, ou pelo menos reconhecer um comporta- mento existe uma necessidade óbvia de definir o limiar da pobreza ou
<
z mento geral e características específicas. Isso para todos os fenômenos
< de dar uma definição de pobreza que seja ao mesmo tempo relativa e ;;
• sociais, inclusive a pobreza.
"o dinâmica" (1969, p. 252).
<
'o
N
Os conceitos de recursos e necessidades são dinâmicos. A ideia de
~
o QUE É POBREZA? escassez, um corolário dessas duas categorias, faz parte de sua própria
"•o
• natureza. Qs__~\'.!_çur_s_os...p_Q.fil..~~isposição ~do__Qgmem. em termos de
Certas definições, como a de Moore (1963), para quem a pobreza
é função de uma participação maior ou menor na modernização, f sua posição na escala soEi.al0 JJJJ!.d.am.cQlll.O.J:~Jlll2Q _u:i..lugar, O valor
d~; r~cu;sos é igu~l;,:;en_t_e_relativo,_cjfl'f!1c!e11g9__ejl1_g,ande parte _\!_a
estrutura daJ2!oducão e~ seus ob~tjyos f.Yru;!gmentai~. A noção de (1972, p. 225) "o termo 'pobreza' não só implica um estado de privaç~o
pobreza, ligada desde o início à noção de escas.sez, não pode ser estática ~ateria! como também um modo de vida - e um conjunto complexo
nem válida em toda a parte. ~ duradouro de relacões e insrjrujções sociais. econômicas, culturais
A pobreza existe em toda a parte, mas sua definição é relativa a urna ~~9Jftjç·ª~ cria~~.~~a encontrar segurança dentro d~ uma situação
determinada sociedade. Estamos lidando com uma 11oção historicarnen- i~J~Y.ra". O assunto exige um tratamento dinâmico, no qual todo o
!edeterminada. É por isso que comparações de diferentes séries tem- conjunto de fatores é levadç:> em conta - pois do contrário haverá ênfase
porais levam frequentemente à confusão. A combinação de variáveis, em soluções parciais que são mutuamente contraditórias. O problema
assim como sua definição, mudam ao longo do tempo; a definição dos essencial e.stá na eâtrutpra analítica escolhida, ou seja, na tentativa de
fenômenos resultantes também muda. De que adianta afirmar que um urna teorização adequada. 4, fvJ.'4-.-..:.. d..o: .:::-:..-.:,.,1i...., "'"".1.r.1--...
indivídit~~os pobre agora, em comparação à situação de dez a~os e," J.,r ,,.,_.,_,,,: 1-''';Clf~' [i 0"'-l'l (rlV\é,....., ..•

\.·;,, \~ atrás, ou que é me!].q~J?~br~~~ ci~~de ell.!__c:.ompa;ação à-s~~ituaç-ão PLANEJAMENTO E ATRASO TEÓRICO

~'!"~~ ~ ~-Q çampo se es~til!diyí_d_ttQ pffeQ.1~~-~ftj~_<?_;~~~o.P~d--;ã~-~eVãf~~es,


_
inçlysjy~_.!!Q,,Q_~--~-e refere _aos bens rnftteriais? A 6.~i~~,-~~-~úd-;~d~ As teorias sobre o desenvolvimento - ou subdesenvolvimento - fo-
~-'!_atufil,_pada..~~u~á~;elati;~J~iP.(íjyíqµ9 11;1soci.~d.ade 'Lll!!_e . ram apresentadas como diretrizes para a correção de desigualdades
pertrn_ç_e. Segundo Bachelard (1972) é mais importante compreender entre indivíduos, regiões ou países. O crescimento baseado no mo-
um fenômeno do que medi-lo. b:!Iledi_q!l_.Ja.1?2.J:ir.e_z?-i..d..ada.'illttLde delo de países já industrializados começou - e continq.a sendo - a ser
1!.!:li~.!lê21'. Pt:J9.> 9 9i.<;.tix.us.q11.e a s.m;i ~Jfad.f_d~ tç rmino 11.llªrn..s_i pxeígri;l. considerado como a solução para o problema de desenvolvimento,
É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas di- tend'o o planejamento corno instrumento de sua realização.
mensões - agora e no futuro - serão definidas pela influência recíproca Entretanto, pode-se dizer que a própria ideia de planejamento contri-
dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do que buiu para atrasar a pesquisa das causas reais da pobreza. Pelo menos
um indivíduo não é mais pobre ou IM.!!QU?.9.hr~~ue conso~rn durante os primeiros vinte anos que se seguiram à Segunda Guerra
J'.()UC()E:_~'!()S ou.. um pouco mais. A defill_!ção c!_e pobreza deve ir além Mundial, o planejamento era introduzido no Terceiro Mundo como uma

,_ ~ess<.!_12.e~"9.:1~"~--~-~~'.':_~!i~'!F.~_.~.i-~!:!~~-9. ~-º~~_p_q_;t _~95J~clª9e global à


p espécie de cavalo de Troia. O crescimento era, sem discussão, o objetivo
1
qy--ª· _p_~r"t~P:_.Ç~,_J2__o_~g:tJant.~ a pobr~za não é ªP.:C:::_I?:~~ u"m.fl;.~_8.tegoria eco- do planejamento, ainda que o sentido do crescimento fosse obscuro. As
nômic~2 ~as também urna categoria política acima ·de tu·d~-.-E~rãID;s teorias do crescimento especificavam necessidades que eram julgadas
lida11do c~;. ~mproble~a socia'i. . . . .... . .• - -
essenciais, e o planejamento era aplicado para racionalizar a organização
< cJ;_ r Ora, ~m fe~Ô;;;~-no tão Sf~tético e complexo não pode ser compreen- e a utilização de recursos, sem levar ern conta as realidades locais. Ora,
~ E1<lido através do estudo isolado de fragmentos de informações. Somente como a tentativa de interpretar as realidades dos países subdesenvol-
~ 8; I um
exame do contexto, responsável num dado momento por uma vidos consistia principalmente em preparar uma lista de recursos para
~ : i determinada combinação, pode ser de alguma ajuda para a construção permitir seu planejamento, aquilo que era elaborado e apresentado como
: L

~ de uma teoria coerente e capaz de servir como base para a ação. teoria podia não ajudar e, em certos casos, até mesmo trazer resultados
~ Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto a nível interna- perniciosos, apesar do esforço que representava. As explicações estavam
cional quanto dentro de cada país. Por isso, não tem sentido procurar intrinsecamente contaminadas, porque eram precedidas de uma definição

H uma definição matemática ou estática. Conforme acent11011 T B11chanan de objetivos: equivaliam a pôr o carro à frente dos bois.
Não é exagero, portanto, afirmar que o planejamento atrasou a individual, da iniciativa pessoal ou da educação? É dessa maneira que
elaboração de uma adequada teoria de desenvolvimento, contribuin- se alimenta a esperança da mobilidade ascendente, justificando, ao
do dessa maneira, direta ou indiretamente, para criar ou agravar o mesmo tempo, a sociedade competitiva. Assim, a pobreza é conside-
problema para o qual se devia oferecer uma solução. Devido à má rada apenas como uma situação transitória, um estágio necessário na
compreensão ou à compreensão incompleta de certos mecanismos, tais mobilidade social, evitando-se procurar ideias para mudar esse estado
como por exemplo a pobreza, foi fácil impor - de dentro ou de fora - de coisas. A pobreza deve'ser tolerada como "inerente às agruras do
uma orientação ao planejamento, que tendia a desviar a pesquisa para crescimento econômico", de acordo com a atitude que McGee (1971,
problemas menores, mantendo ou agravando assim o status quo. p. 133) denuncia.
O problema da pobreza também pode ser abordado parcialmente.
TENTATIVAS DE EXPLICAÇÃO A "crise urbana" seria o resultado da explosão demográfica, respon-
sável pelas migrações que contribuem para o agravamento dessa crise.
Trinta anos passaram-se dessa fqrma, desde que os conceitos de A falta de empregos seria a consequência da "pressão demográfica", e
desenvolvimento e planejamento se impuseram como ideias-força, en- responsável ao mesmo tempo pela manutenção da economia não mo-
quanto as desigualdades continuavam a crescer, não só a nível individual derna ou tradicional, considerada como um obstáculo à modernização.
como também a nível regional e internacional. Entre os que apoiam essa análise encontram-se aqueles que aderiram
A extrema privação em que vivem atualmente milhões de indiví- à teoria dualista e seus múltiplos disfarces. Há também aqueles que se
duos é objeto de copiosa literatura. A pobreza urbana - ou melhor, os preocupam com os aspectos. políticos da pobreza, considerando-a um
aspectos da pobreza vinculados à urbanização - alimentou uma ativi- perigo de explosão potencial. É fácil igualmente perder-se na discus-
dade intelectual infatigável. Mas as explicações simplista$ ou falsas a são das circunstâncias que envolvem o comportamento dos pobres -
respeito do que é pobreza e como ela é criada, como funciona e evolui serão porventura conformistas ou não conformistas, conservadores
continuam sendo o verdadeiro problema. ou revolucionários? -, enquanto os aspectos centrais da questão são
Devemos, talvez, insistir no fato de que há também um grupo contornados.
seleto de estudiosos cujo verbalismo rigoroso, como poderia ser cha- Essas duas abordagens - uma que procura evitar o problema da
mado, permite-lhes discorrer com inteligência a respeito de questões pobreza, outra que seleciona certos aspectos da realidade - estão se "o
o
m
superficiais, sem ir ao âmago do problema. E como classificar aqueles transformando em slogans multiplicados pelos meios de comunicação
que se satisfazem, conforme acentuam Browne e Geisse (1971, p. 17), de massa. E como as teorias são incoerentes, é muito mais simples
"em maximizar o criticismo sem o risco de se comprometerem com impor uma forma de planejamento que não conduz a nada. Por exem-
z
a ação"? plo, ninguém se preocupa em verificar se existe uma contradição entre
Há muitas maneiras de esquivar-se ao problerri.a da pobreza, seja considerar o êxodo rural pernicioso e as favelas cheias de esperança.
">
tratando o assunto como uma questão isolada, seja ignorando que a Impostos assim à opinião pública, os mitos tan1bém não deixam de
sociedade é dividida em classes. Existem também formas mais sutis influenciar os investigadores sociais; e aqueles que desejam orientar-se N
>
de encobrir a realidade. Já não se procurou fazer uma distinção entre para uma visão mais global do fenômeno da pobreza, com freqnência
"favelas da esperança" e "favelas do desespero"? (Stoces, 1962). Já não se sentem impotentes e se desiludem. Isso não significa que deixem
o µ
N se afirmou que o pobre pode melhorar sua situação através do esforço de procurar explicações coerentes dentro da dinâmica das condições H
atuais, solidamente apoiados no movimento geral da História. Sem esse
2
esforço seria impossível discernir as verdadeiras causas da pobreza e
procurar remediá-las.
EXPLICAÇÕES PARCIAIS DA POBREZA URBANA
REFERl:.NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUILAR, A. M. Mercado Interno y Acumulación de Capital. México, Nuestro


Tiempo, 1974.
BACHELARD, G. La formation de l'esprit scientifique. 8. ed. Paris, J. Vrin, 1972.
BEITELHElM, e. Les théories contemporaines de l'emploi. Paris, CDU, 1952.
BROOKFIELD, H. "Questions on the Human Frontiers of Geography". Economic
Geography, (40): 283-303, 1964.
BROWNE, E. & GEISSE, G. "Planificación para los Planificadores o para e! Cambio
Social?". Revista EURE, 1(3):11-2~, oct. 1971.
BucHANAN, 1. Singapore in Southeast Asia. London, Bell and Sons, 1972.
CAIRE, G. "Commentaire aux livres de A. Huybrechts et J. Gouverneur". Tiers
Monde, 12 (48): 894-895, oct.-déc. 1971.
CARTER, e. La richesse. Paris, Stock, 1970 (Wealth. London, e.A. Watts, 1968).
FEDER, E. Recent Trends Affecting Unemployment and Poverty. Paper presented at
the 2"d Conference on Research in Latin America, Copenhagen, may 1973. or que existem pobres? Que explicação poderíamos dar a
GALBRAITH, J. K. The Affluent Society. New York, Houghton Mifflin, 1969.
HILL, P. "A Plea for Indigenous Economics: The Western African Example". Eco-
nomic Development and Cultural Change, 15 (1): 10-21, oct. 1966.
LEWIS, O. "The Possessions of the Poor". Scientific American, pp. 113-124, oct.
1969.
P esse problema qu~ tem suscita~o ~ma _multiplicidade de inte~­
pretações, as quais, em sua ma1or1a, nao fornecem uma expli-
cação satisfatória?
É inquietante, por exemplo, que ainda haja pesquisadores tentando
McGEE, T. G. The Urbanization Process in the Third World: Exploration in Search
of a Theory. London, Bell and Son, 1971.
explicar o fenômeno por meio de dados climáticos! Mas A. Karmack
___. The Persistence of the Proto-Proletariat. Occupational Structures and Plan- (1973) dá-nos uma versão renovada das ideias de Huntington, para
ningof the Future World Cities. Australian National University, Research School quem o clima estava no centro de todas as explicações. Outros, sabendo
of Pacific Studies, Department of Geography, april 1974 (mimeo., 60p.). manejar as estatísticas a seu bel-prazer, creem que a educação é um ins-
MOORE, W. E. Social Change. New Jersey, Prentice Hall, 1963.
trumento indispensável para integrá-los ao processo de modernização.
SANTOS, M. Les deux circuits de l'économie urbaine des pays sousdeveloppés. Docu-
ment de Travai!, Institut d'études du Développement Économique et Socíal, Essa explicação, que confunde uma coincidência com uma relação cau-
Université de Paris, oct. 1971a (mimeo., 16p.) [trad. bras.: O Espaço Dividido: sal, considera (C. G. Langoni, 1973, por exemplo) os pobres como se
Os Dois Circuitos da Economia Urbana dos Países Subdesenvolvidos, Edusp, tivessem algum poder de decisão sobre a qualidade e o tipo de educação
2. ed., 1. reimp., 2008].
___. "Les statistiques et la croissance urbaine dans les pays sous-développés".
que lhes é destinada, e como se o processo de educação não fosse, ele
La croissance urbaine en Afrique Noire et Madagascar. Centre de Géographie próprio, condicionado pelas necessidades da produção. Como essas
Tropicale, Paris, 1972. necessidades são ditadas por interesses que mudam rapidamente e cujo
STOKES, e.]. "A Theory of Slums". Land Economics. 38: 187-197, aug. 1962. epicentro é frequentemente distante, há uma defasagem permanente
no tempo e nos objetivos, e os países do Terceiro Mundo não teriam a
possibilidade de adaptar o aparelho escolar às necessidades emergentes baseado no fetichismo das taxas de crescimento (Lassudrie-Duchêne,
e tampouco aos verdadeiros interesses nacionais. 1966)1. Esquece-se que, em outras fases da história, o crescimento
A insuficiência da produção agrícola também é indicada como uma demográfico foi contemporâneo do crescimento econômico, tanto
causa da pobreza. Como os citadinos pobres têm que destinar uma im- nos países desenvolvidos como nos países subdesenvolvidos. Por ou-
portante parte da renda à alimentação e os gêneros alimentícios custam tro lado, o chamado "pro~lema demográfico" em geral não aparece
caro, os dois fenômenos foram assimilados numa relação de causa e nos países de baixo nível de renda e de desenvolvimento. A pobreza
efeito. Contudo, ocorre que não somente a produção agrícola não é atual das massas do Terceiro Mundo não é explicável pela explosão
toda ela destinada à alimentação, como também a produção alimentar demográfica 2 • Urna e outra estão ligadas, direta ou indiretamente, a
de um país nunca é totalmente consumida dentro de suas fronteiras. influências "externas" ao país.
Do mesmo modo, uma parte crescente da alimentação nacional, e so- Ligado ao fenômeno precedente (demográfico), o êxodo rural - que
bretudo urbana, é assegurada pelas importações que provocam uma assumiu proporções importantes na década de 1950-também foi incri-
queda da produção alimentar, por uhn processo de causação circular minado. Quantas vezes nos estudos das ciências humanas, assim corno
negativa (feedback). nos documentos dos planejadores, não lemos que a economia urbana
não estava em condições de acolher a grande quantidade de migrantes,
EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E ÊXODO RURAL responsabilizados assim não somente por seu próprio empobrecimento
como também pelos dos centros urbanos?
É frequente imputar-se a pobreza, e sobretudo a pobreza urbana, Mas as migrações não podiam ser consideradas como causa direta
ao crescimento demográfico. Para os que gostam da construção de do processo de marginalização, diz Munoz García (1971, p. 91). Não
gráficos, a tarefa pode ser apaixonante e muito simples: a curva da teriam elas suas mesmas raízes na mesma fonte de marginalidade?
população e a das carências aumentam simultaneamente. Usa-se, Como o volume das cidades aumenta vertiginosamente e a maior
portanto, um paralelismo para uma relação causal. Para o resto, o parte dos não citadinos não encontra emprego permanente na cidade,
problema é facilmente resolvido: basta retomar as ideias de Malthus ou é corrente falar-se de hiperurbanização (Friedman e Lackington, 1966),
alinhar mecanicamente as cifras de evolução demográfica ao lado das do de pseudourbanização, de urbanização caótica (Bose, 1965), de toda
aumento do produto. É, portanto, fácil concluir que qualquer esforço uma série de qualificativos os quais procuram expressar que a cidade é
de crescimento é finalmente absorvido pelo aumento da população. O incapaz de fornecer trabalho a um grande número de seus habitantes,
cálculo das rendas per capita não é feito pela posição do crescimento considerados, portanto, excessivos. v
demográfico em relação ao crescimento econômico? >
Aqui, reencontramos a polêmica sobre o papel da urbanização. De
Um raciocínio mecânico conduz a outro: a limitação do cresci- um lado, há aqueles que acreditaram que a cidade representava uma es-
mento demográfico é considerada como indispensável à eficácia da perança de abolição da pobreza da massa (por exemplo, Hoselitz, 1957,
manutenção do crescimento econômico. A expansão demográfica é p. 48). Outros, impressionados pela multiplicação, no meio urbano,
encarada como um verdadeiro "sinal de alarme" (Kishor e Singh,
1969, p. 241), e provocaria um verdadeiro desastre nos países subde-
L Citado por P. Kende, 1971, p. 46.
senvolvidos, pela criação de um desequilíbrio no plano dos recursos.
2. Ver D. F. Maza Zavala, 1970; S. Amin, 1972, p. 723; A. Quijano, 1972, p. 89; D.
É, como diria Polanyi, um verdadeiro caso de ostentação estatística, Harvey, 1973.
de chagas sociais e das carências econômicas, veem, ao contrário, no Um crescimento falho, lento e retardado deveria ser imputado ao se-
fenômeno, a causa de todos esses males. Esta última posição tem nu- tor tradicional, que desempenha o papel de freio por suas estruturas
merosas variantes: desde os que ressaltam o perigo de uma urbanização memtais e econômicas, responsável por atos e atitudes que corroem e
precedendo a industrialização como consequência de um crescimento minam o progresso do país (Hirschman, 1958, p. 63).
demográfico rápido até aqueles que veem na expansão urbana uma causa Myint (1970, p. 135) insiste na diferença de alocação de recursos
de freio na poupança, como F. Guyot (1968). Do efeito de bloqueio ao como uma causa do que ele chama de dualismo econômico. Ele imagina
efeito de empobrecimento há apenas um passo a ser dado. Isso foi feito que "a permanência do setor de subsistência deve-se ao fato de que
por Philip Hauser (1962), quando liga a urbanização à pauperização: as pessoas interessadas não querem os bens e os serviços da economia
"se os ritmos elevados de urbanização persistirem nas regiões subdesen- de troca e que normalmente procuram minimizar seus recursos em
volvidas, terão por efeito agravar ao invés de suavizar a pobreza e a função de alguns gostos e de algumas preferências". Essa explicação
miséria atuais das cidades". O grande erro é considerar a urbanização subentende a noção de dualismo e supõe que o setor pobre da economia
como uma variável independente e nã& o que ela realmente é: um epi- não seja dependente do setor moderno. Essa dependência não deve
fenômeno. Com efeito, a cidade é o lugar privilegiado do impacto das ser forçosamente procurada na escala do lugar; o setor evoluído é, ele
modernizações, já que estas não se instalam cegamente, mas nos pontos próprio, um território exterior do setor desenvolvido das economias
do espaço que oferecem uma rentabilidade máxima. O processo é velho, ricas, segundo D. C. Lambert (1974, p. 214).
mas agravou-se recentemente. Por conseguinte, procurar as explicações e É errado, portanto, tentar explicar o não emprego como consequên-
os remédios a partir do próprio problema urbano significa simplesmente cia de uma situação de dualismo tecnológico, como muitos fizeram.
lutar contra os sintomas do mal sem procurar suas causas. Ainda recentemente, Meyer (1964, p. 68) reutilizava esses argumentos e
A teoria do dualismo estrutural ou tecnológico- dualismo econômi- Dasgupta (1964, pp. 177, 184 e 185) tentava explicá-los, considerando
co, social ou geográfico-, durante muito tempo impressionou os espí- correta a abordagem que considera "a teoria do subemprego e a do
ritos sábios, que encontraram na fórmula uma explicação confortável dualismo como ligadas entre si". Esta posição baseia-se no pressupos-
e atraente do subdesenvolvimento e da pobreza (ver notadamente to de um crescimento limitado a um só circuito econômico oposto à
Boeke, 1953 e B. Higgins, 1959). Só recentemente estabeleceu-se uma estagnação do outro circuito, para o qual o crescimento demográfico
revisão dessa teoria (Stavenhagen, 1968; Quijano, 1971; Cardoso, contribuiria. Como o freio do crescimento do setor moderno se devesse
1969; Sunkel, 1969; McGee, 1971, entre outros). ao outro setor, a solução natural seria difundir mais ainda a moderni-
Para os paladinos da tese do dualismo, a sociedade, assim como a zação, de modo a evitar os bloqueios.
economia, estariam divididas em dois setores: um, moderno, aberto às A posição de Eckaus (1955) seria contraditória, quando, a partir de
<
z transformações baseadas na modernização, e outro, tradicional, incapaz sua teoria sobre as proporções dos fatores (factor proportions problem)
<
• e sobre os limites à sua substituição, prega a necessidade de n1odernizar
"
o de assimilação e de participação. Estaríamos diante de "estruturas hí-
< bridas, uma delas com a tendência de se comportar como uma economia para eliminar a pobreza. É falso explicar o subdesenvolvimento e o não
N

"•o" capitalista e, a outra, de se manter no plano das estruturas tradicionais" emprego, portanto também a pobreza, como consequências de uma
(Furtado, 1966, p. 126). A sugestão de Boecke, que opunha um setor situação de dualismo tecnológico.
'
moderno ao setor peasant~ na Indonésia, foi desenvolvida para ser Em primeiro lugar, não há setor propriamente tradicional. Toda a
aplicada a toda a economia e a toda a sociedade no Terceiro Mundo. economia e toda a sociedade estão penetradas por elementos de moder-
nização, se bem que em diferentes níveis quantitativos e qualitativos. seus efeitos econômicos e geográficos, não contribuem para melhorar
Em seguida, não se pode considerar os dois setores corno se fossem o nível de emprego, nem o nível de vida das populações, mas para
separados, independentes ou autônomos. É antes a modernização, pela agravar a pobreza das massas. A acumulação doméstica de capital
forma que assume em pleno período tecnológico, que é responsável não pode ser considerada uma solução válida (M. Frankman, 1969,
pelo desenvolvimento do subemprego e da marginalidade. p. 2; Maza Zavala,1969, p. 59), pois é fundamental saber em que
contexto e em que direÇão são feitos os investimentos. As "barreiras
A FALTA DE CAPITAL DOMÉSTICO particulares" (Hagen, 1962, pp. 49-51) não se devem à falta de acu-
mulação interna do capital que é cada vez mais internacional, mas
Estreitamente ligada à ideia do crescimento econômico baseado na sobretudo à estrutura de produção adotada, que torna impossível a
modernização tecnológica encontra-se a teoria que atribui o "atraso" - utilização dos capitais formados localmente, e à má distribuição dos
e, portanto, a pobreza - dos países subdesenvolvidos à falta de capital resultados. A propensão para consumir, as baixas taxas de poupança
doméstico para ser investido na iµdústria 3 • Essa formação insuficiente e de investimento não podem ser colocadas, pois, a -despeito delas, há
de capital seria, em parte, uma consequência do efeito-demonstração: a criação de atividades novas e crescimento estatístico da economia.
querendo consumir como as pessoas do mundo desenvolvido, as do A estreiteza do mercado não é um fator essencial do bloqueio do
Terceiro Mundo não podem poupar. Mas, como disse Hagen (1962, p. crescimento, como pensou Nurkse (1953); principalmente agora que
42), é melhor ser cético em relação ao que se chama de efeito-demons- uma nova divisão do trabalho atribui aos países pobres a produção
tração, que é mais fruto de uma posição etnocêntrica (dos economistas de bens de consumo correntes.
ocidentais) que uma observação dos fatos reais. Portanto, é arriscado
atribuir-lhe um lugar tão importante na explicação. A "CULTURA DA POBREZA,,

Entretanto, essa posição de princípio, tão largamente aceita, acaba


por justificar a entrada do capital estrangeiro, o único em condições de Que dizer da teoria de O. Lewis (1964, 1966) sobre a cultura dá po-
criar rapidamente atividades recomendadas nos planos de desenvolvi- breza? Para esse autor, o meio pobre age como um verdadeiro caldo de
mento e para as quais faltaria o capital local. Essa invasão do capital cultura, de modo que o indivíduo pobre está condenado a viver pobre,
estrangeiro destinado a substituir urna poupança interna, que estaria salvo se houver um acidente em sua vida. Uma vez estabelecida, "a
faltando, torna o argumento falso. De um lado, trata-se antes de um pobreza tenderia a perpetuar-se a si própria de uma geração a outra,
aumento da escala e da indivisibilidade dos investimentos. Uma grande devido a seus efeitos sobre as crianças" (Lewis, 1966, p. 45). A pobreza, o
portanto, se autocriaria e automanteria. A teoria é atraente, se não se >
<
parte dos capitais locais torna-se ociosa em vez de se tornar rentável
z
< e isso favorece sua fuga para os países ricos onde se acumulam no~ for ao fundo da questão. Se é verdade que os pobres tendem a perma-
• necer pobres - essa espécie de pobreza por herança (Blaut, 1973, p. 2)
"
o bancos antes de serem reexportados para os países de origem, nos
<
N
quais, investidos nos ramos rentáveis, multiplicam-se para depois -, é ainda necessário jogar a culpa sobre eles mesmos? Como Valentine
""
o•
retornar aos países do centro. Por outro lado, esses investimentos, por (1969, p. 65) observou, o autor de La Vida dispôs de um imponente
arsenal estatístico para tentar representar o comportamento econômico
'
3. Ver N. Kaldor, 1957, ou P. T. Bauer e B. S. Yamey, 1957, ou ainda]. Bognar, 1968,
dos habitantes dos squatter settlements como um grupo, mas ele não
entre outros. se interessou pelas instituições econômicas às quais está subordinada
a vida deles'. É por isso que O. Lewis (1966, p. 51-53) pôde chegar PROCURA DE UMA EXPLICAÇÃO SINTÉTICA E VALIDA
à conclusão de que é mais difícil eliminar a cultura da pobreza que a
pobreza em si mesma. Ele censurava os pobres por sua pobreza, para Enquanto regurgitam interpretações e em função delas planifica-
utilizar uma fórmula de G. Kolko (1965). Tratar-se-ia, assim, de um se e se age, a pobreza aumenta por todo lado. Dir-se-ia, assim, que o
grupo social marcado por uma enfermidade incurável: sua própria verdadeiro problema reside nas explicações.
cultura. Como se a chamada cultura da pobreza pudesse ser imune às É necessário contenta~-se em repetir que tudo isso é apenas o resul-
múltiplas correntes que atravessam o corpo social. tado de um excedente da população urbana, ou seja, de uma situação
em que a explosão demográfica e o êxodo rural são responsáveis pelo
CRESCIMENTO OU DESENVOLVIMENTO?
subemprego? Ou ainda afirmar que as indústrias modernas são incapa-
zes de fornecer os empregos demandados, criando assim uma situação
Finalmente, afirma-se que a pobreza viria do fato de um país que se agrava, à proporção que a urbanização se acelera? É necessário
passar por um crescimento sem Cfi:Ue nele haja desenvolvimento. Po- crer que a crise da habitação é o resultado da transferência da pobreza
deríamos perguntar se essa velha querela de vocabulário pintada com do campo para a cidade (G. Ardant, 1963), ou seja, de um êxodo ru-
um conteúdo ideológico merece ser perpetuada. O crescimento seria ral que não encontra contrapartida no número insuficiente de novos
o simples aumento das quantidades globais. O desenvolvimento seria empregos? Ou ainda que a erosão da renda média dos citadinos é uma
acompanhado pela transformação das estruturas sociais e mentais. A consequência da invasão da cidade pelos rurais desenraizados?
isso acrescentou-se que seria necessário que o desenvolvimento fosse Essas explicações são satisfatórias? Aceitar seria admitir que acabar
humano (ver pe. L.]. Lebret, 1958, defensor dessa ideia). Para ele, com o êxodo rural e, melhor ainda, a limitação dos nascimentos são
o crescimento seria iníquo cada vez que não viesse acompanhado de uma solução, e pretender que com uma população urbana estacioná-
uma maior redistribuição e de um aumento do bem-estar das massas ria ou com fraco aumento a indústria pudesse atender à demanda de
desamparadas. Ora, diante da realidade, que está sob nossos olhos, emprego; de igual modo, isso equivaleria a apresentar o crescimento
não se pode pensar em crescimento que não seja acompanhado por industrial como capaz, em condições de estabilidade demográfica, de
transformações estruturais frequentemente profundas, mas esse cresci- melhorar o nível de renda. Assim, as favelas, que são apenas um as-
mento, considerado como uma condição prévia, termina por se tornar pecto chocante entre tantos outros da cidade subdesenvolvida, seriam
um obstáculo ao desenvolvimento "humano", devido aos bloqueios suprimidas.
de estruturas que ele provoca por toda parte. De fato, se há crise, trata-se de uma crise global, sendo a crise o
urbana apenas um epifenômeno5 • As condições nas quais os países que >
<
z
< 4. A noção de subcultura da pobreza durante muito tempo esteve na moda, e foi comandam a economia mundial exercem sua ação sobre os países da
• reproduzida, de modo mais ou menos matizado por autores co1no P. Marris (1963)
"o e M. Clinard (1968). É espantoso que 1. Buchanan (1972, p. 239), cuja obra sobre
periferia criam uma forma de organização da economia, da sociedade e
<
N Cingapura parece adotar um quadro teórico diferente, renha pratica1nente esposa- do espaço, uma transferência de civilização, cujas bases principais não
• do esse ponto de vista na conclusão de seu livro, embora a tenha considerado um
"o• dependem dos países atingidos. As raízes dessa "crise urbana" encon-
. "sub-sector of security, a defense mechanism". A crítica mais aguda contra o ponto
de vista de O. Lewis foi feita por Ch. Valentine (1964), mas outros autores como
tram-se no sistema mundial. É, portanto, nesse nível que se podem
o A. Portes (1972) e, mais recentemente, McGee (1974) não deixaram de fazer uma
M crítica definitiva. w
5. Discutimos esse problema em "Urban Crisis or Epiphenomenon" (1973). H
encontrar explicações válidas. É necessário voltar-se para as raízes do HARVEY, D. Social Justice and the City. London, Edward Arnold, 1973.
mal, para fazer uma análise correta e estar em condições de fornecer HAUSER, P. M. et ai. La Urbanización en América Latina. New York, Unesco,
soluções adequadas. 1962.
H!GGINS, B. H. Economic Development, Principies, Problems and Policies. New
York, W. W. Norton & Co., 1959.
Agosto, 1975 HIRSCHMAN, A. O. The Strategy of Economic Development. New Haven, Yale
University Press, 1958. (Stratégie du développement économique. Economie
et Humanisme, Lês Éditions Ouvriêres, Paris, 1964.)
REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS HosELITZ, B. "Urbanization and Economic Growth in Asia. Economic Development
and Cultural Change, 6 (!): 42-54, oct. 1957.
KALDOR, N. "A Model of Economic Growth''. Economic ]ournal, 47: 604-616,
AMIN, S. "Le mo.dêlc théorique d'accumulation et de développement dans le monde
contempor~1n. La problématique de transition". Tiers Monde, 13 (52): 703-
dec. 1957.
726, oct.-dec. 1972. KAMARCK, A. M. "El Clima y el Desarrollo Económico". I. B. R. D. Finanzas y
ARD~NT, G. Le monde en friche. Paris, PresSfs Universitaires de France, 1963.
desarrollo, 10 (22): 2-8, jun. 1973.
KENDE, P. L'abondance est-elle possible? Paris, Gallimard, 1971.
BAUER, ~· T. ~ YAMEY, B. S. The Economics ofVnder-Developed Countries. Chicago,
Un1vers1ty of Chicago Press, 1957. K1SHOR, B. & SINGH, B. P. Indian Economy through the Plans. N. Delhi, N ational
BLAUT,].M. "The Theory oi Development". Antipode 5 (2): 22-26 1973 Publishing House, 1969.
"I . 1· h ' may . KoLKO, G. "Blaming the Poor for Poverty''. New Politics, 3 (2), 1965.
mpena ism: t e Marxist Theory and Its Evolution" A t"p 1 0d 7 (1):
1-19, feb. 1975. · n e, LAMBERT, D. c. Les économies du Tiers Monde. Paris, Armand Collin, 1974.
LANGONI, c. G. Distribuição de Renda e Desenvolvimento Econômico do Brasil.
BOEKE, J · H. _Economics and Eco~omic Policy of Dual Societies, as Exemplified by
Indonesia. Haarlem, H. D. Tieenk Willink & Zoom, 1953. Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1973.
LASSUDRIE-DUCH~NE, B. "Les coü.ts de la croissance économique". Diogene, (56),
BoGNAR, J. Economic Policy and Planning in Developing Countries. Budapest,
Akodemiai Kiado, 1968. 1966.
LEBRET, L. ]. Suicide ou survie de l'Occident? Paris, Éditions Ouvriêres, 1958.
BosE, N. S. "Calcutta, a Premature Metropolis". Scientific American 213 (3):
91-102, sept. 1965. ' LEWIS, O. The Children of Sanchez. New York, Penguin, 1964.
___ . "The Culture of Poverty. Scienti-(1.c American, 215 (4): 19-25, oct. 1966.
BUCHANAN; I. Singapore in Southeast Asia. London, Bell and Sons, 1972.
MARRIS, P. Family and Social Change in a African City: A Study of Rehousing in
CARDOSO, F. H. Sociologie du développement en Amérique Latine. Paris, Anthro-
pos, 1969. Lagos. Northwestern University Press, 1962.
lvlAZA ZAVALA, D. F. "Reflexiones sobre la Integración Latino-Americana". Revista
DASGUPTA, S. "Underemployment and Dualism, a Note". Economic Development
and Cultural Change, 12 (2), jan. 1964. Latino-Americana de Economia, (2): 57-84, México, Instituto de Investigaciones
Económicas, 1969.
EcKAus, R.' S. "The Factor Proportions Problems in Underdeveloped Areas''. The
___. Explosión Demográfica y Credmiento Económico. Universidad Central
American Economic Review, 45 (4): 539-565, sept. 1955.
de Venezuela, Ediciones de la Biblioteca, 1970.
FRANKMA~, M .. Rapid Urbanization in Latin America: A Key to Development.
< McGEE, T. G. The Urbanization Process in the Third World: Explorations in Search
z McG1ll Un1versity, jun. 1969 (mimeo., J 9 p.).
< of a Theory. London, Bell & Sons, 1971 .
• FRIEDM~NN, ]. & LACKINGT~N, T. Hyperurbanization and National Development in
___ . The Persistence of the Proto-Proletariat: Occupational Structures and
"o Ch~le: S_ome Hy~othests. Urban Development Program (Cidu), The Catholic
Planning of the Future World Cities. AustralianNational University, Research
<
N
Un1vers1ty ~f Chile, Santiago, nov. 1966 (1nimeo., 38 p.).
School of Pacific Studies, Department of Human Geography, apr. 1974 (mi-
""
FURTADO, C. Developpement et sous-développement. Paris, Presses Universitaires
•e de France, 1966. meo., 60 p.) .
MtYER, R. L. A Communication Theory of Urban Growth. MIT Press, 1965.
GuYOT, F. Essai d'économie urbaine. Paris, LGDJ, 1968.
MuNoz GARCIA, H. et ai. "Migration et marginalité occupationnelle dans la ville
HAGEN, E. E. On the Theory of Social Change. Homewood, Illinois, The Dorsey
Press, 1962. de Mexico". Espaces et Sociétés, (3): 89-108, 1971. w
w
MYINT, H. "Du.alism and the Internai Integration of Underdeveloped Economies", 3
Banca Nazzonale dei La~oro, Quaterly Review, (93): 128-156, jun. 1970.
NURKSE: R. Problems of Capital Formation in Underdeveloped Countries. Oxf d
Bas1l Blackwell 1953. or •
PORTES A "R .
' : . h
at1o_na j'.1ty 1n ~ e Slum: An Essay in Interpretative Sociology". Com- A POBREZA URBANA NO TERCEIRO MUNDO:
parative Studzes tn Society and History, 14 (3): 268-286 1972
QUIJANO, A. "Pôle marginal d: l'économie et main-d'oeu;re ma~ginalisée". ln: MARGINALIDADE OU BIPOLARIZAÇÃO?
AnDEL-MALEK, A. (ed.). Sociologie de l'impérialisme. Paris Anthropos 1971
PP· 301-336. ' , ,
- - - · "La Constitución del 'Mundo' de la Marginalidad Urbana" Eure 3 (5)·
89-106, jul. 1972. · ' ·
SANT?S, Milton, "~rban Crisis or Epiphenomenon?" Proceedings of the Interna-
tzonal Populat1on, pp. 278-291, J 973.
STAVENHAGEN, R. "Seven Fallacies about America Latina" In· PF~As J & z
M (d ) ' · · 11' ' • ETLIN
· ~ s.. Latin America, Reform or ~evolution. Greenwich Conn. Fawcet~
Pubhcat1ons 1968. ' '
SUN.KEL,º: "Desaro~lo, Subdesarrollo, Dependencia, Marginación y Desigualdades
E~pac1ales: Hac1a un Enfoque Totalizante". Revista Latinoamericana de Estu-
dios Urbano Regionales (Eure), 1 (1), oct. 1969.
VALENTINE, C. A. Culture and Poverty. Chicago, The University of Chicago Press
1968 (2. ed. 1969). ' os últimos anos, a discussão sobre os fenômenos da pobreza

N tem sido tão intimamente ligada ao que é chamado de teo·


ria da marginalidade que os dois termos quase se tornaram
sinônimos. De fato, a palavra marginalidade, criada pelos sociólogos
latino-americanos com a bênção das instituições e universidades
internacionais, tornou-se um novo slogan no arsenal das ideias-força,
substituindo praticamente a palavra tradicional pobreza no vocabulário
acadêmico e oficial.
A despeito de muitos esforços, a antiga, e entretanto ativa, discus-
são desse problema não resultou na elaboração de nenhuma teoria
<
real. A imensa literatura sobre o assunto ainda não conseguiu ofere-
z cer a inspiração necessária para a solução do problema. Serviu, sem
<
• dúvida, para criar uma consciência do problema, mas agora é preciso
"
o
<
N
ir além das meras discussões e tentar estudar os processos, a fim de "o
<
""
o"
ajudar a formular uma teoria válida para, em seguida, elaborar uma e
z
o
política coerente. o
"
UM DEBATE SEMÂNTICO blema de escassez; os recursos seriam suficientes para servir a toda
a população. Do contrário, seria como partir de Marx para chegar
A noção de marginalidade foi julgada inadequada na opinião de a Malthus, uma abordagem pela qual muitos autores são culpados
muitos, pois mostrou-se ambígua. O uso da expressão marginalidade (Harvey, 1973, p. 41).
e sua conceituação frequentemente permitiram que a chamada "po- A tese da marginalidade também tem sido criticada porque permiti-
pulação marginal" de um país fosse julgada excedente, ou que, sob ria ocultar um etnocentrismo' inconsciente (Coulaud, 1973, p. 9), e ao
o aspecto econômico, fosse considerada uma população inútil. Para mesmo tempo retomaria a questão da problemática ideológica (Castells,
Vekemans e Fuenzalida, os marginais nem ao menos existem do ponto 1970), ou ainda por sua dependência do esquema dualista rural/urbano,
de vista econô1nico e social, porque estão relegados e excluídos (1969, agro/industrial, tradicional/moderno (Niemeyer Pinheiro, 1970, p. 42).
p. 44). Joan Nelson não hesita em aceitar a palavra marginal como Para Sarnir Amin, a marginalização não chega a constituir um conceito,
correta (1969, p. 5). Mas pode-se porventura admitir que esses indiví- e sim "um caminho conveniente para descrever uma combinação de
duos "são economicamente marginai~ porque pouco contribuem para fenômenos, decorrentes de uma lei (a da acumulação capitalista) que se
o crescünento econômico do qual també1n pouco se beneficiam"? expressa numa estrutura concreta (a do capitalismo contemporâneo_},
A própria palavra foi condenada. Paulo Freire lembra que "os opri- assim como a expressão "exército industrial de reserva" corresponderia
midos não são marginais" (1968, p. 61), não são homens que vivem à descrição realista dos efeitos da mesma lei dentro de outra estrutura"
fora da sociedade. Assim como seria incorreto considerar a favela (Amin, 1973, p. 320). Indubitavelmente, o tom de certos trabalhos,
um mundo autônomo, isolado e à parte (Valladares, 1970), também nos quais o jogo conhecido das referências recíprocas entre autores
é incorreto contrapor marginais à sociedade global, porque esta não frequentemente substitui uma análise dos fatos, tem contribuído para
pode ser definida sem os pobres "que constituem a maioria numérica, a perpetuação do debate, que, embora pretenda atacar o problema em
embora minoria sociológica" (Delgado, 1971, p. 165). Os pobres "não profundidade, perde-se numa guerrilha semântica confusa.
são socialmente marginais, e sim rejeitados; não são economicamente A pobreza, como muitos outros problemas, prestou-se a uma ava-
marginais, e sim explorados; não são politicamente marginais e sim lanche de papel escrito, que, entretanto, mostrou-se incapaz de encon-
reprimidos" (Gunder, 1966, p. 1). trar um tratamento eficiente para o mal. Chegou a hora de chamar a
A discussão do problema da marginalidade reabriu o debate ini- pobreza pelo seu nome real e, respondendo ao desafio lançado a toda
ciado por Marx sobre o exército in3Ustrial de reserva. Muitos autores a humanidade, identificar seus meca~ismos fundamentais.
têm preferido usar o termo superpopulação à expressão de Marx.
<
Como Marx também falou de superpopulação relativa, a ambiguida- A lo EIA DE "MASSA MARGINAL"
z de torna-se possível, se não intencional. A ideia de superpopulação
<

""o supõe que existe uma superabundância de pessoas e que estas devem Dentro do mesmo contexto, mas em outro nível, a ideia de ''massa
<
N
ser eliminadas ou responsabilizadas, social e economicamente, por sua marginal" levou a uma discussão enfadonha e desordenada. O conceito
" inutilidade. Ao contrário, a noção de superpopulação relativa leva a de José Nun de "massa marginal" (Nun, 1969, 1972) está próximo da
•o"
• discussão de volta à relação entre necessidades e recursos, definida noção de Y. Durroux de "pobreza oficial" (Durroux, 1970), com uma
em certo momento da história de uma determinada localidade. Se diferença essencial: enquanto este fala de "reserva da reserva" (com
a relação fosse adequadamente modificada, não mais haveria pro- relação ao exército industrial de reserva), Nun acredita que a "massa
marginal" é "uma parte funcional ou disfuncional da superpopulação em níveis diferentes e que têm relações heterogêneas no processo de
ativa" (Nun, 1969, p. 201).
produção". O erro de Nun estaria principalmente no seu desejo de
Além do mais, continua Nun, "esse conceito - assim como o do elaborar "uma teoria de funcionamento da sociedade em relação aos
exército industrial de reserva - está situado no nível das relações que sistemas de produção, não levando em conta a teoria da acumulação".
se estabelecem entre a população excedente e o setor produtivo hege- Cardoso acha, portanto, que a distinção entre exército industrial de
mônico". E, concluindo, afirma: "o sistema que cria esse excedente reserva e "massa marginal" ~ão é justificada. Ele preferiria que Nun
não precisa dele para continuar a funcionar". declarasse abertamente que a teoria marxista não considera essa situa-
Esse parece ser também o ponto de vista esposado num dado mo- ção e, consequentemente, propõe outra explicação para a acumulação
mento por M. Castells, quando afirma que existe uma "justaposição (Cardoso, 1971, 1972).
da população urbana com uma grande massa de desempregados que José Nun responde que não se trata "nem de conceito empírico,
cresce continuamente, não tem função específica na sociedade urbana nem de elaboração hipotética e sim de conceito teórico" (Nun, 1972,
e acima de tudo rompeu suas ligações qom a sociedade rural" (Castells, p. 122). Tudo não passa de uma espécie de orgia epistemológica sem
1970, p. 103 ). Martinez Pio também segue a mesma linha (Martinez, sentido.
1972, p. 18).
Conforme acentua Ernesto Cohen, "um conceito explica uma
Uma versão mais sofisticada do mesmo princípio é oferecida por abstração da observação de um conjunto de determinados fenômenos
]. Friedmann e F. Sullivan quando declaram que os pobres participam [... ]a seleção de conceitos, na medida em que pretende explicar e prever
apenas parcialmente do mercado de trabalho (Friedmann e Sullivan, um fenômeno, constitui uma teoria" (Cohen, 1973, p. 3 ). Se a definição
1973, p. 28). Esse ponto de vista poderia levar erroneamente à con- de elementos dentro de uma relação impõe uma interpretação que é
vicção de que a pobreza urbana não afetaria o preço da mão de obra, externa ao objeto observado, isso não impede que o ponto de partida
nem a taxa de exploração.
seja empírico. Segundo Godelier "os objetos sem relação constituem >
Para José N un, a ideia de superpopulação relativa pertence à teoria um sentido desprovido de existência" (Godelier, 1967, p. 254 ).
geral do rnaterialismo histórico, enquanto a do exército industrial de O erro de Nun não está tanto no fato de confundir os conceitos,
reserva corresponderia a certas teorias do modo de produção capita- mas em dar muito pouca atenção às realidades de seu continente e do
lista. De acordo com esse autor, a noção de marginalidade não pode seu tempo. D. Harvey previne contra esse tipo de explicação: "A um
ser esclarecida sem se recorrer à teoria do materialismo histórico a certo nível, e para serem comprovadas, as ideias devem transcender o
'
única propícia a uma análise das formações sociais. Segundo esse autor, campo da abstração e serem incorporadas na prática humana" (Har-
< Marx apenas teria delineado essa teoria. Assim, os escritores que se vey, 1973, p. 38).
z
< valem do marxismo para chegar a esse tipo de explicações estariam Longe de ser afuncional, a "massa marginal" desempenha um papel
• equivocados.
"o no processo da acumulação, não só a nível local como também a nível
< Fernando Cardoso contesta veementemente essa teoria. Argumenta
N nacional, mas, acima de tudo, em escala mundial. Aquilo que Salama
• que se o materialismo histórico pude!)se interpretar a história fora das
"•o ainda denomina de "terciário" nos países subdesenvolvidos tem um
• relações criadas pelos modos de produção em cada época, tudo se resu- "papel regulador na economia mundial[ ... ] uma causa e consequência
miria a uma questão de metafísica. Para Cardoso, o conceito sugerido da reprodução da economia mundial como estrutura hierárquica" (Sa-
por Nun não é específico, porque "abrange indivíduos socialmente lama, 1972, p. 179).
A formação do salário nas atividades modernas também coloca em mente dos sul-americanos e africanos apoiados numa linha de pensa-
risco a tese da "massa marginal". As enormes possibilidades de trabalho mento neomarxista, expressa, segundo o autor, no trabalho de Fanon
da "massa marginal" pesam fortemente sobre o mercado de trabalho (1963), Gunder Frank (1969) e Worsley (1972). Esses escritores falam
não intelectual no circuito moderno e baixam os salários. Implica, ao principalmente de um semiproletariado, cuja presença representa um
mesmo tempo, um aumento do excedente do empresário, e também u1n importante elemento na estrutura de classe das zonas urbanas. Baseado
aumento na taxa de lucro. Portanto, não se pode concordar com Nun em estudos empírico-teóricos e teórico-empíricos, realizados durante
quando afirma que a "massa marginal" é afuncional ou disfuncional. um longo período de pesquisa em grande número de cidades asiáticas,
Ao contrário, ela tem um papel preciso no funcionamento da fase McGee propõe a introdução de uma quarta e nova categoria, que não
atual do sistema capitalista, porque facilita a acumulação no centro se encontra na classificação marxista (burguesia, proletariado, lumpem-
e na periferia. proletrariado). Esse autor sugere o nascimento de uma nova classe - uma
vítima da urbanização sem industrialização, segundo Worsley (1972, p.
PARA SurEI;\AR o IMPASSE 209). É verdade que A. M. Niemeyer (1970, pp. 19-20) também fala
de uma quarta categoria, comparável a um estamento mais baixo do
Nos países do Terceiro Mundo têm-se desenvolvido novos esforços exército industrial de reserva, categoria essa que seria perdida para o
com o objetivo de dar seguimento à discussão das categorias expressas capital. McGee, porém, parte de uma posição diferente, fazendo uma
por Marx no século passado. Analisemos, por exemplo, a distinção distinção entre sua própria categoria e o exército de reserva, estudando
proposta por Aníbal Quijano entre "pequena burguesia marginal" e analiticamente fatos ainda não suficientemente analisados nos países do
"assalariado marginal" (Quijano, 1972, p. 91). A "pequena burguesia Terceiro Mundo, para em seguida dar-lhes uma explicação teórica.
marginal" compreende os que se tornam marginais em consequência Embora não cheguem ao mesmo resultado, tanto os trabalhos de
da posição marginal de sua profissão no sistema econômico renovado: Quijano, na América Latina, quanto os-de McGee, na Ásia, têm um
artesãos, pequenos produtores de serviços e pequenos comerciantes. valor inestimável:- sua teorização, não de um raciocínio a priori mas
Mas é preciso, insiste Quijano, não confundi-los com o setor médio as- de um estudo da experiência humana, demonstrando a unidade pro-
salariado, geralmente incluído na pequena burguesia, do ponto de vista blemática do Terceiro Mundo.
social. A pequena burguesia marginal constitui,_ sob certos aspectos, O "protoproletariado" de McGee é também o "polo marginal" da
uma extensão da pequena burguesia existente na economia e/ou um economia e da sociedade de que fala Quijano. O que há de novo na for-
resíduo da que existiu anteriormente. mulação de McGee (1974, p. 15) é que ele teria rompido explicitamente
<
Os assalariados marginais, por sua vez, constituem uma espécie as categorias rígidas de burguesia, proletariado e lumpemproletariado,
z
< de extensão do restante do proletariado industrial urbano. Tendo embora aderindo às normas de método do marxismo.

"o abandonado as atividades da pequena burguesia marginal na cidade Para enfrentar o problema têm sido usados adjetivos demais. Porém,
<
N
ou no campo, e não tendo ainda ingressado na força de trabalho, são uma discussão semântica pura e simples não leva a nada - exceto se
"" obrigados a procurar ocupações de salários marginais. palavras antigas ou inventadas se tornam indispensáveis para identificar
•o
> Em trabalho recente, T. McGee, descontente com as formulações as categorias de análise que permitem identificar melhor as realidades
conhecidas, introduziu a noção de protoproletariado (McGee, 1973 ). sociais, para estudá-las mais profundamente e descobrir, ao mesmo
o.,-
Reconhece as importantes contribuições de outros escritores, principal- tempo, a explicação e a solução dos problemas correspondentes .
MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA E OS
O progresso técnico atual muda profundamente a composiç~o
Dois CIRCUITOS DA ECONOMIA URBANA
técnica do capital e reduz rápida e drasticamente a demanda de mao
de obra, principalmente nos setores mais afetados pela moderniza-
A abordagem do problema da pobreza através da tese da marginalida-
de não nos parece satisfatória. Da mesma forma, não nos parece satis-
ção. Se a clássica ideia de um exército industrial de rese~va não !ºr
modificada levando em conta novas realidades, perdera o senl!do
fatória qualquer outra abordagem que não leve em consideração os efeitos ' .
quando aplicada a países subdesenvolvidos. De qualquer rn~neira~
da modernização, a nível internacional e local, sobre a economia urbana
quem permanecer fora do mundo do emprego perrnanent~ nao esta
dos países pobres, ou o funcionamento da economia urbana pobre e sua
perdido para a economia corno um todo. Assim, a economia urban.a
relação com a economia moderna. Ainda está por completar-se a análise
deve ser estudada corno um sistema único, mas composto de dois
das relações entre o "exército industrial de reserva" ou "superpopulação
subsistemas. Nós chamamos esses dois subsistemas de "circuito su-
relativa" e a economia global; ou entre a economia moderna e a popu-
perior" e "circuito inferior". A cidade não pode mais ser estudada
lação pobre. E é justamente aí - acr~itamos - que se encontra a chave
para a teorização e a pesquisa de sol~ções verdadeiras. corno um todo maciço.
O circuito superior emana diretamente da modernização tecnológi-
O estudo do processo de modernização facilita o seu amplo enten-
ca mais bem representada atualmente nos monopólios. O essencial das
dimento em todos os níveis. O investimento de substituição, necessário
re{ações do circuito superior não é controlado dentro da cidade ou de
à modernização tecnológica, desloca de suas atividades urna boa parte
sua região de influência e sim dentro da estrutura do país ou de países
daqueles que aí aplicavam seu capital ou trabalho (Salama, 1972). De
estrangeiros. O circuito inferior é formado de atividades de p~quena
acordo com a fórmula sugerida por Singer, a criação de empregos resulta
escala, servindo, principalmente, à população pobre; ao contrario do
no crescimento do desemprego (1970, pp. 70-71). Isso não é um jogo
que ocorre no circuito superior, essas atividades estão prof~ndarnente
de palavras. Com efeito, onde antes dois, três ou às vezes urna dúzia
implantadas dentro da cidade, usufruindo de um relac10namento
de trabalhadores dividiam o trabalho, agora basta um trabalhador. E
privilegiado com a sua região. . .
frequentemente esse novo cargo não caberá a nenhum daqueles que
Essa abordagem, que poderia parecer fruto da teona dualista,
antes desempenhavam as atividades tradicionais originais.
tem sido objeto de uma variedade de definições na literatura do
Há também uma "separação entre trabalhadores de um lado e os
subdesenvolvimento. Parece-nos, contudo, que assim corno a existên-
meios de produção de outro; ambos existem, mas separados".
cia de um dualismo dentro da economia e da sociedade dos países em
O mecanismo da "modernização, exclusão e marginalização"
desenvolvimento tem sido refutada, também a expressão dualismo
< (Tavares e Serra, 1972, p. 52) é marcado por uma dialética infernal.
z urbano deveria ser rejeitada.
< Se, por um lado, a economia incorpora um certo número de pessoas
• Os contrastes, ou melhor, as contradições entre situações de de-
"o ao mercado de trabalho efetivo, atra vês de empregos recém-criados,
senvolvimento são produto de causas encadeadas; a própria existência
<
N por outro ela expulsa um número muito maior, criando de um golpe
• o subemprego, o desemprego e a marginalidade. O número desses
de dois circuitos na economia das cidades constitui um resultado desse
"
o• conjunto de causas. Portanto, não se deveria falar de urna balcanização
' "postergados" aumenta cada vez mais. É para esses remanescentes da
do mercado de trabalho, como fez Miller (1975, p. 240), nem mesmo
força de trabalho nos níveis mais baixos do espectro socioprofissional
que foi reservado o termo marginal. da existência de um mercado de trabalho duplo, pois existe apenas um
(Quijano, 1971, 1973).
Cada circuito é um sistema, ou, mais precisamente, um subsistema A FORMAÇÃO DO CIRCUITO INFERIOR DA ECONOMIA URBANA

urbano. Mas, apesar de sua interdependência, o circuito inferior é


dependente do circuito superior. A modernização atual, uma consequência do modelo tecnológico, é
As análises econômicas, e os estudos sociológicos e geográficos, des- impulsionada pela força da grande indústria, representada pelas corpo-
de seus primórdios, durante muito tempo confundiram o setor moderno rações multinacionais. É ainda motivada pelo novo peso da tecnologia
da economia urbana com a cidade como um todo. O resultado é que a (que atribui certa autonomia à pesquisa dentro do sistema) e por elementos
maioria dos estudos não se refere à cidade inteira e sim apenas a uma de apoio, tais como as formas modernas de difusão da informação.
parte da cidade, tomando-a como um ponto de partida até mesmo para As repercussões desse novo período histórico sobre os países sub-
a formulação de teorias de urbanização e emprego pleno. desenvolvidos são múltiplas e profundas. Pela primeira vez na história,
É grande o número de escritores que direta ou indiretamente se orien- variáveis elaboradas fora do país usufruem de uma difusão geral em
taram para o que chamamos de circuito inferior da economia urbana dos grande parte do território e entre a maioria da população, se bem
países em desenvolvimento. Muitos, Porém, fizeram-no dentro da estrutura que em diferentes graus. A difusão da informação e novas formas de
de outros estudos, tratando o assunto como um simples aspecto de suas consumo constituem dois importantes dados da explicação geográfica.
considerações básicas, ou como um fenômeno isolado. Além dos trabalhos Suas repercussões, são, ao mesmo tempo, geradoras de forças de con-
clássicos de Boeke (1953) e Geertz (1963), foram feitas várias tentativas que centração e de dispersão. Essa dialética define as formas de organização
transcendem as teorias tradicionais e oferecem uma nova interpretação, do espaço. A revolução na área de consumo tem sido acompanhada
apoiada na teoria (McGee, 1971; Quijano, 1970; Santos, 1971). de uma mutação da estrutura do consumo, incluindo novas formas de
Mas, como frisou Quijano (1971, p. 318), a elaboração de uma teo- produção e de troca (Furtado, 1968 ).
ria definitiva ainda está para ser feita: "diante desse fenômeno, a teoria Considerando o progresso tecnológico atual, a indústria cria apenas
contemporânea não possui uma elaboração conceituai adequada". E, um número limitado de empregos, porquanto é "capital intensivo".
segundo nos consta, Quijano é um dos poucos que propuseram uma Além do mais, uma boa parte do emprego indireto é criado nos países
interpretação do funcionamento do que chama de "polo marginal" da centrais ou a partir deles. A agricultura também se moderniza: indus-
economia (Quijano, 1973). trializando-se, expulsa sua população. Isso explica o êxodo rural e a
A fim de que uma teoria da pobreza sirva como paradigma aos chamada urbanização terciária. Uma alta percentagem da população
estudos urbanos, ao planejamento econômico e regional, e, acima de fica sem atividade e sem salário permanente, o que por sua vez resulta
tudo, ao planejamento do emprego, ela deve definir a relação entre a na deterioração do mercado de trabalho.
economia da pobreza e a economia moderna, assim como a relação A sociedade urbana é divida entre aqueles que têm acesso às merca-
entre a população pobre e a economia pobre. dorias e serviços numa base permanente e aqueles que, embora tendo
Para isso, devem ser considerados os dados gerais do fenômeno, seus as mesmas necessidades, não estão em situação de satisfazê-las, devido
modelos operacionais e suas inter-relações com dados culturais, sociais, ao acesso esporádico ou insuficiente ao dinheiro. Isso cria diferenças "o
~
econômicos e institucionais em escala mundial, nacional e local. quantitativas e qualitativas de consumo. o
z
Os pobres não têm acesso a um grande número de mercadorias o
Foi essa a abordagem que propusemos alguns anos atrás (1966, o
1971), e que recentemente elaboramos (1974). Aqui procuraremos modernas. Os mais pobres só podem obter bens de consumo corrente
apresentar certas ideias e perspectivas novas a esse respeito. através de um determinado sistema de distribuição frequentemente
fonte de ambiguidades. Nem sempre é possível datar corretamente
complementado por um mecanismo de produção igualmente específico. as atividades do circuito superior em comparação com atividades
Esse sistema surge em resposta às condições de pobreza em que vive semelhantes dos países desenvolvidos, porquanto sua definição não
uma grande parte da sociedade. se baseia tanto na data de sua instalação quanto na forma de sua
A população pobre é obrigada a optar entre consumir esporadica- organização e na sua função. Da mesma maneira, parece inadequa-
mente bens manufaturados e/ou diminuir o consumo desses bens, do referir-se ao circuito inferior como tradicional, visto que é um
substituindo-os por mercadorias equivalentes novas ou tradicionais produto da modernização e está também num constante processo
produzidas por pequenas empresas ou mesmo por artesãos. Esses pro- de transformação e de adaptação. Além do mais, alguns dos forne-
dutos tendem a sobreviver mais ou menos dinamicamente, dependendo cimentos do circuito inferior provêm direta ou indiretamente dos
de cada caso ou cidade em particular. O acesso a produtos n1odernos é chamados setores modernos da economia. Também rejeitamos o
com frequência conseguido através do uso de formas de circulação me- termo circuito informal. O circuito inferior não é informal, conforme
nos modernas e menos capitalistas, encarregadas de distribuir tanto os poderiam sugerir alguns autores; tem sua própria organização e suas
. \
pro dutos artesanais como as mercadórias manufaturadas modernas. próprias leis operacionais e de evolução.
Quando nos referimos aos subsistemas como circuitos, estamos É claro que se deve fazer uma distinção entre países dotados de uma
aludindo às relações criadas dentro de cada um deles. No circuito civilização urbana antiga e os que só recentemente testemunharam o
inferior elas resultam em grande parte das relações mantidas com o fenômeno da modernização. Nos primeiros, a modernização cria novas
circuito superior, do qual dependem. McGee interpretou corretamente estruturas que se impõem diretamente sobre as estruturas já existen-
a denominação que escolhemos: o termo circuito "demonstra melhor o tes nas cidades e provocam modificações. No caso dos segundos, a
fluxo interno entre os dois subsistemas. Esse modelo reconhece os dois 1nodernização cria, concomitantemente, as duas formas integradas de
subsistemas como parte de uma estrutura urbana global, e contudo organização econômica. Em ambos os casos está presente o fenômeno
admite que é formado de partes inter-relacionadas" (McGee, 1973). "o
dos dois circuitos. Mas não há dualismo nisso, os dois circuitos têm a
Além de permitir a distinção entre as atividades econômicas dos "M
tnesma origem, o mesmo conjunto de causas e são interligados. Não "
N
dois sistemas, torna possível distinguir a população ligada a cada obstante sua interdependência aparente, o circuito inferior é de fato >
e
circuito, embora parte da população de um circuito possa vender dependente do circuito superior. "">
temporariamente sua força de trabalho ao outro setor. Por exemplo, z
>
não é raro em Hong Kong os vendedores ambulantes trabalharem pe- ÜS ELEMENTOS DOS DOIS CIRCUITOS z
o
riodicamente em fábricas para suplementar sua renda. A grande dúvida .;
n
é, naturalmente, onde se enquadram nesse modelo os empregados do
<
A definição dos dois circuitos pressupõe, antes de mais nada, uma "n
n
z governo nos países do Terceiro Mundo, particularmente em certos identificação dos elementos e das características da economia global
<
• países, como a Indonésia (Santos, 1971; McGee, 1973, p. 138). da cidade. Usando as peculiaridades de cada circuito como ponto de
"o
"o
<
Falamos a princípio do "circuito moderno" e do "circuito tradicio- partida, chegar-se-á à compreensão de sua dinâmica e dialética .
•z
e
N o
• nal" (Santos, 1970), mas não tardamos a renunciar a esses termos, O circuito superior inclui bancos, comércio de exportáção e importa- o
"•o por várias razões. Antes de mais nada, qualquer discussão que vise ção, indústria urbana moderna, comércio e serviços modernos, bem
• distinguir o que é moderno do que é tradicional resulta inevita- como comércio atacadista e transportes. Esses dois últimos elementos
velmente em etnocentrismo. Os termos constituem também uma
formam os elos que ligam os dois circuitos, o atacadista operando nessa classificação, pois servem para ligar as atividades modernas da
também no topo do circuito inferior. cidade com as grandes cidades do país ou do exterior. O atacadista e o
O circuito inferior é formado essencialmente de diferentes tipos de transportador têm atividades do tipo misto, devido à dualidade de sua
pequeno comércio, e da produção de bens manufaturados de capital participação. Ambos têm uma ligação funcional tanto com o circuito
não intensivo, constituída em grande parte de artesanato e também de superior como com o circuito inferior da economia urbana. O ataca-
toda uma gama de serviços não modernos. dista, que muitas vezes opera numa área restrita, encontra-se à frente
Mas, os circuitos não são definidos pela inera enumeração desses de uma cadeia de intermediários. Através desses intermediários e do
elementos. Cada circuito é explicado, primeiro, pela combinação de uso do crédito, o atacadista adquire um grande número de mercado-
atividades desempenhadas dentro de um certo contexto; e, segundo, rias que serão vendidas no circuito inferior para uma grande faixa de
pelo setor da população a ele vinculado através, principalmente, da consnmidores. O volume global dos negócios que realiza no circuito
atividade e do consumo. A definição não é rígida. Todas as classes da inferior dá a dimensão de seus negócios bancários e indica o potencial
sociedade podem consumir fora dofircuito ao qual estão mais ligadas, de sua participação no circuito superior. O atacadista está no topo do
ainda que seja apenas ocasional ou parcialmente. circuito inferior, ao mesmo tempo em que integra o circuito superior.
Não existe um circuito intermediário. Poder-se-ia pensar que a classe O transportador, por sua vez, desempenha dois papéis distintos: serve
média criaria seu próprio circuito econômico mas, na verdade, ela usa como elemento de ligação entre agentes dos dois circuitos e a região de
ora um, ora outro. A enumeração das atividades dos dois circuitos não influência urbana, e, ao desempenhar diretamente uma atividade em
significa que todas as cidades do Terceiro Mundo dispõem de todas qualquer dos dois circuitos, pode também tornar-se um comerciante.
elas. Se algumas possuem todos esses elementos, sua importância não
é necessariamente a mesma. Outras aglomerações possuem apenas CARACTERÍSTICAS oos Dois C1Rcu1Tos
um número limitado de elementos ou atividades, o que depende das
condições históricas do crescimento urbano. Considerando os aspectos Seria difícil caracterizar os dois circuitos da economia urbana através
quantitativos e qualitativos das diferentes atividades, encontramos de variáveis isoladas. O que se deve considerar é a combinação das
tantas variações quanto o número de cidades existentes. Todavia, à variáveis que torna cada circuito um subsistema no sistema urbano.
parte dessas diferenças, praticamente todas as cidades do Terceiro Pode-se afirmar imediatamente que a diferença fundamental entre as
Mundo se enquadram na definição comum dos elementos que formam atividades dos circuitos superior e inferior está nas diferenças de capital,
os dois circuitos. tecnologia e organização, entre outras. O circuito superior usa em geral
< O circuito superior consiste de atividades "puras", "impuras" e uma tecnologia "capital intensivo" importada, ao passo que no circuito
z
< "mistas". A indústria urbana moderna, e os serviços e comércio mo- inferior a tecnologia é, em grande parte, baseada no uso de uma mão

"
o dernos constituem elementos puros, porquanto são ao mesmo tempo de obra numerosa. Enquanto a priilleira é principalmente imitativa, a
< elementos específicos da cidade e do circuito superior. A indústria de
N segunda oferece considerável potencial de criatividade.
"" exportação e o comércio de exportação constituem atividades impuras. O circuito superior opera com crédito bancário. Frequentemente
.
o•
Embora possam estar estabelecidas na cidade, para se aproveitarem da grandes firmas criam e controlam seus próprios bancos, um meio de
localização, seus interesses essenciais estão fora da cidade, para onde dominar e eventualmente absorver outras atividades. Uma boa parte
também sua produção é enviada. Os bancos poderiam ser incluídos dessa manipulação é realizada através de papéis. As atividades do

_______________________
.._ .
circuito inferior também se baseiam no crédito e no dinheiro corrente, dos circuitos: no superior é uma questão de acumulação de capital,
mas nesse circuito o crédito tem outra natureza. Uma grande percen- indispensável para a continuação da atividade e para sua renovação em
tagem do crédito é pessoal e direto, indispensável para os que não relação ao progresso tecnológico; no inferior, a acumulação de capital
têm possibilidade de acumular. A obrigação de pagar ao fornecedor não constitui o objetivo mais importante; na verdade, frequentemente
periodicamente faz com que haja uma procura desenfreada de dinheiro. nem existe. A sobrevivência e a garantia de satisfação das necessidades
Até mesmo os intermediários precisam de dinheiro para honrar seus da família no dia a dia é a preocupação mais importante; a participa-
débitos com o banco. ção de certas formas de consumo modernas também é secundária, na
As atividades do circuito superior envolvem um grande volume medida do possível. A relação entre o agente e a clientela é pessoal e
de mercadorias, enquanto as do circuito inferior lidam com pequenas direta no circuito inferior, mas impessoal no circuito superior, onde é
quantidades. Contudo, no circuito superior, as quantidades também centralizada e hierárquica (Brookfield, 1973).
podem ser limitadas, como por exemplo no caso das butiques espe- Apesar do controle de preços exercido nas atividades do circuito
cializadas, onde os altos preços são devid'i's à qualidade do produto, superior e dos elevados lucros em relação ao volume total de produ-
à moda e a certo tipo de clientela. No circuito superior o capital é ção, o rendimento por unidade é baixo. No circuito inferior ocorre o
geralmente volumoso, o que tem relação com a tecnologia usada. No oposto. O resultado total é fraco, mas a margem de lucro por unidade
circuito inferior, ao contrário, as atividades "trabalho intensivo" usam é elevada. Isso se deve ao grande número de intermediários necessá-
menos capital e operam sem uma organização burocrática. rios entre o fornecedor original de insumos e o eventual consumidor.
O emprego oferecido pelos circuitos é o resultado de uma combina- O volume desses lucros permite a subsistência da enorme população
ção dessas variáveis. Se, por um lado, as atividades modernas originam envolvida nas atividades do circuito inferior e constitui um dos ele-
uma expansão do assalariado, por outro há uma diminuição absoluta mentos principais que explicam a sobrevivência de grande parte das
ou relativa do número de trabalhadores em relação ao volume e ao aglomerações do Terceiro Mundo.
valor da produção. Na indústria a tendência constante é para reduzir A atividade no circuito superior baseia-se principalmente na publi-
o emprego. Se nos serviços há tendência ao aumento de emprego, isso cidade, instrumento metódico de modificação de gostos e alteração do
é devido, em grande parte, à participação do governo. Quanto aos perfil da demanda. No circuito inferior a publicidade é desnecessária
serviços privados ligados diretamente à atividade econômica do circuito devido ao contato pessoal com a clientela; na verdade é inviável, porque
superior, uma grande parte do emprego é criado nas cidades ou regiões os ganhos são usados diretamente pelo agente para sua subsistência
mais desenvolvidas do país e mesmo no exterior. e a de sua família. Contudo, o agente beneficia-se da publicidade do
No circuito superior, os preços em geral são fixos, pelo menos circuito superior. Este também opera com custos fixos bastante altos,
oficialmente. Até mesmo nos oligopólios o limite do preço mínimo e que normalmente aumentam com o tamanho da firma segundo o
não pode ser muito inferior ao preço de inercado sem pôr em risco o lugar e o ramo da produção. No circuito inferior, quase não há custos
futuro da empresa. No circuito inferior, o preço da mercadoria não é fixos e os custos diretos não são importani:es. A relação entre custos
fixo e suas variações são acentuadas. Uchendu estudou esse problema diretos e o volume da produção é proporcional, visto ser uma atividade
detalhadamente (Uchendu, 1967). Enquanto no circuito superior os "trabalho intensivo".
preços são manipulados visando lucros a longo prazo, no inferior o No circuito superior, quase não ocorre o reaproveitamento de bens
o
V> importante é o prazo curto. A ideia de lucro é diferente em cada um de consumo duráveis, ao contrário do que se verifica no circuito infe-
rior, onde a base das atividades é justamente a reutilização de certas economia urbana total, cada circuito aparece como um complemento
mercadorias. Isso ocorre no aproveitamento de roupas, automóveis e do outro. Há interação entre os dois, ainda que o circuito superior seja
máquinas e até mesmo na construção de casas com materiais usados. dominante. O estudo da cidade corno urna totalidade não é possível
As atividades do circuito superior apoiam-se direta ou indiretamente sem o exame dessa dialética entre os dois circuitos, responsável pela
na ajuda governamental, enquanto as do circuito inferior, ao contrário, definição social e econômica e pelas possibilidades e formas de evolução
não contam com tal apoio; e em muitas cidades são até perseguidas, tanto do organismo urballo como de sua área de influência.
corno é o caso dos vendedores ambulantes. Rerny e Weeks (1972) con-
sideram que o apoio do Estado constitui a distinção primordial entre os
dois circuitos (McGee, 1973; Patch, 1967; Reinoso, 1970). O Estado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

poderia ser considerado um elemento do circuito superior, visto que


AMIN, S. Le développement inégal. Essai sur les fonnations sociales du capitalisme
de sua atividade depende, em grande parte, a viabilidade de capital
périphérique, Paris, Minuit, 1973.
social novo (overhead) suprido principalmente pelo Estado, e do qual BOEKE, J. H. Economics and Economic Policy of Dual Societies, as Exemplified by
as atividades modernas não prescindem.Já no circuito inferior isso não Indonesia. Haarlem, H. D. Tjeenk Willink & Zoom, 1953.
é um pré-requisito necessário à criação de atividades. BRooKFJELD, H. "On One Geography anda Third World". Transactions, Institute
of British Geographers, (58), march 1973.
O circuito superior emprega um número considerável de estrangeiros
CARDOSO, F. H. "Comentarias sobre los Conceptos de Sobrepoblación Relativa y
que varia, naturalmente, com o grau de industrialização e modernização Marginalidad". Revista Latino-americana de Ciencias Sociales, (1-2): 57-76,
do país. No circuito inferior, os empregos são ocupados por nacionais 1971 ("Comentários sobre o Conceito de Superpopulação Relativa e Margi-
e apenas ocasionalmente há uma participação de estrangeiros. nalidade". O Modelo Político Brasileiro. São Paulo, Difel, 1972).
___ ."Participação e Marginalidade: Notas para uma Discussão Teórica". O
Outra diferença essencial entre os dois circuitos é o fato de o circuito
Modelo Político Brasileiro. São Paulo, Difel, 1972.
inferior ser integrado localmente (Santos, 1971), enquanto as atividades CARDOSO, F. H. et ai. "Consideraciones sobre el Desarrollo de São Paulo: Cultura
do circuito superior são desempenhadas localmente mas integradas y Participación". Eure, 1(3):43-68, oct. 1973.
com as de outra cidade de nível mais alto, ou com as de outra parte CASTELLS, M. "Structures sociales et processus d'urbanisation: analyse comparative
intersociétale". Annales, Economies, Societés, Civilisations, 25 (4 ): 1155-1199,
do país, ou ainda com as de outro país. Até mesmo a metrópole eco-
juil.-aoút. 1970.
nômica de um país subdesenvolvido industrializado depende de países COHEN, J. "Tiempo psicológico". ln: VV. AA. La Mente y el Tiempo. Caracas,
estrangeiros para obtenção de tecnologia e outros insumos, tais como Monte Ávila Editores, 1973, pp. 47-62.
capital, matéria-prima e know-how. CoULAUD, P. Base de la Organización para el Desarollo Urbano. Seminário Regional
sobre Desarollo Urbano-Regional, Cordiplan, CVF, OEA, Caracas, jul. 1973.
Comparando as características das mesmas variáveis em cada um DASGUPTA, B. "Calcutta's Informal Sector". Bulletin, Institute of Development Stud-
dos dois circuitos, nota-se entre elas uma contradição. Mas, dentro ies, 5 (2-3): 53-74, oct. 1973.
de cada circuito, as variáveis próprias, isto é, a tecnologia, a organi- DELGADO, c. Problemas Sociales en el Peru Contemporâneo. Lima, Instituto de
zação, a importância da atividade, as relações de trabalho, o número Estudios Peruanos, Campodonico Ediciones, 1971.
DuRROUX, Y. La surpopulation relative. Paris, Université de Paris-Vincennes, mars. ~
de empregos etc. constituem um verdadeiro sistema dotado de uma o
1970 (polycopié). z
lógica interna. o
FREIRE, P. Pedagogy of the Oppressed. New York, Herder & Herder, 1968 (Pedagogia o
Quando suas características são consideradas isoladamente, cada do Oprimido. 5. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978).
FRIEDMANN, J. & SULLIVAN, F. The Absorption of Labor in the Urban Economy: The ·~
w
circuito aparece como um subsistema; quando consideradas dentro da
Case of Developing Countries. Los Angeles, School of Architecture and Urban ___. "La Constitución del 'Mundo' de la Marginalidad Urbana''. Eure, 3 (5):
Planning, University of California, oct. 1972 (mimeo., 42 p.).
89-106, jul. 1972 .
FURTADO, e. Um Projeto para o Brasil. Rio de Janeiro, Saga, 1968.
. "La Formación de un Universo Marginal en las Ciudades de América La-
GEERTZ, e. Peddlers and Princes: Social Development and Economic Modernization ~a". In: CASTELLS, M. (ed.). Imperialismo y Urbanización en América Latina.
in Two lndonesian Towns. Chicago, The University of Chicago Press, 1963. Barcelona, Gustavo Gilli, 1973, pp. 141-166.
GuNDER FRANK, A. "Urban Poverty in Latin America". Studies in Comparative REINoso. "Los Buhoneros, Marginados en el Centro de Caracas". El Nacional,
International Development, 2 (5), 1969.
13 set. 1970. ·
HARVEY, D. Social Justice and the City. London, Edward Arnold, 1973. JlF.MY, D. & WEEKS,]. "Employment, Occupation and Inequality _in a No~-I~dustrial
LAQUIAN, A. A. "Slums and Squatters in Southeast Asia". ln: ]AKOBSON, L. & PRAKASH, Town". ln: WOHLMUTH, R. (ed.). Employment in Emergtng Societtes. New
V. (eds.). Urbanization and National Development. vol. 1, South and Southeast York, Praeger, 1973.
Asian Affairs, Beverly Hill, Sage, 1971, pp. 183-203. SALAMA, P. Le proces de sous-développment. Paris, Maspero, 1972.
MAR'J'JNEZ Rio, J. "Los Campesinos Mexicanos: Perspectivas en el Processo de
SANTOS, M. "Le rôle moteur du tertiaire primitif dans les villes du Tie~s Mo~de" ·
Marginalización". In: VV. AA. El Perfil de México en 1980. México, 1972, Civilisations, 18 (2): 1-16, 1968 (também em SANTOS, M. (ed.). Dtx essats sur
ton10III.
les villes des pays sous-développés. Paris, Ophrys, 1970).
McGEE, T. G. The Urbanization Proces~~/n the Third World: Explorations in Search . Les deux circuits de l'économie urbaine despays sous-développés. Document
of a Theory. London, Bel! & Sons, 1971. ~Travail, Jnstitut d'Études du Développement Économique et Social, Université
___. "Peasants in the Cities: a Paradox, a Paradox, a most Ingenious Paradox". de Paris, oct. 1970 (mimeo., 16 p.) .
Human Organization, 32 (2): 135-142, 1973. . "L'économie pauvre des villes des pays sous-développés". Les Cahiers
___ . The Persistence of the Proto-roletariat: Occupational Structures and d'Outre Mer, 25 (9), 105-122, 1971.
Planning of the Future World Cities. Australian National University, Research ___ .La marginalité urbaine en Amerique Latine. Paper prepare d to International
School of Pacific Studies, Department of Human Geography, apr. 1974 (mi- Labour Organization, 1974.
meo., 60 p.).
___. L'espace partagé. Les deux circuits de l'économie ur~aine_ en pays .sous-
MILLER, D. R. The Dynamics of Human Resources Development in Turkey and développés et leurs répercussions spatiales. Paris, Editions L1branes Techn1ques,
Theirs Implications for Empolyment and Income Distribution. Geneva, Idep, M. Th., Génin, 1975.
!LO, dec. 1975.
S!NGER, P. Dinâmica Populacional e Desenvolvimento: o Papel do Crescimento Po-
NELSON, J. M. Migrants, Urban Poverty and Instability in Developing Nations.
Cambridge, Harvard University Press, Center for International Affairs, 1969.
pulacional no Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Hucite~, 19!?·
TAVARES, M. e. & SERRA, J. "Más Allá dei Estancamiento: una D1scus1on sobre
NIEMEYER PINHEIRO, A. M. de. La problématique des conditions de travai! des el Estilo, del Desarrollo Reciente de Brasil". El Trimestre Económico, (152):
travailleurs urbains d'origine rurale dans les metrópoles brésiliennes dans la
1·30, dic. 1972. .
phase actuelle de l'industrialisation. Université de Paris I, Institut de Géographie, ÜCHENDU, V. C, "Some Principies of Haggling in Peasant Markets'', Economtc
1971 (mimeo., 49 p.).
Development and Cultural Change, 16 (1): 37-50, oct. 1967.
NUN,]. "Sobrepoblación Relativa, Ejercito Industrial de Reserva y Masa Marginal". VALLADARES L. "La favela une forme urbaine 'sous-intégrée'?" Comunication au
Revista Latinoamericana de Sociología, 5 (2): 97-127, 178-236, 1969. Colloq:re sur les formes de croissance urbaine "sous-intégrées". Paris, 29 juin
< ___. "Marginalidad y otras cuestiones". Revista Latinoamericana de Ciencias -1 juil. 1970 (dact., 24 p.).
z Sociales (4)' 97-127, dic. 1972.
< VEKE!\1ANS, R. & FuENZALIDA, L. "El Concepto de Marginalidad". ln: DESAL (Centro
• PATCH, R. W. La Parada, un Estudio de Clases y Asimilación. Lima, Mosca Azul, para el desarollo económico y social en América Latina) (ed.). Marginalidad en
"
o
1973 ("La Parada, Lilna's Market", West Coast South America Series 14 (1-2-3),
< América Latina: um Ensayo de Diagnostico. Barcelona, Herder, 1969.
N New York, American Universities Field Staff, 1967). WoRSLEY, P. "Frantz Fanon and the 'Lumpenproletariat'". In: MILIBAND, R. & SAVILE,
• QUIJANO, A. Redefinición de la Dependencia y Marginalización en América Latina.
•"o ]. (eds.). The Socialist Register 1972. London, Merlin, 1972, pp. 193-230.
Facultad de Ciencias Economicas, Universitad de Chile, Santiago, 1970 ("Pôle

marginal de l'économie et main-d'oeuvre marginal". In: ABDEL-MALEK, A. (ed.).
Imperialisme et mouvements sociaux. Paris, Anthropos, 1971, pp. 301-336).
4
o CIRCUITO INFERIOR CHAMADO "SETOR
INFORMAL". POR QUÊ?

o
~
"eo
.;
o
O modelo de crescimento capitalista adotado pela maioria dos países z
subdesenvolvidos, somado à explosão demográfica, resultaram numa "'m
explosão urbana e concentração de riqueza e pobreza nas cidades. "o
Pensava-se antigamente que a industrialização capitalista podia trazer ,"e
uma solução à crise social que gerou. Quando se tornou claro que isso >
<
>
não ocorria, o problema foi atacado por outros meios indiretos, como e
o
habitação, educação etc. Mais recentemente, a questão do emprego foi
objeto de estudos aprofundados por parte de pesquisadores particulares
e instituições governamentais 1•
z
•o
"<
>
1. Entre os estudos realizados no programa de pesquisa da OIT sobre urbanização e e
emprego que têm maior relação com o problema dos dois circuitos da economia ur-
bana do Terceiro Mundo encontramos: S. V. Sethuraman, 1974a, 1974b, 1974c; A. "e
N. Bose, 1974; K. Schaefer e C. Spindel, 1974; H. Lubell, 1974; Plannungs-gruppe "
Ritter, 1974; H. Joshi, H. Lubell e J. Mouly, 1974; Chris Gerry, 1974; Manuel
Berlinck, 1977. Outros estudos patrocinados pelo Programa Mundial de Emprego
da OIT incluem alguns trabalhos de interesse para nosso problema: Encarnacion,
1974; J. Lecaillon e D. Germidis, 1974; Ronald Hsia e L. C. Chau, 1975; Amarjit
Oberai, 1975; }avier Villanueva, 1975.
ESTUDOS SOBRE POBREZA HUMANA T. G. McGee começou indagando porque as atividades dos pobres
se mantêm nas cidades que se modernizam e como ocorreu a elasti-
Entretanto, a abordagem do problema da pobreza continuou sendo se- cidade do mercado de trabalho - apesar de não ter havido expansão
torial ou unilateral e ainda prejudicada pelo preconceito contra a economia do emprego fixo - enquanto a população aumentava. O estudo das
urbana pobre, que a ideologia do planejamento reforça ainda mais. atividades dos vendedores ambulantes colocadas na perspectiva da
A abordagem do problema da habitação, que tanto entusiasmo evolução da sociedade e nas. condições de urbanização tecnológica
provocou entre os planejadores do governo e particulares, interna- prestava-se a essa investigação.
cionais ou locais, e influenciou enormemente a pesquisa urbana, foi Essas reflexões sobre a pobreza urbana levaram esse autor a apre-
deficiente e não trouxe resultados válidos. O tema da marginalidade sentar uma nova categoria dentro da divisão habitual das classes sociais:
por um lado ofuscou o mecanismo global da sociedade, e por outro a do protoproletariado. Para McGee (1974, p. 18 ), o protopoletariado
lado inspirou interpretações dos trabalhos de Marx, sem contudo está sujeito a três dimensões econômicas: 1) é possível identificá -lo pelo
trazer grande contribuição. Faltava1aos empiristas da marginalidade fato de suas atividades serem exercidas principalmente em um dos
uma estrutura conceituai adequada, e, quanto aos teóricos, a maioria setores do modelo de organização econômica "dualista" das cidades o
voltou as costas às novas realidades. do Terceiro Mundo, ou seja, naquilo que nós próprios chamamos de
A economia dos pobres que vivem nas cidades, conhecida a princípio circuito inferior; 2) o protoproletariado também pode ser definido por
como setor terciário, era em geral considerada parasitária e arcaica. uma abordagem estrutural sempre que for considerado como a base
Ainda que ocasionalmente a dinâmica do "setor terciário" fosse reco- do modo de produção do qual participa; 3) a terceira abordagem leva
nhecida, só no final da década de 1960 é que se publicam os primeiros em conta os vários empregos ou oportunidades de renda oferecidos
estudos feitos deliberadamente nesse sentido'. pelas atividades do modo de produção correspondente. Quanto às o
formas de organização econômica do protopoletariado, McGee nota "n
Dos FATOS A CONCEPÇÃO uma predominância de pessoas que trabalham por conta própria, e "><
e1npresas familiares cujas atividades abrangem principalmente pequenas >
o
O material relevante, abrangendo o passado até nossos dias, tinha o
fábricas, pequeno comércio, incluindo vendedores ambulantes, ativida-
de ser reunido e classificado para se poder chegar a uma síntese teórica. des de consertos, serviços, biscateiros, prostituição e outras atividades
Essa tarefa foi realizada, entre outros, por T. G. McGee, A. Quijano classificadas como antissociais ou tipicamente ilegais.
e M. Santos. Aníbal Quijano interessou-se pela formação de classes e segmentos
< de classes dentro da estrutura da urbanização do pós-guerra, numa
z
< 2. D. C. ~a~bert ~1965) analisou as consequências das substituições de importações situação de desenvolvimento econômico dependente. Visto por esse

"o na Amenca Latina associadas aos altos índices demográficos, que resultaram numa ângulo, o estudo das classes inclui a análise dos modos de produção
< urbanização terciária estruturalmente diferente da ocorrida nos países desenvolvidos.
N
O autor denomina essa urbanização nos países subdesenvolvidos de "terciário re-
concretos e a posição de cada grupo dentro da sociedade.
"•o" fúgio". Armstrong e McGee (1968), aplicando para a cidade a noção de involução Para Quijano, é preciso não confundir o processo de exclusão,
criada por Geertz (1963) para o mundo rural, introduzem a ideia de economia auto-
• inflacionária. Santos ( 1968) analisa o funcionamento do circuito inferior à procura
como ocorreu no passado, quando era associado à formação de "mar-
de uma explicação para a subsistência de tantos pobres nas cidades do Terceiro ginais", com o atual processo de reestruturação das classes sociais
"'
V-,
Mundo. Todos esses artigos foram publicados pela revista belga Civilisations. urbanas. Essa população, tal como está marginalizada atualmente, é
muito maior e engloba três grupos principais: 1) a pequena burguesia Terceiro Mundo, nós preferimos falar de dois circuitos da economia
marginal constituída pelos que foram marginalizados apenas devido urbana: o circuito superior e o circuito inferior (Santos, 1970b, 1971a).
à qualidade marginal de seu papel no sistema, e que foi levada a uma Em trabalho anterior falamos de "circuito moderno" e "circuito
vida pequeno-burguesa: artesãos, fornecedores de serviços de pequena tradicional" (Santos, 1970b), mas abandonamos essa terminologia
escala, pequenos comerciantes, cuja posição na sociedade é diferente porque os termos moderno e tradicional prestam-se a controvérsias e
da do setor de assalariado médio, também classificado sob a denomi- as atividades do circuito superi'or não são tão definidas pela sua idade
nação de pequena burguesia, porém de um ponto de vista social; 2) um quando comparadas com atividades semelhantes nos países do centro
segundo grupo formado por indivíduos que se afastaram das atividades e sim pelo seu modo de organização e de comportamento. Quanto às
rurais ou que nunca tiveram qualquer emprego e que se entregaram a do circuito inferior, parece difícil manter a palavra tradicional, não só
uma atividade assalariada de nível marginal. São os assalariados mar- porque nos dias atuais estão estruturalmente subordinadas às condi-
ginais, uma extensão do proletariado urbano-industrial; 3) um terceiro ções de modernização como também porque esse setor se alimenta em
grupo origina-se do mesmo process~ de marginalização de ocupações parte dessa modernização e está envolvido num processo permanente
pequeno-burguesas e da degradação das condições do assalariado mar- de transformação e adaptação 3 •
ginal, engrossando as fileiras do proletariado marginal. Este tende a ser Assim chegamos às seguintes características dos dois circuitos
numericamente o maior. A tendência básica desses três grupos é para (Santos, 1972) 4 •
a concentração em duas linhas de ocupação: as da pequena burguesia
e as do proletariado marginal. Circuito superior Circuito inferior
Tecnologia capital-intensivo trabalho-intensivo
Nosso ponto de partida foi diferente. As relações interurbanas
Organização burocrática primitiva
haviam chamado nossa atenção para o que denominamos de "terceira
Capitais importantes reduzidos
dimensão da rede urbana" (Santos, 1970b). Concluímos, após analisar reduzido volumoso
Emprego
a situação de vários continentes, que, na medida em que a cidade não Assalariado dominante não obrigatório
é uma estrutura maciça, já que consiste de dois setores econômicos, as Estoques grande quantidade e/ou pequena quantidade,
alta qualidade qualidade inferior
relações interurbanas não ocorrem da mesma maneira nos dois setores.
Preços fixos (em geral) submetidos à discussão
Procedemos então a um detalhado estudo desses setores, considerando- entre comprador e vende-
os porém interdependentes, complementares mas ao mesmo tempo dm (haggling)
possíveis de estudo particular, embora não separados, dos subsistemas
genuínos do sistema urbano. Cabe, ao mesmo tempo, definir suas es-
3. Entre os autores que ainda usam a dicotomia "setor moderno e setor tradicional"
truturas dentro de níveis diferentes: cidade, país, mundo. encontramos C. R. Frank, 1968, p. 251. O primeiro termo foi usado numa acepção
diferente por Mortimore (1972) em seu estudo de Kano: o setor moderno é a área
Os Dois CIRCUITOS DA ECONOMIA URBANA
construída fora dos muros da cidade, enquanto a cidade velha, a "birni", carac- "o
teriza-se por atividades tradicionais.
"
4. Novos temas de pesquisa geraln1ente permitem repetições e convergências; a própria
Enquanto Geertz (1963) fala de uma "economia centrada na língua constitui uma forte desvantagem para a difusão dos resultados obtidos por
pesquisadores individuais. Por exemplo, 5. V. Sethuraman (jan. 1974, pp. 1-5) ad-
empresa" (firm centred economy) e de "economia de bazar", para mite que a economia urbana está dividida em dois setores, mas queixa-se de que
o
poder levar em consideração a variedade de situações nas cidades do suas características nunca foram claramente definidas!

Circuito superior Circuito inferior
acompanhada de dominação, o que constitui a característica das es-
Crédito bancário institucional pessoal - não institucional truturas e sistemas de estruturas. A economia urbana como um todo é
Margem de Lucro reduzida por unidade, elevada por unidade, mas um sistema de estruturas e não um sistema de elementos simples. Daí
mas importante pelo pequena em relação ao a impossibilidade de estudar um circuito isoladamente'.
volume de negócios volume de negócios
exceção: produtos de Paralelamente a esses estudos, uma outra forte tendência procura
luxo impor-se. Suas preferências inclinam-se para o estudo de um setor único
Relações com a clientela impessoais e/ou com diretas, personalizada ou economia urbana denominada setor informal. Convém lembrar
papéis
Custos fixos importantes desprezíveis que as designações circuito superior e circuito inferior foram criadas
Publicidade necessária nula para chamar a atenção ao fato de que a economia urbana, sendo uma
Reutilização de bens nula frequente totalidade, deveria ser analisada como uma estrutura "à dominante",
"Overhead capital" indispensável dispensável segundo a já clássica expressão de L. Althusser (1965). A complemen-
Ajuda governamental importante nula ou quase nula
taridade é garantida à custa da dependência do circuito inferior em
Dependência direta do grande ativida~e voltada reduzida ou nula
exterior para o exterior relação ao circuito superior, sendo ambos subordinados às mesmas leis
gerais do desenvolvimento capitalista 7 • E quanto à designação setor
Esses circuitos já estão bem definidos - e McGee (1973, p. 138) formal e setor informal?
expôs nosso ponto de vista muito bem - pois circuito é "uma palavra
6. Alguns trabalhos recentes complementam certos pontos essenciais para a síntese que
que caracteriza melhor o fluxo interno que existe dentro dos subsiste- estamos procurando oferecer (1971b, 1975b). D. Remy e J. Weeks (1973) usam o
n1as. Esse modelo aceita os subsistemas como parte de uma estrutura termo "informal", porém numa acepção diferente da atribuída a Keith Hart, prefe-
rindo dar-lhe um significado político. J. Weeks insiste particularmente no papel do
econômica da cidade, global e interligada'". Estado que persegue o circuito inferior e protege o circuito superior. Chris Gerry
Em outras palavras, dentro de cada circuito as características são (1974, pp. 79-82) salienta o mesmo ponto a partir do exemplo concreto deDakar. D.
Remy e J. Weeks (1973) também consideraram as conexões entre os dois circuitos.
mutuamente elucidativas e fazem parte de um sistema. Considera-
E, baseados em seu fecundo estudo de Zaira (Nigéria), encarecem a importância do
das isoladamente, cada característica de um circuito é o inverso da estudo do circuito inferior nas áreas rurais. Outros dois autores também realizaram
característica correspondente do outro circuito e portanto opostas. estudos baseados nesse último ponto de vista: Storgaard, 1973 e Mortimore, 1972.
G. Coutsinas salienta o comportamento dos dois circuitos numa economia planeja-
Realmente, essa oposição é dialética, visto que as características do da, Argélia; suas observações têm um valor teórico geral (G. Coutsinas, fev. 1974 ).
circuito inferior são explicadas pela economia como um todo, na qual G. J. Missen e M. I. Logan (1975) fizeram um interessante estudo sobre Kelantan,
Malásia Ocidental, considerando os dois circuitos na estrutura da rede urbana.
o circuito superior está em posição dominante. É por essa razão que
7. K. Marx ("A Fórmula Geral do Capital", em O Capital, Livro 1, Parte II, cap. 4)
os dois circuitos formam dois subsistemas dentro do sistema urbano. afirma que as pequenas fábricas e o pequeno comércio também era1n capitalistas:
Ambos são opostos e complementares. Essa complementaridade é "Como proprietário dos meios de produção ele é um capitalista. Como trabalhador
ele é seu próprio trabalhador assalariado. Assim, como capitalista, ele paga salá-
rios a si próprio e extrai lucro de seu capital, isto é, ele explora a si próprio como
S. Entre os trabalhos empíricos que usam nosso modelo teórico, encontramos P. Alber- trabalhador assalariado e, na forma de mais-valia, paga a si próprio esse tributo
tini, 1969; Chollet et al., 1969; A. D. Erdens, 1969; H. Lamicq, 1969; L. Valladares, que o trabalho deve pagar ao capitalista l... ]" No que diz respeito ao período his-
1969; P. Motti, 1970; Charleux, 1970; J. Lejars, 1971; Loupy, 1971; Champseix et tórico corrente nos países subdesenvolvidos, Kuzmin (1969, p. 5) mostra que "nas
ai., 1.972; Mataillet et al., 1973; F. Couvreur-Laraichi, 1973; G. Coutsinas, 1974; G. condições de un1a estrutura capitalista dominante, a produção em pequena escala
J. Missen e M. I. Logan, 1975. Esses trabalhos baseia1n-se também na contribuição torna-se uma das formas da produção capitalista, e o artesão, ainda que não recorra
teórica de McGee. ao trabalho assalariado, é um capitalista em certo sentido". Não achamos que o
Aliás, mesmo que nos restrinjamos à semântica pura, podemos
Ü SETOR INFORMAL
indagar: por que setor informal?
A expressão setor informal foi atribuída por Sheldon G. Weeks
Informalidade ou Irracionalidade à Maneira de Max Weber?
(1973, p. 111) a Tina Wallace (1973) no estudo que essa autora fez
de Baganda (Uganda), enquanto muitos autores, entre os quais Peter
A noção de organização informal, em oposição à de organização
Worsley (1972, p. 228) e Dorothy D. Remy e John Weeks (1973, p. 11)
formal, origina-se principalmente do conceito de racionalidade intro-
são de opinião que devemos essa designação a Keith Hart (1973 ).
duzido por Max Weber. De acordo com esse conceito, só a organização
A expressão "economia de bazar", usada como analogia de formas
formal poderia ser eficaz, contando com "normas e papéis definidos,
persistentes (embora a substância tenha mudado) de comércio de peque-
procedimentos sistemáticos para seleção, treinamento e promoção
na escala no Oriente, praticamente desapareceu da literatura sobre o
dos agentes da economia, a medida exata de controle[ ... ] necessários
assunto, o mesmo tendo acontecido ao termo "setor não estruturado" ,
para melhor aproveitamento dos recursos à sua disposição, na busca
usado até recentemente por M;Blaug (1974, p. 58). A expressão se- o
das finalidades propostas" (T. Lipton 1972, p. 45). A distinção seria
tor de transição (transição para o quê?), sugerida por J. Bougnicourt n
portanto útil para, de um lado, definir uma situação onde o uso de
(1974) 8 também não pegou, apesar do livro de Lerner The Passing
capital e suas limitações estão determinados de antemão, como no caso
"ne
of Traditional Society (1958). Outras designações tiveram o mesmo .;
das sociedades capitalistas, e, de outro lado, as sociedades que ainda o
destino, ao passo que as expressões setor formal e setor informal se
se encontram no estágio pré-capitalista.
impuseram. Neste ponto verifica-se o que se poderia considerar como
Quando se referem a países subdesenvolvidos, os dualistas creem
um caso de fetichismo da palavra. Quando uma instituição importan-
numa oposição entre o setor desenvolvido e o não desenvolvido, um
te, como por exemplo o Banco Mundial ou o Instituto de Estudos de
contraste entre um todo coerente de ações eficientes e racionais e um
Desenvolvimento da Universidade de Sussex9 decide, seja qual for a 11
conjunto inarticulado de ações arcaicas, irracionais e ineficientes • Uma
razão, adotar uma palavra, a pesquisa oficial e os pesquisadores em
ação irracional seria aquela que não tem motivo ou causa racional;
geral fazem o mesmo, a maioria sem ao menos procurar entender o
mas nesse caso seria suficiente passar de um subsistema para o outro
que a expressão encerra além de pura semântica1 º. a fim de que um mesmo agente deixe de ser irracional e se torne racio-
nal. E 0 que dizer também daqueles que participam alternativamente
pequeno produtor acumule na base de seu investimento. É verdade, contudo, que,
para aqueles que empregam terceiros, a reconstituição do capital é feita com trabalho
assalariado. Uma coisa é certa atualmente: os artesãos e os pequenos comerciantes
participam, de bom grado ou não, do processo global da economia capitalista. 11. Organização formal refere-se em geral ao padrão organizacional criado pela gerência:
esquema da divisão do trabalho e controle de poder, a~ no:m~s e regulamentos ~e
8. Conversa com o autor, trabalhos não publicados. 0
salários penalidades controle de qualidade etc. Organizaçao informal refere-se as
9. O Instituto de Estudos do Desenvolvimento (Universidade de Sussex) publicou relaçõe; sociais que s~ desenvolvem entre os trabalh_ado:es ~u fu,nci~nár!os, acima e
uma edição completa (vol. 5, n. 2/3, out. 1973) sobre o setor infonnal. Realizou-se além das relações formais determinadas pela organtzaçao (isto e, nao so trabalham
também um seminário em 1974, cm Brighton, sob a responsabilidade do IDS, sobre como equipe na mesma máquina como também são amigos), ou às relações orga-
o mesmo assunto, com a mesn1a designação. nizacionais efetivas que se desenvolvem como consequência da interaçã? _entre o
10. Para J. S. Henley (1973, p. 568)" [... ]é curioso que embora as concepções de orga- plano organizacional e as pressões das relações interpesso~i~ entre os parttc1pante~.
nizações formais e informais tenham sido virtualmente esgotadas pelos estudiosos Formal: a gerência exercida cientificamente é u1n fator decisivo. Informal: a organi-
dn cotnpnrtamento das organizações, essa dicotomia está reaparecendo no campo zação é caracterizada pelas relações humanas (Etzioni, 1964, p. 40).
do t'Mt'udo do desenvolvimento".
das atividades de ambos os circuitos, sem contudo mudar de situação
socioeconômica? O caráter ideológico e etnocêntrico da distinção é baratas. Por outro lado, G. Shepard (1955) mostra como numa área
óbvio. A noção de racionalidade que se procura a plicar como gabarito de Kampala (Uganda) os membros da cooperativa Katwe funcionam
às sociedades pré-industriais é um caso típico de arrogância cultural de uma maneira que poderia ser considerada informal apesar de seu
na opinião de Wilkinson (1973, p. 198), que acrescenta: "se alguém
status legal tipicamente formal. É no chamado setor informal que se
de outra sociedade toma uma decisão diferente da nossa, é porque verifica uma maior flexibilidade e fluidez, e é por isso que Halpenny,
provavelmente tem uma hierarquia de valores e prioridades diferentes que cita aquele autor (1972), chega à conclusão de que as classificações
formais de status são irrelevantes.
e não porque o seu comportamento é irracional ou errado". Realmen-
te, conforme realçou Godelier (1967, p. 298), não existe apenas uma Para poder-se rotular uma ação humana de irracional, é preciso
racionalidade econômica, mas diversas. estar em condições de provar que essa ação não possui um objetivo
permanente nem um comportamento suficientemente firme para re-
sultar em normas efetivas. E no circuito inferior existem - conforme
A Economia da .Pobreza~ "'Formalidade" Alienação
\ ' julgamos já ter demonstrado (Santos, 197la, 1971b, 1975a) - alguns
relacionamentos que se repetem em toda parte e todo o tempo, entre
Existe um setor informal da economia paralelo ou em contraste a
um setor formal? agentes, entre agentes e clientes, no exercício da própria atividade e
na sua significação global dentro da sociedade. Por exemplo: os custos
N. Andersen (1964, p. 57) acreditava que o urbanismo industrial
operacionais são consideravelmente diminuídos no circuito inferior.
era o único modelo racional de pensamento e trabalho, enquanto P.
Gutkind (1967) associa a racionalidade à modernização, modernização Por outro lado, o que dizer a respeito do papel do intermediário e do
a cientificismo. O próprio Richard R. Morse não afirmou (1964) que o crédito pessoal? E a respeito da formação de preços e da pulverização
"terciário" é economicamente tão improdutivo quanto irracional? da atividade? Até mesmo a dependência em relação ao circuito superior
Geertz (1963, p. 43), Saylor (1967, p. 99) e Po11y Hi11 (1970, p. 4), é ditada por uma lógica. Cada civilização ou classe se reserva a palavra
ao contrário, mostraram a profunda racionalidade da economia da como característica superior de suas próprias ações. Mas a atividade
econômica dos pobres também funciona de acordo com uma lógica e
pobreza urbana no Terceiro Mundo. Isso também se aplica a outros
portanto é racional.
pesquisadores que se livraram de frases feitas e estereótipos. Se a ir-
racionalidade está intimamente ligada à impulsividade, na medida em O circuito inferior na economia urbana constitui um mecanis-
que a ação decorre de forças psicológicas cegas ao invés de um cálculo mo permanente de integração que oferece um número máximo de
deliberado, nesse caso, diz Alejandro Portes (1972, p. 269-270), não oportunidades de emprego com um volume mínimo de capital. Esse
<
z circuito corresponde exatamente às condições gerais de emprego e
,,< há irracionalidade no comportamento dos habitantes das favelas da
América Latina. disponibilidade de dinheiro, assim como às necessidades de consumo
"
o
< de uma importante fração da população. Seu funcionamento é dirigido
N Para McGee (1974, p. 40), que realizou estudos detalhados em
""
por leis, isto é, por uma constância de comportamento devida a causas
Hong Kong e outras cidades do Extremo Oriente, as atividades do
o• que por sua vez também se repetem. As características apresentadas
" "setor informal" se desenrolam eficientemente. Até mesmo os vende-
por Keith Hart (1973, p. 5) considerando-o como "informal" - uma
dores ambulantes são muito eficientes no que diz respeito à atividade
existência baseada no dia a dia, marcada pela irregularidade das des-
comercial que abastece a população pobre com trabalho e mercadorias
pesas em função dos pagamentos, flexibilidade do consumo e prolife-
ração do crédito - constituem, ao contrário, o indício da racionalidade
ou seja, de alienação. Lukács (1960) acredita que existe um paralelo
desse circuito econômico, que encontra os princípios que governam
entre a categoria weberiana de racionalidade e a categoria marxista
seu mecanismo dentro de uma economia capitalista global cuja lógica
de reificação, que é "uma espécie dentro de um gênero de aliena-
permanece a mesma, embora apareça sob diferentes formas em cada
ção". Associando-os, ele mostra como a expansão capitalista está
subsistema. Na verdade, o circuito inferior constitui um subsistema
acompanhada de uma objetividade reificada (F. Riu, 1968, p. 24 ),
dentro de um sistema maior, o sistema urbano, e este mesmo não é
articulada com a eliminação progressiva dos atributos qualitativos
nada mais que um subsistema do sistema nacional.
individuais e humanos do trabalhador. São exatamente os homens que
Aplicada a uma sociedade, a noção de informalidade ou irracio-
formam parte do circuito inferior ("setor informal") que escapam a
nalidade de um dos dois setores significaria que essa sociedade não
essa alienação que caracteriza o mundo trabalhador das sociedades
opera de forma global. Esse ponto de vista corrobora, obviamente, a
modernas, pois eles ainda são capazes de se identificar com o produto
abordagen1 dualista que considera os dois circuitos como paralelos e
de seu trabalhoB
permitiria a eliminação do problema da dependência de um em relação
A designação informal, dada ao circuito inferior, poderia ser significa-
ao outro. ~
tiva se fosse efetivamente associada à noção de racionalidade. Seria então
O funcionamento do circuito illferior responde a diferentes fatores
possível considerar o assim chamado setor informal como destinado a
ligados entre si por uma lógica que é ao mesmo tempo econômica,
desaparecer e dar lugar a uma nova ordem, onde toda a economia seria
social e política. A questão é mais de necessidade que de escolha, um
"formalizada", isto é, totalmente sujeita às leis do capitalismo tecnoló-
resultado universal das leis gerais que governam o sistema capitalista
gico, que é a forma atual do capitalismo em fase internacional.
em seu estágio atual. E, conforme salienta S. Avineri (1968, p. 15), "só
Não estamos muito preocupados em levar adiante uma discussão
o universal pode ser racional". Se o necessário é também o verdadeiro,
sobre a validade do termo_, mas sim sobre o seu significado profundo e
de acordo com Aristóteles, o inverso também é verdade, porquanto o
a definição do que se supõe que designa. Embora Keith Hart parecesse
verdadeiro é também o necessário 12 •
mais preocupado com a situação do emprego 14 , isso serviu de pretexto
A noção de racionalidade de Max Weber constitui, de acordo com
para ir além e definir todo um setor da economia.
Lukács (1959) um ataque à razão. Essa racionalidade, ou cálculo
Para alguns autores, a investigação de uma definição de "setor infor-
racional, tem seu fundamento lógico baseado na "conformidade da
mal" devia levar ao reconhecimento de sua oposição em relação ao "-;
ação com a lógica de um sistema de valores" (Kende, 1971, p. 63). o
"setor formal" (Sethuraman, 1974, p. 6). Contudo, o uso de critérios
Esse sistema de valores só pode ser o do capitalismo que necessita da
arbitrários para identificar as iniciativas do "setor informal" e para
"z
< racionalidade weberiana para sua expansão. Para que uma máquina 'o
z juntar informações e formular normas tira parte da validade científica
<

produtora baseada no valor de troca e na mais-valia tenha sucesso,
da abordagem. Essa é, na realidade, a fraqueza geral das pesquisas "
<
>
"
o torna-se necessária uma total racionalização na utilização de fatores; r

< racionalidade aqui tem o sentido de mutação da qualidade em quan-


N 'o
"' tidade, de primazia de sistemas abstratos sobre sistemas concretos, 13. De acordo com Keith Hart (1973, p. 69), existem dois tipos de atividades urbanas:
"
e• atividades de renda formal e atividades de renda informal; estas últimas subdividem- "
lJ
o
" se em legitimas e ilegítimas. ~

12. Hegel (1962, p. 10 e 283) afinna com maior clareza: "O que é racional é verdadeiro 14. Para Halpenny ( 1972, p. 16) "o problema de participação do indivíduo no trabalho
e o que é verdadeiro é racional". é talvez o sentimento político mais consciente". Esse autor acredita que, em geral, as
atividades do setor informal permitem esse sentimento de participação imediata.
orientadas diretamente para as necessidades de planejamento, pois a também caracteriza, às vezes até com grande eficiência, todos os tipos
tendência é começar de premissas a serem demonstradas ou de ideias de intermediários, atacadistas, motoristas de caminhão e comerciantes
preconcebidas para serem justificadas, e cujos resultados são muitas de feiras, todos possuindo uma notável flexibilidade de comportamento
vezes cegamente implantados por planejadores que não são essencial- (Santos, 1975a, 1975b).
mente pesquisadores e pelos governos interessados. Assim sendo, uma melhoria no mecanismo de trocas muito pouco
A deficiência dessas definições provém do fato de inverterem a significará se o fluxo da mais-valia continuar empobrecendo uns e
realidade social, ao invés de analisá-la tal como é. A necessidade de enriquecendo outros. Singer e Jolly se iludem lastimavelmente quando
quantificar ou de levar em conta um único critério, o da produtividade afirmam a respeito do Quênia que "o setor informal, urbano e rural
do trabalho, resulta na procura de um ponto limite que na realidade é representa uma parte vital da economia do país, e sua existência reflete
impossível de ser definido, porquanto a evolução social é assimétrica. urna adaptação necessária, e benéfica no conjunto, às limitações impos-
Assim, os aspectos qualitativos são afastados a priori, ao invés de serem tas pela situação econômica predominante". Necessária e benéfica para
antes examinados para se ela&orar, e eventualmente serem traduzidos quem? Admitir isso significa dar uma interpretação literal às palavras
em variáveis quantificáveis. de Joan Robinson (1962, p. 45): "a desgraça de ser explorado por
A adoção desses critérios poderia levar a se imaginar que tudo se capitalistas não é nada comparada à desgraça de não ser explorado de
resolveria injetando maior produtividade no circuito inferior isto e' nenhuma maneira". A adoção desse ponto de vista no planejamento
' ' do circuito inferior é, para dizer o mínimo, perigosa. Ao estabelecer
tornando-o mais capitalista.
Isso entretanto implicaria a omissão do fato de que a maneira pela objetivos setoriais, acaba-se aumentando ainda mais o setor moderno
qual o circuito inferior opera está diretamente ligada à maneira pela da economia, sem contudo criar empregos e reduzir a pobreza.
qual o circuito superior opera em todos os níveis: local, nacional e A eliminação da situação de dependência do circuito inferior em o

internacional. relação ao circuito superior só será possível com uma mudança estru- ,"o
Para M. Bienefeld (1975, p. 4), a economia urbana da pobreza, isto tural. O ideal, evidentemente, seria que "o circuito inferior se tornasse >
<
>
é, o circuito inferior, é explorada pelo outro setor através das condições menos inferior, mas isso só poderia ocorrer se o circuito superior se o
o
do comércio, que limita a capacidade dos pequenos fabricantes de se tornasse menos superior'~. Do contrário, a situação de dependência
desenvolverem cumulativamente durante períodos prolongados. Na continuará e até se agravará, embora sob formas diferentes. Os estudos
verdade, é preciso ir ainda mais longe, pois a provável função essencial do setor informal não podem trazer nenhuma contribuição, porquanto
afastam a realidade sem ao menos examiná-la. z
do circuito inferior é difundir o modo capitalista de produção entre 'o
Naturalmente, o circuito inferior poderia ser definido como um
a população pobre através do consumo, e absorver para o circuito "~
superior a poupança e a mais-valia das unidades familiares, por in- sistema, e nós já o fizemos (Santos, 1971b). Todavia, deixando de >
r
levar em conta os níveis de decisão ou a escala como condição epis- '
termédio da máquina financeira, de produção e de consumo. Vários
são os canais de transmissão formais e informais: agências bancárias, temológica fundamental para permitir a divisão de uma totalidade, a
cooperativas, firmas construtoras de residências e o próprio Estado, verdade pode ser escamoteada. É por essa razão que não pode haver
através do duplo canal da taxação e da distribuição desigual de recur- nenhum setor informal dentro de uma sociedade formal global. O todo
sos. Todos esses constituem instrumentos que despejam mais-valia nos é dirigido pelo mesmo sistema de normas. Ainda que o sistema inferior
o
bancos e nas poderosas empresas nacionais e estrangeiras. Essa função seja dinâmico, seu dinamismo é dependente. Desse modo, não pode "
H

"
ser objeto de análise ou de planejamento que não levem em conta o GERRY, e. Petty Producers and the Urban Economy: a Case Study of Dakar. Ge-
neva, ILO,WEP/Uerp, sept. 1974.
dinamismo que caracteriza o outro circuito dentro de uma economia
GoDELIER, M. Rationality and Irrationality in Economics. London, NBL, 1972 (french
que também é dependente. edition: Paris, Masparo, 1966; Spanish: México, Siglo Veintiuno, 1967).
GUTKJND, P. e. w. "The Energy of Despair: Social Organization of Unemployment
in Two African Cities: Lagos and Nairobi". Civilisations, 17 (3-4), 1967.
REFERJ;.NCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALPENNY, P. "Getting Rich by Being 'Unemployed': Some Political Iimplications
of 'Informal' Economic Activities in Urban Areas not usually Represented in
ALBERTINl, P. et ai. Estudio Regional de Calabozo. Documento de Trabajo, Proyecto Official lodices". Unpublished paper delivered to Universities Social Sciences
Venezuela II de las Naciones Unidas, Maracay, 1969 (mimeo.). Conference, Nairobi, 1972.
ALTHUSSER, L. Lire le Capital. Paris, Maspero, 1965. HART, K. "Informal Income Opportunities and Urban Employment in Ghana". The
ANDERSON, N. "Aspects ofUrbanism and Urbanization". ln: ___. (ed.). Urbanism Journal of Modern African Studies, 11 (1)' 61-89, 1973.
and Urbanization. Leiden, E. J. Brill, 1964. HENLEY, J. S. "Employment Relationship and Economic Development: The Kenyan
ARMSTRONG, W. R. & McGEE, T. G. "Revolutionary Change and the Third World Experience''. The Journal of Modern African Studies, 11 (4), 559-589, 1973.
City: A Theory of Urban Involution". Civilisations, 18 (3 ): 353-377, 1968. HsIA, R. & CHAU, L. e. Income Distribution and Employment Characteristics:
AVJNERI, S. The Social and Politicd{ Thought of Karl Marx. Cambridge, U. K. Hong Kong, 1971. Geneva, ILO,WEP/Uerp, 1975.
Cambridge University Press, 1968. o
JosHI, H. et ai. Urban Development and Employment in Abidjan. Geneva, ILO,
BIENEFELD, M. "The Informal Sector and the Peripheral Capitalism: The Case ofTan- ~
WEP/Uerp, oct. 1974.
zania''. Bulletin, lnstitute of Development Studies, 6 (3): 53-73, feb. 1975. KENDE, P. L'abondance est-elle possible? Paris, Gallimard, 1971.
"o
n
BLAUG, M. I.;éducation et le probleme de l'emploi dans les pays en vaie de dével- KUZMIN, S.A. The Developing Countries, Employment and Capital Investment. New .;
o
oppement. Geneve, ILO, 1974. York, White Plans, International Arts and Science Press, 1969.
BosE, A. N. The Informal Sector in the Calcutta Metropolitan Economy. Geneva, z
LAMBERT, D. "L'urbanisation accélérée de l'Amérique Latine et la formation d'un 'm
ILO,WEP/Uerp, 1974. secteur tertiaire refuge". Civilisations, 15 (2): 158-170; (3): 309-325; (4):
CHAMPSEJX, G. et ai. Contribution aux méthodes d'analyse régionale: le cas de la "o
447-492, 1965,
ville de Sarda. Paris, Institut d'Études du Développement Économique et Social LAMICQ, H. M. Réalité et limites du rôle de la ville de Maturin dans l'organisation "o
Université de Paris, 1972.
CHARL~ux, J_. ~· Étud~ sur Tindivanam, dans l'lnde du Sud. Institut de Géographie,
' de !'espace de l'état Monagas (Venezuela), Université de Paris, Institute de "><
Géographie, nov. 1969 (mimeo., 136 p.). >
Un1vers1te de Pans, 1970 (mimeo.). LECAILLON, J. & GERMIDlS, D. Les disparités de revenus entre salariés et travailleurs o
o
CHOLLET, J. et ai. Estudio Regional de Coro y Punto F1jo. Documento de Trabajo indépendants dans les secteurs non-agricoles au Senegal, Cameroun, Madagascar
Caracas, Proyecto Venezuela II, 1969. ' et Cote d'Ivoire. Geneve, ILO,WEP/Uerp, 1974.
CoUTSINAS, G. A propos des deux circuits de l'économie urbaine: un exemple al- LEJARS, ]. Contribution à la connaissance de la situation industrielle de Vientiane
gérien. Communicàtion presentée lors du Séminaire Espace Maghrebin Alger (Laos). Université de Paris, lnstitut de Géographie, 1971(mimeo.,145 p.).
18-24 février 1974. ' ' LIPTON, T. Management and the Social Sciences. Penguin, 1972.
CouVREUR-LARAICHL Beni-Mellal, une ville marocaine. Université de Strasbourg LoUPY, E. Problemes poses parle revitaillement des marches de Vientiane. Université
< 1973 (mimeo.). ' de Paris IV, 1971 (mimeo., 86 p.).
z
< ERDENS, A. D. A Conurbação Barcelona-Puerto La Cruz e sua Região. Caracas, LURELL, H. Calcutta: Its Urban Development and Employment Prospects. Geneva,
""o 1969 (mirneo., 45 p.).
ETZIONJ, A. Modern Organizations. Englewood Cliff, New Jersey Frentice Hall
!LO, 1974.
< ___. Urbanization and Employment, Insights from a Series of Case Studies of
N 1964. ' '
Third World Metropolitan Cities. Geneva, ILO,WEP/Uerp, nov. 1974.
""
•o FRANK, c. R~ "Urban Unemployment and Economic Growth in Africa,,. Oxford LúKACS, G. E! Asa/to a la Razón. Fondo de Cultura Económica, México, 1959
Economtc Papers (New Series), 20 (2): 250-274, 1968.
" [trad.: Die ZerstOrung der Bernunft}.
GEERTZ, c. Peddlers and Princes: Social Change and Economic Modernization in MATAlLLET, D. et ai. Essai d'analyse d'une économie urbaine: le cas de Tlemcen
Two Indonesian Tows. Chicago, The University of Chicago Press, 1963.
___. "Los Dos Circuitos de la Economía Urbana de los Países Subdesarrolla-
(Algérie). Université de Paris, Mémoire ledes, 1973.
dos". ln: PUNES,]. c. (ed.) La Ciudad y la Región para el Desarrollo. Caracas,
McGEE, T. G. "Peasants in the Cities: a Paradox, a Paradox, a most lngenious
Comissón de Administración Pública de Venezuela, 1972, PP· 67-99.
Paradox'. Human Organízation, 32 (2): 135-142, 1973.
___ . The Persistence of the Proto-Proletariat: Occupational Structures and ___ . "Lima, the Periphery of the Pole". ln: Ross, H & GAPPERT, G. (eds.). The
Planning of the Future World Cities. Australian National University, Research Social Economy of Cities. Urban Affairs Annual Reviews, 9, Sage, 1975a.
Scholl of Pacific Studies, Department ofHuman Geography, april 1974 (mimeo.,
___. I:espace partagé: les deux circuits de l'économie urbaine en pays sous-
développés et leurs répercussions spatiales. Paris, Editions Libraries Techniques,
60 p.).
M1sSEN, G. ]. & LoGAN, M. 1. National and Local Distríbution Systems and Re- M. Th. Génin, 1975b.
gional Development: The Case of Kelantan. Presented at the symposium SAYLOR, R. G. The Economic System of Sierra Leone. Durham, D. c., Duke Uni-
Alternatives for Development Strategies in Asia and the Pacific, Canberra, versity Press, 1967.
ScHAEFER, K. & SPINDEL, c. Urban Development and Employment in São Paulo: A
20-24 jan. 1975.
MoRSE, R. "Latin American Cities: Aspects of Function and Structure". ln: FRlED-
Preliminary Summary of a Case Study. Geneva, lLO,WEP 2-19, aug. 1974.
MAN ]. S,: ALONSO, W. (eds.). Regional Development and Planning. Cambridge, SErnURAMAN, S. V. Urbanization and Employment in ]akarta: Summary and Con-
Mass., MIT Press, 1964 (reprinted from Comparative Studies in Society and clusions of a Case Study. Geneva, lLO,WEP, may 1974.
___. Towards a Defi.nition of the Informal Sector. Draft for comment. Geneva,
History 4, jul. 1962). \
MORTIMORE. M. ]. "Some Aspects of Rl.'lral-Urban Relations in Kano, Nigeria". ln: !LO, WEP 2-19, jan. 1974. o
SHEPARD, G. They Wait in Darkness. New York, John Day, 1955.
CNRS. La croissance urbaine en Afrique noire et à Madagascar. Paris, 1972. ~
SINGER, H. & joLLY, R. "Unemployment in an African Setting, Lessons of the Em-
Morri, P. Mcanismes co 'mmerciaux et organisation de l'espace dans un pays sous-
ployment Strategy Mission to Kenya". ln: ILO (ed.). Employment in Africa.
"no
developpé: les foires de la région de Salvador, Bahia (Brésil). Toulouse, Université -<
de Toulouse, lnstitut de Geographie, 1970 (mimeo., 143 p.). Geneva, 1973, pp. 93-105. o
ÜBERAl, A. An Analysis of Migration to Greater Khartoum (Sudan). Geneva,
STORGAARD, B. "A Delayed Proletarization of Peasants". ln: IDS (lNSTITUTE FOR
DEVELOPMENT SruDIES) (ed.). Dualism and Rural Development in Africa. Den-
z
•m
ILO,WEP/PE/19, 1975.
PLANNUNGSGRUPPE RITIER. Report on Two Surveys (in Ghana). Geneva, lLO,WEP/ mark, 1973, pp. 103-125. "o
VALLADARES, L. El Tigre y su Región. Caracas, 1969 (mimeo.).
Uerp, sept. 1974.
V1LLANUEVA, ]. Production, Employment and Traditional Sectores: The Argentina "n
PORTES, A. "Rationality in the Slum: An Essay of lnterpretative Sociology". Com-
parative Studies in Society and History, 14 (3): 268-286, jun. 1972. Case (1950-1970). Geneva, ILO,WEP/PE/10, 1975. "<>
WALLACE, T. "Working in Rural Buganda: a Story of Occupational Activities of >
QUIJANO, A. "La Constitución del 'Mundo' de la Marginalidad Urbana". Eure, 3 o
Young People in Rural Villages". The African Review, 3 (1), 133-178, 1973. o
(5), 89-106, jul. 1972.
WEBER, M. Historia económica general. México, Pondo de Cultura Económica,
REMY, D. & WEEKS, J. "Employment, Occupation and Jnequality in a Non-lndustrial
City". ln: WottLMU1H, R. (ed.). EmploymentTown in Emerging Societies. New 1961.
WEEKS,J. "Uneven Sectoral Development and the Role of the State". Bulletin, lnsti-
York, Praeger, 1973.
Riu, F. Historia y Totalidad: el Concepto de Reifi.cación in Lukács. Caracas, Monte
Avila, 1968.
tute of Development Studies, University of Sussex, 5 (2-3): 53~75, oct. 1973.
WEEKS, S. G. "Where Are All the Jobs? The Informal Sector in Bugisa, Uganda". .z
o
ROBINSON,]. Economic Philosophy. London, c. A. Watts, 1962. The African Review, 3 (!), 111-132, 1973. "<>
SANTOS, M. «Le rôle moteur du tertiaire primitif dans les villes du Tiers Monde". WILKINSON, R. G. Poverty and Progress. London, Methuen, 1973. ~

WORSLEY, P. "Frantz Fanon and the 'Lunpenproletariat'". ln: MILIBAND, R. & SAVILE,
Civilisations, 18 (2): 1-16, 1968 (também em SANTOS, M. (ed.). Dix essais sur les
]. (eds.) The Socialist Register 1972, London, Merlin, 1972, pp. 193-230.
villes des pays sous-développés. Paris, Ophrys, 1970a).
___. "Une nouvelle dimension dans l'étude des réseaux urbains dans les pays
sous-développés". Annales de Géographie, (434): 425-445, juil.-aoút 1970b.
___ . Les villes du Tiers Monde, Paris, Génin, 1971a.
___ . "L'économie pauvre des villes des pays sous-développés". Les Cahiers
d'Outre Mer, 24 (94), 105-122, 197lb.
s
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO E DA POBREZA:
CONSUMISMO OU IGUALITARISMO?

As teorias do desenvolvimento têm sido apresentadas como soluções


para corrigir as desigualdades entre indivíduos, regiões e países. Admite-se,
geralmente, que essas teorias exigem um quadro de referência internacio-
nal, ou seja, um modelo estranho aos países envolvidos. A ideia de plane-
jamento, um corolário do desenvolvimento, muito contribui para reforçar
esse ponto de vista, o chamado objetivo final, que seria encontrar medidas e
para eliminar, tanto quanto possível, as disparidades. Todavia, apesar de o
o
terem decorrido trinta anos desde que os conceitos de desenvolvimento ,
m
m
e planejamento tornaram-se ideias-força, as desigualdades não pararam z
<
de aumentar a nível individual, regional e internacional. A interminável o
r
<
discussão a respeito do que constitui crescimento e desenvolvimento tem <
m
sido estéril. Isso ocorre porque, ao invés de partirem da realidade, os teó- z
.;
ricos tendem a adotar uma formulação irreal como quadro de referência, o
m
perseguindo uma "ilusão", como diria Bachelard. O medo de continuar a "o
planejar a pobreza indefinidamente é um estímulo suficiente para se fazer ••
m
uma tentativa de abordar o problema de maneira diferente. N
>
A extrema penúria em que vivem centenas de milhões de seres hu-
manos tem sido objeto de vasta literatura. A pobreza urbana, ou melhor,
temporária que deve ser tolerada como inerente "ao paroxismo do
os aspectos da pobreza ligados diretamente à urbanização, têm sido
crescimento econômico".
alvo de grande parte dessa atividade intelectual febril e determinada. O problema da pobreza também pode ser tratado parcialmente.
Contudo, o problema real encontra-se na explicação da pobreza. Nessa abordagem, a "crise urbana" resultaria da explosão demográfi-
ca, responsável pelas migrações que a agravam. A falta de empregos é
TEORIAS OU SLOGANS?
então atribuída à chamada "pressão demográfica", que também seria
responsável pela sobrevivência de uma economia não moderna ou
Ainda que a descrição do fenômeno seja quase sempre completa e tradicional, considerada um obstáculo à modernização e, ao mesmo
frequentemente objetiva, as explicações - para não usar o pretensioso tempo, a raiz do que ainda é chamado de dualismo. Como esses fenô-
termo "teoria" - podem ser divididas em três grupos principais: menos - pressão demográfica, desemprego, "dualismo" - apresentam
!) As que evitam o problema da pobreza. certa colinearidade, a ambiguidade aumenta e torna-se mais fácil impor
2) As que abordam o problema da pobreza parcialmente. soluções errôneas. A preocupação maior é de evitar agitações e não de
3) As que procuram dar uma interpretação completa da pobreza. impedir a pobreza. É por essa razão que encontramos tantos estudos
Essa situação lembra uma hist\sria sobre Sêneca, o senador romano, que tratam dos "perigos" políticos da rápida urbanização.
que certa vez teve a ideia de exigir que todos os escravos passassem a Essas duas abordagens, uma que procura ocultar a realidade e outra
usar roupas iguais para distingui-los dos homens livres. Sua proposta que seleciona apenas alguns de seus aspectos, são promovidas pelos
não chegou a ser votada, pois o Senado previu que tão logo percebessem meios de comunicação de massa e tornaram-se slogans. Pouco importa
que constituiam maioria, os escravos se revoltariam. Essa preocupação se existe uma contradição entre considerar o êxodo rural nocivo e as
existe atualmente, e é uma das razões por que o problema permanece favelas uma esperança. Os meios de comunicação de massa também
obscuro. disseminam interpretações diferentes, às vezes opostas, quando não
Muitos são os estratagemas usados para fugir do problema da paradoxais, do mesmo fenômeno. Além do mais, as contradições
pobreza. Primeiro, esse problema é tratado como um tema de estudo à entre as teorias são úteis para os grupos que controlam esses meios o
parte; a sociedade é analisada como se não tivesse classes. Essa forma o
de comunicação. Em vista dessas incongruências, torna-se impossível o
grosseira de ocultar a realidade pode ser substituída por métodos mais m
encontrar uma solução coerente; portanto, é mais fácil insistir no pla-
elaborados. Por exemplo, a pobreza pode ser considerada uma situação
nejamento, que, na realidade, não resolve nada.
de transição, uma fase apenas, uma etapa necessária na mobilidade Além disso, o "bom" planejador é aquele que apresenta as chama-
ascendente. As "favelas de esperança" não foram diferenciadas das das soluções "objetivas" e "viáveis" dentro do sistema, de maneira
"favelas de desespero"? (Stokes, 1962). Essa atitude é semelhante a não abalar a sua continuidade e a afastar as soluções abrangentes,
<
z àquela que admite que as pessoas podem mudar de condição através com a alegação de serem inviáveis. De um lado, existe uma confusão
<
de soluções isoladas, como por exemplo uma iniciativa individual
""o bem orientada, educação ou capacidade empresarial. Isso faz com
deliberada entre objetividade e sobrevivência do sistema e, de outro,
< a não objetividade e as propostas de mudança.
N
que as pessoas não percam as esperanças, e ao mesmo tempo constitui
""
"o a base de uma sociedade competitiva, impedindo assim que a ideia
Conforme salientou Varsavsky (1969, p. 80), essa abordagem é mais
• fácil porque o controle dos meios de comunicação de massa constitui
de mudança conquiste terreno. Conforme salienta McGee (1971, p. uma defesa, em nome da "liberdade de expressão", contra qualquer
133), os defensores dessa posição consideram a pobreza uma condição
esforço de planejamento verdadeiramente nacional. Essa abordagem é competitivas. De acordo com Sylos-Labini (1969, p. 159), o problema
ainda mais incentivada pelo prestígio do cientificismo, ou seja, a atitu- do desemprego nesses casos é dinâmico e não estático, visto que a or-
de competitiva na ciência, em nome da modernização e da integração ganização monopolista tem uma capacidade reduzida de proporcionar
cultural; esse consumo da "cultura de submissão" (Schweizer, 1972) é emprego e desvia trabalhadores potenciais para setores da economia
alimentado através de bolsas de estudo e intercâmbio entre estudiosos em geral incapazes de oferecer salários e empregos permanentes. Não
do assunto. Como é necessário competir na arena internacional e parti- resta dúvida de que ou,tros fatores além dos puramente técnicos estão
cipar da proliferação de publicações, de acordo com o lema "publicar em jogo. As empresas maiores, principalmente as corporações multina-
ou perecer", pouco tempo resta para a reflexão sobre outros assuntos, cionais, não estão interessadas em usar técnicas de trabalho intensivo,
e menos ainda para o desenvolvimento de uma consciência política. porque as massas operárias, com suas reivindicações e poder político,
Assim, muitos estudiosos que começaram um trabalho digno de con- representam uma ameaça.
sideração desiludiram-se, enquanto outros que lutam a favor de uma Na realidade, a pobreza está aumentando nos países subdesenvolvi-
visão total do problema da pobreza sentem-se impotentes diante da dos. Isso tanto ocorre nos países que recentemente ingressaram no
grande inércia das lendas, soli~amente estabelecidas e que precisam "caminho para o progresso material" como nos que adotaram as ideias
ser desfeitas. de progresso há mais tempo. "A pobreza é até coerente com o cresci-
Essa tarefa é particularmente difícil, pois o assunto deve ser mento rápido, se o crescimento tem origem recente" (E. A. Johnson,
examinado à luz das circunstâncias em constante mudança das con- 1970), porque a modernização tecnológica produz uma crescente
dições atuais. disparidade econômica e social. Em nome do progresso e à custa de
uma injustiça cada vez maior, uma importante parcela dos recursos
Ü DESENVOLVIMENTO DA POBREZA nacionais são distribuídos de maneira a beneficiar aqueles que já são
ricos (Peter Marris, 1962, p. 131). Assim estabelece-se um círculo vi-
O modelo de modernização da economia é acompanhada, segun- cioso: à medida que a renda continua a se concentrar, o consumo dos
do Eckaus (1955, p. 548), por imposições tecnológicas que causam grupos de alta renda diversifica-se cada vez mais e o desenvolvimento
a limitação de possibilidades quanto à substituição de fatores de do perfil da demanda torna-se ainda mais inadequado, produzindo
produção. Essa rigidez impede a expansão do mercado de trabalho. uma subutilização de fatores de produção. Os pobres sofrem dupla
Com efeito, as técnicas mais eficientes para a expansão industrial são desvantagem, pois apenas têm acesso aos produtos que os empresários
concebidas como se o trabalho fosse uma mercadoria rara (Isbister, consideram lucrativos, enquanto que simultaneamente a produção de
1971, p. 33). Embora esse modelo esteja longe da perfeição nos países bens de consumo popular vai diminuindo. Isso também provoca o
desenvolvidos, nos países subdesenvolvidos constitui simplesmente uma aparecimento de um teto do emprego e limita a seleção daqueles que
aberração (Due, 1963, p. 17-18), e produz o crescimento industrial com podem associar-se ao processo da modernização.
aumento do subemprego e do desemprego. O paradoxo da situação que Portanto, as desigualdades de renda são mantidas, através de uma 'o
estrutura de produção orientada para os ramos que mais se beneficiam •
isso cria foi descrito por Singer (1970, pp. 70-71) em termos adequados: "
~
N
"a criação de emprego leva ao aumento do desemprego". da modernização tecnológica e que, consequentemente, são os mais >

Quando um mercado monopolista ou oligopolista se impõe, torna- rentáveis. Como o setor capitalista não está em posição de transferir
00
o se mais difícil absorver o trabalho excedente do que em condições uma quantidade suficiente de capital para o setor doméstico (Watters, H

""
1967, p. 19), observam-se baixas cumulativas da renda das pessoas elaboraram uma teoria em torno do tema marginalidade (A. Quijano,
ocupadas nesse setor. 1970 e 1971; F. H. Cardoso, 1971; J. Nun, 1969; R. Cardona, 1968).
Nas atividades de tecnologia intensiva, o emprego de trabalhadores Na verdade, é um velho termo usado para definir uma realidade nova.
altamente especializados exige o pagamento de salários elevados. Esses Park foi um dos primeiros a usá-lo (1928, p. 892) ao referir-se a hí-
trabalhadores não são facilmente substituíveis, o que lhes dá um poder bridos culturais, ao homem que vive "à margem de duas culturas e de
de barganha muito grande. Em São Paulo, 20,8% dos trabalhadores na duas sociedades". Tamb~m Cuber (1940, p. 28) referiu-se a "pessoas
indústria siderúrgica recebiam, em 1968, mais de Cr$ 370,00 mensais, que ocupam um lugar periférico entre duas instituições, complexos
salário esse alcançado apenas por 6% dos trabalhadores da indústria culturais ou outros segmentos sociais diferenciados, porém em grande
têxtil (Mahon, 1970, p. 67). Na Colômbia, a faixa de salários médios parte exclusivos".
de trabalhadores especializados varia de vinte para um nas indústrias Todavia, com relação ao empobrecimento de extensas camadas da
de petróleo e de vestuário. No Chile, o salário médio dos trabalhadores sociedade, decorrente da economia moderna, talvez seja impróprio
especializados na indústria metalúrgica de base é dezenove vezes maior falar em termos de marginalidade. Embora Joan Nelson tenha afirmado
do que na indústria madeireira (Ilamos, 1970, pp. 254-255). que o termo é correto (1969, p. 5), com bastante razão pergunta se na
Nessas condições, a expansão limitada das classes médias e de sua cidade os pobres consideram-se marginais. Essa população, ou super-
capacidade de consumo surge como um elemento de luta e de afirmação população, como alguns autores preferem chamá-la, não constitui um
dos setores capitalistas modernos (Niemeyer Pinheiro, 1971, pp. 36-37). excedente nas áreas rurais e não é inútil do ponto de vista econômico
Não obstante, a interpretação dos dados disponíveis leva à conclusão (Bettelheim, 1950, p. 74; Niemeyer Pinheiro, 1971, p. 14). O que
de que até mesmo essa expansão foi desacelerada recentemente. A houve foi uma distorção do processo de desenvolvimento através da
mobilidade social ascendente é seletiva e discriminatória, resultando modernização tecnológica, impedindo a participação dessa parcela da
em pressão mais intensa sobre os níveis salariais das classes baixas população denominada por McGee (1972) de "protoproletariado".
(Sunkel, 1970, pp. 46-4 7). O crescimento da classe média não torna
a distribuição da renda mais igual: ao contrário, torna-se menos igual CONSUMISMO VERSUS JGUALlTARÍSMO

(McGee, 1971, p. 28).


O crescimento é oligárquico e não igualitário (Ramos, 1970, p. Alguns autores estão atualmente começando a defender o "consu-
231), pois beneficia apenas uma minoria. A melhoria das condições de mismo", argumentando que as pessoas não tolerarão mais que lhes
alguns não é significativa do ponto de vista social, visto que a renda per seja negado aquilo que, a seu ver, é o próprio símbolo da promoção
capita da população ativa aumenta apenas nos grupos de renda mais social. Assim, para conquistá-las deve-se dar-lhes acesso aos produtos
<
z elevada. Os empregados em setores estratégicos usufruem um direito de consumo básico. No entanto, há certa recusa em definir quais são as
<
• de maior participação no produto obtido na produção capitalista em mercadorias básicas e quais não são ... Não é contraditória essa atitude?
"o troca de seu engajamento prévio na sociedade de consumo. O consumo, imposto atualmente á população, é ditado pelo sistema "o
<
N
de produção. Controlando os meios de comunicação de massa, esse •
" Não é difícil, pois, compreender porque os sociólogos da América ""
•"o
.
N
do Sul aplicaram o termo marginal às massas deserdadas, vítimas da sistema pode impor uma forma predeterminada de comportamento aos >

evolução da produção capitalista. Queriam chamar a atenção para o consumidores potenciais - isto é, pode distorcer seu perfil de demanda.
problema da pobreza, justaposto à modernização. Em consequência, Não se pode, portanto, falar de livre escolha.
CuBER, J. F. "Marginal Church Participants". Sociology and Social Research, 25
As firmas que controlam a produção controlam também o consumo,
1n s7-62, 1940.
que é uma função da renda e do crédito. Dessa maneira, subir na escala DuE, J. F. Taxation and Economic Development in Tropical Africa. Cambridge,
de consumo torna-se, paradoxalmente, um dos objetivos da "expectati- Massachusetts, MIT Press, 1963.
EcKAUS, R. S. "Factor Proportions Problems in Underveloped Areas". American
va de ascensão", esse novo tipo de ethos imposto ao cidadão comum
Economic Review, 45 (4).: 539-565, sept. 1955.
por aqueles que acumulam cada vez mais, "supranacionalmente'', os FREIRE, P. Pedagogy of the Oppressed. New York, Herder & Herder, 1968.
benefícios do trabalho de todos. ISBISTER, J. "Urban Employment and Wages in a Developing Economy: the Case
Defender o "consumismo" pode ser uma hábil manobra política of Mexico". Economic Development and Cultural Change 20 (1): 24-46, oct.
ou uma forma de oportunismo sofisticado, com o qual provavelmente 1971.
JOHNSON, E. A. The Organization of Space in Developing Countries. Cambridge,
se pode conquistar o povo e ganhar o poder, sem contudo mudar fun- Massachussets, Harvard University Press, 1970.
damentalmente a estrutura do poder - isto é, sem colocar o povo no MAHON, J. Étude de la formation et de la situacion actuelle d'une classe sociale
poder. Como Paulo Freire (1968, p. 61) salientou de forma tão sagaz nouvelle: la classe ouvriJre dans le Grand Sao Paulo (Brésil) - Projet d'étude.
Paris, Institut d'Études du Développement Economique et Social, Université
o problema da pobreza não é uma questão de integrar a população
de Paris, 1970.
pobre em uma estrutura opressiia, a fim de que possa tornar-se mais McGEE, The Urbanization Process in the Third World: Explorations in Search of
parecida com o opressor, mas, sim, de transformar essa estrutura, de a Theory. London, Bell & Sons, 1971.
___ . "Têtes de pont et enclaves. Le Probleme urbain et le processus d'urbanisation
maneira que cada indivíduo seja o que é.
dans l' Asie du Sud-Est depuis 1945". Tiers Monde, 2 (45): 115-143, jan.-mars.
Enfrentamos, portanto, um dilema: ou perpetuamos esse modo
1971.
de consumo e ajudamos os gigantes da indústria e do comércio, que ___ . Peasants in the Cities: a Paradox, a Paradox, a most Ingenious Paradox.
de forma tão frequente são considerados "opressores", ou, a fim de Hong Kong, University of Hong Kong, 1972.
eliminar sua dominação, advogamos a causa da mudança nos objeti- MARRIS, P. Family and Social Change in an African City: A Study of Rehousing in
Lagos. Evanston, Illinois, Northwestern University Press, 1962.
vos da produção, isto é, da própria estrutura de produção. Sem essa NELSON, J. Migrants, Urban Poverty and Instability in Developing Coitntries. Cam-
última medida, é impossível mudar a estrutura do consumo. Impõe-se, bridge, Cambridge, Harvard University Press, 1969.
desse modo, como tarefa preliminar, definir os modos de consumo e a NIEMEYER PINHEIRO, A. M. de. La problématique des conditions de travai/ des tra-
vailleurs urbains d'origine rurale dans les metrópoles brésiliennes dan la phase
estrutura de produção que permitirão o aparecimento de uma sociedade
actuelle de l'industrialisation. Paris, Université de Paris 1, Institut de Géographie,
igualitária, uma sociedade na qual ninguém seja dominado para que 1971 (mimeo., 49 p.).
outros possam perpetuar seu papel de dominadores. NuN,J. "Sobrepoblación Relativa, Ejército Industrial de Reserva y Masa Marginal".
Revista Latinoamericana de Sociología, 5 (2): 178-235, jul. 1969.
PARK, R. E. "Human Migration and the Marginal Man". American journal of
REFER~NCIAS BtBLIOGRÁFICAS
Sociology, 33 (6), 881-893, may 1928.
QuIJANO, A. Redefinición de la Dependencia y Marginalizatión en América Latina.
BETTELHEIM, C. Le probleme de l'emploi et du chômage dans les théories économi- Santiago, Faculdad de Ciencias Económicas, Universidad de Chile, 1970.
ques. Paris, École Pratique des Hautes Études, 1950. ___ . "Pôle marginal de l'économie et main d'oeuvre marginalisée". ln: ABDEL- o
CARDONA, R. "Migration, urbanisation et marginalité". Premier Séminaire National MALEK, A. (ed.). Sociologie de l'impérialisme. Paris, Anthropos, 1971, pp. ••"
sur Urbanisation et Marginalité, Bogotá, Antares, Tiers Monde, 1968. 301-336. N
,.
CARDOSO, F. H. "Comentaria sobre los Conceptos de Sobrepoblación Relativa y RAMOS, J. R. Labour and Development in Latin America. New York, Institute of
Marginalidad". Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, (1-2): 57-76, Latin American Studies, Columbia University Press, 1970.
jun.-dec. 1971.
SCHWEIZER, P.]. Metropolização: Uma Nova Forma de Dependência. Cambridge,
Massachusetts, Spurs-MIT, 1972 (mimeo., 22 p.).
SJNGER, H. W. "Dualism Revisited: a New Approach to the Problems of the Dual
Society in Developing Countries". The ]ournal of Development Studies, 7 (1): BIBLIOGRAFIA INTERNACIONAL
60-75, oct. 1970.
SUNKEL, O. "Desarrollo, Subdesarrollo, Depencia, Marginación y Desigualdades
Espaciales: Hacia un Enfoque Totalizante". Revista Latinoamericana de Estu-
dios Urbanos Regionales (EURE), 1 (1), oct. 1970.
STOKES, c. J. "A Theory of Slums". Land Economics, 38 (3): 187-197, aug.
1962.
SYLOS-LABINI, P. Oligopoly and Technical Progress. Cambridge, Massachusetts,
Harvard University Press, 1969.
VARSAVSKY, O. "Sobre el Problema de la Dependencia Cultural en America Latina".
Cuadernos de la Sociedade Venezolana de Planifi.cación, (70-71), dic. 1965.
WATTERS, R. F. "Economic Backwardne;>s in the Venezuelan Andes, a Study of the
Traditional Sector of the Dual Ec~nomy". Pacifi.c Viewpoint, 8 (1): 17-67,
may 1967.

ABDEL-FADIL, M. Intersectara! Terms of Trade and Transfer of Resources from


Agriculture to Non-Agricultural Activities: The Case of Egypt. Geneva, ILO,
Incarne Distribution and Employment Programme, jan. 1976.
ABRAMS, c. Man's Struggle for Shelter in an Urbanizing World. Cambridge, MIT
Press, 1964.
Asu-LUGHOD,j. "Migram Adjustment to City Life: The Egyptian Case". ln: BREESE,
G. (ed.). The City in Newly Developing Countries: Readings on Urbanism and
Urbanization. New York, Prentice-Hall, 1969.
Acc10LY BORGES, T. P. "O Comércio do Distrito Federal''. ln: COSTA PINTO, L. &
AcaOLY BORGES, T. P. (eds.). O Comércio Metropolitano do Distrito Federal.
Rio de Janeiro, Senac, 1957. o
o
AcNESSEY, D. "La femme dakaroise commerçante au détail sur le marche". ln:
SANKALE, M. (ed.). Dakar en devenir. Paris, Présence Africaine, 1968.
">
m
>
AcuILAR, A. M. Mercado Interno y Acumulación de Capital. México, Nuestro
"'z Tiempo, 1974.
z
-;
"'• AKINOLA, R. N. "The Industrial Structure of Ibadan". The Nigerian Geographical
m

"o Journal, 7: 115-130, 1964.


">z
< o
N ALBERTJNI, P. et al. Estudio Regional de Calabozo. Documento de Trabajo, Proyecto
o
""•o Venezuela II de Ias Naciones Unidas, Maracay, abr. 1969 (mimeo.). z
>
ALBIN, P. "Unbalanced Growth and Intensification of the Urban Crisis''. Urban r
• Studies, 8 (2), 1971.
BACHA, E. L. "O Subemprego, o Custo Social da Mão de obra e a Estratégia Brasi-
ALDUNATE, A. Algunas Reflexiones en Torno a las Relaciones entre Industrialización leira de Crescimento". Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, 26 (1):
y Reproducción de la Población: El Caso de San josé dos Campos. México,
105-116, jan.-mar. 1972.
Cebrap/Proelce, Reunião do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais, BAIROCH. P. Révolution industrielle et sous-développement. Paris, Sedes, 1963.
fev. 1975. BAKAcs, T. "Public Health Problems in Metropolitan Areas". ln: M!LES, S. R. 1970,
ALERS,]. O. & ArPELBAUM, R. P. La Migración en el Perú: Un Inventario de Propo-
PP· 191-213.
siciones. Lima, Centro de Estudios de Población y Desarrollo, 1968. BALAN, J. "Migrant, Native, Socioeconomic Differences in Latin American Cities:
ALESSIO, N. "Urbanização, Industrialização e Estrutura Ocupacional". Dados, (7):
A Structural Analysis". Latin American Research Review, 4 (1): 3-51, spring
103-117, 1970. 1969.
AMARAL, 1. do. Luanda: Estudo de Geogra'fia Urbana. Lisboa, Junta de Investigações BANFIELD, E. C. A Crise Urbana: Natureza e Futuro. Rio de Janeiro, Zahar, 1974,
do Ultramar, 1968. 386 p.
AMATO, P. W. "Population Densities, Land Values and Socio-Economic Classes in BARBASH, J. "Approaches to ln comes Policy: A Review Article". ]ournal of Econo-
Bogota, Colombia". Land Economic, 45 (1), feb. 1969.
mic Issues, dec. 1970.
AMIN, S. Le développement du capitalisme en Côte d'Ivoire. Paris, Minuit, 1967. BARROS, H. S. "População Ativa e Inativa". Curso de Geogra'fia da Guanabara.
___ . L'accumulation à l'échelle mondiale. Critique de Ia théorie du sous-
Rio de Janeiro, IBGE, 1968.
développement. Paris, Anthropos, 19~1. BAscow, W. R. The Esusu: a Credit Institution of the Yoruba. ]ournal of the Royal
___. "Le modele theórique d'accumula'tion et le développement dans le monde
Anthropological Institut, 82: 63-69, 1952.
contemporain. La problématique de transition". Tiers Monde, 13 (52): 703- BATA!LLON, c. Las Zonas Suburbanas de la Ciudad de México. México, Universidad
726, oct.-déc. 1972. Autónoma de México, 1968.
___ . Le développement inégal. Essai sur les formations sociales du capitalisme BAUER, P. T. West African Trade: A Study of Competition, Oligopoly and Monopoly
périphérique. Paris, Minuit, 1973. in a Changing Economy. Cambridge, Cambridge University Press, 1954.
___. Accumulation and development. Review of African Political Economy, BAUER, P. T. & YAM:EY, B. S. The Economies ofUnder-Developed Countries. Chicago,
(1), 1974. University of Chicago Press, 1957.
ANDERSON, N. "Aspects ofUrbanism and Urbanization". ln: ___. (ed). Urbanism BEAUJEU-GARNIER, J. "As Migrações para Salvador". Boletim Baiano de Geogra'fia,
and Urbanization. Leiden, E. J. Brill, 1964. (7-8), 1961-1962.
ANDERSON, R. T. "Rotating Credit Associations in lndia". Economic Development
___. Trais milliards d'hommes. Paris, Hachette, 1965.
and Cultural Change, 14, 344-349, 1965. ___ . "Les migrations vers la ville de Salvador". Les Cahiers d'Outre Mer, 1977.
ANDRADE, M. c. de, Rapport de recherche sur les villes du Nord-Est au Brésil. Paris, ___. "Large Overpopulated Cities in the Underdeveloped World". ln: ZELINSKY,
CNRS Institut de l' Amérique Latine, 1968. W. et al. (eds.). Geography anda Crowding World. New-York/London, Oxford
ANDREWS, F. & PHILLIPS, G. W. "The Squatters of Lima: Who They Are and What
University Press, 1970, pp. 269-278.
They Want". The ]ournal of Developing Areas, jan. 1970. o
BECKFORD, G. L. Persistent Poverty. Underdevelopment in Plantation Economies of o
ARAÚJO LlMA, R. R. "O Setor Informal como Alternativa para a Problemática do
Emprego". Anais do Seminário de Desenvolvimento Social. Secretaria do Tra-
the Third World. New York/London, Oxford University Press, 1972. ">•
BEcHHOFER, F. & EwoT, B. "Ao Approach to the Study of Small Shopkeepers and the >
balho e do Bem-Estar Social, Estado da Bahia, pp. 95-132. Class Structure". Archives Européenes de Sociologie, 9 (2): 180-202, 1968.
ARDANT, G. Le monde em friche. Paris, Presses Universitaires de France, 1963. z
<
z BELSHAW, c. s. Traditional Exchange and Modern Markets. Englewood Cliffs, N. .;

<

ARlv1STRONG, W. R. & McGee, T. G. "Revolutionary Change and the Third World
J., Frentice Hall, 1965. ••
,.z
City: A Theory ofUrban Involution". Civilisations, 18 (3): 353-377, 1968.
"o ARYEE, G. A. Effects of Formal Education and Training on the Intensity of Em-
BENET, F. "Sociology Uncertains: The Ideology of the Rural-Urban Continuum". n
< Comparative Studies in Society and History, 6: 1-23, 1963. o
N
ployment in the Informal Sector: A Case Study of Kumasi, Ghana. Geneva, z
""•o
BENNINGER, C. "Models of Habitat Mobility in Transitional Economies". Ekistics, >
e
!LO, sept. 1976. 29 (171): 124-127, 1970.
• AuGER, A. "Le ravitaillement vivrier traditionell de la population africaine de BERGSMAN, J. et al. "The Agglomeration Process in Urban Growth". The Urban
Brazzaville". ln: CNRS (ed.). La croissance urbaine en Afrique Noire et à
Institut Working Paper, dec. 1971, pp. 200-202.
Madagascar. Paris, CNRS, 1972, pp. 273-298.
BERLINCK, M. T. A Vida como Ela é. Tese de livre-docência. Unicamp, Campinas, BLAY, E. A. Trabalho Domesticado: A Mulher na Indústria Paulista. São Paulo,
1973. Ática, 1978, 296 p.
___. Etapas do Desenvolvimento do Capitalismo, "Relações de Classes" e o ___ . "Vilas Operárias em São Paulo" (comunicação à 30ª- Reunião Anual da
Fenômeno Urbano no Brasil: O Caso da Cidade de São Paulo. Universidade SBPC). Ciência e Cultura, 30 (7)' 170, 1978.
de Campinas, 1975. BocK, E. W. & IUTAKA, S. "Rural-Urban Migration and Social Mobility: The Con-
___ . Marginalidade Social e Relações de Classes em São Paulo. Petrópolis, troversy on Latin America". Rural Socio!ogy, 34 (3): 343-355, sepr.1969.
Vozes, 1975. BoEKE, J. H. Economics and Economic Policy of Dual Societies, as Exemplified by
___ . "Problemática das Populações de Baixa Renda no Contexto Urbano". Indonesia. Haarlem, H. D. Tjeenk Willink & Zoom, 1953.
Anais do Seminário de Desenvolvimento Social. Secretaria do Trabalho e do BoGNAR, J. Economic Policy and Planning in Developing Countries. Budapest,
Bem-Estar Social, Estado da Bahia, 1976, pp. 29-48. Akodemiai Kiado, 1968.
BERNARD, R. "The Role of Capital and Credit in a Malay Rice-Producing Village", BottANNAN, P. "Some Principies of Exchange and Investment among the Tiv".
Pacific Viewpoint, 14 (2), nov. 1973. American Anthropologist, (57): 60-70, 1955.
BERRY, B. & PRAKASA, V. S. R. Urban Rural Duality in the Regional Structure of BoHANNAN, P. & DALTON, G. Markets in Africa. Evanston, Northwestern University
Andhra Pradesh: A Challenge to Regional Planning and Development, Wisba- Press, 1962.
den, G. M. B. H., Franz Steiner Ver~g, 1968. BoLAFFI, G. "Habitação e Urbanismo: O Problema e o Falso Problema". Ensaios
BERRY, S. S. "Economic Development wil:h Surplus Labour: Further Complications de Opinião 2 (1), 73-83. 1975.
Suggested by Contemporary African Experience". Oxford Economic Papers BoLNICK, B. Demographic Effects on Tax Shares During Economic Development.
22 (2), 275-287, jul. 1970. Geneva, ILO, lncome Distribution and Employment Programme, mar. 1976.
BERNSTEINS, H. "Modernization Theory and the Sociological Study of Development". BoNDUKI, N. G. "O Espaço como Mercadoria na Periferia" (comunicação à 3().a
]ournal of Development Studies, 7 (2)' 141-160, 1971. Reunião Anual da SBPC). Ciência e Cultura, 30 (7): 22, 1978.
BETIELHEIM, C. Le problbne de f'emploi et du chômage dans fes théories économi- BoNILLA, F. "Rio's Favelas: The Rural Slum within the City". South American Series,
ques. Paris, École Pratique das Hautes Études, 1950 (polycopié, 145 p.). American University Field Staff Reports Service, 8 (3): 1-15, 1961.
___. Planification et croissance accélérée. Paris, Maspero, 1967. (Planificação BosE, A. N. The Informal Sector in the Calcutta Metropolitan Economy. Geneva,
e Crescimento Acelerado. Rio de Janeiro, Zahar, 1968). ILO,WEP/Uerp, 1974.
___. Les théories contemporaines de l'emploi. Paris, CDU, 1952. ___. "Calcutta, a Premature Metro polis". Scientific American, 213 (3 ): 91-102,
___ . Revolution-culturelle et organization industrielle en Chine. Paris, Maspero, sept. 1963.
1975. BRANT, V. c. "Do Colono ao Bóia-Fria: Transformações na Agricultura e Constitui-
BHALLA, A. S. "The Role of Services in Employment Expansion". In: GALENSON, W. ção do Mercado de Trabalho na Alta Sorocabana de Assis". Estudos Cebrap,
(ed.). Essays on Employment. Geneva, ILO, 1970. (19)' 37-92, jan-mar. 1977. ~
BIENEFELD, M. A. The Self-Employed of Urban Tanzania, Institute of development BRASIL Instituto de Planejamento Econômico e Social. Urbanização e Migração Ur- •r
bana no Brasil, por Manuel Augusto Costa. Rio de Janeiro, lpea/lnpes, 1975. o
Studies (IDS), University of Sussex, Discussion Paper n. 54, may 1974. o
___.Ministério do Interior. Mudança na Composição do Emprego e na Distri-
___ , "The Informal Sector and Peripheral Capitalism: The Case of Tanza- "•>
nia". Bul!etin, Institute of Development Studies (Brighton), 6 (3 ): 53-73, fev. buição de Renda: Efeitos sobre as Migrações Internas. Brasília, 1976. ;:
< BRASILEIRO, A. M. "A Cidade: Aspectos Políticos". ln: MELLO, D. L. (ed.). Desen-
z 1975a. z
< BIENEFELD, M. A. & GooFREY, E. M. Statistical Problems for Measuring Unem- volvimento e Política Urbana. Rio de Janeiro, Ibam, 1976, pp. 19-40. .;
• m
"o ployment and the Informal Sector Bulletin. Institute of Development Studies, BRAVERMAN, H. Labor and Monopoly Capital: The Degradation of Work in the
< Twentieth Century. New York, Monthly Review Press, 1974.
">z
N
University of Sussex, 1975b. o
• BrnNEFELD, M. A. & SABOT, R. H. An Urban Labour Force Survey for Tanzania: A BRAY, .J. M. "The Economics of Traditional Cloth Production in Iseyin, Nigeria". o
•"o Working Paper, 1971. Economic Development and Cultural Change, 17 (4): 540-551, jul. 1969. z
>
BRITO, E A. & MERRICK, T. "Migração, Absorção da Mão de obra e Distribuição r
' BLAUG, M. L'éducation et le probleme de l'emploi dans les pays en voie de dévelo-
ppement. Geneve, ILO, 1974. de Renda". I Encontro Anual da Associação Nacional de Centros de Pós-
BLAUT, J. M. "The Theory of Development". Antipode, 5 (2), 22-26, may 1973. Graduação em Economia, USP, São Paulo, 1973.
BRITTO, L. N. & CARVALHO, I. M. Condicionantes Sócio-Econômicos dos Estudantes Ministerio de Agricultura, Direción General de Comercialización, 1972.
da Universidade Federal da Bahia. Salvador, Universidade Federal da Bahia, CALLOWAY, A. "From Traditional Crafts to Modern Industry". ln: LLOYD, P. c. et al.
Centro de Recursos Humanos, 1978. (eds.). The City of lbadan. Cambridge, Cambridge University Press, 1967.
BROMLEY, R.]. "The organization of Quito's Urban Markets: Towards a Reinterpre- CAMPOS, E. L. & DE LA TORRE, S. M. "Olaria: Perpetuação de Formas de Produção
tation of Periodic Central Places". Transitions, Institute of British Geographers, Artesanal" (comunicação à 30• Reunião Anual da SBPC). Ciência e Cultura,
(62), 45-70, jul. 1974. 30 (7), 163, 1978.
___ . "Organization, Regulation and Exploitation in the So-Called 'Urban Infor- CAMPOS, L. A. da Silva & SAN'(ANA, ]. A. Mecanismos de Sustentação do Cres-
mal Sector': the Street Traders of Cali, Colombia". Paper presented at the Institut cimento. I- O terciário. Brasília, UnB, Instituto de Ciências Humanas, Depar-
of Britsh Geographers Developing Areas Study Group, one-day Conference on tamento de Economia, out. 1973.
The Urban Informal Sector in the Third World, School of Oriental and African CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito: Estudo sobre o Caipira Paulista e a Trans-
Studies, University of London, 19 mar. 1977. formação dos seus Meios de Vida. 3. ed. São Paulo, Duas Cidades, 1975.
___. "The Locational Behavior of Columbian Street Traders: Observations CANUTO, T. A. "Região Metropolitana de Salvador". Cadernos do Ceas, (45): 6-12,
and Hypotheses". Paper presented at the "Urban Poverty Session" of the set.-out. 1976.
International Congress of Latin Americanist Geographers, Paipa, Colombia, CARDONA, R. "Migration, urbanisation et marginalité". Premier Séminaire National
8-12 aug. 1977. \ sur Urbanisation et Marginalité. Division des Études de Population, Bogotá,
BROOKFIELD, H. c. Pacific Market-Places:'A Colletion of Essays. Canberra, Austra- Antares, et Revue Tiers Monde, 1968.
lian National University Press, 1969. CARDOSO, F. H. Sociologie du développement en Amérique Latine. Paris, Anthro-
___ . "On One Geography anda Third World". Transactions, Institut of British pos, 1969.
Geographers (58), mar. 1973. ___. "Comentarias sobre los Conceptos de Sobrepoblación Relativa y Margi-
BROWNING, H. L. Some Consequences of Migration on the Class Sstructure of Com- nalidad''. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, (1-2): 57-76, 1971
munities of Origin and of Destination in Latin America. Austin, The University ("Comentários sobre o Conceito de Superpopulação Relativa e Marginalidade".
of Texas, Population Research Center, 1973 (mimeo., 9 p.). O Modelo Político Brasileiro. São Paulo, Difel, 1972).
BRUN, o. & GERRY, c. A Theoretical Prelude to the Class Analysis of Petty Pro- CARDOSO, F. H. et al. Consideraciones sobre e! Desarrollo de São Paulo: Cultura y
ducers in Senegal. 1974. Participación. Eure, 1(3):43-68, oct. 1973 (Considerações sobre o Desenvol-
BUCHANAN, 1. Singapore in Southeast Asia. London, Bell and Sons, 1972. vimento de São Paulo: Cultura e Participação. Cadernos Cebrap, São Paulo,
BuJRA,j. M. "Women Entrepreneurs of Early Nairobi". Canadian ]ournal of African (14)' 9-10, Cebrap, 1973).
Studies, 9 (2)' 213-234, 1975. CARDOSO, F. H. & REYNA, J. L. "Industrialização, Estrutura Ocupacional e Estrati-
BUREAU INTERNATIONAL Du TRAVAIL. "Nations Unies, Comment déterminer si le niveau ficação Social na América Latina". Dados, (2/3), 4-31, 1967.
de l'emploi dans les pays en voie de développement est adéquat". Journal de la CARDOSO, R. L. "A Lei do Inquilinato na Favela" (comunicação à 30ª Reunião
o
Planification du Développement, BIT, (5): 160-181, 1972. Anual da SBPC). Ciência e Cultura, 30 (7): 21, 1978. r

CARNOY. M. Can Education Policy Equalize Income Distribution in Latin America? o


___ . "Eléments de stratégie d'expansion de l'emploi dans les pays en voie de o
développement". Journal de la Planification du Développement, BIT (5): 52- Geneva, ILO, aug.1975. ">
90, 1972. CARNOY, M. & KATZ, M. L. "Explaining Differentials in Earnings among Large ">
BuRGESS, R. "Informal Sector Housing? A Critique of the Turner school". Paper Brazilian Cities". Urban Studies, 8 ( 1): 21-3 7, feb. 1971.
z
presented at the lnstitute of British Geographers, Developing Areas Study Group; CARTER, c. La richesse. Paris, Stock, 1970 (Wealth, London, c. A. Watts, 1968.) -<
Conference on "The Urban Informal Sector in the Third World", University of CARVALHO, 1. Problemas de Emprego em Áreas Urbanas da Bahia. Salvador, Uni-
versidade Federal da Bahia, Centro de Recursos Humanos, 1976.
"">z
London, School of Oriental and African Studies, 19 mar. 1977. n
BuRoN, R. "La productivité en societé capitaliste, en societé marxiste et dans le Tiers CARVALHO, O. & MARTINE, G. Migrações e Urbanização: Concepção de Políticas o
Monde". Revue de la Mesure de la Productivité, (37), mai 1964. e Instrumentos para a Ordenação da Migração Interna no Brasil. Fortaleza, z
>
r
BusTAMANTE et al., SCET CoOPERATION. Estudio Nacional de Mercados de Abasteci- Banco do Nordeste do Brasil, 1977.
mento. Lima, Peru, Ministerio de Vivienda, 1970. CASES, G. "Problemes de population et perspectives économiques en Martinique et
___ . Gran Mercado Mayorista de Lima, Estudio de Factibilidad. Lima, Peru, Guadeloupe". Cahiers d'Outre Mer, 23 (92)' 379-424, oct.-dec. 1970.
KosJNSKI, L. A. & PRoTHERO, R. M. {eds.). Geography anda Crowding World.
CASTELLS,M. "Structures sociales et processus d'urbanisation: analyse comparative New York/London, Oxford University Pres, 1970, pp. 305-325.
intersociétale". Annales, Economies, Societés, Civilisations, 25 (4): 1155-1199, CLARK. c. & HAS\VELL, M. The Economics of Subsistence Agriculture. New York,
jul-aoút 1970. St. Martin, 1970.
___ .La question urbaine. Paris, Maspero, 1972. CoBOS, E. P. "La Política Urbana del Estado Colombiano". ln: CASTELLS, M. (ed.).
CASTRO, A. B. de. Sete Ensaios sobre a Economia Brasileira. Rio de Janeiro, Fo- Estructura de Clase y Política Urbana en América Latina. Buenos Aires, SIAP,
rense, 1971.
1974.
CASTRO,]. Geografia da Fome. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1946. COELHO, A. N. & MERRICK, T. ·w. Migração e Crescimento da População da Grande
___ .Geopolítica da Fome. São Paulo, Brasiliense, 1961. Belo Horizonte. Belo Horizonte, Cedeplar, 1974 (mimeo.).
CATANI, A. M. Marginalidade: Leitura de Algumas Leituras. (Material didático e
COHEN, ]. "Tiempo psicológico". ln: W. AA. La Mente y el Tiempo. Caracas,
de divulgação) s.1., 1976. Monte Ávila Editores, 1973, pp. 47-62.
CAVALCANTI, e. V. "A Renda Familiar e por Habitante na Cidade do Recife". Pes- COHEN, R. & M1cHAEL, D. "The Revolutionary Potencial of African Lumpenpro-
quisa e Planejamento Econômico, 2 (1): 81-104, jun. 1972. letariat: A Sceptical View". Bulletin, Institute of Development Studies, 5 {2-3):
CENTRO BRASILEIRO DE ANAUSE E PLANEJAMENTO (CEBRAP). A Criança, o Adolescente
31-42, University of Sussex, 1973.
e a Cidade. São Paulo, Semana de Estudos do Problema de Menores, 1973. COIMBRA, J. A. "Considerações sobre o Conceito de Qualidade de Vida". Revista
CENTRO DE ESTUDOS NOEL Nurs. "Estu\ios sobre 'Bóias-Frias"'. Cadernos, Niterói, de Cultura Vozes, Petrópolis, 71(4):261-276, maio 1978 (separata).
(3), jul. 1976. CoMHAIRE, J. "Economic Change and the Extended Family". Annals CCCV, may
CHAMPSEIX, G. et al. Contribution aux méthodes d'analyse régionale: le cas de la
1956, pp. 45-52.
ville de Sai'da. Paris, lnstitut d'Études du Développement Economique et Social, CoRNELIUS, W. A. Politics and the Migrant Poor in Mexico City. Stanford, Stanford
Université de Paris, 1972. University Press, 1975.
CHANDLER, c. The Effects of the Flow of the Private Sector Finance on Employment CORPORACIÓN VENEZOLANA DE GUYANA. VII Encuesta de Hogares. Ciudad Guyana,
in Less Developed Countries. Background paper, Cambridge Conference on
Venezuela, nov. 1969.
Development, 1970. CoRREA, R. L. "Status Socioeconômico e Centralidade: uma Interpretação". Geo-
CHARLEUX. J. L. btude sur Tindivanam, dans l'Inde du Sud. Paris, Université de
grafia, 2 (3), 51-59, 1977.
Paris, lnstitut de Geógraphie, 1970 {mimeo). CosTA, M. A. "Força de Trabalho Urbana no Brasil". IBGE, Encontro Brasileiro
CHAYANOV, A. V. "On the Theory of Non-Capitalist Economic Systems". ln: _ _ de Estudos Populacionais, 1976, pp. 430-438.
(ed.). The Theory of Peasant Economy. Homewood (Illinois), Roben lrwin, COSTA, R. Efeitos da Urbanização sobre a Estrutura Salarial das Atividades de
1966, pp. 1-28. Baixa Produtividade. Recife, set. 1971 (mimeo., 9 p.).
CHENERY, H. et al. Redistribution with Growth. Oxford, IBRD, Oxford University ___ . Sharing the Responsibility for Development. Londres/Rio de Janeiro, Banco
Press, 1974. Nacional da Habitação, 1971.
CHIPETA, c. "Reflexions on Earnings, Migration and Unemployment". Manpower CorLER, J. "The Mechanics of Internai Domination and Social Change in Peru".
and Unemployment Research, 9 (1): 55-60, apr. 1976. Studies in Comparative International Development, (3): 229-246, 1967.
CHOLDIN, H. M. "Urban Cooperatives at Comilla, Pakistan: A Case Study of CoTIEN, A. M. "lntroduction à l'étude des petites villes de la Côte d'lvoire". Cahiers
Local-Level Development". Economic Development and Cultural Change, 16
Orstom, Paris, 6 (1), 61-70, 1970.
< (2), 189-218, jan. 1968.
z COULAUD, P. "Base de la Organización para el Desarrollo Urbano". Seminário
< CHOLLET, J. et al. Estudio Regional de Coro y Punto Fijo. Documento de Trabajo.
• Regional sobre Desarro!lo Urbano-Regional, Caracas, Cordiplan, CVF, OEA,
"o Caracas, P.royecto Venezuela II, 1969.
jul. 1973.
< CHUDACOFF, H. P. A Evolução da Sociedade Urbana. Rio de Janeiro, Zahar, 1977, COUTINHO, R. L. Operdrio de Construção: Estudos das Relações entre Migração
N

""•o
344 p. Rural-Urbana e Formação da Classe Operária Brast'leira. Fortaleza, tese apre-
CLARKE, c. G. "Population Pressure in Kingston, Jamaica: a Study of Unemployment sentada ao concurso de livre-docência de Sociologia na UFF, maio 1975.
' and Overcrowding". Transactions and Papers, lnstitute of Britsh Geographers, CoUTSINAS, G. "À propos des deux circuits de l'économie urbaine: Un exemple
(38), 165-182, 1966. algérien''. Tiers Monde, 16 (64): 773-781, out-dec. 1975.
___ . "An Overcrowded Metropolis Kingston, Jamaica". ln: ZELINSKY, W.;
CouvREUR-LARAICHI, F. Beni-Mellal, une vil/e marocaine. Université de Strasbourg, ln: SouTHALL, A. (ed.). Social Change in Modern Africa. New York, Oxford
1973 lmimeo.I. University Press, 1961.
CUBER, J. F. "Marginal Church Participants". Sociology and Social Research, 25 DEWEY, A. Peasant Marketing in]ava. New York, The Free Press of Glencoe, 1962.
111, 57-62, 1940. DIÉGUES, M. "Urban Employment in Brazil". International Labour Review (Geneva),
CurERTINO, F. A Concentração da Renda no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização 93 161, 643-657, 1966.
Brasileira, 1976. DoHERTY, J. M. The Role of Urban Places in Socialist Transformation. University
CURRIE, L. Una Política Urbana para los Paises en Desarrollo. Bogotá, Ediciones of Dares Sallam, Department of Geography, feb. 1974.
Tecer Mundo, 1965. DONNANGELO, M. c. F. & FERREIRA, L. Saúde e Sociedade. São Paulo, Duas Ci-
D'ALEssro, P. "Descontração e Descentralização" (comunicação à 30ª Reunião Anual dades, 1976.
da SBPC). Ciência e Cultura, 30171' 400,1978. DoRE, R. et al. The Basic Arithmetic of Youth Employment: Estimates of School
DALTON, G. Economic Anthropology and Development: Essays on Tribal and Outputs and Modern Sector Vacancies for 25 countries, 1973 and 1980. Ge-
Peasant Economies. New York/London, Basic Books, 1971. neva, ILO, mar. 1976.
___ , "Peasantries in Anthropology and History". Current Anthropology, 13 DORJAHN, V. D. "African Traders in Central Sierra Leone''. In: BoHANNAN, P. &
13-41, 385-415, 1972. DALTON, G. (eds.). Markets in Africa. Norrhwestern University Press, 1962,
DASGUPTA, B. "Underemployment and Dualism, a Note". Economic Development pp. 61-88.
and Cultural Change, 12 121, J\,n. 1964. DRAKAKis-SMITH, D. W. "Traditional and Modern Aspects of Urban Systems in
___ . "Calcutta's Informal Sector". Bulletin, lnstitute of Development Studies, the Third World, a Case Study in Hong Kong". Pacific Viewpoint, 12 ( 1 ): 21-
5 12-31' 53-74, oct. 1973. 40, may 1971.
DATOO, B. A. & GRAY, A. J. B. Underdevelopment and Regional Planning in the DucOFF, L. The Migrant Population of a Metropolitan Area in a Developing
Third World: A Criticai Overview. Paper presented at the Regional Seminar of Country: A Preliminary Report on a Case Study of San Salvador. lnternational
the Commonwealth Geographical Bureau, Dares Salaam, sept. 1976. Population Conference. New York, 1961 (London, Unesco, 1963).
DAVIES, D. An Essay on Employment Concepts: The Definition of Labor Forces in DuE, J. F. Taxation and Economic Development in Tropical Africa. Cambridge
Terms ofSocialization. Unpublished paper presented to Seadag ad hoc seminar (Massachussets), MIT Press, 1963.
on "Short Term Employment Creation Prospects in Southeast Asia", 1973. DURHAN, E. A Caminho da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1973.
DAYAL, P. "Population Growth and Rural Urban Migration in lndia". National DuRROUX, Y. La superpopulation relative. Paris, Université de Paris-Vincênnes,
Geographical ]ournal of India, 70' 179-185, dec. 1959. mars 1970 lpolycopiél.
DELGADO, c. Problemas Sociales en el Peru contemporáneo. Lima, Instituto de EAMES, E. & GoonE, J. G. Urban Poverty in a Cross Cultural Context. New York,
Estudios Peruanos, Campodonico Ediciones, 1971. Free Press, 1973.
DEMAS, W. G. The Economies of Development in Small Countries with Special ECKAUS, R. S. "The Factor Proportions Problem in Underdeveloped Areas". The
Reference to the Caribbean. Montreal, McGill University Press, 1965. American Economic Review, 45 (4): 539-565, sept. 1955.
DEMYK, N. "Le systême des échanges commerciaux au Guatémala: Réflexions sur EISENSTADT, S. N. Modernization: Protest and Change. Englewood Cliffs, N. J.
l'étude des structures spatiales aux différents échelles". L'espace géographique, Prentice-Hall, 1966.
131, 177-182, 1975. ELIZAGA, J. c. "A Study of Migration to Greater Santiago (Chile)". Demography,
DENIS, P. Y. "La structure urbaine en Republique Argentine: Le cas de Buenos Aires". 3 121, 352-377, 1966.
z
Cahiers de Géographie de Québec 111221, pp. 43-53, 1967. ELKAN. W. "Circular Migration and the Growth of Towns in East Africa". Inter- .;
n
ÜEPARTANIENTO INTERSINDICAL DE ESTATfSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DTFESE). national Labour Review, 96 (6): 581-589, 1967.
_ _ _ . "Urban Unemployment in East Africa". International Affairs 46: 517-
,">
"Família Assalariada: Padrão e Custo de Vida". Estudos Socioeconómicos, n
São Paulo, (2), jan. 1973. 528, jul. 1970. o
DERVIN, B. & GREENBERG, B. S. "The Communication Environment of the Urban EMI, K. "Employment Structure in the Service Industries". The Developing Econo- z
>
n
Poor". ln: KuNE, F. G. & TICHENOR, P. J. (eds.). Current Perspectives in Mass mics, 7 121, 133-157, jun. 1969.
Communications Research. London, Sage, 1972. EMMANUEL, A. L'échange inégal: Essais sur les antagonismes dans les rapports
DEVAUGES, R. "Bien-être et promotion social chez les salariés africains de Brazzaville". économiques internationaux. Paris, François Maspero, 1969.
EMMERIJ. L. "A New Look at Some Strategies for Increasing Productive Employment FoxLEY, A. The Role of Asset Redistribution in Poverty: Focused Development
in Africa". International Labour Review 110 (3), sept. 1974. Strategies. Geneva, ILO, jan. 1976.
ERDENS, A. D. A Conurbação Barcelona-Puerto La Cruz e sua Região. Caracas,
FoxLEY, A et ai. What Does Social Security Do to Incomes? Geneva, ILO, Income
1969 (mimeo., 45 p.). Distribution and Employment Programme, jul. 1976.
ESPADA, A. de. Estudio de la Comercialización Minorista en Lima Metropolitana.
FoxLEY, A. et al. Net Incidence of Government Expenditures, Taxation and Social
Lima, Ministerio de Agricultura, Informe n. 18, 1971. Security. Geneva, ILO, WEP, feb. 1977.
Ewus1, R. Employment Performance of Ghanaian Manufacturing Industries. Ge- FRAENKEL, L. M. "Questionamentos sobre o Mercado de Trabalho das Regiões
neva, ILO, jan. 1977. Metropolitanas Brasileirâs e Suas Relações com as Migrações Internas". IBGE,
FANON, F. Les damnés de la terre. Paris, François Maspero, 1961 (The Damned.
Encontro Brasileiro de Estudos Populacionais: 319-330, 1976.
tras. Constance Farrington. Paris, Présence Africaine, 1963). FRANÇA, M. C. Pequenos Centros Paulistas de Função Religiosa. São Paulo, Instituto
FAPOHUNDA, O.]. Development of Urban Infrastructure in Greater Lagos. Geneva,
de Geografia, USP, 1975 (2 vols.).
ILO, may 1976. FRANK ]R., c. R. "The Problem of Urban Unemployment in Africa". ln: RIDKER,
FARBMAN, M. Policy Planning for Employment and Income Distribution in Rural
R. G. & LuBELL, H. (eds.). Employment and Unemployment Problems of the
India. Geneva, ILO, dec. 1976. Near East and South Asia. Delhi, Vikos Publications, 1971.
FARIA, V. E. Occupational Marginality, Employment and Poverty in Urban Brazil. ___ . "Urban Unemployment and Economic Growth in Africa". Oxford Eco-
Cambridge (Massachussets), Har~ard University Press, jun. 1976. nomic Papers (New Series), 20 (2): 250-274, jul. 1968.
FARIA, V. "Pobreza Urbana, Sistema Urbano e Marginalidade". Estudos Cebrap, FRANKENHOFF, c. A. "Elements of an Economic Model for Slums in a Developing Eco-
São Paulo, (9): 29-151, jul-set.1974. nomy". Economic Development and Cultural Change, 16 (1): 27-36, 1967.
FAROOQ, G. "The People of Karachi, Economic Characteristics". Monograph in . "Economic Activities". ln: UNITED NATIONS (ed.). Improvement of Slums
the Economic Development, (15), Karachi, Pakistan lnstitute of Development and Uncontrolled Settlements. New York, 1971, pp. 127-149.
Economics, jul, 1966. FRANKLIN, S. H. "Reflections on the Peasantry". Pacific Viewpoint, 3: 1-26, 1962.
FAUSTO, B. Trabalho Urbano e Confiito Social. São Paulo, Difel, 1976. ___. "Systems of Production: Systems of Appropriation". Pacific Viewpoint, 6
FEDER, E. Recent Trends Affecting Unemployment and Poverty. Paper presented at (2): 145 166, 1965.
the 2"ci Conference on Research in Latin America, Copenhagen, may 1973. ___. "The Self-Employed Society: Social Structure, Exports and National De-
FEI, J. c. H. & RANIS, G. Development of Labour-Surplus Economy: Theory and velopment". Paci"fi,c Viewpoint, 10 (1): 29-56, may 1969.
Policy, Homewood (Illinois), Richard D. Irwin, 1964. FRANKMAN, M. Rapid Urbanization in Latin America: A Key to Development.
_ _ _ . "Agrarianism, Dualism and Economic Development". ln: ADELMAN, 1. McGill University, jun. 1969 (mimeo., 19 p.).
& TttORBECKE, E. (eds.). The Theory and Design of Economic Development. ___. Employment in the Servies in Developing Countries: A Reappraisal. Mon-
Baltimore, The Johns Hopkins Press, 1966, pp. 3-43. treal, McGill University, nov. 1970 (mimeo., 13 p.).
FERREIRA DOS SANTOS, c. N. The Possibilities of Developing Policies Supporting FREEMAN, D. B. Development Strategies in Dual Economies: A Kenyan Example.
Autonomous Housing in Underdeveloped Countries: The Bras de Pina Rede- African Studies Review, 18 (2): 17-33, sept. 1975.
velopment Project Case. Cambridge, MIT, dec. 1971 (mimeo.). FREIRE, L. A. R. et ai. "O Efeito da Renda no Comportamento Espacial dos Consumi~
FIRTH, R. Malay Fisherman: Their Peasant Economy. London, Kegan Paul, Trench, dores". Comunicação ao 3 ºEncontro Nacional de Geógrafos. Associação dos
Trubner, 1946. Geógrafos Brasileiros, Fortaleza, 1978, pp. 245-248.
F1RTH, R. & YAMEY, B. S. Capital, Saving and Credit in Peasant Societies. London, FREIRE, P. Pedagogy of the Oppressed. New York, Herder & Herder, 1968. (Peda-
Allen and Unwin, 1964. gogia do Oprimido. 5. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978 ).
< F1sK, E. K. The Significance of Non Monetary Economic Activity for Development.
N FR!EDLANDER, S. L. Labor Migration and Economic Growth: A Case Study of Puerto
• Scminar Paper, Department of Economics, Research Schnol of Paciflc Studics, Rico. Cambridge, MIT Press, 1965 .
"o• Australian National Univcrsity, 1971 . FRIEDMANN, ]. Regional Development Policy: A Case Study of Venezuela. Cam-
' FLINN, W L. "The Process of Migration to a Shantytown in Bogotá". International bridge, MIT Press, 1966.
Economic Affairs, autumn 1968. ___ . The Spatial Organization of Power in the Development of Urban Sys-
FLlITTMAN, A. G. "Employment and Incomes inLusaka". Working Paper B21, DPU, 1974. tems. Los Angeles, University of California, School of Architecture and Urban
Planning, jul.1972. GERRY, C. Petty Producers and the Urban Economy: A Case Study of Dakar. Ge-
FRIEDMANN, J. & LACKINGTON, T. Hyperurbanization and National Development in neva, ILO, WEP/Uerp, 1974.
Chile: Some Hypothesis. Santiago, Urban Development Program (Cidu), The ___ . "The Wrong Side of the Factory-Gate: Casual Workers and Capitalist In-
Catholic University of Chile, nov. 1966 (mimeo., 38 p.). dustry in Dakar". Manpower and Unemployment Research in Africa, Montreal,
FRIEDMANN, J. & SULLIVAN, F. The Absorption of Labor in the Urban Economy: The 9 (2): 17-27, nov. 1976.
Case of Developing Countries. Los Angeles, School of Architecture and Urban GJLCHRIST, c. "The Organization of Distribution in Ghana". The Economic Bulletin,
Planning, University of California, oct. 1972 (mimeo., 42 p.). Ghana, 5 (1), may 1961.
FRIEDMANN, J. & WuLFF, R. "The Urban Transition: Compara tive Studies of Newly GINNEKEN, Would van. Characteristics of the Heat of Household and Incarne
Urbanizing Societies''. London, Edward Arnold, 1975. Inequality in Mexico. Geneva, ILO, Income Distribution and Employment
FRYER, D. W. "The Development of Cottage and Sn1all Scale Industries in Malaya and Programme, jul. 1975.
in South-East Asia". The ]ournal ofTropical Geography, 17: 92-98, may 1963. GoDFREY, M. "The International Market in Skills and the Transmission of Inequality".
FUKUDA, A. et ai. Estudio para e! Desarrollo Urbano dei Sector Marginado. Univer- Manpower and Unemployment Research, Senegal, 9 (1): 40-54, apr. 1976.
sidad Nacional de Ingeniería, Escuela de Arquitectura, mar. 1973 (2 vols.). GoLDING, P. T. F. "An Enquiry into Household Expenditure and Consumption and
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Inquérito sobre Consumo Familiar em Algumas Cidades Sale of Household Produce in Ghana". The Economic Bulletin of Ghana, 6
Brasileiras. Rio de Janeiro, FGV, 1968. (4): 11-33, 1962.
FURTADO, C. Dévelopment et sous-léveloppement. Paris, Presses Universitaires de GOMEZ, O. M. "Bogotá Informal Sector Survey". Progress Report, 1974.
France, 1966 (Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, 1961). GONÇALVES, G. et ai. Women's Participation in Economic Activity as a Strategic Factor
___. Um Projeto para o Brasil. Rio de Janeiro, Saga, 1968. of Change Infertility: The Cases of Mexico an.d Costa Rica. Geneva, ILO, nov.
GALBRAlTH, J. K. The Atfluent Society. New York, Houghton Mifflin, 1969. 1976.
GARCfA, e. Movilidad Ocupacional: Análisis de una Encuesta en Cinco Ciudades GoRMSEN, E. "Consideiations on the Formation of Central Places Systems in De-
Colombianas. Bogotá, Centro de Estudios sobre Desarrollo Economic (Cede), veloping Countries". ln: ADAMS, T. P. & HELLEINER, F. M. (eds.). lnternational
Faculdad de Economía, Universidad Los Andes, Monografia 26, set. 1968. Geography, 1972 (published for the 22ntl International Geography Congress).
GARCIA, J. P. Condiciones dei Proceso de Industrialización de Barquisimeto. Tese. Toronto, University ofToronto Press, 1972, pp. 1292-1295.
Venezuela, Merida, Instituto de Geografia, Universidad Los Andes, 1970. GouoET, F. Croissance et rénovation urbaines en milieu tropical: Étude socio-éco-
GARLICK, P. c. African Traders and Economic Development in Ghana. Oxford, nomique du quartier d'assainissement à Point-à-Pitre. Guadeloupe, Université
Claredon Press, 1971. de Bordeaux, Institut de Géographie, 1969 (mimeo.).
GAVAN, J. "Un Enfoque Económico de la Pobreza Urbana". Eure, 1 (3): 69-93, GouLET, D. The Cruel Choice: A New Concept in the Theory of Development.
oct. 1971. New York, Atheneum, 1971.
GAVIRIA, J. et ai. Contribución ai estudio dei desempleo en Colombia. Bogotá, Cen- GRABOIS, G. P. Em Busca da Integração: A Política de Remoção de Favelas no Rio
tro de Investigaciones Económicas, Universidad de Antioquia y Departamento de Janeiro. Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa
o
Administrativo Nacional de Estadística, 1971, pp. 19, 33, 51, 153a, 172. de Pós-Graduação em Antropologia Social, UFRJ, fev. 1973. o
GEERTZ, C. "The Rotating Credit Association: A 'Middle Rung' in Development". ___. "Considerações sobre o Processo de Inserção do Migrante à Sociedade "•>
< Economic Development and Cultural Change, 10 (3): 241-263, 1962. Urbano Industrial: Um Estudo de Caso na Periferia da Região Metropolitana >
z ___. Peddlers and Princes: Social Change and Economic Modernization in Two do Rio de Janeiro". Trabalho apresentado no I Encontro Brasileiro de Estudos z
< .;
• Indonesian Towns. Chicago, The University of Chicago Press, 1963 . Populacionais, Rio de Janeiro, 1974.
"o
<
GEISSE, G. & HARDOY, J. E. "Regional and Urban Development Policies: A Latin Ame- GRAHAM, D. H. "Divergent and Convergent Regional Economic Growth and Inter- ""z>
N rica Perspective". Latin American Urban Research, Beverly Hill, Sage. 1972. na! Migration in Brazil - 1940-1960". Economic Development and Cultural o
w
GERMANI, G. "lnquiry into rhe Social Effects of Urbanization in a Working-Class Change 18 (3): 362-382, apr. 1970. o
•o" GRANT, J. "Marginal Man". Foreign Affairs, 50 (1): 112-124, 1971.
z
Sector of Greater Buenos Aires". ln: HAUSER, P. M. (ed.). Urbanization in Latin >
~

America. New York, lnternational Documents Service, 1961, pp. 206-233. GRUGLER, J. "The lmpact of Labour Migration on Society and Economy in Sub-
___. "Mass lmmigration and Modernization in Argentina". ln: HoRowrrz, I.(ed.). Saharian Africa: Empirical Findings and Theoretical Considerations". African H
o
Masses in Latin America. New York, Oxford University Press, 1970. Social Research 6: 463:486, University of Zambia, dec. 1968. H
GRIFFIN, K. "lntroduction: Monopoly Power, Material Progress and the Economic Comparative Exemples). Brighton, Institut ofDevelopment Studies, University
Surplus". ln: GRIFFIN, K. (ed.). Financing Development in Latin America. Lon- of Sussex, jan. 1972.
don, MacMillan, 1971. HALLET, R. People and Progress in West Africa: An Introduction to the Problems
___ . Financing Development in Latin America. London, MacMillan, 1971. of Development. Oxford, London, Pergamon Press, 1966.
GROVE, D. & HuszAR, L. The Towns of Ghana: The Role of Service Centers in HALPENNY, P. "Getting Rich by Being 'Unemployed': Some Political lmplications
Regional Planning. Accra, Ghana University Press, 1964. of 'Informal' Economic Activities in Urban Areas not usually Represented in
Gu1CHARD, A. L'urbanisation dans le Tiers Monde. Paris, Secretariat des Missions Official Indices". Unpublishedpaper delivered to Universities Social Sciences
d'Urbanisme et Habitat, 1967. Conference, Nairobi, 1972.
GUNDER FRANK, A. "Urban Poverty in Latin America". Studies in Comparative HANDING, G. Female Labour Supply in an Urbanizing Economy. Geneva, ILO, n.
International Development, 2 (5), 1969a. 5, 1976.
___ . Latin America: Underdevelopment or Revolution. New York, Monthly HARBERGER, A. c. "Monopoly and Resources Allocation". American Economic
Review Press, 1969b. Review 44 (2): 73-87, may 1954.
___. Lumpenbourgeoisie: Lumpendevelopment Dependence, Class and Politics HARDING, G. M. Concepts of Labour Force Participation and Underutilisation.
in Latin America. New York, Monthly Review Press, 1972. Geneva, ILO, jul. 1976.
GUPTA, A. P. The Rich, the Poor and the Taxes They Pay in India: A Study of HARK, O. Rural to Urban Migration and Some Economic Issues: A Review Utilising
Central Government Taxes~and Their Impact on Income Distribution and Findings of Surveys and Empirical Studies Covering the 1965-1971 Period.
Patterns of Consumption. Geneva, ILO, Income Distribution and Employment Geneva, ILO, may 1976.
Programme, jan. 1975. HARRIS, J. R. Industrial Entrepreneurship in Nigeria. (Thesis). Evanston, North-
GuRMENDI TovAR, L. Esquema para un Analisis de la Dinâmica Urbana en Villa El western University, 1967.
Salvador. Tesis de Bachiller. Lima, Universidad Nacional de Ingeneria, 1972. HARRIS, J. R. & ToDARO, M. A Two-Sector Model of Migration with Urban Unem-
GusFIELD, J. R. "Tradition and Modernity: Misplaced Polarities in the Study of Social ployment in Developing Countries. Cambridge, MIT Department of Economics,
Change". The Americanfournal ofSociology, 72 (4): 351-362, 1967. Working Papers n. 33, dec. 1968.
GUTKIND, P. C. w "The Energy of Despair: Social Organization of the Unemployed ___. "Urban Unemployment in East Africa: An Economic Analysis of Policy
in Two African Cities: Lagos and Nairobi". Civilisations, 17 (3-4), 1967. Alterna tives". East African Economic Review 4 (2): 17-36. 1969.
___ . "African Responses to Urban Wage Employment". International Labour ___ . "Migration, Unemployment and Development: a Two-Sector Analysis".
Review, 97 (2): 135-166, feb. 1968. American Economic Review 60 (1): 126-142. march 1970.
_ _ _ . "The Poor in Urban Politics inAfrica". ln: SCHMANDT, H. J. & BLOOMBERG, HART, K. "Small-Scale Entrepreneurs in Ghana and Development Planning". Joumal
W. (eds.). Power Poverty and Urban Policy. Beverly Hill, Sage Publication, of Development Studies, 6 (4): 104-120, 1970.
__. "Informal Income Opportunities and Urban Employment in Ghana". The •
1968, pp. 355-396. •
___. "The Socio-Political and &onomic Foundations of Social Problems in Journal Of Modern African Studies, 11 (1): 61-89, 1973. "o
African Urban Areas: An Exploratory Conceptual Overview. Civilisations, 22 ___ . "The Politics of Unemployment in Ghana". African Affairs, 75 (301): o
(!), 18-34, 1972. 488-497, out. 1976. •>
HARVEY, D. A Question of Method for a Matter of Survival. Johns Hopkins Uni-

GUYOT, F. Essai d'économie urbaine. Paris, LGDJ, 1968. >
HAGE SOBRJNHO, J. "A Urbanização Brasileira: Cidades em Busca de Equilíbrio". versity, Department of Geography, may 1973 (mimeo., 43 p.). z

•"z
Trabalho apresentado ao XII Encontro Nacional de Vereadores, Caxias do Sul ___ .Social Justice and the City. London, Edward Arnold, 1973. H

(Rio Grande do Sul), jun. 1976 (mimeo.). HASWELL, M. The Nature of Poverty. London, McMillan, 1975.
HAUSER, P. M. A New Approach to the Measurements of the Workforce in Develop- >
HAGEN, E. E. On the Theory of Social Change. Homewood (Illinois), The Dorsey n
Press, 1962. ing Areas. Cyclostyled paper for limited circulation, 1971. o
z
HAGUE, D. c. The Role and Problems of Indigenous Private Enterprise in Economic ___ . "Population Change and Development in Manpower, Labour Force, Em- >
~

Development. The Economic Bulletin, Ghana, 12 (2-3): 27-36, 1968. ployment and Income". Cyclostyled paper prepared for Unecafe Seminar on
HALE, D. The Theory and Practice of the Intermediate Employment Sector (Pre- Population Aspects of Social Development. Bangkok, 1972. H

HAUSER, P. M. et ai. La Urbanización en América l.Atina. New York, Unesco, 1962. o


liminary Selective View Based on Kenya, the Fabricating Sector and some
"'
HAVENS, E. & FuNN, W. L. "Diffusion of Agricultural Inovations as a Factor of HIRSCHMAN, A. O. The Strategy ofEconomic Development. New Haven, Yale Uni-
Social Change". ln: ___. (eds.). Internai Colonialism and Structural Change versity Press, 1958 (Stratégie du développement économique. Paris, Économie
in Colombia. New York, Praeger Publishers, 1970. et Humanisme, Éditions Ouvriêres, 1964).
___ . Internai Colonialism and Structural Change in Colombia. New York, HoBSBAWM, E. Introduction to Karl Marx: Pre-Capitalist Economic Formations.
Praeger Publishers, 1970. London, Lawrence & Wishart, 1964.
HAWKINS, H. C. G. Wholesale and Retail Trade in Tanganyka: A Study in Distri- HoDDER, B. W. "Rural Periodic Day Markets in Part Yorubaland". Transactions
bution in East Africa. New York, Praeger Publishers, 1965. (Institut of British Geographers), 29: 149-151. 1961.
HAY, A. M. & SMlTH, R. Interregional Trade and Money Flows in Nigeria, 1964. ___ . "Markets in Yorubaland". ln: HODDER, B. W. & UKWU, U. I. (eds.). Markets
lbadan, Oxford University Press, 1970. inWest Africa. lbadan, lbadan University Press, 1969, pp. 3-109.
HAZARI, B. R. "Foreign Aid, Conspicuous Consumption and Domestic Savings: ___. "The Yoruba Rural Market". ln: BoHANNAN, P. & DALTON, G. (ed.). Markets
Some Theoretical Observations" ]ournal of Development Studies, 12 (2): in Africa. Evanston (IL), Northwestern University Press, 1972, pp. 103-118.
___. "Urban Growth and Markets in West Africa". Colloque sur la Croissance
197-207, jan. 1976.
J.; LuBELL, H. & MouLY, ]. Urban Development and Employment in
HEATI-IER, Urbaine en Afrique Noire et à Madagascar, Bordeaux, 1970.
Abidian. Geneva, ILO, WEP/Uerp, out. 1974 (Abidian, urbanisation et emploi HODDER, B. W. & UKWU, U. 1. Markets in West Africa. Ibadan, Ibadan University _
en Côte d'Ivoire. Genêve, ILO, 1(76). Press, 1969.
HELLINGER, Stephen & HELLINGER, Doú.glas. Unemployment and the Multinationals: HOFFMAN, H. A Sudene e a Industrialização do Nordeste. Monografia n. 13, Rio
A Strategy for Technological Change in Latin America. Port Washington (New de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, Escola lnteramericana de Administração
York), Kennicat Press Taylor Pub., 1976. Pública, s.d. (mimeo.).
HENLEY,]. S. "Employment Relationship and Economic Development: The Kenyan ___ .Desemprego e Subemprego no Brasil. São Paulo, Ática, 1977, 184 p.
Experience". The ]ournal of Modern African Studies, 11 (4): 559-589, 1973. HOFFMAN, R. "Informações Necessárias para a Análise da Distribuição Pessoal da
HENRY, R. A Note on Incarne Distribution and Poverty in Trinidad and Tobago. Renda no Brasil". Estudos Cebrap, 1(21):159-167. jul.-set. 1977.
HOFMEISTER, R. "Growth with Unemployment in Latin America: Some Implications
Geneva, ILO, oct. 1975.
HERBERT, W. "The Informal Sector: The lmplications of the ILO's Study of Kenya". for Asia". ln: RIDKER, R. G. & LUBELL, H. (ed.). Employmentand Unemployment
African Studies Review, 17 (1): 205-212, apr. 1974. Problems of the Near East and South Asia. London, Vikas Publication, 1971.
HERRICK, B. H. Urban Migration and Economic Development in Chile. Cambridge, HoGAN, D.]. & BERLINCK, M. T. "Migration and Social Mobility in São Paulo: An
Analysis of Declining Job Opportunities in Brazil's Industrial Capital in the 20rh
MIT, 1965, 125 p.
H1GGINS, B. H. "The Dualistic Theory of Underdeveloped Areas". Economic De- Century". Paper preparado para Annual Meetings of the American Sociological
velopment and Cultural Change, 4 (2): 99-115, jan. 1956. Association, Montreal, Canadá, aug. 1974.
HoGAN, D.; KOWARICK, L. et ai. Cidade: Usos e Abusos. São Paulo, Brasiliense,

___ . Economic Development, Principies, Problems and Policies. New York, W. •
~

W. Norton & Co., 1959. 1978, 166 p. o


HOLLINGSWORTH, L. W. The Asians of East Africa. London, New York, Macmillan,
___. "Review of Fei and Ranis' Development of Labour Surplus Economy". "">
Economic Development and Cultural Change, 14 (2): 237, jan. 1966. 1960. •
___ . "Urbanization, lndustrialization and Economic Development". ln: BREYER, HOPKINS, K. Hong-Kong, the Industrial Colony. A Political, Social and Economic >
G. H. (ed.). The Urban Explosion in LatinAmerica. lthaca (New York), Cornell Survey. Hong-Kong, London, Oxford University Press, 1971. z
University Press, 1967.
HosELITZ, B. "Urbanization and Economic Growth in Asia". Economic Development ""
HILL, P. "Some Characteristics of Indigenous West African Economic Enterprise". and Cultural Change 6, (1): 42-54, oct. 1957. ">z
___. "Generative andParasitic Cities". ln: HosELlTZ, B. (ed.). SociologicalAspects
The Economic Bulietin, Ghana, 6 (1): 3-14, 1962.
of Economic Growth. Glencoe Free Press, 1960.
"o
_ _. "Markets in Africa''. The]ournal of Modem African Studies 1: 441-453, 1963. z
___."A Plea for Indigenous Economics: The West African Example". Economic ___. "The Role of Urbanization in Economic Development". ln: TURNER, R. (ed. ). >
~

Development and Cultural Change, 15 (1): 10-21, oct. 1966. Indian's Urban Future. Berkeley, University of California Press, 1962.
___. Studies in Rural Capitalism in West Africa. Cambridge, Cambridge Uni- ___. Interaction between Industrial and Pre-lndustrial Stratification Systems". ln: H
o
SMELSER, N. ]. & LIPSET, S. M. (ed.). Social Structure and Mobility in Economic
versity Press, 1970. "'
Development. Chicago, Aldine, 1968, pp. 177-193.
lsBISTER, J. "Urban Employment and Wages in a Developing Economy: The Case of
Ho'WE, C. "The Level and Structure of Employment and the Sources of Labor Supply
Mexico". Economic Developmentand CulturalChange, 20 (1): 24-46, oct.1971.
in Shangai, 1949-1957". ln: LEWIS, J. W. (ed.). The City in Communist China.
ITAGAKI, Y. "A Review of the Concept of the Dual Economy". The Developing
Stanford, Stanford University Press, 1971, pp. 215-234.
Economies, 6 (2), 143-157. june 1968.
HoYT. E. Economic Sense and the East African. Africa, 22 (2): 165-170, 1952.
IUNES, M. et al. Estado Nutricional de Crianças de 6 a 60 meses no Município de
HsJA, R. & CHAU, L. c. Income Distribution and Employment Characteristics:
São Paulo. São Paulo, Instituto de Medicina Preventiva da Escola Paulista de
Hong-Kong 1971. Geneva, ILO,WEP/ldep, 1975.
Medicina e Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, 1975.
HUTCHINSON, B. "The Migrant Population of Urban Brazil". America Latina, 6 (2):
Ivo, A. B. L. Pesca: Tradição e Dependência: Um Estudo dos Mecanismos de
41-71, apr.-jun. 1963.
Sobrevivência de uma Atividade "Tradicional" na Área Urbano-Industrial de
IANNI, O. Estado e Planejamento Econômico no Brasil, 1930-1970. Rio de Janeiro,
Salvador. Salvador, Universidade Federal da Bahia, 1975.
Civilização Brasileira, 1971.
]ELIN, E. "Formas de Organização da Atividade Econômica e Estrutura Ocupacio-
IKONICOFF, M. "Les deux étapes de la croissance en Amérique Latine". Tiers Monde,
nal". Estudos Cebrap, (9): 51-78, jul.-set. 1974.
10 (37): 177-198. 1969.
___ ."Trabalho Feminino na Bahia". Dados, (12), 1976.
___. "Les investisséments étrangers en Amérique Latine''. Tiers Monde, 9 (44).
]Esus, C. M. de. Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada. Rio de Janeiro,
oct.-dec. 1970.
Francisco Alves, 1963.
ILPEs/CELADE. Elementos para la Eldboración de una Política de Desarrollo con
joHNSON, E.A. The Organization of Space in Developing Countries. Cambridge,
Integración para America Latina. Santiago, 1968 (mimeo.).
Harvard University Press, 1970.
INSTITUTE OF DEVELOPMENT STUDIES (IDS). "The Informal Sector and Marginal
joNES, G. W. "The Employment Characteristics of Small Towns in Malaya". Malayan
Groups". Bulletin (IDS), 5 (2-3): 158-170, oct. 1973.
Economic Review, 10 (1): 44-72, 1965.
INTERNATIONAL LABOUR 0FFICE - ILO (ver também Organização Internacional do
___ . "Underutilization of Manpower and Demographic Trends in Latin AmeM
Trabalho -OIT). "Unemployment of the Educated in Ceylon". ln: ILO (ed.).
rica''. International Labour Review, 98 (5): 451-459, 1968.
Matching Employment Opportunities and Expectations. A Program of Action
]ORDAO NETIO, A. "Considerações a Propósito da Estrutura Profissional de Migran-
for Ceylon. Geneva, 1971.
tes Nacionais no Estado de São Paulo". Revista de Sociologia, 27 (4), dez.
___ . "Employment, lncomes and Equality: A Strategy for Increasing Productive
1965.
Employment in Kenya". Technical Paper (17), Geneva, ILO, 1972.
__ . "Aspectos Econômicos e Sociais das Migrações para São Paulo". São Paulo,
___. Employment in Africa. Critica! Issues. Geneva, ILO, 1973.
Departamento de Migrantes, 1970.
___. "Education and Employment Project". Progress Report, (3), Geneva,
]OUVIN,]. ]. "Le rôle des transports dans l'intégration économique de l' Amérique
ILO,dec. 1975.
Latine". Cahiers des Amériques Latines, 1, 1968.
___ . Employment, Growth and Basic Needs. Geneva, ILO, 1976. •
JuRKAT, E. H. Employment and Value Added on the Regions and Vilayets ofTurkey,
___ . "Research and Action Programme Concerning Income Distribution and •
1935-1960; 1977-1985. Ankara, Ministry of Reconstruction and Resettlement, :
Employment''. Progress Report, (4), Geneva, ILO, jan. 1976. o
1966. o
___ . World Employment Programme Research in Retrospect and Prospect.
KAHL, J. A. "Social Stratification and Value in Metropolis and Provinces: Brazil and •>
Geneva, ILO, 1976. ">
Mexico''. America Latina, 8 (1): 23-34. 1965.
INUKAI, 1. The Legal Framework of the Informal Sector. Limuru Conference,
KAMARA, L. "lntegration fonctionnelle et développement acceleré en Afrique". Tiers z
1973. Monde, (48). oct.-déc. 1971. -;
lsAAc, B. L. Traders in Pendenbu, Sierra Leone: A Case Study in Entrepreneurship
(tese de doutorado não publicada). University of Oregon, Departament of
KAMERSCHEN, D. R. "Further Analysis of Overurbanization". Economic Develop- •"
z
ment and Cultural Change, 17 (2): 235-253, 1969. >
Anthropology, 1969. n
KAPLAN, D. '"The Mexican Marketplace Then and Now". ln: HELM,J. (ed.). Essays o
____ . "Business Failure in a Developing Town: Pendembu, Sierra Leone". Human z
in Economic Anthropology. Seattle, University of Washington Press, 1965. >
Organization, 30 (3), 288-294, fall 1971. ~
(dedicated to the memory of Karl Polanyi).
____. "Peasants in Cities: Ingenious Paradox or Conceptual Muddle". Human
KAR, N. R. "Economic Character of Metropolitan Sphere of Influente of Calcutta".
Organization, 33 (3): 251-257. 1974.
The Geographical Review oflndia, 2' 108-138, 1963.
KAMARCK, A. M. "El Clima y el Desarrollo Económico". Finanzas y Desarrollo,10 KoLKO, G. "Blaming the Poor for Poverty". New Politics, 3 (2), 1965.
(2), 2-8, jun. 1973. KoTIER, H. "Changes in Urban-Rural Relationships in Industrial Society". ln:
KATZIN, M. F. "Partners: a Informal Savings Institution in Jamaica''. Social and ANDERSON, N. (ed.). Urbanism and Urbanization. Leiden, E. ]. Brill, 1964,
Economic Studies, 8 (4), 436-440. dec. 1959. pp. 21-29.
___ . "The Jamaican Country Higgler". Social and Economic Studies, 8 (4): KoWARICK, L. "Capitalismo, Dependência e Marginalidade Urbana na América
297-331. sept. 1960, Latina: Uma Contribuição Teórica". Estudos Cebrap, (8). abr-jun. 1974.
KAYSER, L. "La survie imprévue du Tiers Monde". Tiers Monde, 12 (47): 515-524, _ _ . Capitalismo e Marginalidade na América Latina. Rio de Janeiro, Paz e
juin-sept. 1972. Terra, 1975. ·
KEDDIE, J. "The Mass Unemployment Explosion". For Eastern Economic Review, ___ . "Favela como Fórmula de Sobrevivência" (comunicação à 30ª Reunião
82 (52), 41-43, 1973. Anual da SBPC). Ciência e Cultura, São Paulo, 30 (7), 22-23. 1978.
KELLEY, A. e. Demographic Change and the Size of the Government Sector. Geneva, KowARICK, L. & CAMARGO, c. P. F. de. Problemas Quantitativos e Qualitativos da
ILO, mar. 1976. Educação no Estado de São Paulo. São Paulo, Cebrap, 1971 (mirneo.).
KENDE, P. L'abondance est-elle possible? Paris, Gallimard, 1971. KowARICK, L. et ai. "O Cidadão da Marginal". Argumento, Rio de Janeiro, 1 (1):
KERSTEN, W. & WoHLMUTH, K. "Political Economy of Employment Loca ti o o: Some 112-131. out. 1973.
Critical Remarks on the Possibilitifs of Employment Creation in Dependent KowARICK, L.; BRANT, V. c. et ai. São Paulo 1975: Crescimento e Pobreza. 4. ed.
Economies". ln: WoHLMUTH, K. (e'd.). Employment Creation in Developing São Paulo, Loyola, s.d., pp. 1-55.
Societies. New York, Praeger, 1973, pp.15-40. KRITZ, E. & RAMOS,]. La Situación Ocupacional de Santo Domingo y Santiago de
KERTON, R. "An Economic Analysis of the Extended Family in the West Indies". los Caballeros. Análisis de dos Encuestas Experimentales de Mano de Obra.
The Journal of Development Studies, 7 (4)' 423-434, jul. 1971. OIT, 1973.
l<HALAF, S. & SHWAYRI, E. "Family Firms and Industrial Development: The Lebanese KuzMIN, S. A. The Developing Countries, Employment and Capital Investment.
Case". Economic Development and Cultural Change, 15 (1): 59-69. oct. 1966. New York, White Plans, lnternational Arts and Sciences Press, 1969.
KILBY, P. "Organization and Productivity in Backward Economies''. Quarterly LABARTHE, C. Quelques aspects du développement des villes au Laos. Université de
Journal of Economics, 76 (2): 303-310, may 1962. Bordeaux, Institut de Géographie, 1969.
___. Entrepreneurship and Economic Development. New York, Free Press, LACOSTE, Y. "Le concept du sous développement et la géographie". Annales de
1971. Géographie, 1966, pp. 644-670.
K1M, K. S. "Labour Force Structure in a Dual Economy: A Case Study of South LAKDAWALA, D. T. "Work, Wages and Well-Being in an Indian Metropolis". ln: UNI-
Korea". International Labour Review, 101(1):35-48, 1970. VERSITY OF BoMBAY (ed.). Economic Survey of Bombay City. Bombay, 1963.
KING, K. "New Light in Africa: Kenya's Candle-Markers". Appropriate Technology LAMBERT, D. "L'urbanisation accélérée de l'Amérique Latine et la formation d'un
secteur tertiaire refuge". Civilisations, 15 (2): 158-170; (3): 309-325; (4): •
Conference, University of Edinburgh, sept. 1973. •r
___. Skill Acquisition in the Informal Sector of an African Economy: The 447-492. 1965.
o
Kenyan Case. S.I, jan. 1973. ___. Les mécanismes de l'inégalité sociale enAmérique Latine. Paris, Êconomie o
___. "Kenya's Informal Machine-Makers: A Study of Small-Scale Industry in Kenya's et Hurnanisme, aollt 1968. ">
Emergent Artisan Society". World Development, 2 (4-5): 9-28. apr. 1974. ___. L 'urbanisation spontanée et la loi des trais secteurs. Colloque Franco- ">
<
z K1SHOR, B. & SING, B. P. Indian Economy through the Plans. New Delhi, National Canadien de Québec, set. 1968. z
< .;
• Publishing House, 1969 . _ _ . "Niveaux de développement et degrés de participation-Amérique La tine".

""< KocHAV, D. & HoLGER, B. et al. "Financing the Development of Small-Scale Indus- Cahiers Vilfredo Pareto, Revue Européenne des Sciences Sociales, (24): 43-88, ""z
>
N tries". StaffWorking Paper, (191), IBRD. nov.1974. Geneve, Librairie Droz, 1971. o
" Koowo, E. The Development of Manufacturing Industries in Ghana and the _ _ . Les économies du Tiers Monde. Paris, Arrnand Colin, 1974. o
•"o Governments Role in It. Geneva, ILO, Income Distribution and Employment LAMICQ, H. M. Réalité et limites du rôle de la ville de Maturin dans l'organisation
z
>
r
' Programme, jan. 1976. de /'espace de l'état Monagas (Venezuela). Université de Paris, Institut de Géo-
KoGA, M. "Traditional and Modern Industries in lndia". The Developing Econo- graphie, nov. 1969 (mimeo., 136).
mics, 6 (3), 300-323, sept. 1968. LANDER, L. & FUMES,]. c. "Desarrollo Urbano y Vivienda en el Ámbito del De-
sarrollo Nacional". Seminario Regional sobre Desarrollo Urbano-Regional.
LE BRUN, O. & GERRY, c. "Petty Producers and Capitalism". Review of African
Political Economy, 5(3)' 20-32. jan.·apr. 1976.
Cordiplan, CVF, OEA, Caracas, jun. 1973 (mimeo., 24 p.). LECAILLON, J. & GERMIDIS, D. Les disparités de revenus entre salariés et travailleurs
LANGONI. e. G. Distribuição de Renda e Desenvolvimento Econômico do Brasil.
indépendants dans les secteurs non-agricoles au Senegal, Cameroun, Mada-
Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1973. gascar et Cote d'Ivoire. Genêve, ILO, Incarne Distribution and Employment
LAQUIAN, A. A. Slums are for People: The Barrio Magsaysay Pilot Project in Urban
Programme, mar. 1974.
Community Development. Local Manila Government Center, College of Public
___. Parte des salariés dans le revenu national et développement économique.
Administration, University of Phillippines, 1968. Genêve. ILO, Income Distribution and Employment Programme, mars 1974.
___. "Slums and Squatters in Southeast Asia". ln: ]AKOBSON, L. & PRAKASH, V.
LE CHAU, M. "Problêmes économiques du commerce regional, région de Bouaké,
(ed.). Urbanization and National Development. Beverly Hill, Sage, 1971, vol.
République de Côte d'lvoire". Bulletin de Liason, Sciences Humaines, Orstrom,
1 South and Southeast Asian Urban Affairs, pp. 183-203.
(3), jan. 1966.
LASSERRE, G. Libreville. Paris, Armand Colin, 1958. LEDERMAN, E. "Los Recursos Humanos en el Desarrollo de América Latina: Notas
___. "Le Costa Rica". Revista Geográfica, (66), jun. 1967.
para una Política". Cuadernos dei Ilpes, série 2 (Anticipos de investigación)
___. "Les mécanismes de la croissance et les structures démographiques de Libre
o. 9, 1969.
ville (1953-1970)". ln: CNRS (ed.), La croissance urbaine en Afrique Noire et
LEE, M. G. & BARRINGER, H. R. A City in Transition: Urbanization in Taegu, Korea.
à Madagascar, 1972, pp. 719-738. \
Seoul, Hollym, 1971.
LASSUDRIE-DucHÊNE, B. "Les coúts de la croissance économique". Diogêne (56),
LEEDS, A. "The Significant Variables Determining the Character of Squatter Settle-
1966. ments". America Latina, 12 (3): 44-86, jul. 1969 (Também em FUNES, J. (ed.).
LASUÉN, J. R. "Tecnologia y Desarrollo: Reflexiones sobre el Caso de America Lati-
La Ciudad y la Región para el Desarrollo. Caracas, Comisión de Administración
na". ln: FUNES, J.c. (ed.). La Ciudad y la Región para el Desarrollo. Caracas,
Pública, 1972, pp. 313-381).
Comisión de Administración Publica, 1972, pp. 1-66.
LEEDS, A. & LEEDS, E. "Brazil and the Myth of Urban Rurality: Urban Experience,
LAURENTI, R. Alguns Aspectos da Mortalidade de Crianças Menores de 5 anos em
Work and Values in 'Squatments' of Rio de Janeiro and Lima". ln: FIELD, A.
três Áreas Brasileiras. Trabalho apresentado à 25ª Reunião Anual da SBPC,
J. (ed.). City and Country in the Third World. Cambridge, Schenkman, 1970
jul. 1973. (Também em FUNES,J. (ed.). La Ciudad y la Región para el Desarrollo, Caracas,
LAVAREDA, J. H. Abastecimento da Cidade de Recife em Carne e Leite. Boletim
Comisión de Administración Pública, 1972, pp. 101-175).
Carioca de Geografia, 14 (1·2), 1961.
___ .A Sociologia do Brasil Urbano. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.
LAWSON, R. The Distributive System in Ghana: A Review Article. The ]ournal of
LEJARS, J. Contribution à la connaissance de la situation industrielle de Vientiane
Development Studies, 3 (2), 195-205, 1967.
(Laos). Université de Paris, Institut de Géographie, 1971 (mimeo., 145 p.).
___. "The Markets for Food in Ghana". ln: WHETAM & CURRIE (ed.). Readings
LEONOR J. M. D. Education and Productivity: Some Evidences and lmplications.
Applied Economics in Africa. Cambridge University Press, 1967, pp.173-192.
Geneva, lLO, Education and Employment Research Project, jan. 1976.
___. "Review of Peter Kilby, African Enterprise - 1966". ]ournal of Modern
LEWIN, H. et ai. Mão de obra no Brasil: Um Inventário Crítico. Petrópolis/Genebra/
African Studies, 1967, pp. 594-596.
Rio de Janeiro, Vozes/ILO/PUC, 1977.
___. "The Supply Response of Retail Trading Service to Urban Population
LEWIS, O. The Children of Sanchez. New York, Penguin, 1964.
Growth in Ghana". ln: MEILLASSOUX, c.
(ed.). The Development of lndigenous
___ .La Vida. New York, 1965.
<
Trade and Markets in West Africa. London, Oxford University Press, 1971, z
z ___ . "The Culture of Poverty". Scientifican American, 215 (4 ): 19-25, oct. 1966
.;
< m
• pp. 377-398 . (La Cultura de la Pobreza. Barcelona, Anagrama, 1972). ">z
"o LEACOCK, E. "The Concept of Culture and the Culture of Poverty". ln: LEACOCK,
___ . "The Possessions of the Poor". Scientific American, pp. 113-124, oct. 1969. n
< E. (ed.). The Culture of Poverty: A Critique. New York, Simon & Shuster,
N
LEWIS, W. A. "Economic Development with Unlimited Supplies of Labour". ln: o
• 1971, pp. 9-37. z
"•o LEBRET, L. J. Suicide ou survie de l'Occident? Paris, Éditions Ouvriêres, 1958.
AGARWALA, H. N. & SINGH, S. P. (eds.) The Economics of Underdevelopment. >
~

Bombay, Oxford University Press, pp. 400-449.


LEBRUN, O. Mécanismes de dissolution, conservation, développe1nent de l'artisanat.
___ . "Unemployment in Developing Countries". The World Today, 3: 13-22, 1967. H
Publication n. 27, Bureau Regional de l'Unesco pour l'éducation en Afrique, H
LEYS, c. Limits of African Capitalism: The Monopolistic Petty-Bour Geoisie in H
Dakar, 1973.
Kenya. Development Trends in Kenya, 1972. MACHADO DA SrLVA, L. A. "A Política na Favela". Cadernos Brasileiros, 9 (3): 35-
___ . Interpreting African Underdevelopment: Reflections on the ILO, Report 47, maio-jun. 1967.
on Employment, Incomes and Equality in Kenya. Cydostyled paper for limited ___ .Mercados Metropolitanos de Trabalho Manual e Marginalidade. Disserta-
circulation, Institute of Commonwealth Studies, University of London, 1973. ção de mestrado. Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Antropologia
LLOYD, P. e. "Craft Organization in Yoruba Towns". Africa, 23 (1): 30-44. jan. Social, UFRJ, Museu Nacional, 1971.
1953. MACHADO DA StLVA, L. A. & FERREIRA DOS SANTOS, e. N. "Les politiques d'intervention
Loso, E. M. L. América Latina Contemporânea: Modernização, Desenvolvimento dans les favelas". Éco:iomie et Humanisme, (186): 53-60, mars-avril 1969.
e Dependência. Rio de Janeiro, Zahar, 1970, 200 p. MADDISON, A. Economic Progress and Policy in Developing Countries. London,
LOPES,]. R. B. "Aspects of the Adjustment of Rural Migrants to Urban-Industrial Aleen & Urwin, 1970.
Conditions in São Paulo, Brazil". ln: HAUSER, P. M. (ed.). Urbanization in Latin MADEIRA, F. "Força de Trabalho no Brasil (1940-1970)". Cadernos Cebrap, (15):
America. Unesco, 1961, 331p. 26-37. 1976.
___ .Desenvolvimento e Mudança Social. 3. ed. São Paulo/Brasília, Nacional/ MADEIRA, F. & SINGER, P. "Estrutura de Emprego e Trabalho Feminino no Brasil:
INL, 1976. (1920-1970)". Cadernos Cebrap, (13): 5-45, 1975.
Lól'EZ, G. et al. La Artesanía en el Departamento de Antioquia (Medellín). Servicio MAHBOOB, E. The Informal Urban Sector and the Development in Pakistan. Bri-
Nacional de Aprendizaje (Sena), naayo 1968. ghton, University of Sussex, Institute of Developing Studies.
LornN, J. J. "La croissance urbaine àe Saint-Louis du Senegal". Colloque sur la MAHON, J. Étude de la formation et de la situation actuelle d'une classe sociale
Croissance Urbaine en Afrique Noire et à Madagascar, Paris, CRNS, 1972. nouvelle: la classe ouvriere dans e Grand São Paulo (Brésil). Projet d'étude.
LoUPY, E. Problemes posés parle ravitaillement des marches de Vientiane. Université Institut d'Études du Développement Economique et Social, Université de Paris,
de Paris IV, 1971 (mimeo., 86 p.). 1970 (dact., 103 p.).
LouRElRO, M. R. G. Parceria e Capitalismo. Rio de janeiro, Zahar, 1977, 136 p. MANGlN, W. "Latin American Squatter Settlements: A Problem anda Solution".
LoWY, P. "L'artisanat dans les Médinas de Tunis et de Spax". Annales de Géographie, Latin America Research Review, 2 (3): 65-98, 1967.
85 (470): 473-493, juil.-aoút 1976. ___. "Squatter Settlements". Scientific American, 217 (4): 21-29, 1967.
LuBELL, H. Calcutta: Its Urban Development and Employment Prospects. Geneva, ___. Peasants in Cities: Readings in the Anthropology of Urbanisation. Boston,
!LO, 1974. Houghton Mifflin, 1970.
___. Urbanization and Employment, Insights from a Series of Case Studies of NlARCONDES, M. J. A. "O Problema Urbano dos Equipamentos Coletivos: Análise
Third World Metropolitan Cities. Geneva, ILO, WEP/Uerp, nov. 1974. de Sua Evolução Histórica nas Sociedades Dependentes" (comunicação à 30•
___. Mission Report: New York, jamaica, Brazil, West Africa. Geneva, ILO, feb. Reunião Anual da SBPC). Ciência e Cultura, São Paulo, 30 (7): 20, 1978.
1974. MARGULIS, M. Migración y Marginalidad en la Sociedad Argentina. Buenos Aires,
Lux, A. "Les avantages économiques du parasitisme dans les villes africaines". Folia Paidós, 1968. •
Scientifica Africae Centra/is, 5 (3): 49-53, juil. 1959. MARICATO, E. T. A Proletarização do Espaço sob a Grande Indústria. O Caso de
o
LYDALL, H. Income Distribution during the Process of Development. Geneva, ILO, São Bernardo do Campo, na Região da Grande São Paulo. Dissertação de o
Income Distribution and Employment Programme, feb. 1977. mestrado. São Paulo, FAU-USP, fev. 1977. •>
___. Unemployment in Developing Countries. Geneva, ILO, feb. 1977. MARIGATO, E. & PAMPLONA, T. A Penetração dos Bens "modernos" na Habitação "
MABDGUNJE, A. L. "The Evolution and Analysis of the Retail Structure of Lagos, Proletária. São Paulo, FAU-USP, ago. 1977 (mimeo.). z
.;
Nigeria". Economic Geography, 40 (4): 304-323, oct. 1964. MARRlS. P. Family and Social Change in a African City. A Study of Rehousing in
___ . "Geography and the Problems of the Third World". International Social Lagos. Northwestern University Press, 1962. •"z
Sciencesfournal, 27 (2): 288-302. 1975. MARTIN A. The Marketing of Minar Crops in Uganda: A Factual Study. London, >
r
MAcDoNALD, L. D. & MAcDoNALD,]. S. "Motives and Objectives of Migration: Her Majestys's Stationery Office, 1963. o
Seletive Migration and Preferences toward Rural and Urban Life". Social and MARTINEZ Rio, J. "Los Campesinos Mexicanos: Perspectivas en el Processo de
z
>
r
Economics Studies 17: 417-434. dec. 1968. Marginalización". ln: W. AA. El Perfil de México en 1980. México, 1972,
.MAcEwAN, A. "Stability and Change in Shantytown". ]ournal of British Sociological tomo III. H
H
Association, 6 (1): 41-57, jan. 1972. MAsoN, E. S. "Monopolistic Competition and the Growth Process in Less Deveio- w
West Malaysia". ln: ÜWYER, D.]. (ed.). The City as a Centre of Change. Hong
ped Countries: Chamberlin and Schumpeterian Dimension". In: KUENNE, R. E.
Kong, Hong Kong Univesity Press, 1971, pp. 108-124.
(ed.). Monopolistic Competition Theory: Studies in Impact. New York, John
______ . "Têtes de ponts et enclaves: Le probleme urbain et le processus
Wiley, 1967, pp. 77-104.
d'urbanisation dans l'Asie du Sud-Est depuis 1945". Tiers Monde, 12 (45),
MATA. M. et al. Migrações Internas no Brasil: Aspectos Econômicos e Demográficos.
115-143, 1971.
Rio de Janeiro, lpea/Inpes, coleção Relatórios de Pesquisa n.19, 1973.
___. The Urbanization Process in the Third World: Explorations in Search of
MATAILLET,D. RoMAIN, D. & URDANETA, G. Essai d'analyse d'une économie urbaine:
a Theory. London, Bell & Sons, 1971.
le cas de Tlemcen (Algérie). Université de Paris, Mémoire ledes, 1973.
___ .ln Praise ofTradi~ion: Towards a Geography of Anti-Development. Artigo
MATOS-MAR,]. "Migration and Urbanization". ln: HAUSER, P. M. (ed.). Urbanization
não publicado apresentado em Anzas Conference, Perth, 1973.
in Latin America, Unesco, 1961.
___ . "Peasants in the Cities: a Paradox, a Paradox, a most lngenious Paradox".
___. "Urbanización y Barriadas en América dei Sur". In: Instituto de Estudios
Human Organization, 32 (2) 135-142, 1973.
Peruanos (ed.). Urbanización, Migraciones y Cambias en la Sociedad Peruana.
_ _. Hawkers in Hong Kong: A Study of Policy and Planning in a Third World City.
Lima, 1968, 2 vols.
Monograph of the Centre of Asian Studies, University of Hong Kong, 1974.
M.AUNDER, W. F. Employment in an Underdeveloped Area: A Sample Survey of
___. "Malay Migration to Kuala Lumpur City: Individual Adaptation to the
Kingston, jamaica. New Haven, Yale University Press, 1960.
City" ln: Du TOIT, B. M. & SAFA, H. (eds.). Migration and Ethnic Identity.
MAzA ZAVALA, D. F. Venezuela, una Economía Dependiente. Caracas, Universidad
The Hague, 1974.
Central de Venezuela, 1964. ~
___. "Peasants in Cities: Ingenious Paradoxou Conceptual Muddle, a Reply".
___ . "Reflexiones sobre la lntegración Latinoamericana". Revista Latinoame-
Human Organization, 33 (3): 251-257. 1974.
ricana de Economía, (2): 57-84, México, Instituto de Investigaciones Econó-
___. Policies for the Urban Informal Sector of the Less Developed Countries.
micas, 1969.
Artigo. The Australian National University, Research School of Pacific Studies,
___. Explosión Demográfi,ca y Crecimento Económico. Caracas, Universidad
Department of Human Geography, oct. 1974.
Central de Venezuela, Ediciones de la Biblioteca, 1970.
___. The Persistence of the Proto-Proletariat: Occupational Structures and
___. "População e Recursos Naturais: Limites Estruturais e Paradoxo da Tec-
Planning of the Future World Cities. Australian National University, Research
nologia". Boletim Paulista de Geografia, (4): 29-35. 1978.
School of Pacific Studies, Department of Human Geography, april 1974 (mi-
MAZUMDAR, D. The Theory of Urban Underemployment in Less Developed Coun-
meo., 60p).
tries. IBRD StaffWorking Paper (198), feb. 1975 (mimeo.).
___. "Hawkers and Hookers: Making out the Third World City. Some Asian
___. The Urban Informal Sector. IBRD, Staff Working Paper (211), jul. 1975.
Examples". Manpower and Unemployment Research, 9 (1): 3-22. apr. 1976.
___. The Rural-Urban Wage Gap, Migration and the Shadow Wage. IBRD, 1975.
McGEE, T. G. & YEUNG, Y. Hawkers in Selected Southeast Asian Cities: A Prelimi-
M'BUY, L. V. "Habitat et urbanisme à Kinshasa". Bul!etin SMUH (58-59), 1970. ~
nary Analysis. Artigo não publicado apresentado na Conference on Hawkers
McCALLUM, J. D. Bogotá: Urban Development, Realities and Plans. Geneva, ILO, •r
in Southeast Asian Cities. Kuala Lumpur, 1973.
WEP 2-19/WP 14, 1975. o
McGINN. N. F. & DAVIS, R. G. Human Resource Development in Ciudad Guayana, n
McCLEARY, W. M. et al. Equipement versus Employment, a Social Cost Benefi,t
Analysis of Alternative Techniques of Feeder Road Construction in Thailand.
Venezuela. Cambridge, Harvard University Centre of Studies in Education and ">
'
Development. Occasional Paper n. 2, april 1967.
Geneva, ILO, 1975.
< McKAY,]. Commercial Life in Freetown. Free Town, Sierra Leone University Press, z
z McGEE, T. G. The Southeast Asian City. A Social Geography of the Primate Cities H
< 1968, pp. 65-76. r
• ofSoutheast Asia. London, G. Bell & Sons, 1967 .
"o ___. Dualism in the Asian City: The Implications for City and Regional Plan-
McKEE, D. L. Some Reflections on Urhan Dualism in Mature Economies. Kent "z>
< State University, 1971 (mimeo., 10 p.). n
N
ning. Hong-Kong, Centre of Asian Studies, Reprint Series n. 20, University of
McKEE, D. L. & LEAHY, W. "Urbanization, Dualism and Disparities in Regional o
""•o Hong Kong, 1970. z
Economic Development". Land Economics, 46 (1): 82-85, feb. 1970. >
___ . "Catalysts or Cancers? The Role of Cities ln Asian Society". ln: JAKOBSON, r
___ . lntra-Urban Dualism in Developing Economies. Land Economies, 46 (4):
" L. & PRAKASH, V. (ed.). Urbanization and National Development. Beverly Hill,
486-489, nov. 1970. H
Sage, 1971, pp. 157-181. H
McLouGHLJN, P. F. "The Sudan's Three Towns: A Demographic and Economic Profile
___ . "Rural-Urban Migration in a Plural Society: A Case Study of Malays in "'
of an African Urban Complex; Output and Expenditure (Part II)". Economic ___ . "Market Systems and Whole Societies". Economic Development and
Development and Cultural Change, 12 (3), 286-304. apr. 1964. Cultural Change, 12 (4), 444-448, jul. 1964.
MEDINA, C. A. A Favela e o Demagogo. São Paulo, Martins, 1964. ___. "The Employment of Capital by Market Women in Haiti". ln: FIRTH, R.
MEILLASSOUX, c. Urbanization of an African Community: Voluntary Associations &YAMEY, B. S. (ed.). Capital, Savings and Credit in Peasant Societies. Chicago,
in Bamako. Seatle, University of Washington Press, 1968. Aldine, 1964, pp.256-286.
___. The Development of Indigenous Trade and Markets in West Africa. London, ___. "Men, Women and Trade". Comparative Studies in Society and History
Oxford University Press, 1971. 13, 247-269, 1971.
MEU.o, M. C. d'I. e. O Bóia-Fria: Acumulação e Miséria. 3. ed. Petrópolis, Vozes, 1976. MrRACLE, M. P. "African.Markets and Trade in the Copperbelt". ln: BoHANNAN, &
MELO, M. L. Metropolização e Subdesenvolvimento, o Caso do Recife. Recife, DALTON, G. ed Markets in Africa. Evanston, Northwestern University Press,
Editora UFPE, 1978. 1962, pp. 698-738.
MENAUGE, J. Les petits commerces de détail dans l'agglomération de Point-à-Pitre. MrSSEN, G. J. & LoGAN, M.1. "National and Local Distribution Systems and Regional
Institut de Géographie, Université de Bordeaux, mai 1969 (mimeo.). Development: the Case of Kelantan in West Malaysia". Antipode, (1), 1977.
MERHAN, F. Incarne Distribution in Iran: The Statistics ofinequality. Geneva, ILO, MOISÉS, J. A. & MA.RTINEZ-ALLIER, V. "A Revolta dos Suburbanos ou Patrão, o
oct. 1975. Trem Atrasou". Trabalho apresentado à XXVII Reunião Anual da SBPC,
___ . Taxes and Incarnes: Distribution of Tax Burdens in Iran. Geneva, ILO, Brasília, 1976.
Idep, dec. 1975. \ MOORE, W. E. Social Change. New Jersey, Prentice Hall, 1963.
MERRICK, T. W. "Labor Absorption and Traditional Urban Sectors". ln: CEDEPLAR MoRRIS, R. N. Sociologia Urbana. Rio de Janeiro, Zahar, 1972, 250 p.
(ed.). Migração Interna e Desenvolvimento Regional. Belo Horizonte, 1977. MoRRISON, L, Intra-national migrations in Latin America. Artigo apresentado no GGR
___ . Informal Sector Employment in Brazil: A Case Study for Belo Horizonte. 441, University of Toronto, Department of Geography, dec. 1972 (dact., 37 p).
Belo Horizonte, Cedeplar!UFMG, jan. 1974. MoRSE, D. A. "Unemployment in Developing Countries". Political Science Quar-
___ . "Employment and Earnings in the Informal Sector in Brazil: The Case of terly, 85 (61), 1-13, 1976.
Belo Horizonte". ]ournal of Developing Areas, 16: 337-354, 1976. MoRSE, R. "Latin American Cities in the 19rh Century: Approaches and Tentative
MERRY, M. & HARVEY, D. People, Povertyand Wealth: The Geography of Develop- Generalizations". ln: MORSE, R. (ed.). The Urban Development of Latin America
ment. London, Colins, 1972, 96 p. 1750-1920. Stanford, Center for Latin American Studies, Stanford University,
MEYER, R. L. A Communication Theory of Urban Growth. 2. ed. Cambridge, 1971, pp. 1-21.
MIT Press, 1965. MoRTIMORE, M. J. "Some Aspects of Rural-Urban Relations in Kano, Nigeria". ln:
MILLER, D. R. The Dynamics of Human Resources Development in Turkey and CNRS. La croissance urbaine en Afrique Noire et à Madagascar. Paris, 1972.
Their Implications for Employment and Incarne Distribution. Geneva, ILO, MosER, c. A. & KALTON, G. Survey Methods in Social Investigation. S.l., s. c.
Idep, dec. 1975. 1971. •

___ .Internacional Migration o{Turkish Workers: Special Case in the Public Po- MoTTI, P. Mécanismes commerciaux et organisation de /'espace dans un pays sous-
õ
licy of Incarne Distribution and Employment. Geneva, ILO, ldep, feb. 1976. développé: les {aires de la région de Salvador, Bahia (Brésil). Toulouse, Université o
MILLER, D. R. "The Relevance of Surplus Labour Theory to the Urban Labour de Toulouse, Institut de Géographie, 1970 (mimeo., 143 p.). •>
MoULY,j. "Some Remarks on the Concepts ofEmployment, Underemployment and

Markets of Latin America". International Institute for Labour Studies Bulletin,
(8), 220-245, 1971. Unemployment". International Labour Review, 105 (2): 155-160, 1972. zH
MILLER JR., V. P. "Towards a Tipology of Urban-Rural Relationships". The Profes- MouRA, H. A. & CoELHD, J. O. Migrações para as Grandes Cidades: Intensidade e m
sional Geographer, 23 (4), 319-323, oct. 1971. Características Demográficas. Fortaleza, Banco do Nordeste do Brasil, 1975. •z
MuKHERJEE, R. "Urbanization and Social Transformation in lndia". ln: ANDERSON, >
MrNrz, S. W. "The Role of the Middleman in the Internai Distribution System of a o
Caribbean Peasant Economy". Human Organization, 15 (2): 18-23, 1956. N. (ed.). Urbanism and Urbanization. Leiden, E.]. Brill, 1964, pp. 78-110. o
z
___ . "Interna! Market Systems as Mechanisms of Social Articulation". American MUKHERJEE, R. & S1NGH, B. Social Profiles of a Metropolis. Bombay, Asian Pu- >
~

Ethnological Annual Spring Meeting Proceedings, 1959, pp.20-30. blishing House, 1961.
___. "Pratik: Haitian Personal Economic Relations". Proceedings of the Annual MuNOZ EcHANDIA, H. El Problema de los Tugurios en la Ciudad de Medellín. Tese. H
H
Spring Meeting of the American Ethnological Society, 1961. Facultad de Ciencias Económicas de Medellín, 1961.
"
World Politics, 22 (3), 393-414, 1970.
MuNOZ GARCIA, H. et a!. "Migration et marginalité occupationneHe dans Ia viile N1EMEYER PtNHEIRO, A. M. de. La problématique des conditions de travai! des
de Mexico". Espaces et Sociétés, (3): 89-108, 1971. travailleurs urbains d'origine rurale dans les metrópoles brésiliennes dans la
MuSTAFA, M. M. "Manpower and Employment Problems in Sudan". Manpower phase actuelle de l'industrialisation. Paris, Université de Paris 1, Institut de
and Unemployment Research, 9 (1): 61·78, apr. 1976. géographie, 1971 (dact., 49 p.).
___ . "The Sudanese Labour Market: An Overview of its Characteristics and NUN,j. "Sobrepoblación Relativa, Ejército Industrial de Reserva y Masa Marginal".
Problems with Special Emphasis on the Urban Labour Market". Manpower Revista Latinoamericana de Sociología, 5 (2): 178-236, jul. 1969.
and Unemployment Research, 9 (20): 29-50, nov. 1976. ___. "Marginalidad y Otr;as Cuestiones". Revista Latinoamericana de Ciencias
MYINT, H. "An Interpretation of Economic Backwardness". Oxford Economic Sociales (4), 97·127, dic. 1972.
Papers, 1954 (também em AGARWALA & SINGH (ed.). The Economies of Under- NUNES, G. Rio, Metrópole de 300 favelas. Petrópolis, Vozes, 1976.
development. Bombay, Oxford University Press, 1958). NuRKSE, R. Problems of Capital Formation in Underdeveloped Countries. Oxford,
___. "&onomic Theory and the Underdeveloped Countries" .]ournal of Political Basil Blackwell, 1953.
Economy, 73 (5), 477-491, oct. 1965. NYPAN, A. Market Trade: A Sample Study of Market Traders in Accra. Legon,
___ . "Dualism and the Internai Integration of Underdeveloped Economies". University College of Ghana, Economic Research Division, 1960.
Banca Nazionale dei Lavara, Quarterly Review, (93): 128-156, jun. 1970. 0BERAI, A. S. An Analysis of Migration to Greater Khartoum (Sudan). Geneva,
MYRDAL, G. Asian Drama. New York, Pi.antheon Books, 1968, vol. 2. ILO,WEP/PE/19, 1975.
NAC!Rt, M. Les formes d'habitat sous-ihtegrées, essai méthodologique. Actes du OBERSCHALL, A. "African Trades and Small Businessmen in Lusaka". African Social
Colloque de Vincênnes, Bulletin du SMUH, Paris, 1970. Research, (16)' 475·502. dec. 1973.
NAÇÕES UNIDAS. "Department of Economic and Social Affairs: Comrnunity Planning 0JBR1EN, F. s. & SALM, c. L. "Desemprego e Subemprego no Brasil". Revista Bra-
in Marginal Urban Settlements". International Social Development Review, sileira de Economia, 24 (4): 93-137. out.-dez. 1970.
121, 7.12. 1970. 0LAGBAIYE, J. A. "The Localization of Small-Scale Industries in the Western Sta te of
___ . "Les stratégies de l'emploi et la politique de lutte contre la pauvreté dans Nigeria". The Nigerian Geographical ]ournal, 17 (2): 69-82, dec. 1974.
les pays en voie de développement: analyse des problêmes actuels à la lumiêre 0LAKANPO, O. "Distributive Trade: A Critique of Government Policy". Nigerian
de l'experience acquise en matiêre de planification du développement". journal Journal of Economic and Social Studies, 5 (2): 237-246, jul. 1963.
de la Planification du Développement, (5): 1-51, 1972. OLIVEIRA, F. de. "Economia Brasileira: Crítica à Razão Dualística". Seleções Cebrap,
___ . Rapport sur la situation sociale dans le monde-1970. New York, Nations 2. ed., São Paulo, Brasiliense, 1976.
Unies, 1972. ___ . "Trabalho Feminino e Riqueza Capitalista" .ln: ___ . O Banquete e
___. The Determinants and Consequences of Population Trends. (vol. 2). New o Sonho: Ensaios sobre Economia Brasileira. São Paulo, Brasiliense, 1976
York, United Nations, 1978. (Cadernos de Debate 3).
___ .Habitat: Conference on Human Settlements. A/Conf. 70/A/1, New York, OuVEIRA, J. S. et al. "O Biscateiro como uma Categoria de Trabalho: Uma Análise o
Antropológica". Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, IBGE, 36 (2), o
United Nations, 1976.
NAFZIGER, E. W. "The Effects of the Nigerian Extended Family on the Entrepre- abr.·jun. 1974.
">
neurial Activity". Economic Development and Cultural Change, 18 (1): 25-33. ONYEMELUKWE, J. o. c. "Aspects of Staple Foods Trade in Onitsha Market". The ;'
1969. Nigerian Geographical]ournal, 13 (2): 121·138. dec. 1970. z
.;
< NASH, M. "Southeast Asian Society: Dual or Multiple?". Journal of Asian Studies, ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO- OIT (ver também International Labour
"">z
z
< Office-ILO). Hacia el Pleno Empleo. (Un programa para Colombia, preparado
o 23 (3): 417-423. may 1964.
"o ___ . Primitive and Peasant Economic Systems. San Francisco, Chandler, 1966. por una misión internacional organizada por la OIT Genebra, 1970). o
o
< NEALE, W. et al. "Krali Market: A Report on the Economic Geography of Marke- ___ .La pauvreté et les niveaux de vie minime. Rôle de l'OIT. Rapport du Di- z
N
>
""o ting in Northern Punjab". Economic Development and Cultural Change, 13 recteur Général à la Conférence Internationale du Travail, Geneve, 1970. r

o (20), jan. 1965. ___ . Situación y Perspectivas dei Empleo en Costa Rica. Genebra, OIT, 1972.
" NELSON, J. M. Migrants, Urban Poverty and Instability in Developing Nations. 0RGANIZATION OF AMERICAN STATES (OAS). The Unemployment Problem in Latin
Cambridge, Harvard University Press, Center for lnternational Affairs, 1969. America. Inter-Americana Conference of Ministers of Labor on the Alliance
___. "The Urban Poor: Disruption or Political Integration in Third World Cities".
for Progress, Washington, D.C., oct. 1969. of African Studies, 3: 409420,1969.
ÜRLOVE, B. Kinship and Economics in the Favela. Tese. Cambridge, Harvard PEREIRA, L. et a!. Subdesenvolvimento e Desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro,
University, 1964, 94 p. Zahar, 1973, 218 p.
ÜSHIMA, H. "Labour Force Explosion: The Labour lntensive Sector in Asian Gro-
___. Urbanização e Subdesenvolvimento. 3. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1976,
wth". Economic Development and Cultural Change, 19: 161-183, 1970. 190 p.
PAHL, R. E. "Poverty and the Urban System". ln: CHISHOLM, M. & MANNERS, G. PERLMAN,]. E. The Fate of Migrants in Rio's favelas: The Myth of Marginality.
(eds.). Spatial Policy Problems of the British Economy. Cambridge, Cambridge Cambridge, MIT, aug. 1971.
University Press, 1971, pp. 126-145. ___. O Mito da Marginalidade: Favelas e Política no Rio de Janeiro. Rio de
PALLIER, G. "Les activités du secteur secondaire à Ouagadougou". ln: CNRS (ed.). Janeiro, Paz e Terra, 1977.
La croissance urbaine en Afrique Noire et à Madagascar, Paris, CNRS, 1972, PERÚ. Ministério de Agricultura. Estudio de la Comercialización Minorista de
pp. 905-919. Productos Alimentícios. Lima, Dirección General de Comercialización, Sub-
PAOU, M. e. Desenvolvimento e Marginalidade. São Paulo, Pioneira, 1974. Dirección de Asistencia Técnica y Económica, Informe n. 23, set. 1972.
PARISSE, L. Favelas de l'agglomération de Rio de Janeiro. Leur place le processus ___ .Ministério de Trabajo. Encuesta de Establecimentos Comerciales de me-
d'urbanisation. Strasbourg, Université de Strasbourg, Centre de Géographie nos de 20 Trabajadores. Servicio dei Empleo y Recursos Humanos, Centro de
Apliquée, 1970. Estadísticas y Mano de Obra (SERH-CEMO), Lima, out.-nov. 1971.
PARK, R. E. "Human Migration and th' Marginal Man". American Journal of ___. Algunas Características Socioeconómicas de la Educación en el Perú.
Sociology, 33 (6): 881-893, may 1928. SERH-CEMO, Lima, nov. 1971.
PAssos, A. Tendencias y Dirección del Crecimiento Urbano en América Latina entre ___. Encuesta de comercio ambulante. SERH-CEMO, Lima, dic. 1971.
1950y1970. Seminario Técnico sobre Urbanización y Crecimiento Demográfico ___ . Situación Ocupacional de! Peru. SERH-CEMO, Informe 1971, Lima,
en América Latina. Rio de Janeiro, 3-7 abril, 1972. 1971.
PASTORE,]. M. D. "Amérique Latine, industrialisationet intégration". Tiers Monde PINSKY, ]. (org.). Capital e Trabalho no Campo. São Paulo, Hucitec, 1977.
7 (25), jan,-mars 1966. PINTO, A. Distribuição de Renda na América Latina e Desenvolvimento. 2. ed. Rio
___ . Satisfaction among Migrants to Brasilia, Brazil: A Sociological Interpre- de Janeiro, Zahar, 1976, 144 p.
tation. PhD dissetação (não publicada), Madison, University of Wisconsin, P10RE, M. "The Duql Labor Market: Theory and lmplications". ln: GoRDÔN, D.
(ed.). Problems in Political Economy: An Urban Perspective. Lexington,Mass.,
jan. 1968.
PATCH, R. W. "La Parada, Lima's Market". West Coast South America Series, 14 Heath, 1971.
(1-2-3), New York, American Universities Field Staff, 1967. PoRCARO, R. M. & ÜUVEIRA, L. H. G. "Urbanização, Industrialização e Absorção
__ . La Parada, un Estudio de Clases y Assimilación. Lima, Mosca Azul, de Mão de obra no Mercado de Trabalho Urbano, 1974". Encontro Brasileiro
1973, de Estudos Populacionais, IBGE, pp. 331-341, 1976.
PAZ SILVA, L.]. La Distribución de los lngresos y el Consumo de Alimentos en Lima PORTES, A. "Rationality in the Slum: An Essay in Interpretative Sociology". Com-
Metropolitana. Lima, 1971. parative Studies in Society and History, 14 (3): 268-286, 1972.
PEATIIE, L. R. The View from the Barrio. Michigan, The University of Michigan PORTES, A. & WALTON,], Urban Latin America: The Political Condition from Above
Press, 1968. and Below. Austin, University ofTexas Press, 1975.
<
z ___ . "'Tertiarization' and Urban Poverty in Latin America". Latin American POTTER,]. M. et al. Peasant Society: A Reader. Boston, Little Brown, 1967. z
< H
PRAKASH, A. "Rehri: The Mobile Shop in India". Ekistics, 34 (204): 328-333, 1972.
""o "">z
Urban Research, 5: 109-124. 1975.
PEEK, P. The Education and Employment of Children: A Comparative Study of San PREALC (PROGRAMA REGIONAL DEL EMPLEO PARA AMÉRICA LATINA y EL CARIBE). Encuesta
< Experimental de Mano de Obra: Santo Domingo y Santiago de los Caballeros. n
N Salvadorand Khartoum. Geneva, ILO, mar. 1975.
o
"""o PEET, R. "Inequality and Poverty. A Marxist-Geographic Theory". ln: PEET, R. (ed.). Genebra, OIT, fev. 1973. z
___ .La Situación y Perspectivas del Empleo en Paraguay: 1973. Genebra, OIT, >
Radical Geography: Alternative Viewpoints on Contemporary Social Issues. ~

' Chicago, Maroupa Press, 1972. dec. 1973.


___."Rural Inequality and Regional Planning". Antipode, 7 (3): 10-24. 1975. ___. Situación y Perspectivas del Empleo en Nicaragua. Santiago, OIT, 1973, H

PEIL, M. "Unemployment in Tema: The of the Skilled Worker". Canadian Journal 2 vol. "
H
PREISER, E. "Property Power and the Distribution of Income". ln: RoTSCHILD, K. W
Press, 1963.
(ed.). Power in Economics. Harmondsworth, Penguin, 1971, pp. 119-140.
REIBER, W. & EcKERT, H. Le tertiaire primitif et les structures de son fonctionnement.
PRYOR, E. G. "Workshop in Domestic Premises: A Hong Kong Study". Pacific
Tunis, 1971 (mimeo., 36 p.).
Viewpoint, 13 (2), sept. 1972.
RErNoso. "Los Buhoneros, Marginados en el Centro de Caracas". El Nacional,
QUEDA, O. et al. Contribuição ao Estudo do Trabalho em São Paulo. Piracicaba,
Caracas, 13 set. 1970.
Esalq-USP, Departamento de Economia e Sociologia Rural, 1976.
REis, A. M. B. dos. Integração do Operário de Origem Rural na Soâedade Urbano-
QUIJANO, A. Notas sobre el Concepto de Marginalidad Social. Santiago de Chile,
industrial do Grande Porto Alegre: Estudo Preliminar de um Modelo de Interpre-
Cepa!, División de Assuntos Sociales, set. 1968 (mimeo.).
tação. Porto Alegre, Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas, 1972, 173 p.
___. Redifinición de la Dependencia y Marginalización en América Latina.
REMY, D. & WEEKS, J. "Employment, Occupation and Inequality in a Non-Industrial
Santiago, Facultad de Ciencias Económicas, Universidad de Chile, 1970.
City". ln: WoHLMUTH, R. (ed.). Employment Town in Emerging Societies. New
___ . "Pôle marginal de l'économie et main-d'oeuvre marginalisée". ln: ABDEL-
York, Praeger, 1973.
MALEK, A. (ed.). Sociologie de l'impérialisme. Paris, Anthropos, 1971, pp.
REussE, E. & LAWSON, R. M. "The Effect of Economic Development on Metropolitan
301-336.
Food Marketing: A Case Study of Food Retail Trade in Accra". East African
____ ."La Constitución del 'Mundo' de la Marginalidad Urbana". Eure, 3 (5):
Journal ofRural Development, 2 (!): 25-55, 1969.
89-106, jul, 1972.
REZENDE, O. M. "Condições de Vida e Redes de Intercâmbio em Famílias de Baixa
___. "La Formación de un Universo 'tvfarginal en las Ciudades de América La-
Renda num Município Periférico de São Paulo" Comunicação à 30ª Reunião
tina". ln: CASTELLS, M. (ed.). Imperialismo y Urbanización en América Latina.
Anual da SBPC. Ciência e Cultura, São Paulo, 30 (7): 170-171, 1978.
Barcelona, Gustavo Gili, 1973, pp. 141-166.
R1CHARDS, P. Underemployment and Basic Needs Satisfaction. Geneva, ILO, WEP,
RAJAGOPALAN, C. The Greater Bombay: A Study in Suburban Ecology. Bombay,
Working Papers 2-23/wi• 48, 1977.
Popular Book Depot, 1962.
RICHARDS, S. & RoLPH, H. lnequality and Basic Needs in Swazi!and. Geneva, ILO,
RAMOS, J. Labor and Development in America Latina. New York/London, lnstitute
oct. 1976.
of Latin America Studies/Columbia University Press, 1970.
RIDELL, J. B. The Development of Internai Trade and Marketing in Sierra Leone.
RAo, V. K. R. V. & DEsAI, P. B. Greater Delhi: A Study in Urbanization. Bombay,
1972 (mimeo., 19 p.).
Asia Publishing House, 1965.
RITIER, P. & KoENINGSTEIN, F. R. Project on Urbanization, Employment and De-
RATINER, H. "Inquérito sobre o Desemprego em São Paulo". Revista de Adminis-
velopment in Ghana: Report on Two Surveys. Geneva, ILO, WEP 2-19-196-1,
tração de Empresas, (12): 151-169. 1964.
WP 9, sept. 1974.
___ . "Considerações sobre a Política Salarial no Brasil". Revista de Adminis-
RiVKIN, M. D. Regional Development in Turkey. Cambridge, MIT, 1964.
tração de Empresas, (27). jul. 1967.
RoACH, J. L. & GURSSLIN, O. R. "An Evaluation of the Concept of Culture of Po-
___ .Industrialização e Concentração Econômica em São Paulo. Rio de Janeiro, •
verty". Social Forces, 45 (3), 383-392. mar. 1967.
Fundação Getúlio .Vargas, 1972. •
RoBERTS, B. R. "Center and Periphery in the Development Process: The Case of
___.Planejamento Urbano e Regional. São Paulo, Cia Ed. Nacional, 1974. o=
Peru". Latin American Urban Research 5: 77-106. 1975. n
___. "Custos Sociais das Áreas Metropolitanas". Revista de Administração de •>
RocKEFELLER, N. La Calidad de Vida en las Américas (informe presentado por una
Empresas, 16 (1). jan.-fev. 1976. •
misión presidencial de los Estados Unidos ai Hemisferio Occidental). New >
. "Desenvolvimento de Comunidade no Processo de Urbanização: Notas
York, ago. 1969 (mimeo., 136 p.).
para uma Crítica das Teorias Sociológicas do Planejamento". Revista de Ad- z
RoDGERS, G. B. Demography and Distribution. Geneva, ILO, feb. 1977. .;
ministração de Empresas, 16 (3): 15-26, maio-jun. 1976 (também no Boletim e

Paulista de Geografia, São Paulo, (54): 53-79, jun. 1977).


RoncERS, G. B. et al. Population, Employment and Poverty in the Philippines. •z
Geneva, ILO, feb. 1977. >
RATZIN, M. F. "The Jamaican Country Higgler". Social and Economic Studies, 8 n
RonRfGUF.z, A. "Oferta de Viviendas y Terrenos en Lima Metropolitana 1940-1967: o
(4), dez. 1959. z
Análisis de los Avisos de Periódicos''. Eure, 2 (6): 83-99, nov. 1972. >
RJ::DFIELD, R. Peasant Society and Culture. Chicago, Chicago University Press,
RoGGERO, M. A. Urbanización, Industrialización y Crecimiento de! Sector Servidos
1956.
en América Latina. Buenos Aires, Nueva Visión, NV Fichas n. 59, 1976.
____. The Primitive World and Its Transformations. Ithaca, Cornell University
ROLNIK, R. "A Dilapidação da Força de Trabalho e a Periferia". Comunicação à
30ª Reunião Anual da SBPC. Ciência e Cultura, 30 (7): 21, 1978. ___ . "The Urbanization of Underdeveloped Countries and lts Effects on the
RossINI, R. E. "O Estado de São Paulo: A Intensidade das Migrações e do t'.xodo Nutrition of Urban Population". SOS/70 - Third Intemational Congress of
Rural Urbano". Ciência e Cultura, 29 (7): 779-803, jul. 1977. Food Science and Technology. Washington, D.C., aug. 1970, pp.100-174.
___. "O Volante como Força de Trabalho e o Emprego de Tecnologia na Agricultura: ___. "Une nouvelle dimension dans l'étude des réseaux urbains dans les pays sous-
O Exemplo Paulista". III Encontro Nacional de Geógrafos, Fortaleza, jul. 1978. développés". Annales de Géographie, 79 (434): 425-445, juil.-aollt 1970.
RoTI-IBRG, R. I. "Rural RbodesianMarkets". ln: BoHANNAN, P. & DALTON, G. (eds.). Ma- ___. "L'économie pauvre des villes des pays sous-développés". Les Cahiers
rkets in Africa. Evanston, Northwestern University Press, 1962, pp. 581-600. d'Outre Mer, 25 (9), 105-122, 1971.
RoTIEMBERG, S. Note on the Economics of Urbanization in Latin America. United ___ . Les villes du TieTs Monde. Paris, Génin, 1971.
Nations, Economic and Social Council, Doe. E/CN. 12/Urb./6, sept. 1969. ___ . "Los dos Circuitos de la Economía Urbana de los Países Subdesarrolla-
RouMEGOUS, M. "Port-Gentil: quelques aspects sociaux du développement indus-
dos". ln: FUNES, ]. e. (ed.). La Ciudad y la Región para el Desarrollo. Caracas,
triei". Cahiers d'Outre Mer, 19 (73): 321-353, janv.-mars 1966. Comisión de Administración Pública de Venezuela, 1972, pp. 67-99.
RoussEL, L. "Employment Problems and Policies in the Ivory Coast". ln: ILO (ed.). ___. Brazil: An Industrialized Underdeveloped Country. Toronto, University of
Employment in Africa. Geneva, 1973, pp. 177-197. Toronto, Department of Geography, jan. 1973.
SA ]R. F. O "Desenvolvimento da Agricultura Nordestina e a Função das Atividades ___. Geografia y Economía Urbana de los Países Subdesarrollados. Barcelona,
de Subsistência". Estudos Cefyap, 1, Brasiliense, 1976. Oikos Tau, 1973.
SABOLO, Y. Quelques réflexions sur'les investissements privés étrangers et le dévelo- ___. "Marginaliré ou pauvreté". Unpublished report presented to International
ppement économique et social du Gabon. Geneva, ILO, may 1975. Labour Office, 1973.
SABOT, R. H. Open Unemployment andthe Employed Compound ofUrbanSurplus ___. Spatial Organization in the Third World: The Two Urban Fields. Artigo
Labour. Economic Research Bureau, Paper 744, 1975 (mimeo, 93 p.). entregue ao Departmental Seminar, Department of Geography, University of
SALAMA, P. Le proces de sous-développement. Paris, Maspero, 1972. Toronto, mar. 1973.
SALLES, M. L. B. Systeme de production et organisation de /'espace en région periphé- ___ . "Urban Crisis or Epiphenomenon?". Proceedings of the International
rique: le cas de l'État de São Paulo. Mémoire de Doctorat. Paris, Institut du Déve- Population Conference, International Union for the Study of Population,
loppement Économique et Social, Université de Paris, 1971 (mimeo., 139 p.). Liége, 1973.
SANCHEZ, e. et ai. Desarrollo Urbano y Sector Informal en la Ciudad de Córdoba, ___.La marginalité urbaine en Amérique Latine. Paper prepared to International
Argentina. Genebra, ILO, set. 1976. Labour Organization, 1974.
_ _ . Desarrollo Industrial, Urbanización y Empleo en la Ciudad de Córdoba, ___. L 'espace partagé. Les deux circuits de l'économie urbaine et leurs répercus-
Argentina. Genebra, ILO, oct. 1976. sions spatiales. Paris, Editioms Libraires Techniques, M. Th. Génin, 1975.
SANTOS,]. A. dos. O Biscateiro: Depoimento de um Trabalhador. Petrópolis, Vozes, ___ . "Lima, the Periphery in the Pole". ln: Ross, H. & GAPPERT, G. (eds.). The
1977. Social Economy of Cities: Urban Affairs Annual Reviews 9. Los Angeles,
SANTOS, M. Croissance démographique et consommation alimentaire dans les pays Sage, 1975. o
___. Underdevelopment and Poverty: A Geographer's View. The Latiu America o
sous-développés. Centre de Documentation Universitaire, Paris, 1966, 2 vols.
___. "Le rôle moteur du tertiaire primitif dans les villes du Tiers Monde". Civili- in Residence Lectures n. 3, Toronto, University ofToronto, 1975. ">
'
sations, 18 (2): 1-16. 1968 (também em SANTOS, M. (ed.). Dix essais sur les villes ___. "Articulation of Modes of Production and the Two Circuits ofUrban Eco- >
<
z des pays sous-développés. Paris, Ophrys, 1970). nomy: Wholesalers in Lima, Peru". Pacifi,c Viewpoint, 17 (3): 23-26. 1976. z
<
• ___. Les deux circuits de l'économie urbaine des pays sous-développés. Documenr ___. "Spatial Dialectics: The Two Circuits of the Urban Economy in Underde- ""
"o de Travai!, Institut d'études du Développemenr Économique et Social, Université veloped Countries". Antipode, 9 (3), 4'9-60. 1977. ">z
< ___ . The Lower-Circuit: The So-Called "Informal-sector". Artigo apresentado o
N de Paris, oct. 1971a (mimeo., 16 p.) [rrad. bras.: O Espaço Dividido: Os Dois
o
"" Circuitos da Economia Urbana dos Países Subdesenvolvidos, Edusp, 2. ed., 1. no XIII Pacific Science Congress, jul. 1975. Publicado em Les Temps Modernes, z
•o Paris, 1977. >
reimp., 2008]. r

___ . "Quelques problêmes des grandes villes des pays sous-développés". Revue ___. The Shared Space: The Two Circuits ofUrban Economy in Underdeveloped
de Géographie de Lyon, 1961 (e em Dix essais sur la ville dans les pays sous- Countries. London, Methuen, 1978.
développés. Paris, Ophrys, 1970). SANYAL, B. e. & VERSLUIS, J. Education and Employment Research Project Higher
Education, Human Capital and Labour Market Segmentation in the Sudan. nomies: Malaysia and Singapore". The ]ournal of Development Studies, 9 (2):
Geneva, ILO, n1ar. 1976. 291-300. jan. 1973.
SÃo PAULO. Secretaria da Agricultura. Abastecimento da Periferia da Grande São SILBERSTEIN, P. "Favela Living: Personal Solution for Larger Problems". America
Paulo. São Paulo, Secretaria da Agricultura, maio 1977, 46 p. Latina (Clapcs), número especial sobre favelas.
___ .Levantamento Sócio-Econônico das Populações Marginais: Região de São SILVA,]. G. & RODRIGUES, V. L. "A Problemática do Bóia-Fria: Uma Revisão Biblio-
Paulo. São Paulo, Fundação Plano de Amparo Social, 1969. gráfica". Cadernos, (3): 3-21. jul. 1976.
___ . Secretaria do Bem-Estar Social da Prefeitura de São Paulo. Estudo sobre SILVA, M. A. da. Les migrations vers le Reconcavo du pétrole, État de Bahia (Brésil).
o Fenômeno de Favelas no Município de São Paulo. São Paulo, Boletim Habi- Strasbourg, Université de Strasbourg, Centre de Géographie Appliquée, 1972.
Coped, Caderno Especial 1, 1974. SILVANY, A. Urbanization in Developing Countries. New York, 1970 (mimeo.)
___. Secretaria do Bem-Estar Social. Diagnóstico sobre o Fenômeno dos Cortiços S1NCLAIR, S. W. "Informal Economic Activity in African Cities" .]ournal of Modem
no Município de São Paulo. São Paulo, Boletim Habi-Sebes, 1975. African Studies, 14 (4), dec. 1976.
___ .Região Metropolitana de São Paulo: Diagnóstico 75. São Paulo, Secretaria ___ . "Research on Small-Scale Retailing in Lagos, 1976". Manpower and
dos Negócios Metropolitanos, 1975 (mimeo.). Unemployment Research, 9 (2): 61-64, 1976.
SARI, ]. "L'évolution récente d'une ville précoloniale en Algérie occidentale: Nedro- ___ . "The 'Intermediate' Sector in the Economy". Manpower and Unemploy~
ma". Revue Tunisienne de Sciences Sociales, 5 (15): 217-236. dec. 1968. ment Research, 9 (2): 55-59, nov. 1976.
SAYLOR, R. G. The Economic Systepi of Sierra Leone. Durham D.C., Duke Uni- S1NGER, H. W. "Dualism Revisited: A New Approach to the Problems of the Dual
versity, 1967. Society in Developing Countries". The ]ournal of Development Studies, 7 (1),
SCHAEFER, K. & SrINDEL, e. São Paulo, Urban Development and Employment. oct. 1970.
___ . "A New Approach to the Problems of the Dual Society in Developing
Geneva, ILO, 1976.
ScHWARTz, A. "Toulepleu, étude socioéconomique d'un centre semi-urbain de l'ouest Countries". International Social Development Review, (3): 23-31. 1971.
ivoirien". Cahiers Orstrom, 6 (2): 51-70, 1969. SrNGER, H. & ]oLLY, R. "Unemployment in an African Setting, Lessons of the Em-
ScHWEFEL, E. & ScHWEFEL, D. "The Social Meaning of Unemployment: An Empiri- ployment Strategy Mission to Kenya" ln: ILO (ed.). Employment in Africa.
cal Study of a Latin America Province". ln: WOHLMUTH, K. (ed.). Employment Geneva, 1973, pp. 93-105.
Creation in Developing Societies. New York, Praeger, 1973, pp. 249-280. S1NGER, M. "Beyond Tradition and Modernity in Madras". Comparative Studies
SCHWEJZER, P.]. Metropolização: Uma Nova Forma de Dependência. Cambridge, in Society and History, 13 (2): 160-195, 1971.
Massachusetts, Spurs-MIT, 1972 (mimeo., 22 p.). S!NGER, P. Desenvolvimento Econômico e Evolução Urbana: Análise da Evolução
Scorr, A. M. Who Are the Self-Employed? Artigo apresentado no British Sociolo- Econômica de São Paulo, Blumenau, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife.
gical Association Development Study Group, 5 june 1976. São Paulo, Cia. Ed. Nacional, 1968.
~
SEERS, D. "The Meaning of Development". International Labour Review, 11: 2-6, ___. Dinâmica Populacional e Desenvolvimento: O Papel do Crescimento Po- •r
1969. pulacional no Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Hucitec, 1970. o
___ ."Força de Trabalho e Emprego no Brasil, 1920-1969". Cadernos Cebrap, o
SEN, S. N. The City of Calcutta: A Socio-Economic Survey -1954-1955 to 1957-
1958. Calcutta, Bookland, 1960. (3), 1971.
___ .A Economia Política da Urbanização. São Paulo, Brasiliense, 1973.
.;"
>

SETHURAMAN, S. V. Towards a Definition of the Informal Sector. Draft for comment,


Geneva, !LO, WEP 2-19, jan. 1974. ___ . "Mais Pobres e mais Ricos". Opinião, (116). 24 jan. 1975. z
..;
___."Quem São os Ricos no Brasil". Opinião. (119): 11-12. 14 fev. 1975.
"">z
___ . "Urbanization and Employment: A Case Study of Jakarta". International
Labour Review, 112 (2-3): 191-206, aug.-sept. 1975. ___. Economia Política no Trabalho: Elementos para uma Análise Histórico-
Estrutural do Emprego e da Força de Trabalho no Desenvolvimento Capitalista. o
___. ]akarta: Urban Development and Employment. Geneva, ILO, 1976.
o
___. "The Urban Infonnal Sector: Concept, Measurement and Policy". Inter- São Paulo, Hucitec, 1977. z
___ ."Emprego e Urbanização no Brasil". Estudos Cebrap, (19): 93-138, jan- >
national Labour Review, Geneva, 114 (1): 69-81. july-aug. 1976. r

SttERRY, R. & O'coNNoR, ]. "Independent Commodity Production versus Petty mar. 1977.
Bourgeois Production". Monthly Review, 28 (1): 52-63, may 1976. S1NGER, P. & MADEIRA, F. "Estrutura de Emprego e Trabalho Feminino no Brasil".
SHORT, B. K. "The Velocity of Money and Per Capita Incarne in Developing Eco- Cadernos Cebrap, (13). 1973.
S1NGER, P. et ai. Capital e Trabalho no Campo. São Paulo, Hucitec, 1977 (coleção York, McGraw Hill, 1965.
Estudos Brasileiros 7). STANDING, G. A "Trichotomous Model of Urban Labour Markets". Geneva ILS
SKINNER, E. P. "Trade and Markets among the Mossi People". ln: BoHANNAN, P. Research Conference on Urban Labour Markets, sept. 1974.
& DALTON; G. (eds.). Markets in Africa. Evanston, Northwestern University ___. Concepts of Labour Force Participation and Underutilization. Geneva,
Press, 1962, pp.237-278. ILO, Population and Employment Working Paper n. 40, jul. 1976.
___ . "Marketing and Social Structure in Rural China". ]ournal of Asian Studies, ___. Female Labour Supply in an Urbanising Economy. Geneva, ILO, Population
24, 3-43, 195-228, 363-399. 1964-1965. and Employment Working Paper, n. 44, nov. 1976.
SKOLKA, ]. & GARZUEL, M. Changes in Income Distribution, Employment and STAVENHAGEN, R. "Severl Fallacies about America Latina". ln: PETRAS, ]. & ZETLIN,
Structure of the Economy: A Case Study of Iran. Geneva, ILO, sept. 1976. M. (eds.). Latin America, Reformar Revolution. Grenwich. Conn., Fawcett
SLATER, D. Underdevelopment and Spatial Inequality. London, Pergamon, 1975. Publications, 1968.
SLIGHTON, T. Urban Employment in Colombia: Measurement, Characteristics and STEEL, W. F. "Empirical Measurem.ent of the Relative Size and Productivity of
Policy Problems. Rand RM 5393-AID, 1968. Intermediate Sector Employment: Some Estimates from Ghana". Manpower
SMELSER, N. J. & LlPSET, S. M. Social Structures and Mobility in Economic Deve- and Unemployment Research, 9 (Ih 23-31. apr. 1976.
lopment. Chicago, Aldine, 1966. STEIN, L. "Gatos e 'Bóias-Frias"'. Cadernos, (3): 23-27, jul. 1976.
SMITH, A. D. (ed.). "Les problêmes de la politique des salaires dans le développe- STEWART, F. Technology and Employment in LDCs. Oxford, University of Oxford,
ment économique". Cahiers ke l'Institut International d'Etudes Socia!es, n. 10, Institute of Commonwealth Studies. Reprint Series, n. 72E, 1974.
Paris, Librairie Sociale et Économique, 1969. STOFFLER, M. C. Os Mendigos na Cidade de São Paulo. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
Sonou,, M. L. S. Nível Alimentar da População Trabalhadora da Cidade de São 1977.
Paulo. 2. ed. São Paulo, Dieese, Estudos Sócio-econômicos 1, jul. 1973. STORGAARD, B. "A Delayed Proletarization of Peasants". ln: IDS (INSTITUTE FOR
SocIÉTÉ D'ÉQU1PEJ\1ENT DE LA GUADELOUPE - SODEG. Enquête socio-économique - DEVELOPMENT REsEARCH) (ed.). Dualism and Rural Development in Africa.
relogement des habitants, 1962. Denmark, 1973, pp. 103-125.
SoLOMON, D. Urbanization and Employment in Kuala Lumpur. Cap. 1-3. Geneve, STRACHAN, H. W. Family and Other Business Groups in Economic Development:
!LO, WEP 2-19, WP 11, 1975. The Case o(Nicaragua. New York, Praeger, 1976.
SoLow, R. M. "Tecnology and Unemployment". ln: FRIEDEN, B. & MoRRIS, R. (eds.). STRAUSS, E. El Proceso de Urbanización y las Migraciones Internas: Un Enfoque del
Urban Planning and Social Policy. New York, Basic Books, 1968. ángulo de los recursos naturales. Santiago, Ilpes, 1973, 13 p.
SouRROUILLE, J. V. E! Impacto de las Empresas Trans-Nacionales sobre el Empleo STURMTHAL, A. "Economic Development, Incarne Distribution and Capital Forma-
y los Ingresos: El Caso de Argentina. Genebra, ILO, abr. 1976. tion in Mexico". Journal of Political Economy, 63. jun. 1955.
SOUZA, P. & ToRKMAN, V. El Sector Informal Urbano. Consejo Latinoamericano de SuAREZ, T. S. M. A "Expulsão do Trabalhador Residente na Região Açucareira de
Ciencias Sociales, Seminario sobre Problemas de Empleo en América Latina, Pernambuco". Comunicação à 30" Reunião Anual da SBPC. Ciência e Cultura,
La Plata, Argentina, 1975. 30 (7), 168, 1978.
SouzA LIMA, S. de. Processos de Urbanização e Política Urbana. Trabalho apresen- ___. Cassacos e Corumbas. São Paulo, Ática, 1978, 144 p.
tado à 28" Reunião Anual da SBPC, Brasília, 1976. SUNKEL, O. "Desarrollo, Subdesarrollo, Dependencia, Marginación y Desigualda-
SovANI, N. V. "La ville indienne". ln: CARRIER, H. & LAURENT, P. Le Phenomene des Espaciales: Hacia un Enfoque Totalizante". Revista Latinoamericana de ;:
urbain. Paris, Aubier-Montaige, 1965, pp. 206-214. Estudios Urbanos Regionales (Eure), 1 (1), oct. 1970. z
-;
SP!NDEL, C. R. "Disponibilidade e Aproveitamento dos Recursos Humanos do Estado ___. "Transnational Capitalism and National Desintegration in Latin America". r

de São Paulo e da Região Metropolitana". Cadernos Cebrap, (15), 1973. Social and Economic Studies, 22 (1 ): 15 6-171. 1973. ">z
___. "Metropolização, Urbanização e Recursos Humanos". Cadernos Cebrap, SuruCY, E. M. "Política Salarial e Custo de Vida". Ensaios de Opinião, (2-3): r
(25), 1976. 53-58, 1977. o
z
Sli\LEY, E. "Les programmes de développement des 'micro-industries"'. Méthodes de SYAMANSKY, R. Periodic Markets in Andean Colombia. PhD dissertação não publi- >
r
développement industriei et leur application aux pays en vaie de développement. cada, Syracuse, Syracuse University, 1971.
Cap. 9. Paris, OCDE, 1962, pp. 199-233. SYLOS-LABINl, P. "Precarious Employment in Sicily". International Labour Review
STALEY, E. & MoRSE, R. Modem Small Industry for Developing Countries. New 39, 268-285, 1964.
___. Oligopoly and Technical Progress. Cambridge (Mass.), Harvard University 1978, 187 p.
Press, 1969. TOLOSA, H. e. "O Mercado de Trabalho Urbano no Brasil". ln: MELLO, D. L. (ed.).
SZAL, R. T. The Regional Dístribution of Governments Expenditure in Botswana. Desenvolvimento e Política Urbana. Rio de Janeiro, lbam, 1974, pp. 84-106.
Geneva, ILO, Idep, dec. 1975. TORRES. J. Rôle potencial de la ville de Barquisimeto dans la structuration de /'espace
TAILÂNDIA. Departmentof Social Work. Klong Toey: A Social Work Survey of Squatter regional. S.l., s. ed., jul. 1974.
Slums. Bangkok, Department of Social Work, Thammasat University, 1971. TORRES RIBEIRO, A. e. Trabalho Urbano: Biscate e Biscateiros. Dissertação de
TARDITS, Claudine & TARDITS, Claude. "Traditional Market Economy in the South mestrado. Rio de Janeiro, Iuperj, Sociologia, 1977.
Dahomey". ln: BottANNAN, P. & DALTON, G. (ed.). Markets in Africa. Evanston, TORRES RIBEIRO, A. e. & FONTENELLE PICALUGA, 1. "Biscateiros e Trabalhadores Rurais
Northwestern University Press, 1962, pp. 89-102. na Área do Grande Rio". Cadernos do Ceas, (43), jun. 1976.
TAVARES, M. e. & SERRA,]. "Más Aliá del Estancamiento: Una Discusión sobre TRAVIESO, F. "Desarrollo Nacional, Desarrollo Regional y Urbanización en el Caso de
el Estilo del Desarrollo Reciente de Brasil". El Trimestre Económico, (152): Venezuela". Revista Interamericana de Planificación, 7 (25): 54-73, mar. 1973.
1-30. dic. 1972. TROIN, J. F. "Structures et rayonnement commerciaux des petites villes marocaines".
T AX, S. Penny Capitalism, a Guatemalan lndian Economy. Washington, lnstitute of Revue Tunisienne de Sciences Sociales 5 (15): 243-262. déc. 1968.
Social Anthropology, Publication n. 16, Smithsonian lnstitutions, 1953. ___ . "Essai méthodologique por une étude des petites villes en milieu sous-
TEMBO, N. P. Luburma Market: A Case Study of the Informal Sector. DPU Working développé. Les structures commerciales urbaines du Nord Marocain". Annales
Paper B.2.2., 1974. 1 de Géographie, 80 (444), 513-533, sept-oct. 1971.
TEMPLE, P. H. "The Urban Markets of Greater Kampala". Tijdschrift voar Econo- TURNER, H. A. Can Wages be Planned? Artigo preparado para Conference on the
mische en Sacia/e Geografie, nov-dec. 1969, pp. 346-349. Crisis in Planning, University of Sussex, jul. 1969.
TERLECKYJ, N. E. "Household Production and Consumption". Studies in Income an TURNER, J. "Uncontrolled Urban Settlement: Problem and Policies". International
Wea!th, New York, National Bureau of Economic Research, 1976, vol. 40. Development Review, (1)' 107-139. 1968 (também em BREESE, G. (ed.). The
THEODORSON, G. A. "Acceptance of lndustrialization and lts Attendant Consequen- City in Newly Developing Countries. Englewood Cliffs, Frentice-Hall, 1968.
ces forthe Social Patterns of Non-Western Societies". ln: FINKLE, J. L. & GABLE, pp. 345-363.
R. W. (eds.). Policital Development and Social Change. 2. ed. New York, John ___ . "Housing Priorities, Settlement Patterns and Urban Development in
Wiley, pp. 204-211. Modernizing Countries". Journal of the American Institute of Planners, 33:
THOMAS, L. V. "Les problêmes specifiques de l'emploi dans les villes d'Afrique Noire 167-181. 1968.
et de Madagascar". ln: CNRS (ed.). La croissance urbaine en Afrique Noire et TuRNHAM, D. & JAEGER, Y. The Employment Prob!em in Less Developed Countries.
à Madagascar. Paris, CNRS, 1972, pp. 117-138. Paris, OECD, 1971.
THORMER, D. "Peasant Economy as a Strategy in Economic History". The Economic UcHENDU, V. e. "Some Principles of Haggling in Peasant Markets". Economic
Weekly (special number), jul. 1963. Development and Cultural Change, 16 (1): 37-50, otc. 1967.
___ . "Chayanov's Concept of Peasant Economy". In: CHAYANOV. A. (ed.). The UDALL. A. T. "The Effects of Rapid Increase in Labor Supply in Service Employment
Theory of Peasant Economy. Homewood, R. lrwin, 1966, pp. 11-23. in Developing Countries". Working Papers in Economics. Newark, University
TISSANDIER, J. "Aspects des relations villes-campagnes dans le Dép. de la Haute of Delaware, sept. 1974.
Sanaga (Cameroun)''. Co!loque sur la Croissance Urbaine en Afrique Noire et UKwu, U. I. "Markets in Iboland". ln: HooDER & UKwu (eds.). Markets in West
à Madagascar, Bordeaux, 1970 (também em CNRS (ed.). La croissance urbaine Africa, Ibadan, lbadan University Press, 1969, pp. 113-250.
em Afrique Noire et à Madagascar. Paris, CNRS, 1972). ULHAG, M. "El Empleo en la Década de 1970: Una Nueva Perspectiva". Programa
TooARO, M. P. "A Model of Labour Migration and Urban Unemployment in Less- IPL-UNI, Lima, Peru, 1973 (Revista A!D/C Reprint, oct. 1972, pp. 1-5, The
Developed Countries". The American Economic Review, 69 (1): 138-148. Agricultura! Development Council).
1969. URIBE, S. N. & URIBE, B. R. Bases para el Desarrollo de la Pequena y Mediana
___. "Incarne Expectations, Rural-Urban Migration and Employment in Africa". Industria en Colombia. Medellín, 1965.
ln: ILO (ed.). Employment in Africa. Geneva, ILO, 1973, pp. 43-69 (também VALBUENA, J. Aspectos de la Geografía Económica dei Área de Mérida. Mérida,
em International Labour Review, 104 (51), nov. 1971). Universidad de Los Andes, Escuela de Geografía, 1966. H
TOLEDO, A. P. H. de. Planejamento Urbano em Debate. São Paulo, Cortez e Moraes, w
VALDIVIA PoNCE, O. Migración Interna a la Metrópoli. Lima, Universidade Mayor H
de San Marcos, 1970. V1LLIEN-Ross1, M. L. "Les 'Kinda' de Bamako". Les Cahiers d'Outre Mer, 19 (73):
VALENTINE, c. A. Culture and Poverty. 2. ed. Chicago, The University of Chicago 364-381, jan.-mars 1966.
Press, 1969. VASKOVlC BRAVO, P. "Distribución del Ingreso y Opciones de Desarrollo". Cuadernos
VALENZUELA GALVEZ, J. "Barrios Populares en América Latina". ln: CARDO NA, R. (ed.). de la Realidad Nacional, (5): 41-60. set. 1970, Ceren, Universidade Católica
Migración y Desarrollo Urbano. Bogotá, Associación Colombiana de Facultades de Chile.
de Medicina, División de Estudios de Población, 1970, pp. 200-218. WADA, R. O. Impact of Economic Growth on the Size Distribution of Income: The
VALLADARES, L. El Tigre y su Región. Caracas, 1969 (mimeo.). Postwar Experience of ]apan. Geneva, ILO/ldep, dec. 1975.
___. "La favela: une forme urbaine 'sous-integrée'?" Communication au Collo- WADE, R. "A Culture of Poverty". Bulletin, Institute of Development Studies,
que sur les formes de croissance urbaine "sous-integrées". Paris, 29 juin -1"' University of Sussex, 3 (2-3): 4-30, 1973.
juil. 1970 (dact., 24 p.). WALLACE, T. "Working in Rural Buganda: A Study of Occupational Activities of
___. The Brazilian Housing Policy and Rio de ]aneiro's favela Relocation Scheme. Young People in Rural Villages". The African Review, 3 (1): 133-178, 1973.
London, Centre of Urban Studies, University College, 1972. wALLERSTEIN, L, "Voluntary Associations". ln: COLE.MAN, J. & RosBERG, Jr., c. G.
___. Favela, Política e Conjunto Residencial (versão preliminar). II Encontro (eds.). Political Parties and National Integration in Tropical Africa. Berkeley,
Nacional de Estudos Rurais e Urbanos, Centro de Estudos Rurais e Urbanos, University of California Press, 1964, pp. 318-319.
São Paulo, 11-12set.1975. t WATANABE, S. "Subcontracting, Industrialization and.Employment Creation". In-
___ . O "Quebra-quebra" dos irens da Central: Estratégias de Sobrevivência. ternational Labour Review, 104 (1-2): 51-76, jul.-aug. 1971.
Comunicação à 29ª Reunião Anual da SBPC. São Paulo, 1977. WATTERS, R. F. "Economic Backwardness in the Venezuelan Andes: A Study of
___ .Passa-se uma Casa: Análise do Programa de Remoção de Favelas do Rio the Traditional Sector of the Dual Economy". Pacific Viewpoint, 8 (1): 17-67.
de Janeiro. Rio de Janeiro, Zahar, 1978, 142 p. may 1967.
VAN DER HoEVEN, R. Zambia's Income Distribution during the Early Seventies. WEEKS, ]. Exploration into the Nature of the Problem of Urban Imbalance in Africa.
Geneva, ILO, WEP, mar. 1977. IDS Conference on Urban Unemployment, sept. 1971.
VANDERSCHUEREN, F. "Pobladores y Conciencia Social". Eure, 1 (3): 95-123, oct. ___. "Does Employment Matter?" Manpower and Research, Senegal, 4 (1):
1971. 67-70, 1971.
VARSAVSKY, O. "Sobre el Problema de la Dependencia Cultural en América Latina". ___. "The Political Economy of Labour Transfer". Science and Society, 35 (4):
Cuadernos de la Sociedad Venezolana de Planificación, (70-71), dic. 1969. 463-480, 1971.
VEKEMANS, R. & FUENZALIDA, L. "El Concepto de Marginalidad". ln: DESAL (Centro ___. Employment and the Growth of Towns. Artigo apresentado no British
para el Desarrollo Económico y Social en América Latina) (ed.). Marginalidad African Studies Association Conference, University of Birmingham, 11-14,
en América Latina: Un Ensayo de Diagnóstico. Barcelona, Herder, 1969. sept. 1972.
___. Synthetic Statement of Discussions: Informal Sector. Limuru, Limuru •
VELHO, G. A Utopia Urbana. 2. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1975, 110 p. •
VELHO, O. G. O Fenômeno Urbano. 3. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1976, 134 p. Conference, 1973. :
o
VENEZUELA. Banco Central de Venezuela y Universidad de los Andes. Estudio sobre ___. "Uneven Sectoral Development and the Role of the State". Bulletin, Institute o
Presupuestos Familiares y Índices de Costo de Vida para las Ciudades de Mérida, of Development Studies, University of Sussex, 5 (2-3): 53-75, oct. 1973. •>

Valera, San Cristóbal y Barinas. Caracas, Mérida, 1969. WEEKS, S. G. "Where Are AH the Jobs? The Informal Sector in Bugisa, Uganda". >
___ . Anexo Estadístico, Estudio Regional de Coro, Punto Fijo, Calabozo. Do- TheAfricanReview, 3(1),111-132, 1973. z
.;
cumento de Trabajo, Proyccto Venezuela li de las Naciones Unidas, Maracay, WELLS, J. R. "Subconsumo, Tamanho de Mercado e Padrões de Gastos Familiares ••
abr. 1969 (mimeo.). no Brasil''. Estudos Cebrap, (17): 5-60, jul.-set. 1976. z
>
VENNETIER, P. "Un quartier suburbain de Brazzaville, Moukondju-Ngouaka". Bul- WÉRY, R. Demographic Factors in Government Expenditures: An International o
letin de l'Institut d'Études Centreafricaines, Brazzaville, (19-20), 1960. Comparison. Geneva, ILO, mar. 1976. o
z
VERRlERE, M. "Anyama, étude de la population et du commcrce Kolatier". Cahiers WHARTON, Jr. R. "The &onomic Meaning of Subsistence". The Malayan Economic >
r
Orstrom, Série Sciences Humaines, 6 (1): 83-111, 1969. Review, 8 (2), 46-58. oct. 1963.
VILLANUEVA, J. Production, Employment and Wages in Modern and Traditional Sec- WHYTE, W. F. Street Corner Society. Chicago, University of Chicago Press, 1943.
tors: The Argentine Case (1950-1970). Geneva, ILO,WEP/PE/10, feb. 1975. W1LHEIM, J. São Paulo Metrópole 65. São Paulo, Difel, 1965.
WILKENING, E. A. Comparison of Migrants in Two Rural and an Urban Area of
Central Brazil. Madison, University of Wisconsin, Land Tenure Center, nov.
1968.
WILKENING, E. A. et al. "Role of Extended Family in Migration and Adaptation in COLEÇÃO MILTON SANTOS
Brazil". Journal of Marriage and the Family, 30 (4), 689-695. nov. 1968.
WILKINSON, R. G. Poverty and Progress. London, Methuen, 1973.
WrLLLAM, J. L. Problems of Retailing in a Declining Rural Market of Zambia.
Artigo apresentado no Congress of the American Association of Geographers,
Salt Lake City, apr. 1977.
WILSHER, P. & RIGHTER, R. The Exploding Cities. New York, Quadrangle, 1975.
WINDER, R. B. "The Lebanese in West Africa". Comparative Studies in Society and
History, 4, 296-333, 1962.
WINTER, G. Le niveau de vie des populations de l'Adamaoua. Yaoundé, Direction
des Statistiques du Cameroun et Centre Orstrom, 1964.
WottLMUTH, K. et al. Employment Creation in Developing Societies: The Situation
of Labour in Dependent Econ\imies. New York, Praeger, 1973.
WoRSLEY, P. "Frantz Fanon and the 'Lumpemproletariat'". ln: MILIBAND, R. & SAVILE,
]. (eds.). The Socialist Register 1972. London, Merlin, 1972, pp. 193-230.
YouNG, C. E. "Rural-Urban Terms of Trade''. African Social Research, (12): 91-
94, dec. 1971.
YUNSHIK, C. et al. The Impact of Population Growth on Land, Labour and Pro- 1. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção
ductivity in Rural Korea. Geneva, ILO, feb. 1977. 2. Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia a uma Geografia Crítica
ZELINSKY, W.; KosINSKY, L. & PROTI-IERO, R. M. Geography anda Crowding World. 3. Economia Espacial: Críticas e Alternativas
New York, Oxford University Press, 1970. 4. O Espaço Dividido: Os Dois Circuitos da Economia Urbana
ZwANENGERG, R. van. "History and Theory of Urban Poverty in Nairobi: The Pro- dos Países Subdesenvolvidos
blem of Slum Development". Discussion Paper, IDS (139), Nairobi, s.d. 5. Pensando o Espaço do Homem
6. A Urbanização Brasileira
7. Da Totalidade ao Lugar
8. O Espaço do Cidadão
9. Manual de Geografia Urbana
10. Metamorfoses do Espaço Habitado
11. Técnica, Espaço, Tempo: Globalização e Meio Técnico-Científico-Informacional
12. Espaço e Método
13. O Centro da Cidade do Salvador: Estudo de Geografia Urbana
14. Por uma Economia Política da Cidade: O Caso de São Paulo
15. O Trabalho do Geógrafo no Terceiro Mundo
16. Pobreza Urbana
17. Metrópole Corporativa Fragmentada: O Caso de São Paulo
ilton Santos, falecido em 2001, conside-
Título Pobreza Urbana M -rado um dos_ expoentes do movimento de
renovação crítica da Geografia, foi professor
Autor Milton Santos
Produção Bruno Tenan da Universidade Federal da Bahia até 1964,
Projeto Gráfico e Capa Ricardo Assis quando se afastou do país em virtude do re-
Fotografia da Quarta Capa Olga Vlahou gime autoritário que se instalou. Ensinou em
Editoração Eletrônica Igor Daurício diversas universidades na Europa, na África,
Bruno Tenan
na América do Sul e do Norte. Foi consultor
Editoração de Texto Alice Kyoko Miyashiro
Revisão de Texto Jonathan Busato da Organização das Nações Unidas (ONU) e da
Leonardo Ortiz Matos Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Revisão de Provas Leonardo Ortiz Matos de cujo Comitê para o Estudo dJ Urbanização e
Arthur Glugoski do Emprego foi membro diretor.
Jenifer Ianof Doutor honoris causa por universidades do
Divulgação Regina Brandão Brasil, da Itália, da França, entre outras, rece-
Cinzia de Araujo beu em 1994 o mais alto prémio internacional
Fernando Ogushi
em Geografia, o Prêmio Vautrin Lud, consi-
Secretaria Editorial Eliane dos Santos
Formato 14 x 21 cm derado o equivalente ao Nobel de Geografia.
Tipologia Sabon 10/14 Também foi professor titular da Universidade
Papel Cartão Supremo 250 g/m2 (capa) de São Paulo e membro do Conselho Nacional
Chameis Fine Dunas 80 g/m2 (miolo) de Desenvolvimento Urbano.
Número de Páginas 136 Milton Santos é autor de vasta obra que
Tiragem 2000 abarca aµroximadamente quarenta livros e tre-
CTP, Impressão e Acabamento Rettec Artes Gráficas
zentos artigos, estes últimos editados em re-
vistas de projeção mundial (como a norte-ame-
ricana Antipode), e em todos os textos sempre
abordou questões pertinentes à cidade e ao
subdesenvolvimento.

Вам также может понравиться