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Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.
Isso sob os fundamentos dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, sua autonomia,
integridade física e psíquica, tal como a própria igualdade em relação ao homem. Com
destaque a estes fundamentos, entre outros de aspecto processual e formal, o Ministro Luís
Roberto Barroso justificou seu voto pela concessão da ordem.
Tal decisão, contudo, trata-se apenas de um precedente jurisprudencial, sem efeito vinculante.
Art. 125 - Aborto provocado por terceiro sem o
consentimento da gestante.
Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante
Art. 125 Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena reclusão, de três a dez anos.
1.1. – Objeto material: O tipo penal quer reprimir o ato de provocar aborto sem o
consentimento da gestante, não estabelecendo a forma como ele deve ser praticado. O meio
empregado para abortar gestação pode ser qualquer um apto a alcançar tal resultado.
Impõe-se, para a incidência do artigo 125 do Código Penal, que tal prática não tenha
anuência da gestante.
Se a conduta for praticada durante o parto ou logo após, haverá, então, homicídio.
1.2. – Sujeito ativo: Qualquer pessoa que provoque o aborto na gestante, sem o
consentimento dela. A lei não exige uma qualificação especial do autor do crime.
Admite coautoria e participação.
1.3. – Sujeito passivo: O ser em gestação e o Estado (que tem interesse na tutela do
nascituro e da vida) podem ser considerados sujeitos passivos do crime, havendo divergência
na doutrina quanto a este ponto.
1.4. – Elemento subjetivo: O elemento volitivo do autor consiste voluntário emprego
de qualquer prática abortiva, efetuada sem o consentimento da gestante.
Não há previsão penal para o ato praticado culposamente.
1.5. – Consumação: O delito se consuma com a morte do nascituro e a tentativa é
possível quando, apesar da ação abortiva do autor, a gestação prossegue por circunstâncias
alheias à sua vontade.
1.2. – Sujeito ativo: Qualquer pessoa que provoque o aborto, mediante consentimento
da gestante.
1.3. – Sujeito passivo: O feto e também o Estado (defesa dos interesses do nascituro
e da vida), sem desconsiderar a controvérsia da doutrina sobre quem é efetivamente o sujeito
passivo do crime.
1.4. – Elemento subjetivo: É apenas o dolo, a vontade consciente de provocar o
aborto, mediante consentimento da gestante. Não há previsão para o crime culposo nesta
hipótese.
Isso sob os fundamentos dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, sua autonomia,
integridade física e psíquica, tal como a própria igualdade em relação ao homem. Com
destaque a estes fundamentos, entre outros de aspecto processual e formal, o Ministro Luís
Roberto Barroso justificou seu voto pela concessão da ordem.
Tal decisão, contudo, trata-se apenas de um precedente jurisprudencial, sem efeito vinculante.
Art. 127 As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocálo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
1.2. – O aborto em vítima de estupro, por seu turno, depende de prévio consentimento
dela ou, enquanto incapaz, de seu representante legal. A doutrina designa essa excludente
como aborto humanitário, ético ou sentimental, por permitir que a vítima de estupro aborte ser
concebido de modo indesejado, violento. Não lhe impõe, assim, a obrigação de aceitar a
concepção advinda da violência que sofreu.
1.3. – O Aborto eugênico não está previsto em lei, sendo, contudo, reconhecido como
legítimo pela doutrina e jurisprudência, ocorrendo quando demonstrada a inviabilidade da vida
do nascituro fora do útero, em razão de anomalias, malformações e/ou doenças:
Isso sob os fundamentos dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, sua autonomia,
integridade física e psíquica, tal como a própria igualdade em relação ao homem. Com
destaque a estes fundamentos, entre outros de aspecto processual e formal, o Ministro Luís
Roberto Barroso justificou seu voto pela concessão da ordem.
Tal decisão, contudo, trata-se apenas de um precedente jurisprudencial, sem efeito vinculante.