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Direito Internacional
Profª Paulo Henrique Faria Nunes / M-2 / sala D-104
Aluna: Graciela Grimminger
Capitulo I
Sociedade Internacional
1.2. Soc iedade: a tendência é que todo grupo venha se tornar sociedade.
Poder
Autoridade
Hierarquia
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Organização
O estado é uma forma especial de sociedade política, por que tem um elemento único: a
s oberania.
2. A s oc iedade internacional
c. Sistema jurídico é difuso: Consequência da aus ência de um poder central capaz de ditar
normas é o aspecto difuso do sistema jurídico internacional. Embora existam princ ípios gerais
do direito internacional, as relações interestaduais são disciplinadas diretamente por normas
formais (tratados internacionais, costumes internacionais)
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Capitulo II
Integração regional
1. Elementos gerais
a) Bloc os regionais:
Elementos identitários
São aspectos afins (afinidades):
I. História
II. Geografia
III. Cultura
IV. Economia
V. Política
Espécies de blocos regionais (principais): Cada etapa s e refere-se à uma etapa do proc esso de
integração.
(*) Zona de preferência tarifária: acordo de preferência tarifaria com outros países terceiros
- países que não pertencem ao bloco, os que estão no bloco tem a zona de livre comércio.
3. Mercado comum
Um mercado comum almeja a livre circulação dos fatores de produção entre dois ou mais Estados. Alcança-se, desse modo,
um lato grau de integração, visto que haverá livre transito de pessoas, pois a mão de obra integra um dos fatores de
produção (trabalho).
O mercado comum é a associação institucional de Estados soberanos que têm por finalidade o desenvolvimento e o
fortalecimento conjunto por meio do incremento de seus intercâmbios (tarifárias e não tarifárias) relativas a uma porção
significativa de suas relações mercantis, acrescida da adoção de certos procedimentos aduaneiros padronizados relativos
às mercadorias de terceiros Estados - e o direito de livre circulação dos fatores de produção provenientes de cada
Estado- membro.
Uma vez atingido esse grau de integração, os nacionais dos países-membros têm - grosso modo - o livre direito de
estabelecer domicilio e desenvolver atividade profissional e/ou comercial em qualquer um dos Estados-membros.
a. Livre comércio;
b. Política aduaneira comum (TEC);
c. Livre circulação de CAPITAL;
d. Mão de obra (pessoas);
e. Exemplo de Mercado comum: Comunidade Econômica Europeia (Tratado de Roma,
1957).
Alemanha França Itália
Bélgica Holanda Luxemburgo
Reino Unido Irlanda Dinamarca
Grécia Portugal Espanha
Direito de livre circulação de pessoas.
Característica do grupo: Homogeneidade socioeconômica.
A União Econômica e monetária (UEM) é um avenço em relação ao mercado comum. Nesse novo tipo de bloco, busca-se a
adoção de políticas macroeconômicas (transportes, energia, agricultura, meio ambiente, indústria etc.) e monetárias
comuns. Por conseguinte cada Estado assume o compromisso de promover alterações internas com vistas à harmonização
do sistema comunitário.
Além da evolução das instituição comunitárias europeias o marco dessa nova etapa do processo de integração na Europa
Ocidental é a instituição da moeda única - o Euro.
Por enquanto a livre circulação de pessoas não é aplicada aos últimos 12 Estados que aderiram à UE. Esses passam por
alterações estruturais mínimas e investimentos para que participem em plena situação de igualdade com os demais.
a. Livre comércio;
b. Política Aduaneira comum (TEC);
c. Livre circulação dos fatores de produção (mão de obra e capital);
d. Adoção de políticas macroeconômicas e monetárias comuns;
ex.: União Europeia (Tratado de Maastricht, 1992)
(*) em 1995 entraram outros países: Áustria, Finlândia e Suécia ("Europa dos 15").
(*) OPEP - organização dos países exportadores de petróleo
(*) em 2004 houve o ingresso de 10 países: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia,
Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Republica Tcheca.
(*) em 2007 houve o ingresso de: Bulgária, Romênia;
(*) em 2013 houve o ingresso de: Croácia.
Capitulo III
Introdução ao Direito Internacional
1. Conceito
Estados
Organizações Internacionais que são pessoas jurídica de direito público externo - ex.: Estado
Brasileiro
Indivíduos
Pessoas Jurídicas de direito interno
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A finalidade do DIP é a mesma de qualquer outro sistema normativo: assegurar estabilidade social a um
grupo, isto é, disciplinar as relações entre sujeitos com vistas à preservação do bem comum, refletido
sobretudo, na pacificação do ambiente social.
O DIPr surge em função de relações extraordinárias que produzem fatos anormais , também
denominados mistos e/ou multinacionais.
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Os conflitos surgem em virtude dos fatos anormais : que é o fato que torna possível a
aplicação s imultânea da lei de dois ou mais países.
Elementos de conexão: os elementos de conexão estão previstos nas leis de cada país: -
estão previstas em LEX FORI (no Brasil, estão previstas na LINDB - sendo que o principal
elemento de conexão é o Domicilio).
Em função do número crescente de atos internacionais, que nem sempre podem ser rotulados
como juridic amente obrigatórios a doutrina internacionalista tem se valido de duas
expressões para distinguir as normas obrigatórias daqueles atos que conquanto revestidos de
formalidades, não produzem c onsequências jurídicas para os s ujeitos de DIP.
H ard Law (norma rígida) deve atender os dois aspectos fundamentais do direito:
Os costumes internacionais;
Os atos decisórios das Organizações Internacionais. As OIs só terão
capacidade para editar atos mandatórios quando os acordos estruturais
fizerem menção expressa.
efeito de recomendação
não c riam vínculo ou obrigação efetiva.
São incluídos, também na noç ão de soft law: os atos aprovados por organismos
internacionais (resoluções, decisões, declarações) quando desprovidos de caráter
obrigatório.
2. Evolução histórica
2.1. Antiguidade
Jus gentium (ou direito das gentes) - surgiu na Roma antiga. O jus gentium admite a existência de
valores universais que dizem respeito a todos os seres vivos.
Jus naturalismo c ristão. Maior influência foi a doutrina da Guerra Justa. Com a redescoberta do
pensamento clássico na Idade Média, o jusnaturalismo passa por uma transformaç ão. Os valores
universais do jusnaturalismo dizem respeito aos povos que compõem a cristandade.
O fim desse conflito, formalizado por meio de Paz de Vestfália (1.648) - conjunto de tratados
firmados nas cidades de Munster e Osnabruck - é considerado o momento de consolidação da
estrutura do Estado moderno. calcada na ideia de soberania . No contexto que leva à formação de
uma novo ambiente político internacional, encontra-se a origem do Direito Internacional moderno.
Hoje designado como clássico ou tradicional: jus inter gentes.
Vontade Estatal.
De acordo com a concepção voluntarista o fundamento da ordem jurídica internacional
repousa na manifestaç ão da vontade estatal . Parte do principio que o surgimento das
normas internacionais exige a manifestação soberana.
Leva em consideração antes de qualquer outra coisa, um fato: a sociedade internacional é
constituída de várias unidades soberanas, o que inviabiliza a existência de uma autoridade
universal.
Princípios
Tenta retomar o universalismo político anterior à afirmação do Estado moderno. Coloca a
vontade soberana em segundo plano, visto que seu foco está mais nos indivíduos do que
nos Estados.
Capitulo IV
Sujeitos
1. Conceito e Classificação
,
Sujeito de direito é todo aquele que está apto a ser titular de direitos e/ou obrigações.
Sujeito do DIP é todo aquele que está apto a ser titular de direitos e/ou obrigações estabelecidas
internacionalmente.
a) Sujeitos Originários:
Competência ilimitada.
b) Sujeitos Derivados:
c) Sujeitos Fragmentários:
Santa Sé (Vaticano):
O Papa foi durante vários séculos não apenas um chefe religioso, mas também um
Chefe de Estado. Foi editada uma Lei : Lei de Garantias - que reconheceu a figura do
Sumo Pontífice como sagrado e inviolável.
A situação foi definitivamente resolvida com a assinatura do tratado de Latrão. A
partir de então, admitiu-se uma soberania restrita, de modo que o Papa permanece
na condição de chefe da Santa Sé (chefe religioso) e chefe da Cidade do Vaticano
(chefe político).
Terrorismo
Ex.:
11 de setembro de 2001
O uso político da violência, causar terror, medo.
Estrutura, defesa organizada em células
Art. 5º, XLIII, LII
Capitulo V
Fontes: Introdução
Possibilidade que certo elemento tem de gerar direta ou indiretamente, direitos e/ou obrigações
para sujeitos do DIP.
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1. Classificação
I. Principais (essenciais):
Doutrina
Obs .:
Decisões Internacionais (pacta sunt servanda)
Estrangeiras (depende da homologação)
b. Fontes Modernas:
I. Atos unilaterais
2. Equidade
Além das fontes tradicionais, é comum que no estudo da introduç ão ao direito nacional sejam
discutidos os elementos que visam suprir as lacunas ou corrigir as distorções do complexo
legislativo estatal: a analogia e a equidade.
A equidade pode s er condicionada à concordância prévia das partes litigantes . É o que se
encontra no art. 38.2 do Estatuto da CIJ: Ex Aequo Et Bono "se as partes com isso
concordarem"
De modo geral, designa-se equidade a aplicação dos princípios da justiça a uma dada
situação, quer se oponha a justiça abstrata ao direito estrito, quer s e oponha a justiça natural à
justiça legal.
Capitulo VI
Princípios Gerais do Direito Internacional
Art. 4º CF.
Independência nacional
Igualdade entre os Estados
Solução pacífica de conflitos Possuem natureza política
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Não intervenção
Autodeterminação dos povos
Cooperação
Prevalência dos direitos humanos
Repúdio ao terrorismo e ao racismo Possuem natureza "humanas"
concessão de asilo político
Capitulo VII
Costumes Internacionais
1. Conc eito: Art. 38, I, b, do Estatuto da CIJ - "Prova de uma prática (uso) geral aceita como sendo o
direito."
2. Elementos
Quando analisadas as práticas costumeiras, dois tipos de elementos podem ser encontrados:
Objetivo
Subjetivo
Trata-se da opinião geral de que determinada prática tem caráter normativo: a opinio
juris , a opinião que a prática é capaz de estabelecer uma relação de direitos e/ou
deveres.
3. Classificação
Geral
Regional
Asilo diplomático
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4. Ônus da Prova
Nos litígios internacionais, o ônus da prova c aberá à parte que alega a existência de um
c os tume em s eu beneficio.
Capitulo VIII
Atos Unilaterais
Os conceitos jurídicos do estudo da ciência jurídica (sujeito de direito; ato jurídico; fato jurídico; e
efeito jurídico) não sofrem alteração na ordem internacional.
Entende-se por ato unilateral aquele praticado por um Estado que produz efeitos no sistema
jurídico internacional . Esses atos podem ser incondicionais (independentes) ou c ondicionais
(dependentes), caso exista alguma condição necessária à sua realização ou validaç ão; nesse
ultimo caso, são considerados atos unilaterais impuros.
1. Conc eito
Ato praticado por um Estado que gera efeitos jurídicos nas suas relações com outros Estados
2. Características
A partir do momento que esses atos unilaterais produzem s eus efeitos jurídicos, s ão irrevogáveis.
Tem-se então suas características fundamentais:
Capitulo IX
Atos das Organizações Internacionais
Ex.:
Resoluções da Conselho de Segurança da ONU.
Resoluções da Assembleia Geral da ONU.
Recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Capitulo X
Tratados Internacionais: Introdução
1. Conc eito
"É um acordo entre Estados na forma escrita, regido pelo direito internacional , qualquer que seja a sua
determinação es pecifica".
Os tratados são classificados , como fontes tradicionais principais e formais (positivas) do DIP; são
acordos de vontades celebrados entre pessoas internacionais, isto é, sujeitos do DIP dotados de
competência e/ou capacidade para tal fim.
E um eventual conflito quanto à aplicação de um tratado não será aplicado um sistema jurídico
estatal especifico. A solução a ser buscada deverá ser internacional , isto é, as partes contratantes
deverão resolver a querela s egundo algum sistema de resolução de controvérs ias internacionais
(negociação direita, mediação, arbitragem, solução judiciária etc .)
2. Terminologia
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A terminologia empregada é questão secundária. O que interessa, antes de qualquer outra coisa, a uma
fonte formal é o respeito às formalidades que dizem respeito a seu processo de elaboração.
Tratado
Acordo
Ajuste
Convenção: denomina-se usualmente para um tratado aprovado em conferência internacional
Arranjo
Modus vivendi
Minuta
Pacto
Protocolo
Ato
Ata
Compromisso
Memorando
Carta
Estatuto são expressões utilizadas p. designar um tratado que cria e/ou define a estrutura de uma
organização internacional
Constituição
Concordata: utilizados p. os acordos celebrados entre a Santa Sé e um Estado católico com a finalidade de
organizar o culto.
Etc.
3. Classificação
Regra geral, a classificação dos tratados atende a princípios gerais do direito das obrigações . O
objeto de todo tratado deve ser lícito e possível, caso contrário poderá ser declarado nulo. Um
Estado não pode celebrar um acordo sobre algo que não lhe pertence.
De modo geral, admite-se que um tratado somente alcança fatos posteriores ao momento que
inicia sua vigência, salvo cláusula em sentido oposto. Outrossim é admitido como princípio geral
que um tratado diz respeito ao território de um Estado como um todo, desde que não haja
estipulação expressa em contrário.
Efeito estático (instantâneo): são aqueles c ujo objeto é exaurido de modo instantâneo, isto é,
não se prolonga ao longo do tempo.
Efeito dinâmico (continuo) : apresentam obrigações de caráter contínuo. Não apresentam
efeito em um único momento. O objeto da negociação se estende ao longo do tempo; seja o
prazo do tratado determinado ou indeterminado.
Capitulo XI
Tratados: Negociação e Elaboração do texto
1. Competência negocial.
Diz-se que todo aquele que es tá munido de poderes para celebrar um acordo em nome de um
Estado ou de uma OI possui c ompetência negocial.
A competência negocial diz respeito ao direito interno de cada Estado ou às regras das OIs.
Diz respeito àquele agente ou autoridade que representa originariamente um Estado, isto
é, aquele que tem competência para celebrar um tratado internacional em nome de um
Estado antes de qualquer outra pessoa: Chefe de Es tado e /ou Governo
Os agentes que rec ebem poderes para repres entar um Estado na assinatura de um tratado
internacional de quem tem competência originária possuem competência derivada. São
pessoas que, num primeiro momento, não estariam aptas a celebrar um acordo
internacional, todavia recebem poderes por delegação.
Autenticação (assinatura)
A autenticação é o ato pelo qual se confere autenticidade ao texto aprovado.
Nas negociações de tratados encontrados mais de uma versão de texto.
Textos (versões):
Autênticos - é o que está na língua estrangeira
Oficial - Se o texto estiver em outro língua vai ter que ser feito uma
versão oficial (interna) na língua brasileira.
Capitulo XII
Tratados: Expressão do consentimento
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O aspecto convencional dos tratados exige que os sujeitos que deles participam manifestam
livremente sua vontade em relação ao texto, isto é, devem expressar seu consentimento. Sem isso
não é possível atribuir nenhuma obrigação a um Estado ou organismo internacional .
Após a manifestaç ão definitiva da vontade de se obrigar perante um tratado, o Estado é
denominado "c ontratante", esteja em vigor ou não o ato; já o Estado que tenha expressado seu
consentimento em relação a um tratado que está em vigor é chamado "Es tado-parte".
1. As s inatura
É comum que os signatários recorram à prática da assinatura ad referandum , aquela c uja validade
depende de c onfirmação ulterior.
Os acordos que dispensam atos posteriores necessários à validação da assinatura, salvo aqueles
de competência do Poder Executivo de um Estado, são conhecidos como acordos em forma
simplificada.
Usualmente, esses tratados são bilaterais e não versam sobre matéria de acentuada relevância,
fato que justifica a ausência de análise futura pelo Poder Legislati vo. Também conhecidos como
acordos executivos (executive agreements )
2. Troc a de N otas
é método negocial um processo de conclusão de tratados bilaterais . Por isso com certa
frequência, encontra-se a expressão - acordo por troca de notas reservais.
Quando dois ou mais Estados reco rrem à troca de notas não há um encontro de autoridades
munidas de plenos poderes para adotar e autenticar um texto.
O recebimento da nota que contém a proposta, com o consequente envio de resposta favorável ao
texto, s ubs titui o momento da adoção e da autenticação.
A troca de notas não chega a ser propriamente uma forma autônoma da manifestação da vontade
estatal, posto que o direito interno pode conter disposições cuja observâncias são vitais à
expressão do consentimento (nec essidade de aprovação parlamentar). Assim, conquanto a troca
de notas s eja um método negocial, o envio de correspondência oficial que manifesta a
concordância do Estado ao proponente apresenta, na prática, os mesmos efeitos da ratificação.
3. Ratificação
12.4. Adesão
modo de realização:
1) por um termo de adesão, ou
2) tratado de adesão
a) aberto
b) semiaberto
c) fechado
12.5 Reserva
Declaraç ão unilateral por meio da qual um negociador comunica - por esc rito - os demais que ele
se exclui do âmbito de aplicação de certos dispositivos de um tratado.
Momento: na expressão definitiva do cons entimento, isto é quando da assinatura, ratificação,
aceitação, aprovação ou adesão.
Quando o sistema interno de um Estado requer a ratificação, a autoridade competente para
aprova-lo tem autonomina para formular reservas mesmo que no momento da assinatura nada
tenha sido declarado.
A ratificação internacional é ato do Poder executivo.
O estado tem liberdade para apresentar reservas
exc eções:
a) se tiver cláusula proibitiva no tratado (compromisso único, - single undertaking: ex: tratados
sobre direitos humanos ou meio ambiente);
b) quando a reserva é incompatível com o objeto do tratado e a finalidade do tratado.
Em virtude da unilateralidade em principio não é nec essária a concordância dos demais signatários
para que a res erva tenha efeito, SALVO se o tratado assim dispuser.
Tratando-se do ato constitutivo de uma OI , a reserva só poderá ser feita se houver anuência
expressa do órgão competente da entidade, salvo disposição em contrário no próprio texto.
Embora um Estado tenha plena autonomia para formular reservas, salvo proibição expressa no
texto do tratado, é possível que a outra parte apres ente objeção às reservas . As objeções devem
ser formalizadas em no maximo 12 meses a partir do momento em que houve a notificação da
res erva, a ausência de objeção após esse prazo implica não objeção em relação à reserva.
Capitulo XIII
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1. Entrada em vigor
(...)
2. Registro e Publicidade
O deposito deverá ser feito após a entrada em vigor do tratado. A aus ência do registro inviabiliza
a invocação de qualquer dispositivo de um tratado frente aos órgãos das Nações Unidas.
É evitar os males da diplomacia secreta, prática corrente e aceita até o início do sec. XX.
Os tratados secretos eram firmados principalmente, quando dois ou mais Estados
pretendiam constituir alianças estratégicas e militares.
A publicidade dos tratados não visa apenas abolir a diplomacia sec reta. Em determinados
momentos, um ac ordo pode ser de interesse direito ou indireto de terceiros . (*) (assegurar
interesse de terceiros)
Os textos dos tratados registrados junto ao Secretariado da ONU são disponibilizados na United
Nations Treaty Series, com exc eção dos bilaterais que se enquadrem em alguma das seguintes
situações:
Publicidade:
Internacional
Interna
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Enquanto o contrato não é um documento público , mantém-se a hipótes e de fraude contra a obrigação
de realização do registro perante as Nações Unidas e posterior publicação.
3. Denúncia
A denúncia é uma declaração formal (unilateral) por meio da qual uma parte de um tratado
notifica formalmente às demais que se desobriga do cumprimento do que fora pactuado. É
necessário que seja notificada por es crito.
A validade do ato não é imediata. A CVDT dispõe que se um tratado não apres enta regras
expressas sobre a denúncia a parte interessada deverá comunicar às demais o seu intento com, no
mínimo doze meses de antec edência. é mais comum, entretanto, que o próprio texto já contenha
cláusula que estabeleça o prazo mínimo.
A CVDT (art. 56) dispõe que a denúncia pode ser feita quando:
aqueles tratados que geram s ituações irreversíveis , isto é, os tratados que não
apresentam efeito contínuo. Isso acontece quando o objeto da negociação é alcançado
e executado de modo definitivo. Os acordos de limites apresentam essa característica,
uma vez que dois ou mais Estados que c elebram um tratado com tal finalidade
esperam gerar uma situação imutável.
Há, ainda, tratados que contêm disposição que proíbe expressamente a denúncia , fato
que tem se tornado comum em questões ambientais, humanitárias. Não é conveniente,
também a admissão de denúncia em tratados de paz.
A denúncia não é um ato irreversível , é um ato retratável , portanto é possivel que, mesmo após a
notificação do interesse em se desvincular, um Estado permaneça, quando a retratação for feita
antes de exaurido o prazo(*) previsto para o total desligamento do Estado - ou - volte a ser parte
em um tratado internacional. - (*) Isso pode acontecer - retratação - desde que esteja dentro do
prazo de 60 dias ou do prazo estipulado para começar a valer.
4. Emenda
(...)
Capitulo XIIII
Validade e Aplicabilidade dos Tratados no Direito Interno
1. Elementos Gerais
.........................................................................................
Após o Capitulo 14 começa aqui..... texto.
Te xto
O Estado no Direito Internacional
1. Conceito
Sociedade política soberana.
Conjunto de pessoas (população) estabelecido num dado território sob a autoridade de um
governo que exerce um poder soberano.
Elementos c onstitutivos: população, território, e governo.
2. Elementos
2.1 População
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TERRITÓRIO
1. Elementos Gerais
ou,
Internacionais,
Deve atender dois critérios:
a) percorrer o território de mais de um Estado;
b) ser navegável em toda a sua extensão
Podem ser:
Limítrofe ou fronteiriços (divisa entre países)
(*) definir critérios de delimitação
Sucessivos ou Contínuos (atravessa de um país p. outro)
Critérios de delimitação
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Bolívia
__________________________
..................................................
__________________________
Brasil
______________________________
(*) A principal regra à delimitação desses espaços é a Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar (1982)
É uma faixa adjac ente ao mar territorial (*) vizinho. Neste espaço o
Estado costeiro não possui pleno imperium mas pode adotar
medidas preventivas necessárias à manutenção e proteção de seu
território.
O estado pode exercer o poder de polícia (medidas de fiscalização
e controle), tais como ações de fiscalizaç ão em matéria fiscal,
aduaneira, imigratória, ambiental.
Sua extensão pode s er equivalente ao limite do mar territorial (12
milhas), o que significa que os dois juntos não podem ult rapassar
a dis tância de 24 milhas a partir da linha de base.
Até 24 nm - contando da costa
Soberania econômica
Os recursos são do país (ex.: Brasil)
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Delimitação (critério):
Profundidade: critério vertical - 2.500 metros (desde que
não ultrapasse 350milhas)
Distância: critério horizontal - 200milhas a partir da costa.
O país é que irá definir o que será mais vantajoso se será a
profundidade ou distância.
|______________________________________________________________________________________________|
________|__até 12___|________________________________________________________|
12nm 24nm 200nm
É representado pelo espaço sobrejacente às áreas onde o Estado exerce soberania plena. é
o que está acima do domínio terrestre e do mar territorial.
Tudo aquilo que está acima da soberania plena.
O limite de altitude é a estratosfera até aonde pode voar
..................................................................................
Após começa no apêndice - N ac ionalidade (livro) pag. 285
APÊNDICE: DA NACONALIDADE
1. Elementos Gerais:
2. Es pécies de N acionalidade:
Originária
Secundária
2.1. Originária
Obtém no momento do nascimento. Diz-se nato de um Estado aquele que já nasce com
direito à nacionalidade, ainda que o nascimento tenha se dado em território estrangeiro.
A nacionalidade originária não é resultado de um ato de vontade do individuo, por isso
também é chamada de nacionalidade involuntária.
2.2. Secundária
É a nacionalidade voluntária - é decorrente de um processo de naturalização.
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3 . Perda da N acionalidade
V oluntária (perda-mudança)
O individuo pode renunciar à nacionalidade originária e adquirir uma nova por
naturalização.
Essa renúncia, porém não é ato que depende apenas da vontade do individuo. Mais do que
uma renúncia tem se uma mudanç a de nacionalidade. Trata-se de uma perda-mudança e
não de uma perda renúncia.
Involuntária (perda-punição)
Cassação da nacionalidade;
A cassação é motivada pela prática de atos que atentem contra a s egurança do Estado,
contra a ordem politico-institucional
a. Os nascidos da Rep. Fed. do Brasil ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país. - ius solis
b. Os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira desde que qualquer deles esteja a
serviço da Rep. Fed. do Brasil. - ius sanguinis
c. Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileira, desde que s ejam registrados em
repartição competente ou venham a residir no Brasil e optem em qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira. - ius sanguinis
Situação atípica
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a. N aturalização Ordinária
b. N aturalização Extraordinária
5. Portugueses no Brasil
Os portugueses residentes no Brasil poderão ter os mesmo direitos de brasil. naturalziado sem
que tenha que passar por um processo de naturalização e abrir mão da nacionalidade originária.
A reciprocidade de tratamento é assegurado pelos países por meio de um tratado.
Direitos
Civis: não tem prazo para requerer
Políticos: mínimo de 03 anos de residência com visto permanente (o visto tem prazo de 05
anos - tem que renovar a cada 05 anos)
(*) Regra: o beneficiário do estatuto da igualdade não pode s er extraditado SALVO s e o requerente é o
país de s ua nacionalidade.
.................................................................................
Te xto
Saída Compulsória do Estrangeiro
Expulsão
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Extradição ato bilateral requer pedido formal feito por um Estado a outro
1. Repatriação e Deportação
1.1. Repatriação
Consiste no retorno de alguém ao seu país de origem. Tal providencia esta relacionada aos
casos de não admissibilidade do estrangeiro, quando não preenche todos os requisitos
exigidos por um país.
Impedimento da entrada do estrangeiro s em autorização para ingressar no território nacional
que ainda esteja em área de aeroporto, porto ou fronteira.
Está relacionado à irregularidade - diz respeito a não admissibilidade
1.2. Deportação
Consiste na retirada compulsória do estrangeiro que ingressa ou permanece irregularmente no
território nacional.
Está relacionado à irregularidade - diz respeito ingresso e permanência irregular.
Não é crime e sim infração. A deportação é pena ou sanção por tal ato infracional.
Não gera efeitos permanentes
Considerações gerais:
Competência executória para as duas medidas (repatriação / deportação) é do
Departamento de Policia Federal do Ministério da Justiça.
São procedimentos administrativos.
1.3. Expulsão
É a retirada c oercitiva do estrangeiro cuja presenç a é considerada nociva para o Estado que o
acolhe, em virtude de atos que atentam contra a segurança nacional ou a ordem pública , o
individuo é declarado persona non grata, indesejado ou indigno.
Tal medida não e aplicada ao nacional pois isso configuraria o banimento .
Competência p. expulsar: Poder Executivo. - Mediante decreto é do Presidente da Republica
- porém a competência decisória foi delegada ao Ministro da Justiça , e o ato que oficializa a
expulsão ou a revoga é uma portaria ministerial.
Não pressupõe um processo judicial, porém é imprescindível o inquérito de expulsão cuja
instauraç ão é pelo Ministro da Justiça que pode fazer de oficio ou mediante solicitação
fundamentada. A condução do inquérito cabe ao Dep de Policia Federal. Porém trata-se de
procedimento administrativo.
Diante o cometimento de fatos mais graves s erá instaurado o inquérito sumário, o prazo é de
15 dias p. conclusão. O MJ a fim de assegurar a conclusão do Inquérito poderá determinar a
prisão do estrangeiro por 90 dias admitida renovação de igual período.
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Impedimentos a expulsão:
a. Extradição inadmitida;
b. cônjuge brasileiro, desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 05 anos;
c. filhos brasileiros sob a guarda do expulsando e que dependa dele economicamente;
d. (*) união estável e guarda compartilhada (deve ser analisado o caso concreto);
1.4. Extradição
Características:
a. Bilateralidade
b. Reciprocidade
c. Discricionariedade
d. Pedido fundamentado na prática de um crime grave;
A CF veda a extradição de nacionais, mas tal proibição não alcança a entrega. Caso as
autoridades pátrias entreguem um brasileiro ao TPI, ele não será coloc ado sob uma
jurisdição estranha pois se trata de uma jurisdiç ão internacional da qual o Brasil
participa voluntariamente.
1.5. Asilo
Espécies de asilo:
a. Territorial: ingressa irregularmente
b. Diplomático: buscado junto às repartições oficiais, normalmente quando o individuo
não dispõe de tempo nem meios hábeis para deixar o território do Estado que o
persegue.
1.6. Refúgio
Acolhimento do estrangeiro
Normalmente está relacionada à guerra c ivil, c atástrofes naturais, etc...
O refugio econômico ainda não tem guarida no sistema internacional
No Brasil o pedido é apreciado em primeira instancia pelo Conselho Nacional dos Refugiados
(CONARE). Da decisão denegatória cabe recurso ao MJ no prazo de 15 dias