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1. JUSTIFICATIVA
No início dos tempos, os homens eram nômades, moravam em cavernas, eram extrativistas e
sobreviviam da caça e da pesca e suas populações deslocavam-se constantemente para outros lugares à
procura de comida, havendo o descarte do lixo que produziam a céu aberto, e como consequência a
decomposição desse material.
Mais tarde, o homem descobriu a arte de manejar a terra, dando início a agricultura, e
posteriormente passou a ser sedentário, ou seja, fixou-se em uma determinada região, surgindo a partir
daí as primeiras civilizações organizadas que mais tarde tornaram-se vilas e depois cidades.
A partir do momento em que passou a ser sedentário, o homem teve a necessidade de criar
objetos de conforto para o seu bem comum e de suas populações. Os primeiros objetos produzidos
foram equipamentos para a agricultura e utensílios de cozinha, porém, a população crescia e as
necessidades também, e com isso houve um acúmulo maior de lixo no meio ambiente. Com advento
da industrialização e da urbanização, a população mundial cresceu intensamente devido ao êxodo rural
e de migrações regionais por melhor qualidade de vida. Isso gerou um aumento significativo na
produtividade e competitividade em massa para atender o mercado interno e o voltado para a
exportação. (BIZZOTTO, 2010)
Dessa forma, o descarte do lixo, por muitos anos, foi tratado de forma negligente e só mais
tarde na segunda metade do século XX foi “percebido” com o aparecimento de sérios problemas
ambientais, como por exemplo, o buraco na camada de ozônio e o efeito estufa, gerando um alerta às
nações acerca da conduta da espécie humana sobre o Meio Ambiente. A partir daí, as nações mais
industrializadas percebem a necessidade de se discutir esses problemas ambientais, pois muitos países
viam o Meio Ambiente como fonte inesgotável ou simplesmente o ignoravam (JACOBI & BESEN,
2006).
Diante dessa constatação, foi organizada pela ONU a primeira Conferência Ambiental, na
cidade de Estocolmo, na Suécia, em 1972, para tratar dos principais problemas ambientais e de como
minimizá-los. Ficou decidido que esses encontros se dariam de dez em dez anos, reunindo todos os
países para ratificarem seus acordos ambientais. O Brasil, por exemplo, sediou em 1992 a Rio 92 ou
Eco 92 e em 2012 a Rio +20, ambos na cidade do Rio de Janeiro (BESEN, 2011).
Foi a partir dessas discussões que começou a se utilizar termos como sustentabilidade e
desenvolvimento sustentável, entendidos como uma forma de atender as necessidades da população
atual sem comprometer o meio ambiente e as necessidades da população futura.
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E dentre as temáticas ambientais preocupantes se destaca a questão do lixo, pois somos quase
8 bilhões de habitantes e, com o consumismo exagerado, influenciado pela mídia massificada, a
tendência é a produção do lixo na mesma proporção, como bem esclarece Barbosa (2014, p. 14) ao
afirmarem que “o surgimento de novos bens de consumo resultado do constante crescimento
tecnológico em todas as suas esferas produtivas, fez com que apareçam novas necessidades de cunho
material, incorporadas às necessidades básicas do ser humano, aumentando consideravelmente o
consumo de materiais descartáveis no meio ambiente”. Infere-se, pois, que esse descarte de resíduos
sólidos na natureza gera o lixo e com isso sérias consequências, como por exemplo, a degradação do
planeta e muitas doenças para a vida das pessoas. (GONÇALVES, 2012)
Na concepção do senso comum, “lixo é o resultado de tudo que não pode ser aproveitado
pelos consumidores ou nos processos produtivos depois de atender suas necessidades de utilização”
(BARBOSA, 2014, p. 15). E, a partir desse entendimento, generaliza-se todos os restos inúteis,
indesejáveis e descartáveis. Há, porém, a necessidade de se conhecer de forma específica as diferenças
existentes para o que as pessoas costumam denominar de lixo. Esse entendimento é de extrema
importância visto que, devido à grande quantidade de lixo, a reciclagem se torna uma atitude cada vez
mais importante para a manutenção da saúde da população em geral, além de ser um fator de redução
de custos nas indústrias e geração de renda para muitas pessoas.
Diante disso, pensou-se, juntamente com alguns alunos, jovens protagonistas do IEMA São
Luís, num projeto de replicabilidade que contribua de forma significativa para a importância de se
preservar a natureza através da seleção de objetos descartados no lixo com a finalidade de serem
reciclados através da pintura metalizada, cujas peças confeccionadas sirvam como incentivo para o
artesanato, e posteriormente sejam usadas também como práticas fomentadoras do empreendedorismo,
preparando os futuros artesãos para o mercado, favorecendo o fortalecimento do turismo e da
economia local.
2. Objetivo Geral
3. Objetivos Específicos
Favorecer a reflexão sobre a responsabilidade ética de nossa espécie e do planeta para garantir
um ambiente sustentável.
Propiciar à comunidade escolar reflexões a respeito da problemática do lixo;
Capacitar multiplicadores aproveitando as habilidades com o artesanato através da pintura
metalizada para implementação de trabalhos voltada para a geração de renda que
posteriormente serão replicados nos municípios do “Mais IDH”;
Incentivar o empreendedorismo local gerando trabalho e renda para a população do município.
4. Metodologia
Reuniões uma vez por semana com a prática de atividades de leituras reflexivas sobre o
descarte do lixo no meio ambiente;
Palestras sobre artesanato e empreendedorismo onde o aluno protagonista possa
desenvolver um senso crítico sobre a importância da formação e qualificação para o
trabalho em um mundo globalizado na busca de alternativas que possibilitem geração de
renda.
Seleção de material descartado no lixo para que sejam reaproveitados no desenvolvimento
da proposta;
Confecção de peças novas através da pintura metalizada;
Realização de uma exposição para apreciação com os produtos artesanais produzidos
pelos alunos que posteriormente serão replicados nos municípios do “Mais IDH”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARBOSA, R. P. Resíduos sólidos: impactos, manejo e gestão ambiental. 1. Ed. São Paulo:
Érica, 2014.
NALINI, J. R. Ética Ambiental. 4ª edição. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2015.
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CRONOGRAMA
Ano 2017/2018
Cronograma de Realização das Atividades AGO SET OUT NOV DEZ JAN
Reuniões uma vez por semana com a prática de
atividades de leituras reflexivas sobre a temática. X
Palestras sobre artesanato e empreendedorismo sobre a
importância da formação e qualificação para o trabalho X
em um mundo globalizado na busca de alternativas que
possibilitem geração de renda.
Seleção de material descartado no lixo para que sejam
reaproveitados no desenvolvimento da proposta. X X
Natureza da
Despesa/Item Quant. Valor Unitário Valor total Justificativa
Custeio
Contratação de seguro
viagem 7 45,00 315,00 Contrato de seguro viagem para seis bolsistas
Caixa de luvas
descartáveis 1 10,00 10,00 Utilizar na pintura com o betume
Subtotal: 2.768,96
Capital
Tenda articulável Tenta para proteção das peças confeccionadas para o evento
dobrável 3x3 1 450,00 450,00 e para proteção dos bolsistas
Subtotal: 745,00
Total R$3.513,96
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ANEXO 2
QUANTITATIVO DE BOLSA
Dedicação em
Integrante Função Atividades horas/Mês
ANEXO 3
Reflexão sobre a responsabilidade ética de nossa espécie e do planeta para garantir um ambiente
sustentável através da seleção de material descartado no lixo; Selecionar objetos descartados no lixo
para serem reaproveitados através da pintura metalizada; Colocar em prática habilidades com o
artesanato da pintura metalizada; selecionar as peças produzidas para exposição e replicabilidade aos
seus respectivos municípios do plano Mais IDH.
Ano 2017/2018
Cronograma de Realização das Atividades AGO SET OUT NOV DEZ JAN
Reuniões uma vez por semana com a prática de atividades de leituras reflexivas
sobre a temática. X
Palestras sobre artesanato e empreendedorismo sobre a importância da formação
e qualificação para o trabalho em um mundo globalizado na busca de X
alternativas que possibilitem geração de renda.
Seleção de material descartado no lixo para que sejam reaproveitados no
desenvolvimento da proposta. X X
6. IMPRESSOS ESPERADOS
O projeto envolve a construção de uma ética ambiental nos alunos protagonistas através de uma
fundamentação teórica sobre a temática, pois como diz Nalini (p. 22) o desafio é sensibilizar as
consciências de seus atos ou omissões – pois “somente sujeitos conscientes das consequências de seus
atos é que fazem a diferença na sociedade e no meio ambiente”.
Nesse sentido, além de uma construção ambiental mais sólida, há a oportunidade dos bolsistas
colocarem em prática habilidades com a reciclagem e de conhecer questões referentes ao
empreendedorismo.
DATA 22/05/2017
___________________________________________________
ASSINATURA DO COORDENADOR