RGU: 11610576 Disciplina: História e Ciências Político-Econômicas
Texto 1: Teoria do Valor-Trabalho: do ideário clássico aos postulados
marxistas O texto é uma discussão crítica do valor trabalho nas obras dos principais autores clássicos contrapondo com as formulações de Marx. Marx iniciaria um novo ciclo, onde somente o trabalho humano seria capaz de criar valor. A questão do valor é um tema que tem um certo nível de dificuldade. No sistema capitalista a célula econômica é a mercadoria, produto do trabalho, contudo seu valor é um valor de utilidade, portanto subjetivo. De forma geral, os autores clássicos, buscaram entender o sistema econômico e a forma de repartição de riqueza entre as classes sociais. Essa riqueza era resultado direto do trabalho humano. Alguns autores clássicos serão analisados, para que se tenha um entendimento melhor sobre a teoria do valor em Marx e sua ruptura com os mesmos. Adam Smith: Para ele, o Estado só deve zelar pela concorrência entre os indivíduos. A riqueza gerada pelas nações, é fruto e conseqüência única do trabalho, sendo a troca o instrumento pelo qual se obtêm mercadorias. O valor teria então, uma espécie de utilidade e valor de compra, se tornando a medida real de troca. David Ricardo: Se preocupou em determinar o processo de distribuição da riqueza. Para ele só havia duas classes, a saber, os capitalistas e os trabalhadores. O valor aqui é entendido como produção de troca, dependendo do trabalho contido na mercadoria. O valor não depende da remuneração, mas da quantidade d e trabalho empenhado no produto. Teoria marxista do valor: Marx rompe com os autores clássicos na questão do valor. Para ele, não é o trabalho que é trocado por outra mercadoria, e sim a capacidade de trabalho. Essa capacidade de trabalho, seria algo como o trabalho em potência. O valor é explicado baseado na quantidade de trabalho necessário a produção, onde a força de trabalho é trocada por capital. Texto 2: Alexis de Tocqueville e os fundamentos cívicos da democracia na América Tocqueville formulou um conceito de democracia e igualdade na área social. Demonstrou as relações entre governo democrático e os aspectos religiosos, educacionais, étnicos e cívicos da sociedade norte-americana. Sua principal obra é o livro “ A Democracia na América”. Ele nasceu na França na época de Napoleão e das revoluções. Foi para os Estados Unidos, onde estudou o regime político americano, seus hábitos, costumes e organização social e relações do Estado com a sociedade civil. Era um entusiasta da democracia americana. Para ele a democracia tinha um caráter sagrado, onde seu advento e consolidação eram inevitáveis, tão inevitáveis que lutar contra esse processo seria lutar contra a vontade de Deus. Ele viu vários pontos positivos na democracia americana como os políticos sendo governados pela circunstância, o princípio de ordem, equilíbrio dos poderes, respeito ao direito e a importância que os americanos dão a igualdade de condições. Para que este estado permaneça é necessário a manutenção do conhecimento sobre a democracia através da educação. Esse ponto da questão da educação é um pouco complicado, pois pode tender ao domínio estatal sobre os indivíduos, visto ser o Estado aqui o fornecedor e protetor do direito ao ensino escolar. Tocqueville também estudou sobre os aspectos externos e a formação étnico-social dessa sociedade, além de aspetos cívicos e religiosos. A escravidão para ele destrói a sociedade, e a abolição dela nos Estados Unidos foi influencia direta do puritanismo. O puritanismo também influenciou a noção de soberania popular, participação dos cidadãos. Os aspectos cívicos têm como características o governo local, que para ele é o berço da democracia, a associação cívica onde existe a participação das pessoas em grupos de voluntariados, que são causa de união e progresso além do aumento do espírito cívico e participativo; e espírito religioso onde a democracia e a religião andam de mãos dadas. Segundo Tocqueville, a América não cai no despotismo justamente por causa da religião. Segue-se que é impossível a liberdade sem os costumes. Texto 3: O conceito de alienação no jovem Marx A primeira parte do texto se propõe a dar os fundamentos pelos quais não os entendendo é impossível compreender corretamente o conceito de alienação em Marx. Para isso é importante entender a sua dialética retirada de Hegel e sua diferenciação do materialismo histórico do materialismo vulgar, além da diferenciação do socialismo utópico do socialismo científico. A dialética de Hegel é idealista. Tem a ver com consciência ou não do Ser Absoluto, onde se tem uma tese em contraponto com uma antítese que daí surge uma síntese. Marx usa essa dialética, porém retira o Ser Absoluto e põe como motor da História a luta de classes, ou seja, põe uma base material para a evolução da sociedade. Apesar de ter tido influência do materialismo vulgar, Marx se afasta dele em sua questão mecanicista. Teve influência também do socialismo utópico, porém não pensava que a História se moveria sem a intervenção da revolução, que poria o fim e começo da história no comunismo. Para ele o principal agente revolucionário é o proletário. Sua missão é conduzir a sociedade para o socialismo. Outro pensamento que teve forte influencia em Marx, foi a teoria da alienação de Engels. Antes de Engels, a teoria da alienação em Marx era que apesar da capacidade do homem de transformar a si mesmo e o mundo, ele também se desumaniza e se aliena, perdendo a consciência, fragmentando-o, apartando-o do mundo e de si mesmo. Havia vários tipos de alienação. Uma delas, por exemplo, era a religiosa, que para ele era um instrumento de domínio e alienação. Porém com a influência de Engels, o conceito de alienação adquire uma base comum. Essa alienação era mãe de todas as outras. E essa mãe é alienação produzida no mundo do trabalho.