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MARABÁ
Junho/2018
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AMANDA SAYURI DE SOUZA NAKATA
EDUARDO WILYAM PEREIRA LIMA
GABRIEL GOMES ALVES
JOÃO PEDRO JUNIOR
RAIANY RODRIGUES ROSA
MARABÁ
Junho/2018
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5
1.1 Níquel ..................................................................................................................................... 5
1.2 APLICAÇÕES....................................................................................................................... 7
2. PROCESSOS DE EXTRAÇÃO METALÚRGICA DE NÍQUEL ............................................ 9
2.1 Processo Garnier ................................................................................................................... 9
2.1.1 Produção de Concentrado de Níquel a partir de minério sulfetado ......................... 9
2.1.2 Princípios de flotação de froth (Espuma) .................................................................. 10
2.1.3 Produtos da flotação.................................................................................................... 11
2.1.4 Separação de calcopirita de pentlandita por flotação .............................................. 11
2.1.5 Fundição de Sulfeto de Níquel concentrados por Ustulação e Fundição de Fornos
Elétricos 12
2.1.6 Química do roasting .................................................................................................... 12
2.1.7 Eletrorrefino de níquel de alta pureza a partir de ligas de Ni e ânodos de Ni matte
12
2.2 Ferro Nickel Smelting ......................................................................................................... 14
2.2.1 Desaguamento e calcinação ............................................................................................... 15
2.2.2 Fundição .............................................................................................................................. 16
2.2.3 Refino .................................................................................................................................. 16
2.3 Processo Caron .................................................................................................................... 17
2.3.1 Secagem de minério / moagem ................................................................................... 18
2.3.2 Aquecimento de redução de minério (Figuras 1 e 2) ................................................ 18
2.3.3 Calcinação em solução aquosa de NH3 / CO2 ............................................................ 20
2.3.4 Lixiviação de Calcina .................................................................................................. 20
2.3.5 Separação de líquidos/sólidos ..................................................................................... 21
2.3.6 Purificação da solução ................................................................................................ 21
2.3.7 Precipitação do carbonato de Ni básico .................................................................... 21
2.3.8 Decomposição de 𝟑𝑵𝒊𝑶𝑯𝟐. +𝟐𝐍𝐢𝐂𝑶𝟑....................................................................... 21
2.3.9 Sinterização do pó de NiO .......................................................................................... 21
2.3.10 Produto ......................................................................................................................... 21
2.3.11 Produção de cobalto .................................................................................................... 21
2.4 Processos pressure acid leaching (PAL) e hingh pressure acid leaching (HPAL) ......... 22
2.4.1 Visão Geral do Processo ............................................................................................. 22
2.4.2 Reações químicas evolvidas no processo ................................................................... 24
2.5 Processo Mond ..................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 26
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Níquel
Dentre as suas propriedades físicas, o níquel, destaca-se pelo seu magnetismo que o
transforma em um imã em contato com campos magnéticos, seu peso específico é de 8,5 g/cm3,
dureza na escala de Mohs de 3,5, o sistema de cristalização é isométrico e o número atômico é
28 (SILVA, 2007).
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Ni, 0,65% Cu e 0,04% Co e se distribui em sete corpos de minério, que já foram delimitados.
Na associação sulfeto-óxido destaca-se em abundância a pirrotita, seguida de pentlandita e
calcopirita. Inclui-se também pirita, magnetita, troilita e cubanita. As reservas desse depósito
totalizam 4,98 milhões de toneladas de minério. Os depósitos de lateritas foram formados em
períodos de erosão e intemperismo. A laterita resultante do serpentinito é formada por ferro e
níquel (com 1% de níquel) como ocorre em Cuba e nas Filipinas. Outro tipo de laterita, que é
resultante do peridotito, dunito ou piroxenito, é conhecido como silicato de níquel. O conteúdo
de níquel excede 1,5% e seus principais depósitos ocorrem na Nova Caledônia, na Indonésia,
Venezuela, Brasil e EUA (DNPM, 2001).
Em 2014, a produção mundial de níquel está representada pelo seguinte gráfico:
Gráfico 1: Produção mundial de níquel.
China
4% Rússia
Nova Caledônia 10%
7%
Indonésia
Austrália
10%
9% Canadá
9%
1.2 APLICAÇÕES
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elétricas– ferro/níquel (circuitos magnéticos); fabricação de moedas em vários países;
fabricação de material bélico; dividido é usado como catalizador para a hidrogenação de óleos
vegetais; produção de aço inoxidável; baterias (níquel-cádmio) e ligas anticorrosivas e
refratárias (SILVA,2007)
O níquel tem seu ponto de fusão em aproximadamente 1.453° C, possuindo uma grande
resistência a corrosão e oxidação, deste modo o níquel é utilizado, tanto puro como em ligas,
em aproximadamente 300 mil produtos para consumo, indústria, material militar, moedas,
transporte/aeronaves e em aplicações voltadas para a construção civil (DNPM, 2001).
Segundo o DNPM (2001), nos países industrializados o níquel tem aproximadamente
70% de utilização na siderurgia destinadas à fabricação de aço-inoxidável que são absorvidas
na engenharia em geral, e os 30% restantes, divididos em ligas não–ferrosas, galvanoplastia,
ligas de aço; fundição; laminação e em outras aplicações. Esta utilização se dá seguindo uma
categorização definida como:
- Classe I: derivados com grande pureza, com no mínimo 99% de níquel contido (níquel
eletrolítico 99,9% e “carbonyl pellets” 99,7%), tendo assim larga utilização em qualquer
aplicação metalúrgica e;
- Classe II: derivados com conteúdo entre 20% e 96% de níquel (ferro-níquel, matte,
óxidos e sinter de níquel) com grande utilização na fabricação de aço inoxidável e ligas de aço.
Além da utilização em forma primária, pode-se mencionar a forma reciclada, largamente
utilizada na siderurgia, dando origem ao níquel secundário ou sucata de níquel. Os compostos
de níquel são úteis na proteção de materiais, em forma de niquelados, e na fabricação de pólos
elétricos em cubas eletrolíticas, catalisadores, esmaltes e recipientes de armazenamento dos
derivados de petróleo. É também utilizado na melhoria de resistência mecânica a altas
temperaturas, resistência à corrosão e outras propriedades, para uma ampla faixa de ligas
ferrosas e não-ferrosas. Outras propriedades que se destacam são: as condutividades térmicas e
elétricas, como também uma excelente propriedade magnética que fazem do níquel e suas ligas,
metais bastante valiosos (DNPM, 2001).
Após a eletrólise, o óxido de níquel é usado como catalisador em diversos processos
industriais. O níquel metálico é utilizado na fabricação de aços especiais e em ligas metálicas.
Também é um eficiente catalisador em reações de hidrogenação.
O níquel pode incrementar a produtividade da lavoura, diminuir a ocorrência de doenças
como a ferrugem asiática, e pode ainda melhorar a sustentabilidade da atividade agrícola. Ele é
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importante na ativação enzimática, sendo indispensável para a formação da uréase, enzima
responsável por desdobrar a ureia em outras formas de nitrogênio.
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Figura 1: Fluxograma da planta de flotação de minério de níquel.
11
2.1.5 Fundição de Sulfeto de Níquel concentrados por Ustulação e Fundição
de Fornos Elétricos
A produção de um níquel matte adequado para refinar a níquel de alta pureza de
concentrados de sulfato de níquel ocorre em duas etapas:
(a) fundição (oxidação e fusão) dos concentrados para fazer um matte sulfureto fundido;
(b) converter (oxidar) mais ferro e enxofre a partir deste matte fundido.
O produto da fundição e conversão de sulfeto é um matte derretido rico em níquel (40%
–75% Ni). O teor de ferro (1% -5% Fe) e enxofre (21% -24% S) são relativamente baixos.
Cobre e cobalto também podem estar presente. Este matte é adequado para refino hidráulico e
pirometalúrgico para níquel de alta pureza e outros produtos.
2.1.6 Química do roasting
13
Figura 2: Composição do níquel produzido pela eletrorrefinagem.
Fonte: Crundwell et al, 2011.
14
2.2.1 Desaguamento e calcinação
15
2.2.2 Fundição
2.2.3 Refino
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Outras impurezas podem estar presentes, como cobalto (0,3 – 0,1 %), carbono até 2,4%,
silício até 3% e cromo até 1,7%.
As propriedades químicas do cobalto fundido e do níquel são tão semelhantes que o
cobalto não pode ser removido do ferroníquel sem também remover quantidades consideráveis
de níquel. Em pequenas quantidades, o cobalto não é nocivo para aços inoxidáveis ou ligados.
O cromo está presente em ferroníquel proveniente de fornos de fundição que operam
com alto teor de carbono na alimentação. O teor de cromo neste tipo de ferro-níquel pode ser
de até 1,7% e pode ser removido durante a oxidação de carbono com pouca perda de níquel.
Assim como o cromo, as concentrações de silício podem chegar até 3% em ferro-níquel
rico em carbono. Do mesmomodo, como o silício é facilmente oxidado, ele pode ser removido
durante a oxidação do carbono.
Os corpos de minério de laterita são compostos de (pelo menos) duas camadas: a camada
de saprolita e a camada de limonita. Os processos pirometalúrgicos para a produção de ferro-
níquel e níquel de alto grau de fusão, não podem processar minérios lateríticos com alto teor de
ferro. Como resultado, esses processos estão limitados aos minérios de saprolita. Os minérios
de laterita do tipo limonita são processados com técnicas hidrometalúrgicas.
A hidrometalurgia da laterita produz cerca de 100 000 toneladas por ano de produtos de
elevada pureza de níquel e 10 000 toneladas por ano de cobalto de alta pureza, principalmente
por lixiviação a considerável temperatura usando ácido sulfúrico. Uma quantidade similar de
níquel é produzida pela redução pirometalúrgica de laterita limonítica seguida de lixiviação do
produto reduzido usando NH3, CO2 e O2. Tal processo, chamado de processo Caron após seu
desenvolvedor, é descrito adiante.
Segundo Frank Crundwell, este processo trata principalmente de minérios lateríticos do
tipo limonita (~1.4% Ni e ~0.1% Co), com o objetivo de produzir sinter de óxido de níquel
(~90% Ni e ~ 10% O) e outros produtos. Isto produz aproximadamente 70 mil toneladas de
níquel por ano (Tabela 1), também produz em torno de 5000 toneladas de cobalto em vários
produtos intermediários (Tabela 1).
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Tabela 1 - Detalhes Operacionais de quatro Plantas de Lixiviação no processo Caron.
% Ni %Ni Produção,
Localização no Produtos recuperad toneladas de Ni
minéri o em sinter / ano
Yabulu, Sinterização de óxido de níquel, ~90% Ni, 10% de O
1.5 80 ~12000
Australia e Co oxihidróxido, ~66% Co intermediário
Niquelandia, Ni, Co carbonato é enviado para uma eletrorefinaria 23 000 em
60
Brazil para níquel e produção de cobalto metálico carbonato
Nicaro, Sinterização de óxido de níquel, ~90% Ni,
1.3 75 20000
Cuba 10% O e Co / sulfeto de Ni, precipitar 60% Ni,
Punta Gorda, 40% de Co mais enxofre
1.3 75 20000
Cuba
Fonte: Adaptado de Extractive Metallurgy of Nickel, Cobalt and Platinum-Group Metals (2011).
A descrição detalhada do processo desenvolvido por Caron pode ser vista a seguir.
2.3.1 Secagem de minério / moagem
Objetivos: Remover 95% da água arrastada mecanicamente do minério e triturar o
produto seco a 75 mm, de modo a fluir de forma constante e uniforme os seguintes torrefatores
de forno.
Equipamento: fornos rotativos de co-corrente usando gás de combustão a 1000 ° C para
vaporizar a água.
2.3.2 Aquecimento de redução de minério (Figuras 1 e 2)
Objetivo: Reduzir os minerais de níquel e cobalto para Ni-Co – [Fe baixo] metálico, liga
em preparação para posterior dissolução do Ni e Co por NH3, CO2, lixiviação de ar.
Equipamento: torrefadores de forno de contracorrente (760 °C) usando combustão de
óleo/ar para redução. As razões molares CO / CO2 e H2 / H2O na redução do gás são ~1 reduz
Ni e Co em laterita para liga - e Fe para magnetita. NiOOH reduz mais facilmente do que o
FeOOH (termodinamicamente).
Reações representativas:
18
Figura 2 - Fluxograma de processo de precipitação de redução de lixiviação de Caron para produção de
óxido de Ni, sinter
Fonte: Boldt & Queneau, 1967; Reid & Fittock, 2004.
19
Figura 3 - Vista cortada do torrador da lareira múltipla. O minério seco de goethita é alimentado no topo
da lareira.
Fonte: Crundwell et al, 2011
21
2.4 Processos pressure acid leaching (PAL) e hingh pressure acid leaching (HPAL)
O aproveitamento do níquel através de rotas de lixiviação ácida sob pressão (em inglês:
pressure acid leaching - PAL, também, high-pressure acid leaching - HPAL, HiPAL) foi
desenvolvido no final da década de 50 e, primeiramente, aplicado em Moa Bay, Cuba, que
permaneceu, por muitos anos, como a única operação a utilizar esta rota de processo. A
tecnologia foi retomada no final da década de 90 (Rodrigues e Silva, 2008)
O lixiviado com ácido de alta pressão (HPAL) é um processo usado para extrair níquel
e cobalto de corpos de minério de laterita. O processo HPAL utiliza temperaturas elevadas
(aproximadamente 255 graus Celsius), pressões elevadas (aproximadamente 50 bares ou 725
psi) e ácido sulfúrico para separar o níquel e o cobalto do minério laterítico (calderaengineering,
2016).
2.4.1 Visão Geral do Processo
22
Figura 3: Diagrama simplificado do processo de lixiviação sob pressão.
Fonte: Rodrigues e Silva, 2008.
23
2.4.2 Reações químicas evolvidas no processo
A lixiviação do níquel e cobalto pode ser representada na Figura 3 pelas seguintes
reações(Kofluk & Freeman, 2006):
Após sair do autoclave a pasta é então resfriada para temperatura inferiores através de
letdowns/Flash Tanks daí então vem o processo de neutralização desta pasta:
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Após a primeira neutralização obtemos a pregnant leach solution que será adicionado a
o gás hidrogeno sulfeto para se obter a precipitação do Níquel e do Cobalto como na equação a
seguir:
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Faz-se o ataque do Ni a 50°C e num forno com resfriamento mantém-se a temperatura
abaixo da temperatura de decomposição.
50ºC à 180°C
Ni + 4CO → Ni(CO)4 (g) + calor, reação altamente exotérmica.
As impurezas permanecem no estado sólido.
A dissociação é feita introduzindo-se carbonila na coluna central de um forno especial
mantido a 190ºC, onde circulam pelotas de Ni pré-obtidas.
Elas são aquecidas indiretamente e nelas depositam o Ni com mais de 99,95% de pureza.
Aquecido a 230 °C, o gás se decompõe formando o metal puro e CO, que é reciclado.
REFERÊNCIAS
Crundwell, F.;Moats, M.; Ramachandran, V.; Robinson, T. & Davenport, W.G. Extractive
Metallurgy of Nickel, Cobalt and Platinum-Group Metals. ELSEVIER, 2011.
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Calderaengineering. (2016). High Pressure Acid Leach. (calderaengineering). Acesso em 2
de junho de 2018. Disponível em: http://www.calderaengineering.com/industries-served/high-
pressure-acid-leach-and-pressure-oxidation/high-pressure-acid-leach.
Gupta, C. K. Chemical Metallurgy: Principles and Practice. Mumbai: Wiley VCH; 2003.
Chapter 4, Pyrometallurgy; p. 343-457.
Brown, T.L. H.E. LeMayJr., B.E. Burstene J.R. Burdge. Química–uma ciência central.
Pearson-Prentice Hall, São Paulo, 2005, 9a. ed., cap. 23 –Metaise metalurgia.
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