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\asowa 7 ‘Tada & carespondencin quer SCAN quer relaiva ® snincio © asinatns do eDiseio da Repiblican, deve ser diisida & imprensa |. ses sice Segunda-feira, 15 de Junho de 2015 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA TASSINATURA 1 Série- N° 87 Preco deste ntimero - Kz: 580,00 ‘ prego de cada Tinka publicata nos Dat ha Replica 16 2" sie € de K2: 75.00 e arn 1.32 sie Kz: 95.00, arscido do rexpetivo Ane Kz: 47061500 Ke 27790000 Ke 145 son00 Ke 547000 imposto do selo, depentendo a publicagao da 8. serede deposit prévioa efectuarnatesturria. a Tngrensa Nacional -E.P [Nacional - EP, ea Lannda, Rus Henrique de Curvatho a? 2, Cidade Ata Caixa Postal 1306, | ALS ‘wovwimprensanscinal gova0 End. teleg: | A2é sie cngeensay, AS! série SUMARIO Assembleia Nacional Leia 7a ‘Aprova® Lei Geral do Trabalho, — Revo Lei 200, de 11 de Fevereiro, bem como toda a leislagto que contreriao dispost na presenteLei Leta 915 Leido ReustoEletoralOficins,queestbelece os prncpios eas ears finvlomentsisrlaivos xo reas letra do cidadiox mgolanoe maior, para efeitos de posterior tratamentoeletoral no imbito dda Comissto Nacional Bleiteral. —Revoga a Lain? 308, de I de Jal — Lei do Regist Eleitoral e denis legslg to que contrac 2 diposto na presente Le Lantos ‘Let do Turismo, que estabelece o quake lesa de suport cezaniz mantrzgo, salizao,prmnyde femano das actividades tistics ASSEMBLEIA NACIONAL Leine TAS 15 de Sash © processo de criagao das condigdes mais adequadas para a aplicago das politicas pitblicas e dos programas nacionais cam vista a assexurar o crescimento € 0 desen- volvimento econsmico € social do Pas, exige a adop¢d0, 0 aperfeigoamento ou a modifieagio de distintos instruments de govemagao, com vista a concretizar, de forma dinimica e ‘aradual, esses objectivos, ‘Nesta conformidade, importa rever a Lein.° 200, de 1 de Fevereiro —Lei Geral do Trabalho, no sentido de tomé-la num meio mais effeaz que contibua, nas circunstincias atuais, para o aumento da geragao de emprego € a sua estabilidade, para uma crescente dinamizagao da actividade econdmica, para uma maior resp onsabilizagéoe dignificaglo dos sujeitos da relagao laboral e para a consolidagao da justiga social A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos combinados da alinea b) do n° 2 do artigo 161.°, don. 2 do artigo 165° ¢ da alinea d) don,* 2 do artigo 166°, todos da Constituigao da Repiblica de Angola, a seguinte: LEI GERALDO TRABALHO CAPITULOT Principios Gerais ARTIGO 1 ‘Aambito de atic) 1A Lei Geral do“Trabalho aplica-sea todos os trabalhadores ‘que, no temiterio da Repiblica de Angoln, prestam actividad ‘emmnerada por conta dum empregador no ambito da organizagio sob a autoridade € ditecgao deste, tais como nas empresas piblicas, mistas, privadas, eooperativas, organizagies sociais, ‘orzanizagesinternacionais enastepresentacGes diplomticas econsulares 2. A Lei Geral do‘Trabalho aplica-se ainda 4) Aos aprendizes € estagirios colocados sob a auto- ridade dum empregador, b) Ao trabalho prestado no estrangeiro por nacionais ot estrangeiros residents contratados no Pais a0 servigo de empregndores nacionais, sem prejuizo das disposicdes mais favordveis para o trabalha- dor e das disposigdes de ordem publica no local de trabalho, 3. ApresenteLeiaplica-sesupletivamente aos trabalhadores cestrangeiros nto residentes. ARTIGO 2 (Exchusies do iit de micas) los do amibito de aplicagao desta Lei 4@) Os trabalhadores ao servico das representayoes diplomaticas ou consulares doutros Paises ou de Ficam exe 2446 DIARIO DA REPUBLICA. conganizagGes intemacionais, que exercem activie dade no ambito das Convengves de Viena; b) Os associados das cooperativas e organizagbes ‘ndo-governamentais, sendo o respectivo trabalho regulado pelas disposigdes estafutarias, ou na sta falta, plas disposigoes da Lei Comercial; ©) O trabalho familiar; @ O trabalho ocasional, @) Os consultores e membros do éegio de administra- 40 ou de direegio de empresas ou organizagbes socinis, desde qe apenas realizem tarefasinerentes atais cargos sem vinculo de subordinagao titulado por contrato de trabalho; # Os funcionstios publicos ou trebalhadores exercendo a sua actividade profissional na Administracio Publica Central ou Local, num instituto piblico ou qualquer outro organismo do Estado, antigo 5° (etnicces Para efeitos da presente Lei considera-se: 1. Armador: toda a pessoa singular ou colectiva por conta de quem tem uma embarcario armada 2. Centto de trabalho: cada urna das unidades da empresa, fisicamente separadas, em que € exercida uma determinada actividade, empregando um conjunto de trabalhadores sob uma autoridade comm, 3. Contrato de trabalho: & aquele pelo qual um trabathador se obriga acolocara sua actividade profissional a disposico dum empregador, dentro do ambito da organizagio e sob a direegto ¢ autoridade deste, tendo como contrapartida uma remuneragae, 4. Contrato de eprendizagem: éaquele pelo qual o empre- szador industrial ou agricola on umn artesio se obriga a dar ot 1 fazer dar uma formacao profissional metédica, completa e pritica a uma pessoa que no inicio da aprendizagem tena idade compreendida entre catorze (14) e dezoito (18) anos, € esta se obriga a conformar-se com as instrugdes ¢directivas dadas ¢ a executar devidamente acompanhada, os trabalhos ue the sejam confiados com vista a sta aprendizagem, nas condigdes e durante o tempo acordados, 5. Contrato de estsio: é aquele pelo qual um emprezador industrial agricola ou de servigos se obriga a receber em trabalho prtico, a fim de aperfeigoar os scus conhecimentos e adeqnd-los ao nivel da habilitagao academica, uma pessoa detentora de um curso técnico ou profissional, ou de um curso profissional ot laboral oficislmentereconhecido, com dezoito (18) a vinte ¢ cineo (25) anos, ou uma pessoa com dezoito (18) a trinta (30) anos nao detentora de qualquer dos cursos mencionados, desde que, numn caso ¢ nowtro, © estagiario nao tenha antes celebrado uum contrato de trabalho com 0 mesmo ou outro empregader 6 Contrato de trabalho no domicilio: & aquele em que a prestagdo da actividade laboral ¢ reatizada no domicilio ou temcentro de trabalho do trabalhador ou em local livremente cescolhido por esse sem sujeigéo a direcgo e autoridade do empregadr, desde que pelo salatio auferido, 0 trabalhador deva considerar-sena dependéncia econémica daquele 7. Contrato de trabalho rural: € 6 que é celebrado para © ‘exervicio de actividade profissionais na agricultura, slvicultura ‘epecuria, sempre que o trabalho esteja dependente do ritmo das estagves € das condigbes climatericas 8. Contrato de trabalho a bordo de embarcagies: €aquele ‘que écelebrado entre tm armador ou o set representante eum, rmarinheiro, tendo por cbjecto um trabalho a realizar a bordo ‘de uma embarcagao da marinha, do comércio ou de pesca 9. Contrato de trabalho a bordo de aeronaves: € aquele «que € eclebrado entre o emprezador ou seu representante ¢ ‘mia pessoa singular tendo por ebjectoum trabalho arealizar ‘abordo de aeronave de aviagao comercial 10. Contrato de tarefa: €aquele que é celebrado entre un ‘empreiteito ou nim proprietirio de obra, estabelecimento on industria com uma pessoa singular ou colectiva que na base ‘de uma subempreitada se encarrega da realizagao de tarefas ‘ou servigos determinados. 11, Contrato de grupo: ¢ aquele pelo qual um grupo de trabathadores se obriga a colocar asa actividad profissional 4 disposigdo de um empregador, sendo que o empregador iio assume essa qualidade em relagio a cada um dos membros do ‘smupo, mas apenas em relaglo ao chefe do grupo. 12. Despedimento individual por justa causa: a ruptura do contrato por tempo indeterminado, ou por tempo determi nado antes do seu termo, depois de eonchido o periodo de cesperigncia, quando houver, sempre que resulte de deciso inilateral do empregador: 13. Bupregador: € toda a pessoa singular, colectiva, de direito public ou privado, que organiza, drige e recebe 0 trabalho de um ou mais trabalhadores, trate-se de empresa mista, privada ou cooperativa ou de orzanizagao social, 14. Binpresa: ¢toda a organizagio estavel e relativamente contimada de instrumentos, meios ¢ factores azregados € ‘ordenatdos pelo cmprezador,visando uma actividade produtiva ‘ou presiagio de servigo e cujos trabalhadores estao sujeitos, individual ecolectivamente aoregime da presente Lee demais fontes de Direito do Trabalho, 15. Bmpresa (micro, pequena e média empresa: 0 que se encontra determinado na Lei das Micro, Pequenas € ‘Médias Empresas. 16 Falta: 6 auséncin dotrabalhador do centro detrabatho durante 0 periodo normal de trabalho didrio. 17. Horario veridvel: ¢ aquele em que o inicio € 0 temo do trabalho nio so comuns a todas os trabalhadores, € em ‘que cada um goza de liberdade na escolha do seu horério de trabalho, dentro das condigdes estabelecidas por lei 18. Infracedo disciplinar: € © comportamento culposo do trabalhador que viole os seus deveres resultantes da relagio juridico-laboral, designadamente os estabelecidos no artigo 44° da presente Lei 1 SERIE -N¢ 87 ~DE 15 DE JUNHO DE 2015 2447 19, Local de trabatho: é 0 centro de trabalho onde o traba- Ihador exerce asta actividade com reaularidade e permanéncia. 20. Marinheiro: é toda a pessoa singular, dum ou doutro sexo, que s€ obriga, para com 0 armaclor ou 0 seu repre- sentante, a exercer a sua actividade profissional a bordo de ‘uma embareagao 21, Minor: ¢toda apessoa singular com idade compreendida entre os 14 € 18.anos de idade 22. Nomeaciio:é 0 acto pelo qual um trabalhiador, perten- cente ou nde ao quadro de pessoal da empresa, é constituido pelo empregador, com o seu acordo expresso, com carécter temp orario e exclusivamentenas situagbes previstas nesta Le, ‘na quatidade de dirizente duma empresa de qualquer natureza ou duma sua unidade estrutural, ou incumbido do cxercicio de fungoes caracterizada pela exigancia duma especial relagao de confianga, 23, Periodo normal de trabatho: & o periodo durante © qual o trabathador esta disposigao do empregador para execugdo das tarefas profissionais @ que se obrigou com © estabelecimento da relagio juriico-Iaboral,e que tem como contrapartida o salétio-base 24. Regime de disponibilidade: ¢ 0 regime em que 0 trabalhador, fora do seu periodo normal de trabalho, deve imanter-se 4 disposicio do empresador, dentro ou fora do centro de trabalho, durante certo periodo de tempo, a fim de ocorrer a necessidade extraordinarias e imprevistas de prestagao de trabalho. 25, RenuneragZio: é0 conjunto das prestagbes econsmicas devidas porumempregador aum trabalhador em contrapartida do trabalho por este prestato em relaeao aos periodos de descanso legalmente equivalente a prestagao de trabalho 26, Tarefeiro: 6a pessoa singular ou colectiva que, mediante contrato de subempreiteiro celebrado com wm empreiteiro ou eontrato de empreitada celebrado com o proprietirio da obra, estabelecimento ou indistra, se enearrega da realizagao, de tarefas ou servigos determinados, correspondents & sua especializago profissional ou actividade, contratando para isso trabalhador a termo certo ou incerto ¢ fornecendo-thes as ferramentas ¢ as matérias-primas necessérias. 27. Trabalhador: ¢ toda a pessoa singular, nacional ou estrangeita residente, que voluntariamente se obriga a colo- cara sua actividade profissional, mediante remmera¢io, a0 servigo dum emprezadat, no ambito da organizacao ¢ sob a autoriciade ¢ direcgao deste. 28. Trabalhalor estrangeiro néio residente: considera-se trabalhador estrangeiro nio residente o cidadao estrangeiro com qualificagao profissional, técnica ou cientifica em que © Pais nao seja auto-suficiente, contratado em Pais estrangeiro para exercer a sua aetividade profissional no espago nacional or tempo determinado, 29. Trabalhador estudante; éaquele se encontcaautorizado elo empregador a frequentar estabelecimento de ensino ou de formagao técnico-profissional, no periodo correspondente ao horério de trabalho. 30. Thabalhador nocturno: é aquele cujo horstio de tra- balho ¢ totalmente noctumo ou inclui pelo menos trés horas de trabatho noctuno. 31, Trabalho obrigatorio ou compulsério: é todo 0 trabalho ‘ou servigo exizido dum individuo sob ameaga ou coaegto, € para o qual elendo se oferecen livremente 32. Trabalho extraordlinévio: & 0 prestado fora do periodo normal de wabalho didi, em antecipagao no profongamento do periodo normal, no intervalo de descanso € refeigao eno dia cu meio-dia de descanso complementar ¢ semnanal 33. Recuperacdo de interrupgdo do trabalho: ocorre em sittuag es de paragem da actividade com interrup 0 colectiva do trabalho num centro de trabatho on parte deste por razées de forga maior que nao sejam resultantes de greve ou outras situagdes de conflito laboral, nem de férias ou dias feriados, as horas de trabalho perdlidas podem ser recuperadas nos scis meses seauintes por decisiio do empresador 34. Modulagéio de hordrios: ocorre por convensie colectiva de trabatho ou acordo do empresador com 0 érstio representative dos trabalhadores, ARTIGO 4° (ireto a0 trabalho) 1. Todos os eidadaos tém direito ao trabalho livremente «scolhido, com ignaldade de oportunidades ¢ sem qualquer deseriminagio baseada naraga, cor, sexo, origem étnica, estado ivil, oriaem € condigio social, razbes relisiosas, opiniso politica filiagio sindical e lingua. 2. 0 direito ao trabalho ¢ inseparivel do dever de traba- Thar, sem prejizo das limitagoes derivadas da dimimu da capacidade de trabalho por razdes de doenga comum ou profissional ou ainda de invalidez. 3. Todos 0 cidadios tém direito livre escolha eexercicio daprofissio, sem resrigbes, salvo as excepgGes previtns pore 4.Ascondiedes an que 0 tabalhio éprestado devem respeitar 18 liberdades € a dignidade do trabalhador, permitindo-the satisfazernormalmente as tas necessidades eas da sua familia, protegera sua satide e gozar de condigoes de vida decentes, ARTIGO s* @yoibigdo do trabalho oinizatino ou compulsive) 1. 0 trabalho obrigatério on compulsive € proibido, 2. Niio ¢ trabalho obrigatério ou compulsivo: 4a) 0 trabalho on servigo prestado exchisivamente 20 abrigo das leis militares ou de servigo civico de interesse geral prestado de forma voluntéria; b) O trabalho prisional em insttuigdes penitencidrias, ¢) Os trabalhos comunitérios, considerados obriga- ¢8es civicas nonnais, decididos livremente pela comunidade ou desde que os seus membros ot representantes directos tenliam sido consultados sobre as necessdacies dos mesmos: @) 0 trabalho ou servigo exigido em casos de forea ‘maior, designadamente guerra, inundagoes, fome, epidemias,invasto de animais,insctos ou parasitas rejudicinis © de modo geral todas as circunsténcias 2448 DIARIO DA REPUBLICA. que ponham em risco as condigfes normais de ‘vida do conjunto ou duma parte da poplagao, AReTIGO 6* (Obrigases do stad relativas ao dvelto ao trabalho) 1. Pata garantiro direto a0 trabalio, compete ao Estado, através de planos e programas de politica econémica e socal, assegurara execugto deuma politica de fomento do emprego produtivo ¢ livremente escolhide, ¢ a criagao de um sistema de proteegao social na situagao de desemprezo enas sitnagves de falta ou de incapacidade para o trabatho, 2. Nacxecuio das politcas piblicas de fomento do emprego, o Estado desenvolve, dentre outras, as sequintes actividades: a) Colocagao, b) Estudos do mercado de emprego, ©) Promogao de emprego; @ Informagiio e orientagio profissional ©) Forage profissional;, #/ Requalificagao profissional 1) Protecgtio domercado de emprego e valerizactio da mio-de-obra nacional ARTIGO7= (Diets conexos cam odirlto ao trabalho) 1. Além do direito ao trabalho e a0 livre exercicio da profissio, constituem direitos fundamentais dos tabalhadores: @) A liberdade sindical e consequente direito 4 organi- zaglio e ao exercicio da actividade sindical b) O dircito de negociagao colectiva: ©) O direito a greve; 0 direito de reunito e de participagao na actividade social da empresa, 2. Os direitos previstos no ntimero anterior sio exereidos no quadro das disposigdes constitucionais ¢ das leis que cespecificamente os regulamentam. ARTIGO §* (Deverestundamentats peranteo trabalho) Constituem deveres fundamentais dos trabalhadores perante o trabalho: 4) O cumprimento das obriaagdes laborais: )A observncia da disciplina, dcontologia ccivilidade no local de trabalho, ©) A aplidao, preparasao € superagao profissional continua, AKIIGO9= (enter de regulamentacso do drtto ao trabalho) 1. Constinuam fontes deregulamentactio do dircito ao trabalho 4) A Constituigao da Repiblica de Angola b)As convencées intemacionais do trabalho ratificadas: ©) As Leis e seus regulamentos, As convengies colectivas do trabalho; ©) O contrato de trabalho: FOS sos € costumes, profissionais e da empresa, 2.A aplicagao das fontes mencionadas no ntimero anterior segne o principio da hierarquia dos actos normativos. 3. Em caso de contflito entre as disposigdes de vias fontes, prevalece a solugdo que, no seu conjunto € no que respeita as disposigoes quantificaveis, se mostrar mais favoravel a0 trabalhador, salvo sc as disposigoes de nivel superior foram imperativas. 4, Os usos € costes 6 sao aplicéveis no caso de falta de nomas legais ou convencionais ou por remissio destas, caPiTULOM Estabelecimento da Relagao Juridico-Laboral secckor Contrato de Teabane ARTIGO 10: (Conetinigte) 1. Arelagio juridico-laboral constitui-se com a celebragaio do contrato de trabalho ¢ torna mutuamente exigiveis os direitos e os deveres do trabalhador e do empregador questo partes no conttato, 2. Excepcionalmente, nos casos previstos nesta Lei, a relagao juvidico-laboral pode constituir-se por nomeagao. 43, Podem ser celebrados, por escrito, contratos promessa, de trabalho nos quais se manifeste de forma expressa a von- tade de celebrar 0 contrato de trabalho definitivo, a natureza de trabalho a prestar € a respectiva remmneragio, sendo 9 responsabilidade em caso de incumprimento da promessa regulada nos terms gerais do direito. ARTIGO 11 (Retagdes de carter expecta 1, Sao relages juridico-laborais de caracter especial as respeitantes is seguintes modalidades de trabalho: 4) Trabalho domestico; ) Trabalho prisional em instituig6es penitenciarias, ¢) Actividades desportiva profissional; Actividade attistica em espectaculo publico; ©) Qualquer outro trabalho que por lei seja declarado, com relagio juridico-laboral de earacter especial 2. A regulamentagéo das relages juridico-laborais de ccaraeter especial respeita os prineipios e os direitos funda- ‘mentais reconhecidos na Constitniso da Republica de Angola ‘enas leis vigentes. 3. Asrelagoes de cardcter especial regem-se pela presente Lei em tudo o que se mostrar adaptado a sua natureza ARTIGO 12° Sujets) ‘Sto sujeitos do contrato do trabalho eda relagaojuridico- -laboral o empregador e o trabalhador -ARTIGO 13" (Capacidades) 1. E valida a relagao juridico-laboral estabelecida com. ‘menotes entre os catorze (14) ¢ 05 dezoito (18) anos de idade deste que autorizados pelo representante legal oua sua falta pelo Centro de Emprego ou institwigio idénea 2.0 cantrato de trabalho celedrado sam a sutorizaco prevista ‘no niimero anterior é anulivel a pedio doseu representante 1 SERIE -N¢ 87 ~DE 15 DE JUNHO DE 2015 2449 ARTIGO 142 (Object da contrat de trabalho) 1.0 contrato de trabalho confere ao trabalhadr o diteito «8 ocupar um posto de trabalho em conformidade com a leie as convengdes colectivas de trabalho. 2. 0 conirato de trabalho obriga o trabalhador a cumprir as fimeGes ¢ tarefas inerentes ao posto de trabalho an que {foi colocado de acordo com 0 quaificador ocupacional ¢ a observara disciplina laboral eos demais deveres decorrentes da relagio juridico-laboral 3.0 contrato de trabalho obriga o empregador a atibuir a0 trabathador una cateoria ocupacional emia classificagao profissional adequada as fungSes e tarefas inerentes 40 posto de trabalho, a assegnrar-Ihe ocupacio efectiva, a pagar-lhe ‘um salatio sestndo o seu trabalho € as disposigves legais € convencionais aplicaveis e a eriar as condigdes necessérias para a obtencao de maior produtividede e para a promo¢ao Ihumana e social do trabalhador; 4. Aactividadea que otraballiador se obriga pelo contrato de trabalho pode serpredominantemante intelectual ou manta. 5. Sem prejuizo da autonomia técnica inerente as activi- dades normalmente exercidas como profissao liberal, pode 6 respectivo exereicio, no hiavendo disposi¢&o legal em contririo, ser objecto de contrato de trabalho. 6 Quando a actividade do trabalhador implicar a pratica de neg6cios juridicos em nome do empregador, o contrato de trabalho envolve a concessto dos necessiios poderes de representagao, salvo nos casos cm que a lei exija procurago com poderes especinis ARTIGO 15" (Form do contrato de rabatioy 1, A celebragao do contrato de trabalho assume a forma que for estabelecida pelas partes, salvo se expressamente a lei determiner a forma escrita 2. No contrato de trabalho devem constar os seguintes elementos: @ Nome cempleto ¢residéncia habitual dos contratantss; ) Classificagao profissional e categoria ocupacional dotrabalhiador, ©) Local de trabatho, @ Duragio semanal do trabalho nonnal; ¢) Montante, forma e periodo de pagamento do salé- rio, emengio das prestagdes salariais aeess6rias ‘ou complementares e das atribuidas em géneros, com indicagao dos respectivos valores ou bases de caleulo; .f Data de inicio da prestagio do trabalho; 1) Lugar e data da celebra¢a0 do contrato: ‘i Assinatura dos dois contratantes. 3. A prova da existéncia do contrato de trabalho ¢ suas condligdes pode ser feita por todos as meios adiitidos por lei, presumindo-se a sua existéncia entre o que presta servigo por conta de outrem ¢ 0 que recebe, 4. O paradigma dos contratos ¢ aprovado por regula- ‘mento proprio. 5. 0 contrato de trabalho com trabalhiadores estrangeiros apitridas é obrigatoriamente reduzido a escrito, indepen- dentemente da sua duragao, 6.A falta deredugae do contrato a escrito, quando obriga- {éria, presume-se da responsabilidade do empregador 7. Em todos os casos de celebragdo de contrato de tra- batho cuja duragao presumida seja superior a seis meses, deve o empregador, alé o momento da celebragao ou durante © periodo experimental, exigir do trabathador documento médico atestando que possui os requisitos fisicos e de sade adequados ao trabalho ou submeté-lo a exame médico para ‘os mesmos efeitos. ARTIGO 16: (odalidades do cntrato de trabalho) 1. Por livre acordo das partes, tendo por pressuposto a idureza da actividade, a dimensioe a capacidade econdmnica da ‘empresa eas fungdes para as quais € contratado o trabalhador, ‘6 contrato de trabalho pode ser eelebrado por tempo indeter- inado ou por tempo determinado, a termo certo ou incerto, ntegrando o trabalhador o quadro de pessoal da empresa. 2. 0 contrato de trabalho por tempo determinado pode ser celebrado: aA terme certo, isto €, com fixagao precisa da data da sua conclusdo ou doperiodo por que é celebrado;, ) Attermo incerto, isto é, ficando 0 seu termo condi- cionado a desnecessidade da prestagao do traba- Iho por cessagto dos motivos que justificaram a contratagao. 3. Salvo disposicao expressa em contrat dores contratatos por tempo determinado apticam-se todas as disposigGes leaais ou convencionais relativas a prestagso de trabalho por tempo indeterminado, 4, Silo proibidos o8 contratos celebradas por toda a vida do trabathador: aos trabalha- ARTIGO 17° (Daracso do contrato por tempo determinad) 1. 0 contrato de trabalho por tempo determinado pode ser ssucessivamente renovado por periodos iguais ou diferentes ‘até um limite maximo de cineo anos, 2. Nas médias, pequenas ¢ micro-empresas, contrato por tempo determinado pode ser stcessivamente renovado por periodos iguais on diferentes até a0 limite de maximo de dez (10) aos 3. 0 cantrato por tempo determinado vigora per period indeterminado desde queultrapassados os periodos maximos ‘estabelecidos nosn 1 € 2 do presente artigo, 4. No caso de uma das partes no pretender renovar o ccontrato cuja duragao seja igual ov superior a ts meses € obrigatério o aviso prévio de quinze (15) dias iteis, 2450 DIARIO DA REPUBLICA. 5. A falta de cumprimento do aviso prévio referido no ‘nero anterior constitu © empregador na obrigegao de pagar ao trabalhador uma compensagao correspondente a0 periodo do aviso previo. ARTIGO 18° @eriodo de experiéncla) 1 No contrato de trabalho por tempo indeterminado pode ser estabelecido periodo experimental correspencdeite aos primeiros sessents (60) dis de prestagio do trabalho, podendo as partes, por acordo escrito, reduzi-lo ou suprimi-lo. 2. Aspartes podem aumentara dragao do periodo experi- _mental, por escrito, até quatro meses, no caso de trabalhadores que efectuem trabalhos de elevada complexidade téenica ede dificil avaliagio eaté seis (6) mesesno caso de trabalhadores que desempenhem fngdes de gestio e direcgo. 3. No contrato de trabalho de duracao determinada pode ser estabelecido periodo experimental se as partes assiin 0 acondarem por escrito, nio excedendo a sua duragio de quinze 15) ou trinta (30) dias, conforme se trate de traballiadores no quelificados ou de trabalhadores qulificados. 4. 0 petiodo de experincia destina-se a apreciagio da qualidade dos servigas do trabalhador e do sen rendimento, por parte do emprezador, ¢ por parte do tabalhador a apre- ciagio das condigdes de trabalho, deremueragao, de hisiene «© seguranga e do ambiente social da empresa 5, Durante 0 periodo de experiéncia qualquer das partes ode fazer cessar o contrato de trabalho, sem obrigagao de pré-aviso, indemnizago ou apresentagio de justificaco, devendo o empregador efectuar © pagamento daremuneragao devicla pelo trabalho prestado. 6. Decortide o patiodo de expariéncia sem que qualquer das partes fagatuso do dispostono mimero anterior, 0 contrato de trabalho consolida-se contando-se a antiguidade desde 0 inicio da prestagao do trabalho. ARTIGO 19: (Nude do contrato de trabalho e ds eins contrntuals) 1. Eno edenentuum efeito 0 contrato celebrado mmima das seguintes condigses: 4) Sex o seu objecto ou fim contrario a lei e @ ordem publica; b)Tratar-se de actividad para cujo exercicio a lei exija a posse de titulo profissional eo trabalhador nao for detentor do mesmo titulo: ©) Estar o contrate legalmente sujito a visto ou auto- rizago prévia a0 inicio da prestagio do trabalho € omesmno nao tiver sido obtido. 2. Sao nulasas clausulas ou estipulagoes do contrato que:

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